Massa de ar - lemma.ufpr

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9 – Massas de Ar e Frentes
9.1 – Massas de Ar
 Massa de ar: corpo de ar,
caracterizado por uma
grande extensão horizontal, homogênea.
 A homogeneidade é caracterizada pela uniformidade
na temperatura e umidade do ar.
 Cobrem
centenas a milhares
quadrados, horizontalmente, e
altitude.
de quilômetros
quilômetros de
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.1 – Massas de Ar
 A identificação de diferentes massas de ar é feita,
principalmente,
umidade do ar.
pela
análise
de
temperatura
e
 É facilmente perceptível a movimentação de massas de
ar pelas mudanças nos elementos do tempo
 Análise de massas de ar: estudo das características e
comportamento das massas de ar
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.1 – Massas de Ar – Origem e Tipos
 As massas de ar adquirem suas propriedades em
contato com as superfícies que as formam: temperatura
e umidade são determinadas pela natureza da
superfície subjacente.
 Formação de massas de ar não ocorre rapidamente:
 Grande volume
 Baixa condutividade calorífica do ar
 Volume de ar deve permanecer (quase) estático ou se
deslocar
(lentamente)
sobre
características
uniformes,
gradualmente.
superfície
de
adquirindo-as,
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.1 – Massas de Ar – Origem e Tipos
 Há regiões mais propícias à formação de massas de ar:
regiões fonte.
Nome
Origem
Propriedades
Símbolo
Ártica/Antártica
Regiões polares
Fria; q baixa, porém UR alta no
verão, as mais frias no inverno
A/AA
Polar
continental
Áreas continentais
subpolares
Frias, aquecendo ao se deslocar; q
baixa, constante
cP
Polar marítima
Áreas supolares e ártica /
antártica
Frias, aquecendo ao se deslocar; q
mais elevada
mP
Tropical
continental
Zonas terrestres
subtropicais, anticiclones
Mais quentes, baixa q
cT
Tropical
marítima
Zonas marítimas, limites
anticiclones no sentido
dos pólos
Temperadas, elevadas q e UR
mT
Equatorial
Mares tropicais e
equatoriais
Mais quentes, q e UR elevadas
E
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.1 – Massas de Ar – Origem e Tipos
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.1 – Massas de Ar – Movimento
 Para que haja formação de massas de ar: pouco (ou
nenhum) movimento durante um período considerável
 A circulação atmosférica, eventualmente, movimenta
as massas de ar
 Ao se afastar de sua região fonte, a massa de ar sofre
modificações
 Regiões que estão permanentemente nos limites de
massas de ar (regiões fonte tropicais ou polares) têm
condições de tempo relativamente uniformes.
 Áreas fora das regiões fonte (latitudes médias, cinturão
dos predominantes de oeste) estão sujeitas a mudanças
contínuas das condições de tempo
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.1 – Massas de Ar – Movimento
 O deslocamento provoca mudanças nas propriedades
das massas de ar, que dependem:
 Do tipo e condições da superfície sobre a qual ela se
desloca
 Da velocidade de deslocamento
 Ex:
 Ar cP pode se transformar em mP após longo
deslocamento sobre o mar
 Ar mT pode ser muito seco em níveis elevados, originado
da transformação de ar cT.
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.1 – Massas de Ar – Movimento
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.1 – Massas de Ar – Propriedades
 As condições em uma massa de ar em movimento
dependem das condições na superfície inferior
 Sobre superfície + fria: massa de ar quente (w)
 Sobre superfície + quente: massa de ar fria (k)
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.1 – Massas de Ar – Propriedades
 Massas de ar frio
 Ar polar
 Ar frio marítimo sobre continente quente
 Ar frio continental sobre mar quente
 Desenvolvimento
de
convecção
(instabilidade)
e
turbulência
 Nuvens tipo cumulus
 Precipitação intensa, na forma de pancadas: trovoadas
de massa de ar
 Boa visibilidade
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.1 – Massas de Ar – Propriedades
 Massas de ar quente
 Origem tropical, deslocadas para latitudes mais altas
 Ar marítimo quente sobre continente frio
 Ar continental quente sobre mar frio
 Resfriamento gradativo da massa de ar, a partir da
superfície
 Estratificação do ar
 Ausência de convecção ou turbulência
 Nuvens estratiformes
 Precipitação fraca
 Visibilidade limitada: névoa seca e úmida e nevoeiro
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.2 – Frentes
 Dentro das massas de ar as propriedades são bastante
uniformes
 Quando duas massas de ar de propriedades distintas se
encontram , há uma brusca variação de propriedades
através da superfície que as separa, e também das
condições meteorológicas
 Superfície frontal: superfície tridimensional que separa
duas massas de ar adjacentes
 Frente: interseção da superfície frontal com a superfície
(solo ou mar)
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.2 – Frentes
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.2 – Frentes – Características gerais
 Ar frio penetra em forma de cunha sob o ar quente, que
é obrigado a subir ao longo da superfície inclinada que
o separa do ar frio
 A inclinação da superfície frontal é pequena: entre
1:100 e 1:500, dependendo da massa de ar
 Entre massas de ar existe uma zona de transição, com
espessura de centenas a milhares de metros
 Quanto maior a diferença de propriedades, menor a
mistura entre elas, e mais fina será a zona de transição
 A região de interseção da zona de transição (superfície
frontal) com a superfície pode abranger centenas de
quilômetros quadrado, devido à pequena inclinação
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.2 – Frentes – Características gerais
 Temperatura
 Variação através de uma frente depende do contraste
térmico entre as massas de ar
 Quanto maior o contraste, mais brusca será a variação
 Ao longo da superfície frontal, na vertical, deve haver
uma região de inversão
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.2 – Frentes – Características gerais
 Pressão
 Em lados opostos da frente há variação na pressão e
também no gradiente de pressão
 As frentes se situam sobre os cavados, que se estende
desde um centro de baixa pressão
 As isóbaras, sobre a frente, sofrem uma variação brusca
na direção
 Cavado: faixa/linha ao longo da qual a pressão (ou
altura) é menor que nos pontos laterais adjacentes
 Crista: faixa/linha ao longo da qual a pressão (ou
altura) é maior que nos pontos laterais adjacentes
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Quentes
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.2 – Frentes – Características gerais
 Nuvens e precipitação
 Resfriamento adiabático do ar quente ascendente pode
levar à saturação, condensação e precipitação
 Natureza da nebulosidade e precipitação dependerá da
umidade do ar e da inclinação da superfície frontal
 Extensão da região de nuvens e precipitação abrange
centenas de km
 A principal parte das nuvens se desenvolve sobre o ar frio
 A precipitação tem origem nas nuvens formadas no ar
quente
 Nuvens no ar frio são tipo cumulus, por aquecimento
local
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.2 – Frentes – Características gerais
 Vento
 Em virtude da variação na direção das isóbaras há uma
significativa mudança na direção dos ventos ao longo das
frentes
 Também há mudanças na velocidades do vento, em razão
das mudanças nos gradientes
 Linha de descontinuidade do vento
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.2 – Frentes – Características gerais
 Formação de uma frente: frontogênese
 Dissipação de uma frente: frontólise
 Deformação do campo de temperatura pelo campo de
vento provoca estreitamento da região de contraste de
temperatura, levando à quase descontinuidade de
temperatura: frente
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9 – Massas de Ar e Frentes
Tipos de Frentes
 Diferentes tipos de frentes se desenvolvem a partir do
movimento relativo das massas de ar em contato
 A cada tipo de frente associam-se condições distintas
 As frentes são classificadas, de forma geral, em 4 tipos:
 Quentes
 Frias
 Estacionárias
 Oclusas
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Quentes
 Frente quente
 Há substituição de ar frio por ar quente
 Representa-se graficamente (2-D) por linha de semi-
círculos vermelhos, apontados para o sentido de
deslocamento da frente (ar frio)
 Adiante da frente: mudanças nos elementos do tempo
 Atrás da frente: tempo típico de massa de ar tropical
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Quentes
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







9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Quentes
Ar frio forma uma superfície inclinada, ascendente no
sentido de deslocamento do ar
Ar quente sobe ao longo da superfície frontal
Região com nebulosidade estende-se, horizontalmente,
por mais de 1000 km
Nuvens altas (cirrus) antecedem a frente
Sequência de nuvens: cirrus, cirrustratus, altostratus,
stratus, nimbustratus
Nuvens de desenvolvimento horizontal
Parte mais espessa da nebulosidade: precipitação contínua,
adiante da frente
Após a passagem da frente, redução da nebulosidade e
precipitação
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Quentes
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Frias
 Frente fria
 Há substituição de ar quente por ar frio
 Representa-se
graficamente (2-D) por linha de
triângulos azuis, apontados para o sentido de
deslocamento da frente (ar quente)
 Próximo da frente: mudanças nos elementos do tempo
 Atrás da frente: tempo típico de massa de ar polar
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Frias
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Quentes
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





9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Frias
Ar frio forma uma superfície inclinada, descendente no
sentido de deslocamento do ar
Ar quente sobe ao longo da superfície frontal
Inclinação da superfície frontal é maior próximo à
superfície: maiores velocidades do vento em níveis
superiores que inferiores, devido ao atrito
Inclinação dependerá do perfil de vento
Em geral, o ar frio se desloca mais rápido que o ar quente: ar
quente é forçado a ascender rapidamente ao longo da
superfície frontal
Rápido resfriamento do ar em toda a coluna
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






9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Frias
Formação de nuvens de desenvolvimento vertical: cumulus e
cumulonimbus
Precipitação moderada a forte, na forma de pancadas
Podem-se formar condições de tempo severas: trovoadas ao
longo de toda a frente
A precipitação abrange extensão relativamente pequena,
próximo à frente
Quanto menor a inclinação, maior a largura de abrangência e
menor a intensidade da precipitação
Resfriamento na passagem da frente fria não é causado pela
chuva, e sim pela presença do ar mais frio pós-frontal
Após a passagem da frente, é comum a formação de nuvens tipo
cumulus rasas: cumulus de bom tempo (ar frio e solo quente)
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



9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Estacionárias
Não há movimento relativo significativo entre duas massas de
ar
Representada graficamente por combinação dos símbolos de
frente quente e fria, com sentidos opostos
Resulta da desaceleração de uma frente, quente ou fria
Tempo terá as características do sistema original
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Estacionárias
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




9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Oclusas
Frente oclusa: forma-se do encontro de uma frente fria e uma
frente quente
O ar frio, em geral, desloca-se mais rápido que o ar quente, que
se encontra à frente
Existem, então, três massas de ar: fria, quente e fria; havendo,
portanto, duas frentes
Devido ao movimento da frente fria ser mais rápido que o da
frente quente, a frente fria pode alcançá-la, produzindo uma
oclusão
Representada graficamente pela combinação dos símbolos de
frente fria e quente, porém direcionados no sentido do
deslocamento da frente
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Oclusas
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Quentes
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Quentes
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Oclusas
 O ar quente é levantado pelas duas massas de ar mais frias e não
fica em contato com o solo
 O tipo de oclusão (quente ou fria) depende de qual massa de ar
polar é mais fria:
 Se for a massa de ar atrás da frente fria: oclusão fria
 Se for a massa de ar à frente da frente fria: oclusão quente
 A frente que permanece na superfície é a referente ao tipo
de oclusão
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9 – Massas de Ar e Frentes
9.3 – Frentes Oclusas
 Em ambos os tipos de oclusão, na aproximação de uma frente
oclusa os elementos do tempo se comportam como na
aproximação de uma frente quente
 A região da oclusão, no entanto, tem condições muito rigorosas,
com precipitação antes e depois da passagem da frente
 Na prática, é bastante difícil discernir se a oclusão é do tipo
quente ou frio, pois são necessários muitos dados de
observação, em superfície e em ar superior (3-D), para efetuar a
análise
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