Massas de Ar e Frentes Propriedades das Massas de Ar • Massas de Ar adquirem as propriedades da superfície subjacente • As massas de ar são classificadas de acordo com seu local de origem • Características Geográficas – Tropical, Polar, Ártica, Antártica • Propriedades na superfície – marítima, continental • As características da região fonte prevalecem mais se a massa de ar permanece sobre a região fonte por um longo período Classificação das Massas de Ar • cP - Polar continental – fira, seca, estável – cP extremamente fria pode ser designada como cA (continental Ártica) • mP - Polar marítime – fria, úmida, instável • mT - Tropical marítime – quente, úmida, comumente instável • cT - Tropical continental – quente, seca – Ar superior estável, ar superficial instável cPk – ar continental polar seco e frio que move-se sobre uma superfície mais quente torna-se então mais instável mPw – ar polar marítimo e úmido que está sendo resfriado por uma superfície mais fria tornando-se estável INVERNO - HS VERÃO - HS Regiões Fontes das Massas de Ar na América do Sul Taljaard, J.J. (1972): Synoptic Meteorology of the Southern Hemisphere. Meteor. Monog., 13, 139-213. Manual de Meteorologia para Aeronavegantes, Ministério da Aeronáutica, Diretoria de Rotas Aéreas. Polar continental (cP) • forma-se na Antártica. É fria, seca, estável e rasa ( 3 a 4 km) • por condução, o ar em contato com a superfície se esfria • ocorre resfriamento do topo por divergência do fluxo radiativo, aprofundando a camada • Esta massa de ar não se inclui nas características da América do Sul pois sofre grandes transformações ao cruzar o oceano. Polar marítima (mP) • forma-se sobre áreas oceânicas em latitudes altas como transformação da polar continental • fria, úmida, instável e profunda (estende-se através da troposfera) • penetra no continente sul-americano pelo oeste ou pelo sul/sudoeste Tropical marítima (Tm) • formada sobre o Atlântico Tropical de 10°N a 25°S, sendo suprida de calor e umidade por baixo • quente, úmida, instável e profunda • por ser condicionalmente instável, por levantamento pode se tornar convectivamente instável Tropical continental (Tc) • originada sobre a região central da América do Sul • quente, seca, instável e profunda Regiões de Origem das Massas de Ar na América do Norte cA mP mP cP cT mT Somente verão mT Modificação das massas de ar Termodinâmica - aquecida ou resfriada por baixo aumenta ou diminui a instabilidade - aumento da umidade pela spf subjacente precipitação de uma camada superior - diminuição da umidade por condensação/pcp - adição ou remoção de calor latente por condensação ou evaporação Modificação das massas de ar Dinâmica • mistura turbulenta em baixos níveis transferência de calor e umidade para cima • levantamento de grande escala - a montante de uma cadeia de montanhas - convergência em baixos níveis • subsidência de grande escala de uma camada - a jusante de uma cadeia de montanhas (aquece) - convergência em altos níveis Na alta e média troposfera os fatores dinâmicos são os mais importantes na modificação das massas de ar As características das massas de ar podem diferir enormemente 30 oF=-1 oC 90 oF=32 oC Abril/1976 Contrastes de temperatura Exemplo de modificação das massas de ar • • • • O ar cP da Ásia e de regiões polares geladas é carregado por sobre o Pacífico, circulando em torno da baixa da Aleuta O contato com o oceano aquece e umidece o ar próximo à superfície, transformando a massa de ar mP instável Conforme a mP move-se para dentro do continente, cruza várias cadeias de montanhas, removendo umidade na forma de precipitação A massa de ar mP mais seca é transformada novamente em cP conforme desloca-se para o interior frio e elevado do continente dos EUA. tempestade chuva Ar marítimo seco modificado chuva forte mP OESTE úmido frio seco LESTE Exemplo de modificação das massas de ar • Grandes Lagos nos EUA - início do inverno o lago ainda não está congelado - a massa de ar frio de norte passa sobre o lago e recebe calor e umidade grandes nevascas no lado leste do lago Frentes Frente - é o limite entre massas de ar; normalmente refere-se à região onde esta interface intercepta o chão. Em todos os casos, exceto em frentes estacionárias, os símbolos apontam na direção de movimento da interface (frente) Frente Quente Frente Fria Frente Estacionária Frente Oclusa Characterísticas das Frentes • Na região da frente olhe para o seguinte: – Variação da Temperatura – Variação da umidade • UR, Td – Variação da direção do Vento – Variação da direção do gradiente de pressão – Característica dos padrões de precipitação Como decidimos qual é o tipo de frente? Do chão: • Se ar quente substitui ar mais frio, a frente é uma frente quente • Se ar frio substitui ar mais quente, a frente é uma frente fria • Se a frente não se move, é uma frente estacionária • Frentes oclusas não interceptam o chão, a interface delas ocorre nas camadas superiores Estrutura Típica de Frente Fria • Ar frio substitui ar quente; inclinação maior em baixos níveis devido à fricção em baixos níveis – Forte movimento vertical e ar instável formam as nuvens cumuliformes – Ventos de altos níveis sopram cristais de gelo, criando Ci e Cs • Frentes mais lentas apresentam superfícies menos inclinadas e nuvens menos desenvolvidas verticalmente devido à TVVT ser menor (mais estável) Ventos superiores -4 oC 10 oC 4 oC 5 oC 13 oC Estrutura Típica de Frente Quente • Numa frente quente que avança, o ar quente sobe sobre o ar frio; a inclinação não é muito forte • Ar quente em ascenção produz nuvens e precipitação bem a frente do limite em superfície • Em diferentes pontos ao longo da interface de ar frio/quente, a precipitação tem temperaturas diferentes 11 oC -5 oC 0 oC Estrutura Frontal de Latitudes Médias HS Frente quente Frente fria Ar quente Ar frio B Ar frio Estrutura Frontal de Latitudes Médias HN Jato Subtropical e jato Polar SISTEMAS FRONTAIS •Causam variações na distribuição de precipitação e temperatura; •Estão associados às ondas baroclínicas de latitudes médias (o cisalhamento vertical do vento está diretamente ligado a gradientes horizontais de temperatura); •Agem no sentido de diminuir o gradiente horizontal de temperatura (levando o ar polar para a região tropical e ar tropical para a região polar). CLIMA • De uma maneira geral, o clima de uma dada região é o resultado “médio” da interação da circulação geral da atmosfera com as características locais, podendo ou não apresentar variações segundo a época do ano. Isto significa que o clima não pode ser alterado em curtos períodos de tempo. Por outro lado, as variações do tempo em determinada região dependem (i) da grande escala: representando o ambiente médio (relacionado à época do ano) e a penetração de sistemas frontais (da ordem de alguns dias), e (ii) da meso e pequena escala: caracterizado pelas condições locais e os correspondentes movimentos atmosféricos induzidos (da ordem de poucas dezenas de horas) INVERNO VERÃO Desenvolvimento de um Ciclone Família de Depressões JANEIRO JULHO PRINCIPAIS ZONAS FRONTAIS INVERNO VERÃO PRINCIPAIS ZONAS FRONTAIS I V MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO DE ONDA LONGA NOS VENTOS DE OESTE DA TROPOSFERA DESENVOLVIMENTO DE BAIXA PRESSÃO A LESTE DO CAVADO BAIXAS A LESTE DO CAVADO * * * *