Programação anual ........................................................ 1

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ÍNDICE
Programação anual ......................................................... 1
Considerações gerais...................................................... 8
Orientações e gabaritos
• 2.o ano....................................................................... 12
• 3.o ano....................................................................... 45
• 4.o ano....................................................................... 74
• 5.o ano....................................................................... 95
Informações sobre o Hino Nacional Brasileiro............ 112
PROGRAMAÇÃO ANUAL
MÚSICA
Coordenadora: Prof.a Elisabeth Fernandes Nogueira Sennes
ANO
N.o DE
AULAS
PROGRAMA
1.o SEMESTRE
– O que é o som
– Sua propagação e produção
– Qualidades do som:timbre
intensidade
altura
– Duração – classificação de sons
– Experiências
– Intensidade
– Percussão
– Duração
– Coral
2.o
1
2.o SEMESTRE
– O folclore e a cultura musical de outros povos: teoria – generalidades (o folclore do Peru, Portugal, Austrália, Japão, África do Sul e Turquia)
– O folclore brasileiro: festas e trajes típicos – danças
– Lendas e mitos – provérbios
– Músicas folclóricas para várias ocasiões
– Brincadeiras folclóricas
– Os irmãos Grimm
– Instrumentos de orquestra
– Instrumentos de percussão
– Vamos cantar?
– Jogos com instrumentos de percussão e de orquestra
–1
ANOS
N.o DE
AULAS
PROGRAMA
1.o SEMESTRE
– O Carnaval
• Os instrumentos de uma escola de samba
• O mestre de bateria e o apito
– Duração do som (recordação)
– Jogos com instrumentos musicais
– Leitura musical
– Leitura rítmica
–Pausas
– Festa junina
3.o
1
2.o SEMESTRE
– Sons graves e agudos
– Sons graves e agudos – jogos
– Pauta musical
–Claves
– Claves – jogos
– Os sons na pauta
– Os sons na pauta – jogos
– Música erudita
– Apreciação musical
– Música erudita – Mozart
– Vamos cantar
1.o SEMESTRE
– O que é uma ópera – Apreciação musical – A flauta mágica
– Várias maneiras de usar a voz
– A expressão na música
– Sinais de dinâmica
– A música e a dança
– Escrevendo música
– Fórmula de compasso
– Equivalência entre as figuras
– Flauta doce
– Vamos cantar
4.
2–
o
1
2.o SEMESTRE
– A música pelo mundo
– Os instrumentos musicais na música folclórica
– Países diferentes, músicas com estilos diferentes
– A música folclórica no mundo
– A música folclórica no Brasil
– Música erudita – Beethoven
– Elementos da música erudita
– Ludwig van Beethoven
• Biografia
• 5.a Sinfonia
• 9.a Sinfonia
– Flauta doce
– Exercícios rítmicos e melódicos
– Vamos cantar
ANO
N.o DE
AULAS
PROGRAMA
1.o SEMESTRE
5.o
1
–
–
–
–
–
–
–
A música como expressão social
Música e comunicação
Construindo instrumentos
Música erudita – Mussorgsky
A música narra acontecimentos
Música de protesto
A música evolui com a sociedade
2.o SEMESTRE
– A música folclórica brasileira – influência indígena, africana e portuguesa
– A dança folclórica brasileira e sua origem
– Música nacionalista brasileira
– Músicas que são eternas
– A música e sua relação com a moda
–3
Para refletir
“Vivendo em uma época como a atual, onde o ser
humano não comanda seu próprio gosto, já que aquilo
que consome e “admira” lhe é imposto compulsiva e compulsoriamente por uma indústria cultural que invade sua
casa, coração e mente, torna-se infinitamente importante, mais do que em qualquer outra época, o papel da educação. Só ela poderá oferecer armas ao indivíduo para
que ele possa “ler” o universo cultural que o cerca, permitindo-lhe compreendê-lo a partir de uma visão crítica,
não se tornando escravo dos maneirismos mercenários e
simplórios dessa voraz e poderosa máquina.”
Maestro Júlio Medaglia
“Para que a aprendizagem da música possa ser fundamental na formação de cidadãos, é necessário que
todos tenham a oportunidade de participar ativamente
como ouvintes, intérpretes, compositores e improvisadores, dentro e fora da sala de aula. Incentivando a participação em shows, festivais, concertos e eventos da cultura popular e outras manifestações musicais, ela pode
procurar condições para uma apreciação rica e ampla
onde o aluno aprenda a valorizar os momentos importantes em que a música se inscreve no tempo e na história”.
Texto extraído de Parâmetros curriculares
nacionais, “Arte”, volume seis, MEC.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Segundo o Referencial Curricular Nacional, desde a
Educação Infantil a música deve ser vista como linguagem,
uma vez que integra aspectos afetivos, estéticos, cognitivos, além de promover a interação e a comunicação social.
Por ser uma das formas mais antigas de expressão humana, já justifica sua presença no contexto educacional.
Outro aspecto importante nesse enfoque educativo é
olhar para a música como instrumento investigativo, experimental e reflexivo. Como educadores devemos propiciar condições favoráveis para integrar momentos de
experiência que envolva vivência, percepção e reflexão
acerca dos conteúdos explorados. Nesse exercício constante poderemos criar um ambiente onde exista o desenvolvimento de habilidades, de formulação de hipóteses
e de elaboração de conceitos. Jamais devemos pensar
em música como um produto pronto, que por meio de um
modelo podemos reproduzi-lo.
Devemos sim enfatizar que a música também é um
conhecimento que se constrói
O trabalho com a música no Ensino Fundamental
possibilita uma variedade de modos de percepção e sensações do aluno na sua relação com o mundo através
dos recursos expressivos de que dispõe o seu organismo
para a comunicação e o conhecimento do mundo em que
12 –
ele vive. Mesmo após a reformulação em nossa estrutura educacional para garantir a escolarização obrigatória
a partir dos seis anos, devemos manter o mesmo olhar
cuidadoso no encaminhamento do plano curricular. A
criança de seis anos passou a fazer parte do Ensino Fundamental, todavia, ela continua com as mesmas características pertinentes a uma criança de seis anos.
Quais são os nossos objetivos?
•
•
•
Explorar e identificar elementos da música para se
expressar, interagir com os outros e ampliar seu conhecimento do mundo.
Perceber e expressar sensações, sentimentos e pensamentos por meio das experiências vivenciadas durante as aulas.
Refletir sobre as atividades desenvolvidas e compartilhar aula a aula, lembrando que é importantíssimo que a criança se coloque frente a suas experiências. Não existe certo ou errado, desde que ela
seja coerente com a produção que desenvolveu
durante a aula.
O que devemos trabalhar?
De forma bem ampla, vamos pensar em:
Diferentes características geradas pelo som e pelo
silêncio, sempre atrelados ao contexto musical.
• Altura: grave, médio agudo /movimento sonoro.
• Duração: curto, médio, longo – reconhecimento e
utilização das variações de velocidade e densidade
(maior ou menor concentração de eventos sonoros)
na organização e realização de algumas produções
musicais.
• Intensidade: fracos, fortes e suas inúmeras variações.
• Timbre: característica de cada som.
• Jogos e brincadeiras que promovam expressão corporal de forma geral e improvisação musical.
• Repertório de canções para desenvolver memória
musical.
• Conceitos inerentes à música: pulso, andamento,
acento, ritmo da melodia e forma musical.
• Conjunto instrumental
• Escuta musical envolvendo obras de diversos gêneros, estilos, épocas e culturas da produção musical
brasileira e de outros povos e países. Trazer para a
criança informações básicas sobre as obras ouvidas
e seus compositores.
•
Algumas considerações para o professor
É desta maneira que pensamos o ensino da música
na escola. Assim, a comunicação e expressão em música (na interpretação, improvisação e composição), a
apreciação significativa em música (escuta, envolvimento
e compreensão da linguagem musical) e a música como
produto cultural e histórico (música e sons do mundo) fazem parte do nosso objetivo.
Sugerimos que o professor de música realize audições musicais com seus alunos, canto coral, danças,
banda rítmica, conjunto de flautas de maneira eficaz à
educação do aluno.
Sabemos que a melhor forma de trabalho pedagógico é aquela que proporciona a educação do “ser” como
um todo, tornando-o criativo e crítico.
O que e como avaliar?
A avaliação deverá ser contínua, levando em consideração os processos vivenciados pela criança. Através
deles, o professor poderá reorganizar seus objetivos,
estratégias e procedimentos de forma a melhor adequar
suas aulas ao grupo.
Através da observação o professor poderá relatar dificuldades, mudanças e conquistas.
Uma maneira bem eficiente e prazerosa de se fazer
a avaliação é termos sempre a mão um gravador de voz
(celular ou mp3) ou um gravador de vídeo.
É importante que as crianças possam ouvi-las ou
assisti-las. Muitas vezes durante a atividade elas ficam
tão absorvidas no processo que não conseguem se identificar totalmente.
Ao final da aula, quando abrimos um espaço para a
reflexão, poderemos mostrar-lhes o que gravamos para
que percebam os detalhes e, assim, elas irão desenvolvendo seu senso crítico.
No caderno do aluno os conteúdos não estão separados por aula; colocamos apenas datas para o
professor se organizar da forma que achar mais conveniente com seus alunos. Porém, o professor poderá
se orientar ordenando as suas aulas de acordo com o
calendário de sua escola e seguindo a sequência sugerida no manual.
CAPÍTULO 1 – O SOM – APRENDENDO A OUVIR
Objetivo:
Perceber os sons que nos rodeiam.
Nesta primeira aula do caderno, o objetivo é fazer o
aluno parar, tentar “ouvir” o silêncio e em seguida identificar a “fonte sonora”, isto é, de onde emanam esses sons.
Desenvolvimento :
O professor deverá sair da sala de aula com a classe, em silêncio, percorrendo outros ambientes da escola
para que outros sons sejam percebidos.
De volta à sala de aula, colocar perguntas, tais como:
“O que você ouviu quando estava em silêncio”?
As respostas serão diferentes, conforme o local da
escola, horário etc. O professor poderá também pedir
às crianças que fechem os olhos e tentem identificar os
sons que estão ouvindo: “Você pode identificar esses
sons”?
Em seguida, o aluno deverá desenhar no caderno os
sons que ouviu durante o passeio pela escola. Num segundo momento, o professor perguntará à classe quais
os sons de que mais gostaram e que não gostaram, relacionando-os na lousa.
Poderá dividir a classe em grupos e distribuir entre eles
os sons relacionados. A proposta é que cada grupo crie uma
história utilizando esses sons e apresente para os colegas.
Exemplo: crianças gritando, caminhão passando, passarinhos, alguém varrendo o chão, freada brusca de carro.
– 13
História: Certo dia, algumas crianças estavam jogando futebol na quadra da escola enquanto Dona Graça
varria os corredores. Nossa escola fica próxima a uma
rodovia e nela passam muitos caminhões e carros. De
repente ouve-se uma freada brusca de um carro. Dona
Graça assustou-se e correu para o portão preocupada
com as crianças. Mas viu que não era nada. Apenas a
bola é que havia caído lá fora, mas os alunos não correram atrás dela. Ufa, que alívio.
O SOM – AMBIENTAÇÃO SONORA – SOM É VIBRAÇÃO
14 –
Objetivo:
Objetivo:
Sensibilizar o aluno sobre ambientação sonora. O
som está por toda a parte.
Mostrar ao aluno as diferenças entre os sons da natureza (pássaro, vento, trovão, voz do homem e dos animais, chuva, pingo de água) e os sons produzidos por
objetos (carro, moto, martelo, campainha, relógio).
Desenvolvimento:
O professor poderá trazer gravações de sons de diferentes ambientes: de trânsito, mar, concerto musical, fazenda.
“Imaginem uma cidade sem sons, como seria”? Os
sons são diferentes, dependendo do lugar onde estamos,
conforme se pode depreender da ilustração do Caderno:
sons da cidade, do campo, da praia, de uma fábrica, sons
de um concerto musical. Pode-se listar na lousa cada
item e evidenciar as diferenças. Alguns sons são fortes,
fracos, agradáveis ou desagradáveis.
Mostrar aos alunos que som é movimento.
Experiência:
Trazer para a sala de aula uma bacia com água e
algumas pedrinhas para fazer a experiência. Quando a
pedrinha é atirada na água formam-se ondas, parecidas
com as ondas sonoras. O mesmo acontece com a voz.
Fazer em duplas a experiência do Caderno.
AGORA É COM VOCÊ! – O SOM – SONS DA NATUREZA
E SONS DE OBJETOS
Desenvolvimento:
O professor deverá sair da sala com a classe, em
silê ncio, percorrendo outros ambientes da escola, mas
com o objetivo de perceberem apenas sons da natureza.
De volta à sala fazer perguntas, tais como: “O que você
ouviu quando estava em silêncio?” Existe fábrica de passarinhos ou de chuva?
Então, existem diferenças nos sons e categorias diferentes de sons.
Após reflexões sobre o assunto, realiza-se o exercício do Caderno.
O professor poderá, em seguida, confeccionar dois
cartazes com a classe, separando recortes de revistas.
Um para sons da natureza e outro para objetos. Partindo
de gravações de vários sons, ouvir com a classe e articular jogos que utilizem a habilidade de identificar os sons.
SONS – ONDAS INVISÍVEIS
– 15
CAPÍTULO 2 – AS ONDAS SONORAS – TRANSMISSÃO
NO AR, NA ÁGUA E ATRAVÉS DOS SÓLIDOS
Objetivo:
Levar o aluno a perceber que o som se propaga
em ondas.
Desenvolvimento:
Visualizando as ondas sonoras.
Experiência 1:
Material: bacia com água e algumas rolhas de cortiça.
O professor deverá iniciar a aula com a experiência 1
do Caderno.
Reflexão: O que aconteceu com a rolha? Por que ela
balançou na água? O que foi preciso fazer para que a
rolha se movimentasse?
Experiência 2:
Experiência com o uso de uma mola de plástico ou
um fio qualquer.
Com o auxílio de um aluno, realizar a experiência da
mola. O professor irá movimentar sua extremidade da
mola enquanto o aluno mantém a sua fixa.
O que acontece?
A mola irá fazer um movimento conforme o desenho:
Esse movimento é semelhante ao das ondas sonoras.
16 –
Objetivo:
Percepção do mecanismo de propagação do som
através de vários elementos.
Desenvolvimento:
O professor levará a classe a vários ambientes onde
os alunos poderão aproximar o ouvido em paredes, janelas, portas, cortinas.
A cada experiência refletir sobre o que foi ouvido e
em que intensidade.
O procedimento é válido também para que escutem
no chão (ou tatame).
Conforme o revestimento do piso é possível sentir a
vibração de som.
As ondas acontecem no ar, na água e até através
de paredes.
Isso também acontece com os instrumentos musicais. Ver ilustrações do Caderno.
Quando se faz vibrar uma corda de violão ou qualquer instrumento de corda, o ar em movimento (onda sonora) vibra dentro da caixa acústica, fazendo sair o som.
AS VIBRAÇÕES DO SOM
– 17
CAPÍTULO 3 – OS PADRÕES SONOROS – TIMBRE
Experiência:
Visualizando vibrações das ondas sonoras:
Realizar com os alunos a experiência do caderno.
Reflexão:
Até este ponto sensibilizamos para o Som e o Silêncio para aprender a “ouvir” diferentes sons – som como
movimento, som como vibração, sons da natureza e sons
de objetos.
Quais são os sons que queremos eliminar, quais
queremos conservar e quais queremos produzir?
Estimular seus alunos a realizar em todas as aulas o
exercício do silêncio.
Fechamos agora com Sons Agradáveis e Sons
Desagradáveis.
Finalize com o exercício do Caderno: Agora é com você!
18 –
minado intervalo de tempo. Em outras palavras, o fenômeno físico – som – está inserido no tempo, mas não produz
tempo. Porém, ocorre que, musicalmente falando, o tempo
é fundamental. Ao introduzirmos as noções de tempo na
música (duração das notas e pausas – valores ritmo e andamento), optamos por fazê-lo da mesma forma que fazemos com as qualidades do som, ou seja, começando pelo
lado científico, para depois chegar à música propriamente
dita. Dessa maneira, quando falamos em “qualidades” do
som, falamos em adjetivos do som.
O professor poderá pedir que a classe fique em silêncio e de olhos fechados por alguns minutos, tentando
lembrar-se dos sons que ouve enquanto toma seu café da
manhã na cozinha. Em seguida, ele deverá assinalar entre
os objetos sugeridos no Caderno do aluno, quais são os
que se ouve. Feito isso, o aluno desenhará a sua cozinha.
OS PADRÕES SONOROS – INTENSIDADE
Objetivo:
Proporcionar situações e reflexões ao aluno para que
ele perceba e analise as diferentes características do som.
Desenvolvimento:
Introduzir os conceitos através de conversa inicial.
Pode-se iniciar chamando um aluno e uma aluna para que
a classe perceba as diferenças físicas entre os dois. Podemos, em seguida, pedir que ambos cantem alguma música para ser evidenciada a diferença das vozes dos dois.
Começamos a falar de “Fonte Sonora”, isto é, Timbre.
Fazer com a classe a brincadeira do “gato mia”. Existem algumas variações para esta brincadeira. O professor poderá adequar à sua classe a que achar melhor. Poderá vendar os olhos de um aluno e pedir a outro que mie
para que o colega identifique quem o fez. Outra maneira
de fazer essa brincadeira é pedir que todos os alunos
fechem os olhos e, ao o professor se aproximar de um
aluno, pedir que ele fale alguma palavra combinada, e
assim, a classe toda deverá adivinhar quem falou.
Observação: a duração do som não é, fisicamente falando,
uma característica do som. Quando o som é produzido, sua
onda gera apenas timbre, intensidade e altura, num deter– 19
Objetivo:
Mostrar ao aluno que todos os sons têm intensidade.
Eles podem ser fortes ou fracos.
Desenvolvimento:
Comentar sobre a maneira errada como normalmente nós dizemos “Abaixa o som” ou “Aumenta o som”. Na
verdade o que estamos modificando é o volume do som.
Intensidade é o volume do som.
Destacar que a intensidade do som depende da
distância que estivermos da fonte sonora.
Explicar aos alunos porque ele irá colocar “F” para
forte e “P” para fraco.
Os termos utilizados em música são expressos
em italiano.
“P” quer dizer piano (fraco) e para nos acostumarmos
com os termos musicais usaremos sempre estes símbolos.
Em seguida, irá realizar os exercícios desta atividade. Agora é com você!
Gabarito dos exercícios:
Cena 1 – Renata está mais distante da fonte sonora; portanto, irá ouvir um som mais fraco.
Cena 1 – Renata está mais próxima da fonte sonora e irá
ouvir um som mais forte.
Exercício 2: distância
Exercício 3: Sons fortes (f ) – trem, moto, leão e trombada
Sons fracos (p) – vidro quebrando e pássaro
20 –
OS PADRÕES SONOROS – INTENSIDADE NA MÚSICA
Objetivo:
Favorecer a percepção da utilização da intensidade
nas músicas.
Desenvolvimento:
Cantar com os alunos as canções que estão no Caderno, evidenciando que algumas são cantadas com intensidade forte, outras com intensidade fraca e, ainda,
em outras podem ser cantados alguns trechos “fortes” e
alguns “fracos”.
Curiosidade: o pianoforte
Hoje as partes internas do piano contém um mecanismo com mais de 6.000 peças. Cada tecla do teclado
aciona um martelo revestido de feltro que bate numa
corda de aço. O piano foi inventado em 1698 pelo italiano Cristofori. Mas foi o francês Erard que, depois
de 40 anos de pesquisas, aperfeiçoou, em 1821, um
processo que revolucionou a técnica do instrumento:
uma pecinha de madeira, instalada no centro do mecanismo, permite tocar uma tecla tantas vezes e tão
depressa quanto se queira. Assim, os dedos dos músicos podem correr sobre o teclado, liberando torrentes
de notas.
“O piano é, para mim, o que um marinheiro é para
sua fragata, o que um árabe é para seu cavalo, é minha
vida”. (Franz Liszt)
VAMOS OUVIR
– 21
Objetivo:
Através da apreciação da obra de Vivaldi o aluno perceberá a interpretação musical com a utilização de sons fortes
e fracos. O professor poderá trazer a música completa do
autor, assim como outras sugestões para exemplificar a intensidade na música, enriquecendo mais a sua aula.
Desenvolvimento:
O professor utilizará a gravação de Antonio Vivaldi,
“As quatro estações”, 1.o Movimento, Primavera.
Comentar com os alunos como Vivaldi utilizou em
sua música trechos bem claros com sons fortes e trechos
com sons fracos.
Antonio Vivaldi – Biografia
Nasceu em 1675 em Veneza e faleceu em 1741, com
66 anos. Era filho de um violinista veneziano.
Depois de crescido, Vivaldi entrou para um seminário
e tornou-se padre.
Certa vez, celebrando uma missa, sentiu uma
súbita inspiração.
Uma bela melodia veio-lhe à cabeça. O padre Vivaldi
correu para a sacristia para anotá-la, abandonando o altar no momento sagrado da eucaristia.
Vivaldi tornou-se famoso como violinista e compositor em todo o mundo. Deixou muitas obras musicais.
O professor fará uma nova escuta da obra de Vivaldi,
desta vez utilizando-se dos instrumentos da banda rítmica, distribuindo-os aos alunos e dividindo-os em seções
de intensidade fraca (guizos, triângulos, sinos etc.), média (pandeiros devem ficar ao centro, pois conforme a
forma que são tocados podem produzir sons fortes ou
fracos) e forte (tambores, caixas, castanholas etc.).
A classe se transforma em uma grande orquestra.
Durante a execução da obra, o professor deverá reger
a classe seguindo a intensidade que a música sugere.
Tal prática poderá ser repetida com outras obras à
escolha do professor.
Exercícios do caderno:
22 –
Marque sons fortes e fracos, tocando tambor ou qualquer outro objeto.
> = som forte
sem sinal = som fraco
Após a realização desse exercício, os alunos criarão
as suas sequências de sons fortes e fracos, acentuando
as barras que estão no caderno.
Feito isso, o professor indicará a troca de Cadernos
para que outro aluno interprete a composição do colega
através de palmas ou outras percussões.
PADRÕES SONOROS – ALTURA
– 23
PADRÕES SONOROS – DURAÇÃO
Objetivo:
Objetivo:
Reconhecer sons graves e agudos.
Desenvolvimento:
Sugerimos que o professor crie alguns exercícios
práticos para trabalhar a altura dos sons. Por exemplo: ao
ouvirem a voz feminina, as meninas levantam as mãos e
ao ouvirem a voz masculina, os meninos.
Agora é com você:
Padrões sonoros – altura
Som que desce para o grave
Som que mantém a altura
Som que sobe para o agudo
24 –
Distinguir sons longos e curtos.
Desenvolvimento:
O professor deverá sensibilizar a classe utilizando-se
de gravações com diferentes músicas de andamentos diversos, por exemplo, uma canção de ninar, um samba,
um rock. A classe poderá dançar todas e perceberá que
algumas músicas poderão ser dançadas mais rapidamente do que outras.
Em outra atividade sugerida, antes de qualquer conversa ou aquecimento sobre o assunto, o professor irá
andar pela sala de aula, emitindo alguns sons, como, por
exemplo: em um lugar, ele vai falar; em outro, irá bater
palmas; em outro, ainda, irá tocar tambor muito devagar
e no canto oposto fará isso muito rápido, até que os alunos entendam a diferença.
Gabarito do exercício:
passarinho – curto
galo cantando – longo
vaca mugindo – longo
helicóptero voando – curto
telefone tocando – longo
torneira pingando – curto
O CÓDIGO MORSE
Nesta aula o professor irá contar a história que está
em quadrinhos no caderno:
“O maestrinho aproveitou o domingo e foi pescar em
alto-mar”.
Caiu uma tempestade muito forte; as ondas do mar
eram enormes. A lancha do maestrinho começou a jogar
de um lado para outro, o mar começou a empurrar a lancha cada vez mais para o alto-mar. O casco não aguentou, bateu em umas pedras e furou.
O maestrinho começou a ficar muito nervoso. Do lado
de fora da lancha apareceu um tubarão, que começou a
rodear a lancha esperando que ela acabasse afundando de
uma vez para poder pegar sua presa: o maestrinho.
Porém, na lancha havia um rádio. O maestrinho foi
logo pedir ajuda através dele. Mas a chuva havia estragado o rádio e foi impossível a comunicação.
O maestrinho lembrou-se do “Código Morse”.
Através do telégrafo, pôde passar sua mensagem:
... – – – ...
Assim, sua mensagem foi captada por um helicóptero,
que foi salvá-lo antes de a lancha afundar por completo.
O professor deverá fazer com os alunos o seguinte
exercício:
Distribuir folhas de papel sulfite para representar sons
curtos e longos. Ao ouvirem um som curto irão desenhar
1 ponto, e um traço quando ouvirem um som longo.
Som curto.
Som longo –
O professor poderá utilizar-se de uma flauta ou apito,
ou ainda da própria voz para produzir os diferentes sons.
Fazer este treino antes de introduzir o Código Morse.
Código Morse:
– 25
confeccionados por eles. Algumas se referem às datas
comemorativas, mas achamos melhor deixar a cargo de
cada professor escolher as músicas para estas datas e
junto com o professor de História e Geografia e de sala
elaborarem essas comemorações.
CAPÍTULO 4 – VAMOS CANTAR
A canoa virou
A canoa virou
Por deixar ela virar,
Foi por causa da Maria,
Que não soube remar.
Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar,
Eu tirava a Maria
Do fundo do mar.
Siriri pra cá
Siriri pra lá
Maria é bela
E quer casar
O cravo brigou com a rosa
O cravo brigou com a rosa,
Debaixo de uma sacada,
O cravo saiu ferido,
E a rosa despedaçada.
O Código Morse foi criado em 1835 por Samuel Morse, o mesmo que dois anos antes patenteara o telégrafo.
O Código Morse é um sistema de transmissão de mensagens por meio de pontos, traços e espaços que correspondem a letras e numerais. A transmissão pode ser
feita pelo telégrafo, por sinais de rádio, ou por holofotes
especiais (comunicação entre embarcações), que abrem
e fecham o facho de luz.
O Código Morse é internacional e, mesmo com a invenção de outras formas de transmissão de mensagens,
ele ainda pode ser utilizado.
Explicar o significado de S.O.S., que quer dizer “Save
our ship” (Salve nosso navio), expressão de pedido de
socorro mundialmente conhecida e utilizada.
O cravo ficou doente,
A rosa foi visitar,
O cravo teve um desmaio,
E a rosa pôs a chorar.
Atirei um pau no ga-to (to)
Mas o ga-to (to)
Não morreu (reu-reu)
Dona Chica-ca (ca)
Admirou-se (se)
Do berro, do berro
Que o gato deu:
MIAAAAUUUUU!
Exercício:
Coelhinho bossa nova
Utilizando-se do código morse, crie uma mensagem
para um amigo, escrevendo-a primeiro na coluna “tradução”, isto é, primeiro em português e depois em Código
Morse, na coluna correspondente.
Eu sou coelhinho bossa nova,
Vou contar pra vocês!
Pra cenoura não dou bola
Só tomo coca-cola.
Coelhinho bossa nova é uma brasa, mora! (bis)
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
No final do caderno do aluno colocamos algumas
músicas folclóricas para serem cantadas pelos alunos
em qualquer momento da aula, pois em todas elas poderão ser aplicados os parâmetros do som (altura, intensidade, duração). O professor poderá formar uma banda com instrumentos de percussão ou com instrumento
26 –
Chorar por uma cenourinha
Foi no tempo da vovozinha.
Pra cenoura não dou bola
Só tomo coca-cola.
Coelhinho bossa nova
É uma brasa, mora! (bis)
Nesta música o professor deverá trabalhar o politicamente correto, fazendo algumas perguntas aos alunos:
– Será que o coelho está certo de não querer comer
a cenoura?
– Será que beber muita coca-cola faz bem?
– Qual será a alimentação mais saudável para o coelho?
– E para nós, seres humanos, o que devemos comer?
– Trabalhar com a professora de Ciências a alimentação saudável.
Roche, roche, nunga
Roche, roche, nunga.
Roche, roche nunga
Rendi, dorrainde,
Dorrendi, dorron.
Sentados em fileiras ou em círculos, sempre que cantarem
esta estrofe, os alunos deverão
fazer o gesto como se estivessem remando.
É sacola michuana...
É sacola michuana...
Nesta estrofe os alunos colocam
a mão na testa como se estivessem procurando alguma coisa.
História para contar às crianças antes de cantarem a
música
Era uma vez um indiozinho que morava com seus
pais numa aldeia. Quando ele chegou a certa idade, tinha que mostrar aos outros índios que já conseguia caçar e pescar sozinho e, assim, colaborar na alimentação
de sua tribo. Quando chegou o dia de testar se ele conseguia essa façanha, foi-lhe dado um bote, remos e um
arco e flecha para caçar.
Assim ele saiu da sua tribo e entrou pelo rio remando (cantar a primeira estrofe). Procurou pela mata se
via algum animal que ele pudesse caçar (colocar a mão
na testa como se estivesse procurando alguma coisa e
cantar a segunda estrofe). Procurou, procurou até que
avistou um veadinho. Armou seu arco e flecha, mirou
no animal e ZUMMMM! Atirou sua flecha e não conseguiu atingir o animal. Remou para chegar mais próximo
até a margem do rio (movimento de remar cantando a
primeira estrofe), armou seu arco e flecha novamente
e ZUMMMMMMMMMMM! Atirou. Desta vez conseguiu
atingir o veadinho. Foi remando até a beira do rio e
com muito esforço conseguiu colocar a caça no seu
bote (cantar a segunda estrofe fazendo gesto de pegar
a caça e colocar no bote, bem devagar, porque está
muito pesada).
Como o bote agora estava muito pesado, ele começou a remar mais devagar (cantar a primeira estrofe
com gesto de remar). E assim foi remando de volta até
sua aldeia.
Ao se aproximar mais, foi avistado pelos índios
que o esperavam ansiosos para saber se a caça tinha
sido boa. Quando perceberam que o bote estava pesado e que a caça deveria ser grande, todos o saudaram
HUUUUUUUUUUUUUUU! (levantar os braços para saudar). Muito feliz com sua caça e com a recepção da aldeia, o indiozinho até esqueceu que o bote estava pesado e começou a remar mais depressa (cantar a primeira
estrofe, acompanhada da saudação HUMMMM!, levantando os braços).
– 27
Piauí
I
São João (dararão)
Tem uma gaita (raraita),
Quando toca (roroca)
Bate nela.
II
Todos os anjos (raranjos)
Tocam gaita (tararaita),
Tocam tanto (raranto)
Aqui na terra.
28 –
III
Lá no centro (rerento)
Da avenida (ririda)
Tem xarope (rorope),
Escorregou
IV
Agarrou-se (rorou-se)
Em meu vestido (rirido),
Deu uma prega (rerega)
E se acabou.
– 29
30 –
– 31
32 –
– 33
34 –
– 35
36 –
– 37
38 –
– 39
40 –
– 41
42 –
– 43
44 –
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Dando continuidade à nossa proposta metodológica para o estudo de Música em sala de aula, algumas
observações são necessárias para favorecer o seu entendimento e aplicação. Essa proposta pode ser adaptada conforme os objetivos que se tenha em mente e de
acordo com a clientela, a disponibilidade de carga horária
semanal e outras tantas variáveis.
É importante que, em todo e qualquer contexto de
ensino e aprendizagem, a integração dos elementos musicais seja observada. Assim sendo, não podemos separar a teoria da prática, como também não podemos
desvincular ritmo de melodia, prática auditiva de escrita
musical e o idioma tradicional do contemporâneo. Igualmente, cada aula deve ser estruturada de modo a conter
diversos desses elementos.
A criança precisa encarar a aula de Música como um
momento agradável e produtivo. Cabe ao professor a delicada tarefa de conseguir um clima tranquilo e ao mesmo
tempo ativo, que propicie a criação e a manifestação espontânea dos alunos, sem ocorrência de indisciplina. Por
outro lado, condenamos a repressão, a censura e a crítica indevidas, capazes de reduzir ou anular a participação
e a livre expressão da criança. Assim como por meio de
movimentos do corpo ela concretiza elementos e ideias
musicais, ao trazer para a sala de aula as vivências de
seu mundo, contribui criativamente para o enriquecimento das atividades desenvolvidas.
As aulas podem ser enriquecidas com a utilização de
vários tipos de instrumentos musicais. Por exemplo, os
confeccionados pelos próprios alunos e os instrumentos
de percussão os mais variados possíveis, pois são particularmente indicados devido à facilidade de execução e
manuseio que oferecem. A voz falada ou cantada deve
também fazer parte de todas as aulas de Música, pois o
canto, além de auxiliar no incentivo e fixação da aprendizagem, também age como elemento musicalizador de
indiscutível alcance. O cancioneiro folclórico infantil de
nossa terra é de grande riqueza rítmica e melódica, devendo ser largamente explorado na musicalização. Ao
cantar melodias pertencentes ao folclore, a criança assimila e, consequentemente, preserva expressões vitais
da nossa cultura.
Contudo nem sempre encontramos no nosso folclore
os elementos musicais adequados às necessidades que
nos propomos a enfocar nas diferentes etapas. Recorremos, muitas vezes às composições de canções nas
quais tais elementos são abordados com finalidade didática específica.
O potencial educativo da música é amplamente conhecido, porém nem sempre explorado pelo professor
devido às dificuldades em encontrar orientações sistemáticas nesse sentido.
Procuramos neste manual semear ideias, relatar experiências, oferecendo subsídios básicos à educação
musical das crianças.
Entretanto, o cumprimento da tarefa de musicalizar,
desenvolvendo as capacidades da criança e nela estimulando o gosto pela música, compete ao professor.
Recordando o conteúdo dos anos anteriores (1.o e 2.o
anos), desenvolvemos:
A sensibilização do som
•
O fenômeno sonoro
•
A audição dos sons externos (de fora)
•
A audição dos sons internos (de dentro)
•
Representação gráfica desses sons
•
Conto sonoro – com narração e sem narração
•
Exploração sonora
•
Parâmetros sonoros – timbre, altura, duração e intensidade
•
O caminho do som
•
Notação gráfica do som
•
Jogos com instrumentos musicais
•
Pulsação e ritmo das palavras
Dando continuidade a nossa proposta, abordaremos
neste semestre do 3.o ano o ritmo nas suas mais diversas
representações.
Objetivos
Neste semestre, nas aulas de Música, pretendemos
levar o aluno a
•
desenvolver a acuidade auditiva, a atenção e a destreza de raciocínio;
•
estimular a expressão corporal e a criatividade;
•
diferenciar timbres;
•
classificar os parâmetros do som;
•
conhecer os instrumentos de uma escola de samba;
•
conhecer os códigos musicais;
•
criar ritmos com esses códigos.
RECORDANDO OS PARÂMETROS DO SOM
O professor deverá relembrar os parâmetros do som.
Poderá realizar alguns exercícios recordando a altura, a
duração, a intensidade e o timbre do som, indicados no
manual do 2.o ano. Desta forma os alunos novos poderão
se inteirar do que foi estudado anteriormente.
Também poderá utilizar os jogos musicais que se
encontram no site indicado neste manual, no final desta
parte, relativa ao 1.o semestre do 3.o ano.
– 45
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:47 Página 3
CAPÍTULO 1 – TEM CARNAVAL
Capítulo 1
DATA: ____/____/____
TE M C A R N AVA L
Vamos ouvir
o som de uma
Escola de Samba.
Os instrumentos
usados numa Escola de
Samba são os instrumentos
de percussão.
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:47 Página 4
3
Instrumentos de Percussão
Instrumentos de percussão são aqueles que
produzem o som através de batidas.
Bater é a mesma coisa que
percutir.
Por isso chamamos de percussão: o tambor, o
chocalho, os pandeiro, as castanholas, o triângulo, os
pratos, os cocos entre outros.
4
Iniciaremos com uma atividade de escuta – escutar o
som da bateria de escola de samba. (Colocar a gravação
de uma escola de samba.)
Em seguida faremos algumas perguntas para a classe:
1. Você consegue identificar o grupo musical que acabou de tocar?
2. O que é uma escola de samba?
46 –
3.
4.
5.
6.
Quais instrumentos tocam numa escola de samba?
O que o carnaval representa para você?
Quem já foi a um baile de carnaval?
Você já colocou alguma fantasia no carnaval? Do
que você se fantasiou?
Sabemos que em muitas escolas a crença religiosa
não permite abordar o tema do carnaval. Porém iremos
estudar o carnaval como uma festa típica brasileira conhecida no mundo todo.
Os instrumentos de percussão são os usados na escola de samba.
Existe uma regra para agrupá-los de acordo com a
intensidade de seus sons.
Como em todo samba, a bateria de uma escola de
samba usa o ritmo binário, ou seja, compasso binário que
marca o “pulso” em dois tempos.
Curiosidade
A bateria de escola de samba é formada apenas por
instrumentos de percussão e funciona como uma orquestra.
Há instrumentos graves, médios e agudos, todos comandados por um mestre (maestro) de bateria. Os arranjos são feitos e dirigidos pelo mestre de bateria que,
apesar de muitas vezes não ter noções de escrita musical, cria os arranjos conforme cada samba-enredo, aprimorando-os a cada ensaio.
O professor poderá aprofundar mais o assunto, se
achar necessário.
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:47 Página 5
OS INSTRUMENTOS DE UMA ESCOLA DE SAMBA
Os instrumentos de percussão de uma
bateria de Escola de Samba sempre andam
agrupados. Sua distribuição é determinada pelo
Diretor da Escola.
Há uma regra que,
em geral, todos observam:
os instrumentos pesados não se
misturam com os instrumentos leves.
Os pesados vão atrás e os leves
vem na frente da bateria.
Sempre pulsando no
compasso binário, a bateria de
uma Escola de Samba é formada
apenas por instrumentos de
percussão.
Por tal Objetivo
Para encontrar outras atividades
sobre o tema, entre no PORTAL
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e,
em “localizar”, digite: MUS3F101
5
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:47 Página 6
Mostrar para os alunos a importância da duração dos
sons demonstrada através do desempenho dos ritmistas.
O mestre de bateria comanda seus ritmistas utilizando além do apito um “pauzinho” semelhante à batuta do
maestro.
Esta é a formação dos instrumentos de percussão
mais usada nas Escolas de Samba.
C aixa
Re pi que
S u rd o
Agora é com você – Construindo um instrumento
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:47 Página 8
Você Sabia?
Agogô
O BISAVÔ DO CARNAVAL
Antigamente, o Carnaval era chamado “entrudo” (do latim
“intróito”, entrada). O entrudo começou no Brasil a partir de 1723,
quando portugueses nascidos nas ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde
aqui chegaram. Eles se estabeleceram na costa litorânea,
entre Porto Alegre e Espírito Santo. No Rio de Janeiro, o entrudo
continuou conhecido por esse nome até as primeiras décadas do século XX.
No início, os foliões se divertiam jogando água uns nos outros.
Choc al ho
Agora, é com Você !
Ajude a menina a chegar até o apito.
P an d eiro
Prato
C u íca
Api t o
A bateria de Escola de Samba é um dos maiores grupos
de percussão do mundo: pode chegar a 400 ritmistas.
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:47 Página 7
6
INSTRUMENTOS DE PERCUSSÃO DAS
ESCOLAS DE SAMBA
Ta m b o r im
Bumbo
C aixa
Ta ro l
Cuíca
R e p iq u e
Surdo
Chocalho
A g o gô
R e c o - re co
P a n d e i ro
P r a to
8
Para essa atividade o professor deverá providenciar
com antecedência o seguinte material:
• Duas metades de coco (aqueles vendidos na feira)
• Lixa
• Tinta colorida
• Pincel
• Verniz
7
Os alunos vão conhecer todos os instrumentos utilizados na escola de samba ouvindo cada um deles.
O apito referido na atividade servirá como motivador
para que os alunos descubram o papel do mestre de bateria.
Como em geral os componentes de uma escola de
samba não têm conhecimento musical formal, a execução do ritmo será determinada pelo mestre de bateria por
meio do som do apito.
Procedimento:
Depois de tirar a polpa do coco, divida-o em duas
metades, lave bem e deixe secar.
Em seguida dê uma lixada nas duas partes do coco
de forma que fiquem bem lisinhas. Se quiser deixar ainda
mais bonito, pinte as duas partes utilizando tinta plástica
ou guache. Você também poderá passar verniz, para que
fique ainda melhor. Seu instrumento musical está pronto.
Vamos usá-lo?
As partes do coco são o instrumento e podem ser
tocadas de diferentes maneiras. Vamos tentar?
Você percebeu a diferença? Essas partes podem
ser tocadas umas com as outras, tanto com as partes
abertas como com as arredondadas. Tente perceber a
diferença de timbre conforme os lados que são tangidos.
Agora o professor e seus alunos vão combinar os ritmos que tocarão.
– 47
APITO: MARCANDO O RITMO
Mestre de bateria
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:47 Página 9
Você sabe o que é um mestre de bateria?
É ele que comanda a escola de samba com seu apito.
Ele é auxiliado por outras pessoas que ficam entre os
grupos de instrumentistas para fazer com que eles não
saiam do ritmo.
O comando é feito com o apito que através de sons
curtos e longos já preestabelecidos pelo mestre de bateria faz com que todos acompanhem a música e o ritmo de
uma forma equilibrada, assim como o maestro comanda
os componentes de uma orquestra.
Agora, é com Você !
CONSTRUINDO INTRUMENTOS MUSICAL
Para estas atividades você vai precisar de:
• Duas metades de coco (aqueles vendidos na feira)
• Lixa
• Tinta colorida
• Pincel
• Verniz
Instrumentos de uma escola de samba
Como já estudamos, nos anos anteriores, os instrumentos de percussão, vamos ver quais deles fazem parte
de uma escola de samba.
Procedimento:
Depois de ter tirado a polpa de dentro do coco, lave-o bem e deixe secar.
Quando já estiver seco, o instrumento estará pronto para ser usado.
Surdo de primeira
Em seguida dê uma lixada nas duas partes do coco de forma que fique bem
lisinho. Se quiser deixá-lo ainda mais bonito pinte as duas partes
utilizando tintas plástica ou guache. Você poderá ainda passar verniz para
que fique ainda mais bonito. Pronto seu instrumento musical está pronto.
Vamos usá-lo?
É o maior surdo e o que dá o andamento principal ao
samba, servindo como base. Os puxadores se guiam por
ele para não acelerar ou desacelerar o canto do samba.
Em geral, há um surdo de primeira junto aos puxadores,
como guia. Tem uma afinação mais forte e mais aguda do
que a dos surdos de resposta.
As partes do coco são o instrumento e podem ser tocadas de diferentes
maneiras, vamos tentar?
Você percebeu a diferença? Essas partes podem ser tocadas umas com
outras, tanto com as partes abertas como as arrendondadas. Tente
perceber a diferenca de timbre conforme os lados que são tangidos.
Surdo de segunda
Agora combine com seus colegas e com a professora os ritmos que irão
tocar.
9
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:48 Página 10
Apito: Marcando o Ritmo
Olha,
eu achei um apito!
De quem será?
É a resposta ao surdo de primeira. Serve como sustentação para o samba no momento em que o surdo de
primeira está ‘parado’, sendo um contraponto.
Surdo de terceira
Aparece entre os outros dois (um pouco antes do
surdo de segunda). Serve para dar uma característica especial à cadência, quebrando a dureza dos outros surdos
e dando um balanço à marcação. A batida varia de escola
para escola, pois cada uma utiliza um tempo de corte.
Caixa de guerra Eu também
tenho um apito. Será que
este é o meu?
Não,
esse apito é meu!
O apito é usado
pelo mestre da bateria
para marcar o ritmo.
Ele também usa um pauzinho
– muito parecido com a batuta
do maestro – para comandar
seus ritmistas.
10
48 –
É o que dá o som característico ao samba. Só com o
som da caixa já se pode identificar uma escola de samba.
É sempre tocado com duas baquetas, e tem duas cordas
sobre o ‘couro’ que dão uma afinação diferente. Marca o
andamento, mas permite floreios que não ocorrem nos
surdos. A forma como se toca uma caixa varia também
de escola para escola: algumas utilizam o instrumento
embaixo, na altura da cintura, tocando normalmente com
as duas mãos; outras põem a caixa ‘em cima’, utilizando
uma mão como apoio e a outra livre. O tarol é uma caixa
de guerra mais fina. O som é muito semelhante, mas o
tarol, em tamanho, equivale a ‘meia caixa’.
Repique
É uma resposta à caixa. É bastante utilizado nas paradinhas e nas viradas do samba, como ‘senha’ para a
volta dos demais instrumentos. Antigamente, utilizava-se
predominantemente o repique nas paradinhas.
Hoje, já se admitem o uso de chocalhos, tamborins e
outros, enquanto o resto da bateria silencia.
Chocalho
ses instrumentos.
É formado por várias fileiras de ‘chapinhas’. Há chocalhos com duas, três, quatro, cinco e até seis fileiras.
Não há uma grande diferença no som dos chocalhos devido ao número de fileiras (mas uma maior quantidade
de fileiras produz um som mais forte). Esse instrumento
aparece mais nos refrões, e fica passagens inteiras do
samba sem ser tocado. O chocalho ajuda a caixa a dar o
swing do samba, mas é mais leve.
Ritmo
Tamborim
É um dos instrumentos mais importantes, já que faz
todo o desenho do samba. Enquanto os surdos e a caixa
fazem uma marcação contínua, o tamborim faz diferentes
bossas no samba. Sua baqueta pode ter ponta única ou
múltipla, o que produz sons diferentes. Por sua importância dentro da bateria, o naipe de tamborins costuma ter
diretores específicos para ele.
Cuíca
O som da cuíca é produzido através de uma pequena
haste que fica em seu interior, a qual, por sua vez, puxa
um esticadíssimo couro que reveste o instrumento. Seu
andamento é dependente da marcação dos surdos, que
são seguidos por ela. As cornetas e outros apetrechos
que aparecem em algumas cuícas na Avenida são meramente decorativos.
Existe uma regra para agrupar esses instrumentos
de acordo com a intensidade de seus sons.
É a partir dessa organização que o mestre de bateria
“cuida” dos sons de cada setor, para que um não atropele o outro e o samba não atravesse, ou seja, alguns
instrumentos toquem mais rápido do que outros. Embora
a organização específica dos ritmistas na avenida seja
diferente para cada escola, normalmente a bateria segue
uma estrutura básica: os instrumentos mais leves e com
sons diferenciados, como agogô e cuíca, vão na frente
da comissão, seguidos pelos tamborins, chocalhos e, por
fim, pelos numerosos ritmistas responsáveis pelos surdos e pelas caixas.
O mestre de bateria conduz seus passistas pela avenida por meio de sinais específicos, que mudam de escola para escola. Os gestos indicam a hora de alguns instrumentos entrarem no ritmo e, mais importante, o início
dos compassos: a virada de primeira, em que todos os
instrumentos entram juntos, comandados pelo surdo de
primeira; a virada de segunda, sem os instrumentos agudos como cuíca, chocalho e agogô; e a virada de terceira,
com o retorno de todos os instrumentos e a alternância
entre surdo de primeira e terceira. Por fim, a bateria vira
e se prepara para sair.
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:48 Página 11
Agogô
Tem um dos sons mais agudos da bateria. A bateria
do Império Serrano é famosa por privilegiar seu naipe de
agogôs, o que acabou por se tornar uma das maiores
marcas da escola.
JOGOS COM INSTRUMENTOS MUSICAIS
Mas como ele
marca o
ritmo com o apito?
Reco-reco
Formado por uma haste e um pedaço de madeira
(ou metal), seu som é produzido pelo atrito entre essas
partes. Algumas baterias já não têm mais reco-recos entre seus ritmistas, mas muitas ainda os mantêm. O instrumento observado à esquerda é feito de metal, assim
como sua vareta.
Pandeiro
Dá um ritmo característico ao samba, mas tem um
som pouco audível no conjunto da bateria. Por isso, muitas escolas aboliram o pandeiro de suas baterias. É usado como ‘alegoria’ por muitos ritmistas, que o tocam para
as mulatas sambarem e fazem coreografias.
Prato
O apito produz sons
longos e curtos. O mestre
combina com os bateristas um código
para esses sons longos e curtos. Assim,
todos tocam sob o comando do
mestre da bateria, como ele é
chamado pelos ritmistas.
Com
meu apito,
eu comando meus
bateristas...
Outro instrumento utilizado basicamente como ‘alegoria’ pelos ritmistas. Em geral, as escolas têm uma ou
duas pessoas com os pratos, à frente da bateria, sambando e fazendo malabarismos com eles. O som produzido pela batida de um prato no outro é bastante forte.
Observação: o aluno não precisa saber tudo sobre es-
11
– 49
Agora é com você
Os alunos deverão primeiramente recortar os instrumentos que estão no final do caderno.
Atenção: os instrumentos não devem ser colados na
cartela.
Com esses instrumentos o professor poderá criar jogos envolvendo a percepção auditiva, nos quais o aluno
deverá ouvir os sons e identificá-los.
Poderá também jogar com um colega o jogo da memória, devendo descobrir os pares de instrumentos. Com
esta atividade o professor poderá ainda promover a fixação dos nomes dos instrumentos.
O professor poderá utilizar esta estratégia sempre
que achar necessário.
Quanto às atividades no papel, muitos professores
acham que por serem ‘facilitadoras’, uma vez que deixam
as crianças comportadas, não são necessárias outras atividades, como brincadeiras, jogos, histórias, músicas etc.
E quem disse que brincar, cantar, jogar é comportamento
inadequado? Existem muitos paradigmas a serem quebrados, não só nas aulas de Música, mas em todo o setor
educacional. Isso ocorre de maneira especial na aprendizagem da música, processo que necessita ser lúdico
para alcançar sucesso.
É claro que as atividades são importantes, pois é
lá que ficarão os registros do aprendizado, porém não
devemos nos esquecer de que para que haja o registro,
as crianças precisam experimentar o que está no papel!
E experimentar é viver! É jogar, dançar, compor, cantar,
ouvir e até mesmo ficar em silêncio em determinadas atividades.
Portanto, digamos que as atividades no papel são o
retorno que temos do aprendizado da criança.
Sugestões de jogos
1. Identificação sonora: timbre
O jogo será realizado com a tabela quadriculada que
se encontra no caderno. Os alunos escutarão o som
do instrumento, para identificá-lo e colocar o desenho
do instrumento na tabela conforme forem escutando.
2. Classificação do som quanto à altura: grave e agudo
O jogo será realizado também com a tabela quadriculada.
O professor determinará a sequência a ser montada
pelo aluno.
Exemplo: Completar a primeira fileira da tabela com
instrumentos de percussão com sons mais graves.
A segunda fileira deverá ser completada com instrumentos de percussão de sons mais agudos.
E assim sucessivamente conforme o professor decidir.
3. Jogo da memória
Os alunos deverão, em duplas, utilizar os cartões
com os instrumentos seguindo as regras desse jogo.
Os instrumentos musicais não deverão ser colados na
tabela.
50 –
CAPÍTULO 2 – SONS LONGOS E SONS CURTOS –
DECIFRANDO CÓDIGOS
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:48 Página 12
Agora, é com Você !
No final deste caderno, você encontrará
imagens dos instrumentos de uma Escola de Samba.
Vamos usá-los para realizar alguns jogos.
Recorte esses instrumentos para incluí-los na
tabela abaixo sem colá-los na folha. Assim, você poderá
organizar sua bateria.
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:48 Página 13
12
Capítulo 2
DATA: ____/____/____
S ON S: C U RTOS e L ON G O S
O telefone, quando toca, produz
um som longo ou um som curto?
O telefone
produz um som ______________
E o apito do trem?
O apito do trem
produz um som _________________________
E o apito do trem?
O apito do trem
produz um som _________________________
Agora, ouça os sons a seguir e responda: qual deles é o
mais longo.
Ah, percebeu um som longo e um som muito longo?
Existem variações também entre os sons longos. Uns são
longos e outros são muito longos.
Por tal Objetivo
Para encontrar outras atividades
sobre o tema, entre no PORTAL
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e,
em “localizar”, digite: MUS3F102
13
Vamos refletir
O professor deverá recordar com seus alunos os parâmetros sonoros vistos no ano anterior, dando ênfase à
duração do som.
Gabarito do exercício:
O telefone produz um som longo.
O apito do trem produz um som longo.
A gota de água produz um som curto.
No momento seguinte os alunos deverão criar representações gráficas para sons longos e curtos conforme o
exercício que está no caderno. Em seguida criarão uma
sequência de sons longos e curtos que serão registrados
no caderno. A classe interpretará esses registros utilizando-se de palmas, bater dos pés, percutir o lápis na carteira ou até com instrumentos de percussão.
CAPÍTULO 3 – AS FIGURAS MUSICAIS (I)
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:48 Página 15
Agora, é com Você !
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:48 Página 14
Agora é com você – Testando a duração do som
Decifran d o Cód igos
Você se lembra do código morse que usamos no ano
passado? Os sons curtos são representados por um . E os
sons longos, por um _____ .
Esses símbolos podem ser substituídos por outros.
•
1. Testando a duração do som
Para esta atividade você vai precisar dos seguintes materiais:
• Duas garrafas de vidro (de 1 litro ou de 600ml)
• Varetas de metal, madeira ou plástico
Agora, é com Você !
Crie o seu próprio código para os
sons longos e os curtos.
Depois, execute-o para os seus colegas.
Meu Código:
Sons LONGOS ______________________________________________
Sons CURTOS ______________________________________________
Desenvolvimento – Uma das garrafas deverá estar cheia de
água e a outra vazia. Coloque uma ao lado da outra. Com a
vareta dê uma batida na garrafa cheia de água e observe o
tempo de duração que ela produz. Você pode contar o tempo de
duração sonora que ela produz contado numericamente 1, 2, 3,
e assim por diante.
Repetida o mesmo com a garrafa vazia. Compare o tempo de
duração do som de cada garrafa.
Você pode fazer esta atividade com outras garrafas, potes ou
copos. O importante é que seja o mesmo material, vidro, plástico ou metal.
Podemos usar esses sinais também para tocar
com os instrumentos de percussão.
14
Para essa atividade o professor deverá ter providenciado com antecedência os seguintes materiais:
• Duas garrafas de vidro (de 1 litro ou de 600 ml)
• Varetas de metal, madeira ou plástico
Procedimento:
Uma das garrafas deverá estar cheia de água e a outra, vazia. Coloque uma ao lado da outra. Com a vareta dê
uma batida na garrafa cheia de água e observe o tempo de
duração do som que ela produz. Você pode contar o tempo
numericamente: 1, 2, 3 e assim por diante.
Faça o mesmo com a garrafa vazia. Compare o tempo
de duração do som de cada garrafa.
Essa atividade pode ser realizada com outras garrafas,
potes ou copos. O importante é que sejam do mesmo material: vidro, plástico ou metal.
Na sequência, o professor deverá mostrar aos alunos que os sons longos e curtos podem ser representados de várias maneiras.
O Código Morse utiliza “ponto”( .) para representar o
som curto e “traço” ( _ ) para sons longos.
Agora é com você
O professor pedirá aos alunos que representem, por
meio de gestos, sons longos e curtos livremente. A classe
deverá identificá-los.
15
O professor deverá enfatizar que, para se executar
um comando de um grupo, é necessário que todos conheçam sinais, gestos ou símbolos. Em música também
existem sinais preestabelecidos que possibilitam aos músicos, instrumentistas, cantores, regentes, executar uma
peça musical.
Esse código musical escrito chama-se partitura.
Partitura é a escrita musical utilizada para leitura
e execução das peças.
Também são esses sinais que dão o ritmo das músicas.
Começaremos pelas seguintes figuras:
h
q
mínima
e semínima
Para executarmos estes sinais com palavras usamos
as sílabas:
Ta para a semínima
Ta-a para a mínima
Assim, ao realizarmos uma leitura rítmica utilizando
essas figuras, devemos falar:
qq
Ta - ta
qq
ta - ta
qq
ta - ta
h
ta - a
– 51
Da mesma forma podemos representar essas figuras
com palmas. Para cada sílaba, uma palma, ou para cada
sílaba uma batida de pé, ou uma batida num tambor, por
exemplo.
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:48 Página 16
LEITURA MUSICAL
Capítulo 3
DATA: ____/____/____
As Figuras Musicais – 1
No caderno do aluno o professor encontrará vários
exercícios rítmicos para serem executados com palmas,
com os pés, com instrumentos de percussão e até mesmo com a flauta.
O professor poderá ainda criar novos ritmos e pedir
aos alunos que criem os seus ritmos para serem executados pela classe.
Com estes exercícios o professor estará desenvolvendo
a coordenação motora, a atenção, o ritmo e a criatividade.
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:48 Página 18
FIGURAS MUSICAIS (II)
Você
percebeu que, para todos
seguirem um comando, é preciso
que todos conheçam os símbolos e
o que eles representam.
Vamos dividir este grupo em duas turmas.
A turma A irá marcar um ritmo.
A turma B irá marcar outro ritmo.
TURMA
Na música, existem alguns sinais que são lidos
pelos músicos para que eles possam executar uma
peça musical. Esses símbolos são universais e podem
ser lidos em qualquer país.
Para que um músico possa executar uma peça, ele precisa
conhecer os símbolos musicais escritos numa partitura.
h[h[h[h[h[h[h[h[h[h[
TURMA
PARTITURA é a escrita musical usada para a leitura
B:
qq[qq[qq[qq[qq[qq[qq[qq[qq[qq[
de notas musicais.
Para poder ler uma partitura, um músico precisa
conhecer os símbolos musicais.
Agora, podemos usar nossos lápis como se fossem
baquetas para marcar o mesmo ritmo nas mesas. Sem falar
nada.
Depois, batendo PALMAS.
Do mesmo jeito, para poder ler um livro, você precisa
conhecer as letras do alfabeto.
Vamos conhecer alguns símbolos da música:
Para os sons cur tos
A:
Por fim, batendo os PÉS.
Para os sons longos
16
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:48 Página 17
Leitura Musical
18
ATENÇÃO!
Vamos combinar
o seguinte:
Toda vez que encontrarmos
usaremos a sílaba .........
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:48 Página 19
As Figuras Musicais – 2
Antes de conhecermos outras figuras musicais, vamos
CANTAR? A música que vamos cantar é um RAP!
,
O RAP DA BOLINHA!
TÁ .
,
.
TÁ-A
Prof.:
Semibreve é a bolinha.
Alunos: Semibreve é a bolinha.
Prof.:
Mas, se eu puxo uma perninha,
Alunos: Mas, se eu puxo uma perninha,
Vamos marcar o ritmo conforme o comando do seu
professor, falando a sílaba TÁ ou TÁ-A.
Prof.:
Ela vira uma mínima.
Alunos: Ela vira uma mínima.
52 –
h
Prof.:
Colorindo essa mínima,
Alunos: Colorindo essa mínima,
h q h q h q h q
hqhqhqhqqqhhhqq
Danilo Barral
Prof.:
A bolinha é a semibreve.
Alunos: A bolinha é a semibreve.
E q u an d o en con trarmos
usaremos a sílaba ...
E também podemos marcar o ritmo com
instrumentos de percussão.
Prof.:
Tenho agora uma semínima.
Alunos: Tenho agora uma semínima.
Prof.:
Ié ié!
Alunos: Ié ié!
q
Pode.
É só seguir
os símbolos para
ver a duração
dos sons!
Então,
acho que já posso
tocar bateria.
17
19
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:48 Página 20
tempo. Poderão executar esses ritmos utilizando palmas,
pés, flauta, palavras ou instrumentos de percussão.
O professor poderá, também, utilizar as folhas de
papel cartonado com as figuras musicais e retornar aos
jogos sugeridos no manual.
Então, quando quisermos representar as
diferentes durações dos sons de uma música, usaremos
estes sinais:
h
q
e
SEMIBREVE –
para sons de duração
MÍNIMA –
para sons de duração
LONGA –
MÉDIA
SEMÍNIMA –
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 31/10/13 08:27 Página 22
PAUSAS
TÁ-A
Os sons estão
para sons de duração
CURTA –
COLCHEIA –
misturados. Vamos
TÁ
marcar o ritmo?
para sons de duração
MUITO CURTA.
Que legal,
acho que agora
já posso
ler música !!!
20
–
TÁ-A-A-A
Quando aparecem
duas (2) colcheias
juntas,
usamos “Tá Ti”.
4
Fileiras ‘A’
TÁ-TI
É só substituir
os símbolos
pelas sílabas
correspondentes à
duração dos sons.
Fileiras ‘B’
h[ h[ h[ h [ h [ h [ h [ h [
qq[qq[qq[qq[qq[qq[qq[qq[
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 31/10/13 08:27 Página 21
Agora, é com Você !
Podemos também usar nossos lápis como se fossem
baquetas. Vamos marcar o mesmo ritmo nas mesas, sem falar
nada.
Os sons estão
misturados. Vamos
Exatamente!
Vamos tentar?
marcar o ritmo?
Em silêncio?
Sem falar
nada?
22
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 31/10/13 08:27 Página 23
1
w q q h h q q eeee h w
w
Leia ritmicamente:
•
•
•
2
batendo palmas.
falando a sílaba TÁ.
TÁ
tá a a a
tocando um instrumento de percussão.
qq[qq[qq[h[h[qq[qq[h[
3
tá a tá a
h – mínima
e – colcheia
tá-ti
tá-ti
tá-ti
tá-ti
Q u e legal !!!
Sendo assim,
já posso
tocar bateria ?
21
Figuras musicais que representam o som
w – semibreve
q – semínima
tá tá tá tá
w q q h h q q e e ee e h w q eeq ee h q q w
Muito bem!
Agora, vamos nos dividir em duas turmas: cada turma
escolhe um instrumento. Por exemplo: triângulo e tambor.
1. q q [ q q [ q q [ h [ h [ q q [
2. h [ q q [ h [ q q [ q q [ q q [
h h q q q q ee ee ee ee
O professor poderá criar ritmos com as figuras de
som e as pausas seguindo os exemplos do caderno do
aluno. Esses ritmos poderão estar na lousa ou em cartolina, de forma que todos possam fazer a leitura ao mesmo
Pode! Basta seguir os
símbolos para
perceber as diferentes
durações dos sons.
w h h
tá a a a tá a tá a
q q q q ee ee ee ee
tá tá tá tá
tá ti
tá ti
tá ti
tá ti
23
– 53
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:48 Página 24
a pausa da colcheia: .
No caderno do aluno o professor vai encontrar exercícios com as pausas e as figuras de som e deverá proceder da mesma forma que nos exercícios anteriores
com as figuras de som.
•
Agora, é com Você !
Os s o n s es t ã o m i s t u r a d o s . Va m o s m a rc a r o r i t m o ?
P r i m e i ro , u s a n d o a s í l a b a T A .
Depois, só batendo palmas.
E, em s eg u i d a , t o c a n d o u m i n s t r u m e n t o m u s i c a l .
w q q h h q q eeeeh w q eeq eeh q q w
Também podemos
representar o SILÊNCIO.
BRINCADEIRAS MUSICAIS – FESTA JUNINA
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:48 Página 26
Bri n ca d ei ra s m u si ca i s
Vamos conhecer
os símbolos que
indicam a duração do
SILÊNCIO.
Representando a Intensidade do som
sons fortes e fracos
1. Observe os sinais abaixo
Quando você encontrar estes símbolos, terá
que ficar em silêncio. Na música, estes sinais
representam uma parada para o instrumentista ou
para o cantor. São as chamadas PAUSAS.
As PAUSAS podem ser longas, médias, curtas ou
muito curtas.
w
Som
24
PAUSA
Execução: Você irá produzir um som forte quando a professora
apresentar o cartão com o símbolo do triangulo amarelo e produzirá um som fraco quando ela apresentar o cartão como
triangulo azul.
Nome
Semibreve
h
q
e
Œ
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:48 Página 25
‰
Mínima
Esse som poderá ser produzido por diferentes materiais: com o
coco feito por você, com palmas, com os pés ou qualquer outro
instrumento de percussão.
Semínima
Colcheia
Agora reproduza os sons apresentados na sequência abaixo:
PAUSAS
Nas músicas, se você reparar bem, temos uma
sucessão de sons e silêncios.
Mesmo que você esteja tocando bateria,
há uma combinação perfeita de sons e
silêncios! Vamos ver um exemplo?
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 31/10/13 08:27 Página 27
26
q qqq Œ qq Œ qq Œ qqq
2. Você e o maestro
q qhqq Œ qqq Œ q
qq
q Œ qq
Crie outros símbolos para representar sons fortes e sons fracos e
componha sua linha com esses sons em seguida apresente à classe.
h Œ q q q ŒŒ h
hh
Agora,
você é o ritmista.
Vamos tocar?
Som forte
Som fraco
q q Œ qq
Mas
será que música
é apenas ritmo?
Desenhe aqui uma sequência de sons fortes e fracos e depois
apresente para a sala.
25
O procedimento a ser seguido pelo professor será o
mesmo de quando falou sobre os sinais que indicam os sons.
Pausas são os sinais que indicam o silêncio. Toda
vez que encontrarmos algum desses sinais deveremos
ficar em silêncio.
Cada sinal corresponde a uma figura de som. Assim
temos:
• a pausa da semibreve:
;
• a pausa da mínima:
;
• a pausa da semínima: ;
54 –
Combine com a sua professora e desenhe uma sequência usando
os símbolos representados os sons fortes e os sons fracos
escolhidos por você numa cartolina grande para que todos
executem esses sons.
27
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E xplorando o t imbre dos sons
3. Brincadeira do mestre
1. Usando o coco feito por você.
Recordando a brincadeira do mestre: um aluno será o mestre
que irá realizar ritmos com o coco. Ao som de estimulo sonoro
(um apito, por exemplo) o mestre começa a tocar e os demais
têm que imitá-lo. A execução será interrompida, quando ocorrer
um novo estímulo sonoro (um tambor, por exemplo).
O professor irá combinar duas formas de percutir esses coco,
gerando sons diferentes.
Por exemplo:
A) Bater os cocos abertos
Neste momento será escolhido um outro mestre e uma nova
rodada será iniciada.
Este exercício deverá ser realizado de preferência em circulo.
Com o coco você poderá combinar com a sua professora novas
maneiras de utilizar o instrumentos musical.
B) Bater os cocos ao contrário, com a parte redonda
A batida deverá ser realizada ao ouvir o som que a professora
escolher para representar a batida “a” e outro som para a batida “b”.
Essa brincadeira poderá ter algumas variações, dependendo da
proposta do seu professor.
28
Os instrumentos utilizados para esta atividade poderá ser variado
dependendo do material disponível na escola. Exemplo:
instrumentos de percussão, palmas e estalos de dedos, batidas dos
pés e batidos no corpo, entre outros
30
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4. Você conhece a música Garibaldi foi à missa?
2. Brincadeira de “morto e Vivo” com coco ou baquetas
Vamos cantá-la?
Cada aluno deverá ter nas mãos duas metades do coco ou duas
baquetas.
Garibaldi foi à missa (folclore brasileiro)
Garibaldi foi à missa
Num cavalo sem espora.
O cavalo tropeçou.
Garibaldi pulou fora.
As baquetas poderão ser feitas da seguintes maneiras:
Material
• Cabo de vassoura cortado em duas partes de 20cm.
• Lixa para madeira (a mesma usada para lixar os cocos)
• Verniz (se quiser um acabamento melhor para suas baquetas)
Garibaldi foi à missa
Num cavalo sem espora.
O cavalo tropeçou.
Garibaldi pulou fora.
Desenvolvimento
Esta brincadeira é conhecida das criancas. Quando uma pessoas
fala “morto” todos devem se agachar e quando disser a palavra
“vivo” todos devem se levantar. Os que errarem o movimento
saem da brincadeira até todos serem eliminados restando apenas
um vencedor.
Garibaldi foi à missa
Num cavalo sem espora.
O cavalo tropeçou.
Garibaldi lá ficou.
Variante
No lugar da palavra “vivo” ou “morto” podemos usar os cocos, as
baquetas ou qualquer outro instrumento. Para isso o professor deverá combinar com a sala a forma que irá percutir o instrumento.
Você pode acompanhar esta música com o coco que você construiu.
Sugestões para acompanhamento:
1. Você pode imitar a galope do cavalo tocando as partes do coco
abertas batendo hora da metade para cima e hora da metade
para baixo. Vamos tentar?
Duas batidas = Morto
Três batidas = Vivo
2. Você poderá ainda apenas acompanhar os passos do cavalo
com a parte redonda do coco
Esses sons poderão ser modificados dificultando a batida realizada
para cada movimento.
29
31
– 55
Festa Junina (sugestão de atividade)
No caderno do aluno o professor encontrará exercícios
que poderão ser utilizados conforme a necessidade dos
alunos à medida que os conteúdos forem sendo dados.
Deixamos as duas últimas aulas para que o professor possa ensaiar as danças para a festa junina.
Existem diversas marcações para uma quadrilha e, a
cada ano, vão surgindo novos comandos, baseados nos
acontecimentos nacionais e na criatividade dos grupos e
marcadores.
Sugestão de marcação de quadrilha
A marcação que apresentamos é uma das mais tradicionais e simples. Seguem abaixo os comandos mais utilizados (podem ocorrer variantes dependendo da região).
BALANCÊ (balancer) – Balançar o corpo no ritmo da
música marcando o passo, sem sair do lugar.
É usado como um grito de incentivo e é repetido quase
todas as vezes que termina um passo. Quando um comando é dado só para os cavalheiros, as damas permanecem no BALANCÊ, e vice-versa.
ANAVAN (en avant) – Avante, caminhar balançando
os braços.
RETURNÊ (returner) – Voltar aos seus lugares.
TUR (tour) – Dar uma volta: com a mão direita, o cavalheiro abraça a cintura da dama. Ela coloca o braço esquerdo
no ombro dele e dão um giro completo para a direita.
1.
2.
3.
4.
5.
Para realizar a dança é preciso seguir estes passos:
Forma-se uma fileira de damas e outra de cavalheiros, uma diante da outra, separadas por uma distância de 2,5m. Cada cavalheiro fica exatamente em
frente à sua dama. Começa a música. Balancê é o
primeiro comando.
Cumprimento às damas ou “cavalheiros, cumprimentar damas”
Os cavalheiros, balançando o corpo, caminham até
as damas e cada um cumprimenta a sua parceira,
com mesura, quase se ajoelhando em frente a ela.
Cumprimento aos cavalheiros ou "damas, cumprimentar cavalheiros"
As damas, balançando o corpo, caminham até os cavalheiros e cada uma cumprimenta o seu parceiro,
com mesura, levantando levemente a barra da saia.
Damas e cavalheiros, trocar de lado
Os cavalheiros, de mãos dadas, dirigem-se para o
centro. As damas fazem o mesmo. Ao se aproximarem, todos se soltam.
Com os braços levantados, giram pela direita. Soltam
as mãos, dirigem-se ao lado oposto. Os cavalheiros,
de mãos dadas, vão para o lugar antes ocupado pelas damas. E vice-versa.
Primeiras marcas ao centro
Antes do início da quadrilha, os pares são marcados
56 –
pelos números 1 ou 2. Ao comando "Primeiras marcas ao centro", apenas os pares de número 1 vão ao
centro, cumprimentam-se, voltam. Os outros fazem o
"passo no lugar". Estando no centro, ao ouvir o marcador pedir balancê ou giro, executam-no com o par da
fileira oposta. Ouvindo "aos seus lugares", os pares de
número 1 voltam à posição anterior. Ao comando de
"Segundas marcas ao centro", os pares de número 2
seguem esses mesmos procedimentos.
6. Grande passeio
As filas giram pela direita, emendam-se em um grande círculo. Cada cavalheiro dá a mão direita à sua
parceira. Os casais passeiam em um grande círculo,
balançando os braços soltos para baixo, no ritmo da
música.
7. Trocar de dama
Cavalheiros à frente, ao lado da dama seguinte. O
comando é repetido até que cada cavalheiro tenha
passado por todas as damas e retornado para a sua
parceira.
8. Trocar de cavalheiro
O mesmo procedimento. Cada dama vai passar por todos os cavalheiros até retornar ao lado do seu parceiro.
9. O túnel
Os casais, de mãos dadas, vão andando em fila. O
casal da frente levanta os braços, voltados para dentro, formando um arco. O segundo casal passa por
baixo e levanta os braços em arco. O terceiro casal
passa pelos dois e faz o mesmo. O procedimento se
repete até que todos tenham passado pelo túnel.
10. Anavan tur
A dama e o cavalheiro dançam como no tour (passeio, em português). Após uma volta, a dama passa
a dançar com o cavalheiro da frente. O comando é
repetido até que cada dama tenha dançado com todos os cavalheiros e alcançado o seu parceiro.
11. Caminho da roça
Damas e cavalheiros formam uma só fila, cada dama
à frente do seu parceiro. Seguem na caminhada,
com os braços livres, balançando. Fazem o balancê,
andando sempre para a direita.
12. Olha a cobra
Damas e cavalheiros, que estavam andando para a
direita, voltam-se e caminham em sentido contrário,
evitando o perigo.
Vários comandos são usados para este passo: "Olha
a chuva!", "Olha a inflação!" , "Olha o assalto", "Olha
o (cita-se o nome de um político impopular na região)". A fileira deve ir deslizando como uma cobra
pelo chão.
13. É mentira
Damas e cavalheiros voltam a caminhar para a direita. Já passou o perigo, era alarme falso.
14. Caracol
Damas e cavalheiros estão em uma única fileira. Ao
ouvir o comando, o primeiro da fila começa a enrolar
a fileira, como um caracol.
15. Desviar
É a palavra-chave para que o guia procure executar o
caracol ao contrário, até todos estarem em linha reta.
16. A grande roda
A fila é única agora, saindo do caracol. Forma-se uma
roda que se movimenta, sempre de mãos dadas, à
direita e à esquerda como for pedido. Neste passo,
temos evoluções. Ouvindo "Duas rodas, damas para
o centro", as mulheres vão ao centro e dão as mãos.
Na marcação "Duas rodas, cavalheiros para dentro",
acontece o inverso. As rodas obedecem ao comando, movimentando para a direita ou para a esquerda.
Se o pedido for "Damas à esquerda e cavalheiros à
direita" ou vice-versa, uma roda se desloca em sentido contrário à outra, seguindo o comando.
17. Coroar damas
Volta-se à formação inicial das duas rodas, ficando
as damas ao centro. Os cavalheiros, de mãos dadas, erguem os braços sobre as cabeças das damas.
Abaixam os braços, então, de mãos dadas, enlaçando as damas pela cintura. Nesta posição, deslocam-se para o lado que o marcador pedir.
18. Coroar cavalheiros
Os cavalheiros erguem os braços e, ao abaixar, soltam as mãos. Passam a manter os braços balançando, junto ao corpo. São as damas, agora, que erguem
os braços, de mãos dadas, sobre a cabeça dos cavalheiros. Abaixam os braços, com as mãos dadas,
enlaçando os cavalheiros pela cintura. Deslocam-se
para o lado que o marcador pedir.
19. Duas rodas
As damas levantam os braços, abaixando em seguida. Continuam de mãos dadas, sem enlaçar os cavalheiros, mantendo a roda. A roda dos cavalheiros é
também mantida. São novamente duas rodas, movimentando-se no mesmo sentido ou não, segundo o
comando. Até a contraordem.
20. Reformar a grande roda
Os cavalheiros caminham de costas, colocando-se entre as damas. Todos se dão as mãos. A roda gira para
a direita ou para a esquerda, segundo o comando.
21. Despedida
De um ponto escolhido da roda os pares se formam
novamente. Em fila, saem no galope, acenando para
o público. A quadrilha está terminada. Nas festas juninas, após o encerramento da quadrilha, os músicos continuam tocando e o espaço é liberado para os
casais que queiram dançar.
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 31/10/13 08:27 Página 32
CAPÍTULO 4 – VAMOS CANTAR!
Capítulo 4
DATA: ____/____/____
Vamos Cantar!
COMO É BOM CANTAR
Carmem Rocha
Como é bom cantar,
Pois cantar alegra o coração.
Como é bom cantar,
Quando é bonita a canção.
Se estou feliz,
O meu coração assim me diz:
Que cantando eu vou levando
A vida com amor!
Que cantando eu vou levando
A vida com amor!
Como é bom cantar!
Por tal Objetivo
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OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e,
em “localizar”, digite: MUS3F103
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 31/10/13 08:35 Página 33
32
Ô ABRE ALAS
Chiquinha Gonzaga, 1899
Ô abre
Ô abre
Eu sou
Eu sou
alas, que eu quero passar!
alas, que eu quero passar!
da lira, não posso negar
da lira, não posso negar.
Ô abre alas, que eu quero passar!
Ô abre alas, que eu quero passar!
Rosa de ouro é que vai ganhar,
Rosa de ouro é que vai ganhar.
JARDINEIRA
Benedito Lacerda - Humberto Porto, 1938
Ó jardineira, por que estás tão triste,
Mas o que foi que te aconteceu?
Foi a camélia que caiu do galho,
Deu dois suspiros e depois morreu.
Vem jardineira, vem meu amor.
Não fiques triste,
Que este mundo é todo seu,
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu.
33
– 57
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:48 Página 36
C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 31/10/13 08:35 Página 34
O MAMA
Chamamento - música indígena da
tribo Mundurucu, que vive no Pará
PULA A FOGUEIRA
1 aluno - O Mamá do-oo
Todos - O Mamá do-oo
Pula a fogueira, Iaiá!
Pula a fogueira, Ioiô!
Cuidado para não se
queimar.
Olha que a fogueira
Já queimou o meu amor!
1 aluno - O Mamá do-oo
Todos - O Mamá do-oo
1 aluno - O o o ié ié pé de moié
Todos - O o o ié ié pé de moié
1 aluno - O ié ié pé de moié
Todos - O ié ié pé de moié
PIRATA DA PERNA DE PAU
João de Barro
Nesta noite de festança
Todos caem na dança
Alegrando o coração.
Foguetes, cantos e troça
Na cidade e na roça
Em louvor a São João.
1 aluno - O o o ié ié pé de moié
Todos - O o o ié ié pé de moié.
Eu sou o pirata
Nesta noite de folguedo
Todos brincam sem medo
A soltar seu pistolão.
Morena, flor do sertão,
Quero saber se tu és
Dona do meu coração.
da perna de pau,
Do olho de vidro,
da cara de mau!
Minha galera,
Dos verdes mares,
Não teme o tufão.
Minha galera
Só tem garotas na guarnição.
Por isso, se outro pirata
Tenta a abordagem,
Eu pego o facão
E grito do alto da popa...
- Ôpa! Homem, não!
Por tal Objetivo
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OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e,
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34
36
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C1_3A_Some_Musica_2014_Keli 30/10/13 12:48 Página 37
PEDRINHO
Dory Caymmi - Paulo César Pinheiro
Ele imaginava
Que era rei, soldado, heroi, pirata e domador.
Era o que queria ser
Porque era um sonhador.
Ele acreditava
Em dragão, bruxa, saci, cavalo voador.
Via o que queria ver
Porque era um sonhador.
E o Picapau Amarelo, mundo que escolheu,
Era assim como um castelo seu, é.
Ele viajava
E era trem, submarino, avião, vapor,
Ia aonde queria ir
Porque era um sonhador.
E ao Picapau Amarelo retornava então
Pois não há mundo mais belo, não.
Lá, lá, lá
Ele se encantava
Pois no sítio há tanto bicho, mato, fruta e flor.
Ele então só quer crescer
Para o mundo exterior...
Percorrer, lá, lá, lá (bis)
O mundo percorrer.
Percorrer, lá, lá, lá (bis).
Rei, soldado, heroi, pirata e domador,
Dragão, bruxa, saci, cavalo voador,
Trem, submarino, avião, vapor
Dou maior valor
Sitio do Picapau Amarelo
Sitio do Picapau Amarelo.
PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO
Autores:
Benedito Lacerda - Oswaldo Santiago
Com a filha de João
Antônio ia se casar,
Mas Pedro fugiu com a noiva
Na hora de ir pro altar.
Menino com Pássaro,
Candido Portinari
E no fim dessa história,
Ao apagar-se a fogueira,
João consolava Antônio,
Que caiu na bebedeira.
Monteiro Lobato, autor
do livro
O Sítio do
Picapau Amarelo
Capa do Disco
58 –
A fogueira está queimando
O balão está subindo,
Antônio estava chorando
E Pedro estava fugindo.
Por tal Objetivo
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PLANETA ÁGUA
Águas que movem moinhos
São as mesmas águas
Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra
Pro fundo da terra...
Terra! Planeta Água!
Terra! Planeta Água!
Terra! Planeta Água...
Água que nasce na fonte
Serena do mundo
E que abre um
profundo grotão,
Água que faz inocente
Riacho e deságua
Na corrente do ribeirão...
Águas escuras dos rios
Que levam fertilidade ao sertão,
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população...
Águas que movem moinhos
São as mesmas águas
Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
pro fundo da terra,
pro fundo da terra...
Terra! Planeta Água!
Terra! Planeta Água!
Terra! Planeta Água... (Bis)
Composição: Guilherme Arantes
Água que nasce na fonte
Serena do mundo
E que abre um
profundo grotão.
Água que faz inocente
Riacho e deságua
Na corrente do ribeirão...
Águas escuras dos rios
Que levam
A fertilidade ao sertão.
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população...
Águas que caem das pedras
No véu das cascatas,
Ronco de trovão,
E depois dormem tranquilas
No leito dos lagos
No leito dos lagos...
Água dos igarapés,
Onde Iara, a mãe d’água,
É misteriosa canção.
Água que o sol evapora
Pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão...
Gotas de água da chuva,
Alegre arco-íris
Sobre a plantação.
Gotas de água da chuva,
Tão tristes, são lágrimas
Na inundação ...
38
Por tal Objetivo
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OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e,
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SONHO DE ÍCARO
40
41
– 59
Vamos cantar
60 –
– 61
62 –
– 63
Formação: em círculo
Desenvolvimento: O professor ou um aluno canta o solo e os demais respondem em coro. Ao cantarem giram uma
vez para a direita, depois para esquerda. Quando girarem para a direita, o pé direito fará a marcação do tempo forte e,
quando girarem para a esquerda, o pé esquerdo fará a marcação. Os braços ficam soltos ao lado do corpo. Quando
estiverem parados em círculo, a marcação se dará da mesma forma, porém o pé direito irá para a frente, assim como
os braços, que acompanharão o movimento para a frente, junto com o corpo. Depois inverte-se o movimento, com o
pé esquerdo.
64 –
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66 –
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68 –
– 69
70 –
– 71
Sugestões de livro e sites
• Jogando com os sons e brincando com a música, Vania Ranucci Annunziato
Esse livro pode ser adquirido pela internet. Aqui vai o link: http://www.paulinas.org.br/loja/DetalheProduto.aspx?idProduto=1680
• http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/musica/2010/02/12/238964-veja-como-funciona-a-bateria-de-uma-escola-de-samba
• artesemelodias.blogspot.com – jogos musicais sugeridos e postados por Alícia Sampaio
72 –
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FIGURAS MUSICAIS
INSTRUMENTOS de PERCUSSÃO de ESCOLA de SAMBA
Ta m bo r i m
Tu m b o
Cai xa
Ta ro l
C u íca
Re pi que
Sur do
C h o ca lh o
Agogô
Re c o - Re co
Pa n d eiro
Semibreve
Mínima
Semínima
Colcheia
Mínima
Semínima
Semínima
Colcjeia
Semínima
Colcheia
Colcheia
Colcheia
Pr atos
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43
47
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CARTELA DOS INSTRUMENTOS DE PERCUSSÃO
DOMINÓ MUSICAL
45
49
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste momento, quando temos no Brasil a obrigatoriedade da música na escola, graças à lei n.o 11.769/2008,
queremos destacar sua importância na educação.
Assim, citamos a seguir alguns benefícios obtidos
pelos estudantes que se submetem às experiências
musicais.
• Alcançam elevados níveis de sociabilidade, sentindo-se emocionalmente mais seguros, menos agressivos, integrados em sua sala de aula.
• Estudos comprovam a influência da educação musical na inteligência e no rendimento escolar.
• A música torna os alunos mais sensíveis aos sons,
capazes de lidar com eles de forma afetiva e criativa.
• O estudo da música propicia o desenvolvimento da
alegria de ouvi-la.
Dando sequência a nossa programação do ensino de
Música na sala de aula, gostaríamos de fazer uma retrospectiva do que já trabalhamos no 1.o, 2.o e 3.o anos.
Sensibilização do som
• O fenômeno sonoro
• A audição dos sons externos (de fora)
• A audição dos sons internos (de dentro)
• Representação gráfica desses sons
• Conto sonoro – com narração e sem narração
• Exploração sonora
• Parâmetros sonoros – timbre, altura, duração e intensidade
• O caminho do som
• Notação gráfica do som
• Jogos com instrumentos musicais
• Pulsação e ritmo das palavras
• Conhecendo a orquestra e seus instrumentos
• Ritmo e melodia
• Música erudita – Mozart, sua música e biografia
• Formação de uma banda rítmica
• A música e suas funções
• Música instrumental e música vocal
• Apreciação musical
• Notação musical – princípios básicos – pauta, clave
e notas
• Folclore
Objetivos
Para o 4.o ano, 1.o semestre, nossos objetivos são:
• Levar o aluno a desenvolver a capacidade de apreciar obras de tradições diversas.
• Estimular a experimentação, envolvendo a criação
individual e coletiva.
• Incentivar o canto e o desempenho instrumental.
• Dar ênfase à experiência musical ativa, utilizando diversas formas de expressão, como a dança e o teatro.
• Levar o aluno a conhecer as noções básicas da notação musical.
• Levar o aluno a aplicar esses conhecimentos na
prática musical.
74 –
Observação importante
As aulas estão numeradas a fim de auxiliar o professor; entretanto, ele terá plena liberdade para dividi-las
de acordo com o tempo necessário para seus alunos.
Como já dissemos nos anos anteriores, o professor
deverá organizar sua aula dando espaço para diferentes atividades, usando o caderno, exercícios sonoros
e oficinas. Se o professor adotar a flauta doce, deverá
introduzi-la em todas as suas aulas. Se não adotar esses
instrumentos, poderá usar outros, como o de percussão,
para acompanhar as músicas do caderno, para solfejar
os exercícios musicais.
O professor deve ter sempre em mente que as aulas
de música precisam ser prazerosas, alegres e dinâmicas, fazendo com que os alunos tenham satisfação em
participar delas. Não se deve fazer em aula uma simples
leitura de texto ou ministrar uma aula de teoria musical
carente de som. Tudo deve ser dado de uma forma lúdica e agradável. Nosso objetivo não é formar músicos
profissionais nem grandes instrumentistas, mas fazer
com que os alunos gostem de música de qualquer estilo, desde que sejam boas músicas.
Nosso intuito é também ampliar o repertório musical
dos alunos, pois só assim eles poderão escolher boas
músicas para ouvir.
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CAPÍTULO 1 – MÚSICA MAESTRO! – O QUE É UMA
ÓPERA – APRECIAÇÃO MUSICAL: A FLAUTA MÁGICA
Capítulo 1
DATA: ____/____/____
MÚSICA, MAESTRO!
Em quase todas as capitais do Brasil, existe um Teatro
Municipal. Nele se apresentam grandes orquestras, óperas
famosas, companhias de dança, corais e concertos.
Hoje vou levá-los
a um concerto no
Teatro Municipal.
Vocês já foram a
um teatro?
O que assistiram?
E ao Teatro
Municipal? De que
cidade
3
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C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:34 Página 6
Para Saber Mais
O Teatro Municipal de São Paulo foi idealizado em
1911, especialmente para apresentar óperas.
Nessa época, São Paulo abrigava muitos imigrantes
italianos. Um deles, Cláudio Rossi, foi o autor do projeto.
Outro, Domiziano Rossi, fez os desenhos. E Ramos de
Azevedo f o i o responsável pela execução da obra.
Teatro Municipal
de Manaus (AM)
De 1912 a 1926, o Municipal apresentou 88 óperas de 41
compositores!
Recentemente, o Teatro passou por uma reforma que
durou 2 anos e 8 meses. Em sua reinauguração, no dia 12 de
junho de 2011, pôde exibir seus belos vitrais, portas, cortinas,
tapetes, pinturas, assoalho, som, iluminação e poltronas –
tudo magnificamente restaurado por uma competente equipe
de
arquitetos, engenheiros, marceneiros, eletricistas,
historiadores e diversos artesãos e operários.
Teatro Municipal
do Rio de Janeiro (RJ)
Desde a sua inauguração até hoje, o Teatro Municipal foi
palco de artistas internacionais famosos, como os cantores
líricos Enrico Caruso e Maria Callas, as bailarinas Isadora
Duncan e Anna Pavlova, os dançarinos Nijinski e Baryshnikov,
as atrizes Itália Fausta e Clara Della Guardia, e os músicos Ravi
Shankar e Duke Ellington.
6
4
Objetivos:
Levar o aluno a:
• apreciar todos os tipos de música, inclusive uma
ópera;
• entender o que é uma ópera;
• saber onde ela é encenada;
• compreender o que é um Teatro Municipal.
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Veja alguns grandes artistas que se
apresentaram no Teatro Municipal de São Paulo.
Baryshnikov,
dançarino
Desenvolvimento:
O professor vai conversar com seus alunos sobre os
diferentes estilos de música. Recordará com eles a aula
em que trouxeram suas músicas preferidas para serem
escutadas por todos na sala de aula e fará algumas perguntas. Por exemplo:
Enrico Caruso,
cantor
Maria Callas
cantora
Teatro Guaíra,
Curitiba (PR)
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Anna Pavlova,
bailarina
Agora, vamos ouvir um trecho
da ópera: a “Flauta Mágica” de
Mozart!
5
Quem já foi a um evento musical?
Que tipo de música ouviram?
Foi na sua cidade?
Foi ao ar livre?
Onde assistiram a esse evento?
Quem já foi a um teatro?
Assistiu a quê?
Na nossa cidade há um teatro?
Como ele é?
Quando há algum show na cidade, onde ele é apresentado?
O professor poderá comentar que em algumas cidades existe um teatro diferenciado, onde se apresentam
apenas os grandes artistas, as peças de teatro mais importantes e alguns tipos de arte, como dança, os grandes
cantores, as grandes orquestras. Deverá falar também
sobre o Teatro Municipal das grandes capitais.
– 75
C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:34 Página 8
Se na cidade em que se encontra a escola não existe um Teatro Municipal, explicar para os alunos que em
algumas cidades eles são muito bonitos, com muita pompa, e neles só os grandes artistas podem se apresentar.
O professor deverá colocar uma ópera para ser ouvida pelos alunos. A princípio não comentará nada. Deixará que os próprios alunos façam os seus comentários.
Com certeza a maioria nunca ouviu uma ópera e a primeira reação é achar engraçada ou apenas não gostar.
Deve partir do professor a explicação de que o que
estão ouvindo é uma ópera.
No caderno do aluno colocamos como exemplo
“A flauta mágica”, de Mozart, por eles já saberem um
pouco sobre o compositor.
Depois de ouvirem parte da música, o professor poderá conversar com a classe, fazendo algumas perguntas como, por exemplo:
• Quem já tinha ouvido esse tipo de música?
• O que acharam?
• Gostaram ou não e por quê?
• Trata-se de uma ópera. Vocês sabem o que é uma
ópera?
Em italiano, a palavra ópera significa “obra musical,
trabalho”.
A Flauta Mágica
E
ra uma vez um príncipe (Tamino) e um caçador de
pássaros (Papagueno). Atendendo ao apelo de uma rainha (a
Rainha da Noite), tentam resgatar a princesa (Pamina),
sequestrada num castelo.
Para cumprir essa missão, Tamino e Papagueno recebem
das damas da Rainha da Noite uma flauta e um carrilhão
mágicos, além de três gênios que serviriam de guias. Estes são
representados, na ópera, por três crianças.
Tamino e Papagueno chegam ao palácio de Sarastro por
caminhos diferentes. Pamina está lá, realmente prisioneira,
atormentada por um escravo mouro de Sarastro (Monostatos).
C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:34 Página 7
Vocês sabem
o que é uma ÓPERA?
Em italiano, essa
palavra
significa “obra musical,
trabalho”.
8
Vou contar a vocês
um resumo da história da
ópera “A Flauta Mágica”.
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Os três acabam presos quando Sarastro chega. Ele manda
chicotear o escravo, explica que sua mãe, a Rainha da Noite, é uma
mulher perigosa e determina que Tamino e Papagueno sejam
submetidos a duras provas no templo: uma delas, a do silêncio.
Se passarem por tais provas, entrarão para a irmandade.
Tamino receberá ainda a mão de Pamina e Papagueno, o que ele mais
deseja: uma mulher para se casar. Entretanto, Pamina,
adormecida, desperta os maus instintos de Monostatos. Mas chega,
então, a Rainha da Noite e mostra que Sarastro tinha razão: ela
aterroriza a filha e lhe dá, cheia de ódio, um punhal, para que
assassine Sarastro. Depois desaparece.
Para Saber Mais
A Ó P E R A é um teatro musical, uma espécie de
“novela” dramática em que os personagens cantam ao
invés de falar. Ela foi criada no começo do século XVII,
na Itália.
A roupa dos atores é riquíssima. Os vários tipos de
vestimenta e suas cores t ê m s i g n i f i c a d o s e s e r v e m p a r a
p o d e r m o s i d e n t i f i c a r o s p e r sonagens.
Geralmente, as apresentações são feitas em teatros de
ópera, acompanhadas por uma orquestra.
Para cantar uma ópera são necessários muitos anos
de estudo. É o chamado “canto lírico”.
O s c a n t o re s l í ricos não usam amplificação para a
voz.
7
O professor poderá comentar que a ópera é um tipo
de música que nem todos têm a oportunidade de ouvir ou
assistir ao vivo.
Esclarecerá que a música que ouviram é uma ópera
chamada “A flauta mágica”, e seu compositor é Wolfgang
Amadeus Mozart, já estudado anteriormente.
A história de “A flauta mágica” é muito longa, por isso
colocamos apenas um trecho. O professor poderá contar
a história dessa ópera resumidamente para os alunos.
No caderno do aluno há o trecho transcrito a seguir,
que poderá ser lido ou contado pelo professor.
76 –
Papagueno chega e Monostatos foge. Entretanto, Tamino
discute com um sacerdote do templo de Sarastro: ele lhe diz que
Sarastro não é mau, mas nobre e justo. E que, um dia, ele
compreenderá tudo. Isso abala completamente os propósitos
iniciais de Tamino.
Monostatos, que viu tudo, chantageia Pamina. Contudo, chega
Sarastro, que expulsa o mouro e tranquiliza a rapariga, dizendo que
naquele templo não há lugar para a vingança. Enquanto isso, Tamino
vai passando nas provas, mas Papagueno não consegue sequer ficar
calado. Acaba por ser expulso do templo. Pamina vai encontrar-se
com o príncipe e não compreende que ele não lhe dê uma resposta.
Julga que Tamino não mais a ama e fica desesperada. Pensa em
suicidar-se com o punhal — mas é impedida pelos três gênios.
Pamina volta ao templo e tem permissão para acompanhar
Tamino nas suas últimas provas: a do fogo e a da água — que os dois
conseguem superar com sucesso, protegidos pelo som da
flauta mágica.
9
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Vagueando pelos bosques, Papagueno, inconsolado e cômico,
também pensa no suicídio, mas é salvo pelos três gênios. Estes
sugerem que ele toque o seu carrilhão mágico. Ao som do
instrumento aparece a desejada companheira.
Na escuridão da noite, chegam a Rainha da Noite e o seu
séquito, guiados agora por Monostatos, a que também se aliou.
Querem destruir o templo e matar Sarastro e os sacerdotes. Mas
esses irrompem com um poder descomunal e aniquilam as pérfidas
criaturas. Pamina e Tamino casam-se com grande pompa e recebem
congratulações por sua coragem, fidelidade e virtude.
Ouça, agora, como ficou a interpretação de Edson Cordeiro, um
brasileiro atual cantando parte da ária da Rainha da Noite.
Escreva sua opinião sobre o que você ouviu.
10
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Objetivo:
Levar o aluno a entender a necessidade de saber
usar a voz corretamente.
Desenvolvimento:
O professor deverá explicar para a sala que existem
diferentes maneiras de cantar e de usar a voz. Provavelmente encontrará em sua sala alunos que vão achar
que o cantor de ópera grita muito ou canta de uma forma
diferente de outros cantores. Mostrar então aos alunos as
diversas maneiras de se usar a voz.
Em seguida, o professor poderá ler com a sala parte
da letra da música “Porque sim não é resposta”, de autoria de Hélio Ziskind, e que faz parte do CD “Meu pé, meu
querido pé”.
Se o professor quiser, neste momento, cantar a música inteira ela está, na íntegra, no final desta parte do
manual, relativa ao 4.o ano, na seção Vamos cantar.
VOCÊ AGORA SERÁ O COMPOSITOR – APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS
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Agora, é com Você !
VOCÊ SERÁ O COMPOSITOR
Os alunos ouvirão um pouco mais da música e depois o professor poderá colocar a mesma música interpretada de uma outra maneira por outro cantor. Seria
interessante que o professor trouxesse uma gravação de
Edson Cordeiro cantando parte da ária da Rainha da Noite. É uma versão moderna.
O nosso objetivo é mostrar aos alunos que existem diversas interpretações e arranjos de uma mesma música e
que nem sempre coincidem com a que o compositor criou.
Organizem equipes com seus colegas e criem uma forma de
teatro ou ópera. As cores, os gestos e movimentos devem ter um
significado combinado previamente, para representar
determinado sentimento em ação.
Vocês poderão escolher uma melodia já conhecida ou criar
uma nova. Apresentem sua peça para as outras equipes. E
lembrem-se: a ópera tem um modo diferente de cantar.
Ao final, faça uma avaliação sobre o trabalho de cada
equipe. O que pode ser melhorado? Os gestos e a voz
estavam de acordo com o que entendemos por ópera?
Escreva o seu comentário nas linhas abaixo.
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AS DIFERENTES FORMAS DE USAR A VOZ
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Outras Maneiras de Usar a Voz
Há muitas maneiras de
usar a voz.
Vamos ler um trecho
da letra da música de
Hélio Ziskind:
“Porque Sim
Não é Resposta”.
Pesquise em casa e traga para a próxima aula músicas
que representem outras maneiras de usar a voz.
O GRITO
(...)
Quero saber por quê
que a gente grita
Eu quero saber por quê
Tem grito de chamar
Tem grito de avisar
Tem grito de bravo
E grito de contente.
Vamos cantar a música inteira?
A letra completa da música
está na seção Vamos Cantar.
12
Tem grito de rock,
Tem grito de ópera,
Tem grito de guerra,
Grito de gol,
Tem grito de menina
Quando vê barata
(Uohhh!!!)
Grito de horror
Quero saber por quê
Quero saber por quê.
11
Sugerimos ao professor que organize os alunos
em grupos, para que cada um escolha uma melodia e
transforme-a numa representação teatral ou pequena
ópera. Os alunos poderão trazer de casa roupas para
sua apresentação ou mesmo criar uma vestimenta com o
material que haja na escola.
Eles deverão ter um tempo para ensaiar e depois
apresentarão à sala a sua montagem.
O professor e os alunos deverão fazer uma avaliação
de cada apresentação e os grupos, uma autoavaliação.
– 77
C1_4A_Some_Musica_Keli 31/10/13 09:22 Página 15
O professor poderá pedir também aos alunos que
pesquisem outras músicas que, de alguma maneira, empreguem a voz de uma forma diferente. Pode ser rock,
funk, entre outros.
4. Forre o palito com papel dourado ou prateado e prenda-o na
parte de trás da máscara, ou use um elástico para prendê-la a
sua cabeça.
5. Sua máscara está pronta!
Sugestões para sua máscara
Agora é com você
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Agora, é com Você !
Máscaras para a ópera
Você vai precisar de:
• Cartolina
• Cola branca
• Tesoura
• Fita crepe
• Palito de madeira
• Papel camurça colorido
• Tintas guache
• Acessórios para decorar: lantejoulas, penas, rendas, gliter, etc.
Procedimento:
1. Faça um molde desenhando uma mascara na cartolina e
recorte-a. Você pode usar as sugestões abaixo:
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C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:34 Página 14
13
15
CAPÍTULO
DATA: ____/____/____
Capítulo22– A EXPRESSÃO NA MÚSICA
A “Expressão” na Música
2. Cubra a mascará de cartolina com o papel camurça da cor
que você escolheu ou pinte da cor que você quiser, dependendo
do tipo de máscara que você for usar para o seu personagem.
Vamos ouvir de olhos fechados
esta melodia. Vamos deixar
os sons nos conduzirem.
3. Enfeite com lantejoulas, rendas, penas ou noutro qualquer
adereço que você achar interessante
A peça musical tem uma melodia que se
repete e se modifica ao longo da execução.
Sugestões para a sua máscara:
A intensidade vai aumentando, passando
de suave, delicada, a fortíssima e majestosa.
O que faz ela ser assim?
Qual foi a intenção do autor ao compor
esta peça? O que ele quis retratar?
E você, o que imaginou ao ouvi-la?
Esta é a música que
você ouviu.
Nome: suíte Peer Gynt
Trecho: Movimento nº4
Alvorada
Compositor:
Edvard Grieg
14
78 –
16
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Após terem realizado esse exercício, o professor
perguntará:
Por que respondemos de maneira diferente à música?
Há quem acredite que não nos limitamos apenas a
ouvir a música. Nós também a sentimos.
Nos quadros desta página, assinale aquele que mais se identifica
com a cena que você imaginou.
Impressão, sol nascente
Claude Manet
Ensaio
Edgar Degas
“Sentir” a música significa que a relacionamos com
a nossa mente e com todos os sentidos, para além da
audição.
E só depois do exercício é que o professor deverá
dizer o nome da música e do compositor.
Sugerimos também que pergunte aos alunos se eles
conseguiriam representar essa música através do seu
corpo. Pode ser dançando ou apenas gesticulando.
Cena noturna sob céu
Magritte
diurno
Texto para o professor
Numa audição musical, cada indivíduo têm uma experiência diferente, embora estejam ouvindo a mesma
música. Os sentimentos e o estado de espírito são únicos.
A música pode ter um efeito surpreendente nas nossas emoções. Pode nos fazer chorar, sentir felizes ou
tristes. Pode também nos fazer lembrar de experiências
passadas.
Veja a relação:
Noite Estrelada
Van Gogh
Monteserrat
José Pancetti
17
Objetivo:
Levar o aluno a perceber que cada música nos leva a
sentir um tipo de emoção.
Mostrar aos alunos como a música mexe com nossos mais diversos sentimentos.
Desenvolvimento:
O professor, sem comentar nada, deverá pôr para tocar uma música só orquestrada, de preferência clássica,
para os alunos ouvirem.
Sugerimos o movimento n.o IV da “Suíte Peer Gynt”,
de Edvard Grieg.
Depois o professor deverá conversar com os alunos
sobre o que acharam da música.
Deverá levá-los a perceber que a música tem uma
melodia que se repete e se modifica no seu decorrer.
Sua intensidade vai aumentando, passando de suave, delicada, até ficar fortíssima e majestosa. Começa
bem piano, suave, delicada, cheia de suspense e aumenta o volume aos poucos, até ficar forte, fortíssima, dramática, imponente, poderosa.
O professor poderá fazer algumas perguntas para os
alunos depois de terem ouvido a música:
• Que nome vocês dariam a ela?
• O que faz com que ela seja assim?
• Qual seria a intenção do autor ao compor essa peça?
O que ele quis retratar?
• E vocês, o que imaginaram ao ouvi-la?
Agora é com você
No caderno do aluno estão algumas imagens para
o aluno escolher qual poderá ser relacionada à música
ouvida. Essa atividade é livre e individual.
Música tocando → você ouve a música → reage de
acordo com:
• a sua experiência – e pensa:
–– Ouço a música, o som ou o barulho e sinto-me
interessado ou não.
–– Lembro-me de alguma coisa ou de alguém que
me deixou feliz ou triste.
• a sua disposição – e pensa:
–– Estou cansado, deprimido – sinto-me irritado.
–– Sinto-me com energia – quero dançar.
–– Estou feliz por estar aqui – a música me deixou
confortável.
• o momento em que está ouvindo a música – e
pensa:
–– Que bom estar aqui.
–– Sinto-me descontraído – posso sentir o cheiro
das flores.
–– Sinto-me alegre – posso ouvir a risada de alguém.
Nossa percepção combina todos esses elementos
determinando nosso estado de espírito.
Isso determina como sentimos a música.
O professor deverá conversar com seus alunos sobre a importância de ouvir vários tipos de música porque
quem não tem um bom repertório musical não pode escolher boas músicas para ouvir.
Para finalizar a aula, poderá levantar estas questões:
• A música deve ser agradável?
• O que significa “agradável”?
A música tem um determinado número de funções.
Nem toda a música é feita para entreter e agradar a
quem ouve. De qualquer forma, o que agrada a uma
pessoa pode desagradar a outra.
– 79
A DINÂMICA NA MÚSICA
C1_4A_Some_Musica_Keli 31/10/13 09:26 Página 18
A Dinâmica na Música
COMO A ORQUESTRA SABE
QUANDO DEVE TOCAR MAIS FORTE OU MAIS FRACO?
Quando o compositor quer que um
trecho de sua música seja tocado ou
cantado mais forte, ele indica na
partitura a letra f .
Para que o trecho seja tocado ou
cantado mais fraco, ele usa na partitura
a letra p (de piano, em italiano).
Muitas vezes, o compositor deseja que
um trecho de sua música passe
gradativamente do fraco
para o forte. Na partitura, ele usa:
(do p para o f).
Se o compositor deseja que um
trecho de sua música passe
gradativamente do forte para
o fraco, ele deve indicar
o seguinte sinal:
(do f para o p).
A esses sinais damos o nome de
SINAIS DE DINÂMICA.
18
Objetivo:
Levar o aluno a perceber que a combinação de sons
que formam uma música pode ser vista de várias formas
e que essas formas nos ajudam a descrever como a
música soa.
O professor deverá cantar com os alunos uma música qualquer do repertório infantil e reger determinando
alguns sinais de dinâmica, sem, contudo, dizer que esses
sinais são de dinâmica. Por exemplo, cantar a música
“Sambalelê” seguindo alguns sinais como forte, mais fraco, ralentando, mais rápido e assim por diante.
Deverá comentar com a sala que a música que ouviram na aula anterior também tinha alguns momentos
fortes e outros mais suaves.
SINAIS DE DINÂMICA NA MÚSICA
Objetivo:
Levar o aluno a conhecer os sinais de dinâmica e o
que eles significam para a música.
Desenvolvimento:
Quando alguém vai executar uma música tocando
instrumentos ou quando o maestro vai executar uma
peça com sua orquestra, ou ainda quando alguém vai
cantar uma música, é necessário que ele saiba de que
forma vai executá-la: se de acordo com o que o compositor escreveu ou dando uma interpretação sua para
essa música. Muitas vezes quem vai executar uma música pode interpretá-la de uma maneira diferente da que o
compositor pensou quando a compôs.
Assim, foram estabelecidos alguns sinais universais
de dinâmica para serem seguidos por quem for executar
a música. Esses sinais são muito importantes, principalmente para uma orquestra.
Assim, temos:
<
diminuindo (ficando mais suave)
>
aumentado (ficando mais forte)
p
piano (leve, suave, bem)
Desenvolvimento:
Toda música é formada de formas diferentes.
Numa música existe o ritmo, que podemos dizer
que é a batida ou a pulsação dela. Já vimos que cada
música tem um ritmo, que é escolhido pelo compositor,
podendo ser, por exemplo, o samba, a valsa, a marcha,
o choro etc.
A música tem andamento, que é o tempo em que a
música é tocada, mais lento ou mais devagar.
Possui também altura, que é quão grave ou agudo
ela soa.
Tem ainda o tom, que é a qualidade ou a intensidade
do som dessa música.
O compositor combina as notas segundo regras para
criar tons.
A sequência mais rica origina a melodia.
Mas para interpretar a música usamos alguns sinais
para saber quando tocar mais forte ou mais fraca uma
determinada parte da música.
80 –
p p
f
m
pianíssimo (muito fraco)
forte
f meio forte
f f fortíssimo (muito forte)
C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:34 Página 21
C1_4A_Some_Musica_Keli 31/10/13 09:26 Página 19
O CÂNONE, UM JOGO DE IMITAÇÕES
O cânone, um jogo de imitações
Cânone é uma forma musical muito popular cantada durante
a Idade Média.
Irmão Jorge, irmão Jorge,
Dormes tu? dormes tu?
Já soam os sinos, já soam os sinos.
Ding, dang, dong, ding, dang, dong,
É interpretada por um grupo de cantores que entoam uma
mesma melodia, começando-a de forma consecutiva em um
determinado número de tempos.
As vozes vão entrando uma de cada vez e se cruzam
provocando uma sensação de harmonia. A primeira voz é
chamada de proposta e as que seguintes de respostas. É uma
espécie de corrida onde a segunda voz jamais alcança a
primeira e assim sucessivamente.
Frei Martinho, Frei Martinho,
Já dormiu? Já dormiu?
O sininho toca! O sininho toca!
Ding, ding, dong! Ding, ding, dong!
Os primeiros cânones datam do século XIII.
O termo cânone para definir esse tipo de obra aparece depois
do século XV.
A música Frère Jacques é a melodia mais cantada em cânone.
Trata-se de melodia de ninar francesa.
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C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:34 Página 22
21
19
Agora vamos cantar em cânone.
Podemos cantá-la em quatro grupos.
A primeira linha quem vai cantar será o primeiro grupo, e
será ele o que irá fazer a proposta.
A segunda linha será o segundo grupo que fará a primeira
resposta e assim sucessivamente.
Veja como fica essa música escrita numa partitura.
Letra
Frère Jacques, frère Jacques,
Dormez-vous? Dormez-vous?
Sonnez les matines! Sonnez les matines!
Din, dan, don. Din, dan, don.
Versões
A canção Frère Jacques possui várias versões em outros
idiomas. Em inglês, a canção é geralmente traduzida como
Brother James (Irmão Jaime), mantendo o tema original.
20
22
– 81
C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 11:11 Página 23
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CAPÍTULO 3 – A MÚSICA E A DANÇA
Capítulo 3
DATA: ____/____/____
A Música e a Dança
Street Dance
Grupo “Corpo”, de dança contemporânea brasileira
Será que sempre se
dançou
ao som de música?
Hip Hop
Pinturas de 20 mil anos
atrás já mostravam figuras
em movimentos de dança.
DANÇA DE RUA
Agora, é com Você !
Em todos os rituais dos homens
pré-históricos, a dança e a música já
estavam presentes.
MEXA O CORPO!
Você gosta de dançar?
Você já dançou alguma vez?
Vamos ouvir algumas músicas
com ritmos diferentes e soltar o corpo!
25
23
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Na África, a dança sempre foi parte essencial da vida nas
aldeias. Realizada em grupo, em sua maioria todos os homens,
mulheres e crianças participam. Batem palma ou formam círculos
em torno dos dançarinos.
Todos os acontecimentos da vida tribal africana são
comemorados com dança: nascimento, morte, plantio, colheita,
chegada à puberdade e casamento.
As danças africanas variam de região para região, mas a
maioria delas tem algo em comum.
Como na música, há vários estilos de dança. Veja alguns a
seguir.
Balé contemporâneo
Balé clássico
Maracatu
24
82 –
Bumba-meu-boi
Objetivo:
Mostrar aos alunos que música e dança sempre
existiram.
Desenvolvimento:
O professor deverá levar para a sala de aula
algumas músicas de ritmos bem diferentes. Podem ser
algumas das citadas anteriormente, para serem ouvidas
e dançadas pelos alunos. Poderá também providenciar
um vídeo para mostrar um balé, uma dança de rua, uma
dança folclórica.
A aula poderá ser iniciada com a seguinte pergunta:
– Será que sempre se dançou ao som da música?
Resposta: – Provavelmente sim.
Dança e música sempre caminharam juntas e eram
importantes nas cerimônias e rituais primitivos: no aumento das colheitas, nas celebrações de nascimento, na
cura das doenças e até nas batalhas com inimigos.
Em todos os rituais primitivos, a dança e a música
sempre estiveram presentes.
Pinturas de 20 mil anos atrás já apresentavam figuras em movimento de dança.
Texto apenas para o professor
A valsa é originária de uma dança folclórica alemã
e austríaca chamada Ländler. Foi muito popular no século XIX. Johann Strauss (1825-1890), de Viena, compôs músicas especialmente para valsas.
A música e a dança reúnem-se no balé. O compositor russo Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893) escreveu
a música para o balé O Lago dos Cisnes e A Bela Ador-
C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:35 Página 27
mecida. A música reflete os movimentos e a ação que
se desenrolam no palco.
A música acompanha ainda o balé moderno e o
contemporâneo.
Na Ásia, o teatro tradicional combina música, dança pantomima e diálogos. As danças nos templos indianos recorrem a gestos manuais e a canções para
contar lendas hindus.
A música popular ocidental inspirou vários tipos
de dança: nos anos 30 e 40 tivemos o charleston; nos
anos 50, o rock; nos anos 60, o twist; nos anos 70, a
discoteca; nos anos 80, a breakdance; nos anos 90, o
rap, o hiphop, o funk, e assim a dança e a música vão
caminhando juntas, seguindo a moda da sociedade.
O professor poderá perguntar para a classe quem
gosta de dançar, se já dançou e onde.
Dançando podemos expressar as sensações que a
música que ouvimos causa em nós.
O professor colocará a música que trouxe para tocar
sem fazer nenhum comentário sobre ela. Pedirá aos alunos que fechem os olhos e sintam a música em seu corpo.
Pode-se acompanhar a música com movimentos do
corpo e não apenas com a voz, mas também com as
mãos (batendo palmas) ou com os pés (sapateando).
Nosso corpo é um instrumento musical maravilhoso.
Segue o texto que está no caderno do aluno sobre o
mal que faz ouvir música muito alta. O professor deverá
ler com seus alunos e comentá-lo.
TABELA DE INTENSIDADES SONORAS
Evento
um sussurro
15 dB*
conversa normal
60 dB
uma máquina de cortar
grama
90 dB
buzina de automóvel
110 dB
um show de rock ou um
motor a jato
120 dB
um tiro ou um rojão
140 dB
*dB = decibéis
Responda às perguntas abaixo e veja se você
f re q u e n t a o u frequentou ambientes com volume de
música capaz de prejudicar sua audição.
•
Quando a música está tocando, é necessário
gritar para se fazer ouvir?
•
Você ouve zumbidos depois de ter saído do
recinto onde havia música alta?
•
Após a exposição sonora, aparece uma sensação
“ouvidos cheios” ou uma diminuição de audição?
27
C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:35 Página 28
S e a s u a re s p o s t a a u m a o u m a i s q u e s t õ e s f o r
“sim”, é provável que você frequente ou tenha freq u e n t a d o ambiente com volume de música les i v o à
audição.
C1_4A_Some_Musica_Keli 31/10/13 09:26 Página 26
Para saber mais
Para Saber Mais
Va m o s f a z e r u m a p e s q u i s a s o b re e s s e t e m a ?
SONS INTENSOS CAUSAM
PERDA DE AUDIÇÃO
Vo c ê s a b i a q u e e s c u t a r m ú s i c a
muito alta e ainda com fones de
ouvido faz muito mal?
A nossa audição é muito sensível. Ao
expô-la a sons f o r t e s , e s s a s e n s i b i l i d a d e
s e p e r d e a o s p o u c o s , e n o s s a a u dição fica
p re j u d i c a d a . E s t u d o s c o m p ro v a r a m q u e M P 3 p l a y e r s e
similares provocam perdas auditivas. Por causa disso, muitos
jovens estão sofrendo sérios problemas de surdez.
A exposição a sons intensos é a segunda maior causa d e
d e f i c i ê n c i a a u d i t i v a . E s s e t i p o d e d a n o p o d e s e r prevenido,
mas é difícil de reverter. Um único episódio de som muito intenso
pode causar perda auditiva irreversível. Isso ocorre porque o
som muito alto lesa as partes do corpo responsáveis pela
audição, causando danos que vão de zumbidos a distorção
sonora.
Os primeiros sintomas de perda de audição d e v i d o a r u í d o
são sutis, e geralmente começam pela perda da capacidade
d e o u v i r s o n s agudos.
Estudos mostram que sons acima de 85 decibéis podem
causar perda auditiva (dependendo, também, do tempo a que se
fica exposto a eles).
Decibel é a unidade de medida da intensidade sonora
(abreviatura: dB). Pessoas mais sensíveis podem ter suas
células sensoriais auditivas lesadas de modo irreversível p o r u m
ú n i c o e v e n t o d e s o m a c i m a d e 1 0 0 d B . N o t e que essa
intensidade é facilmente atingida em cinemas, “baladas” e shows.
Fonte: Música Alta e Perda Auditiva, artigo de Edgar Nascimento.
26
Intensidade
28
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
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– 83
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Audição
Bartolomeu Campos de Queiroz
Editora Globo
Com os ouvidos nós escutamos
O silencio do mundo
No silêncio vivem barulhos
De vento e chuva, de casa e mergulho.
E dentro do silêncio moram todos os sons:
canto, choro, riso, lamento
É preciso silêncio para poder escutar.
E quando uma voz invade nossos ouvidos,
advinhamos a felicidade de quem fala.
Nossos ouvidos leem os tons das vozes.
E o ruído do voo das abelhas
Adoça o nosso dia.
Se escutamos música, nosso corpo
descansa com a melodia das notas.
Se ficamos em repouso
E prestamos sentido aos ruídos,
Nosso pensamento viaja
Visita montanha e planície,
Primavera e verão.
29
C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:35 Página 30
Escutar é também um jeito de ver.
Quando nós escutamos,
Imaginamos distâncias,
Construímos histórias,
desvendamos novas paisagens.
Os ouvidos têm raízes pelo corpo inteiro.
Cada palavra que sugerir um som, será substituída pelo som que
ela sugere.
Vamos tentar?
Podemos também dividir cada um desses sons para cada aluno.
Vamos tentar?
30
84 –
Texto para o professor
Frequência e a capacidade de ouvir
A frequência de um som é medida em Hertz (Hz)
ou ciclos por segundo. O ouvido humano percebe sons
com frequências entre 20 Hz e 20 mil Hz. Assim, se uma
variação de pressão envolver apenas componentes que
flutuem menos de 20 vezes por segundo, não será percebida por nós como som, isto é, seremos surdos para ele.
Os golfinhos escutam sons entre 100 Hz e 100 mil Hz.
Elefantes e baleias comunicam-se tanto por sons na faixa
que ouvimos como também em frequência abaixo
de 20 Hz, que não percebemos.
A intensidade do som é medida em decibéis. Sons
acima de 115 decibéis podem causar danos aos nossos
órgãos auditivos. Por isso, trabalhadores expostos a sons
com essa intensidade devem usar protetores de orelha.
Os sons se deslocam no ar com a velocidade de um
avião de caça: aproximadamente 1200 quilômetros por
hora. É muito rápido, mas a luz se propaga muito mais
rápido que isso. É por isso que numa tempestade vemos primeiro a luminosidade do raio e somente depois
ouvimos o som do trovão.
C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:35 Página 32
Objetivo:
CAPÍTULO 4 – ESCREVENDO MÚSICA
Capítulo 4
DATA: ____/____/____
Escrevendo Música
Mostrar aos alunos a importância da escrita musical
para aqueles que precisam ler e entender uma partitura.
Desenvolvimento:
Você se lembra das
músicas que ouvimos quando
dançamos? Elas tinham
ritmos diferentes.
A música escrita é como um mapa rodoviário ou uma
série de instruções para uma viagem. É um diagrama que
mostra a um músico como uma peça musical deve ser
tocada.
O professor deverá recordar o que foi dado no
3.o ano, 2.o semestre, sobre a escrita musical.
Pauta ou pentagrama – é um conjunto de cinco linhas e quatro espaços onde escrevemos as notas. A escala das notas é determinada por sua posição na pauta.
É a sequência de
tempos fortes e fracos
que define o ritmo da
música.
Em alguns ritmos, como a
valsa, percebemos que o tempo
mais forte é o primeiro,
seguido por dois tempos
(pulsos) fracos.
Clave – no início da pauta aparece sempre um sinal
que chamamos de clave e é ela que vai mostrar a escala
que ela deve ser tocada.
No caso da marcha, temos
um tempo forte e um fraco.
32
Há três tipos de claves: a clave de Sol, a mais usada,
a clave de Fá e a clave de Dó.
Já no rock, temos um
tempo forte seguido de três
fracos. Isso se repete
durante toda a música.
C1_4A_Some_Musica_Keli 31/10/13 13:33 Página 33
Como será que podemos representar
graficam e n t e o s r i t m o s ?
1
2
3
============
A clave de Sol
As figuras de valor
q
&
e suas pausas
Os sons na pauta
4
As notas musicais são: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si.
Esse ciclo de 7 notas se repete tanto subindo na pauta
(sons ascendentes) como descendo (sons descendentes).
Você conhecer:
a pauta musical
g
As figuras musicais – as notas escritas têm nomes
e símbolos diferentes. São essas figuras que indicam a
duração do som.
ˆ ˆ ˆˆˆˆˆˆ
ˆ
ˆ
ˆ
&===========
ˆ -̂
ˆ
=-̂
Usando esses
conhecimentos,
podemos ESCREVER
UMA MÚSICA .
33
Para cada figura de som existe uma figura que indica
o silêncio.
– 85
C1_4A_Some_Musica_Keli 31/10/13 09:26 Página 34
Exercício complementar
Veja o quadro:
Nome
semibreve
mínima
semínima
colcheia
semicolcheia
fusa
semifusa
Som
w






Silêncio
Minha Canção
Dorme a cidade
Resta um coração
Misterioso
Faz uma ilusão
Soletra um verso
Lavra a melodia
Singelamente
Dolorosamente
Doce a música
Silenciosa
Larga o meu peito
Solta-se no espaço
Faz-a certeza
Minha cançnao
Réstia de luz onde
Dorme o mei irmão.





Na música os sinais de silêncio são chamados de
pausas.
Conhecendo um pouco da história da escrita
musical...
Assinale o inicio de cada parágrafo e verifica o que você vai
encontrar.
Texto para o professor
No século IX, os monges europeus escreveram
alguns sinais básicos em seus livros de orações
para se lembrar dos cânticos sagrados que
cantavam. Conforme a música foi se tornando mais
elaborada, os símbolos, que começaram a ser
simples lembretes, tornaram-se guias preciosos
para a leitura e a execução das músicas. A forma
como escrevemos música nos dias de hoje data de
cerca do ano de 1200.
Será que todos usam a mesma regra para
escrever música?
Há músicos que nunca escrevem suas músicas.
Outros usam notas e escalas diferentes.
Chico Buarque
Escreva na linha abaixo o que você encontrou.
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
34
C1_4A_Some_Musica_Keli 31/10/13 09:34 Página 35
Essas notas são escritas na pauta.
Quando a nota está mais embaixo da pauta ela representa um som
grave e quanto mais alto ela estiver na pauta mais agudo será o som.
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
&
Nesta aula o professor vai conversar com a classe
sobre a necessidade de escrever e ler música.
Usando e aplicando os conhecimentos mencionados, o compositor pode escrever uma música e quem for
executá-la poderá ler essa música e entender o que o
compositor quis dizer ao escrevê-la.
Com as figuras do caderno o professor deverá realizar exercícios rítmicos variados. Cabe a ele criar com
seus alunos linhas rítmicas, que poderão ser representadas por palmas, pela sílaba tá, conforme já mostramos
anteriormente, ou simplesmente tocadas com os instrumentos musicais que houver na escola.
Vamos cantar essas notas de acordo com a altura delas na pauta?
Exemplo de linha rítmica:
q q [q q[q q[ h [ h [ q q [ q q [ q q
86 –
35
C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:35 Página 38
S O M (TEMPO)
q
h
38
=
g
=
q
q
q
g
g
=
q
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g
g
=
w
q
=
g
36
RESUMO
h h
q
q
C
q
q
=
d)
S I L Ê N C I O ( PA U S A )
w
=
A
B
h
C
Inicialmente, vamos ver como funciona a
equivalência entre as figuras musicais.
No exemplo abaixo (equivalência de 4 tempos),
veja quantas figuras são necessárias para
re p re s e n t á - l o s .
q
q
c)
O Tempo e o Ritmo
q h
q q
q
A
B
C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:35 Página 36
h q
q q
h h
O TEMPO E O RITMO – EQUIVALÊNCIA ENTRE AS
FIGURAS
=
Objetivo:
Levar o aluno a conhecer a equivalência entre as figuras e o valor relativo de cada figura musical.
Desenvolvimento:
Para o professor iniciar esta aula de equivalência entre as figuras musicais, sugerimos que peça aos alunos
que recortem as figuras das pizzas que estão no final do
caderno. Assim, conforme for contando a história que sugerimos, os alunos poderão acompanhar com as figuras
recortadas sobre a sua mesa.
Cartonado do caderno do aluno
1. Lembra-se da “História da Pizza”? E de como foi
resolvido o problema? Então, agora:
a) Coloque nos pedaços “de pizza” a figura musical que
representa o som (tempo ):
b) Coloque nos pedaços “de pizza” a figura musical
que representa o silêncio (pausa):
A
B
C
b)
A
B
C
q q q
h
w
a)
Escolha a alternativa correta:
q h
q q q q
h
2.
37
– 87
C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:36 Página 53
q q
e
e
q q
e e
e e
e
g
g
g
g
e
II
II
53
A história da pizza
Esta história se passa na cidade da Música.
Um maestro, tendo chegado a sua casa com fome,
depois de ter realizado uma apresentação num concerto no Teatro Municipal da cidade, resolveu pedir uma
pizza de semibreve (explicar que na cidade da Música
tudo tem nome dos elementos musicais).
De que será essa pizza de semibreve? (pergunta
aos alunos)
Ligou para o disque-pizza e fez o seu pedido.
– Alô, disque-pizza?
– Gostaria de fazer um pedido?
– Poderia me mandar uma pizza de semibreve bem
grande?
Depois de uma hora de espera, toca a campainha:
– primmmm!
O maestro, já cansado de esperar, foi correndo
abrir a porta.
– Até que enfim chegou a pizza! disse o maestro.
Pagou e correu para colocar a pizza na mesa e começar a comer, porque sua fome era muito grande.
Abriu a embalagem e o cheirinho da pizza estava
muito bom.
Porém, quando ia começar a cortar a pizza, toca
novamente a campainha: – primmmm!
– Quem será agora? pergunta o maestro já sem
muita paciência.
Levanta-se e vai abrir a porta.
Que surpresa! Era um violinista da orquestra que
tinha vindo entregar a sua batuta que ele havia esquecido no teatro.
88 –
Muito gentil, o maestro agradeceu e convidou-o a
entrar e comer junto com ele a pizza que tinha pedido e
que já estava esfriando.
O violinista, que também estava com fome, aceitou
o convite e entrou.
A pizza de semibreve, que era grande e só para o
maestro, precisou ser dividida em duas partes. Na cidade da Música cada parte da pizza da semibreve recebia
o nome de mínima porque era a metade da pizza inteira
de semibreve.
A mínima era sempre pedida quando os moradores
dessa cidade já sabiam que duas pessoas iam comer e
que a semibreve seria dividida em duas partes.
Quando o maestro ia começar a cortar as duas partes, toca novamente a campainha: – trimmm!
O maestro, já meio nervoso, levanta-se e vai ver
quem é.
Eram duas camareiras do teatro trazendo a casaca e a pasta do maestro, que ele havia esquecido no
teatro. Como elas iam mesmo passar perto da casa do
maestro resolveram entregar naquela noite mesmo.
O maestro agradeceu a gentileza e educadamente
convidou-as para entrar e comer com eles um pedaço
de pizza.
Elas, que também estavam com fome, pois ainda
não tinham jantado, aceitaram o convite e entraram
para comer a pizza.
E aí o que foi que aconteceu?
Uma pizza inteira de semibreve precisou ser repartida entre quatro pessoas, e sabem o nome que cada
uma delas tem na cidade da Música? É semínima.
Ela recebe esse nome porque é a metade da mínima. Então toda vez que uma pessoa moradora da
cidade da Música queria dividir uma pizza de semibreve em quatro, ela já sabia que cada pedaço seria uma
semínima.
Assim uma pizza de semibreve que seria comida
apenas pelo maestro teve que ser dividida em quatro
pedaços ou quatro semínimas.
Será que o maestro conseguiu matar a sua fome só
com um pedaço de pizza?
O que vocês acham?
Será que ele precisou pedir outra pizza? Será que
os outros também ficaram com fome por terem comido
apenas um pedaço da pizza?
No final da história, cada um de vocês poderá imaginar o que aconteceu.
História criada por Elisabeth F. N. Sennes
Assim, ficamos sabendo que na cidade da Música,
uma semibreve equivale a uma pizza inteira, uma mínima
será a metade da semibreve e uma semínima, a metade
da mínima.
C1_4A_Some_Musica_Keli 31/10/13 09:36 Página 41
Capítulo 55 – VAMOS CANTAR
CAPÍTULO
C1_4A_Some_Musica_Keli 09/01/13 08:22 Página 39
Agora é com você
Vamos Cantar!
Agora, é com Você !
Vamos solfejar os
lembrando que:
RITMOS
para a semibreve, substituímos
para a mínima, substituímos
h
e
VA L O R E S
w
dos exercícios
ATRÁS DO TRIO ELÉTRICO
por ta-a-a-a
Atrás do trio elétrico
Só não vai quem já morreu.
Quem já botou pra rachar
Aprendeu, que é do outro lado,
Do lado de lá do lado
Que é lá do lado de lá.
por ta-a
para a semimínima, substituímos
q
para as duas colcheias, substituímos
por ta
ee
DATA: ____/____/____
por ta-ti.
O sol é seu, o som é meu
Quero morrer, quero morrer já.
O som é seu, o sol é meu
Quero viver, quero viver lá.
h qq [eeeeqq [qqgg[eeq h [h h [
Nem quero saber se o diabo
Nasceu foi na Bahi...
Foi na Bahi-a.
O trio elétrico
O sol rompeu
No meio-di
No meio-di-a.
h [ q q [eeq [eeq [ h [q g [ eeq [ h [
C1_4A_Some_Musica_Keli 02/01/13 08:38 Página 40
Caetano Veloso
41
39
Atrás do trio elétrico
Composição – Caetano Veloso
hq [hee[ eeq q [q q q [ gq g [eeq q [q h[
h q q [ e eee eeq [ w [ q g g e e [ q q h
h [ q q [ e e e e [ e e q [ h [ q g [ g ee [ q q [ h
40
Tom: F
F
Bb
Atrás do trio elétrico
C7
F
Só não vai quem já morreu
F
Bb
Quem já botou pra rachar
C7
Bb
aprendeu, que é do outro lado,
C7
Bb
Do lado de lá, do lado
C7
F
Que é lado, lado, de lá.
F
O Sol é seu,
O som é meu
Quero morrer,
Quero morrer já.
C7
O som é seu,
O som é meu,
Quero viver,
Quero viver lá.
– 89
C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:35 Página 44
F
F7
Nem quero saber se o diabo
Nasceu, foi na Bahi - foi na Bahi-a
o
Bb
Bb
O trio elétrico
F
O sol rompeu
C7
F
No meio di - no meio di-a
Quero saber por quê
Quero saber por quê
Tem grito de Tarzan
Tem grito de karatê
tem grito de mãe
E grito de bebê
Tem grito de
Dom Pedro no Ipiranga
E tem o grito de assustar
C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:35 Página 42
Quero saber por quê
Quero saber por quê
Quero saber
VASSOURINHA ELÉTRICA
Por que, por que,
por que, por que,
por que, por que,
por que, por que,
por que, por que,
por que ?
Moraes Moreira
Varre, varre, varre vassourinha
Varreu um dia as ruas da Bahia
Frevo, chuva de frevo e sombrinhas
Metais em brasa, brasa, brasa que ardia
por que,
por que,
por que,
por que, por que,
por que,
A gente grita porque tem coisas
que só o grito consegue dizer.
Entenderam o porquê?
Varre, varre, varre vassourinha
Varreu um dia as ruas da Bahia
Abriu alas e caminhos pra depois passar
O trio de Armandinho, Dodô e Osmar (bis)
E o frevo que é pernambucano, ui, ui, ui, ui
Sofreu ao chegar na Bahia, ai, ai, ai, ai
Um toque, um sotaque baiano, ui, ui, ui, ui
Pintou uma nova energia, ai, ai, ai, ai
Desde o tempo da velha fubica, hahahahaha...
Parado é que ninguém mais fica.
44
C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:35 Página 45
É o frevo, é o trio, é o povo
É o povo, é o frevo, é o trio
Sempre junto fazendo o mais novo (bis)
Carnaval do Brasil!
COMO UMA ONDA
Lulu Santos /Nelson Motta
42
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Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará.
PORQUE SIM NÃO É RESPOSTA
Dentro da lâmpada tinha um gênio
Quem achou foi Aladim, Aladim, Aladim.
Dentro do computador tem o Telekid
Quem quiser achar, tem que dizer
Porque sim...
A vida vem em ondas, como um mar,
Num indo e vindo infinito.
Hélio Ziskind
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu
Há um segundo.
Tudo muda o tempo todo
No mundo.
Porque sim não é resposta...
O que você quer saber?
Eu quero saber por quê
que a gente grita
Eu quero saber por quê
Tem grito de chamar
Tem grito de avisar
Tem grito de bravo
E grito de contente.
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo,
agora.
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro, sempre
Como uma onda no mar
Tem grito de rock
Tem grito de ópera
Tem grito de guerra
Grito de gol
Tem grito de menina quando vê barata (uohhh!!!)
Grito de horror
Quero saber por quê
Quero saber por quê
Por que que o galo grita
A araponga também grita
Ganso, elefante, macaco, baleia
Todo mundo grita
Desde a idade da pedra com os dinossauros (uohhh!!!)
90 –
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar...
43
45
C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:35 Página 46
Como uma onda
SANSA KROMA
Lulu Santos / Nelson Mota
(tradicional da África do Sul)
G
Nada do que foi será
Sansa Kroma
Nena yo
Keke kokomba
Sansa Kroma
Nena yo
Keke kokomba
Bm7
De novo do jeito que já foi
G
um dia
Sansa Kroma
Nena yo
Keke kokomba
Sansa Kroma
Nena yo
Keke kokomba
G/B
Bbdim
Tudo passa, tudo sempre
Am E7
Sansa Kroma
Nena yo kokomba
Sansa Kroma
Nena yo
Keke kokomba
passará
Am
E7
Am
A vida vem em ondas,
G#dim
como um mar
Sansa Kroma
Nena yo kokomba
Sansa Kroma
Nena yo
Keke kokomba
A7/13
A7(#5)
Num indo e vindo
* Sansa Kroma é o pássaro que protege as crianças na África
C/D C#/D# C/D
infinito
46
C1_4A_Some_Musica_Keli 31/10/13 09:36 Página 47
G
Tudo que se vê não é
Bm7
Igual ao que a gente viu há
G
um segundo
G/B
Bbdim
Tudo muda o tempo todo no
Am7 E7
mundo
Eb
Não adianta fugir
G
F7
E7
Nem mentir pra si mes...mo
Am Bm Cm
agora
Bm
Há tanta vida lá fora
F7
E7
Am
Aqui den...tro sempre
Como uma onda no mar (5x)
CAMINHO DAS ÁGUAS
Rodrigo Maranhão
Me leva no teu bumbar, me leva,
Me leva que eu quero ver meu pai,
Caminho bordado a fé,
Caminho das águas,
Me leva que eu quero ver meu pai...
A barca segue seu rumo, lenta,
Como quem
já não quer mais chegar,
Como quem se acostumou
No canto das águas,
Como quem
já não quer mais voltar...
Os olhos da morena bonita,
Muié aguenta, que eu tô chegando já
Na roda encontrar você,
Ouvir a zabumba,
Me leva que eu quero ver meu pai...
47
– 91
Caminho das águas
Maria Rita
Tom: G
Introdução: G Gadd9 G
G
Leva no teu bumbá, me leva
C7+
Bm7
Leva que quero ver meu pai
C7+
Bm7
Em7/9
Caminho bordado a fé, caminho das águas
Am7
D7/9
G
Me leva que quero ver meu pai.
G
A barca segue seu rumo lenta,
C7+
Bm7
Como quem já não quer mais chegar
C7+
Bm7
Em7/9
Como quem se acostumou no canto das águas
Am7
D7/9
G
Como quem já não quer mais voltar.
C7+
Na roda conta com seu,
Bm7
Em7/9
Ouvira a zabumba
Am7
D7/9
G
Me leva que quero ver meu pai.
G
Leva no teu bumbá, me leva
C7+
Bm7
Leva que quero ver meu pai
C7+
Bm7
Em7/9
Caminho bordado a fé, caminho das águas
Am7
D7/9
G
Me leva que quero ver meu pai.
C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:36 Página 48
VILAREJO
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraíso se mudou para lá
G
A/G
G
Os olhos da morena bonita,
C7+
Bm7
Aguenta que eu tô chegando já
C7+
Na roda conta com seu,
Bm7
Em7/9
Ouvira a zabumba
Am7
D7/9
G
Me leva que quero ver meu pai.
Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real
Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar
Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção
Improviso (escala de baião): G
G
Leva no teu bumbá, me leva
C7+
Bm7
Leva que quero ver meu pai
C7+
Bm7 Em7/9
Caminho bordado a fé, caminho das águas
Am7
D7/9
G
Me leva que quero ver meu pai.
G
A/G G
A barca segue seu rumo lenta,
C7+
Bm7
Como quem já não quer mais chegar
C7+
Bm7
Em7/9
Como quem se acostumou no canto das águas
Am7
D7/9
G
Como quem já não quer mais voltar.
G
A/G G
Os olhos da morena bonita,
C7+
Bm7
Aguenta que tô chegando já
92 –
Marisa Monte
Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for.
48
Vilarejo
Composição – Marisa Monte
Tom: D
Em7
A7
Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
D
Na varanda, quem descansa
Em7
Vê o horizonte deitar no chão
A7
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
C1_4A_Some_Musica_Keli 27/12/12 10:36 Página 49
D
Terra de heróis, lares de mãe
Em7
Paraíso se mudou para lá
O CADERNO
Toquinho
A7
Por cima das casas, cal
Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco até o bê-a-bá
Em todos os desenhos coloridos vou estar
A casa, a montanha, duas nuvens no céu
E um Sol a sorrir no papel.
Frutas em qualquer quintal
D
Peitos fartos, filhos fortes
Em7
Sonho semeando o mundo real
Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas bimestrais
Você vai ver.
Serei de você confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel.
A7
Toda gente cabe lá
D
Palestina, Shangri-lá
Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo se você quiser
Quando surgirem seus
primeiros raios de mulher
A vida se abrirá num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel.
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa
O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer.
Só peço a você um favor, se puder:
Não me esqueça num canto qualquer.
F#m7(9)
Lá o tempo espera
B6
Lá é primavera
E7M
E6
E7M
Portas e janelas ficam sempre abertas
Agora todos vão cantar a música
seguindo a dinâmica do seu professor.
49
E6
F#m7(9)
Pra sorte entrar
SUGESTÕES DE LIVROS PARA A BIBLIOTECA
•
Música na escola, Hans Günther Bastian, Editora
Paulinas
•
Arte é... música, Núria Rosa e Rosa M. Curto, Editora
Educacional
•
Amigos do peito, Cláudio Thebas, Editora Formato
•
Música – pare para ouvir, João Maurício Galindo,
Editora Melhoramentos
•
Música africana na sala de aula – cantando, tocando
e dançando nossas raízes negras, Lilian Abreu
Sodré, Editora Duna Dueto
•
Bm7
Vem andar e voa
Juca Brasileiro e o Hino Nacional, Patrícia Engel
Secco, Editora Melhoramentos
•
Eo
Vem andar e voa
Jogando com os sons e brincando com a música,
Vânia Ranucci Annunziato, Editoras Paulinas
•
Música, Raquel Coelho, Coleção No caminho das
artes, Editora Formato
•
Som – Experiências divertidas, Bonita Searle-Barnes,
Editora Paulinas
B6
Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
E7M
E6
E7M
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E6
F#m7(9)
E essa canção
B6
Tem um verdadeiro amor
Bm7 E Bm7 E Bm7 E Bm7 E
Para quando você for
Vem andar e voa
Bm7
Vem andar e voa
– 93
Contatos das editoras dos livros indicados
Formato – Saraiva S.A. Livreiros Editores
Av. Marquês de São Vicente, 1697 – Barra Funda
CEP 01139-904 – São Paulo – SP
Televendas: (11) 3613-3344
www.editorasaraiva.com.br
Edições Escala Educacional
Av. Prof.a Ida Koib, 551 – 3.º andar – Casa Verde
CEP 02518-000 – São Paulo – SP
Tel.: (11) 3855-2178
www.escalaeducacional.com.br
Duna Dueto Editora Ltda.
Rua Pascal, 1532
CEP 04616-004 – São Paulo – SP
Tel.: (11) 3045-9894
[email protected]
www.dunadueto.com.br
Editora Paulinas
Rua Dona Uchoa, 62
CEP 04110-020 – São Paulo – SP
Tel.: (11) 2125-3500 e 0800 7010081
[email protected]
www.paulinas.org.br
ANOTAÇÕES DO PROFESSOR
94 –
INTRODUÇÃO
Dando sequência aos cadernos de Música, chegamos ao quinto ano.
A música é um dos elementos mais importantes para
o desenvolvimento integral do indivíduo.
A educação musical bem orientada exige a atividade
total do indivíduo: a coordenação motora, o desenvolvimento do sentido rítmico do ouvido (nos seus diversos
aspectos), da atenção e da memória (auditiva e visual).
Visa a educação estética, a formação da personalidade.
Todas estas atividades devem estar contempladas
no trabalho do professor visando uma formação integral
do indivíduo.
O ensino da música é muito importante na vida da
criança porque estimula a criatividade, a imaginação e
exercita inúmeras faculdades necessárias à aprendizagem de outras matérias. É uma forma de expressão que
preenche a relação entre as pessoas facilitando o encontro do ser humano consigo próprio e com o outro.
A música é uma forma de linguagem que ultrapassa
a palavra; daí considerar-se um vetor de mensagens que
as palavras nem sempre conseguem traduzir. Ao contrário do que se pensa, a música está ao alcance de todos.
O conhecimento técnico musical não é condição essencial para que o indivíduo conheça, aprecie, critique e usufrua dos benefícios que a música proporciona.
Através do estudo e exploração das propriedades dos
diversos elementos da música – timbre, ritmo, melodia e
harmonia – pode-se estimular aspectos fundamentais no
desenvolvimento global da criança, tais como: motricidade, lateralidade, linguagem, expressão, memória, audição, atenção, integração, socialização e comunicação.
No aspecto específico musical destacamos, ainda, o
canto, a dança e a expressão corporal como habilidades
a serem desenvolvidas durante as aulas de música.
A inteligência sonora ou musical na sala de aula
Quando se pergunta a um professor de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Educação Física ou, ainda,
de outra disciplina curricular de que maneira ele explora
em sala de aula a inteligência sonora ou musical de seus
alunos, quase sempre não se recebe uma resposta, mas,
sim, um certo ar de espanto ou perplexidade. Alguns
buscam reflexões evasivas, a maior parte desconversa
e outros devolvem a pergunta dizendo que a inteligência musical pode, quando muito, ser estimulada em conservatórios ou, quem sabe, em aulas de Artes, mas, de
forma alguma, em outras disciplinas curriculares. Ledo
engano. Em qualquer disciplina, em todas as aulas, das
séries iniciais até o ensino superior, é importante que se
explore sempre todas as inteligências de todos os alunos
e, se isso é necessário, percebe-se que a perplexidade
que a questão desperta justifica-se bem mais por não se
saber o “como” do que por se duvidar do “por que”. Toda
pessoa humana, em escala diferenciada, mostra-se sensível ao som e à melodia, apresenta-se fortemente motivada para se encantar com uma orquestra, demonstra
interesse em colecionar referências musicais, e não poucos compreendem a admirável diferença entre “ouvir” e
“escutar”, sabendo que ouvir é apenas um detalhe biológico, circunstância anatômica inerente aos animais, mas
“escutar” envolve atenção e concentração e, se ouvimos
mesmo sem querer, jamais escutaremos se não nos empenharmos em fazê-lo.
A inteligência sonora ou musical é tão rica quanto a linguagem verbal e, se extremamente expressiva em alguns
poucos – como grandes músicos ou compositores –, em
um sentido mais amplo, pode ser marcante para qualquer
aluno que estude a língua portuguesa, para qualquer estudante que queira aprender com mais facilidade arte,
matemática, ciências ou educação física. Um aluno pode
não saber dedilhar um violão ou pode acreditar que não
conseguirá jamais compor, mas é verdadeiramente possível que não sinta aflorar suas emoções ou despertar
saudades diante do ritmo de uma música, da evocação
do canto de um pássaro ou das lembranças dos ruidosos turbilhões de ondas que, em uma manhã de férias,
quebram-se nas praias.
Colocadas essas questões, chega-se à essência do
tema: como trabalhar a inteligência sonora ou musical em
sala de aula? Esse tema, em uma análise mais ampla,
necessitaria que se indagasse, antes da proposta, qual
a faixa etária dos alunos que se ensina, qual conteúdo
específico se ministra, que momentos se apresentam disponíveis para essas experiências, mas, mesmo que, em
um texto generalista, detalhes cruciais sejam omitidos,
ainda assim cabe sugerir alguns procedimentos. Seria
o caso de indagar se a conclusão de uma pesquisa, a
análise de um texto ou a concepção de um conteúdo não
poderiam ser apresentadas através de um coral, em que
vozes diferentes buscariam acentuar as conclusões sobre o que se pesquisou. Não se trata da alternativa do
coral apenas como uma novidade, mas da busca de uma
contextualização entre momentos do texto e expressão
de vozes e uma original forma de aprender um tema, buscando uma linguagem diferente. Mas essa possibilidade
não se restringe apenas a um coral. Outra perspectiva
sugere, por exemplo, a estratégia da paródia, isto é, a
apresentação burlesca de um tema escolar em forma de
“letra” de uma música conhecida. Não poucos professores criativos foram, muitas vezes, buscar “nesta rua, nesta rua, mora um anjo…” para substituir as palavras por
outras, que induziam a uma fixação. A paródia, quando
bem utilizada, vai muito além de um exercício mnemô– 95
nico, pois leva os alunos a ingressarem plenamente na
compreensão de ideias textuais para delas fazer letra de
uma ou muitas músicas.
Além dessas ideias, por que não fazer resgate de
trechos sonoros de músicas clássicas e usá-los como
“fundo musical” de um tema que se trabalha? Pode, por
acaso, o cinema sobreviver sem trilha sonora? É claro
que, se a novela ou o filme não se carrega de emoção
sem música, a apresentação de conteúdos escolares
também pode se valer dessa estratégia. Ao lado disso,
por que não se atrever criativamente a organizar na sala
de aula um “concurso de trovas”, que pode possuir veia
literária, mas também se cercar de um tema geográfico,
histórico ou matemático. Existe profunda analogia entre
a linguagem humana e a linguagem dos instrumentos e,
quando o professor ajuda o aluno a construir algumas
associações como essas, está ajudando-o a compor a
contextualização entre sua memória verbal e sua emoção musical.
É natural que outras propostas a essas se somem e,
sinceramente, acreditamos que um professor criativo não
encontrará dificuldade para desenvolvê-las. Reitera-se,
porém, que o importante na exploração da inteligência
sonora em sala de aula não é apenas buscar novidades,
inventar modas. Bem mais que isso é perceber que todo
aluno possui uma inesgotável riqueza de linguagens e,
quando animado a descobri-las, surpreende-nos com a
profundidade e a diversidade dessa conquista.
Baseado no texto de Celso Antunes
do em sala de aula escolar, contribuindo para que haja
um afastamento entre a música trabalhada na escola e a
música ouvida, tocada, composta, gravada e disponibilizada fora dela. Entretanto, é função da escola mostrar
aos alunos a boa música que nem sempre é a ouvida
no seu cotidiano. Assim, nos cadernos de música procuramos intercalar música popular, erudita e folclórica
para que, dessa forma, o repertório do aluno possa ser
ampliado.
A proposta desta apostila é estimular experimentações, envolvendo a criação individual e coletiva, a
apreciação de obras diversas, o canto e a performance
corporal e ou instrumental, assim como a construção de
instrumentos alternativos.
O professor deverá esgotar as possibilidades musicais de cada atividade proposta, percorrendo o maior
território musical possível. Dessa forma, deverá explorar
as atividades sugeridas introduzindo jogos e outras atividades que achar necessário de acordo com as necessidades de sua turma.
Explorar o máximo possível os parâmetros sonoros
do som, utilizando materiais sonoros como matéria-prima
para o seu trabalho.
Como já dissemos no manual dos anos anteriores o
professor que tiver condições poderá introduzir a flauta
doce como mais um recurso para o aprendizado musical.
MÚS 5A 1B 2013- 12_11_2012 BETH_Caderno Música - 5 Ano 1 Semestre - 31 de Adosto - Stefano 11/13/12 3:05 PM Page 4
CAPÍTULO 1 – A MÚSICA COMO EXPRESSÃO SOCIAL
Músicas que os alunos ouvem fora da escola
Escolha duas ou três das cenas abaixo, que tenham
elementos sugerindo onde você passou as suas férias.
Este texto tem como objetivo discutir e oferecer reflexões sobre o ensino de música nas escolas de ensino
fundamental e suas implicações na formação dos professores de música.
Os argumentos aqui apresentados giram em torno da
premissa de que a música ensinada nas escolas poderia
ter como base as músicas que os alunos vivenciam em
seu dia a dia.
São identificadas duas características na música que
os alunos vivenciam fora da escola que fazem com que
os professores não as levem em consideração: o fato de
pertencerem, em sua maioria, à indústria cultural e às
tecnologias de massa e, portanto, de não terem valor artístico para os professores, bem como serem produzidas
e distribuídas digitalmente, o que exigiria conhecimentos
sobre novas tecnologias por parte dos professores.
Por fim, é importante ressaltar que essas reflexões
não têm a intenção de oferecer uma metodologia de ensino de música definitiva ou única para todas as escolas
do Brasil devido à vasta diversidade cultural e musical
que o país possui.
Que sons você ouviu durante as férias?
Indústria cultural e cultura de massa: implicações na
educação musical
Alguns autores já apontaram que as músicas que os
jovens vivenciam hoje não são objeto de reflexão e estu96 –
4
Quando mudamos de ambiente, o panorama sonoro também
muda, não é mesmo?
Você também ouviu músicas? Quais?
Que músicas você escolhe para escutar quando pode?
MÚS 5A 1B 2013- 12_11_2012 BETH_Caderno Música - 5 Ano 1 Semestre - 31 de Adosto - Stefano 11/13/12 3:05 PM Page 6
Objetivos:
• Entender que a música é uma linguagem;
• Perceber que ela desencadeia emoções;
• Compreender que nem todos gostam da mesma
música.
Podemos usar certas músicas
como maneira de acalmar os bebês.
Mas essa não é a única função
da música. Ela pode ter diferentes
intenções.
Procedimento:
Iniciar a aula conversando com os alunos sobre as
férias.
Pedir que eles observem as imagens do caderno e,
em seguida, escolham as que possam sugerir onde eles
passaram as férias.
Evidencie com eles os diferentes panoramas sonoros, pois em cada ambiente ouvimos diferentes sons.
Nem toda música é feita
para entreter ou agradar a
quem a ouve. Aliás, o que
agrada a uma pessoa pode
desagradar a outra.
Ao criar uma música, um compositor pode ter várias
intenções:
Trocando ideias:
ESTÍMULO
E N T R E T E N I M E N TO
6
MÚSICA É COMUNICAÇÃO
Perguntas para serem feitas aos alunos:
Você ouve músicas escolhidas por você? Quando?
Quando você está com seus pais, que tipo de música
você ouve?
• Você gosta das mesmas músicas de seus pais?
Por quê?
Refletir com os alunos sobre a influência que os diferentes estilos musicais desencadeiam.
Comentar sobre os diferentes estilos de música: para
dormir, dançar e assim por diante.
•
•
– 97
C1_5o_Ano_Musica_SOME_2013_Tony 10/01/13 11:48 Página 9
Objetivo:
Fazer com que o aluno reflita sobre as diversas maneiras de se comunicar.
Os cinco tipos de expressão:
OS CINCO TIPOS DE EXPRESSÃO
Procedimento:
Dar exemplos de alguns tipos de comunicação. Se
achar interessante o professor poderá organizar um trabalho sobre as diferentes maneiras de comunicação. Poderá conversar com o professor de Português e de Artes
Visuais para trabalharem juntos.
Ressaltar com os alunos que numa comunicação
sempre existe o emissor, que é o que manda a mensagem, e o receptor, quem recebe a mensagem.
Agora é com você
Expressão
Corporal
Expressão
Musical
Expressão
Oral
Expressão
Plástica
Expressão
Escrita
Quando você fala, escreve, desenha, canta ou dança, você
está se expressando e enviando mensagens. Está, portanto,
se comunicando.
Quando você ouve rádio, lê um livro, observa um desenho,
ouve uma música ou vê alguém dançar, você está recebendo
mensagens. Ou seja, alguém está se comunicando com você.
As comunicações são necessárias para conviver em família,
na escola, no trabalho etc.
As aves, os golfinhos, as baleias e os morcegos também se
comunicam através de música. Eles cantam.
A música é a capacidade
A música é
de produzir emoções e
parte da natureza
sensações, usando ritmos,
humana!
melodias e harmonias.
O cérebro humano nasce
capaz de reconhecer, produzir e
aprender música.
A música sempre esteve presente
na vida do Homem. É muito difícil
imaginar a humanidade e a civilização
sem a música.
C1_5o_Ano_Musica_SOME_2014_Tony
07/11/13 16:03 Page 10
9
Das aldeias indígenas às metrópoles de hoje, do passado
longínquo à internet, a música sempre esteve presente em
nossas vidas. Ela é parte da natureza humana.
Os antepassados dos homens atuais já faziam flautas
com ossos de animais. Com certeza, eles também cantavam.
E, para manter o ritmo, deviam bater palmas, pedras e paus.
Assim, foi surgindo um padrão sonoro.
A música lhes servia para despertar emoções, riso,
entusiasmo, solidariedade, ternura. E devia estar presente
nos seus rituais mágicos.
Em sua fala e em seu canto, os homens primitivos
provavelmente imitavam os sons da natureza: o trovão, a
chuva, as ondas do mar, o rugido dos animais.
Procure imitar os sons que as imagens abaixo sugerem.
Em seguida, represente graficamente esses sons.
Mas o que será que
apareceu primeiro:
a linguagem
ou a música?
O aluno irá preencher os diálogos que estão em
branco de cada quadrinho.
Existem cinco tipos de comunicação: Expressão Musical, Expressão Corporal, Expressão Plástica, Expressão Oral e Expressão Escrita.
98 –
Há quem diga que os primeiros humanos já se comunicavam
pela música antes mesmo de desenvolver a linguagem. Afinal,
as baleias não falam mas cantam para se comunicar...
10
Ainda hoje, algumas músicas são cantos sem palavras e fazemos
músicas com instrumentos que imitam os sons da natureza.
Biografia de Charles Chaplin
Comentar sobre as formas de comunicação verbal e
não verbal.
AGORA É COM VOCÊ
Vamos brincar de cinema mudo?
Objetivo:
Ressaltar a importância da música e do som para o
cinema.
Procedimento:
Conversar com os alunos sobre o cinema.
Questionar se costumam ir ao cinema, que tipo de
filme gostam de assistir, bem como se já perceberam a
importância da música ou mesmo do som para o cinema.
Mas será que sempre foi assim?
O professor deverá abordar um pouco sobre o cinema mudo, se conhecem ou já ouviram falar de Charles
Chaplin.
Charles Chaplin (1889-1970), também conhecido por “Carlitos”, foi ator, cineasta, dançarino, diretor
e produtor inglês. Foi o mais famoso artista cinematográfico da era do cinema mudo. Ficou notabilizado
por suas mímicas e comédias do gênero pastelão. O
personagem que mais marcou sua carreira foi “O Vagabundo” (The Tramp), um andarilho pobretão com as
maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro
vestido com um casaco esgarçado, calças e sapatos
desgastados e mais largos que o seu número, um chapéu coco, uma bengala e seu marcante bigode.
Charles Chaplin (1889-1977) nasceu em Londres,
Inglaterra, no dia 6 de abril de 1889. Seu pai, Charles
Spencer Chaplin, era vocalista e ator, e sua mãe, Hannah
Chaplin, cantora e atriz.
Charles Chaplin dirigiu, editou e produziu vários
curta e longa metragens. O cinema mudo era entendido por todos. Produziu vários filmes que se tornaram
clássicos do cinema mudo, entre eles “O Garoto”, em
1921, que conta a história de um bebê que acaba ficando aos cuidados de um vagabundo; “Em Busca do
Ouro”, em 1925, que se passa no Alasca em plena corrida do ouro; “Luzes da Cidade”, em 1931, que conta a
história do vagabundo que se finge de milionário para
impressionar uma florista muda, por qual se apaixonou, sendo esse o primeiro filme produzido na época
do cinema falado; “Tempos Modernos”, em 1936, que
satiriza a mecanização da modernidade e “O Grande
Ditador”, em 1940, em que toma partido contra as perseguições raciais na Europa.
Charles Chaplin tem uma vida sentimental intensa;
casa-se quatro vezes: as três primeiras com estrelas
do cinema e aos 54 anos conhece a filha do teatrólogo irlandês Eugene O’Neill, Oona, de 18 anos, que se
torna sua quarta mulher e com quem vive até o fim da
vida, tendo seis filhos.
Morre em Vevey, na Suíça, no dia 25 de dezembro
de 1977.
Sugestão: antes de propor a atividade, assistir com a
classe alguns trechos de filme do cinema mudo. Sugerimos alguns trechos do filme “Vagabundo” ou “Tempos
Modernos”.
Comentar com os alunos o que acharam do filme e,
em seguida, propor a atividade.
A classe deverá ser dividida em grupos para brincarem de cinema mudo.
Cada grupo irá criar uma história usando mímica e
sonoplastia que, depois de ensaiada, deve ser apresentada para a sala. O grupo poderá utilizar variados objetos
para compor a sonoplastia, inclusive a música.
– 99
MÚS 5A 1B 2013- 12_11_2012 BETH_Caderno Música - 5 Ano 1 Semestre - 31 de Adosto - Stefano 11/13/12 3:05 PM Page 14
COM A MÃO NA MASSA
C1_5o_Ano_Musica_SOME_2014_Tony 07/11/13 16:03 Page 12
Super-Dicas
Com a Mão na Massa
Quanto mais longo o pau de chuva, mais interessante sua
sonoridade. Portanto, emende vários rolos para o som ficar
bem legal.
Você também pode criar instrumentos que produzam sons
da natureza. Vamos tentar?
A quantidade de arroz também interfere muito no som
produzido. Então, antes de fechar o 2o. lado com a fita
crepe, teste a sonoridade do instrumento.
Vamos confeccionar um
PAU DE CHUVA.
As tirinhas de jornal com a mistura de água e cola são
importantes, pois deixam o instrumento mais resistente.
Reforça, principalmente, as junções dos tubos com a fita
crepe. Além disso, torna o instrumento mais fácil de pintar.
O pau de chuva é um
instrumento musical indígena,
que produz um som gostoso e
relaxante. Dá para improvisar um
pau de chuva com materiais reciclados e
de forma bem simples.
Para Saber Mais
Em muitos grupos indígenas, o PAU DE CHUVA era usado
sobretudo pelas mulheres para marcar o ritmo de músicas
tradicionais. No passado, alguns povos consideravam esses
instrumentos como peças sagradas.
Para fazer o pau de chuva, você
vai precisar de:
MATERIAIS:
Mas havia outros instrumentos
criados pelo homem pré-colombiano.
Um deles é a OCARINA (aqui ao lado).
Feita de barro pelas tribos sulamericanas, era usada para emitir sinais
durante as caçadas.
3 tubos de papel toalha
Arame fino ou espiral largo de caderno ou ainda
pregos menores que o diâmetro do tubo
Papel cartão
Você Sabia?
Tiras de Jornal
Cola Branca
Quando uma flecha é disparada do arco, durante uma
caçada, ela produz uma nota musical. Talvez isso tenha
inspirado os primeiros instrumentos de corda. Harpas e
liras já eram tocadas há mais de 4.000 anos na Suméria e
no antigo Egito.
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Fita Crepe
Um punhado de grãos de arroz cru
Papel cartão
14
Tinta colorida (guache, aquarela ou similar).
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12
Existem instrumentos
que emitem sons sem que toquemos
neles. Você já ouviu falar deles ou
conhece algum?
1.° PASSO : ligue os rolos com fita crepe. Eles precisam ter o
mesmo diâmetro. Tampe um dos lados com fita crepe.
2.° PASSO : corte várias
tirinhas de jornal. Faça
uma mistura de água e
cola (1/2 a 1/2). Com
essa mistura e a ajuda de
um pincel, vá grudando as
tirinhas de jornal ao
longo do tubo. Espalhe a
cola tanto por cima
quanto por baixo delas.
Deixe secar.
Esses instrumentos produzem sons com o
vento. Dois tipos são os mais conhecidos: a harpa
eólica e os sinos de vento.
3.° PASSO : torça o arame com a ajuda
de um alicate para formar círculos.
Introduza os círculos de arame no
tubo. Você pode substituir os círculos
de arame por espiral largo de
caderno ou por pregos. Nesse caso,
perfure o tubo de papelão com os
pregos, sem trespassar o outro lado
do papelão. Veja a foto abaixo.
HARPA EÓLICA
Orifícios
acústicos
Cordas de nylon
ou metal,
de diferentes
diâmetros
4.° PASSO : jogue o punhado de
arroz dentro do tubo e tampe o
lado que está aberto com fita crepe.
5.° PASSO : pincele o tubo de
branco, faça desenhos inspirados
nos padrões indígenas e pinte-os
com cores bem vivas.
6.° PASSO : Levante e abaixe o tubo
devagar, girando-o para fazer o
som de chuva. Está pronto o seu PAU DE CHUVA.
100 –
13
SINO DE VENTO
Harpa Eólica – originou-se na Grécia Antiga e foi usada
durante todo o Renascimento. Harpas eólicas são raros e
belos instrumentos, concebidos para funcionar sem o toque
das mãos humanas. Elas são tocadas pelo vento. Transmitem
o espírito da música espontânea e dos ritmos da natureza.
Você também pode construir Sinos de Vento.
Esses sinos são muito usados na China e no Japão. Quando
tocados pela brisa, produzem um som relaxante.
15
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Veja a seguir
os quadros de
alguns pintores e
procure
produzir os
sons que
essas imagens
sugerem.
Thaís Ibanez - O Festejo
Objetivo:
Construir um instrumento musical e descobrir os
sons que ele pode produzir. Sugerimos o pau de chuva e
o sino do vento.
João Cândido da Silva - O Ensaio
Adelio Sarro
Procedimento:
Pedir aos alunos o material necessário com uma semana de antecedência.
Conversar com o professor de Artes para que ele
possa auxiliá-lo, se necessário. Se puder usar a sala de
artes para dar essas aulas será interessante.
O professor deve pensar na possibilidade de não ter
esse material na escola. Nesse caso, deverá providenciar de outra maneira para que pelo menos um instrumento seja confeccionado pela sala.
Esses instrumentos poderão ser usados em diferentes ocasiões pelo professor, seja acompanhando uma
melodia ou mesmo explorando timbres diferentes com o
instrumento.
Clóvis Júnior - Pintura Naïve
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17
Heitor dos Prazeres
CAPÍTULO 2 – IMAGENS QUE SUGEREM SONS
Heitor dos Prazeres
Ângela Oskar - Saudosa Maloca
Agora, escolha uma dessas imagens e procure uma música
que a represente. Escreva nas linhas abaixo o nome dessa
música e depois cante-a para a classe.
________________________________________________________
18
________________________________________________________
– 101
Para saber mais (apenas para o professor):
Conhecendo os artistas autores das imagens do caderno do aluno.
Objetivos:
• Representar os sons com palavras;
• Conhecer o que é onomatopeia.
Onomatopeia
Significa imitar um som com um fonema ou palavra. Ruídos, gritos, canto de animais, sons da natureza, barulho de máquinas e o timbre da voz humana
fazem parte do universo das onomatopeias. Por exemplo, para os índios tupis, tak e tatak significam dar estalo ou bater e tek é o som de algo quebrando. As onomatopeias, em geral, são de entendimento universal.
Ao dizermos que um grilo faz “cri cri” ou que batemos
à porta e fazemos “toc toc”, estamos utilizando onomatopeias. Aristófanes, na sua peça “As rãs”, faz uso de
determinadas palavras que, no grego original, pretendem imitar o som desses animais; usa, portanto, uma
figura retórica que é também de caráter onomatopeico.
Exemplos: tilintar, grasnar, piar, cacarejar, zurrar, miar.
Aaai! – grito de dor
Ah! – grito de surpresa, dor, medo, pavor ou descoberta
Ah! Ah! Ah! – risada ou gargalhada
Bah! – desagrado
Bam! – tiro de revólver
Bang! – tiro
Baroom! Baruuum! – trovões ou explosão de bomba
atômica
Baw! ou buá! – choro
Bash! ou bow – queda
Bbrrzz! – sintonia de rádio
Brrr booom! – trovão
Buow! – choro
Burp! – arroto
Buzzz! bzzz! – abelha voando, cochicho
Chomp! nhoc! nhac! nhec! – mastigar
Chop! tchap! tchape! tchope! – chapinhar, patinar,
chafurdar na lama
Fonte: Portal Educação
Procedimento:
Evidenciar com o grupo que até numa pintura conseguimos perceber o panorama sonoro retratado.
O aluno deverá selecionar uma imagem e reproduzir
os sons que ele percebeu nessa imagem. Em seguida, escolher uma música que a imagem possa estar sugerindo.
102 –
Thaís Ibanez – 1982 – Diadema – São Paulo
Iniciou sua carreira como artista plástica aos 18
anos e logo lhe surgiu o interesse em retratar as riquezas culturais do seu país. Sua inspiração vem de
cerâmicas, esculturas, dança, música e outras manifestações culturais das mais diversas regiões brasileiras, tentando sempre respeitar a originalidade das
criações observadas ao longo dos anos. Seu trabalho pode ser visto nos EUA, América Latina e Europa.
Recentemente, duas de suas telas foram selecionadas para a 14.a Bienal de pintura artística no “Museum
of Naive and Marginal Art” / Jagodina / Sérvia / EUR.
A partir de 2010 sua arte sai do plano das telas para
estampar roupas finas, moda praia e capas de livros de famosas editoras brasileiras, o que lhe permitiu fazer do seu nome uma marca reconhecida
mundialmente pela singularidade do seu trabalho.
Thaís é frequentemente convidada para realizar exposições em diversos estados brasileiros, além de ser uma
artista referência no âmbito educacional, onde sua arte é
fonte de estudo de professores e alunos.
Adélio Sarro Sobrinho
Nasceu no dia 7 de setembro de 1950 em Andradina, no interior de São Paulo. Em 1972 iniciou-se na pintura com forte influência de Cândido Portinari e a partir
desta data passou a expor com grande frequência, tendo
conquistado inúmeros prêmios no Brasil e no exterior. O
mundo de Sarro é fascinante, colorido nas suas formas
avantajadas, leve nas transparências e com contrastes
que dão à sua obra um caráter estrutural. Suas cores
definidas e fortes encontram-se com soberba harmonia,
fazendo de suas telas verdadeiras esculturas. Seu universo expressa personagens de formas monumentais.
Sua técnica consiste de um processo próprio, com uma
camada de proteção a base de verniz especial.
João Cândido da Silva
Nasceu em Campo Belo a 11 de março de 1933. É
um pintor brasileiro que retrata em suas obras cenas do
folclore e cultura popular brasileira. Foi também cofundador da escola de Samba Unidos do Peruche. Nasceu
numa família de 18 irmãos. Sua mãe, dona de casa, bordadeira e artista plástica, morava em Sorocaba. Diante
das dificuldades e privações que atingiam a família, Maria e seus filhos decidem partir para São Paulo em busca de uma vida melhor. Ao desembarcar na Estação da
Luz no início da década de 1940, as crianças tiveram que
dormir numa gafieira, pois os parentes que já moravam
na Cidade não apareceram para recepcionar a família.
João Cândido diz que as primeiras impressões sobre São
Paulo provocaram-lhe um certo temor. Até então, o jovem estava acostumado com uma paisagem rural, muito
diferente dos bondes e dos edifícios enormes que compunham o cenário urbano que agora vislumbrara. Desde
cedo, João demonstrava interesse pelas artes; enquanto
sua mãe trabalhava em suas pinturas e esculturas, o jovem desenhava com carvão nas paredes da casa. Para
impedir que Cândido continuasse com a “sujeira”, Dona
Maria passou a lhe oferecer alguns materiais de pintura,
como restos de tintas e pincéis velhos. A partir daí, João
Cândido inicia suas primeiras experiências com as tintas óleo e acrílica, aplicando-as sobre os suportes mais
variados possíveis. Os temas preferidos de João são as
festas e manifestações populares, como: o boi, a capoeira, o futebol, o carnaval e a folia de reis. Embora a pintura
seja sua mais recorrente forma de expressão, o artista
também é escultor; trabalha com madeira, papel, arame
recozido, entre outros materiais.
Clóvis Dias Júnior
Nasceu em Guarabira a 22 de junho de 1965; mais conhecido como
Clóvis Júnior, é pintor, escultor e gravurista brasileiro. Aos 17 anos, Clóvis Júnior vai morar em João Pessoa, onde
reside até hoje. Em 1985, ingressa no
curso de Educação Artística pela UFPB.
Em 1989, Clóvis vai morar no bairro do Bessa, na época, cheio de cajueiros que davam sombra aos bois das
vacarias que pastavam a beira-mar e que serviam também
como fonte de renda para moradores das proximidades,
restando poucos preservados pelos moradores. No ano
de 1994, a partir de uma conversa com Cassandra, sua
esposa, surge a ideia de fazer um bloco carnavalesco ecológico para conscientizar os moradores sobre a crescente
derrubada dos cajueiros. O bloco tem um boi com chifres
de caju como símbolo. A cada ano o bloco arrasta mais
foliões, completando 17 anos em 2011.
Heitor dos Prazeres
Nasceu no Rio de Janeiro em 1898
e faleceu na mesma cidade, em 1966.
Cresceu nas cercanias da zona do
Mangue e da Praça 11. Aos 7 anos de
idade trabalhava na rua. Frequentou as
primeiras rodas de samba na casa da
Tia Ciata. Está entre os fundadores da
escola de samba Mangueira e também
‘Vai Como Pode’, hoje Portela, nos anos 20.
Expoente do cavaquinho, criou um método revolucionário para o instrumento. Compositor, instrumentista
e letrista, em parceria com Noel Rosa compôs a música
carnavalesca Pierrô Apaixonado. Notabilizou-se como
compositor de música popular. Em meados dos anos 30
começou a pintar mulatas, malandros, o samba e o mundo da favela. Participou da Bienal de São Paulo em 1951.
Fez diversas exposições individuais no Brasil e mostras
nacionais e internacionais. Um de seus quadros foi adquirido pela rainha da Inglaterra.
“A pintura e a música sempre fizeram parte de minha
vida, o meu choro era acompanhado por cavaquinho e
violão, meu sorriso provocado pelas cócegas dos pincéis
nas palmas de minhas mãos e nas solas dos meus pés”.
Heitor dos Prazeres
Angela Oskar
Artista plástica, bonequeira e Produtora Cultural. Vinda de uma família
de artistas, desde muito cedo teve contato com as artes. Trabalhou com teatro
de bonecos, atuando e confeccionando
bonecos, cenário e adereços. Especializou-se na confecção de objetos decorativos e nas diversas utilizações do
papel machê. Apaixonada por cultura
popular, pesquisa e cria suas obras inspiradas em nossa
cultura. Atua como produtora cultural e é vice-presidente
do IBAC – Instituto Brasileiro Arte e Cultura.
Aproveitar essa aula para falar um pouco sobre os ritmos musicais: samba, choro, baião, bolero, entre outros
que são alguns ritmos sugeridos pelas imagens.
Trazer para a classe algumas músicas com esses
ritmos a fim de que os alunos possam ouvir e apreciar.
QUADROS DE UMA EXPOSIÇÃO
Objetivo:
Observar que compor uma melodia a partir de uma
exposição de quadros é possível.
Procedimento:
Ouvir a obra “Quadros de uma exposição” dando
prioridade aos movimentos “Promenade” e “O balé dos
pintinhos nas cascas de ovos”.
Ouvir a música e pedir aos alunos que desenhem o
que a música lhe sugeriu.
Socializar com os colegas os desenhos realizados e
comentar sobre eles.
Contar um pouco sobre a vida de Mussorgsky e porque compôs a partir dessa exposição.
– 103
C1_5o_Ano_Musica_SOME_2014_Tony 14/11/13 08:08 Page 20
Para Saber Mais
Mussorgsky, compositor russo,
criou essa suíte para piano, Quadros
de Uma Exposição, que você acabou de
ouvir, em 1874. Após a morte do
pintor russo Hartmann, seu grande
a m ig o , e m 1 8 7 3 , o r g a n iz ou uma
exposição em sua homenagem, na
qual ele se inspirou para compor
essa obra, como um observador de
quadros.
Modesto Mussorgsky
(1839– 1881)
Essa obra inclui vários movimentos,
entre eles uma representação da feiticeira Baba Yaga,
personagem dos contos populares russos, e outra, da
lendária Grande Porta de Kiev. Entre esses vários movimentos, aparece um interlúdio chamado Passeio, que vai mudando ao longo da obra.
Baba Yaga,
A grande porta de Kiev -
a feiticeira do folclore russo,
diante de sua cabana.
na interpretação modernista de
Vasily Kandinsky.
20
CAPÍTULO 3 – A MÚSICA NA GUERRA
C1_5o_Ano_Musica_SOME_2014_Tony 14/11/13 08:09 Page 21
C1_5o_Ano_Musica_SOME_2013_Tony 10/01/13 11:49 Página 23
Você Sabia?
Os trompetes ajudaram os soldados dos exércitos gregos e
romanos a marchar em passo certo. No campo de batalha,
o trompete dava ordem de ataque ou retirada aos soldados.
Nos funerais militares, o toque de silêncio em homenagem
ao morto é realizado pelo toque da corneta.
Nos quartéis, no início da manhã, o toque da alvorada (como
é chamado pelos militares) é dado pela corneta.
O Judeu Pobre
Hoje, algumas bandas militares são famosas pela qualidade
dos seus músicos. Outras, ainda realizam evoluções ao tocarem
durante os desfiles.
Bydlo
Procure saber um pouco mais sobre
as bandas militares.
O Judeu Rico
Viktor Hartmann
O Gnomo
Na música clássica, um bom exemplo do tema “Guerra”
usado nas composições é a “Abertura 1812”, do compositor
russo Pyotr Tchaikovsky.
Essa obra foi escrita para comemorar a resistência das
tropas russas à invasão do exército de Napoleão. A partitura
inclui 16 tiros de canhão.
Esboço: crianças com fantasia de
casca de ovo para o balé Trilby.
104 –
Projeto para a
Grande Porta de Kiev.
Vamos ouvir
essa música,
ou uma outra que sua
professora
tenha trazido.
21
23
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Curiosidades
Objetivos:
• Enfatizar as funções da música;
• Sensibilizar o aluno para a importância do timbre e
do ritmo que desencadeiam comandos e emoções.
Procedimento:
Trazer para a sala alguns trechos musicais executados por bandas militares.
Sugerimos também a escuta da obra de Tchaikovsky
“Abertura 1812”, evidenciando que a partitura da música
inclui 16 tiros de canhão.
Trocando ideias
Dizem que Beethoven estava em seu quarto tentando compor uma música nova. E não estava conseguindo. De repente,
bateram à porta no seguinte ritmo: pam, pam, pam, pam......
Ao ouvir essa batida insistente, finalmente a inspiração surgiu.
A partir dela, Beethoven escreveu toda a 5a. Sinfonia.
Esse tema tem grande relação com o Código Morse.
Durante a II Guerra Mundial, os exércitos não podiam se comunicar abertamente. Por isso, usavam
muitos códigos. Toda vez que os aliados ganhavam uma
batalha, transmitiam pelo rádio a 5a. Sinfonia de
Beethoven. Sabe por quê? Porque o ritmo do seu tema é formado
por 3 sons curtos e um longo (...__), que, no Código Morse, representa a letra “V” de vitória.
Quando Beethoven escreveu essa sinfonia, encontrava-se num
momento difícil de sua vida. Passava por desilusões amorosas e
a surdez aumentava. Dizem, até, que os reflexos dessa fase de
vida estão presentes em todos os momentos da sinfonia.
O RECADO DE HAYDN
A Sinfonia do Adeus, de 1772, foi a maneira
q u e o c o m p o s it o r J o s e p h H a y dn e nc o n t ro u
para dizer ao príncipe húngaro Esterházy que
precisava de férias. O príncipe havia cancelado as
férias de verão da orquestra.
Ao ouvir a peça, entretanto, entendeu o recado e os
músicos recuperaram o seu direito às férias.
Vamos ouvir essa Sinfonia?
Após a apreciação das músicas sugeridas ou de outras
que a professora trouxer para a sala de aula, discutir com a
classe as diferentes percepções que os alunos tiveram ao
ouvir as músicas. Levar os alunos a perceber que nem todos sentem da mesma maneira uma determinada música.
Quais os elementos da música que estimulam os ouvintes a participar de uma competição?
Perguntas que o professor poderá fazer aos alunos
para chegarem a algumas respostas:
• Os instrumentos influenciam para que a música estimule uma competição?
Resposta: Sim. Os instrumentos de corda acalmam
e os de sopro de metal, os tambores e a maioria dos
instrumentos de percussão estimulam mais por serem de maior intensidade.
• O ritmo de marcha 1, 2, 3, 4 também favorecem a
música para a competição. A valsa acalma e os ritmos dançantes não são apropriados.
Objetivo:
Conhecer outra aplicação do Código Morse.
A MÚSICA NARRA ACONTECIMENTOS
Ludwig van Beethoven
Joseph Haydn
25
Procedimento:
Comentar duas curiosidades sobre Beethoven e
Haydn.
Trazer para os alunos ouvirem trechos das músicas
citadas no caderno do aluno.
Para saber mais (informações para o professor):
Ludwig van Beethoven nasceu em
16 de dezembro de 1770, em Bonn,
Alemanha, mas sua ascendência era
holandesa: o nome de sua família é derivado do nome de uma aldeia na Holanda, Bettenhoven (canteiro de rabanetes), e tem a partícula van, muito
comum em nomes holandeses – não
confundir com o nobiliárquico alemão von. O avô do compositor, também Ludwig van Beethoven, contudo, era originário da Bélgica, e a família estava há poucas décadas
na Alemanha. Vovô van Beethoven era músico. Trabalhava como Kappelmeister (diretor de música da corte)
do eleitor de Colônia e era um artista respeitado. Seu fi– 105
lho, Johann, que viria a ser o pai de Ludwig, menos talentoso, o seguiu na carreira, mas sem igual êxito. Depois da
morte do pai, entregou-se ao alcoolismo, o que traria muitos problemas emocionais ao filho famoso. Johann percebeu que o pequeno Ludwig (que fora batizado assim
em homenagem ao avô) tinha talento incomum para música e tratou de encaminhá-lo à carreira de músico do
eleitor. Mas o fez de forma desastrosa. Obrigava o filho a
estudar música horas e horas por dia, e não raro o batia. A educação musical de Beethoven tinha aspectos
de verdadeira tortura.
Desde os treze anos Ludwig ajudou no sustento da
casa, já que o pai afundava-se cada vez mais na bebida.
Trabalhava como organista, cravista ensaiador do teatro,
músico de orquestra e professor, e assim precocemente
assumiu a chefia da família. Era um adolescente introspectivo, tímido e melancólico, frequentemente imerso em
devaneios e “distrações”, como seus amigos testemunharam.
Em 1784, Beethoven conheceu um jovem conde, de
nome Waldstein, e tornou-se amigo dele. O conde notou
o talento do compositor e o enviou para Viena para que
se tornasse aluno de Mozart. Mas tudo leva a crer que
Mozart não lhe deu muita atenção, embora reconhecendo
seu gênio, e a tentativa de Waldstein não logrou êxito –
Beethoven voltou em duas semanas para Bonn.
Em Bonn, começou a fazer cursos de literatura – até
para compensar sua falta de estudo geral, já que saíra
da escola com apenas 11 anos – e lá teve seus primeiros
contatos com as fervilhantes ideias da Revolução Francesa, que ocorria com o Aufklärung (Iluminismo) e com
o Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto), correntes
não menos fervilhantes da literatura alemã, de Goethe e
Schiller. Esses ideais se tornariam fundamentais na arte
de Beethoven.
Apenas em 1792 Beethoven haveria de partir definitivamente para Viena. Novamente por intermédio do conde Waldstein, dessa vez Ludwig havia sido aceito como
aluno de Haydn – ou melhor, “papai Haydn”, como o novo
pupilo o chamava. A aprendizagem com o velho mestre
não foi tão frutífera quanto se esperava. Haydn era afetuoso, mas um tanto descuidado, e Beethoven logo tratou
de arranjar aulas com outros professores para complementar seu estudo.
Era um pianista virtuose de sucesso nos meios aristocráticos e soube cultivar admiradores. Apesar disso,
ainda acreditava nos ideais revolucionários franceses.
Então surgiram os primeiros sintomas da grande
tragédia beethoveniana – a surdez. Em 1796, na volta
de uma turnê, começou a queixar-se e foi diagnosticada
106 –
uma congestão dos centros auditivos internos. Tratou-se
com médicos e melhorou sua higiene a fim de recuperar a boa audição que sempre teve e escondeu o problema de todos o máximo que pôde. Só dez anos depois, em 1806, que revelou o problema, em uma frase
anotada nos esboços do Quarteto n.o 9 : “Não guardes
mais o segredo de tua surdez, nem mesmo em tua arte!”.
Beethoven, o músico que doou toda sua obra à humanidade. Para Beethoven, sua música era uma verdadeira
missão. A Sinfonia n.o 3, Eroica, sua primeira obra monumental.
Mais tarde Beethoven entraria em grande depressão, da qual só sairia em 1819 de forma exultante. A década seguinte seria um período de supremas obras-primas: as últimas sonatas para piano, as
Variações Diabelli, a Missa Solene, a Nona Sinfonia
e, principalmente, os últimos quartetos de cordas.
Foi nessa atividade, cheio de planos para o futuro (uma
décima sinfonia, um réquiem, outra ópera), que ficou gravemente doente – pneumonia, além de cirrose e infecção
intestinal. No dia 26 de março de 1827, morreria Ludwig
van Beethoven – segundo a lenda, levantando o punho
em um último combate contra o destino.
Joseph Haydn
Compositor austríaco – nasceu
em Rohrau, na Áustria, no dia 31 de
março de 1732 e faleceu em 31 de maio
de 1809. Considerado o iniciador do
classicismo vienense.
Franz Joseph Haydn é um dos
maiores nomes da música erudita. Filho de uma família de artesãos pobres,
estudou em Hainburg e ingressou no coro da Catedral
de Santo Estevão, em Viena. Começa a compor muito
jovem. Toca serenatas em tavernas até ser nomeado, em
1759, diretor musical de uma pequena orquestra do conde Morzin, na Boemia. Em 1761, é contratado pelo príncipe Pál´Antal Esteházy como segundo mestre de capela
em Eisenstadt. Nos últimos anos de vida, trabalha como
compositor oficial do império. Morre em Viena, na ocupação da cidade pelas tropas de Napoleão Bonaparte.
Deixa 104 sinfonias, como “A caça”, 1781, e “Sinfonias
de Paris”, 1785/86, 50 sonatas para piano e 83 quartetos
de cordas; entre eles, destacam-se “Cavaleiro”, 1793, e o
“Quarteto de Quintas”, considerado sua obra-prima.
Sugerimos a leitura, para os alunos, da biografia tanto de Beethoven como de Haydn, dos livros Crianças Famosas, Editora Callis.
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CAPÍTULO 4 – MÚSICA DE PROTESTO
Cantava viva à liberdade,
Mas uma carta sem esperar
Da sua guitarra o separou,
Fora chamado na América...
“Stop! Com Rolling Stones”
“Stop! Com Beatles songs”
Mandado foi ao Vietnã
Lutar com vietcongs...
Ratá-tá
Tatá-rá
Ratá-tá
Tatá-rá
Ratá-tá
Tatá-rá
Ratá-tá
tá
tá
tá
tá
tá
tá
tá
tá...
tá...
tá...
tá...
tá...
tá...
tá...
Era um garoto
Que, como eu,
Amava os Beatles
E os Rolling Stones.
Girava o mundo,
Mas acabou
Fazendo a guerra
No Vietnã...
28
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Não tem amigos
Nem vê garotas,
Só gente morta
Caindo ao chão.
Ao seu país
Não voltará
Pois está morto
No Vietnã...
“Stop! com “Rolling Stones”
“Stop! com Beatles songs”.
No peito um coração não há
Mas duas medalhas sim...
Ratá-tá
Tatá-rá
Ratá-tá
Tatá-rá
Ratá-tá
Tatá-rá
Ratá-tá
tá
tá
tá
tá
tá
tá
tá
tá...
tá...
tá...
tá...
tá...
tá...
tá...
Ratá-tá tá-tá...
Ratá-tá tá-tá...
Capacete usado
na Guerra do Vietnã
pelos soldados do
exército dos EUA.
Cabelos longos
Não usa mais,
Nem toca a sua
Guitarra e sim
Um instrumento
Que sempre dá
A mesma nota,
Ra-tá-tá-tá...
Objetivo:
Mostrar aos alunos mais uma função da música.
Procedimento:
Contar aos alunos como os compositores e músicos
utilizaram a música para protestar contra alguns movimentos políticos e sociais da época em que viveram.
Em todos os lugares do mundo sempre existiram
compositores e músicas protestando sobre os problemas
sociais da sua época.
Trazer para a sala de aula trechos de música de protesto. Sugerimos uma música de Bob Dylan chamada
“Blowin in the Wind” e outras que a professora achar interessante. As músicas nacionais de protesto são tantas
que o professor poderá escolher qual a mais adequada
para a sua classe.
Nessa época, surgiu uma canção que protestava contra a guerra do Vietnã. Ela ficou famosa no
mundo inteiro, inclusive no Brasil. Era uma composição do italiano Lucio Dalla: “C’era um ragazzo
che, come me, amava i Beatles ed
i Rolling Stones.” Foi gravada
pelos italianos Migliacci e,
depois, por Gianni Morandi.
Sua versão em português,
interpretada pela banda de rock
“Os Incríveis”, fez muito sucesso.
Lucio Dalla
Vamos
conhecer a
letra e, depois,
canta-lá.
Era um Garoto
Lucio Dalla
Para saber mais (apenas para o professor)
Era um garoto
Que, como eu,
Amava os Beatles
E os Rolling Stones.
Girava o mundo
Sempre a cantar
As coisas lindas
Da América...
Não era belo
Mas mesmo assim
Havia mil garotas a fim.
Cantava “Help”,
“Ticket To Ride”,
“Oh! Lady Jane” e “Yesterday”...
John Lennon
27
Biografia de Bob Dylan
Cantor e compositor norte-americano de rock folk, um dos ícones da
contracultura, Robert Allen Zimmerman, nome artístico Bob Dylan, nasceu
em 1941 e é considerado um dos maiores compositores do século XX. Bob
Dylan nasceu em Duluth, Minessota,
neto de imigrantes russos e judeus. Na
infância, aprendeu a tocar harmônica e
violão influenciado pelas músicas de Hank Willians, cantor de folk americano. Também gostava de ouvir Little Richard. O primeiro grande sucesso do álbum foi “Blowin in
the Wind”, canção emblemática, considerada uma das
– 107
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maiores no conjunto de seu repertório musical. Foi muito
criticado por ter inserido a guitarra elétrica em suas músicas, fato que desagradou os fãs de folk mais conservadores. Em 1969, no álbum “Nashville Skyline”, a canção
“Lay Lady Lay” foi destaque. Os anos 80 e 90 não foram
períodos férteis musicalmente para Dylan, mas a canção
“Jokerman” foi um hit da década de 80. Depois de um
longo tempo com criações pífias, lançou em 1998 o álbum “Time Out of Mind”, considerado um dos grandes
trabalhos de sua carreira. Dylan influenciou artistas e
bandas importantes, como Rolling Stones e Beatles. A
canção “Like a Rolling Stone” foi considerada pela revista
Rolling Stone como a melhor do século XX.
Biografia de John Lennon
John Lennon (1940-1980) foi um
músico inglês, líder e guitarrista da maior
banda de rock de todos os tempos, The
Beatles. Sua canção “Imagine” se tornou
uma espécie de hino à paz mundial.
John Lennon nasceu em Liverpool,
Inglaterra. Na adolescência liderou a
banda The Quarrymen, que pouco tempo
depois seria integrada também por Paul
McCartney, seu parceiro em inúmeras canções com os Beatles.
De 1962 a 1970, John Lennon viveu o sucesso da
beatlemania pelo mundo inteiro, revolucionando costumes e compondo junto com Paul McCartney músicas
que sempre figuravam entre as 5 canções e álbuns mais
vendidos da década de sessenta.
Em 1966, John Lennon conheceu a artista plástica
japonesa Yoko Ono na época em que era casado com
Cynthia Powell. Lennon casou-se com Yoko em 1969 e
aproveitando-se da ocasião, fizeram uma campanha a
favor da paz ao terem ficado por um mês na cama. O
evento foi intitulado “Bed-in” e serviu de mote contra a
guerra do Vietnã.
Com o fim dos Beatles, em 1970, Lennon já tinha
causado polêmica com o álbum “Two Virgins”, em cuja
capa apareciam ele e Yoko nus. Nos anos 70 o casal
participou de movimentos e campanha contra a guerra
do Vietnã e se juntou a ativistas como Jerry Rubin, Abbie
Hofmann e Angela Davis, o que lhe causou sérios problemas com o governo americano.
Após um período de separação com Yoko, Lennon
reconciliou-se com ela e conseguiu o visto de permanência nos EUA. Depois de 5 anos de reclusão, voltou a
lançar um álbum, o “Double Fantasy”, em 1980. Porém,
é assassinado em frente ao seu prédio por um fã maluco, Mark David Chapman, causando a maior comoção da
história do pop-rock.
Algumas canções, tanto com os Beatles como as
compostas em carreira solo, levam a sua marca pessoal:
“Help”, “In My Life”, “Strawberry Fields Forever”, “Across
the Universe”, “Come Together”, “Give Peace a Chance”, “Instant Karma”, “Mother, “Imagine”, “Happy Xmas”,
“Mind Games” e “Woman”.
Sugerimos realizar uma pesquisa sobre os movimentos da Música Popular Brasileira, como a Jovem Guarda,
Os Novos Baianos, entre outros.
Se o professor é um especialista em música e adota
a flauta doce, sugerimos dar as músicas “9.a Sinfonia” e
“Era Um Garoto” na flauta. As partituras encontram-se no
final do caderno do aluno e deste manual.
108 –
A MÚSICA EVOLUI COM A SOCIEDADE
A MÚSICA EVOLUI COM A SOCIEDADE
Como assim?
Vimos que a
música de protesto
estava relacionada a uma
época da sociedade,
os anos 60.
Mas houve outras formas de protesto, em outras épocas,
que tiveram seus próprios estilos de música.
Vamos ouvir?
A música que você acabou de ouvir chama-se
“Forrobodó”, que também é o título de uma peça de teatro,
que a compositora Chiquinha Gonzaga musicou.
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Vamos conhecer um pouco mais sobre ela?
29
Chiquinha
Gonzaga
Chiquinha Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro em 1847 e
faleceu também no Rio em 1935. Pianista e compositora, foi
uma revolucionária da música brasileira. E, também, a
primeira mulher a reger um orquestra no Brasil.
Ela sempre trabalhou com o gênero musical popular.
Compôs choros, polcas, tangos brasileiros, marchas, fados,
quadrilhas, serenatas, lundus e sambas. Uma incrível variedade
de inventivos sons.
30
A dança do Lundu, Maurício Rugendas, 1835. Esta gravura
retrata parte do ambiente social no período do Brasil-Império.
FESTA JUNINA
Objetivo:
Evidenciar que a música retrata o momento histórico
e social da época em que foi escrita.
Procedimento:
Ouvir com a classe músicas de épocas diferentes nacionais e estrangeiras buscando traduzi-las e contextualizá-las historicamente.
Sugerimos a leitura para os alunos da biografia de
Chiquinha Gonzaga, de Edinha Diniz, que faz parte da
Coleção Mestre da Música no Brasil, Editora Moderna.
Questionamento para ser feito aos alunos: como o
músico de hoje retrata sua insatisfação com os acontecimentos da atualidade?
Comentar sobre os ritmos usados pelos compositores
atuais para compor uma música de protesto. Quais compositores atuais utilizam suas músicas para protestar?
AGORA É COM VOCÊ: CRIANDO UMA MÚSICA DE
PROTESTO – APRESENTAÇÃO DA MÚSICA
Dividir os alunos em grupos e propor que criem uma
melodia de protesto. Cada grupo deverá criar a sua melodia e, depois, apresentá-la para a sala. O rap é um dos
ritmos sugeridos.
Estamos no mês de junho e começam as comemorações das Festas Juninas. Vender convites, ensaiar a
quadrilha, danças típicas, enfeitar a escola... Chega o
dia da festa e pronto! O que fica disso para as crianças?
Qual o significado dos festejos juninos? A Festa Junina é
uma excelente oportunidade de engajar diversas atividades interdisciplinares e de ampliar o universo linguístico,
pois se constitui numa temática rica em que podem ser
explorados diversos tipos de linguagens, resgate de brincadeiras, culinária típica e outros.
A preparação da festa pode e deve estar atrelada ao
conteúdo aplicado em sala de aula. Cada classe pode
ser responsável por uma barraca e cada barraca pode
apresentar transversalmente o projeto trabalhado em
classe. A turma que está estudando os alimentos, por
exemplo, pode ficar encarregada da barraca relacionada
ao assunto e assim em relação aos demais conteúdos
nas diferentes áreas.
Trabalhar danças típicas de todo o Brasil, como a
“Congada”, o “Bumba meu boi”, o “Maracatu”, o “Maculelê”, além da quadrilha. A festa junina pode ser ótima
oportunidade também para apresentar novos instrumentos musicais para as crianças. A escola tem um papel
importante na valorização das tradições; portanto, o importante é desenvolver um projeto que possa integrar a
comunidade escolar durante todo o mês de junho. Incentivar nos alunos o gosto pelas festas juninas, oferecendo-lhes oportunidade de descontração, socialização
e ampliação de seu conhecimento através de atividades
diversificadas, brincadeiras, pesquisa e apresentações
características destes festejos que fazem parte do folclore brasileiro, ressaltando seus aspectos popular, social
e cultural, e permitindo, assim, conhecer a origem e as
características das festas juninas.
Destacamos, aqui, alguns objetivos que devem fazer
parte desse projeto:
• Conhecer a origem e as características da festa junina;
• Admirar e respeitar o trabalho do homem do campo;
• Desenvolver a socialização da criança, incentivando
o trabalho em grupo;
• Ouvir com interesse as informações trazidas pelos
colegas;
• Valorizar a tradição das festas juninas;
• Socializar com a comunidade escolar e familiar;
• Desenvolver a linguagem oral e escrita;
• Ampliar o vocabulário;
• Estimular a criatividade e a imaginação através de
atividades relacionadas ao tema;
• Desenvolver a valorização do homem do campo e de
suas atividades;
• Incentivar o gosto pela culinária junina;
• Conscientizar sobre os perigos dos balões e fogos
de artifício;
• Propiciar às crianças a participação em diversas brincadeiras.
O importante é que a preparação da festa pode e
deve estar atrelada ao conteúdo aplicado em sala de aula.
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CAPÍTULO 5 – VAMOS CANTAR
As sugestões desta seção deverão ser trabalhadas
ao longo do semestre.
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Vira Virou
E tomar banho de sol!
Banho de sol!
Banho de sol!...
Kleyton e Kledir
Baila Comigo!
Como se baila na tribo
Uh! Uh! Uh!
Baila ba, ba
Baila Comigo!
Lá no meu esconderijo
Ai! Ai! Oh!...
Baila Comigo!
Ah! Ah! Uh! Uh!
Como se baila na tribo
Baila ba, ba
Baila Comigo!
Lá no meu esconderijo
Ai! Ai! Ai!...
Vou voltar na primavera
E era tudo que eu queria
Levo terra nova daqui
Quero ver o passaredo
Pelos portos de Lisboa
Voa, voa que eu chego já.
Ai se alguém segura o leme
Dessa nave incandescente
Que incendeia minha vida
Que era viajante lenta
Tão faminta de alegria
Hoje é o porto de partida.
Ai! Ai! Ai!...
Baila comigo!
Como se baila na tribo
Baila ba, ba
Baila Comigo!
Lá no meu esconderijo
Ai! Ai! Ai!
Baila Comigo!
Como se baila na tribo
(Que loucura!)
Baila ba, ba
Baila Comigo!
Lá no meu esconderijo
Ai! Ai!Ai!...
Lá no meu esconderijo
Ai! Ai! Ai!...
Sol! Sol! Sol!
Ah! Vira virou
Meu coração navegador
Ah! Gira girou
Essa galera.
E tomar banho de sol
Banho de sol!
Banho de sol!
Banho de sol!...
Ah!
Baila Comigo!
Como se baila na tribo
Baila!
Baila Comigo!
Lá no meu esconderijo
Ai! Ai! Ai!
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Borboleta
Zélia Duncan
Música é que nem borboleta
Ela voa pra onde quer
Ela pousa em quem quiser
Não é homem e nem mulher.
Música que sai da gaveta
Se traveste na voz de alguém
Quando entra dentro da cabeça
Não é sua nem de ninguém.
Te invade, te assalta e te faz refém
Se a rima não vem, já sabe
Bater palma com a mão
E quando chegar o refrão
Bater com os pés no chão.
Se não decorar a letra
Pode cantar ola e larala,
A melodia pode assoviar
Pode até dar um berro, pode berrar.
Às vezes ela é como um ladrão
Ou como um convidado trapalhão,
Depois que entra, não quer mais sair
Quer repetir, repetir, repetir.
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Te invade, te assalta e te faz refém
Se a rima não vem, já sabe
Bater palma com a mão
E quando chegar o refrão
Bater com os pés no chão.
Verde, branca, azul ou vermelha
Também tem música de toda cor
De acalanto, de baile de amor
De restaurante, de elevador.
Música é que nem borboleta
Sai do casulo do alto-falante
Do carrossel e da roda gigante
Pra que você e todo mundo cante.
Te invade, te assalta e te faz refém
Se a rima não vem, já sabe
Bater palma a mão
E quando chegar o refrão
Bater com os pés no chão.
Te invade, te assalta e te faz refém
Se a rima não vem, já sabe
Bater palma a mão
E quando chegar o refrão
Bater com os pés no chão.
Te invade, te assalta e te faz refém
Se a rima não vem, já sabe
Bater palma com a mão
E quando chegar o refrão
Bater com os pés no chão.
La
La
La
La
la
la
la
la
la
la
la
la
la
la
la
la
la
la
la
la
la
la
la
la.
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Sugestões de livros para o professor:
•
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Educação sonora e musical: oficina de sons, de Silvio Costa, Editora Paulinas.
Entendendo a Música, de Pablo Y Castro, Editora Setembro.
50 Jogos e Dinâmicas para o Ensino Musical, de Pablo Y Castro, Editora Setembro.
Outras Terras, outros sons, de M. Berenice de Almeida & Magda Dourado Pucci, Editora Callis.
Música para crianças – Um passeio pelos movimentos, autores, diretores e instrumentos mais importantes
da História da Música, Editora Ciranda Cultural.
– 111
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