USO DE PLANTAS MEDICINAIS PELA POPULAÇÃO DA COMUNIDADE DE ÁGUA BRANCA DO CAJARI, LARANJAL DO JARI – AP, BRASIL 1 Robson Marinho Alves, 2Cristiana Nazaré Xavier dos Santos, 3Geisiane Conceição Souza, 4Gleice Kelli Santos Tavares Batista, 5Lucinete Ramos da Paixão 1 Instituto Federal do Amapá [email protected] 2 Instituto Federal do Amapá [email protected] 3 Instituto Federal do Amapá [email protected] 4 Instituto Federal do Amapá [email protected] 5 Instituto Federal do Amapá [email protected] - IFAP, Laranjal do Jari, AP, Brasil. IFAP, Laranjal do Jari, AP, Brasil. cris- IFAP, Laranjal do Jari, AP, Brasil. - IFAP, Laranjal do Jari, AP, Brasil. - IFAP, Laranjal do Jari, AP, Brasil. A utilização de plantas medicinais é uma prática comum entre as populações. O conhecimento popular pode fornecer dados importantes para novas descobertas científicas e as pesquisas acadêmicas podem originar novos conhecimentos sobre as propriedades terapêuticas das plantas. O objetivo deste trabalho foi relatar o uso de plantas medicinais utilizadas pela população da comunidade de Água Branca do Cajari, município de Laranjal do Jari/AP. Foram aplicados questionários na forma de entrevistas estruturadas das plantas medicinais a 20 indivíduos, identificando as plantas utilizadas, a finalidade terapêutica, os órgãos vegetais e a forma de preparo dos fitoterápicos. Dos 20 informantes entrevistados, 71,67% disseram que utilizam plantas com fins medicinais. Estes fazem uso de uma quantidade diversificada de plantas (19 espécies distribuídas em 18 gêneros e 14 famílias de Angiospermas). Além disso, identificamos também a forma de aquisição dos conhecimentos acerca das plantas. As famílias com maior número de espécies foram Lamiaceae e Rutaceae. Para o preparo dos medicamentos naturais os acadêmicos utilizaram folhas (48,31%), casca (15,73%), sementes (13,48%), fruto (5,61%), raízes (3,37%), caule (3,37%), flores (1,12%), e o uso da planta toda (26,31%). As partes das plantas mais utilizadas foram folhas e cascas, sendo o chá por fervura a principal forma de utilização. As doenças e/ou sintomas mais mencionados foram os relacionados ao aparelho digestório e inflamações em geral. Sendo as plantas mais cultivadas pelos acadêmicos em suas residências: Boldo (Plectranthus barbatus Andrews), hortelã (Mentha spicata L.), erva cidreira (Melissa officinalis L.) e mastruz (Dysphania ambrosioides L.). A transferência de conhecimento se dá de maneira informal e espontânea de geração para geração. Revelou-se também que, independentemente da situação de renda, encontramos consumidores de algum tipo de planta medicinal. O levantamento etnobotânico permitiu a comprovação do uso tradicional de plantas medicinais pelos moradores da comunidade de Água Branca do Cajari, principalmente para as doenças recorrentes e a correlação entre o saber tradicional e o científico, cada vez mais respaldado e evidenciado em várias regiões no Brasil. Palavras–chave: Etnobotânica, plantas medicinais