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LOKI – ARNALDO BAPTISTA
Documentário revela
a trajetória do fundador
dos Mutantes
Um dos maiores nomes do rock brasileiro, Arnaldo Baptista tem sua incrível
trajetória revelada nesta cinebiografia,
que marca a estreia de Paulo Henrique
Fontenelle na direção de longasmetragens. O filme foi exibido no ano
passado no Festival do Rio e na Mostra
Internacional de Cinema de São Paulo.
Em ambos, conquistou o prêmio de
Melhor Documentário – Júri Popular.
Arnaldo compareceu às duas sessões
e se emocionou quando foi fortemente
ovacionado pelo público carioca e paulistano. “O filme preencheu uma lacuna.
Parece até que completou a minha
história”, diz Arnaldo, que já assistiu ao
documentário inúmeras vezes.
Produzido, finalizado e distribuído de
forma independente pelo Canal Brasil,
que pela primeira vez assina
a produção de um longa-metragem,
o documentário é embalado por
músicas que marcaram época.
Depoimentos fortes e imagens raras
ilustram a rica e muitas vezes misteriosa
história de vida do compositor, cantor,
baixista e pianista. A narrativa é ao
mesmo tempo poética, dramática e divertida, costurada com delicadeza por
entrevistas emocionantes do artista,
enquanto o próprio pinta um imenso e
emblemático quadro.
Loki traz a trajetória de Arnaldo desde a infância,
passando pela fase de maior sucesso como líder dos
Mutantes, pelo casamento com a cantora Rita Lee e,
depois, a separação. Passa também pela depressão que
devastou sua vida após o fim do grupo e que o levou
a tentar o suicídio, sua carreira solo, a reaproximação
com o irmão e integrante dos Mutantes Sérgio Dias,
culminando com a volta da banda em 2006 (com Zélia
Duncan no lugar de Rita Lee) e com o show em
homenagem à Tropicália realizado no Barbican Centre,
em Londres.
Registros recentes de Arnaldo em Juiz de Fora (MG),
onde mora com a mulher, Lucinha Barbosa, mostram o
atual estado de espírito do artista, que ainda toca piano,
teclado, bateria e baixo, mas hoje dedica a maior parte
de seu tempo à pintura. Todas as fases da vida do músico
são lembradas sob diferentes pontos de vista através das
palavras de personalidades que conviveram e admiram o
compositor, como Tom Zé, Lobão, Nelson Motta, Gilberto
Gil, Sérgio Dias, Dinho Leme, Zélia Duncan, Liminha e
Rogério Duprat, além de sua mãe, a pianista clássica Clarisse
Leite, e de sua segunda mulher, a atriz Martha Mellinger.
Fãs internacionais de Arnaldo, como Kurt Cobain, Sean
Lennon e Devendra Banhart – que afirma que os Mutantes
são melhores que os Beatles – também prestam suas
homenagens ao ídolo e reiteram a importância de
Arnaldo Baptista na história da música, não só no Brasil,
mas no mundo. Cada declaração traz histórias curiosas,
engraçadas e em alguns momentos trágicas sobre o
artista e seu tempo. Mas que ajudaram o diretor a constituir passagens polêmicas e até então obscuras da história
de Arnaldo Baptista. “Já assisti ao filme várias vezes, perdi
a conta. É engraçado porque cada vez me vejo de um jeito
diferente. Parece um espelho: às vezes me acho feio
e outras, bonito”, diz Arnaldo. “Esse filme preenche uma
lacuna que só agora percebi que estava faltando.
Ele completa minha história.”
A trilha sonora é repleta de clássicos dos Mutantes, como
Qualquer Bobagem, Ando Meio Desligado, Balada do
Louco, Top Top, Tecnicolor e Panis et Circenses, algumas
delas em versões raras, além de músicas da primeira
banda de Arnaldo Baptista, O’Seis; de sua carreira solo;
e de outros projetos idealizados pelo compositor, como
a peça de teatro Heliogábalo, da qual foi diretor musical,
e os grupos Patrulha do Espaço e Unziotro.
Loki estreia nos cinemas dia 19 de junho, em pelo menos
17 cidades brasileiras, entre elas Rio de Janeiro, São Paulo,
Brasília, Santos, Tubarão, Belo Horizonte, Juiz de Fora,
Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza e Recife.
Fotos em alta resolução e press book estão disponíveis
no hotsite do filme, em www.canalbrasil.com.br/loki
ção imensa e foi naquele momento, aos 9 anos, que soube
que minha vida seria a música”, revela.
SOBRE ARNALDO BAPTISTA
Arnaldo Dias Baptista nasceu em 1948,
em São Paulo. Influenciado pela mãe, a
compositora e pianista clássica Clarisse
Leite, compôs aos 7 anos sua primeira
música instrumental, Dança de Outros
Tempos. Poucos anos depois, teve
certeza de que era da música que
queria viver. Ele se lembra com clareza
do dia em que estava passeando com
a família num parque de diversões,
quando ouviu um carro de som, desses
de propaganda, tocando uma música
de Elvis Presley. “Senti uma empolga-
Arnaldo montou sua primeira banda, The Thunders, em
1962, ao lado do irmão Cláudio César. Em 1966, convidou
o outro irmão, Sérgio Dias, para se juntar ao grupo Six
Sided Rockers. Dois anos depois, com Sérgio e Rita Lee,
formou os Mutantes. Foi um dos líderes da Tropicália,
movimento que provocou, no final dos anos 60, uma
verdadeira revolução na música brasileira. Depois de se
separar de Rita Lee, com quem foi casado, e de discussões
com os outros integrantes dos Mutantes, Arnaldo decidiu
abandonar o grupo em 1973, seguindo em carreira solo.
Na época, enfrentou uma grave depressão, que o afligiu
durante anos. Em 1974 lançou o LP Loki?, com letras
extremamente pessoais. O disco é considerado por muitos
críticos uma das grandes obras da música contemporânea.
Em 1977, após recusar o convite do irmão Sérgio para
voltar aos Mutantes, Arnaldo formou a Patrulha do Espaço,
banda com músicas mais pesadas, influenciada pelo movimento punk. Fez apenas quatro shows no Rio de Janeiro, e
logo depois acabou. Em 1982, Arnaldo entrou em estúdio
para gravar o disco solo Singin’ Alone. No mesmo ano,
foi internado pela sexta vez em um hospital psiquiátrico
para tratamento. Revoltado e deprimido, Arnaldo tentou o
suicídio pulando do terceiro andar do hospital. Escapou da
morte, mas ficou quatro meses em coma. Foi no período
de recuperação no hospital que ele conheceu Lucinha
Barbosa, sua fã, com quem está casado até hoje.
Em 2008, Arnaldo lançou pela editora Rocco o livro de
ficção científica Rebelde Entre os Rebeldes, escrito nos
anos 80. Na trama alucinante, um casal viaja pelo tempo e
pelas galáxias em busca da paz.
SOBRE O DIRETOR
MUTANTES (Polydor, 1969)
Paulo Henrique Fontenelle nasceu no
Rio de Janeiro, em 1970. Formado em
cinema e jornalismo, trabalha no Canal
Brasil como diretor e editor de programas, shows e documentários. Dirigiu
e produziu o curta-metragem Mauro
Shampoo – Jogador, Cabeleireiro
e Homem, que ganhou os prêmios
de Melhor Curta-Documentário no
Festival do Rio 2006 e Grande Prêmio
do Cinema Brasileiro 2007. Loki é seu
primeiro longa-metragem.
A DIVINA COMÉDIA OU ANDO MEIO DESLIGADO
(Polydor, 1970)
SOBRE O CANAL BRASIL
Hoje, Arnaldo mora em Juiz de Fora, com Lucinha Barbosa.
Dedica-se à pintura, além de ainda compor e tocar regularmente piano, bateria, teclado e baixo.
DISCOGRAFIA ARNALDO BAPTISTA
MUTANTES (Polydor, 1968)
TECNICOLOR (Universal, gravado em 1970
e lançado em 1999)
JARDIM ELÉTRICO (Polydor, 1971)
MUTANTES E SEUS COMETAS NO PAÍS DO BAURETS
(Polydor, 1972)
O A E O Z (Philips, 1992; gravado em 1973)
BUILD UP - RITA LEE (Polydor - 1970)
HOJE É O PRIMEIRO DIA DO RESTO DE SUA VIDA - RITA LEE
(Polydor - 1972)
A história do Canal Brasil teve início
no dia 18 de setembro de 1998. Desse
dia em diante, apresentou milhares de
longas, médias e curtas-metragens.
E não parou por aí. Transformou-se,
renovou-se e ampliou sua abrangência. Hoje, com direção geral de Paulo
Mendonça, apresenta um rico painel
cultural, que reúne diversas manifestações artísticas, com um foco também
marcante na música. Filmes, making
ofs, shows, jam sessions, entrevistas,
séries, talk shows. E mais programas
que têm em comum a irreverência e a
diversão. O humor e a inteligência.
LÓKI? – ARNALDO BAPTISTA (Philips, 1974)
SINGIN’ ALONE – ARNALDO (Baratos Afins, 1982)
DISCO VOADOR - ARNALDO (BARATOS AFINS 1987,
inédito em CD)
ELO PERDIDO – ARNALDO & PATRULHA DO
ESPAÇO – (Vinil Urbano, 1988, inédito em CD)
FAREMOS UMA NOITADA EXCELENTE - ARNALDO
& PATRULHA DO ESPAÇO – (Vinil Urbano, 1988,
inédito em CD). Ao Vivo.
MUTANTES AO VIVO - BARBICAN THEATRE - LONDRES
(Sony & BMG, 2006)
LET IT BED – ARNALDO BAPTISTA (Tratore, 2004)
O Canal Brasil apóia irrestritamente
a produção audiovisual nacional e
tem participado de novas produções
em parceria com uma série de
produtores independentes. Entre os
títulos realizados estão Adolfo Celi –
Um Homem entre Duas Culturas, de
Leonardo Celi, a primeira coprodução
internacional do Canal Brasil; Canto de
Baal, de Helena Ignês; Saraceni.doc - A
Etnografia da Amizade, de Ricardo
Miranda; Anabazys, de Joel Pizzini e
Paloma Rocha; Waldick.doc, de Patrícia
Pillar; Histórias Cruzadas, de Alice de
Andrade; Hermeto Pascoal – Ato de
Criação, de Marília Alvim. E, com Loki –
Arnaldo Baptista, faz sua estreia na
produção de longas-metragens.
O Canal Brasil é uma associação da Globosat com o Grupo
Consórcio Brasil, formado por Luiz Carlos Barreto, Zelito
Vianna, Marco Altberg, Roberto Farias, Anibal Massaini
Neto, Patrick Siaretta e Paulo Mendonça.
ENTREVISTA: PAULO HENRIQUE FONTENELLE - DIRETOR
Você fez uma rica pesquisa para realizar Loki.
O que descobriu de mais interessante nas pesquisas
e, depois, com as entrevistas?
Primeiro de tudo, entrevistei o Arnaldo em 2004 para
um programa que, na época, eu dirigia no Canal Brasil.
Chamava-se Luz, Câmera, Canção. Fui à casa dele, em
Juiz de Fora, e voltei impressionado com a entrevista.
Comecei então a pesquisar muito para decidir quem mais
entrevistaria para o programa. Quanto mais pesquisava,
mais viciado eu ia ficando na história do Arnaldo, que é
encantadora e misteriosa. Fiquei surpreso ao saber, por
exemplo, que em 1977 o Arnaldo teve um filho e que em
1981 ele estava envolvido na produção de um espetáculo
de dança onde ele era além de músico, bailarino. Quase
ninguém sabia disso. O trabalho de pesquisa de imagens
também foi algo muito gratificante. Recebemos muita
ajuda dos fãs através da internet e conseguimos levantar
um material muito rico. As cenas do Arnaldo tocando
com a Patrulha do Espaço é algo inédito que muita gente
julgava terem sido perdidas.
Qual foi a entrevista que mais te surpreendeu?
A entrevista do Sérgio Dias, irmão do Arnaldo e integrante
dos Mutantes, é muito impactante. Os dois estavam
afastados há décadas e ele pediu desculpas
publicamente ao Arnaldo. O Sean Lennon também foi
incrível. Consegui o e-mail pessoal dele e mandei uma
mensagem dizendo que estava dirigindo um
documentário sobre a vida do Arnaldo Baptista e
perguntando se ele poderia dar um depoimento.
Ele respondeu em dois minutos, dizendo que fazia
questão de participar. Marquei a entrevista em Nova York
para alguns dias depois e ele não poupou reverências
e elogios ao Arnaldo.
O filme provocou isso em alguns dos
entrevistados porque remexeu em
histórias antigas e poucas vezes
lembradas?
Com certeza o processo foi de terapia
para muita gente, que fez as pazes
com o passado. Foi muito bonito ver,
depois da primeira sessão em São
Paulo, pessoas que não se falavam
há quase 30 anos saírem do cinema
e irem felizes para um restaurante ao
lado celebrar junto com o Arnaldo.
roupa umas 10 vezes (risos). Ele disse que queria
representar a metamorfose do Arnaldo.
E Rita Lee? Por que não está no filme?
Fizemos quatro tentativas de entrevista com a Rita Lee, mas a assessoria
de imprensa dela disse que preferia
não falar sobre o assunto. Mas ela foi
sempre muito gentil com a produção,
cedendo todos os direitos de exibição
de imagem e das músicas. Nunca se
opôs a isso. No fim das contas, com o
filme pronto, todos nós concordamos
que, mesmo ela não tendo dado um
depoimento, ela está presente o tempo todo no filme e de uma maneira
bem bonita, dando um aspecto mais
lírico ao filme. O filme mostra a Rita
Lee da época dos Mutantes e como
ela aparece na lembrança do Arnaldo,
linda, imaculada.
Qual foi a reação do Arnaldo quando realizou que haveria um filme de longa-metragem sobre a vida dele?
Ele ficou muito emocionado. Sempre diz que conseguimos captar a alma dele e que, por causa do filme, ficaria
marcado de vez como o “rebelde dos rebeldes” (risos).
Que critérios você usou para a
escolha dos entrevistados?
Busquei pessoas que tivessem feito
parte da vida de Arnaldo em todos
seus aspectos. Desde amigos de
infância até músicos que tocaram com
ele durante sua carreira. Além disso,
procuramos jornalistas como Tárik de
Souza e Nelson Motta que ajudam
a contextualizar e dimensionar a
grande importância de Arnaldo para
nossa música. Algumas pessoas que
já morreram aparecem em entrevistas
de arquivo, como Dona Clarisse Leite,
mãe de Arnaldo, e o maestro Rogério
Duprat, que Arnaldo considera o seu
grande mentor.
Qual o depoimento mais divertido?
Além dos depoimentos do próprio
Arnaldo, destacaria o do Tom Zé, que
durante o seu depoimento trocou de
O Arnaldo pinta um quadro, que permeia todo o documentário. Ele começa pintando uma moça de olhos
azuis e, no final, os transforma em olhos castanhos.
O que isso representa?
A imagem das mulheres é uma fusão da Rita Lee e da
Lucinha Barbosa, seus dois amores. Ele admite isso. Inicialmente a figura feminina do quadro possui olhos azuis, que
mais tarde são trocados por castanhos. Arnaldo diz que o
quadro representa a “transmutação do amor”.
O filme ganhou os prêmios de público de dois grandes
festivais de cinema em 2008: Festival do Rio e Mostra
Internacional de Cinema de São Paulo. Qual a importância e a repercussão desses prêmios?
Vencer logo de cara dois dos mais importantes festivais
do Brasil é algo de grande importância para a projeção do
filme e que nos enche de orgulho. Mas, mais importante
do que os prêmios, foi o reconhecimento da crítica e
principalmente do público que lotou todas as sessões
onde o filme foi exibido. Ver as pessoas se emocionando
e cantando durante as sessões é algo que faz a gente
se lembrar por que optamos por ser artistas e nos dá
estímulo para continuar. Tudo isso junto foi fundamental
para que o filme entrasse em circuito nos cinemas e isso
me deixa muito feliz: saber que mais pessoas terão a
possibilidade de conhecer essa história e, principalmente,
saber que Arnaldo Baptista terá enfim o reconhecimento
que sempre mereceu.
Paulo Henrique Fontenelle, Arnaldo Baptista e André Saddy
ENTREVISTA: ANDRÉ SADDY
PRODUTOR EXECUTIVO
Qual foi o ponto de partida de Loki?
A realização de um programa para o
Canal Brasil foi estimulada pela admiração que sempre tive pelo artista,
e de uma enorme vontade de mostrar
para o maior número de pessoas
possível a genialidade do Arnaldo.
Sempre me incomodou muito o fato
de ele ser cada vez mais reconhecido
no exterior e aqui ainda ser pouco
conhecido. Eu sabia que a história
de vida dele é incrível.
Ele ainda é muito admirado
no exterior?
Sim, muito. Além dos depoimentos
de estrangeiros que estão no filme,
o Jonny Greenwood (guitarrista do
Radiohead) esteve no Brasil este ano
e se declarou grande fã dos Mutantes.
Ele se encontrou com o cineasta Hector
Babenco, que contou para o Jonny que
tinha acabado de assistir ao filme Loki.
Ele ficou louco para assistir e pediu
para receber uma cópia. Mandamos na
mesma hora, junto com o disco Let it
Bed, autografado pelo Arnaldo.
O que mais te atraiu na história do
Arnaldo?
O músico. Mas o fato de ele estar
recluso também era muito atraente.
Em 2005, não sabíamos o que ele
estava fazendo. E, na época, o que
estava ao nosso alcance era produzir
um programa para o Canal Brasil.
Então decidimos convidá-lo para
gravar Luz, Câmera, Canção, programa
já extinto, que exibia perfis de artistas.
Paulo Fontenelle dirigiu o programa
e, à medida que conhecia o Arnaldo,
foi se encantando. Na primeira vez
em que assistimos ao material, Paulo
Mendonça (diretor do Canal Brasil),
Paulo Henrique Fontenelle e eu, tivemos certeza de que a história renderia
muito mais do que um programa.
Como vocês convenceram o Arnaldo
a autorizar a realização do filme?
Fontenelle e eu fizemos uma reunião com o Arnaldo e
com a Lucinha, mulher dele, em São Paulo, para dizer que
queríamos fazer um longa-metragem sobre a vida dele.
Eles já tinham assistido ao programa no Canal Brasil
e gostaram tanto que toparam partir para o filme.
São, inclusive, coprodutores. Ele cedeu os direitos de
imagem e de todas as músicas de autoria dele para o
filme. Outros produtores já tinham tentado fazer
documentários sobre os Mutantes, mas sem sucesso.
Em que momento o Arnaldo assistiu à entrevista em
que Sérgio Dias pede desculpas a ele? Isso ajudou a
promover a reconciliação entre os irmãos?
Quando o programa foi ao ar ele viu o pedido de
desculpas do Sérgio e, logo depois, fiquei sabendo pela
Lucinha que isso ajudou na reaproximação do Sérgio
e do Arnaldo. Acho que foi um empurrãozinho e, por
outros caminhos, eles acabaram voltando a tocar juntos
um ano depois, na volta dos Mutantes, em 2006.
Vocês registraram os bastidores do show dos Mutantes
em Londres, em 2006. Como foi essa viagem?
Já estávamos produzindo o filme quando soube que eles
iam se reencontrar a convite do Barbican Centre, que
queria fazer uma homenagem em Londres aos 40 anos
da Tropicália. Acompanhamos e registramos a volta dele
aos Mutantes e à Inglaterra, assim como os ensaios em
Londres, os bastidores dos shows. O Arnaldo parecia mais
centrado e muito conectado, empolgado com o trabalho.
Ficamos uma semana juntos, sempre documentando o
olhar dele para a história.
A produção desse filme foi muito singular, sem captação
e nenhum patrocínio. Como ele foi viabilizado?
Foi tudo feito com muita paixão.
Só com o Arnaldo foram três entrevistas. Por exemplo: Fontenelle e eu viajamos nas férias para filmar em Londres.
Ele com a câmera dele e eu com uma
outra que consegui emprestada com
o Luiz Carlos Barreto. Não tínhamos
dinheiro, mas no início também não
tínhamos urgência em finalizar o filme,
por isso tivemos muito tempo para produzir com toda a riqueza de detalhes.
Usamos a estrutura e a equipe
do Canal Brasil, fazendo tudo organicamente. Contamos com a Luciana
Araújo na produção da primeira fase
do projeto e, depois, a Isabela Monteiro
assumiu a direção de produção.
E a Tereza Alvarez fechou a equipe
assinando a finalização da produção.
Ela, aliás, foi uma das grandes
entusiastas do projeto e seu trabalho
foi decisivo para a finalização do filme.
Sempre tivemos o apoio da equipe
do canal e, principalmente, do diretorgeral, Paulo Mendonça.
O filme também tem outra particularidade: não terá um distribuidor.
Quando assistimos ao primeiro corte,
que tinha 2h40, começamos a achar
que o documentário seria mais do que
um longa-metragem para televisão.
Então finalizamos a edição e decidimos inscrevê-lo em festivais, em 2008.
Foi quando ganhamos os prêmios
de Melhor Filme do Júri Popular em
dois dos mais importantes festivais
brasileiros: Festival do Rio e na Mostra
Internacional de Cinema de São Paulo.
A partir daí começamos a ser procurados por diversas distribuidoras. Mas
nos demos conta de que poderíamos
partir para um caminho alternativo
também na distribuição, uma vez
que conseguíamos encodar na Rain
e marcar as salas de cinema diretamente. O Adhemar Oliveira, do Espaço
Unibanco, já sabendo da repercussão
do filme, foi muito receptivo. Também
negociamos com exibidores de outros
grupos nas praças que não estão
cobertas pelo Espaço Unibanco. As outras funções da distribuidora também
foram assumidas pelo Canal Brasil,
como a divulgação, com uma mídia
forte no próprio canal e permutas que
temos com mídia impressa, rádios e
outros canais da Globosat. Também
temos R$ 100 mil em mídia na TV
Globo, que ganhamos no prêmio do
público no Festival do Rio.
Como começou sua admiração pelo
Arnaldo?
Ouvi o disco Jardim Elétrico pela
primeira vez quando tinha 17 anos
e no dia seguinte fui atrás de toda a
discografia dos Mutantes. Comprei
tudo e a partir daí minha percepção
sobre música mudou. Sempre tive
uma forte ligação com música e, já
nessa época, tocava piano. Percebi
que tínhamos no Brasil música tão boa
quanto tudo o que eu mais admirava
lá fora, como Beatles, Pink Floyd,
King Crimson. E às vezes até melhor.
O Arnaldo provocou em mim essa
quebra de paradigma. E depois repetiu
porque quando conheci sua obra solo
tive um impacto ainda maior. Loki é disparado o melhor disco do rock nacional,
e Singin´Alone também é indescritível.
Então, quando comecei a trabalhar com
cinema, no primeiro curta-metragem
que produzi (45% Cinema Urbano),
metade do orçamento foi para pagar
os direitos da música Navegar de Novo,
que faz parte do Loki.
Houve algum envolvimento dos
fundadores dos Mutantes com o filme?
Os três fundadores do Mutantes
(Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio
Dias) foram essenciais para a realização do filme, cedendo os direitos de
imagens e das músicas. Inclusive a Rita
Lee. Apesar de ter preferido não gravar
entrevista, ela foi muito gentil com a
produção e nunca se opôs à utilização
de imagens dela no filme.
Ela assistiu ao filme?
Não sabemos. Adoraria que ela
assistisse.
Quantas e como foram as exibições do
filme até agora, antes do lançamento?
O filme já teve uma enorme reper-
cussão. Tivemos uma exibição histórica no Odeon BR,
durante o Festival do Rio, com a presença do Arnaldo. O
filme foi aplaudido por 10 minutos e o cinema todo cantou em coro a Balada do Louco depois do fim dos créditos.
Na saída houve um cortejo atrás do Arnaldo, com todos
chorando, muito emocionados. Essa comoção se repetiu
na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em Juiz
de Fora, em Belo Horizonte, em Tiradentes e no Morro da
Urca, no Rio, onde o filme foi exibido. No exterior, o longametragem já foi exibido em festivais em São Francisco, São
Diego, Seattle, Miami, Buenos Aires e Israel, sempre com
grande sucesso. Isso é uma satisfação; saber que estamos
cumprindo nosso principal objetivo, que sempre foi de
homenagear o Arnaldo e revelar aos que não conhecem a
riqueza de sua vida e obra.
ENTREVISTA: PAULO MENDONÇA
DIRETOR GERAL DO CANAL BRASIL
Loki é o primeiro longa-metragem inteiramente produzido pelo Canal Brasil, que já assinou a coprodução
de outros longas. Qual a importância desse filme
para o canal?
Foi uma profunda admiração pelo trabalho do Arnaldo e
o mistério que revestia a sua história que nos levaram a
fazer um movimento nesta direção. Tudo começou com
um programa chamado Luz, Câmera, Canção, que tinha
por objetivo resgatar a sua importância na música brasileira. Também dirigido pelo Paulo Fontenelle, o programa
feito em 2004 tinha como material bruto depoimentos tão
intensos e comoventes que não couberam na grade de 30
minutos do programa. A carga emocional contida nas entrevistas feitas para o programa nos levou a ampliar nossa
pesquisa para uma análise mais profunda na história deste
artista ímpar da música brasileira.
Depois de três anos e meio, tínhamos produzido um
mergulho profundo e revelador da história conturbada
do Arnaldo, através da apaixonada entrega do Paulo Henrique Fontenelle, diretor do filme, do André Saddy,
seu produtor e principal incentivador, e da Isabela Monteiro que heroicamente executou a sua produção,
da Tereza Alvarez, fundamental para sua finalização como
a Luciana Araújo foi para o seu início, além do apoio
de muita gente que aderiu ao entusiasmo da pequena
equipe do canal. Penso que com Loki o Canal Brasil conta
uma história de talento e superação de um grande artista
brasileiro e reinventa um modelo de produção de guerrilha, feito com sobras de material, equipamentos, tempo
e paixão do pessoal envolvido, movido exclusivamente
pelo desafio da realização. Um projeto amador, no melhor
sentido da palavra. Ou seja, realizado por gente com a
capacidade de amar intensamente o que faz.
Arnaldo Baptista e Lucinha Barbosa
Qual o lugar de Arnaldo Baptista
na história da música brasileira (ou
mundial)?
Tínhamos consciência ou lembrança
de que a música do Arnaldo tinha sido
determinante para a fundação do rock
brasileiro. O que viemos a descobrir
depois, quando do desenvolvimento
do filme, é que era também uma
referência mundial. E que como artista,
Arnaldo era ainda mais reconhecido
lá fora, do que no Brasil.
Em sua opinião, quais as cenas/
entrevistas mais marcantes de Loki?
O filme tem diversos momentos
emocionantes, mas Arnaldo
escrevendo “Sinto Muito” no quadro/
roteiro me leva às lágrimas.
Quais os planos do Canal Brasil para
o filme após o lançamento de Loki
nos cinemas em circuito nacional?
De certo, o filme estreia no Canal Brasil
no dia 18 de setembro, data em que o
canal completa 11 anos de existência,
como presente aos nossos assinantes.
Simultaneamente estaremos lançando
o documentário em DVD. Além disso,
o filme seguirá sua carreira no circuito
internacional de festivais.
O lançamento de Loki em DVD é o
primeiro passo para a criação de um
selo Canal Brasil?
Loki será provavelmente o primeiro
produto distribuído pelo Selo Canal
Brasil, hoje, em fase de implantação.
Um passo a mais no sentido da independência do canal apostar naquilo
em que acredita.
Qual foi a maior dificuldade na
realização do filme?
Inicialmente, o filme mexeu com
muitas histórias e feridas ainda não
de todo cicatrizadas, e que foram
contornadas pela delicadeza com que
a equipe do filme transitou por elas.
Posteriormente, a questão relativa
aos direitos de músicas e imagens
tornou-se quase um impeditivo para
que tivéssemos o filme nos cinemas.
E, mais uma vez, contando com
a colaboração e boa vontade das partes envolvidas,
conseguimos encontrar condições adequadas para
que pudéssemos ter o Loki nas telas dos cinemas.
De qualquer forma, por impossibilidade de negociação,
alguns cortes e alterações precisaram ser feitos no
documentário. A falta de referência na negociação de
direitos especialmente musicais poderá ser impeditiva
para a feitura de outros filmes que procurem resgatar
este passado recente do país.
Qual foi o orçamento do filme?
O Loki teve uma realização bastante atípica para a
produção nacional. Ele foi realizado a longo prazo, com
a utilização de sobras de equipamento, com permuta de
serviços e a diluição da remuneração dos profissionais
do canal envolvidos na produção, que dedicaram o seu
tempo disponível (férias inclusive) para feitura do filme.
Desconsiderados estes custos indiretos, o Canal Brasil
despendeu na produção do Loki, nos 3 anos e meio de
produção, alguma coisa em torno de R$ 120.000. Na
liberação de direitos para que o filme possa ser levado ao
cinema foram gastos adicionalmente cerca de R$ 81.000.
Com o lançamento de Loki, o Canal Brasil abre um
precedente interessante na indústria audiovisual
nacional, com um modelo de produção, finalização e
distribuição totalmente independentes. Como essa
estratégia foi desenhada e, depois, viabilizada?
Em verdade, as decisões que tomamos sobre o filme foram
sempre decorrentes de cada situação que pontualmente
se apresentou. Tínhamos, a princípio, um documentário
produzido para exibição em televisão e, circunstancialmente, em DVD, que ao se concluir nos pareceu
ser suficientemente atrativo para o circuito de festivais
– um caminho que entendíamos poder ser um modelo
alternativo de exibição do filme. Os prêmios recebidos,
as propostas de distribuição que nos foram feitas e a
campanha na internet para exibição do Loki em cinema,
nos fizeram acreditar que podíamos ambicionar mais,
desde que equacionadas as questões relativas aos direitos
de músicas e imagens. O bom encaminhamento dessas
negociações e a constatação de que o premio em mídia,
recebido pelo filme na Mostra do Rio, que associado à mídia no canal e em outros veículos com quem o Canal Brasil
tem contrato de permuta, nos dariam a possibilidade de
fazer uma boa campanha para o lançamento do filme, nos
encorajou a procurar, independentemente, o Adhemar
de Oliveira, do circuito Unibanco Arteplex, e a formular
o acordo de lançamento do filme no dia 19 de junho de
2009, em 10 diferentes cidades do Brasil. Em pelo menos
outras sete praças, não atendidas pelas salas do Adhemar,
o Loki estará sendo exibido, no mesmo período, em salas
independentes. Entendo que Loki teve um desenho de
produção e distribuição possível para o Canal Brasil, e que
MÚSICAS DE ARNALDO BAPTISTA
EXECUTADAS NO FILME
não pretende ser paradigma ou sequer
referência para a produção nacional.
Pode quando muito servir como
objeto de reflexão.
I Fell In Love One Day
(Arnaldo Baptista)
Warner Chappell Edições
Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista
Top Top
(Arnolpho Lima Filho / Arnaldo
Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias)
Warner Chappell Edições
Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
DEPOIMENTOS, POR ORDEM DE
EXIBIÇÃO NO FILME
Tom Zé – Músico
Lobão – Músico
Aluizier Malab – Produtor Musical
Lucinha Barbosa – Esposa de Arnaldo
Baptista
Sérgio Dias – Irmão e músico
Clarisse Leite – Mãe de Arnaldo
Baptista
Raphael Vilardi – Amigo de
Arnaldo Baptista
Antônio Peticov – Artista Plástico
Nelson Motta - Jornalista
Gilberto Gil – Músico
Tarik de Souza – Jornalista
e crítico musical
Roberto Menescal – Produtor Musical
Antônio Carlos da Fontoura – Cineasta
Rogério Duprat – Maestro
Devendra Banhart – Músico
Dinho Leme – Músico
Liminha – Músico
Martha Mellinger – Atriz e ex-mulher de Arnaldo Baptista
Koko Gennari – Músico e integrante
do grupo Patrulha do Espaço
Luiz Carlos Calanca – Produtor Musical
Regina Miranda – Diretora Teatral
Greg Cheskis – Ator
John Ulhôa – Músico e Produtor Musical
Bill Barthel – Músico
Sean Lennon – Músico
Zélia Duncan – Cantora
Panis et Circenses
(Caetano Veloso / Gilberto Gil)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda. /
Gege Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
Le Premier Bonheur du Jour
(Jean Renard / Françoise Hardy / Frank Gerald)
Sociedade Independente de Compositores
e Autores Musicais - SICAM
INTÉRPRETE: Mutantes
Alegria, Alegria
(Caetano Veloso)
Musiclave Editora Musical Ltda.
INTÉRPRETE: Caetano Veloso
Ai Garupa
(Arnaldo Baptista)
Warner Chappell Edições
Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista
Domingo no Parque
(Gilberto Gil)
Gege Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Gilberto Gil e Mutantes
Te Amo Podes Crer
(Arnaldo Baptista)
Warner Chappell Edições
Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista
Posso Perder Minha Mulher, Minha Mãe, desde
que eu tenha o meu Rock ‘N’ Roll
(Liminha / Arnaldo Baptista / Rita Lee)
Editora e Importadora Musical Fermata do Brasil Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
Virgínia
(Arnaldo Baptista / Rita Lee /
Sérgio Dias)
Warner Chappell Edições
Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
Qualquer Bobagem
(Arnaldo Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias / Tom Zé)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda. /
Editora Musical Arlequim Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
Suicida
(Raphael Vilardi / Roberto Loyola)
Irmãos Vitale S.A. Indústria e Comércio
INTÉRPRETE: O’Seis
Qualquer Bobagem
(Arnaldo Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias / Tom Zé)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda. /
Editora Musical Arlequim Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes e Tom Zé
The Rain, the Park and Other Things
(Steve Duboff / Artie Kornfeld)
Emi Music Brasil Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
Não Vá Se Perder Por aí
(Raphael Vilardi / Roberto Loyola)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
Baby
(Caetano Veloso, versão: Arnaldo
Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias)
Warner Chappell Edições
Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
Quem Tem Medo de Brincar de Amor?
(Arnaldo Baptista / Rita Lee)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
Dois Mil e Um (2001)
(Rita Lee / Tom Zé)
Guilherme Araújo Prod. Art. Ltda.
(Warner Chappell)
INTÉRPRETE: Mutantes
Banho de Lua (Tirantella di Luna)
(Francesco Migliacci / Bruno DeFilippi /
versão: Fred Jorge)
Emi Music Brasil Ltda. / Accordo
Edizione Musicali SRL (ADDAF)
INTÉRPRETE: Mutantes
Fuga Número II dos Mutantes
(Arnaldo Baptista / Rita Lee /
Sérgio Dias)
Warner Chappell Edições
Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
O Meu Refrigerador Não Funciona
(Arnaldo Baptista / Rita Lee /
Sérgio Dias)
Warner Chappell Edições
Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
Ando Meio Desligado
(Arnaldo Baptista / Rita Lee /
Sérgio Dias)
Warner Chappell Edições
Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
Uma Pessoa Só
(Liminha / Sergio Dias / Arnaldo
Baptista / Ronaldo Poliseli Leme)
Warner Chappell Edições
Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
Vida de Cachorro
(Arnaldo Baptista / Rita Lee /
Sérgio Dias)
Editora e Importadora Musical
Fermata do Brasil Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
OAeoZ
(Arnaldo Baptista / Dinho Leme /
Liminha / Sérgio Dias)
Warner Chappell Edições
Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
Ainda Vou Transar com Você
(Arnaldo Baptista / Liminha / Sérgio Dias)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
Navegar de Novo
(Arnaldo Baptista)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista
Cê Tá Pensando que eu Sou Lóki?
(Arnaldo Baptista)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista
Será Que Eu Vou Virar Bolor?
(Arnaldo Baptista)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista
Desculpe
(Arnaldo Baptista)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista
Sunshine
(Arnaldo Baptista)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo & Patrulha do Espaço
Não Estou Nem Aí
(Arnaldo Baptista)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista
Jesus Came back to Earth
(Arnaldo Baptista)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista
Sanguinho Novo
(Arnaldo Baptista)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo & Patrulha do Espaço
Cowboy
(Arnaldo Baptista)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo & Patrulha do Espaço
I Fell In Love One Day
(Arnaldo Baptista)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo & Patrulha do Espaço
Bomba H sobre São Paulo
(Arnaldo Baptista)
Warner Chappell Edições
Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista
Tacape
(Arnaldo Baptista)
Warner Chappell Edições
Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista
Posso Perder Minha Mulher, Minha
Mãe, desde que eu tenha o
meu Rock ‘N’ Roll
(Liminha / Arnaldo Baptista / Rita Lee)
Editora e Importadora Musical
Fermata do Brasil Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista
Fique Aqui Comigo
(Arnaldo Baptista)
Warner Chappell Edições
Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo & Patrulha
do Espaço
Panis et Circenses
(Caetano Veloso / Gilberto Gil / versão:
Arnaldo Baptista / Rita Lee /
Sérgio Dias /)
Warner Chappell Edições Musicais
Ltda. / Gege Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista
e Sean Lennon
Everybody thinks I’m Crazy
(Darrell Calker / Sam Friedman)
Lantz Music Corp. /
MCA Music Publishing
INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista
Nobody Knows
(Domínio Público)
INTÉRPRETE: Arnaldo Baptista
I Fell a Little Spaced Out
(Ando meio desligado)
(Arnaldo Baptista / Rita Lee /
Sérgio Dias)
Warner Chappell Edições
Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
I’m Sorry Baby (Desculpe Babe)
(Arnaldo Baptista / Rita Lee)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
Dom Quixote
(Arnaldo Baptista / Rita Lee)
Guilherme Araújo Prod. Art. Ltda. (Warner Chappell)
INTÉRPRETE: Mutantes
A Minha Menina (She’s my shoo shoo)
(Jorge Benjor / versão: Arnaldo Baptista /
Rita Lee / Sérgio Dias)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
Balada do Louco
(Arnaldo Baptista / Rita Lee)
Warner Chappell Edições Musicais Ltda.
INTÉRPRETE: Mutantes
SINOPSE CURTA
SINOPSE LONGA
Loki – Arnaldo Baptista – Direção de
Paulo Henrique Fontenelle (Brasil,
2008). Com depoimentos de Tom Zé,
Sérgio Dias, Nelson Motta, Gilberto Gil,
Roberto Menescal, Liminha, Sean
Lennon, Lobão e outros.
Documentário. A cinebiografia
de Arnaldo Baptista, fundador dos
Mutantes, tem sua narrativa costurada
por depoimentos emocionantes do
artista, enquanto o próprio pinta um
quadro emblemático. Embalado por
músicas que marcaram época, o filme
revela a trajetória de um dos maiores
nomes do rock brasileiro. O filme é o
primeiro longa-metragem produzido
pelo Canal Brasil. 120 minutos.
Loki – Arnaldo Baptista é um documentário de longametragem (120 min), dirigido por Paulo Henrique
Fontenelle, sobre Arnaldo Baptista, fundador dos
Mutantes e um dos grandes ícones da música brasileira.
O filme marca a estreia do Canal Brasil na produção de
longas-metragens e imagens históricas para revelar a
trajetória de Arnaldo Baptista desde a infância, o
surgimento dos Mutantes, o casamento com Rita Lee,
a separação, o fim da banda, a depressão que o levou
a uma tentativa de suicídio e a um profundo coma, sua
carreira solo e o reencontro com a paz. A narrativa de Loki
é costurada por depoimentos emocionantes do artista
e de amigos, família e personalidades que convivem ou
conviveram com ele, como Tom Zé, Lobão, Nelson Motta,
Gilberto Gil, Sérgio Dias, Dinho Leme, Zélia Duncan,
Liminha e Rogério Duprat, além de Kurt Cobain,
Sean Lennon e Devendra Banhart. A trilha sonora é repleta
de canções de Arnaldo Baptista nas mais diversas fases de
sua carreira: antes, durante e após o sucesso dos Mutantes.
Qualquer Bobagem, Ando Meio Desligado,
Cê Tá Pensando Que Eu Sou Lóki?, Panis et Circenses
são algumas das músicas do compositor.
O longa-metragem conquistou o prêmio de “Melhor
documentário – Júri Popular” no Festival do Rio 2008
e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
FICHA TÉCNICA
Brasil, 2008, 120 min.
Direção / Roteiro / Edição: Paulo Henrique Fontenelle
Produção Executiva: André Saddy
Direção de Produção: Isabella Monteiro
Produção de Finalização: Tereza Alvarez
Direção de Fotografia: Marco Moreira
Edição de Som: Carlos Toré
Empresa Produtora: Canal Brasil
Assessoria de Imprensa: PALAVRA Assessoria
em Comunicação
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