press book LOKI – ARNALDO BAPTISTA Documentário revela a trajetória do fundador dos Mutantes Um dos maiores nomes do rock brasileiro, Arnaldo Baptista tem sua incrível trajetória revelada nesta cinebiografia, que marca a estreia de Paulo Henrique Fontenelle na direção de longasmetragens. O filme foi exibido no ano passado no Festival do Rio e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Em ambos, conquistou o prêmio de Melhor Documentário – Júri Popular. Arnaldo compareceu às duas sessões e se emocionou quando foi fortemente ovacionado pelo público carioca e paulistano. “O filme preencheu uma lacuna. Parece até que completou a minha história”, diz Arnaldo, que já assistiu ao documentário inúmeras vezes. Produzido, finalizado e distribuído de forma independente pelo Canal Brasil, que pela primeira vez assina a produção de um longa-metragem, o documentário é embalado por músicas que marcaram época. Depoimentos fortes e imagens raras ilustram a rica e muitas vezes misteriosa história de vida do compositor, cantor, baixista e pianista. A narrativa é ao mesmo tempo poética, dramática e divertida, costurada com delicadeza por entrevistas emocionantes do artista, enquanto o próprio pinta um imenso e emblemático quadro. Loki traz a trajetória de Arnaldo desde a infância, passando pela fase de maior sucesso como líder dos Mutantes, pelo casamento com a cantora Rita Lee e, depois, a separação. Passa também pela depressão que devastou sua vida após o fim do grupo e que o levou a tentar o suicídio, sua carreira solo, a reaproximação com o irmão e integrante dos Mutantes Sérgio Dias, culminando com a volta da banda em 2006 (com Zélia Duncan no lugar de Rita Lee) e com o show em homenagem à Tropicália realizado no Barbican Centre, em Londres. Registros recentes de Arnaldo em Juiz de Fora (MG), onde mora com a mulher, Lucinha Barbosa, mostram o atual estado de espírito do artista, que ainda toca piano, teclado, bateria e baixo, mas hoje dedica a maior parte de seu tempo à pintura. Todas as fases da vida do músico são lembradas sob diferentes pontos de vista através das palavras de personalidades que conviveram e admiram o compositor, como Tom Zé, Lobão, Nelson Motta, Gilberto Gil, Sérgio Dias, Dinho Leme, Zélia Duncan, Liminha e Rogério Duprat, além de sua mãe, a pianista clássica Clarisse Leite, e de sua segunda mulher, a atriz Martha Mellinger. Fãs internacionais de Arnaldo, como Kurt Cobain, Sean Lennon e Devendra Banhart – que afirma que os Mutantes são melhores que os Beatles – também prestam suas homenagens ao ídolo e reiteram a importância de Arnaldo Baptista na história da música, não só no Brasil, mas no mundo. Cada declaração traz histórias curiosas, engraçadas e em alguns momentos trágicas sobre o artista e seu tempo. Mas que ajudaram o diretor a constituir passagens polêmicas e até então obscuras da história de Arnaldo Baptista. “Já assisti ao filme várias vezes, perdi a conta. É engraçado porque cada vez me vejo de um jeito diferente. Parece um espelho: às vezes me acho feio e outras, bonito”, diz Arnaldo. “Esse filme preenche uma lacuna que só agora percebi que estava faltando. Ele completa minha história.” A trilha sonora é repleta de clássicos dos Mutantes, como Qualquer Bobagem, Ando Meio Desligado, Balada do Louco, Top Top, Tecnicolor e Panis et Circenses, algumas delas em versões raras, além de músicas da primeira banda de Arnaldo Baptista, O’Seis; de sua carreira solo; e de outros projetos idealizados pelo compositor, como a peça de teatro Heliogábalo, da qual foi diretor musical, e os grupos Patrulha do Espaço e Unziotro. Loki estreia nos cinemas dia 19 de junho, em pelo menos 17 cidades brasileiras, entre elas Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Santos, Tubarão, Belo Horizonte, Juiz de Fora, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza e Recife. Fotos em alta resolução e press book estão disponíveis no hotsite do filme, em www.canalbrasil.com.br/loki ção imensa e foi naquele momento, aos 9 anos, que soube que minha vida seria a música”, revela. SOBRE ARNALDO BAPTISTA Arnaldo Dias Baptista nasceu em 1948, em São Paulo. Influenciado pela mãe, a compositora e pianista clássica Clarisse Leite, compôs aos 7 anos sua primeira música instrumental, Dança de Outros Tempos. Poucos anos depois, teve certeza de que era da música que queria viver. Ele se lembra com clareza do dia em que estava passeando com a família num parque de diversões, quando ouviu um carro de som, desses de propaganda, tocando uma música de Elvis Presley. “Senti uma empolga- Arnaldo montou sua primeira banda, The Thunders, em 1962, ao lado do irmão Cláudio César. Em 1966, convidou o outro irmão, Sérgio Dias, para se juntar ao grupo Six Sided Rockers. Dois anos depois, com Sérgio e Rita Lee, formou os Mutantes. Foi um dos líderes da Tropicália, movimento que provocou, no final dos anos 60, uma verdadeira revolução na música brasileira. Depois de se separar de Rita Lee, com quem foi casado, e de discussões com os outros integrantes dos Mutantes, Arnaldo decidiu abandonar o grupo em 1973, seguindo em carreira solo. Na época, enfrentou uma grave depressão, que o afligiu durante anos. Em 1974 lançou o LP Loki?, com letras extremamente pessoais. O disco é considerado por muitos críticos uma das grandes obras da música contemporânea. Em 1977, após recusar o convite do irmão Sérgio para voltar aos Mutantes, Arnaldo formou a Patrulha do Espaço, banda com músicas mais pesadas, influenciada pelo movimento punk. Fez apenas quatro shows no Rio de Janeiro, e logo depois acabou. Em 1982, Arnaldo entrou em estúdio para gravar o disco solo Singin’ Alone. No mesmo ano, foi internado pela sexta vez em um hospital psiquiátrico para tratamento. Revoltado e deprimido, Arnaldo tentou o suicídio pulando do terceiro andar do hospital. Escapou da morte, mas ficou quatro meses em coma. Foi no período de recuperação no hospital que ele conheceu Lucinha Barbosa, sua fã, com quem está casado até hoje. Em 2008, Arnaldo lançou pela editora Rocco o livro de ficção científica Rebelde Entre os Rebeldes, escrito nos anos 80. Na trama alucinante, um casal viaja pelo tempo e pelas galáxias em busca da paz. SOBRE O DIRETOR MUTANTES (Polydor, 1969) Paulo Henrique Fontenelle nasceu no Rio de Janeiro, em 1970. Formado em cinema e jornalismo, trabalha no Canal Brasil como diretor e editor de programas, shows e documentários. Dirigiu e produziu o curta-metragem Mauro Shampoo – Jogador, Cabeleireiro e Homem, que ganhou os prêmios de Melhor Curta-Documentário no Festival do Rio 2006 e Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2007. Loki é seu primeiro longa-metragem. A DIVINA COMÉDIA OU ANDO MEIO DESLIGADO (Polydor, 1970) SOBRE O CANAL BRASIL Hoje, Arnaldo mora em Juiz de Fora, com Lucinha Barbosa. Dedica-se à pintura, além de ainda compor e tocar regularmente piano, bateria, teclado e baixo. DISCOGRAFIA ARNALDO BAPTISTA MUTANTES (Polydor, 1968) TECNICOLOR (Universal, gravado em 1970 e lançado em 1999) JARDIM ELÉTRICO (Polydor, 1971) MUTANTES E SEUS COMETAS NO PAÍS DO BAURETS (Polydor, 1972) O A E O Z (Philips, 1992; gravado em 1973) BUILD UP - RITA LEE (Polydor - 1970) HOJE É O PRIMEIRO DIA DO RESTO DE SUA VIDA - RITA LEE (Polydor - 1972) A história do Canal Brasil teve início no dia 18 de setembro de 1998. Desse dia em diante, apresentou milhares de longas, médias e curtas-metragens. E não parou por aí. Transformou-se, renovou-se e ampliou sua abrangência. Hoje, com direção geral de Paulo Mendonça, apresenta um rico painel cultural, que reúne diversas manifestações artísticas, com um foco também marcante na música. Filmes, making ofs, shows, jam sessions, entrevistas, séries, talk shows. E mais programas que têm em comum a irreverência e a diversão. O humor e a inteligência. LÓKI? – ARNALDO BAPTISTA (Philips, 1974) SINGIN’ ALONE – ARNALDO (Baratos Afins, 1982) DISCO VOADOR - ARNALDO (BARATOS AFINS 1987, inédito em CD) ELO PERDIDO – ARNALDO & PATRULHA DO ESPAÇO – (Vinil Urbano, 1988, inédito em CD) FAREMOS UMA NOITADA EXCELENTE - ARNALDO & PATRULHA DO ESPAÇO – (Vinil Urbano, 1988, inédito em CD). Ao Vivo. MUTANTES AO VIVO - BARBICAN THEATRE - LONDRES (Sony & BMG, 2006) LET IT BED – ARNALDO BAPTISTA (Tratore, 2004) O Canal Brasil apóia irrestritamente a produção audiovisual nacional e tem participado de novas produções em parceria com uma série de produtores independentes. Entre os títulos realizados estão Adolfo Celi – Um Homem entre Duas Culturas, de Leonardo Celi, a primeira coprodução internacional do Canal Brasil; Canto de Baal, de Helena Ignês; Saraceni.doc - A Etnografia da Amizade, de Ricardo Miranda; Anabazys, de Joel Pizzini e Paloma Rocha; Waldick.doc, de Patrícia Pillar; Histórias Cruzadas, de Alice de Andrade; Hermeto Pascoal – Ato de Criação, de Marília Alvim. E, com Loki – Arnaldo Baptista, faz sua estreia na produção de longas-metragens. O Canal Brasil é uma associação da Globosat com o Grupo Consórcio Brasil, formado por Luiz Carlos Barreto, Zelito Vianna, Marco Altberg, Roberto Farias, Anibal Massaini Neto, Patrick Siaretta e Paulo Mendonça. ENTREVISTA: PAULO HENRIQUE FONTENELLE - DIRETOR Você fez uma rica pesquisa para realizar Loki. O que descobriu de mais interessante nas pesquisas e, depois, com as entrevistas? Primeiro de tudo, entrevistei o Arnaldo em 2004 para um programa que, na época, eu dirigia no Canal Brasil. Chamava-se Luz, Câmera, Canção. Fui à casa dele, em Juiz de Fora, e voltei impressionado com a entrevista. Comecei então a pesquisar muito para decidir quem mais entrevistaria para o programa. Quanto mais pesquisava, mais viciado eu ia ficando na história do Arnaldo, que é encantadora e misteriosa. Fiquei surpreso ao saber, por exemplo, que em 1977 o Arnaldo teve um filho e que em 1981 ele estava envolvido na produção de um espetáculo de dança onde ele era além de músico, bailarino. Quase ninguém sabia disso. O trabalho de pesquisa de imagens também foi algo muito gratificante. Recebemos muita ajuda dos fãs através da internet e conseguimos levantar um material muito rico. As cenas do Arnaldo tocando com a Patrulha do Espaço é algo inédito que muita gente julgava terem sido perdidas. Qual foi a entrevista que mais te surpreendeu? A entrevista do Sérgio Dias, irmão do Arnaldo e integrante dos Mutantes, é muito impactante. Os dois estavam afastados há décadas e ele pediu desculpas publicamente ao Arnaldo. O Sean Lennon também foi incrível. Consegui o e-mail pessoal dele e mandei uma mensagem dizendo que estava dirigindo um documentário sobre a vida do Arnaldo Baptista e perguntando se ele poderia dar um depoimento. Ele respondeu em dois minutos, dizendo que fazia questão de participar. Marquei a entrevista em Nova York para alguns dias depois e ele não poupou reverências e elogios ao Arnaldo. O filme provocou isso em alguns dos entrevistados porque remexeu em histórias antigas e poucas vezes lembradas? Com certeza o processo foi de terapia para muita gente, que fez as pazes com o passado. Foi muito bonito ver, depois da primeira sessão em São Paulo, pessoas que não se falavam há quase 30 anos saírem do cinema e irem felizes para um restaurante ao lado celebrar junto com o Arnaldo. roupa umas 10 vezes (risos). Ele disse que queria representar a metamorfose do Arnaldo. E Rita Lee? Por que não está no filme? Fizemos quatro tentativas de entrevista com a Rita Lee, mas a assessoria de imprensa dela disse que preferia não falar sobre o assunto. Mas ela foi sempre muito gentil com a produção, cedendo todos os direitos de exibição de imagem e das músicas. Nunca se opôs a isso. No fim das contas, com o filme pronto, todos nós concordamos que, mesmo ela não tendo dado um depoimento, ela está presente o tempo todo no filme e de uma maneira bem bonita, dando um aspecto mais lírico ao filme. O filme mostra a Rita Lee da época dos Mutantes e como ela aparece na lembrança do Arnaldo, linda, imaculada. Qual foi a reação do Arnaldo quando realizou que haveria um filme de longa-metragem sobre a vida dele? Ele ficou muito emocionado. Sempre diz que conseguimos captar a alma dele e que, por causa do filme, ficaria marcado de vez como o “rebelde dos rebeldes” (risos). Que critérios você usou para a escolha dos entrevistados? Busquei pessoas que tivessem feito parte da vida de Arnaldo em todos seus aspectos. Desde amigos de infância até músicos que tocaram com ele durante sua carreira. Além disso, procuramos jornalistas como Tárik de Souza e Nelson Motta que ajudam a contextualizar e dimensionar a grande importância de Arnaldo para nossa música. Algumas pessoas que já morreram aparecem em entrevistas de arquivo, como Dona Clarisse Leite, mãe de Arnaldo, e o maestro Rogério Duprat, que Arnaldo considera o seu grande mentor. Qual o depoimento mais divertido? Além dos depoimentos do próprio Arnaldo, destacaria o do Tom Zé, que durante o seu depoimento trocou de O Arnaldo pinta um quadro, que permeia todo o documentário. Ele começa pintando uma moça de olhos azuis e, no final, os transforma em olhos castanhos. O que isso representa? A imagem das mulheres é uma fusão da Rita Lee e da Lucinha Barbosa, seus dois amores. Ele admite isso. Inicialmente a figura feminina do quadro possui olhos azuis, que mais tarde são trocados por castanhos. Arnaldo diz que o quadro representa a “transmutação do amor”. O filme ganhou os prêmios de público de dois grandes festivais de cinema em 2008: Festival do Rio e Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Qual a importância e a repercussão desses prêmios? Vencer logo de cara dois dos mais importantes festivais do Brasil é algo de grande importância para a projeção do filme e que nos enche de orgulho. Mas, mais importante do que os prêmios, foi o reconhecimento da crítica e principalmente do público que lotou todas as sessões onde o filme foi exibido. Ver as pessoas se emocionando e cantando durante as sessões é algo que faz a gente se lembrar por que optamos por ser artistas e nos dá estímulo para continuar. Tudo isso junto foi fundamental para que o filme entrasse em circuito nos cinemas e isso me deixa muito feliz: saber que mais pessoas terão a possibilidade de conhecer essa história e, principalmente, saber que Arnaldo Baptista terá enfim o reconhecimento que sempre mereceu. Paulo Henrique Fontenelle, Arnaldo Baptista e André Saddy ENTREVISTA: ANDRÉ SADDY PRODUTOR EXECUTIVO Qual foi o ponto de partida de Loki? A realização de um programa para o Canal Brasil foi estimulada pela admiração que sempre tive pelo artista, e de uma enorme vontade de mostrar para o maior número de pessoas possível a genialidade do Arnaldo. Sempre me incomodou muito o fato de ele ser cada vez mais reconhecido no exterior e aqui ainda ser pouco conhecido. Eu sabia que a história de vida dele é incrível. Ele ainda é muito admirado no exterior? Sim, muito. Além dos depoimentos de estrangeiros que estão no filme, o Jonny Greenwood (guitarrista do Radiohead) esteve no Brasil este ano e se declarou grande fã dos Mutantes. Ele se encontrou com o cineasta Hector Babenco, que contou para o Jonny que tinha acabado de assistir ao filme Loki. Ele ficou louco para assistir e pediu para receber uma cópia. Mandamos na mesma hora, junto com o disco Let it Bed, autografado pelo Arnaldo. O que mais te atraiu na história do Arnaldo? O músico. Mas o fato de ele estar recluso também era muito atraente. Em 2005, não sabíamos o que ele estava fazendo. E, na época, o que estava ao nosso alcance era produzir um programa para o Canal Brasil. Então decidimos convidá-lo para gravar Luz, Câmera, Canção, programa já extinto, que exibia perfis de artistas. Paulo Fontenelle dirigiu o programa e, à medida que conhecia o Arnaldo, foi se encantando. Na primeira vez em que assistimos ao material, Paulo Mendonça (diretor do Canal Brasil), Paulo Henrique Fontenelle e eu, tivemos certeza de que a história renderia muito mais do que um programa. Como vocês convenceram o Arnaldo a autorizar a realização do filme? Fontenelle e eu fizemos uma reunião com o Arnaldo e com a Lucinha, mulher dele, em São Paulo, para dizer que queríamos fazer um longa-metragem sobre a vida dele. Eles já tinham assistido ao programa no Canal Brasil e gostaram tanto que toparam partir para o filme. São, inclusive, coprodutores. Ele cedeu os direitos de imagem e de todas as músicas de autoria dele para o filme. Outros produtores já tinham tentado fazer documentários sobre os Mutantes, mas sem sucesso. Em que momento o Arnaldo assistiu à entrevista em que Sérgio Dias pede desculpas a ele? Isso ajudou a promover a reconciliação entre os irmãos? Quando o programa foi ao ar ele viu o pedido de desculpas do Sérgio e, logo depois, fiquei sabendo pela Lucinha que isso ajudou na reaproximação do Sérgio e do Arnaldo. Acho que foi um empurrãozinho e, por outros caminhos, eles acabaram voltando a tocar juntos um ano depois, na volta dos Mutantes, em 2006. Vocês registraram os bastidores do show dos Mutantes em Londres, em 2006. Como foi essa viagem? Já estávamos produzindo o filme quando soube que eles iam se reencontrar a convite do Barbican Centre, que queria fazer uma homenagem em Londres aos 40 anos da Tropicália. Acompanhamos e registramos a volta dele aos Mutantes e à Inglaterra, assim como os ensaios em Londres, os bastidores dos shows. O Arnaldo parecia mais centrado e muito conectado, empolgado com o trabalho. Ficamos uma semana juntos, sempre documentando o olhar dele para a história. A produção desse filme foi muito singular, sem captação e nenhum patrocínio. Como ele foi viabilizado? Foi tudo feito com muita paixão. Só com o Arnaldo foram três entrevistas. Por exemplo: Fontenelle e eu viajamos nas férias para filmar em Londres. Ele com a câmera dele e eu com uma outra que consegui emprestada com o Luiz Carlos Barreto. Não tínhamos dinheiro, mas no início também não tínhamos urgência em finalizar o filme, por isso tivemos muito tempo para produzir com toda a riqueza de detalhes. Usamos a estrutura e a equipe do Canal Brasil, fazendo tudo organicamente. Contamos com a Luciana Araújo na produção da primeira fase do projeto e, depois, a Isabela Monteiro assumiu a direção de produção. E a Tereza Alvarez fechou a equipe assinando a finalização da produção. Ela, aliás, foi uma das grandes entusiastas do projeto e seu trabalho foi decisivo para a finalização do filme. Sempre tivemos o apoio da equipe do canal e, principalmente, do diretorgeral, Paulo Mendonça. O filme também tem outra particularidade: não terá um distribuidor. Quando assistimos ao primeiro corte, que tinha 2h40, começamos a achar que o documentário seria mais do que um longa-metragem para televisão. Então finalizamos a edição e decidimos inscrevê-lo em festivais, em 2008. Foi quando ganhamos os prêmios de Melhor Filme do Júri Popular em dois dos mais importantes festivais brasileiros: Festival do Rio e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. A partir daí começamos a ser procurados por diversas distribuidoras. Mas nos demos conta de que poderíamos partir para um caminho alternativo também na distribuição, uma vez que conseguíamos encodar na Rain e marcar as salas de cinema diretamente. O Adhemar Oliveira, do Espaço Unibanco, já sabendo da repercussão do filme, foi muito receptivo. Também negociamos com exibidores de outros grupos nas praças que não estão cobertas pelo Espaço Unibanco. As outras funções da distribuidora também foram assumidas pelo Canal Brasil, como a divulgação, com uma mídia forte no próprio canal e permutas que temos com mídia impressa, rádios e outros canais da Globosat. Também temos R$ 100 mil em mídia na TV Globo, que ganhamos no prêmio do público no Festival do Rio. Como começou sua admiração pelo Arnaldo? Ouvi o disco Jardim Elétrico pela primeira vez quando tinha 17 anos e no dia seguinte fui atrás de toda a discografia dos Mutantes. Comprei tudo e a partir daí minha percepção sobre música mudou. Sempre tive uma forte ligação com música e, já nessa época, tocava piano. Percebi que tínhamos no Brasil música tão boa quanto tudo o que eu mais admirava lá fora, como Beatles, Pink Floyd, King Crimson. E às vezes até melhor. O Arnaldo provocou em mim essa quebra de paradigma. E depois repetiu porque quando conheci sua obra solo tive um impacto ainda maior. Loki é disparado o melhor disco do rock nacional, e Singin´Alone também é indescritível. Então, quando comecei a trabalhar com cinema, no primeiro curta-metragem que produzi (45% Cinema Urbano), metade do orçamento foi para pagar os direitos da música Navegar de Novo, que faz parte do Loki. Houve algum envolvimento dos fundadores dos Mutantes com o filme? Os três fundadores do Mutantes (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias) foram essenciais para a realização do filme, cedendo os direitos de imagens e das músicas. Inclusive a Rita Lee. Apesar de ter preferido não gravar entrevista, ela foi muito gentil com a produção e nunca se opôs à utilização de imagens dela no filme. Ela assistiu ao filme? Não sabemos. Adoraria que ela assistisse. Quantas e como foram as exibições do filme até agora, antes do lançamento? O filme já teve uma enorme reper- cussão. Tivemos uma exibição histórica no Odeon BR, durante o Festival do Rio, com a presença do Arnaldo. O filme foi aplaudido por 10 minutos e o cinema todo cantou em coro a Balada do Louco depois do fim dos créditos. Na saída houve um cortejo atrás do Arnaldo, com todos chorando, muito emocionados. Essa comoção se repetiu na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em Juiz de Fora, em Belo Horizonte, em Tiradentes e no Morro da Urca, no Rio, onde o filme foi exibido. No exterior, o longametragem já foi exibido em festivais em São Francisco, São Diego, Seattle, Miami, Buenos Aires e Israel, sempre com grande sucesso. Isso é uma satisfação; saber que estamos cumprindo nosso principal objetivo, que sempre foi de homenagear o Arnaldo e revelar aos que não conhecem a riqueza de sua vida e obra. ENTREVISTA: PAULO MENDONÇA DIRETOR GERAL DO CANAL BRASIL Loki é o primeiro longa-metragem inteiramente produzido pelo Canal Brasil, que já assinou a coprodução de outros longas. Qual a importância desse filme para o canal? Foi uma profunda admiração pelo trabalho do Arnaldo e o mistério que revestia a sua história que nos levaram a fazer um movimento nesta direção. Tudo começou com um programa chamado Luz, Câmera, Canção, que tinha por objetivo resgatar a sua importância na música brasileira. Também dirigido pelo Paulo Fontenelle, o programa feito em 2004 tinha como material bruto depoimentos tão intensos e comoventes que não couberam na grade de 30 minutos do programa. A carga emocional contida nas entrevistas feitas para o programa nos levou a ampliar nossa pesquisa para uma análise mais profunda na história deste artista ímpar da música brasileira. Depois de três anos e meio, tínhamos produzido um mergulho profundo e revelador da história conturbada do Arnaldo, através da apaixonada entrega do Paulo Henrique Fontenelle, diretor do filme, do André Saddy, seu produtor e principal incentivador, e da Isabela Monteiro que heroicamente executou a sua produção, da Tereza Alvarez, fundamental para sua finalização como a Luciana Araújo foi para o seu início, além do apoio de muita gente que aderiu ao entusiasmo da pequena equipe do canal. Penso que com Loki o Canal Brasil conta uma história de talento e superação de um grande artista brasileiro e reinventa um modelo de produção de guerrilha, feito com sobras de material, equipamentos, tempo e paixão do pessoal envolvido, movido exclusivamente pelo desafio da realização. Um projeto amador, no melhor sentido da palavra. Ou seja, realizado por gente com a capacidade de amar intensamente o que faz. Arnaldo Baptista e Lucinha Barbosa Qual o lugar de Arnaldo Baptista na história da música brasileira (ou mundial)? Tínhamos consciência ou lembrança de que a música do Arnaldo tinha sido determinante para a fundação do rock brasileiro. O que viemos a descobrir depois, quando do desenvolvimento do filme, é que era também uma referência mundial. E que como artista, Arnaldo era ainda mais reconhecido lá fora, do que no Brasil. Em sua opinião, quais as cenas/ entrevistas mais marcantes de Loki? O filme tem diversos momentos emocionantes, mas Arnaldo escrevendo “Sinto Muito” no quadro/ roteiro me leva às lágrimas. Quais os planos do Canal Brasil para o filme após o lançamento de Loki nos cinemas em circuito nacional? De certo, o filme estreia no Canal Brasil no dia 18 de setembro, data em que o canal completa 11 anos de existência, como presente aos nossos assinantes. Simultaneamente estaremos lançando o documentário em DVD. Além disso, o filme seguirá sua carreira no circuito internacional de festivais. O lançamento de Loki em DVD é o primeiro passo para a criação de um selo Canal Brasil? Loki será provavelmente o primeiro produto distribuído pelo Selo Canal Brasil, hoje, em fase de implantação. Um passo a mais no sentido da independência do canal apostar naquilo em que acredita. Qual foi a maior dificuldade na realização do filme? Inicialmente, o filme mexeu com muitas histórias e feridas ainda não de todo cicatrizadas, e que foram contornadas pela delicadeza com que a equipe do filme transitou por elas. Posteriormente, a questão relativa aos direitos de músicas e imagens tornou-se quase um impeditivo para que tivéssemos o filme nos cinemas. E, mais uma vez, contando com a colaboração e boa vontade das partes envolvidas, conseguimos encontrar condições adequadas para que pudéssemos ter o Loki nas telas dos cinemas. De qualquer forma, por impossibilidade de negociação, alguns cortes e alterações precisaram ser feitos no documentário. A falta de referência na negociação de direitos especialmente musicais poderá ser impeditiva para a feitura de outros filmes que procurem resgatar este passado recente do país. Qual foi o orçamento do filme? O Loki teve uma realização bastante atípica para a produção nacional. Ele foi realizado a longo prazo, com a utilização de sobras de equipamento, com permuta de serviços e a diluição da remuneração dos profissionais do canal envolvidos na produção, que dedicaram o seu tempo disponível (férias inclusive) para feitura do filme. Desconsiderados estes custos indiretos, o Canal Brasil despendeu na produção do Loki, nos 3 anos e meio de produção, alguma coisa em torno de R$ 120.000. Na liberação de direitos para que o filme possa ser levado ao cinema foram gastos adicionalmente cerca de R$ 81.000. Com o lançamento de Loki, o Canal Brasil abre um precedente interessante na indústria audiovisual nacional, com um modelo de produção, finalização e distribuição totalmente independentes. Como essa estratégia foi desenhada e, depois, viabilizada? Em verdade, as decisões que tomamos sobre o filme foram sempre decorrentes de cada situação que pontualmente se apresentou. Tínhamos, a princípio, um documentário produzido para exibição em televisão e, circunstancialmente, em DVD, que ao se concluir nos pareceu ser suficientemente atrativo para o circuito de festivais – um caminho que entendíamos poder ser um modelo alternativo de exibição do filme. Os prêmios recebidos, as propostas de distribuição que nos foram feitas e a campanha na internet para exibição do Loki em cinema, nos fizeram acreditar que podíamos ambicionar mais, desde que equacionadas as questões relativas aos direitos de músicas e imagens. O bom encaminhamento dessas negociações e a constatação de que o premio em mídia, recebido pelo filme na Mostra do Rio, que associado à mídia no canal e em outros veículos com quem o Canal Brasil tem contrato de permuta, nos dariam a possibilidade de fazer uma boa campanha para o lançamento do filme, nos encorajou a procurar, independentemente, o Adhemar de Oliveira, do circuito Unibanco Arteplex, e a formular o acordo de lançamento do filme no dia 19 de junho de 2009, em 10 diferentes cidades do Brasil. Em pelo menos outras sete praças, não atendidas pelas salas do Adhemar, o Loki estará sendo exibido, no mesmo período, em salas independentes. Entendo que Loki teve um desenho de produção e distribuição possível para o Canal Brasil, e que MÚSICAS DE ARNALDO BAPTISTA EXECUTADAS NO FILME não pretende ser paradigma ou sequer referência para a produção nacional. Pode quando muito servir como objeto de reflexão. I Fell In Love One Day (Arnaldo Baptista) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista Top Top (Arnolpho Lima Filho / Arnaldo Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes DEPOIMENTOS, POR ORDEM DE EXIBIÇÃO NO FILME Tom Zé – Músico Lobão – Músico Aluizier Malab – Produtor Musical Lucinha Barbosa – Esposa de Arnaldo Baptista Sérgio Dias – Irmão e músico Clarisse Leite – Mãe de Arnaldo Baptista Raphael Vilardi – Amigo de Arnaldo Baptista Antônio Peticov – Artista Plástico Nelson Motta - Jornalista Gilberto Gil – Músico Tarik de Souza – Jornalista e crítico musical Roberto Menescal – Produtor Musical Antônio Carlos da Fontoura – Cineasta Rogério Duprat – Maestro Devendra Banhart – Músico Dinho Leme – Músico Liminha – Músico Martha Mellinger – Atriz e ex-mulher de Arnaldo Baptista Koko Gennari – Músico e integrante do grupo Patrulha do Espaço Luiz Carlos Calanca – Produtor Musical Regina Miranda – Diretora Teatral Greg Cheskis – Ator John Ulhôa – Músico e Produtor Musical Bill Barthel – Músico Sean Lennon – Músico Zélia Duncan – Cantora Panis et Circenses (Caetano Veloso / Gilberto Gil) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. / Gege Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes Le Premier Bonheur du Jour (Jean Renard / Françoise Hardy / Frank Gerald) Sociedade Independente de Compositores e Autores Musicais - SICAM INTÉRPRETE: Mutantes Alegria, Alegria (Caetano Veloso) Musiclave Editora Musical Ltda. INTÉRPRETE: Caetano Veloso Ai Garupa (Arnaldo Baptista) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista Domingo no Parque (Gilberto Gil) Gege Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Gilberto Gil e Mutantes Te Amo Podes Crer (Arnaldo Baptista) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista Posso Perder Minha Mulher, Minha Mãe, desde que eu tenha o meu Rock ‘N’ Roll (Liminha / Arnaldo Baptista / Rita Lee) Editora e Importadora Musical Fermata do Brasil Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes Virgínia (Arnaldo Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes Qualquer Bobagem (Arnaldo Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias / Tom Zé) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. / Editora Musical Arlequim Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes Suicida (Raphael Vilardi / Roberto Loyola) Irmãos Vitale S.A. Indústria e Comércio INTÉRPRETE: O’Seis Qualquer Bobagem (Arnaldo Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias / Tom Zé) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. / Editora Musical Arlequim Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes e Tom Zé The Rain, the Park and Other Things (Steve Duboff / Artie Kornfeld) Emi Music Brasil Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes Não Vá Se Perder Por aí (Raphael Vilardi / Roberto Loyola) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes Baby (Caetano Veloso, versão: Arnaldo Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes Quem Tem Medo de Brincar de Amor? (Arnaldo Baptista / Rita Lee) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes Dois Mil e Um (2001) (Rita Lee / Tom Zé) Guilherme Araújo Prod. Art. Ltda. (Warner Chappell) INTÉRPRETE: Mutantes Banho de Lua (Tirantella di Luna) (Francesco Migliacci / Bruno DeFilippi / versão: Fred Jorge) Emi Music Brasil Ltda. / Accordo Edizione Musicali SRL (ADDAF) INTÉRPRETE: Mutantes Fuga Número II dos Mutantes (Arnaldo Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes O Meu Refrigerador Não Funciona (Arnaldo Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes Ando Meio Desligado (Arnaldo Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes Uma Pessoa Só (Liminha / Sergio Dias / Arnaldo Baptista / Ronaldo Poliseli Leme) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes Vida de Cachorro (Arnaldo Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias) Editora e Importadora Musical Fermata do Brasil Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes OAeoZ (Arnaldo Baptista / Dinho Leme / Liminha / Sérgio Dias) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes Ainda Vou Transar com Você (Arnaldo Baptista / Liminha / Sérgio Dias) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes Navegar de Novo (Arnaldo Baptista) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista Cê Tá Pensando que eu Sou Lóki? (Arnaldo Baptista) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista Será Que Eu Vou Virar Bolor? (Arnaldo Baptista) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista Desculpe (Arnaldo Baptista) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista Sunshine (Arnaldo Baptista) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo & Patrulha do Espaço Não Estou Nem Aí (Arnaldo Baptista) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista Jesus Came back to Earth (Arnaldo Baptista) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista Sanguinho Novo (Arnaldo Baptista) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo & Patrulha do Espaço Cowboy (Arnaldo Baptista) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo & Patrulha do Espaço I Fell In Love One Day (Arnaldo Baptista) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo & Patrulha do Espaço Bomba H sobre São Paulo (Arnaldo Baptista) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista Tacape (Arnaldo Baptista) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista Posso Perder Minha Mulher, Minha Mãe, desde que eu tenha o meu Rock ‘N’ Roll (Liminha / Arnaldo Baptista / Rita Lee) Editora e Importadora Musical Fermata do Brasil Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista Fique Aqui Comigo (Arnaldo Baptista) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo & Patrulha do Espaço Panis et Circenses (Caetano Veloso / Gilberto Gil / versão: Arnaldo Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias /) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. / Gege Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista e Sean Lennon Everybody thinks I’m Crazy (Darrell Calker / Sam Friedman) Lantz Music Corp. / MCA Music Publishing INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista Nobody Knows (Domínio Público) INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista I Fell a Little Spaced Out (Ando meio desligado) (Arnaldo Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes I’m Sorry Baby (Desculpe Babe) (Arnaldo Baptista / Rita Lee) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes Dom Quixote (Arnaldo Baptista / Rita Lee) Guilherme Araújo Prod. Art. Ltda. (Warner Chappell) INTÉRPRETE: Mutantes A Minha Menina (She’s my shoo shoo) (Jorge Benjor / versão: Arnaldo Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes Balada do Louco (Arnaldo Baptista / Rita Lee) Warner Chappell Edições Musicais Ltda. INTÉRPRETE: Mutantes SINOPSE CURTA SINOPSE LONGA Loki – Arnaldo Baptista – Direção de Paulo Henrique Fontenelle (Brasil, 2008). Com depoimentos de Tom Zé, Sérgio Dias, Nelson Motta, Gilberto Gil, Roberto Menescal, Liminha, Sean Lennon, Lobão e outros. Documentário. A cinebiografia de Arnaldo Baptista, fundador dos Mutantes, tem sua narrativa costurada por depoimentos emocionantes do artista, enquanto o próprio pinta um quadro emblemático. Embalado por músicas que marcaram época, o filme revela a trajetória de um dos maiores nomes do rock brasileiro. O filme é o primeiro longa-metragem produzido pelo Canal Brasil. 120 minutos. Loki – Arnaldo Baptista é um documentário de longametragem (120 min), dirigido por Paulo Henrique Fontenelle, sobre Arnaldo Baptista, fundador dos Mutantes e um dos grandes ícones da música brasileira. O filme marca a estreia do Canal Brasil na produção de longas-metragens e imagens históricas para revelar a trajetória de Arnaldo Baptista desde a infância, o surgimento dos Mutantes, o casamento com Rita Lee, a separação, o fim da banda, a depressão que o levou a uma tentativa de suicídio e a um profundo coma, sua carreira solo e o reencontro com a paz. A narrativa de Loki é costurada por depoimentos emocionantes do artista e de amigos, família e personalidades que convivem ou conviveram com ele, como Tom Zé, Lobão, Nelson Motta, Gilberto Gil, Sérgio Dias, Dinho Leme, Zélia Duncan, Liminha e Rogério Duprat, além de Kurt Cobain, Sean Lennon e Devendra Banhart. A trilha sonora é repleta de canções de Arnaldo Baptista nas mais diversas fases de sua carreira: antes, durante e após o sucesso dos Mutantes. Qualquer Bobagem, Ando Meio Desligado, Cê Tá Pensando Que Eu Sou Lóki?, Panis et Circenses são algumas das músicas do compositor. O longa-metragem conquistou o prêmio de “Melhor documentário – Júri Popular” no Festival do Rio 2008 e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. FICHA TÉCNICA Brasil, 2008, 120 min. Direção / Roteiro / Edição: Paulo Henrique Fontenelle Produção Executiva: André Saddy Direção de Produção: Isabella Monteiro Produção de Finalização: Tereza Alvarez Direção de Fotografia: Marco Moreira Edição de Som: Carlos Toré Empresa Produtora: Canal Brasil Assessoria de Imprensa: PALAVRA Assessoria em Comunicação INFORMAÇÕES À IMPRENSA PALAVRA Assessoria em Comunicação www.palavraonline.com (21) 3204-3124 Cristina Rio Branco [email protected] (21) 7813-6398