SISTEMA RESPIRATÓRIO REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO

Propaganda
19/08/2016
Regulação da Respiração
SISTEMA RESPIRATÓRIO
REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO
Durante uma situação de repouso inspiramos e expiramos aproximadamente 500 ml de
ar a cada ciclo. Em repouso executamos aproximadamente 12 ciclos a cada minuto.
Portanto, aproximadamente 6.000 ml de ar entram e saem de nossas vias aéreas
durante 1 minuto.
Quando executamos uma atividade física aumentada, nossas células produzem uma
quantidade bem maior de gás carbônico e consomem também quantidade bem maior
de oxigênio. Por isso devemos aumentar também bastante nossa ventilação pulmonar
pois, caso isso não ocorra, teremos no nosso sangue uma situação de hipercapnia e
hipóxia. Tanto a hipercapnia quanto a hipóxia podem nos levar a um estado de acidose.
A acidose, se não tratada, pode nos levar a um estado de coma e, posteriormente, à
morte.
Tudo isso normalmente é evitado graças a um mecanismo automático que regula, a
cada momento, nossa respiração, de acordo com a nossa necessidade a cada instante.
No tronco cerebral, na base do cérebro, possuimos um conjunto de neurônios
encarregados de controlar a cada instante a nossa respiração: Trata­se do Centro
Respiratório.
O Centro Respiratório é dividido em várias áreas ou zonas com funções específicas
cada uma:
Zona Inspiratória: É a zona responsável por nossa inspiração. Apresenta células auto­excitáveis que, a
cada 5 segundos aproximadamente, se excitam e fazem com que, durante
aproximadamente 2 segundos nos inspiremos. A partir desta zona parte um conjunto
de fibras (via inspiratória) que descem através da medula e se dirigem a diversos
neurônios motores responsáveis pelo controle dos nossos diversos músculos da
inspiração.
Zona Expiratória: Quando ativada, emite impulsos que descem através de uma via expiratória e que se
dirigem a diversos neurônios motores responsáveis pelos nossos músculos da
expiração. Através de um mecanismo de inibição recíproca, quando esta zona entra em
atividade, a zona inspiratória entra em repouso, e vice­versa. Durante uma respiração
em repouso a zona expiratória permanece constantemente em repouso, mesmo
durante a expiração. Acontece que, em repouso, não necessitamos utilizar nossos
músculos da expiração, apenas relaxamos os músculos da inspiração e a expiração
acontece passivamente.
http://www.oocities.org/~malaghini/resp4.html
1/3
19/08/2016
Regulação da Respiração
Zona Pneumotáxica: Constantemente em atividade, tem como função principal inibir (ou limitar) a inspiração.
Emite impulsos inibitórios à zona inspiratória e, dessa forma, limita a duração da
inspiração. Portanto, quando em atividade aumentada, a inspiração torna­se mais curta
e a frequência respiratória, consequentemente, aumenta.
Zona Quimiossensível: Situada entre as zonas inspiratória e expiratória, controla a atividade de ambas. Quanto
maior a atividade da zona quimiossensível, maior será a ventilação pulmonar. Esta
zona aumenta sua atividade especialmente quando certas alterações gasométricas
ocorrem: Aumento de Gás Carbônico, Aumento de íons Hidrogênio livres (redução de
pH) e, em menor grau, redução de Oxigênio.
O fator que provoca maior excitação na zona quimiossensível, na verdade, é o
aumento na concentração de íons Hidrogênio livres no meio, isto é, uma situação de
acidose.
Mas acontece que, na prática, verificamos que um aumento de gás carbônico no
sangue (hipercapnia) provoca muito mais o aumento na atividade da zona
quimiossensível do que um aumento na concentração de Hidrogênio em igual
proporção no sangue. Isso ocorre porque o gás carbônico apresenta uma solubilidade
muitas vezes maior do que a do hidrogênio e, com isso, atravessa a membrana das
células nervosas com muito mais facilidade. No interior das células da zona
quimiossensível, o gás carbônico reage com a água lá presente e, graças à enzima
anidrase carbônica, rapidamente forma ácido carbônico. Este, então, se dissocia
formando íon bicarbonato + íon Hidrogênio livre, sendo este último exatamente o que
mais excita a zona quimiossensível.
A hipóxia também excita a zona quimiossensível, mas de uma outra maneira bem
diferente: Na croça da aorta e nos seios carotídeos existem receptores muito sensíveis
a uma queda na concentração de oxigênio no sangue: os quimioceptores (aórticos e
carotídeos). Quando a concentração de oxigênio no sangue se torna mais baixo do que
a desejável, estes receptores se excitam mais intensamente e enviam sinais à zona
quimiossensível aumentando a excitabilidade desta e, com isso, aumentando a
ventilação pulmonar.
EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA VENTILAÇÃO PULMONAR
Um aumento da atividade física também provoca aumento na ventilação pulmonar de
outras formas:
Impulsos provenientes da área motora cortical, responsável pelo comando consciente
de nossa atividade motora, ao se dirigirem para baixo, em direção à medula, passam
pelo tronco cerebral (além de outras áreas) e fazem conecções com alguns neurônios
desta região. Isso pode provocar aumento na ventilação pulmonar, muitas vezes
mesmo antes que as alterações gasométricas (hipercapnia, hipóxia ou acidose)
aconteçam.
Movimentos passivos também podem aumentar a ventilação pulmonar: Na
profundidade de nossos músculos esqueléticos, nos tendões e mesmo no interior de
muitas das nossas cápsulas articulares, possuimos receptores que se excitam a cada
http://www.oocities.org/~malaghini/resp4.html
2/3
19/08/2016
Regulação da Respiração
movimento dessas estruturas. Ao se excitarem, enviam impulsos que se dirigem à
medula e também, muitas vezes, ao encéfalo, passando pelo tronco cerebral e fazendo
conexões com neurônios do Centro Respiratório.
Copyright ­ 1999 ­ Milton Carlos Malaghini
RETORNA [HOME] [NOSSA FISIOLOGIA] [RESUMOS DE AULAS]
http://www.oocities.org/~malaghini/resp4.html
3/3
Download