Sonia Terezinha Dalpissol Pereira Estabelecimento

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OAC – Objeto de Aprendizagem Colaborativa
Situação:
Autor: Sonia Terezinha Dalpissol Pereira
Estabelecimento: C. E. São Pedro Apóstolo
Ensino: Médio
Disciplina: Língua Italiana
Conteúdo Estruturante: Discurso
Conteúdo Específico: Fonologia e fonética da língua italiana
Cor do conteúdo:
Palavras-chaves: Música, história, mudanças
1 Recurso de Expressão:
1.1 Problematização do conteúdo:
Relato:
Chamada para o relato: A música italiana é sempre identificada como
romântica: podemos desmistificar esse estereótipo?
Texto:
Este objeto de aprendizagem colaborativo, tem como intuito relativizar a
idéia de que a música italiana é sempre ou somente romântica.
Atualmente, a Itália está empenhada em mostrar uma imagem de país
moderno, dinâmico, em expansão econômica, projetado para o futuro. Não se
pode mais pensar numa Itália como sinônimo somente de arte e cultura antigas.
Hoje a Itália é conhecida também pela moda, gastronomia, cinema, designer e
música. Porém, a idéia que ainda se tem da música italiana não mudou e talvez
não representa mais a realidade. Quando falamos em música italiana, a maioria
das pessoas lembra do romântismo das letras e melodias que conhece. Mas as
canções italianas não são feitas somente de letras e melodias românticas.
Com frequência, os estudantes de italiano conhecem como expressão
musical italiana, trechos de obras como “O Sole Mio” e “Torna a Soriento”,
algumas outras músicas cantadas pelos imigrantes e canções que traduzem o
motivo pelo qual se classifica a música italiana como romântica. São as músicas
lançadas no Brasil, nos anos ‘60/ ’70, tais como: Dio Come Ti Amo, Champagne,
Roberta, Volare, e outras. Mais recentemente, alguns outros cantores fazem
sucesso por aqui. Eros Ramazzotti, Andrea Bocelli, Laura Pausini e Pavarotti.
Muitos são apresentados ao público cantando temas de personagens de novelas
brasileiras.
Esta imagem também está ligada à maneira como se vê e se representa,
principalmente fora da Itália, o italiano: romântico, emotivo e passional. Porém, a
diversidade
de personalidades é tão grande quanto é vasta a diversidade
musical. Seguindo tendências internacionais, a Itália ouve e produz os mais
diversos estilos musicais: das canções líricas das óperas à canção de protesto, à
música “leggera” (popular), ao rock, ao folk, rap, jazz, blues, entre outros.
Referência bibliografica:
Traduzido e adaptado de L. Castagnaro, Cantare l’ italiano, Edizioni Guerra,
Perugia,1990.
http://wikipedia.org Acessado em (mês.ano): novembro/2007
http://romacivica.net Acessado em (mês.ano): novembro/2007
Contextualização:
Panorama da música italiana em décadas importantes.
As canções de protesto
As canções de protesto são representativas do período pós-guerra. Canto
e política na história da Itália da Resistência. “Bella Ciao” de hino da resistência
passa a canto antiglobal do G8.
Os Anos ‘50
São os anos da reconstrução da Itália depois da 2ª guerra mundial: os
valores italianos da família, do trabalho e dos bons sentimentos.
Principais representantes desta época: Domenico Modugno, Renato
Carosone e Fred Buscaglione.
Os Anos ‘60
As canções italianas dos anos ’50 eram dramáticas, cheias de retórica e
nostálgia, mas no festival de San Remo de ’58 Dominico Modugno apresentou a
canção “Nel blu, Dipinto di Blu”, assinalando, assim, o início de uma nova época
para as músicas italianas, influenciadas sobretudo pela música americana. Os
cantores e compositores dessa nova música eram intelectuais que falavam de um
mal-estar interior, de solidão, de amores infelizes, pois não queriam falar só da
realidade cheia de contradições, de hipocrisia da sociedade.
São os anos do “milagre econômico italiano”. Os principais “cantautori”
desta época são: Luigi Tenco, Gino Pauli, Giorgio Gaber, Enzo Jannacci, Adriano
Celentano, Lucio Battisti e Mogol.
Os Anos ‘70
Os anos ’70 foram marcados pela contestação juvenil e estudantil iniciada
em ’68 em vários países europeus. Os jovens vivem em conflito com os pais e a
sociedade burguesa que os circula. Os modelos de vida e os valores mudaram,
se exige, agora, maior liberdade. As mulheres começam a revindicar os seus
direitos. A música também vai refletir esse período de crise econômica e social,
existem as canções de protesto, onde a música tem sempre menos importância
em relação ao conteúdo, expresso numa linguagem cotidiana. As canções
apresentam textos de engajamento civil. Os mais importantes expoentes deste
período são: Fabrizio de Andrè, Francesco de Gregori, Ivano Fossati, Francesco
Guccini, Edoardo Bennato, Fanco Battiato, Roberto Vecchioni, Claudio Baglioni,
Lucio Dalla, Antonello Venditi e Paolo Conte.
Os Anos ‘80
Os protestos políticos e sociais dos anos ’70 perderam forças. Os jovens
voltaram a ver a família como lugar de refúgio, porto seguro. A música italiana é
obrigada a conviver com a invasão
da música anglo-americana. Assim, os
cantores e compositores, que continuam resistindo, devem encontrar novas
soluções para adequar a linguagem aos novos ritmos, obetendo ainda um notável
sucesso. Principais representantes da época: Fiorella Mannoia, Vasco Rossi,
Enrico Ruggeri, Luca Carboni, Luciano Ligabue e Jovanotti.
Os Anos ‘90
Nos anos ’90, com a velocidade das informações através da televisão e da
internet, os países do mundo todo estão em constante relação política, econômica
e cultural, procurando conhecer-se em todas as formas de expressão.
No campo da música
também passa a existir a necessidade de se
conhecer novidades: novos ritmos, estilos diferentes e representativos de outras
culturas.
O romântismo que antes representava a música italiana no mundo todo, foi
sendo substituido por experimentações de novos sons e gêneros musicais
diversos. A globalização passou a influênciar também o ambiente musical italiano,
pondo o público em contato com outros ritmos e gêneros: da música clássica,
melódica ao rap, funk soul, blues, gospel, música étnica, etc.
Com o refluxo dos anos ’90 nascem autores que conjugam um gosto pósmoderno com a profundidade de textos próxima a daqueles dos precursores.
Entre os maiores representantes estão: Samuele Bersani, Daniele Silvestri,
Carmen Consoli, Max Gazzè, Max Pazzoli e gli 883, Niccolò Fabi, Vinicio
Capossela, Gianmaria Testa, Articolo 31,Alex Britti,Marina Rei, Nek , Jovanotti,
Neri per Caso, Laura Pausini, Gianluca Grignani, Paolo Valesi, Andrea Bocelli,
Syria, Antonella Ruggiero e outros mais.
Referência Bibliográfica:
Texto traduzido e adaptado de :
CASTAGNARA, Lidia. Cantare l’ italiano. Materiale per l’ apprendimento
dell’ italiano attraverso le canzoni. Edizioni Guerra, Perugia, 1990.
ZAVAGLIA, Claudia. RAMOS, Maria Celeste Tommasello. SOARES, Edi
Nelson Vicente. PIZZOLITO, Mariana. Canzoni Italiane Degli Anni ’90. Attività
Didattiche Per L’ Insegnamento Della Lingua Italiana Come L2. São José do Rio
Preto: Casa do Livro,2001.
2 – Recursos de Investigação:
2.1 Investigação Disciplinar:
Texto:
Nos anos sessenta as músicas começam a entrar em todas as casas por
meio do rádio e da tv, e contribuem, assim como outras formas de espetáculo, a
difundir a língua italiana padrão, que neste período era falada somente por cerca
de 30% da população.
As letras das músicas italianas da década de setenta exprimem, através de
metáforas, o protesto contra a burguesia e a sociedade inteira e se transformam
no eco dos confrontos sociais desse momento.
Alguns cantores/compositores dos anos setenta como Lucio Dalla e
Fabrizio de Andrè continuam a propor novas letras com grande sucesso,
enquanto que os anos oitenta viram nascer e crescer cantores como Eros
Ramazzotti e Zucchero que se impuseram também no mercado internacional. A
música neste período vê seu consumo crescer de forma muito veloz, com a
transmissão através da tv, do rádio e também porque é difundida e dançada nas
discotecas. O Festival de San Remo (que nasceu em 1951) se renova a partir dos
anos ’80, apresentação, deixa de ser apenas uma competição entre músicas
italianas para ser um grande espetáculo musical de interesse em todo o mundo,
pois passa a apresentar convidados internacionais e famosos cantores italianos.
Nos anos ’90, a velocidade de informação supera todas as expectativas.
Com a difusão da internet, a comunicação entre os povos é extremamente rápida
havendo assim uma troca de informações sobre todas as áreas do conhecimento
humano.
As influências entre culturas são agora muito mais freqüentes e, pode-se
dizer, até necessária. No campo musical, cantores e compositores tentam outras
experiências com ritmos e gêneros novos.
A Itália não é exceção, um número crescente de cantores procura inovar
suas músicas. As canções compostas por Jovanotti, são exemplo da pesquisa
sobre novos ritmos e estilos e estão sempre em mudança.
A influência da India se pode ver nar canções de Gianluca Grignani, e é lá
que Antonella Ruggiero decide, na metade dos anos noventa, retornar a cantar,
agora na carreira solo.
O “Articolo 31” (DJ Jad e J. Ax) se conhecem em 1990, numa festa hip, e
descidem montar uma banda. O nome do grupo foi sugerido por um professor
universitário por ser o artigo da lei irlandesa que regula a liberdade de expressão.
Eles utilizam clássicos italianos e intrnacionais para compor o seu rap.
A cultura negra está presente na música de Carmen Consoli, Marina Rei e
Dirotta su Cuba. As duas cantoras, Carmen e Marina, foram influenciadas pelos
pais a escutar o funk, o soul, o rythm’n’blues, e outros gêneros musicais. Desde
muito pequena, Marina Rei aprendeu a tocar instrumentos de percussão, se
aproximando assim, de músicas representativas da cultura negra.
Mesmo o pop italiano, representado por alguns de seus interpretes: Nek,
Alex Britti e os 883, se enriquecem constantemente dos mais variados elementos
musicais.
Laura Pausini e Andrea Bocelli são conhecidos e apreciados em vários
países do mundo. A cantora se fez conhecer através de sua veia melódica, mas
nos últimos discos temos a presença de alguns ritmos diferentes, mais dançáveis.
Andrea Bocelli faz a música clássica ser difundida em todo mundo, onde antes
esse gênero musical era restrito a um grupo muito pequeno de apreciadores.
Os “Neri per Caso” são um grupo formado por seis rapazes de Salerno
(Campania) que se conhecem desde pequenos. Os seis começam a cantar junto
em 1991, no estilo “a capella” (sem Instrumentos) e, antes de se tornarem
famosos, cantam nos espaços culturais da província e em festas locais. Em 1994
vencem o primeiro lugar no Festival de San Remo, com a música “Ragazze”, na
categoria “novas propostas”. O Primeiro álbum, “Le Ragazze”, sai em 1995 e
difunde um estilo musical pouco conhecido até aquele momento, uma verdadeira
inovação na música italiana.
As mudanças ocorridas na música são os reflexos da globalização.
Portanto, aquele mito da música italiana somente romântica já não corresponde à
realidade da Itália.
Referência Bibliográfica:
Texto traduzido e adaptado de:
Canzoni Italiane degli Anni ’90: Attività didattiche per l’Insegnamento della Lingua
Italiana come L2/ Claudia Zavaglia, Maria Celeste Tommasello Ramos...(et al.)São José do Rio Preto: Casa do Livro, 2001.
2.2 Perspectiva Interdisciplinar:
Título : O Diálogo com a História e a Sociologia através dos Textos das Músicas
Texto:
As aulas de língua italiana, principalmente com o uso de canções, dialoga
intimamente com as disciplinas de história e sociologia.
Dialoga com a sociologia pois os textos musicais refletem as mudanças sociais e
a evolução dos costumes de uma sociedade.
Dialoga com a história quando podemos através de suas letras analisar as
sucessões de acontecimentos históricos e culturais das épocas em que tais
canções foram compostas.
Os textos das canções são materiais autênticos, representativos de um particular
momento histórico.
Utilizando-se de um percurso cronológico através dos acontecimentos históricos e
socio-culturais mais importantes do panorama italiano do pós-guerra até hoje,
podemos perceber momentos da história do povo italiano e de sua diversidade
cultural. E nesta diversidade cultural encontramos um número variado de gêneros
musicais, alguns mais representativos de determinada época, outros que resistem
e representam as várias etapas do cenário musical italiano.
3- Recursos Didáticos:
3.1 Sítios:
título do sítio: www.google.it
acessado em (mês.ano): outubro/2007
Comentários:
Sítio de busca que remete a vários outros sítios específicos sobre a história da
música italiana.
Título do sítio: http://digilander.libero.it/gianni61dgl/
Acessado em (mês. Ano): outubro/2007
Comentário:
Cronologia, acontecimentos e muito espaço dedicado à música italiana dos
anos setenta. Um site interessante com biografia de personagens notáveis da
música italiana.
Título do sítio: Biografias:
Disponível em (endereço web): http://biografieonline.it
Acessado em (mês.ano): setembro/2007
Comentário:
Iniciativa de natureza cultural que publica biografias sobre a vida e a
história de mitos e personagens famosos. são muitos os
artistas da música
italiana.
Título do sítio: Sanremo Story
Disponível em (endereço web): http://sanremostory.it
Acessado em (mês.ano): novembro/2007
Comentário:
Tudo sobre o festival de Sanremo de 1951 até hoje. Um site rico de
informações e curiosidades: Cantores, canções, autores, apresentadores. (weber
surfer nº 3).
Título do sitio: Hit Parede Italia
Disponível em (endereço web): http://www.hitparedeitalia.it
Acessado em (mês.ano): novembro/2007
Comentário:
Um site que faz uma homenagem à canção italiana e do mundo todo. Um
site em constante desenvolvimento.
Título do sítio: Galleria della Canzone
Disponível em (endereço web): http://galleriadellacanzoneitaliana.it
Comentários:
Canções. História da música através dos costumes, a crônica e as
recordações dos protagonistas.
3.2 Sons e vídeos:
Vídeos: www.dada.net/video
Muitos vídeos sobre discos dos anos 60.
Escuta de músicas
www.video.photo.music.dada.net
www.youtube.it
Vídeos clips de vários cantores italianos.
www.tiscali.it/musica
Vídeos clips de vários cantores italianos.
Texto:
A música dos cantores/compositores (cantautori) italianos (canzone
d’autore)
Quando na edição de 1958 do Festival de San Remo, Domenico Modugno
apresentou a sua composição: “Nel Blu, Dipinto di Blu”, poucos se deram conta
que estava surgindo uma nova fase da música italiana, alguma coisa teria
provocado uma revolução do universo musical. E assim, sucessivamente, surgem
novos talentos, capazes de suscitar um grande entusiasmo no público jovem:
Tony
Dallara,
Adriano
Celentano
e
vários
outros
“cantautori”
(cantores/compositores) da nova música italiana.
Os tempos estavam mudando. Surge um grupo de amigos, quase todos de
origem genovesa, para falar de amor e de algo mais, de forma muito diferente
daquela conhecida até então. Aqui nasce o termo “cantautori”, para indicar a
figura de um músico-intelectual, bem adequado aos principais representantes da
categoria: Gino Pauli era de fato um pintor, Piero Ciampi um poeta, Luigi Tenco e
Bruno Lauzi, autênticos estudantes universitários. Juntamente com o desbravador
Umberto Bindi, dão vida a assim chamada escola genovesa: “Os poetas da
música”, onde um dos mais notórios é Fabrizio De Andre. Este é um momento
feliz da “canzone de autore” italiana.
Texto adaptado e traduzido de: “La Canzone d’Autore Italiana”. Rai
International (online).
http://www.italica.rai.it/index.php?categoria=musica&scheda=canzone_introduzione_I_p...
– acessado em 15/11/2007.
Texto:
História da Crítica do Rock Italiana
Mario Ruobbi (atualizada em 2005 por Beppe Tasso)
A crítica do Rock, na Itália, nasce nos anos ’70 com as revistas:
“Stereofonica”, “Stereoplay” e “Suono”. A revista de música mais seguida pelos
jovens italianos é “Ciao 2000”, que se ocupa principalmente da música “leggera”
(popular), mas começa também a tratar de rock.
Um dos primeiros personagens a dar impulso a crítica do rock é Riccardo
Bertoncelli que dirige uma revista especializada, “Freak”, a qual trata da música
“underground” americana e britânica.
A sua “Pop Story” é um evento revolucionário, revelando a milhares de jovens
italianos a existência de grandes cantores minimamente conhecidos,desde Robert
Wyatt a Captain Beefheart. É este o primeiro livro sobre rock publicado por um
crítico italiano. E a editora Arcana, torna-se um ponto de referência no assunto,
publicando livro após livro, revelando o mundo do rock ao público italiano.
Várias outras revistas surgem falando sobre o rock. A cada nova tendência
do ritmo, surge também, uma nova revista e assim sucessivamente. No fim da
década de ’80 a crítica se torna menos original, não espelhando mais o cenário
mundial.
Surge, então, Piero Scaruffi com o livro “Storia del Rock”, o qual fará uma
revoluçaõ na crítica local.
Nos anos 2000 a editoria rock se volta rumo a internet, enquanto as
revistas permanecem as mesmas de antes (Rockerilla, Mucchio Selvaggio,
buscadero, Rumore,Blow Up, etc.). Sai no ano de 2005 também na Itália, a nova
‘Storia del Rock “ de Piero Scaruffi, já editada nos U.S.A. em 2003.
Via internet, vários sítios sobre o tema ganham destaque, entre eles o
www.scaruffi.com, imitado depois por vários ex-colaboradores de scaruffi.com.
O rock’n roll americano, difundiu-se na Itália, depois de alguns anos de seu
nascimento, bem como a música dos Beatles e Rolling Stones, Who, Kinks, etc.,
ouvidos principalmente através do rádio.
Os primeiros grupos surgidos na Itália, moveram seus primeiros passos
com canções pseudo-beat que pouco tinham em comum com o verdadeiro rock.
Poucas bandas utilizaram-se de sons verdadeiramente rock.
Novos subgêneros do rock foram aparecendo além do beat: o rock
progressivo, o jazz rock, punk e new wave,etc.
Na Itália também se ouvia e ainda se ouve
acompanhando as tendências musicais internacionais.
Referência Bibliografica:
muita música estrangeira
Il Rock in Italia,Il Rock Progressivo in Italia,Il Jazz Rock in Italia, I Cantautori.
(online):
http://www.ecoveneto.it/aaaitali.htm
Acessado em 23/11/2007.
Título do sítio: Ciao 2001
Disponível em (endereço web): http://digilander.libero.it/ciao.2001
Acessado em (mês.ano):outubro/2007
Comentário:
Site não oficial dedicado à famosa revista “Ciao 2001”. De 1970 a 1974 foi
uma das principais revistas de rock, testemunha de um período em que a música
rock estava em estreita relação com as tensões e mudanças sociais.
Título do sítio: Italianprog
Disponível em (endereço web): http://www.italianprog.com/
Comentário:
Site dedicado ao rock progressivo italiano. Lista de artistas, discografias e
raridades.
3.3 Proposta de Atividades:
Atividades
Na Itália, as canções não agradam apenas por sua melodia, mas também
pelos conteúdos de seus textos que são verdadeiras poesias e estão presentes
nos livros didáticos ao lado de textos literários de grandes poetas.
O uso didático das canções em sala de aula, permite ao professor trabalhar
processos conscientes e inconscientes, integrando os estímulos afetivos e
emotivos com aqueles cognitivos.
O trabalho de reescuta e análise de uma canção não é tedioso,
desmotivador, ao contrário, torna-se significativo para a aquisição linguística. A
música como estímulo à aprendizagem, deve ser inserida no trabalho em classe.
Nesta perspectiva, a proposta de se trabalhar com as canções serve
também para a aquisição e reforço da competência fonética e fonológica da
língua (pronúncia, perceber os diversos sotaques, ritmos, entonação). No entanto,
é preciso que se atente para o fato que compreender um texto cantado é mais
difícil, pois, quando se canta não são respeitadas as pausas ou a entonação
normal da língua falada. Por isso, às vezes, é necessário que se ouça a canção
várias vezes para que haja a compreensão por parte dos alunos.
A escuta da canção pode ser também um momento de relax, durante o
qual os estudantes podem cantar junto à voz do cantor.
Pode também ser interessante pedir aos alunos que cantem a música só
com o fundo musical.
Com a música podem-se também desenvolver diversos jogos. Um dos
quais pode ser: escutar um trecho da canção, depois abaixar completamente o
volume do aparelho de som (ou outro) e pedir aos alunos que cantem algumas
estrofes, depois voltar com o volume normal, possibilitando verificar se o
estudante soube manter o mesmo ritmo, ou se ele se encontra atrás ou na frente
do cantor.
Um outro jogo para executar em sala de aula, pode ser aquele de pedir a
um estudante para cantar uma música e depois de um trecho parar em
determinada palavra que possa permitir a outro continuar com a mesma palavra a
cantar outra música.
Exemplo:
“Io non posso stare fermo con le mani”... ( “Margherita”)
“mani grandi, mani senza fine, non m’importa della luna”... ( “Senza Fine” )
“luna, w l’Italia del 12 dicembre, l’Italia con le bandiere, Italia nuda come
sempre”... (“ W l’Italia”)
“sempre all’ esca dei non ci casco più”... (“Basta Innamorarsi Ancora di Te”)
Naturalmente que para se fazer este jogo os estudantes já devem conhecer
várias letras de música na língua estrangeira estudada.
É fundamental introduzir jogos ou exercícios que façam os alunos se
sentirem à vontade, assim conseguem atingir os objetivos de desenvolvimento da
capacidade lingüística com maior desenvoltura.
Um outro modo de trabalhar com a música é separá-la em pedaços
(estrofes, conjunto de algumas frases) distribui-los aleatoriamente. Depois fazer
os alunos escutarem a canção e reordenarem a letra da mesma.
Também se pode fazer uma paródia. Em grupo, os alunos escrevem uma
nova letra para a melodia, depois se canta utilizando o fundo musical.
Para trabalhar com a pronúncia, pode-se pedir aos alunos que leiam a letra
da música dramatizando-a.
Existem várias formas de se trabalhar com músicas além do intuito de
enfocar os aspectos fonéticos e fonológicos. Pode-se preferir, por exemplo,
trabalhar aspectos gramaticais, lexicais,etc.
Também não se esgotaram aqui as possibilidades de atividades e jogos.
Existem vários outras, o importante é que o professor as conheça e possa utilizálas adequando-as à música, a idade dos estudantes, ao nível lingüístico dos
alunos.
3.4 – Imagens:
Comentários e outras sugestões de imagens;
O músico tocando violão é uma imagem marcante do cenário musical de várias
épocas.
4 – Recursos de informação:
4.1 Sugestão de leitura:
Categoria: livro
Sobrenome: Salvatori
Nome: Dario
Título do livro: Il Grande Dizionario della Canzone Italiana
Edição: 1ª
Local de Publicação:
Editora: Rizzoli
Disponível em (endereço web):
Ano de Publicação: 2006
Comentários:
O volume foi compilado com a colaboração de um grupo de experts de
música e concebido como dicionário da memória coletiva. Manual de consulta,
mas também livro de leitura, percorre mais de um século de música popular. Cada
título é acrescido do ano de incisão, autor, interprete, descrição de estilo, a
gênese do trecho, a citação do estrebilho e eventuais curiosidades.
A obra de Salvatori fornece um guia para redescobrir a história da música
italiana, que é também a história dos costumes, dos acontecimentos sócioculturais e políticos da Itália.
Sugestão de leitura:
Categoria: livro
Sobrenome: Castagnara
Nome: Lidia
Título do livro: Cantale l’ italiano
Edição: 1ª
Local de publicação: Perugia
Editora: Edizioni Guerra
Disponível em (endereço web):
Ano de publicação: 1990
Comentário:
Este livro de 24 unidades, uma para cada canção, trás músicas dos anos
’60, ’70, ’80, de grandes cantores italianos. Apresenta uma introdução com dados
sobre a canção em questão e sobre seu interprete. Estas apresentações
juntamente com aquela que precede cada uma das décadas apresentadas,
promovem uma melhor compreensão do texto da música.
Estes dados, mesmo que parciais e não aprofundados, levam a uma
contextualização da sociedade italiana e de suas problemáticas.
Cada unidade está subdividida em três fases:
a) Fase inicial – Compreensão do texto,
b) Fase de reforço – Exercícios gramaticais, exercícios lexicais, exercícios
de ortografia e pronúncia,
c) Fase de expansão – Leitura e discussão e elaboração escrita.
Um livro de apoio ao trabalho do professor de língua italiana de grande
ajuda, uma vez que reúne o texto das músicas e sugestões de diversificadas
atividades.
Sugestão de Leitura:
Categoria:Livro
Sobrenome: Zavaglia , Ramos, Soares e Pizzolito
Nome:Claudia, Maria Celeste Tommasello, Edi Nelson Vicente e Mariana
Título do Livro:Canzoni Italiane Degli Anni ‘90
Local de Publicação:São José do Rio Preto
Editora:Casa do Livro
Disponível em (endereço web):
Ano de Publicação:2001
Comentários:
Este livro nasceu de uma proposta de pesquisa em grupo na qual as
professoras: Claudia Zavaglia e Maria Celeste Tommasello Ramos do curso de
Letras – Italiano , da Universidade Estadual Paulista – IBILCE/UNESP,
trabalharam durante um ano como orientadoras de cursos de iniciação científica
com os alunos Edi Nelson Vicente Soares e Mariana Pizzolito. O resultado do
trabalho agradou tanto às professoras que estas decidiram dividi-lo com todos
aqueles que se interessam pela língua italiana, sejam alunos que professores. Um
método que fornece subsídio didático na preparação de atividades partindo da
letra de uma música e propondo atividades variadas. São 15 unidades, cada uma
iniciando com alguns dados sobre o cantor ou grupo musical, a letra da música e
posteriomente as atividades didáticas seguindo a seguinte proposta;
I-Compeensão oral;
II-Compreensãodo texto;
III-Exercícios lexicais;
IV-Exercícios gramaticais;
V-Elaboração escrita.
As atividades têm grau de dificuldade gradual, onde se trabalham de forma
cuidadosa
aspectos
preparo de suas aulas.
linguísticos diversos servindo de apoio ao professor no
4.2 Noticias
Texto:
Música Italiana. Um ano de destaques: de Jovanotti a Vasco
Será um 2008 rico de novidades musicais Made in Italy. Vejamos o que nos
prepara o ano que se inicia. Iniciando em 18 de janeiro com a saída do novo cd
de Jovanotti “Safari”, seguido, uma semana depois, pelo duplo live de Lucio Dalla
“Lucio Dalla Live-La Neve con la Luna”. 1º de fevereiro nos oferece um duplo
lançamento: “MTV Unplugged: Alex Britti” de Alex Britti e “Beat Regeneration” dos
Pooh. Em maio é esperado “Ligabue – Secondo tempo”, antologia de grandes
sucessos de Luciano Ligabue. O novo cd de Vasco Rossi, previsto para o próximo
outono europeu, tem a participação do guitarrista dos Gun’n’Roses Slash>
Alex Britti nasce como guitarrista blues exibindo-se com sucesso em
espaços da Italia (no início, se apresentava com frequência no “Big Mama”,
histórico espaço blues de Roma) e da
Europa. Em seguida decide investir
principalmente em aspectos melódicos de sua música impondo-se como cantor e
compositor pop. Em 1998 obtem um grande sucesso com a efervescente faixa
impulsionada por uma notável veia irônica “Solo uma Volta (o Tutta la Vita)” e
publica o álbum “It.pop”, no ano seguinte participa do Festival de San Remo com
a música “Oggi Sono Io” com a qual obtem a vitória na categoria Jovem.
Em 1999 participa novamente do Festival de San Remo e um outro hit “mi
Piaci” se torna um grande sucesso. Em 2000 sai o álbum “La Vasca”
acompanhado pelos simples
“Uma su 1.000.000” e “La Vasca”. Volta a San
Remo em 2001 obtendo o 7º lugar com 7.000 Caffè” e em 2006 – 3º lugar com “...
Solo com Te “. Em 2005 Britti lança o álbum ”Festa”.
Lorenzo Cherubini, artisticamente Jovanotti, inicia a sua carreira em nome
do divertimento e do desemprego, impondo-se rapidamente como ídolo dos
jovens e em seguida apresenta uma reviravolta na sua carreira compondo letras
mais profundas e engajadas. Jovanotti obtem rápido sucesso com os simples
“Gimmi Five” (1988),e, “È Qui la Festa” (1988). São os anos de “Jovanotti for
President” (1988), “La Mia Moto” (1989), “Giovani Jovanotti” (1990). Em 1991 com
“Uma Tribù che Balla” começa a aproximar-se, em algumas faixas, em meditado
engajamento político. Em 1992 com o simples “Cuore” em memória a Giovanni
Falcone, revela seus sentimentos sobre acontecimentos dramáticos ocorridos na
Itália. De 1992 a 1999 os seus álbuns se intitulam simplesmente “Lorenzo” e
denotam a plena maturidade de pensamento de Jovanotti como demonstram as
palavras de “Penso Positivo”, faixa do álbum “Lorenzo 1994”:”... Io credo che a
questo mondo esista solo uma chiesa/che parta da Che Guevara e arriva fino a
Madre Teresa/passando da Malcom x attraverso Gandhi e San Patrignano/arriva
da un prete in periferia che va avanti nonostante il Vaticano...” . Outros grandes
sucessos deste período são “L’Ombelico del Mondo” (1995), desenfreada dança
multiétnica, “Bella” do álbum “Lorenzo 1997 L’ Albero” e a alegre canção de ninar
“Per Te” do álbum “Lorenzo 1999-Capo Horn”. Em 1999 é também o ano de “Il
Mio Nome e Mai Più”, música pacifista que condena todas as guerras, composta
juntamente com Luciano Ligabue e Piero Pelù. Em 2000 participa do Festival de
San Remo tornando-se famoso com o rap “Cancella il Debito”. O Apelo pacifista
está presente também no álbum “Il Quinto Mondo” (2002). De 2005 é “Buon
Sangue”.
Lucio Dalla inicia sua carreira musical tocando clarinete com o grupo
“Reno Jazz Band” , depois com “Second Roman New Orleans Jazz Band”. Em
1962 se une aos “Flippers” com os quais, em 1963, se exibe no “Cantagiro”. É
notado por Gino Paoli que o convence a tentar a carreira solo conseguindo-lhe um
contrato com a RCA. A estréia acontece em 1964 com o 45 rotações “Lei (non è
per me)”. Com o grupo dos ídolos em 1966 publica “1999”. No mesmo ano
participa do Festival de San Remo com a música “Paf...bum”. No ano seguinte
participa de uma festa popular de canto “Kermesse canora della città dei fiori” com
“Bisogna Saper Perdere”. Em 1970 sai o segundo LP “Terra de Gaibola” do qual
fazem parte os sucessos “Sylvie” e “Occhi di Ragazza”, música composta por
Gianni Morandi. Em 1971 volta a San Remo com a grande canção “4 Marzo 1943”
presente no álbum “Storie di Casa Mia”, que contém também “Il Gigante e la
Bambina” e “Itaca”. No ano seguinte Dalla canta a San Remo um outro grande
sucesso seu “Piazza Grande”. No ano de 1977 sai o álbum que consagra Lucio
Dalla entre os mais importantes cantores/compositores da música italiana: “Com’è
Profondo il Mare” que contém além da faixa omonima, “Disperato Erotico Stomp”
e “Quale Allegria”. O álbum seguinte “Lucio Dalla” (1979) confirma a grande veia
de compositor de Dalla com os hits “L’Ultima Luna” , “Stella di Mare” , “Milano” ,
“Anna e Marco” , “Cosa Sarà” , e “L’Anno che Verrà”. No mesmo ano faz uma
série de shows junto com Francesco De Gregori dos quais nascerá o álbum
“Banana Replublic” e o omonimo “Film Concerto dal Vivo” com direção de Ottavio
Fabbri. Nos anos ’80 vários outros sucessos; “Dalla” (que apresenta “Balla Balla
Ballerino” e “La Sera dei Miracoli”), “1983” , “Viaggi Organizzati” (com
“Washington”) , “Buggie” (com “Se Fossi un Angelo”) e o álbum ao vivo
“DallAmeriCaruso” (com a estrepitosa “Caruso”), participa juntamente com Gianni
Morandi de uma tournée e fazem os álbuns “Dalla Morandi” e “In Europa” com as
músicas cantadas pelos dois artistas nos shows. Em 1990 a canção composta por
Ron “Attenti al Lupo”
obtém um grandissímo sucesso levantando o álbum
“Cambio” , em 1996 sai “Canzoni” contendo os hits “Canzone” e “Tu non mi Basti
Mai”, em 1999 sai o álbum “Ciao” com o grande sucesso omonimo. Em 2007
lança “Il Contrário di Me”.
Luciano Ligabue começa a tocar com o grupo “OraZero”. A reviravolta na
carreira acontece em 1988 quando Pierangelo Bertoli insere a música “Sogni di
Rock’n’Roll” no álbum “Tra Me e Me”. Em 1990 sai o seu 1º LP “Ligabue”
composto em conjunto com o novo grupo “Clan Destino” e traz as músicas
“Balliamo sul Mondo”, Sogni di Rock’n’Roll “e” Bar Mario “. O seu rock essencial e
eficaz obtém grande sucesso confirmado pelo sucessivo lançamento “Lambrusco,
Coltelli, Rose et Popcorn” (1991) enriquecido por músicas como: “Libera nos a
Malo” e “Urlando contro il Cielo”. Em 1993 sai “Sopravvissuti e Sopravviventi”,
disco sério e intimista, que não é compreendido pelo público e assinala
um
momento de pausa para o rocker de “Correggio”. De 1994 é “A che Ora é la Fine
del Mondo?”. É em 1996, porém , que o sucesso se efetiva: “Buon Compleanno
Elvis” dispara nas paradas de sucesso e a música “Certi Notti” recebe a placa
Tenco como melhor canção do ano. Também o duplo ao vivo “Su e Giù da un
Palco” (1997), com músicas inéditas “Il Giorno di Dolore che Uno Há” , ”Tra Palco
e Realtà” e “Ultimo Tengo a Memphis”. O seu estraordinário momento é
confirmado também no cinema: dirige “Radiofreccia” (1998) obtendo um “David
de Donatello” e um disco de platina de melhor diretor revelação. No ano seguinte
lança juntamente com Jovanotti e Piero Pelù “Il Mio Nome e Mai più”. Em 2002
sai um novo disco “Fuori Come Va?” que traz as faixas “Tutti Vogliono Viaggiare
in Prima” e “Questa è la Mia Vita”. Depois sai o disco “Giro d’Itália” (2003), em
2005 sai seu LP “Nome e Cognome”
de atmosfera intimista e com os sucessos
“L’Amore Conta”, “Happy Hour” e “Cosa Vuoi che Sia”.
Pooh, chamados inicialmente “Jaguars” os Pooh derivam o seu nome do
famoso ursinho da literatura infantil escrita por Alan Alexander Milne. Em 1966 sai
o 45 rotações da banda “Vieni Fuori” , cover de uma música do “Spencer Davis
Group”, Brennero ‘66 “, faixa que fala de um soldado vítima do terrorismo no Alto
Adige e o álbum: ”Per Quelli Come Noi” . Em 1968 os Pooh lançam o 1º simples
de sucesso “Piccola Katy” che atinge logo importantes posições na classificação
do hit parede. Lançam depois dois álbuns “Memorie” (1968) e “Contrasto” (1969),
em 1971 chega o grande sucesso com os simples “Tanta Voglia di Lei” e
“Pensiero” que são inseridos no Long Playng “Opera Prima”. O sucesso se repete
com “Alessandra” (1972) álbum levantado pela música “Noi Due nel Mondo e
nell’Anima” que precede uma importante tournée. É neste período que se define a
formação da banda: Roby Facchinetti(orgão e voz), Dodi Battaglia (guitarra),
Stefano d’Orazio (bateria e flauta tranversal) e Red Canzian (baixo). A música
deles se transforma em “rock progressivo” (definida também como Rock arte) a
qual estava na moda graças a grupos como os “Genises e os Pink Floyd “. Em
1973 sai ”Parsifal” para muitos a obra prima do grupo, e “Um Po’ del Nostro
Tempo Migliore” em 1975. “Poohlover” (1976) contém uma faixa “Pierre” dedicada
à homossexualidade. Importante trabalho é também “Rotolando Respirando”
(1977) álbum de irradiante energia com o sucesso “Dammi Solo um Minuto” ao
qual se segue outro álbum de grande valor artístico “Boomerang” (1978),
caracterizado pelo envolvente ritmo de “Cercami”. Em 1980, a banda bolonhesa
se aproxima do mercado internacional com “Hurricane”, àlbum no qual vem
repropostos alguns sucessos com novos arranjos, em inglês. Outro ano de ouro é
1981 com o álbum “Buona Fortuna” e o simples de sucesso “Chi Fermerà la
Música”. Em 1986 “Giorni Infiniti” festeja os vinte anos do grupo propondo um mix
de música acústica e novas tecnologias. Em 1990 os Pooh participam pela
primeira vez do Festival de San Remo e obtém o 1º lugar com a canção “Uomini
Soli”. Na metade dos anos noventa sai o duplo live “Buonanotte Suonatori”(1995)
disco live que percorre as etapas de uma triunfante tournée italiana e em 1996 o
álbum “Amici per Sempre” . Também em 2000 se confirma o grande prestígio que
a banda tem junto ao público italiano com o álbum “Cento di Queste Vite” que
recupera o som que tinha caracterizado o grupo nos anos setenta, com “Ascolta”
(2004) e “La Grande Festa” (2005), seleção de sucessos com as inéditas “La
grande Festa” e “Destini” .
Vasco Rossi tinha já lançado quatro álbuns: “Ma Cosa Vuoi che Sia una
Canzone” (1978), “Non Siamo Mica gli Americani” (1979), “Colpa d’Alfredo”
(1980), “Siamo Solo Noi” (1981), quando em 1982 se apresenta pela primeira vez
no Festival de San Remo com a música “Vado al Massimo” a qual se classifica
em último lugar. No ano seguinte apresenta na “Kermesse Canora” a música
“Vita Spericolata” que se classifica em penúltimo lugar mas que obtém
grandissímo sucesso junto ao público presenteando o cantor de “Zocca” com
uma grande popularidade. A música faz parte do Long Playng “Bollicine” que
entra no hit parede e o eleva entre os grandes do Rock italiano. No ano seguinte
sai o live “Va Bene, Va Bene Così” (enriquecido pela inédita “Title
Track) , em seguida vem em 1985, ”Cosa Sucede in Città” o qual contém obras
primas como: “Una Nuova Canzone per Lei”, “T’Immagini” , “Cosa Sucede in Città”
e “Toffee”. Depois de dois anos de silêncio em 1987 lança “C’è Chi Dice No”
(“Vivere una Favola ,”C’è Chi Dice No”, “Ridere di Te” e “Brava Giulia”) , que
obtém um grande sucesso de vendas ( fica 12 semanas na ponta das paradas) e
de crítica. O álbum “Liberi Liberi” é seguido pelo triunfal tour “Liberi Liberi Tour” e
pelo álbum duplo ao vivo “Fronte del Palco” (1990). Com “Gli Spari Sopra”
(1993),contendo a faixa omonima , “Stupefato” e “Vivere” recebe 10 discos de
platina. “Nessun Pericolo Per Te” (“Sally” , “Mi si Escludeva”) é enriquecido pela
presença de uma potente sessão rítmica formada por Vinnie Colaiuta na bateria e
Randy Jackson no baixo. Seguem o Long Playng intimista “Canzone per Me”
(1998) do qual fazem parte “Quanti anni Hai”, “Stupido Hotel” (2001) juntamente
com o hit “Ti Prendo e Ti Porto Via” e no ano de 2004 “Buoni o Cattivi” com as
músicas “Um Senso” que está presente na trilha sonora do filme de Sergio
Castellitto “Non Ti Muovere”.
4.3 Destaques
Música Italiana: Bocelli é o quarto na Inglaterra, superando Eagles e Led
Zeppelin.
Um italiano volta a conquistar os primeiros lugares da classificação de sucessos
musicais ingleses. Na 6ª semana de permanência no “uk album chart, “Vivere –
The Best of Andrea Bocelli” conquistou o quarto lugar superando monstros do
rock como Eagles e Led Zeppelin respectivamente na quinta e sexta posições.
A seleção dos maiores sucessos pop do tenor de Lajatico, continua assim a
marcha triunfal que o levou a conquistar as paradas de sucesso dos E.U.A. Até
agora o disco vendeu, no Reino Unido, mercado quase sempre inacessível para
os cantores italianos, meio milhão de cópias, levando o cd a uma cota mundial de
vendas de mais de dois milhões e meio. Na classificação semanal, Bocelli ficou
atrás de “Spirit” de Leona Lewis, “Back Home” dos Westlife e “Call me
Irresponsable” de Michael Buble.
Um sucesso testemunhado também pelo segundo lugar conquistado pelo cd de
Bocelli na classificação semanal da BBC, ficando atrás apenas do cd de Buble. A
BBC tinha transmitido no dia de Natal, confirmando o sucesso clamoroso do tenor
itlaiano, “Andrea Bocelli: The Story Behind The Voice”, um documentário sobre a
vida de Bocelli, da infância ao sucesso internacional.
4.4 Paraná
A imigração italiana no no Brasil, especialmente no Paraná
O Brasil, desde a sua descoberta precisou muito de população para chegar ao
progresso mas, o governo português acreditava que a chegada de trabalhadores
estrangeiros “desnacionalizasse” a colônia. Os primeiros estrangeiros que
entraram no Brasil foram os negros escravizados. O trabalhador negro foi trazido
para suprir a escassez de braços indígenas, da mesma forma os imigrantes foram
requeridos a fim de substituir o trabalho escravo.
Durante o governo de D. Pedro II, o Brasil manteve uma interessante política para
atrair os imigrantes europeus: a impressão de folhetos que faziam propaganda
das terras brasileiras, falando de sua vastidão e de suas vantagens para a
agricultura. Esses folhetos foram impressos em diversos idiomas e divulgados nos
países europeus. Essa propaganda animou aqueles que estavam interessados
em tentar a sorte na América.
Os imigrantes italianos que chegaram no Brasil, sobretudo na segunda metade do
século XIX, embarcavam no porto de Gênova e desembarcavam na Ilha das
Flores, baía de Guanabara, Rio de Janeiro. Alí eram feitos os registros exigidos
pelo sistema político e alguns exames médicos. Aqueles que fossem aprovados
permaneciam na ilha de dois a quatro dias. Os imigrantes deviam informar nome
e sobrenome, procedência, nome do navio em que chegou, idade, sexo,
naturalidade, religião, profissão, data de chegada. Então lhes era informado para
qual província seguiriam. Alí no Rio de Janeiro, embarcavam em outros navios e
seguiam para a provincia onde eram esperados.
Para os imigrantes que vinham para a Província do Paraná, a porta de entrada
era o porto D. Pedro II, em Paranaguá. Alí passavam por outro registro
semelhante ao primeiro, e assim eram encaminhados para hospedarias existentes
em Paranaguà, Antonina e Morretes. Em Morretes, ao pé da Serra do Mar, os
imigrantes italianos formaram os primeiros centros coloniais no Paraná. Apesar do
solo fértil e da abundância de água, esses colonos não se adaptaram a alta
temperatura e a umidade, sentindo a necessidade de emigrar para outros lugares,
com condições climáticas mais favoráveis.
A maior parte do contingente de imigrantes italianos estabelecidos no litoral
dirigiu-se a Curitiba e fixou-se em novas colônias formadas a partir de 1878.
Desde 1875, a entrada desses imigrantes na província do Paraná dava-se ano a
ano. As primeiras colonias fundadas próximas a Curitiba foram as de Alfredo
Chaves, Antonio Prado, Presidente Faria e Eufrásio Correa, esta última também
conhecida por Capivari.
Cada família recebeu um lote de terra que deveria ser pago à medida que, com o
rendimento do trabalho nas terras do próprio lote, pudesse ser quitado. Ao se
estabelecerem nesse núcleo, os imigrantes se instalaram em barracões de
madeira até que suas casas fossem construidas.
A vida desses imigrantes, a princípio, não foi fácil. Foram muitas as diferenças
que precisaram enfrentar. Mesmo assim, o convívio com outros imigrantes de
mesma nacionalidade fez com que suportassem de forma mais amena essas
dificuldades. E dessa forma também conseguem manter a cultura da sua gente,
através das músicas, das danças, da gastronomia das festas e da língua.
O canto dos imigrantes é um gênero musical que atinge seu máximo esplendor
nas primeiras décadas de 1900, quando acontecem as grandes imigrações.
Entre todos os cantos populares italianos, aqueles dos imigrantes, junto com as
canções napolitanas, são os mais conhecidos no Brasil, a diferença entre eles, é
que os cantos dos imigrantes são composições coletivas, frequententemente
anônimos, vozes autênticas dos sentimentos de uma parte do povo italiano para
falar de si mesmo.
A música “Santa Lucia Luntana”, composta em 1919, é considerada o primeiro
hino dos imigrantes. Tem sucesso imediato e gira todo o mundo. Várias outras
canções são cantadas pelos imigrantes com emoção e lágrimas nos olhos, mas
uma tornou-se especial, no Brasil: ”Merica, Merica”, hoje considerada o hino dos
nossos imigrantes italianos. Muitas outras canções populares como: “Mamma
Mia Dammi Cento Lire ..., O Sole Mio, In Mezzo al Mare, Quel Mazzolin di Fiori,
La Bella Polenta”,Io Parto per l’America, Santa Lucia, etc. Continuam sendo
cantadas nas reuniões desses imigrantes e seus descendentes. O amor, o
trabalho, a guerra, o surgimento das cidades, a difícil travessia do oceano, a
saudade da terra natale dos parentes deixados, tudo foi transformado em versos
e cantado pela alma simples dos imigrantes. Todos esses sentimentos pela sua
profundidade, atravessaram décadas e gerações e são cantadas até hoje com
poucas variantes, se comparados com os textos mais antigos.
Atualmente, vários grupos folclóricos italianos, procuram manter e divulgar a
riqueza cultural desses imigrantes com apresentações de danças e cantos por
vários lugares do Brasil.
Também são realizadas várias festas, por exemplo, as festas da uva, que
acontecem em diversos centros de colonização italiana, para manter vivas as
tradições desse povo alegre e batalhador.
Bibliografia:
FERRARINI, Sebastião. A Imigração Italiana na Província do Paraná e o
Município de Colombo. Curitiba: Editora Lítero-Técnico, 1973.
CAPRARA, Loredana. Cultura e Língua Italiana nas Músicas Populares dos
Séculos XIX e XX. 2.-2. ed.-São Paulo: Humanitas/ FFLCH/ USP, 1999.
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