biomonitoramento das concentrações de ozônio ao longo

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XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia
25 a 28 de setembro de 2012
Porto de Galinhas – PE
BIOMONITORAMENTO DAS CONCENTRAÇÕES DE OZÔNIO AO LONGO DE
MUDANÇAS NA OBTENÇÃO DE ENERGIA DE UMA REFINARIA DE PETRÓLEO, EM
CUBATÃO (SP)
Pedro I. L. S. de Assis¹*; Regina M. de Moraes¹
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[email protected] (Instituto de Botânica de São Paulo, São Paulo)
[email protected] (Instituto de Botânica de São Paulo, São Paulo)
A floresta Atlântica, em Cubatão, é afetada pela poluição emitida por indústrias locais. A Refinaria
Presidente Bernardes, instalada próxima ao sopé da Serra, mudou, recentemente, seu modo de obtenção de
energia, substituindo a queima de óleo cru em caldeiras por uma Usina Termoelétrica (UTE) movida a gás
natural. Pressupunha-se a diminuição da concentração de alguns poluentes, porém o aumento do ozônio.
Nicotiana tabacum L. Bel-W3 (Solanaceae) é uma espécie herbácea, sensível ao ozônio, que responde com
injúrias foliares visíveis. Portanto, foi utilizada neste estudo para avaliar uma possível mudança no perfil das
concentrações de ozônio no entorno da refinaria. O experimento iniciou um ano antes da UTE entrar em
funcionamento e prosseguiu até cinco meses após as caldeiras serem desligadas. Mudas de N. tabacum BelW3 foram produzidas e cultivadas em casa de vegetação sob ar filtrado, de modo padronizado. Após 45 dias,
as plantas (n=6) foram expostas em oito pontos distribuídos perto da refinaria (CEPEMA e Centro, ao nível
do mar) e Serra do Mar (CM1, CM2, CM3, CM4, CM5 e CM6, a 105; 215; 300; 345; 430; e 685 m.s.n.m.,
respectivamente), e também em uma região considerada referência (RP). A cada 15 dias, avaliou-se o
número de folhas com injúrias (Índice de severidade, em %), e estimou-se a superfície foliar coberta por
injúrias, usada para calcular o índice de injúria foliar (IIF, em %). Os dados foram divididos em três fases:
óleo cru, transição e gás natural. Plantas do CM6 apresentaram sempre as maiores porcentagens de IIF. Com
o início da operação da UTE (transição), as porcentagens de severidade e IIF de plantas do CM2, CM3 e
CM4 aumentaram consideravelmente, diferindo estatisticamente de plantas em locais próximos a fontes de
poluição (CEPEMA e Centro), e do local de referência (RP), que obtiveram as menores porcentagens ao
longo do estudo. Ao final (gás natural), os valores de ambas as variáveis diminuíram para plantas de todos os
pontos, embora plantas do CM2, CM3 e CM4 obtiveram porcentagens para severidade que não diferiram
estatisticamente das do CM6. Para um mesmo ponto entre as fases, plantas do CM3 demonstraram diferença
para a severidade, com o período de transição sendo diferente da primeira fase, enquanto plantas do CM2,
CM3 e CM4 sinalizaram diferenças para o IIF, com o período de transição diferindo das demais. Portanto, ao
final das mudanças na refinaria, plantas situadas na meia-encosta indicaram uma piora na qualidade do ar
com relação ao ozônio. (*Bolsista FAPESP 2010/05102-8. Apoio PETROBRAS).
Palavras-chave: biomonitoramento, ozônio, Nicotiana tabacum Bel-W3
Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
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