Resoluções de Exercícios CIÊNCIAS HUMANAS I Capítulo 02 Diversidade Cultural, Conflitos e Vida em Sociedade Cultura Material e Imaterial na Antiguidade Clássica;Patrimônio e Diversidade da Cultura Mundial 02 E O discurso de Tibério incentivava os plebeus a não irem à guerra. Para ele, a guerra favorecia a riqueza dos patrícios e a morte dos plebeus que não possuíam uma nesga de terra nem para morar ou se enterrar. O discurso incentivava também sua concepção de uma reforma agrária. BLOCO 05 01 E O próprio texto destaca as múltiplas identidades de Paulo de Tarso, traço característico dos habitantes do Império Romano: judeu, cristão, romano, grego, artesão, apóstolo. BLOCO 01 01 D Sócrates era um mendigo e, portanto, não tinha o dinheiro exigido pelo sofista Trasímaco para continuar o debate sendo apoiado a manter o diálogo e financiado por Glauco e seus amigos. Ao ler o fragmento do diálogo, você percebe que o sofista sustentava que a correlação entre justiça e ética resultava de convenções sociais. 02 E A perseguição, prisão, tortura e morte dos cristãos pelos romanos objetivavam afastar os cristãos da sua crença. Ironicamente, apesar da perseguição, o número de cristãos continuava a crescer atingindo, inclusive, membros da elite romana. BLOCO 06 01 A 02 C A ética nasceu na Grécia pela necessidade de dignificar a vida diante da realidade humana. Assim, de acordo com o texto, quando sentimos estranhamento diante da realidade, da miséria, da fome, da corrupção e da desigualdade, devemos clamar por justiça, por um sentimento de dignidade dos seres humanos excluídos. A carta faz referência às invasões dos “Bárbaros”, que acabariam influenciando os hábitos e as instituições romanas. BLOCO 07 01 A BLOCO 02 01 E Depois de resolver conflitos internos, Roma, na República, deu início a sua expansão “imperialista” a partir do mar Mediterrâneo (Mere est Nostrum) dominando o norte e nordeste africano, a Grécia, Egito e o território de Canaã (Palestina), onde hoje encontra-se o Estado de Israel. O mosaico, de fato, apresenta a diversidade cultural assimilada pelos romanos no período de seu expansionismo, no entanto, poderia suscitar dúvidas aos alunos pela data indicada no enunciado. BLOCO 03 01 E Os libertos de Roma poderiam transitar, frequentar lugares, fazerem comércio, mas ainda assim eram semicidadãos, pois os filhos só poderiam possuir direitos jurídicos se educados. BLOCO 04 01 B Somente a proposição [B] está correta. A questão remete à expansão romana ocorrida no período da República, 509-27 a.C. A expansão romana foi liderada pelos patrícios (elite agrária), porém o exército romano era composto pelos mais humildes que batalhavam, venciam, conquistavam terras, mas não usufruíam desta riqueza. Esta expansão gerou inúmeros problemas como o aumento da escravidão, da desigualdade social, da concentração fundiária, da violência, entre outras. Assim, os irmãos Gracos defenderam reformas sociais importantes que beneficiavam os camponeses e os mais pobres em geral, tais como o projeto da Reforma agrária defendido por Tibério Graco e a Lei Frumentária de Caio Graco. Estes projetos sociais fracassaram por tocar nos interesses da elite agrária, os patrícios. Na história da Roma antiga quem defendia os mais humildes acabava morrendo, basta observar a morte de Tibério e Caio Graco, Júlio César, Jesus, entre outros. CiênCias humanas i A civilização Grega criou o termo “bárbaro” considerando que os outros povos eram inferiores no campo da cultura. Os romanos, herdeiros da cultura Grega, retomam a expressão “bárbaro” associando a todos os povos que não pertenciam ao Império Romano. Dentro desta perspectiva de inferiorizar outros povos, os romanos reforçaram a dicotomia entre civilização e barbárie. Portanto, a proposição [A] está correta. A alternativa [B] está incorreta. A cultura medieval vinculada à Igreja católica procurou converter os bárbaros ao cristianismo. A proposição [C] está equivocada. O Renascimento Cultural se inspirou nos valores humanistas e antropocêntricos da Antiguidade Clássica Greco-Romana e não resgatou os valores cristãos da sociedade romana. As proposições [D] e [E] estão incorretas. A concepção de “vândalo” foi criada pelo Império Romano e não pelos povos dominados como afirma a alternativa [D]. BLOCO 08 01 A Os “bárbaros” moveram um processo lento e gradual de invasões sobre o Império Romano. Apesar de sua organização social e política, não há superioridade cultural de um povo sobre outro. Os romanos assimilaram muito da cultura dos gregos, e os germânicos contribuíram na formação do feudalismo. BLOCO 01 01 A A cidadania na democracia de Atenas baseava-se em dois princípios, a isonomia, a igualdade de tratamento para os cidadãos, e a isegoria, o direito de todos os cidadãos falarem abertamente sobre a política. Esses dois princípios foram assimilados pelo direito ocidental. Ciências Humanas suas Tecnologias CiênCias humanas – Volume 02 01 BLOCO 02 01 A A democracia em Atenas, que era exercida de maneira direta, era excludente, porque deixava de fora uma boa parcela da população ateniense. Na época de Péricles, a democracia ganhou “isonomia, isocracia e isegoria”, porque todos os atenienses passaram a poder exercer opinião nas reuniões públicas. BLOCO 03 01 B O texto de Thereza Venturoli esclarece o anseio de Vitória nos jogos em homenagem a Zeus pelos gregos, ao passo que o discurso de Coubertin valoriza o ideal de fraternidade e de participação do ato de competir nos jogos. BLOCO 04 01 B Como a própria questão deixa claro, quando a legislação era transmitida oralmente, as classes superiores “manipulavam a justiça de acordo com seus interesses”. Isso posto, quando a legislação passou a ser escrita, houve o aumento do direito à cidadania pelas classes inferiores. 02 B Somente a proposição [B] está correta. A questão remete ao início da República Romana quando ocorreu um intenso conflito entre os patrícios e os plebeus. Até então não havia lei escrita, existia o costume como lei que era sempre interpretado pela elite patrícia. A plebe entendia que a lei escrita representava um avanço no sentido da segurança e estabilidade. Desta forma, surgiu a famosa Lei das Doze Tábuas por volta de 450 a.C. Trata-se da primeira compilação escrita das leis romanas. BLOCO 05 01 A O texto que acompanha a questão descreve bem como eram as ruas de Roma e os tipos de lazer que nela existiam, propiciando uma interação entre as camadas sociais. Observe o trecho: “[...] os pobres encontram passeios e campos de esporte [...] o maior prazer era de estar na multidão, gritar, encontrar pessoas [...]”. BLOCO 06 01 E Para alguns pesquisadores, a impossibilidade da Igreja em satisfazer as necessidades individuais e coletivas possibilitou o surgimento de outras religiosidades, mas também um paradoxo de um mundo de injustiça social como normal. BLOCO 07 01 A Na verdade, muitos imperadores romanos mataram cristãos, mas o que se observa na História tradicional é que sempre se referem a Nero como o pior de todos. Na verdade, com um estudo mais profundo, percebe-se que Nero pode ter sido tudo que dizem dele, mas se descobriu que ele foi um bom administrador. 02 B Platão, discípulo de Sócrates, já havia assimilado os princípios da dialética espocados pelos pré-socráticos como Heráclito de Éfeso. Platão acreditava que através do conhecimento o homem poderia compreender a realidade inteligível. 03 C [Resposta do ponto de vista da disciplina de História] Somente a proposição [C] está correta. A questão remete ao pensamento político de Platão. Este filósofo ateniense foi um grande crítico da democracia. Acreditava que a maioria não tinha condições de participar do debate político na ágora, pois estava vinculada ao mundo sensível, o mundo do corpo, da opinião, da doxa e não sabia o que era justiça. Platão defendeu a Sofocracia, isto é, o governo dos sábios, dos reis filósofos. [Resposta do ponto de vista da disciplina de Filosofia] Na concepção platônica, a busca pelo conhecimento verdadeiro permeia todo seu sistema filosófico. Neste sistema, Platão estabelece que existem dois mundos, o mundo sensível (representa a matéria e as sensações ao qual estamos inseridos) e o mundo inteligível (representa as ideias, a razão). Neste sentido, para Platão somos ligados às sensações pessoais e isto nos conduzem ao erro pois não podemos confiar nelas. Somente podemos obter a verdade por meio do mundo inteligível. Contudo, isto não é para qualquer um, somente para os filósofos, pois eles buscam o verdadeiro saber, assim estes sabem qual é o melhor caminho para a ampliação do conhecimento, por conseguinte, qual o melhor caminho para fazer com que todas as pessoas da cidade possam desenvolver seu pleno potencial. Assim, os filósofos são os únicos capazes de conhecer a verdade e devem decidir o destino da cidade, neste contexto a democracia é um empecilho, pois não produz um consenso absoluto, verdadeiro. Portanto, Platão estabelece uma severa crítica ao sistema democrático grego. O único sistema que corresponde às críticas estabelecidas por Platão é o descrito na alternativa [C]. 04 D A democracia ateniense era direta e excludente, uma vez que, apesar da participação direta dos cidadãos, mulheres, estrangeiros e escravos não participavam das decisões políticas. As decisões políticas eram tomadas em conjunto pelos cidadãos, sempre a partir de discursos dos sofistas. 05 D Os gregos deram para o mundo uma forma nova de pensar. A essa forma deram o nome de filosofia, palavra composta de filo (vinda de philia, amizade) e sofia (sophía, sabedoria): amizade pela sabedoria, amor ao saber. Os filósofos pré-socráticos, como Anaxímenes, Tales, Heráclito e Demócrito de Abdera, preocuparam-se em explicar as coisas existentes na natureza e, portanto, explicar o Universo, o mundo. Só depois, os filósofos conhecidos como socráticos, como Platão e Aristóteles, buscaram explicar pela razão o homem. Percebe-se no texto II que o filósofo medieval, Basílio Magno, inspira-se no pensamento do filósofo pré-socrático Demócrito, o qual defendia que o Universo era constituído por um número infinito de partículas finitas, de átomos. 06 D Platão foi o principal discípulo de Sócrates. Platão fundou a Academia de Atenas com a pretensão de formar cidadãos voltados à filosofia, à ciência para preparar os futuros governates. O texto faz referência à relação entre razão e sensação. No entanto, o texto deixa evidente que Platão defende a razão como geradora de conhecimento e não a sensação. 07 C Os trechos “olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil” (primeiro texto) e “um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer funções públicas” (segundo texto) são demonstrativos das opiniões dos autores, que julgam a cidadania pela participação política das pessoas. 08 E BLOCO 01 01 A O filósofo e professor Epicuro de Samos defendia o desejo como natural e necessário, mas a partir do momento que esse prazer trouxesse dor e arrependimento não traria satisfação, mas a dor e infelicidade. 02 Ciências Humas e suas Tecnologias Ciências humaNAs – Volume 02 Somente a proposição [E] está correta. A questão remete as diferenças entre Atenas e Esparta em sua gênese, formação e desenvolvimento sociopolítico. Atenas, localizada na região da Ática, foi fundada pelos Jônios, e Esparta, localizada na Península do Peloponeso, foi fundada pelos Dórios. Daí as diferenças entre estas duas importantes pólis. Atenas foi aberta, educadora, democrática e voltada para a filosofia, enquanto Esparta foi guerreira, militarista e aristocrática. Ciências humaNAs i 09 B Somente a proposição [B] está correta. O texto do historiador Norberto Luiz Guarinelo remete a Grécia no período Arcaico. Neste contexto surgiram as pólis, as cidades-estados que possuíam autonomia política. Isto significa que na Grécia antiga não havia unidade política devido a presença das pólis, existia uma unidade cultural entre os gregos. Estas cidades-estados possuíam a ágora que consistia na praça pública, o espaço público para o debate político entre os cidadãos. A ágora, era o espaço da cidadania e da palavra. As demais alternativas estão incorretas. 10 A Somente a proposição [A] está correta. A questão remete à Lei contra a tirania implantada na Grécia Antiga. No período Clássico, século V a.C., a Grécia estava no apogeu econômico e cultural. Foi o século de ouro, o século de Péricles, o auge da democracia com as pólis que possuíam autonomia política. No entanto, em 338 a.C. Filipe II da Macedônia conquistou a Grécia e, desta forma, surgiu o império helenístico colocando fim a autonomia das pólis. A Lei da Tirania se insere neste contexto de transição da Grécia Clássica para a Grécia Helenística. As demais alternativas estão incorretas. BLOCO 02 01 D A Grécia Antiga nunca chegou a ser uma Nação ou um Império (termo muito usado na Antiguidade). A Grécia era o que chamamos de organização em cidades-estados. Sendo assim, cada povo grego, em cada cidade-estado, vivia a sua maneira, de modo descentralizado ou disperso, como classifica o autor do texto que acompanha a questão. 02 C O texto mostra claramente que, apesar da popularidade do líder Péricles, ele dependia da aprovação da Assembleia. A democracia que se desenvolveu em Atenas a partir do século V a.C. é considerada direta, pois todos os cidadãos podiam participar da Assembleia e votar ou não nas leis propostas pelos governantes, ou seja, não existia o modelo representativo que conhecemos hoje, quando vereadores ou deputados – representantes dos cidadãos – votam as leis. 03 D O texto do Rei Hamurábi, da Babilônia (antiga Mesopotâmia, hoje Iraque), revela um governo autoritário, no qual a última palavra é a do governante, que deve ser obedecido sem questionamentos. O texto do filósofo grego Aristóteles fala de democracia e liberdade, que levariam os cidadãos a viver “como se quer”, não se submetendo a um governo despótico. 04 D A construção do Império por Alexandre foi decorrência de diversas guerras contra povos do Oriente Próximo, considerados bárbaros, pois macedônicos e gregos se julgava, superiores. A ideia de integração de povos e culturas promovida por Alexandre desagradava grandes parcelas das elites e dos generais gregos, mas era entendida como uma forma de amenizar a oposição de parcelas dos povos dominados. 05 E Somente a proposição [E] está correta. O grande filósofo grego Aristóteles foi professor particular de Alexandre Magno por alguns anos. Com o assassinato de Filipe II em 336 a.C., seu filho Alexandre assumiu o poder e deu continuidade ao projeto do pai, ou seja, montar um grande império através da fusão de gregos e orientais. Alexandre montou um grande império em 13 anos, entre 336-323 a.C., quando morreu aos trinta e três anos de idade. Seu governo despótico e autoritário destoava dos ensinamentos do seu velho mestre Aristóteles que tanto escreveu sobre a política e as formas de governo. Vale ressaltar que o filósofo de Estagira não concordava com a fusão de gregos e orientais, pois considerava que cada povo tem seu temperamento e natureza. 06 A Somente a alternativa [A] está correta. No contexto da Antiguidade Oriental surgiram grandes civilizações no “Oriente Próximo” que deram contribuições relevantes para as ciências em geral. O Egito antigo desenvolveu a matemática, medicina, astronomia e usou muitas pedras em suas construções funerárias como as pirâmides. A Mesopotâmia também desenvolveu as ciências para construir suas torres denominadas zigurates. Ciências humaNAs i Estas civilizações antigas estabeleceram inúmeros contatos através do mar Mediterrâneo. Os gregos em suas viagens conheceram muitos povos e usufruíram muitos dos legados destas civilizações. As demais alternativas estão incorretas. 07 B Somente a alternativa [B] está correta. A questão remete a Grécia Antiga no contexto da Antiguidade Clássica. O texto do historiador Norberto Luiz Guarinello aponta para a construção de templos destinados aos deuses vinculados às pólis. Cada cidade-estado, pólis, possuía suas divindades na qual se construíam templos para homenageá-las. Os templos eram verdadeiros monumentos destinados aos deuses que representavam não apenas a elite agrária ou um determinado grupo social, mas todos os moradores da cidade-estado, toda a comunidade. Desta forma, a religião contribuiu como um elemento de coesão social, unificando as crenças, estabelecendo identidade e vínculos comunitários entre os residentes das pólis. As demais alternativas estão incorretas. A religião não significou igualdade social dentro das pólis e não eliminou diferenças étnicas. 08 C Somente a proposição [C] está correta. Com as diásporas gregas surgiram colônias gregas, ou seja, cidades gregas fora da Grécia. Assim, com estas viagens apareceram cidades, intercâmbio cultural, uso de moedas, calendário e a escrita. Neste cenário, nos séculos VII e VI a.C. surgiu a Filosofia Grega com os filósofos chamados de pré-socráticos. Dentro da Grécia surgiram as pólis, cidades-estados dotadas de autonomia política com destaque para Atenas e Esparta. Em 509 a.C. surgiu a democracia em Atenas com Clístenes. As demais alternativas estão incorretas. 09 A Somente a proposição [A] está correta. Heródoto de Halicarnasso é considerado o pai da História Ocidental. Escreveu o famoso livro “Histórias”, no qual aborda as “Guerras Médicas” que consistiu em um conflito entre o Império Persa que estava em expansão contra a Grécia que não possuía unidade política uma vez que estava fragmentada em polis (as cidades-estados). Para Heródoto é preciso “pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro”. As demais alternativas estão incorretas. 10 C A letra faz alusão às mulheres atenienses que ficavam esperando os maridos das embarcações, das guerras e possíveis naufrágios sendo submissas a eles. BLOCO 03 01 C Para os romanos, a lei regulava a sociedade e todos eram iguais perante ela, mas vale salientar que o Imperador estava acima de todas as leis. 02 D Somente a proposição [D] está correta. A questão remete à escravidão na Antiguidade Clássica, Grécia e Roma. A escravidão já existia nas civilizações da Antiguidade Oriental como Egito, Mesopotâmia, Fenícios, Hebreus e Persas, porém, foi na Antiguidade Clássica Ocidental, Grécia e Roma, que ela se tornou um modo de produção hegemônico em um determinado momento da história destas duas civilizações. Pensadores importantes como Aristóteles justificava a escravidão considerando-a natural e justa. 03 D A partir do fim da proibição do casamento entre plebeus e patrícios, em 445 a.C., essa união se tornou comum, mas apenas entre plebeus com posses e patrícios em decadência financeira. Essas uniões fizeram surgir uma “nova aristocracia híbrida”, que passou a controlar os principais cargos públicos de Roma. 04 B Durante o período monárquico em Roma, encontramos a escravidão por dívida, mas em pequena dimensão. Foi no período republicano, com a política expansionista dos romanos a partir das Guerras Púnicas, que se desenvolveu o escravismo como meio de produção. Parte dos povos dominados era enviada à Roma, e o desenvolvimento da escravidão determinou a marginalização da plebe. Ciências Humanas suas Tecnologias CIências humanas – Volume 02 03 05 D A proposição [D] está correta. No século V a.C. em Atenas a democracia conheceu seu auge. Mulheres, escravos e metecos (estrangeiros) não eram considerados cidadãos. A mulher era considerada um ser inferior. Em Roma, a mulher também não possuía direitos políticos independente da classe social que pertencia. As demais proposições estão incorretas. Roma não era um matriarcado privilegiando as mulheres. As mulheres não acompanhavam seus maridos para também participar das decisões políticas. Na Monarquia, República e Império Romano a mulher não era considerada cidadã. 06 B A vitória romana sobre os cartagineses ampliou os domínios romanos na orla do Mediterrâneo, com a conquista de diversas regiões no norte da África, Península Ibérica e Balcãs, transformadas em “províncias” e subordinadas ao Senado romano. Com essas conquistas, houve maior desenvolvimento do comércio e do escravismo, ampliando o lucro dos mercados e de proprietários rurais, mas, ao mesmo tempo, foram fundamentais para a pauperização da plebe. Antes das Guerras Púnicas, os romanos já haviam conquistado a Península Itálica; a Gália foi conquistada um século depois. 07 A A centralização do poder na época de Júlio César foi possível graças ao confronto com o Senado, que teve suas atribuições reduzidas. Essa situação deveu-se ao fortalecimento do exército, centralizado, e à grande popularidade de Cesar perante à plebe, em grande parte devido aos benefícios econômicos concedidos, como parte do saque das regiões conquistadas e a geração de empregos através de obras públicas. 08 A A) (V) O fato de conseguirem leis escritas já é uma concessão. B) (F) A abolição da escravidão veio com a lei Licínia Sextia e o casamento com patrícios com a lei Canuleia. C) (F) Tanto não se acomodaram que fizeram greves para conseguir seus direitos. D) (F) Os patrícios só cederam pressionados pelas greves. E) (F) Os plebeus não tinham direito de fazer diretamente para o Estado romano. 09 C Na República Romana, cabia aos cônsules (generais), sempre em número de dois, a chefia administrativa e militar. Como eram dois, um partia para as guerras e o outro cuidava da administração. Em caso de necessidade, um deles poderia ser nomeado ditador pelo prazo de seis meses, findos os quais teria de prestar conta de seus atos. 03 B Irritado com a concentração da riqueza só para a elite romana, Caio criou a Lei Frumentária, que buscava a diminuição do preço do trigo para a plebe romana. 04 D Tibério Graco com sua lei agrária tentava limitar as terras dos senhores que, como hoje, não desejam a Reforma Agrária, daí a sua morte. No entanto, Caio Graco e seu irmão conseguiram aplicá-la nos territórios de Cápua e Tarento. 05 E Fica evidente na questão que as elites, ou classe dominante, não se sentem sensibilizadas pela reforma agrária e nem em realizá-la; além disso, de acordo com o texto citado, o MST é um movimento organizado que reivindica a reforma agrária sem, contudo, ter se tornado um grupo guerrilheiro no Brasil. 06 B Como a aristocracia romana sentia seus interesses ameaçados pela ideia de reforma agrária proposta por Tibério, tratou de assassiná-lo. 07 C A expansão de Roma teve início já no final da República, no entanto, o apogeu dessa expansão aconteceu no Império e alcançou as dimensões às quais a alternativa faz referência. 08 A A expansão romana em direção à Europa Oriental teve também como objetivo a distribuição de terras aos soldados, o que não é comum e nem mesmo estudado ou abordado nos livros didáticos. 09 A A conquista da Península Itálica aconteceu ainda no período da República, que foi estabelecida através de um golpe dado pelos patrícios sem a participação popular. Com a expansão, Roma conquistou colônias, escravos e riquezas que não eram acessíveis para toda a população, provocando desemprego e revolta em Roma. Assim, nesse sentido, o governo de Otávio ainda representou os interesses de uma elite, a nobreza, para conter as revoltas e rebeliões de escravos. 10 D A condição da mulher romana era de respeito na sociedade, mas, no entanto, tinha seus limites determinados pelo “pater”, o chefe da família. 10 B Após o período da República, na qual Roma se expandiu por toda a Europa Continental, o exército romano – e seus oficiais – ganharam prestígio e força. E usaram disso para dar um golpe no Senado e disputar entre si o poder de governar Roma. Júlio César foi um dos generais que governaram Roma nesse período, que marca a transição da República para o Império. BLOCO 04 01 C A expansão de Roma aconteceu no período da República. Os romanos dominaram o Mar Mediterrâneo e os gregos. Em verdade, os romanos tinham o poder bélico, mas não o poder e o desenvolvimento da cultura grega na política (democracia), na filosofia, nas artes etc. Desse modo, os romanos levaram muitos professores, artistas, filósofos para Roma e acabaram assimilando essas diferenças a sua própria cultura como a religião grega. 02 E A República brasileira foi inspirada na República romana. Tristemente, a reeleição foi decidida pelos congressistas sem que o povo tomasse parte nas discussões; no entanto, o povo compareceu às urnas no plebiscito de 1963, no governo João Goulart e sobre sistema e forma de governo em 1993. As greves e reivindicações dos plebeus revelaram que nada é conquistado ao longo da História sem conflito, revolução ou greves. 04 Ciências Humas e suas Tecnologias Ciências humaNAs – Volume 02 BLOCO 05 01 C Na verdade, a perseguição, tortura e exposição dos cristãos às feras era uma forma usada pelo Império Romano para que os cristãos abandonassem sua religião e se voltassem à religião romana. No entanto, essa perseguição provocou um efeito inverso, na medida em que a própria população romana começou a se voltar para o Cristianismo. Realmente, a violenta repressão aconteceu quando os cristãos negavam-se a cultuar o Imperador como divino e seus deuses. Então, o imperador Teodósio, com o Edito de Tessalônica, tornou o Cristianismo a religião do Estado. 02 A A forma social de trabalho formada no Feudalismo foi uma síntese entre dois tipos de relações sociais anteriores: o escravismo romano e o clientelismo bárbaro. Essa síntese resultou na servidão feudal. 03 D As autoridades romanas – e não a população – viam os cristãos e o Cristianismo como uma ameaça, não apenas porque eram elementos de províncias dominadas, mas porque defendiam uma concepção de mundo universalista, que se opunha à superioridade romana em relação a outros povos; ao mesmo tempo, a crença em um Deus único, celeste, sem forma, chocava-se com o caráter divino dado ao Imperador, questionando indiretamente seu poder. Ciências humaNAs i 04 C Somente a alternativa [C] está correta. No Baixo Império Romano, séculos III, IV e V, o império entrou em declínio devido à crise escravista que acabou engendrando uma crise generalizada, economia, política, militar, administrativa. Neste contexto crítico ocorreram as invasões dos bárbaros germânicos sobre as fronteiras europeias do império romano necessitando, então, de mais gastos militares exatamente quando o Império estava em crise. As proposições [A], [B], [D] e [E] estão incorretas. Neste contexto o império já havia expandido. Não retomou o politeísmo. Não havia anseios expansionistas no Baixo Império, pois já havia ocorrido ao longo do período republicano e no início do império. As Guerras Púnicas, Roma contra Cartago, ocorreram na República Romana. 05 D Somente a proposição [D] está correta. O carnaval é uma festa popular celebrada no Brasil tornando-se um forte elemento da cultura nacional. No entanto, o carnaval não é uma invenção brasileira e nem se quer acontece só no Brasil. A história do carnaval remonta à Antiguidade Oriental como a Mesopotâmia e a Antiguidade Ocidental como a Grécia e Roma. A festa era um agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. As demais alternativas estão incorretas considerando que a festa do carnaval não se deu por conta da fusão da cultura romana com a cultura da macedônia, não era um ritual tribal e religioso e também não consistia em um rito complementar à sacralização do período do natal. 06 E Após a expansão marítima romana elevou-se o número de escravos como consequência das conquistas de Roma. Esses escravos passaram a ser utilizados na economia romana, o que causou uma nova organização social na cidade. 07 B Os argumentos apontados na alternativa correta, juntamente com a escassez de mão de obra escrava, a propagação do Cristianismo e as invasões bárbaras, são apontados como as causas da crise do Império Romano iniciada no século III. 08 C Ao conquistar a “Itália” e ampliar seu domínio sobre o mar Mediterrâneo, os romanos conquistaram mais territórios, e escravos, os quais foram levados para trabalharem nos latifúndios romanos. Roma passou, por outro lado, a acumular mais riquezas. 09 B Sabe-se que Roma nos seus primórdios foi habitada por camponeses e que os etruscos contribuíram muito para a formação da civilização romana. Em 509 a.C. foi derrubado o último rei Tarquínio, o Soberbo, colocando fim a monarquia e implantando uma República. Este novo regime era aristocrático e oligárquico, dominado pela elite agrária conhecida como os patrícios. Também dentro da República ocorreu a expansão de Roma que dominou a Itália e, ao vencer os cartagineses nas Guerras Púnicas, dominou todo o mediterrâneo. Nesta grande expansão (o mar é nostrum), Roma anexou vários povos e impôs sua cultura e valores. Conforme o texto de Marvin Perry surgiu “um Estado universal que unificou diferentes nações do mundo mediterrâneo”. A alternativa [B] está incorreta considerando que não foram os bárbaros germanos que impulsionaram o comércio romano de azeite e vinho. 10 D A tradição punitiva descrita no enunciado fazia parte dos registros de Inquisição da Igreja Católica. Tal prática, apesar da contrariedade de alguns, foi utilizada pela Igreja Católica até meados do século XVIII. BLOCO 06 01 E No período conhecido como Baixo Império Romano, o Estado romano tentou incentivar um processo de ruralização da economia fixando os colonos na terra. No entanto, o império se sentiu impotente para controlar essa política agrária. 02 C É preciso deixar claro que havia muitas formas de escravidão em Roma. No entanto, os maltratos e a exploração imposta pelos senhores levaram a muitas revoltas. Ciências humaNAs i 03 B Deve-se ressaltar que na Grécia e na Roma Antiga não havia a concepção de preconceito racial, mas, antes, o desejo de domínio territorial que levou essas civilizações a conquistarem mão de obra necessária para os seus diversos interesses. 04 C O monoteísmo ético dos hebreus vai servir de base para outras religiões monoteístas, como Cristianismo e Islamismo. 05 E A análise histórica de Montesquieu a respeito da mão de obra escrava ao longo da História leva-nos a concluir que as razões econômicas acabam sendo justificadas pelo direito e pela moral de cada época. 06 B A estruturação jurídica e a formulação de leis pelos romanos foram algumas de suas maiores contribuições à cultura ocidental, especialmente o Corpus Juris Civilis que é a base do direito ocidental. 07 A O item A caracteriza a prática social, econômica, cultural e religiosa da construção ou do primeiro momento do mundo feudal na Europa Ocidental. 08 D Os historiadores de modo geral estão de acordo com a estratégia de dominação romana de dividir os inimigos e, assim, dominar. 09 C Somente a proposição [C] está correta. Santo Agostinho, grande nome da Patrística, escreveu no contexto da crise do Império Romano do Ocidente, séculos IV e V d.C. Para ele, Roma foi destruída devido à invasão dos bárbaros germânicos (godos) liderados por Alarico. Criticou o paganismo que se apoiava em falsos deuses e defendeu o monoteísmo cristão, ou seja, o cristianismo. Santo Agostinho, neste cenário de crise do Império Romano, se apoiou nas ideias do filósofo grego Platão para fundamentar o cristianismo. As demais alternativas estão incorretas. 10 C Existem autores que afirmam que a possibilidade da expansão do Cristianismo, tal como o tivemos ao longo da história, deve-se, entre outros aspectos, ao fato de a nova crença ter emergido do interior do Império Romano, caracterizado também por uma grande diversidade cultural e, ao mesmo tempo, com estruturas que possibilitaram a expansão daquele credo religioso. BLOCO 07 01 D Átila foi o último e mais poderoso rei dos Hunos, povo originário da Ásia Central, que adquiriu grande poder bélico, com ações rápidas de sua cavalaria, responsável por importantes conquistas contra o Império Romano. 02 B A presença bárbara no Império Romano não aconteceu de uma hora para outra, mas sim de maneira gradual, tendo em vista que migrações anteriores ocorreram por falta de oportunidades agrícolas e perseguições, com bárbaros (povos que não falavam latim) adentrando Roma em busca de oportunidades. 03 C As causas afirmativas na alternativa relatam os motivos da queda do Império Romano. 04 D Com a expansão romana, os escravos passaram a ser uma classe numerosa e eram utilizados como gladiadores em Roma. Ciências Humanas suas Tecnologias CIências humanas – Volume 02 05 05 B As ditas democracias modernas inspiram-se no modelo grego e romano, que tinham como características o debate e desejo de alcançar o bem público. 06 E Os libertos eram semicidadãos que possuíam muitos dos atributos sociais dos aristocratas, no entanto, só passavam a ser cidadãos os seus filhos. 07 A A crise do escravismo e a invasão dos bárbaros levou o Império Romano a fazer um processo de ruralização da economia com a prática do colonato. 08 A Diante da crise do escravismo e da economia, o Estado romano tentou fixar os colonos estabelecendo a Lei do Colonato. 09 A O desconhecimento do Estado e da cidade como organismos político-administrativos, a importância do guerreiro, o desenvolvimento da metalurgia para a fabricação de armas de guerra, o casamento monogâmico e a economia baseada na agricultura, na pecuária, na caça e na pesca caracterizam os povos germânicos. 10 D Várias foram as causas que levaram à decadência do Império Romano. No entanto, a Europa não conseguiu acabar com as sucessivas invasões dos vários povos “bárbaros” sobre o Império Romano. Alguns historiadores acreditam que talvez o Império tivesse erguido-se, se não fossem essas constantes invasões. 01 C A democracia ateniense, apesar de inovadora, era extremamente excludente, considerando escravos, mulheres e atenienses não natos como não cidadãos. Por isso, as ideias de Sócrates, para quem as “qualidades interiores” valiam mais que a “condição socioeconômica” eram consideradas subversivas e contrariavam os valores da época. 05 A Heródoto foi o principal cronista grego da antiguidade, considerado como o “pai da História”, suas obras retratavam de forma racional o desenvolvimento das sociedades, destacando o comportamento humano. Tucídides escreveu a História da Guerra do Peloponeso, um dos mais importantes eventos do período clássico, envolvendo, principalmente, as duas mais importantes cidades gregas – Atenas e Esparta. 06 D As cidades gregas eram independentes, Estados soberanos, no entanto estabeleceram padrões comportamentais com acentuada semelhança que nos permite afirmar que existiu um povo grego ou uma cultura grega, apesar de exceções como Esparta. Os Jogos Olímpicos fortaleceram um sistema de contagem de tempo entre os gregos. Apesar das disputas entre os “atletas”, os jogos representavam um momento de congraçamento, e eventuais guerras eram suspensas durante sua realização. 07 C A Lei das 12 Tábuas (escritas) eram as mesmas leis orais impostas pelos patrícios. No entanto, foi um avanço, pois, com as outras greves, os plebeus continuaram suas conquistas, como a Lei Canuleia, que permitia o casamento misto, isto é, entre plebeus e patrícios. Em verdade, houve mais de uma Lei Licínia, como está exposto na alternativa C, mas também a que possibilitou o fim da escravidão por dívida. 08 A Depois da luta de classes entre patrícios e plebeus, sem conflitos internos, Roma consolidou sua expansão interior partindo para a sua expansão no Mediterrâneo, o que provocou as Guerras Púnicas contra Cartago. 09 A Não se pode falar em democracia em Roma. As disputas pelo poder no primeiro Triunvirato acabaram levando a um período de estabilidade no governo de Júlio César, inclusive pela sua liderança e boa relação com o exército. 10 D O texto se refere à passagem da Monarquia para a República na Roma Antiga. Organizou-se o poder político de tal forma que fosse partilhado entre os magistrados (especialmente os cônsules) e o Senado. 02 D O texto deixa claro que a devoção a Hermes surgiu no mesmo período no qual a Grécia estava se expandindo e o comércio estava se tornando a principal fonte da economia grega. Nesse sentido, o culto a Hermes – deus mensageiro e protetor do comércio – está intimamente ligado à expansão grega. 03 A O exercício da cidadania em Atenas era bastante restrito. Dele estavam excluídas as mulheres, os estrangeiros, os libertos e os escravos. Aqueles poucos considerados cidadãos deveriam estar preparados, entre outros aspectos, para o governo da pólis. 04 C A sociedade espartana tinha como características o militarismo, o laconismo, a xenofobia e a xenelasia, ou seja, a expulsão de estrangeiros. Diferentemente da cidade-estado de Atenas, que tinha uma educação integrada – da valorização do intelecto, do físico e do artístico para os cidadãos. Num certo sentido, o nascimento de uma criança, a educação e o militarismo caracterizam bem a realidade de Esparta. Quando nascia uma criança, o Conselho dos Anciãos tinha que verificar a integridade física do nascido, quer fosse menina ou menino, se apresentasse má formação física, seria jogada do monte Tageto, ou seja, essas crianças eram mortas. Se fosse um menino sadio, a mãe permaneceria pouco tempo com ele, só até os 7 anos, depois, o Estado ficava com a posse do menino até os 12 anos, quando recebia educação militar e de sobrevivência. Entre 12 e 17 anos, permaneciam na península do Peloponeso e, aos 17, passavam por uma provação para integrar o Exército, onde permaneciam até os 30 anos. Ora, isso acontecia com os meninos da elite, os esparciatas; sendo assim, a elite era minoria e frequentemente fazia os Kryptos, ou seja, a matança dos hilotas para que não se rebelassem contra a minoria (a elite). Nesse sentido, como era o grupo social minoritário, usava da força militar para manter o seu poder. 06 Ciências Humas e suas Tecnologias Ciências humaNAs – Volume 02 Ciências humaNAs i