PU 2 tri

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Resumo Literatura – PU – 2o trimestre – By *Laura*
3a Geração Romântica – Geração Condoreira – “livre para ver a realidade como ela é...”
 Geração Condoreira – Condor, ave que voa muito alto e de lá é livre para enxergar tudo;
 Geração Hugoana – do escritor francês Victor Hugo, que desenvolvia sua “literatura social”;
Os românticos passaram a buscar mostrar a realidade como ela de fato era, boa ou não, ao invés de se
voltar para o “eu interior”, saindo, asssim, daquele mundo fechado e egocêntrico em que viviam os
ultrarromânticos; sume o ego-centrismo ultrarromântico e surgem, nas obras literárias cada vez mais temas
sociais e a partir daí inicia-se a decadência do Romantismo e a transição para uma nova fase: o Realismo.
A realidade de fato não era boa: no Brasil, há os escravos e na Europa, o proletariado, ambos cada vez
mais oprimidos em função do desenvolvimento econômico, e s situação chega a um ponto explosivo, com
constantes revoltas aqui e na Europa. Por isso, os românticos da 3a geração passaram a se preocupar em criar
ume literatura que mostrasse os problemas sociais e fazer com que as pessoas refletissem sobre essa situação.
Essa geração mostra a decadência e a transição para o Realismo, cujo nome já diz: é uma literatura que busca
mostrar a realidade. Castro Alves, símbolo dessa geração, por exemplo, tem como principal alvo de crítica a
“infâmia da escravidão”, afinal, para ele a maior vergonha que um país poderia ter era a escravidão.
O autor Condoreiro, por meio de sua arte engajada, busca uma mudança da realidade, busca a
transformação.
A Poesia Social – arte engajada com a mudança, que desejava interferir politicamente no social. O problema
dessa arte é, por tratar de temas sociais, ela poderia facilmente deixar de ser arte para ser apenas “panfleto
político”, mas grandes condoreiros como Castro Alves consegue fazer que isso não aconteça. Foi
desenvolvida visando a causa republicana e abolicionista, e tem por finalidade convencer o leitor e conquistálo para a causa defendida. Os poetas condoreiros se viam com a função de buscar a justiça e a liberdade (=
ver a realidade) por meio da arte. Eles se preocupavam especialmente com a causa dos mais fracos, dos
oprimidos: operários das indústrias e camponeses (Europa) e escravos (Brasil).
A Poesia Retórica - outro nome para poesia social; o eu-lírico não quer mais falar só sobre si mesmo e seus
conflitos, ou contar uma história bonita. Ele quer convencer seu leitor de que o que esta falando é importante.
É uma arte engajada em uma causa, a ABOLICIONISTA.
DIFERENÇAS - MUDANÇA DE TEMÁTICA:
O centro de preocupação da linguagem desloca-se do eu (emissor) para o assunto tratado, e essa é uma
mudança profunda, considerando-se que o Romantismo é por natureza egocêntrico.
Ultrarromantismo:
EU INTERIOR
SENTIMENTOS DO EU-LÍRICO
INDIVIDUALISMO
Conflito:
EU INTERIOR X EU INTERIOR
3a Geração:
REALIDADE COMO ELA É
LIBERDADE = VER A REALIDADE
Conflito:
EU INTERIOR X MUNDO
= Grande Mudança, afinal uma das principais características do Romantismo é o Egocentrismo!
SEMELHANÇAS – O que faz a 3a Geração ainda ser Romântica? (ótima pergunta para a PU)
A temática em si já não tem mais nada de Romantismo: retratar a realidade pura, nua e crua como ela é não
é nada Romântico, então o elo de ligação entre a Geração Condoreira e o Romantismo é a maneira como são
tratados os temas: com grandiosidade, emoção, exageros.


Liberdade – a partir da Geração Condoreira, literariamente falando, passa a ter outro sentido: o de ver
a realidade de fato, como ela é, para dar-se conta dela e para que as mudanças de fato ocorram.
Voo/Falcão/Condor – metáfora de liberdade, de ver tudo por cima, como é e sem máscaras.
Castro Alves X Álvares de Azevedo:
 Semelhanças: ambos não gostavam da realidade que viviam;
 Diferenças: Álvares de Azevedo (ULTRARROMÂNTICO) tenta fugir, às vezes buscando a morte;
Castro Alves queria permanecer na nossa realidade, mas sempre buscando mudá-la;
Décadas de 60 e 70 do Século XIX são esse período de transição, na qual o amor é tratado de uma nova
forma e os temas tradicionais mudam para os sociais, mas que permanecem sendo trabalhados de uma
maneira romântica: com exageros, figuras de linguagem: hipérbole, etc.
Castro Alves – Principais Características
 Primeiro grande poeta social brasileiro;
 Substitui posturas ingênuas das gerações anteriores como nacionalismo ufanista e idealização
amorosa excessiva por uma postura mais crítica e realista.
 É capaz, brilhantemente, de conciliar idéias de reformas sociais + literatura, sem transformar sua
obra em um folheto político.
Castro Alves e o Navio Negreiro – a tragédia no mar
I
'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.
'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...
'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...
'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...
Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.
Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Análise Trecho I:
‘Stamos em pleno mar – começa a descrever a cena;
2 infinitos – céu e mar; tão imensos que é impossível
distinguir;
Orquestra – os sons do mar e do vento;
De onde vem? De onde vai? – eu lírico (e os negros) não
tinham noção para onde iam, não sabia o eu se passava;
Neste Saara os corcéis o pó levantam – descrição do local;
Albatroz – ave que voa de cima e vê tudo;
No primeiro trecho, sua intenção é a de descrever uma
paisagem natural: o mar, a maneira como ele é maravilhoso,
bonito, colorido, calmo, estonteante, paradisíaco, como é o
céu.
Um navio abre a vela por causa dos ventos; mas este
navio estava como que parado em meio à imensidão
daquele oceano tão grande.
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!
Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!
Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!
Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia,
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar — doudo cometa!
Albatroz! Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.
II
Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após.
Do Espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
— Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!
O Inglês — marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir.. .
O Francês — predestinado —
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!
Análise Trecho II:
Renúncia ao ufanismo – não é mais tão nacionalista como os
poetas da 1a geração
Referência à outras nacionalidades – como os ingleses,
gregos, espanhóis, e franceses e suas características, coisa que
a 1a geração jamais faria
Os marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu!...
III
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!
É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!
IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."
E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...
Análise Trecho III:
Ele clama por D’us – forte característica do
Romantismo, escola que resgata a religiosidade;
Há como que uma visão global, de uma câmera
que está por cima e vai focando o porão do
navio;
Análise Trecho IV:
Sonho Dantesco – ironia: mistura de sonho com inferno;
Orquestra irônica – chicote, gritos;
Serpente, doudas espirais – movimento do chicote;
Elos de uma só cadeia – os negros estão todos
amarrados em uma só corrente
E chora e dança ali! Cantando, geme e ri! – estado
mental provavelmente de loucura dos negros que ali
estavam;
Dançar – movimento do corpo do negro ao ser
chicoteado;
E ri-se Satanás – satanás, ao ver a cena de sofrimento, ri
por que ele é mal.
OBS > A cena dos sofrimentos é descrita sem
metáforas, cruelmente
V
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...
São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão...
São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.
Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
...Adeus, ó choça do monte,
...Adeus, palmeiras da fonte!...
...Adeus, amores... adeus!...
Depois, o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
Análise Trecho V:
Clama a D’us – novamente, e ele não parece compadecer do sofrimento
dos negros
Pede ao mar que use suas espumas como esponjas para apagar todo
aquele horror;
Varrei os mares, tufão – pede que uma tragédia/desastre natural
aconteça, afinal é melhor do que ver aquele destino fatídico que eles
teriam;
Dize-o tu, severa Musa – pede inspiração a uma musa, como todos os
românticos;
Quem são estes desgraçados – quem são estes que tanto sofrem?
Antes – descrição do que eram os negros antes, na África: caçava de
dia, dormia a noite, vida boa...
Agora – descrição de como é a vida desses “desgraçados”, agora no
meio do nada (oceano) , passando fome, amarrados e sendo acordados
pelo barulho de corpos sendo jogados ao mar
Agar - figura de uma mulher; mulheres acorrentadas tinham que
segurar seus filhos no colo. Am mulheres, de tão magras, não tinham
nem leite pra dar aos seus filhos.
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.
Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
OBS – nos trechos em azul e vermelho o eu-lírico
descreve antes, como eram esses negros na África e
depois, a decadência em que eles se encontravam
naquele navio negreiro, respectivamente.
Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!...
VI
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto!...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Análise – Trecho VI – Final:
Bandeira – indignação do poeta: como pode exixtir um
país por trás disso? Como pode um país financiar isso?;
Musa – outra referência à musa que lhe inspira a
escrever;
Antes te houvessem roto na batalha – cita a guerra do
Paraguai e diz que, era melhor o Brasil ter perdido na
guerra do que ver tudo isso acontecer
Ao final, o eu-lírico faz dois apelos:
1) Pede aos heróis do mundo contemporâneo (de
sua época) que acabem com essa situação;
2) Pede à Colombo que feche os mares e pare com
toda essa transição; pede que pare coisa tão
horrível.
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!
Considerações Finais:
Na obra, Alves acaba por descrever também o povo africano.
 Grande paradoxo da Obra – o navio por dentro é um verdadeiro inferno de Dante, enquanto o seu
exterior e seu entorno é uma paisagem serena, grandiosa, belíssima, calma, pacífica.
Céu grandioso
mar
navio
descreve o quão infernal era o interior do navio
No Navio Ouve-se como que uma Orquestra Irônica e Dantesca:]
1. O barulho dos chicotes;
2. O barulho das correntes;
3. Gritos e urros de dor por medo do capitão e do comandante baterem mais
4. O som sereno do mar;
5. O satanás, ou o diabo, está a rir.
Primeiramente o eu lírico pergunta a D’us se era verdade o que via, depois pede ao mar que apague
aquele horror. Ele pergunta quem eram aqueles negros sofridos que antes, eu suas terras, eram bravos
guerreiros mas agora são escravos sem tementes e sem nada. E assim escreve e descreve o povo africano.
Ele também questiona qual bandeira cobre a vergonha da escravidão, e que liberdade é essa que após
tantas guerras para conseguir fora erguida com tanta esperança, e agora cobre as vergonhas e aprisiona
todo um povo.
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