IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 MITO E LINGUAGEM AUDIOVISUAL NA PUBLICIDADE Rafaeli Francini LUNKES (Unicentro) Introdução Este artigo é fruto da pesquisa (dissertação) em andamento intitulada: “Os mitos e contos de fadas nos filmes publicitários de Bruno Aveillan”, do programa de pós-graduação em Letras, sob orientação do professor Hertz de Camargo. Em geral, propomos aqui uma primeira incursão no universo do mito e da publicidade audiovisual (filme publicitário), enquanto linguagem, buscando entender os mecanismos de produção de significados, sobretudo os pontos de contatos entre a estrutura do texto mítico e o texto do filme publicitário. Um dos diretores mais renomados da publicidade, Bruno Aveillan nasceu na França em Toulouse. É um dos profissionais mais procurados e se destaca internacionalmente na indústria de anúncio publicitário. Atua como cineasta, fotógrafo e artista multimídia, tendo sido premiado várias vezes. Já dirigiu filmes experimentais e comerciais para clientes como: Louis Vuitton, Shangri-La Hotels and Resorts, Audi, Nike, Paco Rabanne, Jaguar, Cartier, Samsung, Nissan, Chanel, Volvo, Coca-Cola, Toyota, Peugeot, entre muitos. Verifica-se nos filmes publicitários de Bruno Aveillan a uma construção de narrativa literária, que acaba utilizando a intertextualidade. Intertextualidade é um termo cunhado por Julia Kristeva (1974), que, ao tecer considerações a respeito da teoria dialógica de Mikhail Bakhtin, definiu o texto como um mosaico de citações que resulta da inscrição de textos anteriores. Nesta pesquisa, o texto é concebido como materialidade discursiva, seja de natureza linguística ou imagética, decorrente do uso da linguagem por sujeitos historicamente situados, portanto, uma materialidade vinculada a todo um contexto social de manifestação. Esta definição é proposta por Fiorin (2006). Analisando que o discurso é não só de representação, mas também de significação e que diferentes recursos semióticos produzem IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 a construção do mundo em significado, enfatiza-se a importância da multimodalidade, ou seja, a pluralidade de linguagens. Ao empregar a intertextualidade em seus comerciais, o autor acaba utilizando o mito e o conto de fadas como um misto de diversas textualidades, verbais e não verbais. Os contos de fada têm sua origem nos mitos. Por ser compreendido como uma narrativa de criação, o mito pode ser um revelador de "modelos exemplares de todos os ritos e atividades humanas significativas: tanto a alimentação ou o casamento, quanto o trabalho, a educação, a arte ou a sabedoria" (ELIADE, 1986, p.13). Dessa maneira, o uso do mito, baseia-se em fornecer uma significação ao mundo e à existência humana. No livro “Os sete contos de fadas”, a autora Kupstas (1993) afirma que os contos de fadas são narrativas muito antigas e que, logo no começo, não se destinavam às crianças, eram mitos difundidos por inúmeros povos, como os hindus, os persas, os gregos e os judeus. Essas primeiras histórias eram conhecidas como mitos e eram, na verdade, expressões narrativas de conflitos entre o homem e a natureza. Os contos de fadas se estabelecem durante toda a Idade Média e Moderna como uma literatura popular da civilização europeia em geral. A partir do século XVII, essas narrativas foram sendo reunidas e recontadas por escritores, como Perault, La Fontaine e os Irmãos Grimm, que lhes deram um estilo mais elegante e as adaptaram da tradição popular para como as conhecemos hoje. As imagens produzidas nos contos de fada foram em tal forma apresentadas ao imaginário e à memória cultural da sociedade que a todo momento podemos ouvir alguém dizer que alguma pessoa é uma bruxa, uma princesa, um príncipe, ou mesmo um sapo ou então se refere às residências como castelos ou casebres. Assim, as empresas de comunicação utilizam essas imagens para propagar as suas ideias e comunicar os seus valores, já que os elementos encontrados nos contos de fada são conhecidos pela maioria da população, fazendo parte do interdiscurso coletivo. Neste projeto, trataremos da publicidade audiovisual que é, na concepção de Koch (2006, p. 19-20), um texto sincrético e discursivizado, ou seja, também é um “tipo de comunicação realizada através de um sistema de signos”. O filme publicitário dialoga com a memória cultural do espectador, cooperando para se produzir os sentidos da cultura. IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 O trabalho se justificativa, primeiramente, por se tratar de Bruno Aveillan, um dos diretores mais premiados no mercado publicitário internacional. Por meio de seus comerciais, ele cria e captura um sonho único e um mundo poético, criando mundos visuais excepcionais. Sendo um trabalho autoral, o autor utiliza o mito e conto de fadas na publicidade. Portanto, essa pesquisa contribui para a área de Comunicação, sobretudo a de Publicidade e Propaganda, por verificar os mecanismos de produção de significados e como se constrói o processo criativo. Corrobora também com a área de Letras, pois é um trabalho que mobilizará conceitos da Linguística e da Literatura, enriquecendo as discussões na interface da área. Além disso, trata-se de um trabalho que compreende a linguagem audiovisual, elemento pouco explorado neste campo científico. A hipótese de investigação desta pesquisa supõe que os contos de fadas, os mitos e os anúncios publicitários podem ser tomados como lugares de enunciação onde se encenam representações sociais. Logo, apresentam, na rede simbólica, complexos laços de cumplicidade e, de modo mais preciso, de relações interdiscursivas que somente podem ser verificadas e estudadas se forem considerados alguns trajetos de memória e de fabricação histórica do sujeito. 1. Metodologia O desenvolvimento deste projeto será pautado em pesquisa bibliográfica, possibilitando a fundamentação acerca do tema e apoiando a elaboração do texto dissertativo. “Dessa forma, a pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras.” (MARCONI: LAKATOS, 2008,p.57). Para realização da pesquisa em questão foram escolhidos três anúncios para análise. O critério utilizado para a escolha foi por se tratarem de marcas globais, assim a linguagem obedece a uma certa universalidade para propiciar o entendimento em diversas culturas. Alia-se ainda o fato de oferecem uma riqueza de detalhes na produção sonora e visual que possibilitará uma análise mais completa e profunda quanto à estrutura de significação. IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 Trata-se do vídeo da famosa joalheria Cartier, L’Odyssée de Cartier, criado para comemorar os 165 anos da empresa. No filme, o símbolo da marca – a pantera – efetua uma viagem por diversos lugares do mundo. No Brasil, foi exibido apenas em salas de cinema. Outro anúncio estudado será o filme Shangri-La Hotels and Resorts. Sob o título “É da nossa natureza”, a campanha expressa a filosofia do grupo em relação a quem se hospeda em um hotel da companhia, focando na essência de “abraçar as pessoas com o coração e tratá-los como família”. O terceiro comercial é o Thermasilk Dragon-Sunniva Stordahl. Envolvendo fantasias míticas e relacionando as mulheres, o vídeo mostra os dias que os cabelos não se ajeitam. Após utilizar o shampoo, o calor do secador resgata a beleza dos cabelos. Nos três comerciais, verificar-se a questão da intertextualidade utilizada pela publicidade, através do mito e o conto de fadas. Para a análise, utilizaremos como aporte teórico a semiótica da cultura. Pois os semiotistas pensam o texto como cultura, como a tessitura de outros textos, compostos de diferentes linguagens. Observam que o texto tem a função de entrelaçamento de significados. Acredita-se a possibilidade de fazer contanto com o diretor Bruno Aveillan, realizando uma entrevista, via e- mail, na qual se buscará entender o processo criativo de desenvolvimento das peças. 2. Fundamentação Teórica Segundo o antropólogo Everardo Rocha, os anúncios publicitários são utilizados como representações do que acontece habitualmente na vida das pessoas. O momento da leitura do anúncio dá a sensação a quem está lendo de estar fora do mundo, em uma outra realidade. Essa intervenção do anúncio, colocando o consumidor diante de um enunciado, um episódio ou acontecimento contido no seu interior, cria um sentido de ilusão. Nela, o receptor passa a viver e experimentar algo que se encontrava fora dele. Nessa relação, o mundo dentro do anúncio passa a existir enquanto „realidade‟ adquirindo concretude num fato – a IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 recepção – que envolve a ambos. Nessa espécie de envolvimento, nessa alternância de „realidades‟ que se instaura no espaço da recepção é criado um tipo de relação particular entre anúncios e consumidores. Essa relação possui determinadas características que definem um espaço de ritualização no sentido que a noção de „ritual‟ tem adquirido na teoria antropológica. (ROCHA, 2010, p.163). Os anúncios não são cópias do cotidiano, são interpretações que o tornam mais mágico, encantado, fabuloso, como acontece nos contos de fadas. Desse modo, o anúncio é uma narrativa idealizada em códigos, palavras e imagens que viabiliza um conjunto de feitos encantados. É um mito. A publicidade torna o impossível, possível, fazendo acreditar naquela nova realidade. Para Rocha (2008, p.9), o mito é uma narrativa que participa do conjunto de fenômenos culturais e, por manter uma forma alegórica, seu sentido é difuso, pouco claro e múltiplo. Para o autor, “o mito carrega consigo uma mensagem que não está dita diretamente, uma mensagem cifrada”. Na percepção do autor, o mito sempre disfarça alguma coisa. Rocha (2010) assegura que, assim como produção do mito, a criação publicitária nasce da articulação de textos de diversas origens, como uma bricolagem cultural. Estudioso da Semiótica da Cultura, Bystrina (1995) classifica os códigos existentes entre primários, secundários e terciários. Os dois primeiros atuam na esfera da primeira realidade: os códigos primários correspondem às informações biológicas, como o código genético; os secundários se referem à linguagem, às relações sociais e à técnica. É apenas a partir dos códigos terciários que encontramos a segunda realidade: o campo da cultura, objeto dos estudos dessa orientação da semiótica. A partir da estruturação dos códigos, Bystrina (1995, p. 16) introduz a noção de texto, os complexos significativos que transmitem mensagens por meio de seus elementos sígnicos. Cada texto pode ter diversos significados e assim, diversas mensagens, que se armazenam como “camadas superpostas umas às outras, partindo das mais simples e superficiais às mais profundas e complexas.” (BYSTRINA, 1995, p. 17).Os textos, que não se restringem aos textos verbais, subdividemse em instrumentais; racionais, matemáticos e lógicos, e por fim, imaginativos. Estes IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 últimos são essenciais para a sobrevivência psíquica do homem, como os mitos, a religião e todas as manifestações artísticas. (BYSTINA, 1995). Lotman (1998) entende a cultura como objeto pensante, que é capaz de conservar e transmitir informações a partir de uma determinada linguagem, realizar operações de transformação dessas mensagens e a partir de então, formar novas. Há, portanto, uma consequência no processo de constituição da memória cultural como forma de conservação e reconstrução de textos e contextos. Interessa-nos aqui então o pensamento de Lotman sobre a memória da cultura, pois para o autor, os textos fazem parte da capacidade de reconstruir partes da cultura, restaurar lembranças. O texto passa a ser não só gerador de novos significados, mas também um condensador de memória cultural, adquirindo vida semiótica. Como um todo, Lotman (1996) define memória como a conservação dos textos. A cultura é constituída pelo conjunto de textos produzidos pelo ser humano, não apenas construções da linguagem verbal, mas também mitos, rituais, gestos, ritmos, jogos, entre outros. Os textos da cultura são considerados, também, sistemas comunicativos que obedecem às regras e normas preconizadas pela cultura vigente. O que não impede de culturas diferentes se comunicarem. A cultura é o macrossistema comunicativo que perpassa todas as manifestações e como tal deve ser compreendido para que se possam compreender assim as manifestações culturais individualizadas. (BAITELLO JÚNOR, 1999, p .18). O mito (juntamente com os sonhos, as variantes psicopatológicas e os estados alterados de consciência) é considerado fonte básica a partir da qual os textos/tramas da cultura são tecidos. Um tecer que tem um movimento contínuo que entendemos aqui como sendo comunicação viva no seio da cultura – uma constante reciclagem e elaboração de conteúdos fundantes da condição humana. (CONTRERA, 1996, p.18). O psicanalista austríaco Bruno Bettelheim, em seu estudo “A Psicanálise dos Contos de Fada” argumenta que: Os psicanalistas freudianos se preocupam em mostrar que tipo de material reprimido ou inconsciente está subjacente nos mitos e contos de fada, e como estes se relacionam aos sonhos e devaneios. Já os junguianos, ele continua, frisam em acréscimo que as figuras e os acontecimentos destas IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 histórias estão de acordo com fenômenos arquetípicos, e simbolicamente sugerem a necessidade de se atingir um estado mais elevado de autoconfiança, uma renovação interna conseguida à custa de forças inconscientes que se tornam disponíveis ao indivíduo. (BETTELHEIM, 1980). Bettelheim (1980, p. 20-21), em sua pesquisa, mostra que os contos de fadas são únicos, não só como uma forma de literatura, mas como obra de arte integralmente compreensível. O autor comenta que o significado mais profundo dos contos de fadas será diferente para cada pessoa, podendo ser distinto para o mesmo indivíduo em várias fases de sua vida. Nas aproximações com as produções midiáticas, há uma apropriação de linguagem pelo mito, como apontou Barthes (2001, p.152). Para o autor, a função do mito é transformar um sentido em forma e, sendo assim, o mito é sempre um roubo de linguagem e nada pode fugir do mito, que busca desenvolver o seu esquema a partir de qualquer linguagem. Na acepção barthiana, “o mito é um sistema semiológico que pretende superarse para se tornar um sistema factual”. (BARTHES, 2001, p.154-155). Barthes (2001, p.137) aponta para essa dupla camada como derme e hipoderme – signo e significado – do texto midiático, pois: No mito existem dois sistemas semiológicos, um deles deslocado em relação ao outro: um sistema lingüístico, a língua (ou os modos de representação que lhe são assimilados), a que chamarei de linguagemobjeto, porque é a linguagem de que o mito se serve para construir o seu próprio sistema; e o próprio mito, a que chamarei metalinguagem, porque é uma segunda língua, na qual se fala da primeira. (Grifos do autor). Barthes (2001, p.132) amplia o campo fenomenológico do mito, afirmando que “o discurso escrito, assim como a fotografia, o cinema, a reportagem, o esporte, os espetáculos, a publicidade, tudo isso pode servir de suporte à fala mítica”. Para Propp (2001), na linguagem, bem como no mito, ocorre uma transposição simbólica do conteúdo sensível em uma conformação objetiva. As metáforas, tanto linguística quanto mítica, nascem do mesmo esforço de concentração da percepção sensorial, peculiar a toda informação. São as imagens e os símbolos que condensam as IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 narrativas míticas. Os mitos primitivos, que dizem respeito à humanidade e à origem, reduzem-se a imagens individuais que se relacionam com o imaginário coletivo. Assim, são essas imagens e símbolos, presentes no sonho e na literatura, que revelam a permanência do pensamento mítico. No entanto, podemos pensar que um gênero literário que revela a permanência dos mitos são os nossos contos de fadas ou contos maravilhosos. Considerações finais As conclusões que se chegaram ainda não são conclusivas, visto que o trabalho está em desenvolvimento. A pesquisa será desenvolvida em quatro partes, serão abordados temas como: a linguagem televisiva e a linguagem cinematográfica, assim como as teorias relacionadas com os mitos e com os contos de fadas, pois são esses quatro elementos que compõem o filme publicitário que é a materialidade em questão. O filme publicitário é constituído por textos que transmitem os traços da cultura e do tempo histórico onde está incluso. A publicidade e o mito possuem um poder retórico eficientes, pois servem de reencontro com textos arcaicos da humanidade, recordando as narrativas que dão sentido à existência humana, participando da composição argumentativa do discurso publicitário. O filme publicitário “educa” a memória do espectador para que a marca do produto torne-se memorável. Para isso, essas imagens são esculpidas minuciosamente, selecionadas, sequenciadas, postas em narrativa audiovisual para que o público possa compreender e ser persuadido pela mensagem. Referências BAITELLO JUNIOR, N. O animal que parou os relógios: ensaios sobre comunicação, cultura e mídia. São Paulo: Annablume, 1999. BARTHES, Roland. Mitologias. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Tradução de Arlene Caetano. 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 BYSTRINA, Ivan. Tópicos de semiótica da cultura. São Paulo: CISC, 1995. CONTRERA, Malena Segura. O mito na mídia: a presença de conteúdos arcaicos nos meios de comunicação. São Paulo: Annablume, 2000. ELIADE, Mircea. Mito e Realidade. 2º ed. 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