IV Congresso de Pesquisa e Extensão da FSG SÍNDROME DE

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IV Congresso de Pesquisa e Extensão da FSG
II Salão de Extensão
http://ojs.fsg.br/index.php/pesquisaextensao
ISSN 2318-8014
SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Eduardo Reis Estevesa, Maitê Silva Vicente dos Santosa,b, Alexandra Renostoc, Renata
D`Agostini Nicolini-Panissonb,c,d
a)
Acadêmicos do curso de graduação em fisioterapia da Faculdade da Serra Gaúcha; b Grupo de Pesquisa em
Fisioterapia Neurofuncional da Faculdade da Serra Gaúcha; c) 3- Professoras do Curso de Fisioterapia da
Faculdade da Serra Gaúcha
Informações de Submissão
d)
Autor correspondente Renata
D`Agostini Nicolini-Panisson, Rua Os
Dezoito do Forte, 2366 - Setor:
fisioterapia - Caxias do Sul - RS CEP: 95020-472 Caxias do Sul, RS,
[email protected].
Palavras-chave:
Síndrome Guillain-Barré; Neuropatia desmielinizante; Zika Vírus.
INTRODUÇÃO: Em decorrência do aumento de casos de Síndrome de Guillain-Barré
(SGB) no Brasil, a presente revisão bibliográfica, visa esclarecer os aspectos clínicos e
fisiopatológicos da doença, que está sendo relacionado ao aumento de incidência nos casos de
infecção por Zika. Com o surto de Zika vírus no Brasil torna-se ainda mais importante o
estudo da patologia, afim de compreender seus sinais iniciais e evitar que seus sintomas sejam
agravados, contribuindo assim para uma diminuição das limitações dos seus portadores.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: O sistema nervoso como um todo é considerado um
órgão de alta complexidade anatômica e fisiológica, sendo o neurônio, composto por
dendritos, corpo celular e axônio, sua unidade funcional. (LENT, 2008; LUNDY-EKMAN,
2008; SOUZA et al., 2007). A SGB é uma das polineuropatias periféricas mais frequente, a
qual é caracterizada pela degeneração da bainha de mielina, tecido responsável pela
condutibilidade do impulso nervoso e que envolve o axônio. (BOLAN et al., 2007; TUACEK
et al., 2013). MATERIAL E MÉTODOS: A disposta revisão bibliográfica foi realizada
através de uma pesquisa nas bases de dados, LILACS, SciELO e Google Acadêmico,
utilizando o seguinte filtro: texto completo. Foram utilizados artigos dos últimos nove anos.
Além disso, foram utilizados livros-texto para complementar a pesquisa. RESULTADOS E
DISCUSSÕES: Tuacek et al. (2013), classificam a SGB em Polineuropatia Inflamatória
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Aguda Desmielinizante e Neuropatia Motora Axonal Aguda, sendo respectivamente
caracterizadas pela presença de células inflamatórias e distúrbio autoimune, no qual
acarretaram na desmielinização axonal. A etiologia da SGB ainda é desconhecida, porém
sabe-se que alguns fatores podem estar relacionados com o desenvolvimento da mesma, sendo
a mais citada atualmente as infecções virais. (BOLAN et al., 2007; TUACEK et al., 2013).
Dentre os sinais e sintomas que acometem os indivíduos portadores de SGB destaca-se a
perda progressiva e momentânea das vias motoras e sensitivas, que incialmente comprometem
as extremidades. Em casos agudos o indivíduo pode apresentar distúrbios respiratórios, de
deglutição e até mesmo a desregulação do sistema nervoso autônomo podendo levar a morte.
(BOLAN et al., 2007; SOUZA et al., 2007). Segundo Souza e Souza (2007) a doença progride
geralmente em 3 à 4 semanas até atingir seu ápice, podendo variar e durar até meses. Após o
período de progressão dos sintomas, a doença passa por uma fase estabilizada por dias ou
semanas, onde há uma recuperação gradativa da função motora. O diagnóstico da SGB é
realizado através da anamnese, exame físico, análise do líquido cefalorraquidiano e exame
eletrofisiológico. (SOUZA et al., 2007). O tratamento pode variar de acordo com o grau de
acometimento de cada paciente, apresentando como opção de medicamentos a aplicação de
imunoglobulina intravenosa, plasmaferese e glicocorticoides. (SOUZA et al., 2007; TUACEK
et al., 2013; WAJNSZTEJN, 2003). O tratamento fisioterapêutico é imprescindível na
reabilitação de pacientes com SGB, variando seus objetivos e condutas de acordo com o
comprometimento de cada indivíduo. Sendo que nos casos mais leves prioriza-se a
independência funcional, fazendo uso de recursos de cinesioterapia, hidroterapia, treino de
marcha, entre outros recursos disponíveis. Já em pacientes críticos, além de mobilizações
precoces a fisioterapia respiratória torna-se um elemento de extrema importância. (SOUZA et
al., 2007; TUACEK et al., 2013). Vasconcelos (2015) relaciona o aumento de casos do Zika
com a globalização e modificações climáticas que facilitam a propagação do vírus, assim
como o aumento de voôs internacionais, que favorecem o deslocamento de pessoas com o
vírus incubado. (NASCIMENTO et al., 2012). Neste sentido, relaciona-se o aumento da SGB
com o crescimento da incidência de infecções pelos vírus Zika, Chikungunya, Dengue, o que
pode acarretar grandes prejuízos na saúde pública. CONCLUSÃO: Através do presente
estudo foi possível esclarecer os aspectos anatomofisiológicos da SGB, desde o seu
surgimento, desenvolvimento e regressão. Sabendo da relação epidemiológica da SGB com
infecções virais e tendo em vista o aumento dos casos de Zyka-Vírus, salienta-se a
importância de atos preventivos contra proliferação e contaminação por este vírus.
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REFERÊNCIAS
BOLAN, R. S.; DAL BÓ, K.; VARGAS, F. R.; MORETTI, G. R. F.; ALMEIDA, L. P.;
ALMEIDA, G. K. P.; DIAS, P. V. L. Síndrome de Guillain-Barré. Revista da AMRIGS, v.
51, p. 58-61, 2007.
LENT, R. Neurociência da mente e do comportamento. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2008.
LUNDY-EKMAN, L. Neurociência: fundamentos para reabilitação. 3 ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2008.
NASCIMENTO, V. L. S.; BORBA, G. S.; LEITE, M. B.; GARABINI, M. C. Protocolo
Hidroterápico na Síndrome de Guillain-Barré – Estudo de Caso. Revista de Neurociência, v.
20, p. 392-398, 2012.
SOUZA V. S.; SOUZA MAF. Síndrome de Guillain-Barré sob os cuidados de enfermagem.
Revista Meio Ambiente Saúde, v. 2, p. 89-102, 2007.
TUACEK, T. A; TSUKIMOTO, G. R.; FIGLIOLIA, C. S.; CARDOSO, M. C. C.;
TSUKIMOTO, D. R.; ROSA, C. D. P.; IMAMURA, M.; BATTISTELLA, L. R. NeuropatiasSíndrome de Guillain-Barré: reabilitação. Acta Fisiatria, v. 20, p. 89-95, 2013.
VASCONCELOS, P. F. C. Doença pelo vírus zika: Um novo problema emergente nas
américas. Pan-Amaz Saúde, v. 6, p. 9-10, 2015.
WAJNSZTEJN, R. Patologias Neurológicas da Infância e Adolescência: aspectos práticos.
1 ed. São Paulo: Atheneu, 2003.
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