1. A GEOGRAFIA MÉDICA Pode-se fazer uma introdução sobre a Geografia Médica simplesmente ressaltando a importância da Geografia, nos diversos ramos das ciências Todavia, aqui pretende-se mostrar mais do que isto, ou seja, a Geografia em relação com a Medicina e vice e versa, no contexto da ajuda múltipla que ciência geográfica, com a análise espacial poderá e pode oferecer à ciência médica. A importância do tema pode ser atestada, a partir do trabalho apresentado no Encontro Nacional de Geógrafos, realizado em Florianópolis – Santa Catarina, no ano de 2000, pela Dra. em Geografia Médica da USP, Helena Ribeiro: “ A análise dos padrões espaciais e temporais das condições de saúde e doença de uma população constitui-se num dos ramos auxiliares da Medicina e da Saúde Pública. Ela utiliza conceitos e técnicas da Geografia para investigar problemas de saúde coletiva. A evolução deste ramo da Geografia...tem uma perspectiva muito antiga, quando constitui-se numa nova especialidade, cujo campo de pesquisas tem se ampliado bastante, nas últimas décadas. ... No entanto, consta que o ramo da Geografia Médica tenha aparecido, pela primeira vez, em 1792, na obra de Leonard Ludwig Finke (Barret, 1980), apesar de seu conceito ter sido explícito em inúmeras obras antes desta.” (RIBEIRO, Helena. Encontro Nacional de Geógrafos. 2000, p.1) A Geografia Médica aparece, no cenário das ciências, como uma figura interdisciplinar ou intercientífica, que visa, principalmente, como objeto de seu estudo a: