A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito - WCRC-6

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Informações oficiais recebidas da Secretaria da Saúde do Estado de Goiás
Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti
Dengue
O que é a Dengue?
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. No Brasil, foi
identificada pela primeira vez em 1986. Estima-se que 50 milhões de infecções por
dengue ocorram anualmente no mundo. No Estado de Goiás, a reintrodução da doença
ocorreu em 1994, no município de Goiânia. A partir daí os casos aumentaram e hoje
Goiás é uma região endêmica para dengue e com grande número de casos, tendo um
aumento expressivo a partir de 2010.
A principal forma de transmissão é pela picada dos mosquitos Aedes aegypti. Há registros
de transmissão vertical (gestante-bebê) e por transfusão de sangue. Existem quatro tipos
diferentes de vírus da dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
Quais são os sintomas?
A infecção por dengue pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando à
morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de
início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores
no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na
pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Na fase febril inicial da doença
pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e
contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros sintomas.
Zika vírus
O que é o Zika?
O Zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil
em abril de 2015. O vírus Zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua
identificação em 1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da
febre amarela, na floresta Zika, em Uganda.
Quais são os sintomas?
Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações
clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas
articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros
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sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No
geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente
após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente
um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem,
excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015,
pela primeira vez na história.
Chikungunya
O que é Chikungunya?
A Febre Chikungunya é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes
albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014.
Chikungunya significa "aqueles que se dobram" em swahili, um dos idiomas da Tanzânia.
Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia
documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953.
Quais são os sintomas?
Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos
pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça,
dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter chikungunya mais
de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas
iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. O mosquito adquire o vírus
CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus está presente no
organismo infectado. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.
Ao apresentar os sintomas e sinais descritos acima, referentes às três doenças, é
importante procurar um serviço de saúde.
Como prevenir a Dengue, Chikungunya e Zika?
Ainda não existem vacina ou medicamentos contra as três doenças, portanto, a única
forma de prevenção é acabar com o mosquito Aedes aegypti, mantendo o domicílio
sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros. Roupas que minimizem a exposição da
pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporcionam alguma proteção
às picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas
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também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo.
Indivíduos que viajam para cidades com transmissão de dengue, chikungunya e zika
devem evitar a picada de mosquitos, especialmente durante o dia. Recomenda-se o uso
de roupas compridas e claras e o uso de repelentes nas áreas expostas, segundo
orientação do fabricante.
Recomendações do Ministério da Saúde aos viajantes
A dengue, chikungunya, zika e febre amarela são doenças transmitidas pelo mosquito
Aedes aegypti e, independente do destino ou motivo da viagem, é importante que o
viajante adote medidas para reforçar a proteção contra o mosquito. Confira as
recomendações do Ministério da Saúde para os viajantes se protegerem contra a picada
dos insetos:
•
Ao chegar ao seu local de hospedagem (hotel, pousada, albergue e outros),
verifique cuidadosamente se há algum criadouro do mosquito e elimine-o. O risco de
infecção por dengue, febre amarela, chikungunya e vírus zika podem ser reduzidos se
forem evitadas as picadas;
•
Hospede-se em locais que disponham de telas de proteção nas portas e janelas,
especialmente se estiver longe das capitais, ou leve o mosquiteiro/cortinado como
alternativa;
•
Em passeios ecoturísticos, utilize roupas que protejam o corpo contra picadas de
insetos e carrapatos, como camisas de mangas compridas, calças, meias e sapatos
fechados;
•
Aplique repelente nas áreas expostas da pele, seguindo a orientação do fabricante.
No caso das gestantes, o Ministério da Saúde recomenda que elas façam um pré-natal
qualificado e todos os exames previstos nesta fase, além de relatarem aos profissionais
de saúde qualquer alteração que perceberem durante a gestação. É importante reforçar
que, em qualquer situação, as gestantes precisam consultar seu médico antes de viajar e
é necessário um cuidado especial em viagens. As gestantes e mulheres em idade fértil
com possibilidade de engravidar devem proteger-se das picadas de insetos, adotando as
seguintes medidas:
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
Evite ambientes com presença de mosquitos, sem as medidas de proteção
recomendadas;

Sempre que possível utilize roupas que protejam a maior parte possível da
superfície da pele;

Os repelentes à base de DEET, icaridin, ou picaridin e IR 3535 ou EBAAP são
considerados seguros para uso durante a gestação;

Antes de fechar a casa para viajar, verifique cuidadosamente se há algum
criadouro do mosquito e elimine-o.
Pessoas infectadas com os vírus zika, chikungunya ou dengue são o reservatório
de infecção para outras pessoas, tanto em casa como na comunidade. Portanto, a
pessoa doente deve seguir as medidas de proteção, evitando a propagação da
doença.
Febre amarela
O que é Febre Amarela?
É uma doença febril aguda, de acometimento sistêmico e é transmitida ao homem pela
picada de fêmeas do mosquito vetor infectado. Na Febre Amarela Urbana (FAU), o vetor é
o Aedes aegypti e o homem é o principal hospedeiro.
Quais são os sintomas?
O quadro clínico típico é caracterizado por manifestações de insuficiência hepática (fígado)
e renal (rins), em muitos casos evolui para óbito em aproximadamente uma semana. Não
existe tratamento específico. É apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao
paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de
líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve
ser atendido em uma unidade de terapia intensiva (UTI).
VACINAÇÃO
Como prevenir?
Recomenda-se a vacina Febre Amarela (atenuada) para toda à população a partir dos 9
meses de idade que se deslocarem das Áreas Sem Recomendação de Vacina (ASRV)
para Áreas Com Recomendação da Vacina (ACRV). A administração da vacina deve ser
realizada no mínimo 10 dias antes da viagem para considerar imunizado (primovacinado).
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Os anticorpos protetores aparecem entre o 7º e 10º dia após a aplicação, razão pela qual
a imunização deve ocorrer 10 dias antes de se ingressar em ACRV. O novo esquema
vacinal da Febre Amarela é o seguinte:
• Crianças de 9 meses até 4 anos 11 meses e 29 dias de idade: administrar 1 dose aos
9 meses e 1 dose de reforço aos 4 anos de idade;
• Pessoas a partir de 5 anos de idade, que receberam uma dose da vacina antes de
completar 5 anos de idade: administrar uma única dose de reforço. Com intervalo
mínimo de 30 dias;
• Pessoas a partir de 5 anos idade, que nunca foram vacinadas ou sem
comprovante de vacinação: administrar a primeira dose da vacina e 1 dose de reforço,
10 anos após a administração desta dose;
• Pessoas a partir dos 5 anos de idade que receberam 2 doses da vacina: considerar
vacinado. Não administrar nenhuma dose;
• Pessoas com 60 anos e mais que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de
vacinação: o médico deverá avaliar o benefício/risco da vacinação, levando em conta o
risco da doença.
Portanto, adultos que tenham 2 doses comprovadas no cartão de vacinação, considerar
vacinado, não precisa receber outra dose. Caso tenha apenas uma dose há mais de 10
anos deverá receber outra dose.
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Sobre o uso de repelentes
Os repelentes de uso tópico, aplicados na pele, podem fazer parte dos cuidados contra
dengue, chikungunya e zika. A recomendação da Anvisa é clara: não há qualquer
impedimento para a utilização desses produtos por mulheres grávidas, desde que os
repelentes estejam devidamente registrados na Agência. As recomendações de uso
descritas no rótulo de cada produto devem ser seguidas à risca. Os produtos à base de
DEET não devem ser usados em crianças menores de dois anos. Entre 2 anos e 12 anos,
a concentração máxima do produto deve ser de 10% e a aplicação deve se restringir a
três vezes por dia. Alguns cuidados devem ser observados no uso:
•
Repelentes devem ser aplicados nas áreas expostas do corpo e por cima da roupa;
•
A reaplicação deve ser realizada de acordo com indicação de cada fabricante;
•
Para aplicação da forma spray no rosto ou em crianças o ideal é aplicar primeiro na
mão e depois espalhar no corpo, lembrando sempre de lavar as mãos com água e sabão
depois da aplicação;
•
Em caso de contato com os olhos, é importante lavar imediatamente a área com
água corrente.
Além do DEET, os princípios ativos mais recorrentes em repelentes no Brasil são
utilizados em cosméticos: o Icaridin e o IR 3535, além de óleos essenciais, como
Citronela. Embora não tenham sido encontrados estudos de segurança realizados em
gestantes, estes princípios são reconhecidamente seguros para uso em produtos
cosméticos conforme regulamentação do setor.
Repelentes ambientais e inseticidas
Inseticidas, usados para matar mosquitos adultos, e repelentes ambientais, usados para
afastar os mosquitos (encontrados na forma de espirais, líquidos e pastilhas de aparelhos
elétricos), também podem ser adotados no combate ao mosquito Aedes aegypti, desde
que registrados na Anvisa e sejam obedecidos todos os cuidados e precauções descritas
nos rótulos dos produtos.
Os inseticidas “naturais” à base de citronela, andiroba e óleo de cravo, entre outros, não
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possuem comprovação de eficácia nem a aprovação pela Anvisa, até o momento.
Portanto, todos os produtos anunciados como “naturais”, comumente comercializados
como velas, odorizantes de ambientes, limpadores e os incensos, que indicam
propriedades repelentes de insetos, não estão aprovados pela Agência e não possuem
eficácia comprovada.
Medidas para diminuir os riscos de doenças ou agravos de importância em saúde
pública durante a viagem
Abaixo, seguem algumas dicas práticas e informações úteis que podem ajudar você a
proteger a sua saúde:
•
Informe-se sobre o local para onde vai viajar. Verifique se há risco de doenças e a
necessidade de vacinas e outras medidas preventivas;
•
Lave sempre as mãos com água e sabão;
•
Lembre-se de usar o protetor solar, além de chapéus e roupas adequadas para o
clima;
•
Use sempre preservativos, prevenindo as doenças sexualmente transmissíveis,
incluindo AIDS e hepatites. Não compartilhe seringas;
•
Pacientes que fazem uso de medicamentos devem levar as respectivas
medicações em suas caixas originais e as receitas médicas;
•
Evite nadar em lagoas e pequenos córregos de água parada, evitando doenças
como a esquistossomose (endêmica em alguns estados), além de acidentes com animais
aquáticos;
•
Não nade ou pesque sozinho. Afogamento é uma das causas de morte entre
turistas;
•
Não dirija após a ingestão de bebida alcoólica (proibida para menores de 18 anos);
•
Ao dirigir, use sempre o cinto de segurança. Mantenha as crianças no banco
traseiro com o cinto de segurança / cadeira para menores de sete anos e meio;
•
Para a prevenção de doenças transmitidas por picadas de mosquitos (dengue,
malária, leishmaniose e outras), uma das principais recomendações é o uso correto de
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repelentes. Procure aqueles à base de DEET em concentrações iguais ou maiores do que
35%, ou à base de Icaridina em concentrações iguais ou maiores do que 20%;
•
Procure usar roupas claras e que cubram a maior parte da pele. Usar antes o
protetor solar; o repelente deverá ser a última camada;
•
Evite alimentos crus ou mal cozidos;
•
Utilize água tratada ou engarrafada e verifique se o lacre está intacto;
•
Evite o consumo de alimentos vendidos por ambulantes;
•
Evite o contato com animais, vivos ou mortos, para eliminar o risco de doenças
como a raiva e outras. Caso aconteça algum acidente com animais, procure o serviço de
saúde imediatamente;
•
Em caso de febre, lesões de pele, diarreia e outros, procure o serviço de saúde;
•
Mantenha a sua caderneta de vacinação atualizada.
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