Bacia do Paraná - RedeAPLmineral

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Bacia do Paraná:
Rochas e solos
Almério Barros França
Petrobrás
Claudinei Gouveia de Oliveira
Instituto de Geociências-UnBi
Bacia Hidrográfica do Rio Paraná
versus
Bacia Sedimentar do Paraná = Bacia do Paraná
Bacia do Paraná:
Mais de 1 milhão de km2, só no Brasil, com
extensões na Argentina, Paraguai e Uruguai
fazendo um total de 1,6 milhão de km2.
Uma das maiores bacias sedimentares do
planeta.
Mapa Geológico
da
Bacia do Paraná
Uma das maiores
bacias sedimentares
do planeta.
Mais de 1 milhão de km2, só no
Brasil, com extensões na Argentina,
Paraguai e Uruguai fazendo um total
de 1,6 milhão de km2.
Notar que grande parte da bacia
está coberta por rochas vulcânicas
da Formação Serra Geral (cor
verde escuro).
No norte, incluindo a região de
Jataí, ocorre, sobre as rochas
vulcânicas, os arenitos do Grupo
Bauru (verde claro).
Mapa Geológico
da
Bacia do Paraná
Indicações de Espessuras:
Na parte central, a bacia
tem mais de 7.000 metros
de espessura.
NM
6.600m
Bacia do Paraná: Seção Geológica Regional
Carta Estratigráfica da
Bacia do Paraná
montada a partir de dados de afloramentos
e de poços para petróleo.
Notar que as primeiras rochas
sedimentares da Bacia do Paraná
são do Ordoviciano, cerca de 450
milhões de anos atrás.
Notar a grande variedade de
ambientes sedimentares,
indo de glacial à eólico,
marinho a continental.
Na região de Jataí, as rochas mais
Importantes são os basaltos da
Formação Serra Geral, arenitos da
Formações Bauru e Botucatu, além
de calcários da Formação Irati, em
Perolândia
Na região de Caiapônia, as
rochas mais importantes são
os arenitos da Formação
Aquidauana e os folhelhos da
Formação Ponta Grossa.
Bacia do Paraná
Mapa de Poços Perfurados
para petróleo, desde a
década de 1950.
A maioria das rochas em uma
bacia sedimentar está soterrada,
apenas uma pequena parte aflora,
ou está na superfície. Os poços
perfurados contém informações
preciosas para se entender a
composição das rochas, idades e
a evolução de uma bacia
sedimentar.
A Bacia do Paraná tem cerca
de 140 poços para petróleo e
centenas de poços para água
subterrânea.
BACIAS
SEDIMENTARES
BRASILEIRAS
A seguir, algumas ilustrações de
rochas
aflorantes
Paraná,
mostrando
na
os
Bacia
do
diferentes
ambientes sedimentares, ao longo
do tempo.
Não se pretende mostrar todos as formações
da bacia, apenas alguns exemplos clássicos.
Borda Oeste da Bacia do Paraná
Arenitos Fm Alto Garças
Filitos do Grupo Cuiabá - embasamento
Arenitos Formação Alto Garças (Ambiente fluvial): Ordoviciano (cerca de 460 Ma)
Filitos Grupo Cuiabá: Precambriano (cerca de 900 Ma?)
Próximo à cidade de Cuiabá – MT.
Arenitos Formação Furnas (Ambiente fluvial): Devoniano (cerca de 410 Ma)
Escarpas do Devoniano – Paraná.
Foto R. Siqueira
Formação Ponta Grossa (Ambiente marinho): Devoniano (390 Ma).
Próximo à Caiapônia – estrada para Doverlândia
Grupo Itararé (Ambiente glacio-marinho): Carbonífero (300 Ma).
Pedreira da Lapa, PR.
Grupo Itararé (Ambiente glácio-marinho): Carbonífero (300 Ma).
Pedreira Itauna, SC.
Arenitos Formação Rio Bonito (Ambiente Deltáico): Permiano (280 Ma).
Vidal Ramos, SC.
Calcário Formação Irati (Ambiente marinho restrito/lagunar hipersalino):
Permiano (cerca de 270 Ma)
Arenitos Asfálticos Formação Pirambóia (Ambiente Eólico – Deserto):
Triássico (cerca de 240 Ma)
Fazenda Betumita – SP.
Arenitos com Estratificação Cruzada Formação Botucatu
(Ambiente Eólico – Deserto): Jurássico (cerca de 140 Ma)
Estrada Jataí-Estância.
Foto Tininho.
Contato Arenitos Formação Botucatu/ Basaltos Formação Serra Geral
Torres, RS.
Basaltos Formação Serra Geral (Vulcanismo): Cretáceo (137 Ma)
Foz do Iguaçu (durante uma seca excepcional)
Reconstituição da Provincia Basáltica do
Continente Gondwana
Fonte: Cox (1978), Nature, 274, 47-49.
25/50
Bacias
Sedimentares
Brasileiras
Notar que há bacias
sedimentares terrestres
(Paraná, Amazonas) e
marinhas (Campos,
Santos)
Algumas Bacias
possuem uma parte
marinha (submersa)
e outra aflorante
(emersa) como a Bacia
Potiguar, no Rio Grande
do Norte.
Cada bacia tem suas
riquezas típicas, sejam
minerais, petróleo,
água subterrânea,
solos, vegetação, etc.
A maior riqueza da Bacia do Paraná talvez seja o gigantesco
aquífero das formações Botucatu e Pirambóia, conhecido
como Aquífero Guarani.
Usina da SIX – Superintendência de Exploração do Xisto
São Mateus do Sul, PR.
Uma importante riqueza da Bacia do Paraná
Pedreira da SIX – Folhelhos Pirobetuminosos da Formação Irati
Na usina SIX, os folhelhos são transformados em barris de petróleo e gás
Plantação de Milho no Munícipio de Jataí.
O Solo é uma das grandes riquezas na Bacia do Paraná.
Quando associada à topografia plana, é um grande potencial
produtor de grãos, desde o sul do país, até o Mato Grosso.
Pode-se definir solo como o produto de alteração física e química das rochas.
Solo
Folhelho (rocha-mãe, sem alteração química)
Formação Irati
SIX
Solo Derivado dos Diamictitos
Diamictitos do Grupo Itararé
Solo Derivado dos Folhelhos do Grupo Itararé
Folhelhos do Grupo Itararé
Solo em Formação
Basalto Em Alteração
Sudoeste Goiano
Basalto Puro
Foto: Tininho
O processo de alteração química e física do basalto, em clima tropical,
passa por um estágio conhecido como esfoliação esferoidal.
Foto: Tininho
Solo praticamente formado
Esfoliação esferoidal
Foto: Tininho
CLIMA
O Clima é o fator mais importante na formação dos solos.
Em climas húmidos, os solos tendem a ser espessos
Em climas áridos, os solos são delgados, ou inexistentes
Um mesmo tipo de rocha forma solos diferentes, se
exposto à climas distintos.
Calcário no clima seco da Chapada Diamantina na Bahia.
Calcário no clima seco da Chapada Diamantina na Bahia.
Calcário Dolomítico no Kentucky, USA –
verão quente e húmido e inverno rigoroso
Kentucky: Resultado - Solo pouco espesso, mas rico.
Zooflora em Jataí –
“Terra Rossa” – Resultado de alteração química de basaltos em Clima Tropical.
Solo rico em nutrientes – pois a rocha mãe, basalto, é naturalmente rica em
elementos essenciais para as plantas – a cor vermelha é devido à grande
quantidade de ferro nos basaltos.
Islândia: Praticamente todo o país está em cima de basaltos.
No entanto, quase não há solos na Islândia pois, além
de, geologicamente os derrames serem novos, o clima sempre
muito frio, não favorece alteração química das rochas.
Islândia: Rio de Águas Cristalinas correndo sobre basaltos.
As águas são extremamente limpas, pela ausência de solos!
Mais um exemplo da Islândia.
Esta é uma das regiões com algum solo na Islândia.
SOLO ARENOSO
Algumas rochas são compostas por minerais que não
se alteram quimicamente.
Estas rochas não formam solos como os descritos
aqui, até o momento.
São os arenitos, que são constituidos por
grãos de quartzo, estáveis na natureza e não se
transformam em minerais argilosos.
Na realidade, os arenitos se decompõem e os grãos de
quartzo ficam soltos e formam os solos arenosos, típicos
dos terrenos onde afloram os arenitos da Fm Bauru.
Portanto, se uma região só tiver arenitos como rochas
aflorantes, o solo será arenoso e pobre em nutrientes.
Solos arenosos das formações
Botucatu e Baru
Foto: Meco
O Solo é, portanto, uma dádiva da natureza que leva milhares ou até milhões
de anos para se formar – devemos manuseá-lo com cuidados. Senão....
Vai ter problemas com o Dr. Othon Leonardos.....
O Cenozóico e
principais unidades
litoestratigráficas
representando 32,4%
da área do Brasil
Formação Cachoeirinha
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