Saúde Auditiva

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Diminui o volume!
Todos os dias estamos expostos a diferentes tipos de sons, como o som da televisão e rádio,
do trânsito, cafetaria etc. Normalmente ouvimos estes sons
so s numa intensidade que não
afecta a nossa audição. No entanto quando estamos expostos a sons que prejudicam a nossa
audição porque são muito elevados ou sons intensos que duram muito tempo as nossas
estruturas no ouvido interno podem ser danificadas
danific
provocando
ando perda auditiva definitiva.
Como é que nós ouvimos?
ouvimos
Ouvir depende de uma serie de acontecimentos.
acontecimentos As ondas sonoras são transformadas em
sinais eléctricos, que chegam ao nosso cérebro através do nervo auditivo e conseguimos
identificar um som. Vejamos como acontece este processo com a ajuda da figura:
figura
1. As ondas sonoras entram no nosso ouvido e percorrem uma estreita passagem o
canal auditivo até ao tímpano.
2. O tímpano vibra com as ondas sonoras e envia-as
envia as para um conjunto de ossos muito
pequenos no ouvido médio. Esses ossos chamam-se
chamam se martelo, bigorna e estribo.
Estes três ossos (seis, se contarmos com os dois ouvidos) são os mais pequenos que
podemos encontrar no corpo humano.
3. Estes ossos no ouvido médio amplificam as vibrações e enviam-nas
e
nas para o ouvido
interno a cóclea. Esta assemelha-se
assemelha a uma concha do mar, sendo constituída por um
"tubo" ósseo enrolado sobre si próprio, com as dimensões aproximadas de uma
ervilha,, no seu interior encontra-se preenchida com um fluido.
4. A cóclea é responsável em grande parte pela nossa capacidade em diferenciar e
interpretar sons. Oss sons nela recebidos (do tipo mecânico) são transformados em
impulsos eléctricos que "caminham" até ao cérebro pelo nervo auditivo, onde são
depois descodificados e interpretados.
5. Essa capacidade deve-se à presença de umas células especiais – células ciliadas que
se encontram numa membrana que reveste toda a cóclea e que são estimuladas
conforme a intensidade das ondas sonoras que lhe chegam. Ao vibrarem o nervo
auditivo leva essa informação ao cérebro e conseguimos identificar o som.
A perda auditiva pode ser provocada pela exposição a um som intenso, como uma explosão
ou quando estamos expostos a um som alto durante muito tempo como música muito alta
nos headphones ou um concerto. As células ciliadas que como vimos convertem a energia
sonora em sinais eléctricos quando expostas a estas condições ficam danificadas e não
voltam a regenerar.
O som é medido numa unidade designado decibel. Por exemplo, quando sussurramos
falamos em 30 decibéis, uma conversa normal decorre a 60 decibéis. O som da sirene de
uma ambulância pode ir até aos 120 decibéis, quando nos encontramos próximo pode ser
uma experiência dolorosa. A proximidade da fonte de som também é importante. Quanto
mais próximo da fonte de som intenso maior o risco de perda de audição e quanto mais alto
o som, mais curto o tempo até ocorrer a perda auditiva.
Um leitor de MP3 no volume máximo pode ir até aproximadamente 105 decibéis. A
exposição prolongada ou frequente acima dos 85 decibéis pode causar perda auditiva
permanente. O quadro seguinte apresenta algumas referências de sons.
+++
O que será demasiado alto?
140-165
140
120
110
PERIGO
Fogo-de-artifício
Avião a levantar voo
Sirene de uma ambulância
Concerto Rock,
Orquestra sinfónica
Uma exposição regular de mais de um minuto ou acima de 110 decibéis há risco
perda auditiva permanente
- Decibéis
105
90
85
Leitor de MP3 no volume máximo
Corta Relva
Trânsito intenso, cafetaria
LIMITE
Uma exposição prolongada a qualquer ruído a 85 ou mais decibéis pode causar
perda auditiva gradual
75
60
40
30
0
Máquina de lavar loiça
Conversa normal
Frigorífico
Sussurar
Mínimo som que uma pessoa pode detectar
SEGURO
Como podemos reduzir a possibilidade de perda de audição?
Para podermos continuar a ouvir as nossas músicas favoritas e o mundo que nos rodeia
temos de ter alguns cuidados. Os nossos ouvidos podem-nos dar o alerta a sons perigosos. O
som é muito alto quando:
-
Temos de aumentar o volume da voz para falar com uma pessoa que está ao nosso
lado;
-
Quando o som fere os nossos ouvidos;
-
Quando sentimos um zumbido nos nossos ouvidos mesmo que por períodos;
-
Quando não ouvimos como habitual quando já passaram várias horas depois de nos
afastarmos da origem do som.
Se estamos em ambientes com som a este nível devemos tomar medidas de protecção:
-
Proteger os ouvidos do som com protectores de ouvido;
-
Abandonar o local ou afastarmo-nos;
-
Reduzir o volume.
Uma boa regra é evitar os barulhos que são muito altos,
muito próximos e que durem muito tempo.
Bibliografia
1.
2.
3.
4.
5.
TRAINING FOR HEALTH CARE PROVIDERS – CHILDREN AND NOISE , in
http://www.who.int/ceh/capacity/noise.pdf, consultado em 28/11/2013.
http://www.cdc.gov/healthyyouth/noise/, consultado em 29/11/2013.
http://www.noisyplanet.nidcd.nih.gov/Pages/Default.aspx , consultado em 13/12/2013.
Vogel in American Academy of Pediatrics, Volume 123 nº 6 Junho 2009 – Adolescents and MP3 players:
Too Many Risks, too few precautions.
Lacerda in revista CEFAC, volume 13 nº 2 2011 – Hábitos auditivos e comportamento de adolescentes
diante das actividades de lazer ruidosas.
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