Bárbaros: Nome de origem grega fazia alusão à todos aqueles que não falavam grego, ou seja, os estrangeiros.Este termo foi utilizado de forma pejorativa, indicativo de inferioridade não só na época do Imp. Romano, mas também nos movimentos culturais e filosóficos que surgiram no Mundo, como, por exemplo, foi o caso do iluminismo, que taxava o domínio Bárbaro na Europa como sendo “idade das trevas”. Com o advento do Romantismo, porém, a questão bárbara passou a ser revista, encarada que foi com outros olhares, como sendo uma nova forca política e militar que sucedeu o enfraquecido Império Romano. Bárbaros não eram uma unidade, eram diversas categorias de povos que possuíam muitas características comuns, porém, suas posições políticas não eram unânimes.Dentre esses povos, os Germanos tiveram grande destaque no que se refere à formação da civilização do continente europeu. A Historiografia, contudo, despreza esta relevância germânica. Os povos bárbaros sempre estiveram em contatos comerciais com os romanos, que políticos que eram, vislumbraram a riqueza das terras e o valor dos homens bárbaros e transformaram grande parte deste povo em componente do Império Romano.Os bárbaros ocupavam a região centro – setentrional da Europa; sua sociedade era formada por tribos e clãs, sendo totalmente paternalista.As mães ajudavam da educação das filhas e os meninos o pai na agricultura (quando meninos), quando jovens, se integravam aos guerreiros de sua tribo, porém continuavam com laços familiares.Na família, existia o principio de solidariedade.O papel de destaque nesta sociedade guerreira era exercido pelos homens livres, que também eram os guerreiros. Também desta sociedade faziam parte os homens semi-livres, escravos que, vencidos em guerra eram utilizados especialmente como força de trabalho na agricultura.Quantos às terras férteis, quem as dominava era a aristocracia, composta pelos homens livres que também formavam no corpo do exército, logo, podemos afirmar que a sociedade bárbara era essencialmente militar.A guerra era a razão de todos, sejam homens ou mulheres, cada qual com sua função.Contavam com uma metalurgia avançada e com modernas armas de guerra, além de forte cavalaria. Em tempos pacíficos, somente os aristocratas tinham autoridade plena perante a sociedade. Reis possuíam prestigio religioso, porém existiam assembléias locais que exerciam o poder na prática – decidiam por paz ou guerra em suas reuniões anuais.Em tempos de guerra, os chefes tinham poder absoluto, isto redundou em conflitos(guerras) entre os clãs que formavam as tribos. Quanto à economia, podemos concluir que ela se baseava na guerra e na agricultura, além da pecuária e criação de cavalos. Não havia unidade religiosa entre os bárbaros. Em suas comunidades tinham padres e chefes de família que exerciam funções sacerdotais em seus lares.Realizavam sacrifícios, procissões, adoravam a natureza e seus deuses, acreditavam também em adivinhações. Culturalmente, acreditavam em lendas sempre ligadas ao espírito guerreiro e cantavam poemas épicos. Com as invasões romanas, os bárbaros de dividiram entre os que apoiavam o Império e os que eram contrários à dominação romana. Às vezes o Império sufocava rebeliões, às vezes fazia diplomacia, para acalmar os rebeldes. Em terras bárbaras,o Imp. Romano oscilava muito em sua política de dominação que já se apresentava em decadência; predominou o limes imperial,sistema que delimitava suas fronteiras. Roma já não se expandia tanto quanto antes, sua política agora era defensiva, quando agredidos, o Império buscava aliança com os bárbaros , chegando muitos destes à postularem cargos de alto escalão no exercito romano.Legiões inteiras de bárbaros serviram à Roma. Daí, partiam para o confronto contra aqueles que não se aliavam à política romana. Junto ao limes imperial foi estabelecido comércioque abasteciam os soldados,foram se formando verdadeiras colônias de comunidades rurais,facilitando o escoamento de produtos, diminuindo o alto custo que Roma tinha em trazer ao limes os produtos de regiões distantes.Isto facilitava a patrulha fronteiriça do Império.