VIOLÊNCIA TV homenageia jornalistas mortos durante transmissão ao vivo há 1 ano Íntegra em oestadoma.com/413272 [email protected] O Estado do Maranhão São Luís, 27 e 28 de agosto de 2016. Sábado/Domingo Uso do burquíni virou símbolo de grande polêmica na França Veto a traje foi suspenso nesta sexta-feira, 26, por alta corte administrativa; polêmica ficou mais forte no país e movimenta eleições presidenciais do próximo ano, colocando temas como a identidade nacional, imigração e islã no centro das discussões AP PARIS É preciso lutar contra o islamismo radical que almeja ocupar o espaço público, porque isso é uma ideologia" A proibição do uso do burquíni - traje de banho islâmico que cobre todo o corpo e a cabeça das mulheres - está provocando uma onda de choque na política francesa, com fortes divisões no próprio governo e dentro dos partidos. Nesta sexta-feira, 26, o Conselho de Estado, a mais alta autoridade administrativa da França, considerou ilegal o decreto "antiburquíni" aplicado em Villeneuve-Loubet, na Côte d'Azur. Para os magistrados do órgão, criado por Napoleão Bonaparte, a proibição da vestimenta de banho "viola gravemente e de maneira ilegal as liberdades fundamentais como o direito de ir e vir, a liberdade de consciência e a liberdade pessoal". A decisão, de última instância, é resultante de uma queixa apresentada por associações de defesa dos direitos humanos e era aguardada com grande expectativa neste momento em que o assunto incendeia o debate político no país. Mais de 30 cidades litorâneas da MANUEL VALLS Socialista e premiê francês decretos que proíbem o uso do burquíni. Mas a decisão do Conselho de Estado tem a força de um princípio jurídico. Na prática, porém, basta que associações contestem decretos aplicados em outras cidades para que eles sejam suspensos - o que pode ocorrer nos próximos dias. Nissrine Samali usa burquíni em praia de Marselha, no dia 4 de agosto; traje de banho criou polêmica França, a maioria governadas pela direita, proibiram o uso do burquíni. A primeira a exigir "um traje correto, que respeite a laicidade" foi Nice, onde 86 pessoas morreram em julho em um atentado reivindicado pelo grupo autodeno- minado Estado Islâmico. Segundo o Conselho de Estado Corte que aconselha o presidente e tem como função jurídica de analisar decretos de poderes executivos , o argumento da "laicidade" evocado por alguns prefeitos não pode ser utilizado para proibir o traje. A autoridade administrativa afirma que a interdição teria de ser baseada em "riscos concretos" contra a ordem pública. Teoricamente, nada obriga os prefeitos das demais cidades a suspender imediatamente os ‘Provocação’ A polêmica sobre o burquíni ganhou força no país e movimenta a batalha para as eleições presidenciais no próximo ano, colocando temas como a identidade nacional, imigração e o islã no centro das discussões. O primeiro-ministro francês, o socialista Manuel Valls, voltou a defender na quinta-feira, 25, a proibição do burquíni nas praias como forma de manter a ordem pública no atual contexto de ameaça terrorista, provocando críticas de políticos de seu partido. Para Valls, o burquíni é uma forma de "proselitismo e de provocação". Segundo ele, o traje de banho é "um sinal de reivindicação de um islamismo político que visa provocar um retrocesso nos valores" do país. "É preciso lutar contra o islamismo radical que almeja ocupar o espaço público porque isso é uma ideologia", completou Valls. A ministra da Educação, Najat Vallaud-Belkacem, nascida no Marrocos, trocou farpas com Valls na quinta ao declarar que a proibição do burquíni levanta a questão das liberdades individuais na França. "Onde vamos parar? Isso libera o discurso racista", acrescentou Belkacem. A ministra da Saúde e dos Assuntos Sociais, Marisol Touraine, filha do sociólogo Alain Touraine, também se diz contrária à proibição do burquíni e denuncia uma "estigmatização perigosa dos muçulmanos". G NA WEB Reuters Obama cria no Havaí a maior reserva marinha do mundo oestadoma.com/413273 Hungria ergue segunda cerca em sua fronteira oestadoma.com/413275 Papahanaumokuakea passa a ter quatro vezes o tamanho da Califórnia; local tem animais não encontrados em nenhum outro lugar na Terra WASHINGTON O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ampliou na sextafeira,26, o seu legado ambiental ao criar a maior reserva marinha do mundo, lar de milhares de criaturas raras nas ilhas do noroeste do Havaí. O anúncio de Obama mais do que quadruplicou o tamanho da área protegida existente, conhecida como Monumento Nacional Marinho Papahanaumokuakea, que passou a ter 1,5 milhão de quilômetros quadrados - cerca de quatro vezes o tamanho da Califórnia. As águas são o lar de recifes de corais e centenas de animais que não são encontrados em nenhum outro lugar na Terra, incluindo uma nova espécie de polvo “fantasma” descoberta neste ano e o organismo vivo mais antigo do mundo, o coral negro, com uma idade estimada em 4.265 anos. Cerca de 14 milhões de aves marinhas voam sobre a área e fazem seus ninhos nas ilhas, incluindo um albatroz de 65 anos de idade chamado Wisdom. No local, também vivem tartarugas-verdes ameaçadas e focas monge do Havaí, em perigo de extinção. O monumento marinho foi criado em 2006 pelo então presidente George W. Bush, e em 2010 foi declarado Patrimônio Mundial da Unesco. "Ao expandir o monumento, o presidente Obama aumentou Governos da Rússia e Ucrânia negociam um cessar-fogo Rebeldes e suas famílias deixam Daraya, na Síria ACORDOS oestadoma.com/413278 Clima é destaque do governo Obama Mais notícias de Mundo em: oestadoma.com Obama fez da conservação e das mudanças climáticas um pilar central da sua presidência - diante da oposição republicana no Congresso -, promovendo acordos internacionais sobre o clima e parques nacionais. a proteção de um dos lugares mais significativos do planeta, biológica e culturalmente", disse Joshua Reichert, vice-presidente da ONG Pew Obama disse que quadruplicou o tamanho da área protegida no Havaí Charitable Trusts. O Greenpeace também saudou o que chamou de uma "decisão corajosa", que irá proibir a pesca comercial e a extração mineral na região. O senador Brian Schatz, um democrata do Havaí, disse em um comunicado que a expansão vai criar "uma zona de segurança que irá repor os estoques de atum, promover a biodiversidade e combater as mudanças climáticas". G