o papel do marcador CD69 e da adenosina 56º Congresso

Propaganda
56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
288
A Imunomodulação dos linfócitos T pelas Células
Tronco Mesenquimais: o papel do marcador CD69 e da
adenosina
Araujo, FS1; Panepucci, RA1; Haddad, R1; Ferreira, FIS2; Araujo, AG1; Palma, PV1; Queiroz, RHC2; Covas,
DT1; Zago, MA1
INCTC-FUNDHERP, FMRP-USP, Brasil
FCFRP-USP, Brasil
[email protected]
1
2
Palavras-chave: Células tronco mesenquimais, microarray, linfócitos, adenosina, CD69
As células tronco mesenquimais (CTMs) exercem um efeito imunoregulatório e suprimem a proliferação dos
linfócitos T. Um dos mecanismos pelo qual esse efeito ocorre é a pela indução de linfócitos regulatórios (Tregs).
O CD69 é um marcador de ativação linfocitária controlado pela via canônica de NK-KB. Entretanto a expressão
estável desse receptor esta relacionada à imununoregulação. Nosso objetivo foi investigar novos mecanismos de
imunoregulação promovidos pela CTMs sobre os linfócitos T. Para isso, linfócitos T foram isolados e ativados com
uso de beads anti-CD3/CD28 e cultivados ou não com CTMs. Após cinco dias de cultivo, isolamos os linfócitos
TCD4 e realizamos uma análise transcricional em larga escala, por microarray (triplicata biológica). Entre os genes
diferencialmente expressos, encontramos componentes da adenosina (potente imunosupressor); como o receptor
de adenosina (ADORA2A) e a enzima adenosina deaminase (ADA) e o marcador CD69. Para investigação do papel
da adenosina nesse contexto, utilizamos a técnica de RT-PCR para validar os achados do microarray, citometria de
fluxo para analisar a expressão das ecto-enzimas CD39/CD73 (produtoras de adenosina) e cromatografia liquida
de alta pressão para quantificar a adenosina nos meios de cultura dos linfócitos co-cultivados ou não com CTMs.
A investigação da geração de linfócitos CD69+ foi feita por uso de citometria de fluxo e relacionamos essa expressão
a participação da via não-canônica de NF-KB, usando como ferramentas RT-PCR, inibidor químico (BAY11-7082)
e siRNA contra componentes da via canônica de NF-KB. Os linfócitos co-cultivados com CTMs expressam maiores
níveis de ADORA2A e menor de ADA do que os linfócitos cultivados isoladamente. Em linha, os Tregs gerados
pelas CTMs possuem elevada expressão de CD39/CD73, assim como há maior concentração de adenosina na
condição de co-cultivo, comparada a cultura isolada de linfócitos. Demonstramos ainda que CTMs cultivadas em
meio de cultura obtido de linfócitos ativados (ambiente inflamatório) produzem elevados níveis de adenosina. A
investigação da indução de linfócitos CD69+ pelas CTMs, revelou que esses linfócitos estão expressos entre vários
subtipos de Tregs (CD4+CD25hi, CD8+CD25hi e Cd8CD28-) e que diferentemente do papel de ativação, essas células
CD69+ são controladas pela via não-canônica de NF-KB. Conclusão: demonstramos claramente, que em situações
inflamatórias, as CTMs podem promover uma passagem da via canônica para não-canônica de NF-KB e induzir a
expressão do CD69 nos linfócitos e esse mecanismo pode estar envolvido com a geração de Tregs periféricas. Por fim,
a porcentagem de linfócitos expressando CD39 e CD73 e de CTMs expressando CD39, aumentou significantemente
após co-cultivo, indicando produção de adenosina. Em suma, a regulação de CD39/CD73 e de ADORA2A nos
linfócitos e de CD39 nas CTMs apontam para um novo mecanismo imunoregulatório promovido pelas CTMs.
Apoio financeiro: CNPq & FAPESP
Download