Portugal na Grande Guerra POSTAIS ILUSTRADOS António Ventura lisboa t i n t a­‑ d a­‑ c h i n a MMXV índice © 2015, António Ventura e Edições Tinta­‑da­‑china, Lda. Todos os postais são propriedade do autor, excepto quando indicado: MM — propriedade do Museu Militar AHM — propriedade do Arquivo Histórico Militar Edições tinta­‑da­‑china Rua Francisco Ferrer, 6A 1500­‑455 Lisboa Tels: 21 726 90 28/29/30 Email: [email protected] www.tintadachina.pt Portugal na Grande Guerra — Postais Ilustrados António Ventura Revisão: Tinta­‑da­‑china Capa e projecto gráfico: Tinta­‑da­‑china Título: Autor: 1.ª edição: Isbn: Agosto de 2015 978­‑989­‑671­‑271‑6 396752/15 Depósito Legal: Introduções Mário de Oliveira Cardoso 7 António Ventura 9 José Pedro Mataloto 17 Os Postais 21 Os Autores 191 Os Editores 199 Bibliografia 205 Nota Biográfica 207 A Comissão para a Evocação do Centenário da Primeira Guerra Mundial, constituída por repre‑ sentantes dos três ramos das Forças Armadas, Liga dos Combatentes e Comissão Portugue‑ sa de História Militar elegeu como seu objeti‑ vo principal evocar o sacrifício de todos os que participaram, direta ou indiretamente, naquele conflito, homenageando­‑os e relembrando aos seus descendentes — que somos todos nós, por‑ tugueses de hoje — porquê, como e em que cir‑ cunstâncias se bateram. Evocar o sacrifício consiste, fundamental‑ mente, na realização de atos públicos e na pro‑ moção do conhecimento da história. Da história consta a criação do Serviço Pos‑ tal do Corpo Expedicionário Português, pionei‑ ro do Serviço Postal Militar que tão prestimo‑ sos serviços prestou, a outra escala, às gerações das décadas de 60 e 70, também elas envolvidas numa guerra. Procurar manter a proximidade afetiva quan‑ do a distância imperava era a sua nobre missão. A dinâmica do progresso nas comunicações impôs alterações profundas entre um e outro serviço, mas não no propósito. A parceria entre a Comissão e os CTT, Cor‑ reios de Portugal — instituição herdeira da Administração Geral dos Correios e Telégrafos que, através da mobilização militar de funcio‑ nários seus, garantiu o funcionamento regu‑ lar desse importante serviço de ligação entre os soldados expedicionários e as suas famílias — traduziu­‑se na publicação deste livro, Portugal na Grande Guerra — Postais Ilustrados, da autoria do Professor Doutor António Ven‑ tura, que a editora Tinta­‑da­‑china permitiu concretizar. Ao observarmos os postais portugueses da Primeira Guerra Mundial, é evidente que a sua iconografia não é ingénua. Resulta de uma in‑ tenção premeditada de criar uma perceção de coesão nacional e internacional na luta contra um inimigo perfeitamente identificado e que se queria derrotar. 7 P o r t u g a l n a G r a n d e G u e r r a • P o s ta i s i l u s t r a d o s Este assunto é tratado neste livro, embora de forma muito geral, por José Pedro Mataloto, Professor do Instituto de Estudos Superiores Militares e especialista em Tática e Operações Psicológicas, designadas como «Propaganda» na altura da Grande Guerra. Os postais são parte da coleção particular do Professor António Ventura, completada com os acervos existentes nos arquivos militares. A Comissão sente que, ao apoiar a edição deste livro, dá a conhecer este «instrumento» de comunicação que alia a promoção do afeto familiar ao virtuosismo estético, e permite uma aproximação entre a «frente» e a «retaguarda», tantas vezes tão distantes. Combater com cartolina, tinta e fio de seda O presidente da Comissão Mário de Oliveira Cardoso Tenente-General e presidente da Comissão Coordenadora das Evocações do Centenário da Grande Guerra Na sua obra A Malta das Trincheiras, André Brun escreve que «cada bilhete-postal com‑ prado dava direito a um sorriso amigo» e, mais adiante: «Os portugueses são outra coisa. Três francos de despesa são quatro horas de conver‑ sa, é um namoro logo pegado com as pequenas que ajudam à venda; e enquanto uns põem em revolução o caixote dos postais ilustrados, ou‑ tros invadem o armazém pegado.»1 O escritor e militar referia-se a um elemento que acom‑ panhou os militares participantes na Grande Guerra e que se tornou frequente como meio de contacto entre eles e as suas famílias: o bi‑ lhete-postal ilustrado. Também em Portugal, esses cartões coloridos enviados de França, de Angola e Moçambique são, ainda hoje, uma me‑ mória viva da participação dos militares portu‑ gueses no conflito que, dada a sua magnitude inusitada, foi classificado como Grande Guerra. 1André Brun, A Malta das Trincheiras. Migalhas da Grande Guerra 1917-1918, Lisboa, Quartzo Editora — DHCM, 2015, pp. 101-102. O postal ilustrado emerge nos finais do sé‑ culo XIX, como resultado do desenvolvimento dos correios enquanto estrutura de recepção e distribuição de correspondência, do progresso nos meios de transporte que facilitavam a cir‑ culação postal, mas também em virtude de pro‑ fundas transformações operadas nas sociedades europeia e norte-americana. Ainda que de for‑ ma limitada, representava a afirmação de uma nova sociabilidade em rápida mudança, a maior alfabetização e a generalização dos hábitos da es‑ crita e da leitura, potenciados pela explosão da imprensa periódica. Os hábitos epistolares co‑ meçaram a generalizar-se. Escreviam-se cartas para assinalar momentos festivos, aniversários, endereçar votos de um feliz Natal ou de um ano novo próspero, ou simplesmente para sublinhar a amizade, o amor ou uma relação profissional. As viagens, cada vez mais frequentes, já não eram apenas de negócios mas constituíam uma forma de lazer — o turismo, que começava a afirmar-se no sentido moderno —, eram pretexto para um 8 9 Portugal na Grande G contacto frequente com a família e os amigos, colocando-os a par dos locais visitados, dos mo‑ mentos, das termas ou das estâncias de veraneio. Nada mais rápido e eloquente para esse fim do que um postal ilustrado… Para essas mensagens breves, não eram neces‑ sárias cartas. Começaram a ser usados preferen‑ cialmente os bilhetes-postais ilustrados, em que a imagem assumia o papel principal. A compo­ nente iconográfica era tão dominante que, du‑ rante alguns anos, não continham qualquer es‑ paço reservado a mensagens do remetente, com a imagem numa face e, na outra, o local para o endereço do destinatário. Com o tempo, a si‑ tuação alterou-se: a partir de 1904, o verso foi dividido em dois espaços, um à esquerda, para a mensagem, e outro à direita, para o destinatá‑ rio. Entre 1900 e 1914, o bilhete-postal ilustrado tornou-se um fenómeno de popularidade junto das camadas urbanas de alguns países europeus, em especial os mais desenvolvidos, mas também nos Estados Unidos e no Japão, convertendo‑ -se no meio preferido de transmissão de mensa‑ gens de aristocratas e burgueses, alargando-se às classes médias e mesmo a alguns sectores das classes trabalhadoras. O postal era barato, sim‑ ples de utilizar, atraente, com as suas imagens coloridas. Existem fotografias e até postais foto‑ gráficos com o interior de estabelecimentos co‑ merciais exclusivamente destinados à venda de postais, mas também quiosques e postos de venda ambulante desses pequenos cartões coloridos. O hábito de comprar, escrever e enviar postais foi reforçado por outra vertente que rapidamente se desenvolveu: o coleccionismo. Esta procura tinha de ser satisfeita e a indústria respondeu de for‑ ma exuberante, produzindo milhões de postais ilustrados. Conhecem-se números esclarecedores ainda para os finais do século XIX: a Alemanha ocupava o lugar cimeiro, com 314 296 000 postais vendidos em 1890 e 1 792 824 900 em 1913; em segundo lugar encontrava-se, curiosamente, o Ja‑ pão, com 96 430 610 postais vendidos em 1890 e 1504 860 312 em 1913; o terceiro lugar pertencia à Grã-Bretanha, com 903 180 000 postais ven‑ didos em 1913. Os temas eram muito variados: românticos, topográficos, etnográficos, eróticos, de felicitações (boas-festas, aniversários), exi‑ bindo flores, frutos, pássaros, cenas e ambientes inventados, crianças trajadas como adultos, cari‑ caturas, reproduções de obras de arte — pintura, escultura, arquitectura — monumentos, barcos, animais, e ainda retratando personalidades histó‑ ricas e figuras célebres. Havia postais para todos os gostos, em cartolinas de maior ou menor qua‑ lidade, utilizando diversas técnicas de impressão, desde a reprodução fotográfica à impressão clássi‑ ca ou à cromolitografia. A Alemanha foi, durante algum tempo, a primeira potência produtora de postais no início século XX, tendo como principal centro a Saxónia, Dresden e Leipzig, com desta‑ que para as editoras Meiner & Buch e Stengel, Gustav Liersch, Photocrom e Rotophot, de Ber‑ lim. Estas duas últimas possuíam subsidiárias em Inglaterra. A indústria dos postais ultrapassou fronteiras desde muito cedo, com a criação de filiais ou delegações em vários países e o apare‑ cimento de firmas de grande dimensão, como a italiana Traldi, a belga Alfieri & Lacroix, a suíça Photoglob, a inglesa Tuck, e a austríaca Munk. O bilhete-postal ilustrado, a política e a guerra A par das temáticas já referidas, ainda no sécu‑ lo XIX começaram a surgir postais motivados politicamente, ostentando a imagem de monar‑ cas, isolados ou acompanhados pelas consortes e familiares mais directos, por vezes rodeados de uma simbologia real e nacional. No caso da França ou dos Estados Unidos, naturalmente, surgem os seus presidentes. As deslocações ofi‑ ciais de chefes de Estado ao estrangeiro também deram origem a numerosos postais, por vezes satíricos. As viagens do presidente francês Émile Loubet à Argélia — colónia francesa —, a Ingla‑ terra, Itália, Espanha e Portugal foram pretexto para postais ilustrados da autoria de reputados caricaturistas como Karls, Bobb, Rostro, Dela‑ marre, Mille, Albano, Marnix e Norwins. Alguns acontecimentos com repercussão na opinião pública eram aproveitados para a produção de postais, como o célebre caso Dreyfus, em França. O processo, nas suas distintas fases, foi acompanhado pela edição de numerosos postais ilustrados, a favor ou contra o militar acusado de traição, com destaque para os desenhos de Hénault, Hermann Paul, Ibels, Josot, Kupka, Roubille, Stailen e Valloton2; merece especial destaque Orens, com a série «Grandes figures de l’Affaire Dreyfus»3. Quanto a eventos bélicos, destacamos, em 1897, a guerra dos Boxers, na China, pretexto para postais publicados na Ale‑ manha, Inglaterra, França e Japão4, tal como sucedeu a propósito da guerra de 1898, entre os Estados Unidos e a Espanha. Dois conflitos surgidos no início do século XX provocaram um aluvião de postais ilustrados. O primeiro foi a guerra anglo-boer (1899-1902), na África do Sul, opondo a Grã-Bretanha às repúblicas do Orange e do Transval. Em países como a França, a Holanda ou a Alemanha, multiplicaram-se os postais anti-britânicos, visando a rainha Vitória, Joseph Chamberlain e depois o rei Eduardo VII, exaltando ao mesmo tempo o heroísmo bóer bem como os seus chefes políticos e militares, o presidente Kruger e os generais De Wet, Botha, Joubert e De la Rey. A Guerra Russo-Japonesa de 1904-1905 inspirou muitos postais, prin‑ cipalmente em França, onde a opinião públi‑ ca mostrava, inicialmente, simpatia para com a Rússia, chocada com o ataque sem aviso desfe‑ rido a 8 de Fevereiro de 1904 pelos torpedeiros japoneses contra os navios russos em Port Ar‑ thur. Ilustradores como Lavigne, Orens, Rostro e o por­tu­guês Leal da Câmara, na época a traba‑ lhar em França, apresentavam o imperador do Japão como o chefe de um grupo de selvagens, fazendo o jogo da Grã-Bretanha. No entanto, muitos franceses ligados aos sectores socialistas mostravam-se igualmente críticos em relação à 2Bruno de Perthuis, «Images de la Justice au Temps de l’Af‑ faire Dreyfus», Sociétés et Répresentations, n.º 18, 2004/2, p. 135. 3Bruno de Perthuis, «Orens… un Artiste et une Œuvre Mar‑ qués par L’Affaire», Cartes Postales et Collection, n.º 230, Julho-Agosto de 2007, pp. 14-21; n.º 231, Setembro-Ou‑ tubro de 2007, pp. 24; n.º 232, Dezembro de 2007-Janeiro de 2008, pp. 10-18. 4Bruno de Perthuis, «Coup de Poing sur la Chine… La Guerre des Boxers … le Combat Orient-Occident», Cartes Postales et Collection, n.º 213, Fevereiro-Março de 2004, pp. 20-32. 10 11 Portugal na Grande G Os Postais Portugal na Grande G Desenho satirizando o desejo de Portugal em entrar na Guerra perante as reservas da Inglaterra e a sombra ameaçadora de Guilherme II: «Eu queria… mas sou tão pequenino…» origem dos postais: sem indicação: antónio ventura ahm: arquivo histórico militar mm: museu militar Postal de uma série de 12 onde são criticados os países neutrais — Estados Unidos, Holanda, Noruega, Suiça, Suécia, Espanha, Dinamarca, Grécia, Roménia, Portugal, Mónaco e América do Sul. Autor: Emile Dupuis | Paris, 1915 | Editor: Paris Color 22 23 Portugal na Grande G Artilharia Portuguesa. Autor: Alfredo de Morais | Lisboa, 1917 | Editor: Ricardo Falcão Marinha Portuguesa. Autor: Alfredo de Morais | Lisboa, 1917 | Editor: Ricardo Falcão Viva a Raça Portuguesa! Autor: Alfredo de Morais | Lisboa, 1916 | Editor: Ricardo Falcão 32 33 Portugal na Grande G A amizade franco­‑portuguesa foi sublinhada, tanto em França como em Portugal, por vezes em postais coloridos à mão, como nestes dois exemplos. Postal com duas mulheres cujos vestidos representam as bandeiras francesa e portuguesa. A assinatura é ilegível. Este postal vendia­‑se em Lisboa, na Papelaria Ferreira. Postal francês representando uma mulher cujo vestido mostra a bandeira portuguesa, com uma mensagem inequívoca — «A nos amis les portugais». Paris | Editor: TEC Escrito por um militar português em França em 13 de Fevereiro de 1918 45 P o r t u g a l n a G r a n d e G u e r r a • P o s ta i s i l u s t r a d o s A partida para a Guerra impôs a separação entre os militares e os seus entes queridos. O tema foi tratado tanto na fotografia como em diversos desenhos de maior ou menor qualidade. Postal presumivelmente francês, com as bandeiras francesa e portuguesa entrelaçadas. Embora as instruções no verso sejam impressas em francês, pode ter sido pintado em Portugal. Estes dois postais, algo ingénuos, apresentam um soldado português com uma minhota. Parecem crianças… Era comum na época a recriação por crianças de cenas do quotidiano de adultos. Sem indicação do autor nem do editor, foram impressos na Litografia Portugal, em Lisboa. 52 53 Portugal na Grande G Foram editados postais alusivos a episódios bélicos, quer grandes batalhas, quer pequenos recontros ou até incidentes mitificados, como estes postais portugueses, editados pela Casa de José Joaquim dos Santos, de Lisboa. editor: Casa de José Joaquim dos Santos | Lisboa 76 antónio ventura 77 P o r t u g a l n a G r a n d e G u e r r a • P o s ta i s i l u s t r a d o s Belo postal em que a França, vitoriosa, conduz um carro puxado por borboletas representando as nações aliadas. Paris | Editor: ELD | Escrito em 1919 96 Postais franceses com mensagens específicas em inglês, dedicadas à mãe, esposa, desejando um feliz aniversário, boas festas, um novo ano feliz ou votos de que o remetente não fosse esquecido… 124 125 Portugal na Grande G A primeira colecção, com desenhos de Stuart Carvalhais, foi editada pela firma Ferreira & Fonseca, de Lisboa. 136 137 Portugal na Grande G MM MM Sobre as indemnizações de guerra. Publicado no Diário de Notícias de 9 de Abril de 1926. Autor: Almada Negreiros | 1921 A França vitoriosa, com os Aliados. Autor: A A Azevedo 188 189 Portugal na Grande G Nota biográfica António Ventura nasceu em Portalegre, em 1953. Portuguesa da História, no mesmo ano); Estudos de É professor catedrático de nomeação definitiva no História e de Cultura Portuguesas Contemporâneas Departamento de História da Faculdade de Letras da (2004); Charles Napier. A Guerra da Sucessão. D. Pedro Universidade de Lisboa. Dirige a área de História da e D. Miguel (2005); Mouzinho de Albuquerque (2005); mesma instituição. É Académico de Número da Aca‑ Guerras Liberais (2006); Campanhas Coloniais. An- demia Portuguesa de História e efectivo da Academia gola, Moçambique, Guiné e Timor, 1850-1925 (2006); de Marinha (Classe de História Marítima). D. Miguel e o Fim da Guerra Civil (2006); Planos Es- Da sua bibliografia, com mais de 300 trabalhos panhóis para a Invasão de Portugal, 1797-1801 (2006); publicados, destacam-se: O Imaginário Seareiro. Ilus- A Maçonaria no Distrito de Portalegre (2007); Elvas na tradores e Ilustrações da revista «Seara Nova» (1990); Literatura de Viagens (2008); Os Postais da Primeira José Régio — Correspondência (1994); António Sérgio República (2010); O 5 de Outubro por Quem o Viveu e José Régio — Um Convívio Epistolar (1994); Entre (2010); Os Homens do 5 de Outubro (2010); Os Cons- a República e a Acracia. O Pensamento e a Acção tituintes de 1911 e a Maçonaria (2011); Magalhães de Emílio Costa (1994); A Carbonária em Portugal Lima, um Idealista impenitente Lisboa (2011); A Mari- (1999); Anarquistas, Republicanos e Socialistas: as nha de Guerra Portuguesa e a Maçonaria (2013); Uma Convergências Possíveis, 1892-1919 (2000); José Ré- História da Maçonaria em Portugal 1727-1986 (2013). gio e a Política (2000); Memórias da Resistência. Literatura Autobiográfica da Resistência ao Estado Novo Tem colaborado em numerosas publicações periódi‑ (2001); O Cerco de Campo Maior em 1801 (2001); cas: Diário de Notícias, Jornal de Letras, Colóquio- O Reinado de D. Miguel... (2002); A Guerra das La- -Letras; Revista de História das Ideias; Revista da ranjas (2004; Prémio Fundação Calouste Gulbenkian Faculdade de Letras; Revista da Biblioteca Nacional; de História Moderna e Contemporânea da Academia Boletim do Arquivo Histórico Militar, entre outras. 207 P o r t u g a l n a G r a n d e G u e r r a • P o s ta i s i l u s t r a d o s Portugal na Grande Guerra POSTAIS ILUSTRADOS foi composto em caracteres ITC Clearface, Clearface Gothic e Clarendon, e impresso pela Printer Portuguesa, sobre papel couché semimate de 150 gramas, no mês de Agosto de 2015.