CONJUNTIVA

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CONJUNTIVA
EMBRIOLOGIA
- Está ligada ao das pálpebras ( no 3º mês , as pálpebras estão aderentes umas às
outras, separando-se ao 7º mês ) .
EPITÉLIO
- as células basais têm morfologia cubóide, tranformm-se em células poliédricas,
aplanadas à medida que alcançam a superfície .
ESTROMA - formado por tecido conjuntivo ricamente vascularizado . A camada
superficial adenóide contém tec. linfático que não se desenvolve até aos 2-3 meses
pós-natal . Por este motivo, a infl. conjuntival no neonato pode produzir uma
reacção folicular .
A CONJ. CONTÉM 2 TIPOS DE GL.
• as secretoras mucina e as gl. lacrimais acessórias .
• As secretoras de mucina são as principais responsáveis pela lubrificação
pálpebras : cél. GLOBET, criptas Henle e Manz .
• As gl. lacrimais acessórias são as de Krause e Wolfring .
CONJUNTIVA PALPEBRAL
-delgada, transparente, húmida e brilhante .
* conj. MARGINAL - atrás linha orifícios Meibomius
* conj. TARSAL - vascularizada, aderindo intimamente ao tarso
* conj. ORBITÁRIA- mais espessa e rosada, do tarso ao fundo-saco .
FUNDO SACO CONJUNTIVAL
- a reflexão da conjuntiva leva à formação dum fundo-saco circular , contínuo .
- permite os movimentos do globo ocular, independentemente das pálpebras .
CARÚNCULA LACRIMAL
- saliência avermelhada 4 mm diâmetro, no ângulo interno
- constituído por 10-12 folículos pilosos com gl. sebáceas
PREGA SEMI-LUNAR
- prega conjuntiva verticalmente por fora da carúncula, de concavidade externa .
- rudimento da 3ª pálpebra .
CONJUNTIVA BULBAR
- - porção escleral 8 do funo-saco até 3 mm córnea .
- porção límbica ( anel 3 mm largura que circunscreve córnea)
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL
- artérias conjuntivais posteriores - da art. palpebrais superior e inferior
- artérias conj. anteriores - das art. ciliares anteriores, dividindo-se a 3 mm dele .
VASCULARIZAÇÃO VENOSA
- conj. posterior drena para as veias palpebrais
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- conj. anteriores drenam para as veias ciliares anteriores .
INERVAÇÃO
- SENSITIVO- ramo oftálmico Willis, n. ciliares anteriores e nervo infraorbitário
- SENSORIAL- inervação parasimpática .
FUNÇÃO PROTECTORA CONJUNTIVA
- protecção mecânica
- fagocitose
- protecção imunológica
- protecção antibacteriana
PERMEABILIDADE
- permeabilidade aos alergenos, vírus e bactérias .
FLORA MICROBIANA CONJUNTIVAL
- flora bacteriana normal tem um papel tão importante no equilíbrio fisiológico .
- densidade flora conjuntival aumenta com a velhice .
- a exploração vias lacrimais liberta novas espécies bacterianas
- espécies bacterianas anaeróbias e flora fúngica .
ANOMALIAS DA CIRCULAÇÃO
- hiperémia difusa ( alcoolismo, diabetes, hipercolesterolémia )
- cianose ( por obstrução venosa mecânica e aumento viscosidade sanguínea leucemia, macroglobulinémia, mieloma múltiplo ).
- ANEMIA ( SOBRETUDO NA PÁLPEBRA INFERIOR ).
- fragmentação coluna sanguínea .
- irregularidades calibre de vasos ( telangiectasias, varicosidades, aneurismas manifestação de infl. ocular, traumatismos, arteriosclerose, HTA, diabetes .
- equimose ( traumatismos cranianos, alt. vasculares conjuntivais, doenças hemovasculares, conjuntivites agudas, infecção generalizada aguda ).
HEMORRAGIA CONJUNTIVA
- hemofílicos
- histéricos
- telangiectasia hered. Rendu-Osler
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SÍNDROME CONJUNTIVITE
Designa inflamação mucosa conjuntival.
A secreção compõe-se de exsudado filtrado através do epitélio conjuntival a partir dos
vasos dilatados :
- SECREÇÃO AQUOSA SEROSA ( infl. vírica e tóxica )
- SECREÇÃO MUCOSA ( conj. primaveril e queratoconj. sicca )
- SECREÇÃO PURULENTA ( infecção bacteriana aguda grave )
- SECREÇÃO MUCOPURULENTA ( infecção bacteriana leves )
CLASSIFICAÇÃO
- modo evolutivo
- natureza secreção
- agente responsável
- modificação mucosa ( papilas, folículos )
SINTOMAS
- sensação corpo estranho
- fotofobia, lacrimejo, prurido
SINAIS
- hiperémia ( reacção inespecífica que acompanha todo o tipo de conjuntivite . É
mais intensa nos fundo-saco ).
- adenopatia pré-tragus, edema pálpebra.
- hipersecreção, edema , papilas, folículos
- quemose ( conj. bulbar , onde as fixações ao globo ocular são baixas- o acumulo
de grandes quantidades de transudados pode ocasionar quemose .
A reacção papilar é mais inespecífica e tem menos importância no diagnóstico do
que uma resposta folicular .
HIPERSECREÇÃO
- o tipo de hipersecreção não tem valor na orientação etiológica .
MEMBRANAS VERDADEIRAS
- formam-se quando o exsudado infl. infiltra as camadas superficiais do epitélio
conjuntival ( Difteria )
FALSAS MEMBRANAS
- densificações secreções que recobrem a conj. sob a forma de placas coerentes
branco-amareladas ( compõem- se de exsudado coagulado aderente ao epitélio conj.
inflamado (conj. adenovírus, primaveril, gonocócica ).
NOTA- A hiperémia é apenas um sinal de irritação conj. e só por si não põe o
diagnóstico de conjuntivite .
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EDEMA
- ASPECTO VELUDO
- QUEMOSE MAIS MARCADA NO LIMBO
PAPILAS
- hiperplasia papilar é um modo reaccional a toda a infl. conjuntival ( mecânica ou
infecciosa )
FOLÍCULOS
- manifestação de hiperplasia dos folículos linfóides normais sub-epiteliais
- predomina no fundo-saco conj. inferior
- são nódulos hemisféricos, translúcidos, avasculares no centro e vascularizados à
periferia .
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
- falsas conjuntivites
- conjh. complicando a obstrucção vias lacrimais
- reacção conj. a um corpo estranho palpebral.
- conj. do olho seco
- hemorragia sub-conjuntival
- episclerite
- afecções graves do segmento anterior ( queratite, uveíte, glaucoma agudo ângulo
fechado ).
EVOLUÇÃO
- a maioria são benignas .
EVOLUÇÃO AGUDA - HORAS A 8-15 DIAS
EVOLUÇÃO SUB-AGUDA - SEMANAS
EVOLUÇÃO CRÓNICA - VÁRIOS MESES .
SEQUELAS
- A maioria cura sem sequelas .
- cicatrizes fibrosas, hipertróficas e retrácteis, atrofia fundo-saco, simbléfaro
COMPLICAÇÕES
- corneanas ( queratite ponteada superficial, queratite epitelial dendrítica )
- sobreinfecções conjuntivais
- uveítes
- cutâneas ( eczema 2º, úlceras cutâneas, lesões fissurais )
- gerais ( mal estar geral, febre, celulite orbitária e da face )
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ARGUMENTOS ETIOLÓGICOS DA CONJUNTIVITE
CONJUNTIVITE BACTERIANA
- secreções purulentas não implicam etiologia bacteriana .
- pús abundante verde-amarelado
- unilateral
- conj. moderada, maior no ângulo externo (Moraxela )
- conj. falsas membranas ( Difteria )
IDADE------------------------- gonococos ( RN, bilateral, 3 a 5 horas após o nascimento )
- conj. de origem lacrimal (a causa é uma obstrucção do canal lácrimo-nasal ).
- conj. inclusão
GEOGRAFIA--------------------- conj. hemófilus ( conj. aguda, bacia Mediterrãneo, Primavera/Outono )
CONTEXTO---------------------- gonococos ( conj. unilateral, purulenta em doentes com blenorragia )
- clamídea (conj. unilateral, folicular, associada a uretrite ou artralgia em portadores
HLA B27 ).
- E.aureus ( conj. complicando a blefarite , impétigo )
- inclusão (conj. folicular com lesões pulmonares na ornitose )
CONJUNTIVITE PARINAUD----------------------------------------------------- conj. unilateral nodular, adenopatia pré-auricular ou submaxilar
- conj. e adenopatias regridem em 4-6 semanas .
- causas ( doença grito gato, tularémia, tuberculose )
CONJUNTIVITE VIRAL-------------------------------------------------------------- contagiosa
- conj. folicular ou foliculo-papilar no fundo saco inferior e ângulo
- quemose mais edema palpebral .
- secreções abundantes ( mucosa ou muco-purulenta )
- hemorragias ( queratoconj. epidémica, conj. Newcastle )
- unilateral ( herpes), bilateral (adenovírus )
QUERATITE É EVOCADORA DE ETIOLOGIA VIRAL
3 Estadios de Queratite:
- surge aos 7-10 dias de início dos sintomas oculares ( queratite epitelial ponteada
difusa ) .
- opacidades esbranquiçadas focais subepiteliais ( representam respostas imunitárias
relativamente aos adenovírus ).
- infiltrados na porção anterior estroma ( podem persistir meses ou anos ).
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CONJ. ALÉRGICA--------------------------------------------------------------------- atopia familiar
- bilateral , prurido, lacrimejo, fotofobia, edema palpebral
- hiperémia conjuntival e papilas pequenas .
- evolução crónica e recidivante
SINAIS ASSOCIADOS - blefarite, eczema, asma, coriza .
QUERATOCONJ. FLICTENULAR-.------------------------------------------------ tuberculose é a etiologia predominante .
- as flictenas são características - pequeno nódulo, amarelado, saliente, móvel com a
conjuntiva, ulcerada no vértice - duram dias .
CONJUNTIVITE VERNAL-------------------------------------------------------------- Com a infl. prolongada, podem romper-se os septos fibrosos que separam as
papilas dos tecidos subjacentes, dando lugar à confluência papilar, com formação
de papilas gigantes típicas da conj. primaveril .
- Bilateral
- fotofobia e prurido
- conj. macro-papilar
- a longo prazo dá fibrose conj. cicatricial, pannus vascular .
CONJUNTIVITE LENHOSA----------------------------------------------------------- forma rara de conj. pseudo-membranosa .
- crónica e recidivante
- Bilateral
- etilogia desconhecida
- início infância ( 2- 6 anos ).
- formação de tecido granulomatoso da conj.
- mais frequente nas raparigas .
- início explosivo ( invade rápidamente as 4 pálpebras )-início insidioso
- evolução com fases de melhoria e recaídas .
- complicações corneanas .
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DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO CONJUNTIVITES
As células conjuntivais sob a influência de agressão viral, produzem interferão, que
protege as outras células contra a multiplicação do vírus infectante.
LÁGRIMAS
- contém 3 proteínas com acção antimicrobiana ( estas proteínas captam o ferro do
meio, privando os germens ).
CÉLULA EPITELIAL NORMAL
- são cilíndricas e têm disposição em palissada ( a sua presença é um garante da
integridade da mucosa conjuntival ).
CÉLULAS EPITELIAIS ANORMAIS
- anisocitose e diferentes estadios de queratinização .
EXAME A FUNGOS
- deve pensar-se numa etiologia fúngica na conj. crónica, sobretudo em deficientes,
imunodeprimidos e drogados .
IDENTIFICAÇÃO FUNGOS
- frutificações, produção urease, resistência à actidiona .
EXAME A VÍRUS
- a conj. é uma via de entrada privilegiada dos vírus no organismo . Esta penetração
pode ser favorecido pelos microtraumatismos locais .
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CONJUNTIVITE BACTERIANA
É uma das formas mais comuns de infecção ocular .
MEC. DEFESA NATURAIS
- acção mecânica pálpebras
- integridade da superfície epitelial
- acção flushing e componentes celulares e humoral ( lisosima, lactoferrina,
betalisina)
MEC. DEFESA ADQUIRIDOS
- participação dos componentes celulares e humoral .
DISRUPÇÃO MEC. DEFESA
- alt. margens palpebrais
- oclusão palpebral inadequada .
FACTORES QUE PRECIPITAM INFECCÃO BACTERIANA
- trauma da superfície
- alt. filme lacrimal
- infecções por herpes simplex
DISRUPÇÃO DOS MEC. DEFESA ESPECÍFICOS
- por imunosupressão local ou sistémica 2ª à idade .
- doença
- abuso álcool
- terapia imunosupressora
FLORA NORMAL SUPERFÍCIE OCULAR
- São gram +
- anaeróbios
ESPÉCIES-------------------------------------------------------------E,AUREUS
- a causa mais frequente de conj. bacteriana .
- faz normalmente parte da flora ocular normal .
- produz uma exotoxina que agride o epitélio córnea, dando uma queratite ponteada
superficial .
- provoca blefarite, aulc. marginais, queratite epitelial, flictenulose .
ESTREPTOCOCOS EPIDERMIDIS
- flora normal da superfície ocular .
- pode provocar blefaroconjuntivite crónica .
ESTREPTOCOCOS PNEUMONIAE
- frequente no aparelho resp. superior .
HEMOFILUS
- isolado a partir aparelho resp. superior .
MORAXELA
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- causa de conj. folicular crónica
- capaz de produzir um enzima proteolítico
NEISSÉRIA
- conj. hiperaguda
- habilidade para a superfície epitelial
- inicia-se ao 5º dia, rapidamente purulenta com memb. sanguinolenta .
PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO
- ideal a determinação da bactéria
- o trat. da conj. bacteriana crónica deve incluir higiene e remoção da fonte
bacteriana
CLÍNICA
- olho vermelho
- sensação corpo estranho
- lacrimejo, fotofobia, blefaroespasmo
- edema conj. , exsudação celular fibrinosa .
HORAS MAIS TARDE- , os sinais e sintomas aumentam e surge uma secreção
amarela e verde .
- adenopatia pré-tragus ( ausente ).
EVOCADOR CONJ. BACTERIANA
- ausência folículos e gânglio pré-auricular associada a secreções mucopurulentas
orientadas para uma etilogia bacteriana .
EVOCADOR CONJ. VIRAL
- folículos e gânglio pré-auricular associados a secreções pouco abundantes
(confirmados por cultura bacteriológica negativa e a presença de mononucleares ).
EVOCADOR CONJ. ALÉRGICA
- quemose e secreções mucosas e filamentares, a noção de antecedentes de atopia
(confirmado pela presença de eosinófilos em citologia ).
PATOLOGIA IMPLICA--------------------------------------------uma resposta de hiperémia, estase vascular, exsudado celular, leakage vascular
dando edema .
N.GONORREIA
- provoca edema palpebral marcado, hiperémia conj. e exsudação purulenta .
PSEUDOMEMBRANAS OU MEMBRANAS
- consistem em fibrina condensada, células infl. e outros exsudados .
MEMBRANAS VERDADEIRA
- resulta da penetração de exsudado fibrinoso para o epitélio e sangra quando se
retira .
PSEUDOMEMBRANAS
- condensação superfície que pode ser retirado sem sangrar .
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TIPOS CLÍNICOS
- AGUDA- início súbito, com ex. mucopurulento moderado
- HIPERAGUDA- purulenta grave, envolvimento cornea .
- CRÓNICA-evolução lenta, associada com fonte de infecção como a estenose do
canal lacrimal ).
CONJUNTIVITE BACTERIANA AGUDA-----------------------------------------Unilateral
- lacrimejo associado a exsudação mucopurulenta
- o 2º olho é envolvido 1-2 dias após .
ORGANISMOS MAIS ( E.aureus, E.pneumoniae e H.influenza )
E.AUREUS-------------------- infl. auto-limitada
- início súbito
- exsudado purulento
E.PNEUMONIAE
- auto-limitada em 7-11 dias
- resolve sem lesão da conj. ( mais comum em criança )
H.INFLUENZA
- mais grave e mais longa
- 10 a 15 dias
- mais frequentes nos climas quentes e adolescentes
- habitualmente associado com febre, inf. aparelho resp., leucocitose
CONJUNTIVITE BACTERIANA HIPERAGUDA----------------------------------Início súbito
- exsudação supurativa copiosa, que reaparece rapidamente
- olho vermelho, edema pálpebra, dor, exsudado purulento
- adenopatia pré-auricular é comum .
N-GONORREIA
- É um diplococo intracelular gramÉ mais comum do que a N.meningitidis ( está associada com uretrite concurrente
Progride rapidamente, edema pálpebra, exsudação purulenta amarelo-esverdeada,
quemose, nódulos pré-auriculares
O seu reconhecimento precoce da sua morfologia e coloração caracteristicos são
importantes para a escolha da terapêutica .
TRATA- AB tópicos e sistémicos ( CEFTRIAXONE durante 5 dias ou penicilina G
( 10 milhões U EV durante 5 dias ).
Não tratada, progride rapidamente para ulceração corneana e perfuração.
N.MENINGITIDIS
- mais frequentes em jovens
- bilateral
- o envolvimento da córnea é menor
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CONJ. BACTERIANA CRÓNICA----------------------------------------------------- sintomatologia variável
CAUSAS MAIS COMUNS(E.aureus e M . lacunata )
E.aureus- coloniza os bordos palpebrais
M.Lacunata- provoca blefaroconj. angular crónica ( há uma maceração da pele no
canto externo ).
Sugere inf. a estafilococos
- dermatite eczematóide, perda sobrancelhas, triquíase, telangiectasias margem
palpebral.
- ulceração base cílios
Sugere Moraxela
- maceração e crosta no canto externo
ACHADOS CORNEANOS MAIS COMUNS NA CONJ. BACTERIANA
CRÓNICA
- a córnea inferior tem uma queratite epitelial ponteada ( sensação corpo
estranho nas primeiras horas da manhã ).
GRAM +
- E.aureus, E.pneumoniae, E. piogenes e e.viridans
GRAM - N.gonorreia, hemofilus, proteus e Klebsiella
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CONJ. FOLICULARES
Clinicamente, os folículos linfóides surgem na conj. como lesões avasculares elevadas (
de amarelo a branco ) . Vasos sanguíneos dilatados circundam os folículos.
Os folículos conj. não ocorrem no período neonatal porque o sistema linfóide é imaturo
.
SUGERE PROCESSO PATOLÓGICO
- folículos na porção central da placa tarsal superior .
CONJ. FOLICULAR AGUDA-----------------------------------------------------------A inf. viral da conj. apresenta-se como conj. folicular .
PSEUDO-FOLÍCULOS
- conj. folicular aguda ( adenovírus, herpes, enterovírus 70, vírus Newcastle, porque
o infiltrado é vascularizado ).
CONJ. ADENOVÍRUS
- frequentes as complicações corneanas ( queratite epitelial focal 3 a 5 dias após o
início da resposta infl. ).
- após um período de 5- 12 dias inicia-se hiperémia, exsudado mucoso e formação
de folículos .
- associação de faringite, febre e alt. gastro-intestinais .
- queratite tipo8 e grupo D é produzido por proliferação epitélio corneano
- adenovírus 8 é a principal causa de queratoconj. epidémica .
- os tipos 3 e 7 são associados com a conj. piscinas .
TRATAMENTO CONJ. ADENOVÍRUS
- antivíricos são ineficazes sobre os adenovírus
- corticóides diminuem os nódulos corneanos sub-epiteliais .
HERPES SIMPLEX
- caracterizada por uma infecção latente com episódios clínicos ou subclínicos
recorrentes .
- conj. folicular aguda com adenopatia pré-tragus
- queratite dendrítica ocorre usualmente
- os corticóides não se devem usar na fase aguda de qualquer conj. folicular aguda .
- queratite ponteada superficial e infiltrados marginais .
HERPES ZOSTER
- queratite numular, queratite estroma, vitrite grave, retinite ponteada, cororidite
multifocal.
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CONJ. HEMORRÁGICA AGUDA
- AGENTES- enterovírus 70 e Coxsackie vírus A24
- hemorragias subconjuntivais são petéquias inicialmente e que rapidamente
confluem.
- é comum a infecção bacteriana 2ª.
- com trat. sintomático, a conj. resolve-se em 4-6 dias .
CONJ. SARAMPO
- não dá conj. folicular, mas conj. papilar marcada .
- manchas avasculares conj. ou carúncula ( idênticos às manchas Koplik da
cavidade bucal ).
- complicações ( queratite ponteada superficial e pannus superficial ).
CONJUNTIVITE EPIDÉMICA
- não é acompanhada por sintomas respiratórios
- no início, é unilateral, com linfadenopatias pré-auricular ipsilateral
- queratite epitelial superficial difusa .
- opacidades subepiteliais que desaparecem dentro de 3 meses, mas podendo
persistir por 2 anos .
- ocasionalmente, forma-se simbléfaro no fornix inferior .
TRATAMENTO- idoxiuridina - não previne a formação de opacidades
- corticóides - aliviam os sintomas nas fases precoces - suprimem as opacidades
subepiteliais .
FEBRE FARINGO-CONJUNTIVAL
- a mais comum manifestação de infecção ocular a adenovírus .
- febre, faringite, conj. folicular não purulenta .
- unilateral, com exsudação mucosa .
- a córnea é raramente afectada .
- duração de 4 dias a 2 semanas .
TRAT- antivíricos e corticóides .
CONJ. FOLICULAR CRÓNICA---------------------------------------------------As causas de conj. folicular durante mais do que 4 semanas são:
- doença inclusão adulto
- tracoma
- conj. tóxica
- Sind. oculoglandular Parinaud
- Conj. Axenfeld
- Queratite ponteada superficial
-Tygeson
- acne rosácea
- hiperplasia linfóide benigna
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PROTÓTIPO
- é o tracoma - progride para cicatrização conj. e vascularização corneana
superficial
TRACOMA
Conj. folicular acompanhada por exsudado mucopurulento, queratite estroma e
epitélio, vascularização corneana superficial e cicatrização conj.
FASES INICIAIS
- conj. folicular crónica com folículos na placa tarsal superior .
MAIOR COMPLICAÇÃO
- deformação palpebral com triquíase e entrópion, na pálpebra superior que leva a
ulc. córnea e cicatrização .
COMUM
- queratite epitelial do tracoma .
ENVOLVIMENTO CÓRNEA
- queratite epitelial
- infiltrado central e marginal
- vascularização superficial
- pannus
- folículo límbico
- sequelas cicatriciais
PANNUS
- consiste em membranas fibrovascular superficial e infiltração associada a
cicatrização .
DIAGNÓSTICO TRACOMA
- folículos linfóides na conj. trasal superior
- cicatrização conj, típica
- pannus vascular
- folículos límbicos ou suas sequelas ( HERBERT´S PITS ) - É O ÚNICO SINAL
TÍPICO DE TRACOMA .
CLASSIFICAÇÃO MAC. CALLAN ( baseia-se nas manifestações conjuntivais )
I - folículos imaturos no tarso superior
IIa- folículos maduros no tarso superior, folículos límbicos, queratite FOLÍCULOS PREDOMINANTES.
II b - hipertrofia papilar marcada - PAPILAS PREDOMINANTES
III - retracção tarso superior, com triquíase e entrópion .
IV - sem folículos, mas com cicatrização conj. - INACTIVO - ausência de folículos
e papilas - Queratite epitelial, infiltrado periférico e central, pannus fibrovascular
superficial .
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LESÕES DEFORMANTES
- cicatriz conj.
- distorção tarso superior
- triquíase
- entrópion
- cicatriz corneana central grave
TRATAMENTO
- tetraciclina ou eritromicina oral - 3 semanas
- tetraciclina - pomada oftálmica 2 vezes ao dia
É SIMILAR À CONJ. INCLUSÃO DO ADULTO .
CONJ. INCLUSÃO NEONATAL-------------------------------------------------------5 a 12 dias após o nascimento ( EM MÉDIA 7 DIAS )- enquanto a Conj.
gonococos é ao 2º-3º dia .
conj. aguda com exsudado purulento . Hiperplasia papilar com aspecto framboesa
Pode estar associada com infecção clamídeas sistémica, incluindo a otite, rinite,
pneumonite e requer trat. sistémico .
O R.N. é contaminado pela passagem através das vias genitais da mãe na altura do
nascimento.
- pode preceder a pneumonia
TRAT- Evolução sem tratamento - 2- 3 meses .
Eritromicina - durante 10 dias, cura sem sequelas, reduz a evolução a 8 dias e evita
o aparecimento de complicações pulmonares .
CONJ. INCLUSÃO DO ADULTO-----------------------------------------------------A sintomatologia ocular surge 1-2 semanas após a exposição às secreções genitais
infecciosas .
ADENOPATIA PRÉ-AURICULAR- é característica de doença adenovírus ou
doença inclusão do adulto ( a partir do A. genital humano, água mal clorada das
piscinas
MICROPANNUS - pode estender-se 1-3 mm do limbo para a córnea superior . Tal
não acontece na doença a adenovírus .
É rara a propagação olho a olho .
CARACTERIZA-SE por uma conj. folicular aguda, unilateral, secreções mucopurulentas, adenopatia pré-tragus, mas sem sintomas respiratórios ou febre . A
queratite ocorre durante a 2ª semana .
A presença de folículos límbicos distingue a conj. a clamídea da infecção viral.
Os folículos predominam na conj. palpebral inferior ( TÍPICOS ao fim de 2
semanas) .
A queratite não surge até à 2ª semana da doença e é acompanhada por uma
exacerbação de sintomas .
É frequente a passagem à cronicidade ( a duração da doença é de 6 a 18 meses ).
É facilmente confundida com a conj. a adenovírus .
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TRATAMENTO - Tetraciclina oral e tópica durante 3 semanas . A alternativa é a
eritromicina . Se ocorrer o diagnósticode doença inclusão do adulto, os parceiros
sexuais devem ser tratados também sistémicamente, para prevenir a doença -.
CONJ. TÓXICA FOLICULAR----------------------------------------------------------Após o Moluscum contagiosum
- Raramente requer tratamento .
QUERATOCONJUNTIVITE FLICTENULAR------------------------------------Afecção nodular que ocorre em crianças, como uma resposta alérgica da conj. aos
Ag que estão sensibilizados .
1ª-2ª década de vida .
Primavera
FISIOPATOLOGIAmanifestação de alergia bacteriana
- o mec. exacto é desconhecido.
DD COM ÚLCERAS INFECCIOSAS
- pela ausência de margens de demarcação, sem irite e sem hipópion .
CLÍNICA
- lacrimejo e prurido
- sintomas duram 1-2 semanas e são recorrentes .
- nódulo próximo do limbo, em poucos dias, fica cinzento e mole . O centra
necrótico das lesões saem e a lesão aclara, sem deixar cicatriz .
TRATAMENTO
- corticóides
- cicloplegia
- útil - neomicina, bacitracina, polimixina - 2/2 horas .
PROGNÓTICO
- antes do advento dos esteróides dava cegueira - ESQUIMÓS .
CONJ. OCULOGLANDULAR PARINAUD-----------------------------------------Conj. granulomatosa, unilateral, associada a gânglios pré-auriculares ou
submandibulares do mesmo lado .
ETIOLOGIA- agente causal desconhecido
- usualmente, doença do arranhão do gato, tularémia, tuberculose, sífilis .
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CLÍNICA
-Doença do arranhão do gato - nódulo granulomatoso, unilateral, circundada por
folículos, quemose .
- evolução benigna e recupera em 2-3 meses sem sequelas .
-Tularémia -inf. granulomatosa necrotizante, unilateral da conj. palpebral, com
ulceração e linfadenite .
-Sifilis - sífilis 1ª - úlcera indolente, com margem dura e base cinzenta
sífilis 3ª - tarsite sifilitica .
OFTAMIA NEONATORUM---------------------------------------------------------infl. da conj. durante o 1º mês de vida .
FACTORES IMPORTANTES
- duração de exposição aos agentes infecciosos
- susceptibilidade das superfícies epiteliais do olho .
O GONOCOCO
-- pode penetrar superficies epiteliais intactas .
1) CONJ. QUÍMICA
- a causa mais frequente de O.Neonatorum
- devido à profilaxia com nitrato prata
- dura 1-2 dias
- Lesiona as células epiteliais, tornando os tecidos oculares mais susceptíveis à
invasão
2) CONJ. CLAMÍDEAS
- são parasitas intracelulares obrigatórios ( assemelham-se a vírus )
- conj. mucopurulenta leve, com edema palpebral, quemose e injecção conjuntival .
- reacção conj. papilar, com ausência de folículos .
- início mais tardio (5º-10º dia )
- infl. grande das pálpebras e exsudação purulenta .
- sem tratamento, torna-se conj. folicular que cura em 8-12 meses .
TRAT- tetraciclinas - pomada oftálmica .
3) N.GONORREIA
- conj. hiperaguda, com exsudado purulento, quemose e injecção 2-4 dias após o
nascimento.
- presença de diplococos gram- intracelulares nos leucócitos .
4) C. BACTERIANA
- ocorre no 5º dia
- a perda da barreira epitelial tem um papel importante na patogénese
O.Neonatorum.
PARA GRAM+ (eritromicina )
PARA GRAM- ( gentamicina )
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5) CONJ. VIRAL
início nos primeiros 2 semanas vida
- edema pálpebra, quemose, exsudação mucóide
- envolvimento córnea com doença epitelial dendrítica ou geográfica e queratite do
estroma que leva a cicatrização e vascularização.
TRAT- vidarabina ou trifluorotimidina .
CONJUNTIVITES LENHOSAS
Conj. crónica, com formação de pseudomembranas e induração lenhosa da conj.
palpebral.
ETIOLOGIA
- a causa parece ser imunológica
- o processo inicia-se como consequência duma lesão do epitélio conjuntival.
CLÍNICA
- precedida por sinais sistémicos ( febre, inf. vias aéreas ).
- diminuição A.V. pela acumulação de muco .
- induração da pálpebra superior .
-COMPLICAÇÕES CÓRNEA- opacificação , vascularização, queratomalácia ).
- ALT. PRINCIPAIS - estão localizadas no estroma da conj. (placas hialinas
amorfas).
TRATAMENTO
- hialuronidase tópica ou alfa-quimiotripsina
- recentemente - ciclosporina tópica
CONJUNTIVITES ALÉRGICAS
CLASSIFICAÇÃO
- CONJ. ALÉRGICA
- QUERATOCONJ. VERNAL
- QUERATOCONJ. ATÓPICA
- QUERATOCONJ. PAPILAR GIGANTE
CONJUNTIVITE ALÉRGICA-----------------------------------------------------------Também chamada conj. sazonal e perene ( variante, com sintomas menos graves )
- queixas nasais e faríngeas
- prurido, sensação queimadura, exsudação aquosa .
- associação com rinite crónica
- alergenos ( pó, ácaros, penas aves )
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QUERATOCONJUNTIVITE ATÓPICA----------------------------------------------Alt. das superfícies oculares no contexto duma dermatite atópica.
-pode levar à cegueira .
- associação com eczema e asma .
CLÍNICAeczema pálpebra
blefarite
conjuntiva cicatrizada ( fibrose subepitelial, encurtamento fundo-saco, simbléfaro )
CÓRNEA- queratite ponteada superficial
- queratopatia grave - neovascularização, adelgaçamento
recidivante
evolução sazonal
ETIOLOGIA
- pólen
CONJUNTIVITE VERNAL-----------------------------------------------------------Ou Primaveril
Bilateral, climas quentes, Pimavera-Verão
IDADE
- antes dos 10 anos idade
- nos dias de sol intenso
EVOLUÇÃOextingue-se com o tempo ( duração de 4-10 anos ).
CLÍNICA
- Prurido - fotofobia - lacrimejo - secreção mucosa
FORMAS CLÍNICAS
FORMA PALPEBRAL - é a mais frequente com a cronicidade, afibrose
subepitelial toma a forma de linha de ARLT´S ( cicatriz branca paralela ao rebordo
palpebral ) .
FORMA LÍMBICA - vegetação bosselada, de aspecto gelatinoso ao redor córnea .
manchas TRANTAS - são colecções focais de células epiteliais degeneradas .
FORMA MISTA
CÓRNEA
- as conjuntivites vernais acompanham-se de complicações corneanas (
espessamento gelatinoso, grãos TRANTAS, pannus ).
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HISTOLOGIA
- papilomatose, com invaginação profunda do epitélio conjuntival no córion subjacente .
ETIOLOGIA
- CONTROVERSA
( factores físicos, como a luz . E também alt. endócrinas ).
TRATAMENTO
- corticóides
- cromoglicato sódio
- compressas mornas
- antihistamínicos tópicos .
LABORATÓRIO
- aumento Ig. E lacrimal ( e não a Ig. A ).
CONJUNTIVITE PAPILAR GIGANTE-----------------------------------------------Causada por corpos estranhos em superfícies oculares ( o mais frequente é a lente
de contacto ).
PATOGENIA
- traumatismos repetidos da conjuntiva tarsal.
- material antigénico cobrindo a lente contacto .
CLÍNICA
- papilas na pálpebra superior ( gigantes - maiores do que 1 mm diâmetro ).
- micropannus e queratite ponteada são achados característicos .
CAUSA
- O AG em causa não corresponde ao material da lente, mas mais aos depósitos que
se observam na face anterior da lente .
CONJUNTIVITE POR ALERGIA MICROBIANA--------------------------------Papel da hipersensibilidade tipo IV .
PATOGENIA
O alergeno responsável na conjuntivite não é o agente microbiano ele mesmo, mas
as toxinas secretadas por eles .
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ETIOLOGIA
- estafilococos, estreptococos, bacilo Koch ( conj. flictenular ).
- cândidas
TRATAMENTO CONJUNTIVITES ALÉRGICAS
- cromoglicato 4% ( mínimo 4 vezes )
- corticóides
- antihistamínicos H1
- ciclosporina A ( queratoconj. atópica e vernal )
- anti-histamínico sistémicos ( na queratoconjuntivite atópica )
- crio ( abandonado )
- lágrimas ( tem conservantes - a vantagem era diluir ).
- evicção do alergeno
- vacinas ( devem ser feitas criteriosamente )
PENFIGÓIDE OCULAR
Doença infl. bilateral, crónica e grave .
ETIOLOGIA
- doença autoimune ( mucosa oral, vaginal e anal )
SEQUELAS
- secura ocular, simbléfaro, diminuição visão central, queratinização da córnea.
TRATAMENTO
- lágrimas artificiais
- esteróides ( sem exito )
PTERIGIUM
Assim denominado devido à sua forma ( em grego PTERUE significa pequena asa)
HISTOPATOLOGIA
- lesão deg., proliferativa, pseudo-tumoral, constituída por lesões de hialinização,
fibras colagénio, concreção cálcarea e fibras elásticas .
NASCIMENTO PTERIGIUM
TEORIAS ANTIGAS
teoria inflamatória
teoria tumoral
teoria pinguecular
teoria trófica
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TEORIA MODERNA( coexistência de 2 tipos de factores )
factores intrínsecos - predisposição hereditária
- hiposecreção e alt. qualitativa lacrimal
- estado carencial
factores extrínsecos - radiações actínicas
- microtraumatismos pelas poeiras
- infecções microbianas ou virais
FORMAÇÃO DE PTERIGIUM
ETAPA CONJUNTIVAL ( hiperémia e dilatação vasos conjuntivais )
- se as agressões extrínsecas continuarem .
ETAPA CORNEANA ( junto ao debrum justa-límbico, cria-se
descontinuidade do filme lacrimal precorneano ).
uma
PREDISPOSIÇÃO NASAL
- blefarosespasmo, predomina na porção temporal
- no pestanejo, a pálpebra inferior é projectada para dentro .
FORMAS ANATÓMICAS
-TIPO 1 - 1-2 mm córnea
- TIPO 2 - 2-4 mm córnea ( espessura corpo )
- TIPO 3 - invasão córnea maior do que 4 mm . O pterigium atinge o centro .
TIPOS EVOLUTIVOS
PTERIGIUM ESTACIONÁRIO ( pouco saliente, corpo delgado e atrófico )
PTERIGIUM PROGRESSIVO ( corpo do pterigium charnoso, com numerosos
vasos activos )
PTERIGIUM “MALIGNO “ - extensão rápida para o centro da córnea .
ANATOMIA PATOLÓGICA
HERVOUET - explica a evolução do pterigium pela formação de ilhéus fuchs
adiante da cabeça do pterigium .
ILHÉUS FUCHS - são as formações ovalares de tecido conj. adiante da zona de
progressão .
MORFOLOGIA
CABEÇA - ( arredondada e aderente )
COLO
CORPO - ( representa a base do pterigium )- é móvel e não adere aos planos
profundos .
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Por debaixo do corpo da lesão, existe a destruição da memb. Bowman . No epitélio
córnea, podem observar-se depósitos de ferro ( linha STOCKER) anterior à porção
mais avançada do pterigium .
CRITÉRIOS EVOLUÇÃO
ZONA PROGRESSIVA FUCHS ( banda infiltração corneana esbranquiçada )
ILHOTAS FUCHS ( ilhotas aberrantes , profundas, sub-epiteliais que precedem a
zona de progressão ).
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
EPITELIOMA DE BOWEN
QUISTO DERMÓIDE LIMBO
PSEUDO-PTERIGIUM
CAUSAS: ulc. marginais, queimaduras, traumatismos
- não adere aos planos profundos, excepto na cabeça.
- não tem zonas progressivas, nem ilhotas fuchs
- evolução rápida, limitada no tempo e espaço.
COMPLICAÇÕES
infecção conj. 2ª
simbléfaro
diplopia
astigmatismo ( a transformação do eixo ou a constatação dum astigmatismo muito
irregular é um sinal de evolução ).
hemorragias
oclusão área visual
transformação quística do pterigium
deg. maligna
RECIDIVAS
COSCAS- papel dos restos hemorrágicos e tec. granulação no leito pterigium
CAMERON - processo análogo às cicatrizes quelóides hipertróficas
FALSAS RECIDIVAS
- cicatriz pterigóide enchendo rapidamente a zona de queratectomia
VERDADEIRAS RECIDIVAS
- formam-se rapidamente nos 3 primeiros meses após a intervenção .
TRATAMENTO
-PROFILÁCTICO ( protecção raios UV e microtraumatismos )
- MÉDICO ( anti-sépticos e corticóides locais )
- AGENTES FÍSICOS ( radioterapia, betaterapia, crioterapia e fotocoagulação)
- CIRURGIA
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DIFERENTES TÉCNICAS CIRÚRGICAS
1- DESVIOS
2- EXCISÕES
3- TRANSPLANTES
TÉCNICA DESVIOS
MAC REYNOLDS - enfia a cabeça do pterigium num túnel às 6 horas .
KNAPP - separa o pterigium em 2 .
TÉCNICAS EXCISÃO
- excisão com exposição da esclera, com ou sem cauterização química ou térmica
da esclera ( KAMEL, KIM, SUGAR ).
- excisão com translação de fragmentos da conj. ( HERVOUET - visão restabelecer
a circulação fisiológica normal ).
TÉCNICA TRANSPLANTES
CONJUNTIVAL - dermo-epidérmica, mucosa bucal, conj. olho adelfo e conj. do
mesmo olho .
QUERATOPLASTIAS- lamelar, lamelar associada a transplantes conj. e lamelar
combinada ,
ANTIMITÓTICOS----------------------------------------------------------------------THIOPECA E MITOMYCINA
QUEIMADURAS OCULARES
QUÍMICAS E TÉRMICAS
TÉRMICAS
-CERAS, CIGARROS, INCÊNDIOS
QUÍMICAS-ÁCIDOS
- contactam com o epitélio córnea e conjuntiva, reaccionam com as proteínas,
destroem-nas e formam complexos que não penetram no estroma córnea
QUÍMICAS - ALCALIS
- os alcalis reaccionam com a fracção lipídica das células, e formam complexos que
penetram com facilidade no estroma corneano e esclerótica .
Os corticóides são úteis para minimizar a resposta infl. aguda, mas o seu uso
prolongado pode promover a actividade colagenase na córnea ulcerada, aumenta a
hipótese de Sind. Melting do estroma .
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TRATAMENTO
ALIVIAR A DOR
PREVENIR INFECÇÃO 2ª
REDUZIR A INFL.
PREVENIR SIMBLÉFARO
- LENTES CONTACTO HIDRÓFILAS TERAPÊUTICAS
- CORTICÓIDES TÓPICOS ( quando a córnea começa a vascularizar-se
e não há perigo de ulceração .
CONJUNTIVITE SICCA
Uma alteração que afecta principalmente as mulheres depois da menopausa .
SINTOMAS
SECURA
SENSAÇÃO AREIA
OLHOS IRRITADOS
VISÃO TURVA
ETIOLOGIA
a anomalia mais frequente é a redução na produção do componente aquoso autoimune.
DIMINUIÇÃO COMPONENTE AQUOSO
- traumatismo ocular
- cicatrizes conj.
- lesões por produtos químicos
DIMINUIÇÃO COMPONENTE MUCINA
- D.Stevens-Johonson, penfigóide ocular
DIMINUIÇÃO COMPONENTE LIPÍDICO
- na blefarite crónica
CLÍNICA
Encurtamento fundo-saco inferior ou simbléfaro .
- S. olho seco com ulceração corneana centrais ou periféricas associa-se a doenças
vasculares colagénio ( artrite reumatóide, lúpus ).
DIAGNÓSTICO
Schirmmer
Fluoresceína
Rosa Bengala
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PATOLOGIA
Sjogren 1º ( destruição linfócitos da gl. lacrimal, com substituição progressiva por
tecido cicatricial ).
TRATAMENTO
Lágrimas artificiais
Agentes mucolíticos
Oclusão pontos lacrimais
lentes contacto hidrófilas terapêuticas
TUMORES CONJUNTIVA
EPITELIAIS
- DISPLASIA EPITELIAL
- HIPERPLASIA PSEUDOEPITELIOMATOSA ( aparecem sobre pinguéculas e
pterigium - COR VERMELHA E ELEVADAS ).
- CARC. IN SITU ( lesão esbranquiçada devido à formação de queratina )
( todas as características histológicas de malignidade, excepto a invasão
do estroma ).
- CARC. CONJUNTIVA
- ACANTOSE
- QUERATOSE ( hiperqueratose, paraqueratose, disqueratose ).
- LEUCOPLASIA ( lesão esbranquiçada em placa na membrana mucosa ).
TUMORES VASCULARES
- TELANGIECTASIAS ( D.Rendu-Osler )
- ANGIOMAS ( Hemangioma, linfangiomas, Sarcoma Kaposi )
LESÕES PIGMENTADAS
- MELANOSIS ADQUIRIDA
- NÉVUS ( têm uma alta incidência de actividade juncional, mas a transformação
maligna é rara . Estas lesões podem estar presentes ao nascimento e podem alargar
ou aprofundar em cor com a puberdade ou a gravidez ).
CORISTOMAS DERMÓIDES
- QUISTOS DERMÓIDES
- LIPÓDERMÓIDES
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