HISTOLOGIA Introdução ao Estudo dos Tecidos NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS Existem vários níveis hierárquicos de organização entre os seres vivos, começando pelos átomos e terminando na biosfera. Cada um desses níveis é motivo de estudo que fornece informações importantes para a área das ciências ambientais e da saúde. NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS ÁTOMOS E MOLÉCULAS: Os átomos forma toda a matéria que existe. Eles se unem por meio de ligações químicas para formar as moléculas, desde moléculas simples como a água (H2O), até moléculas complexas como proteínas, que possuem de centenas a milhares de átomos. NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS ORGANELAS: As organelas são estruturas presentes no interior das células, que desempenham funções específicas. São formadas a partir da união de várias moléculas. NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS CÉLULA:A célula é a unidade básica da vida, sendo imprescindível para a existência dela. Existem vários tipos de células, cada uma com sua função específica. NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS CÉLULA EUCARIONTE ANIMAL E VEGETAL NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS • TECIDO: Os tecidos são formados pela união de células especializadas. Os tecidos estão presentes apenas em alguns organismos multicelulares como as plantas e animais. NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS • ÓRGÃOS: Os tecidos se organizam e se unem, formando os órgãos. Eles são formados de vários tipos de tecidos, por exemplo. O coração é formado por tecido muscular, sanguíneo e tecido nervoso. Os ossos são formados por tecido ósseo, sanguíneo e nervoso. NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS • SISTEMAS: Os sistemas são formados pela união de vários órgãos, que se trabalham em conjunto para exercer uma determinada função corporal. NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS • ORGANISMO: A união de todos os sistemas forma o organismo, que pode ser uma pessoa, uma planta, um peixe, um cachorro, um pássaro, um verme, etc. NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS SISTEMAS ÁTOMO MOLÉCULAS E MACROMOLÉCULAS ORGÃOS ORGANELAS CELULARES CÉLULA TECIDOS ORGANISMOS INTRODUÇÃO A HISTOLOGIA • HISTOLOGIA é a parte da Ciência que estuda os tecidos e como eles se organizam para constituir os órgãos. • Histologia: deriva do grego histos = tecido e logos = estudo (Mayer, 1819). • Tecido: “Conjunto de células semelhantes e associadas intimamente, adaptadas para funções específicas”. INTRODUÇÃO A HISTOLOGIA • Os tecidos são constituídos por células e matriz extracelular (MEC) que estão intimamente correlacionados. • Além das células, os tecidos contêm material extracelular ou intercelular produzido pelas próprias células em quantidade variável. • Os órgãos são quase sempre formados por uma associação precisa de vários tecidos. INTRODUÇÃO A HISTOLOGIA Existem quatro tipos de tecidos fundamentais, que por sua vez, podem ser subdivididos em categorias de acordo com critérios variados. São eles: • • • • Tecido epitelial Tecido conjuntivo Tecido nervoso Tecido muscular INTRODUÇÃO A HISTOLOGIA TECIDO EPITELIAL CONJUNTIVO MUSCULAR NERVOSO CÉLULAS MATRIZ CELULAR FUNÇÕES Poliédricas e Justapostas Pequena Quantidade Revestimentos de superfície e excreção. Vários tipos de células Abundante Preenchimento e Proteção Alongadas e Contráteis Quantidade Moderada Movimento Nenhuma Transmissão de impulsos nervosos Longos Prolongamentos INTRODUÇÃO A HISTOLOGIA DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Na segmentação, mesmo com o aumento do número de células, praticamente não há aumento do volume total do embrião, pois as divisões celulares são muito rápidas e as células não têm tempo para crescer. ORIGEM DOS TECIDOS Três linhas germinativas do disco embrionário: 1. Endoderme: (trato digestivo) 2. Mesoderme: (músculo, ossos e sistema circulatório) 3. Ectoderme: (pele e nervoso) ENDODERME • Epitélio de revestimento e glândulas do trato digestivo, com exceção da cavidade oral e anal; • Sistema respiratório (pulmão); • Fígado e pâncreas. MESODERME • Forma a camada interna da pele (derme); • Músculos lisos e esqueléticos; • Sistema circulatório (coração, vasos sanguíneos, tecido linfático, tecido conjuntivo); • Sistema esquelético (ossos e cartilagem); • Sistema excretor e reprodutor (órgãos genitais, rins, uretra, bexiga e gônadas). ECTODERME • Epiderme e anexos cutâneos (pêlos e glândulas mucosas); • Todas as estruturas do sistema nervoso (encéfalo, nervos, gânglios nervosos e medula espinhal); • Epitélio de revestimento das cavidades nasais, bucal e anal. TÉCNICA HISTOLÓGICA Conjunto de processos a que se submetem os tecidos a fim de que possam ser observados significativa e adequadamente permitindo o diagnóstico histológico ou patológico. TÉCNICA HISTOLÓGICA • PRIMEIRA ETAPA – Coleta de material • Animais de pequeno porte como ratos, coelhos, sapos, cães e gatos são usados como cobaias para obtenção das peças histológicas através de biópsia ou necropsia. • Biópsia: Retira-se fragmento do animal vivo (punções). • Necropsia: retirada do órgão com o animal morto. • OBS: Fragmento espessura ideal de 4 – 6 mm para boa fixação. TÉCNICA HISTOLÓGICA SEGUNDA ETAPA – Fixação • Tratamento da peça histológica a fim de que possamos observar ao microscópio os componentes teciduais, com a morfologia e a composição química semelhantes às existentes no ser vivo. • Visa impedir a destruição das células por suas próprias enzimas (autólise) ou por ação bacteriana e também endurecer os tecidos tornando-os mais resistentes e favoráveis às etapas subsequentes da técnica histológica. • É feito imediatamente após a retirada do material. TÉCNICA HISTOLÓGICA Fixadores são substâncias químicas que mantêm a integridade do tecido após a morte, sem alterações da estrutura celular. A escolha do fixador é de suma importância, pois dele vai depender os estudos que se quer fazer como também das técnicas a serem aplicadas. Os fixadores mais utilizados em histologia são: formol 10%, formalina tamponada, glutaraldeído, entre outros. Para fixação de tecido ósseo deve-se realizar a descalcificação – retirada dos sais com ácidos. TÉCNICA HISTOLÓGICA TERCEIRA ETAPA – Desidratação Visa retirar a água do interior da célula a fim de permitir a impregnação da peça com parafina. Para isto, a peça é submetida a banhos sucessivos em alcoóis de teor crescente (ex.: 70%, 80%, 90% e 100%). TÉCNICA HISTOLÓGICA QUARTA ETAPA - Diafanização ou Clareamento Infiltração dos tecidos por um solvente da parafina e ao mesmo tempo desalcolizante. Xilol é o solvente mais usado e retira toda água e álcool do material para que a parafina possa penetrar eficientemente no tecido. O tecido torna-se semitranslúcido, quase transparente. Utiliza-se 10 a 20 vezes o volume da peça. Outros agentes clareadores: toluol, clorofórmio, benzol, entre outros. TÉCNICA HISTOLÓGICA QUINTA ETAPA – Impregnação ou Inclusão Elimina xilol. Os tecidos são submetidos a banhos de parafina a 60°C, no interior de uma estufa. Em estado líquido, a parafina penetra nos tecidos, dando-lhes, depois de solidificada, certa dureza. Retira-se a peça da estufa e a coloca em temperatura ambiente para solidificar. A inclusão pode também ser feita com celoidina, gelatina ou resorcina epóxi, sendo estas últimas usadas para microscopia eletrônica. TÉCNICA HISTOLÓGICA SEXTA ETAPA – Microtomia Corte do material em micrótomo, aparelho que possui navalha de aço. A espessura dos cortes geralmente varia de 5 a 10 um (micrômetros) (1 um = 0,001 mm). Mais utilizada de 4 a 6 micrômetros. É imprescindível para que haja transparência do tecido e assim uma boa visualização. TÉCNICA HISTOLÓGICA SÉTIMA ETAPA – Colagem do corte na lâmina Os cortes provenientes da microtomia são “enrugados”. Para desfazer estas rugas, são esticados num banho de água e gelatina a 58°C, e “pescados” com uma lâmina. Leva-se então, à estufa a 37°C, por 2 horas, para que se dê a colagem do corte à lâmina, pela coagulação da gelatina contida na água quente. TÉCNICA HISTOLÓGICA SÉTIMA ETAPA – Colagem do corte na lâmina Os cortes provenientes da microtomia são “enrugados”. Para desfazer estas rugas, são esticados num banho de água e gelatina a 58°C, e “pescados” com uma lâmina. Leva-se então, à estufa a 37°C, por 2 horas, para que se dê a colagem do corte à lâmina, pela coagulação da gelatina contida na água quente. TÉCNICA HISTOLÓGICA OITAVA ETAPA – Coloração Tem a finalidade de dar contraste aos componentes dos tecidos, tornando-os visíveis e destacados uns dos outros. O mecanismo das colorações está relacionado a dois fatores: Os corantes; Os elementos a corar. • • TÉCNICA HISTOLÓGICA CORANTES Corantes são compostos químicos com determinados radicais ácidos ou básicos que possuem cor, e apresentam afinidade de combinação com estruturas básicas ou ácidas dos tecidos. Os corantes podem ser: Naturais ou Sintéticos; • TÉCNICA HISTOLÓGICA COLORAÇÃO Corante básico - se liga aos radicais ácidos dos tecidos. Ex: hematoxilina de cor roxa cora o núcleo das células. corante ácido - tem afinidade por radicais básicos dos tecidos. Ex: eosina de cor rosa cora o citoplasma. TÉCNICA HISTOLÓGICA COLORAÇÃO Os componentes que se combinam com corantes ácidos são chamados acidófilos e os componentes que se combinam com corantes básicos são chamados basófilos. As colorações possuem algo em particular que as diferenciam umas das outras. Algumas são vantajosas para certos elementos e desvantajosas para outros. TÉCNICA HISTOLÓGICA NONA ETAPA – Desidratação Retira a água, quando os corantes utilizados forem soluções aquosas, a fim de permitir perfeita visualização dos tecidos, pois a água possui índice de refração diferente do vidro. TÉCNICA HISTOLÓGICA NONA ETAPA – Desidratação Retira a água, quando os corantes utilizados forem soluções aquosas, a fim de permitir perfeita visualização dos tecidos, pois a água possui índice de refração diferente do vidro. TÉCNICA HISTOLÓGICA MONTAGEM Consiste na colagem da lamínula sobre o corte, com bálsamo do Canadá, que é solúvel em xilol e insolúvel em água. A lamínula impede que haja hidratação do corte pela umidade do ar ambiente, permitindo então que estas lâminas se mantenham estáveis por tempo indefinido. Após a montagem, levam-se as lâminas à estufa, para secagem do bálsamo do Canadá. TÉCNICA HISTOLÓGICA MONTAGEM Consiste na colagem da lamínula sobre o corte, com bálsamo do Canadá, que é solúvel em xilol e insolúvel em água. A lamínula impede que haja hidratação do corte pela umidade do ar ambiente, permitindo então que estas lâminas se mantenham estáveis por tempo indefinido. Após a montagem, levam-se as lâminas à estufa, para secagem do bálsamo do Canadá. TÉCNICA HISTOLÓGICA