Apresentação do PowerPoint

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Auxiliares e outros meios de controlo
de pragas e doenças do olival
Isabel Patanita, Cláudia Gonçalves, Paula Nozes, Fátima Dias,
Francisco Alvim, Preciosa Fragoso & Margarida Pereira
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Pragas da oliveira
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Doenças da oliveira
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Proteção das plantas no contexto da agricultura sustentável
(Boller et al., 1998)
1. Uso óptimo dos recursos naturais
Medidas
indiretas de luta
(= preventivas)
2. Práticas agrícolas sem impacto negativo nos ecossistemas
3. Proteção e aumento dos antagonistas naturais
Estimativa de Risco
Sistemas de monitorização e previsão
Níveis económicos de ataque
Meios diretos
de luta
(= combate)
4. Uso de meios de proteção actuando exclusivamente sobre os
organismos alvo
5. Aplicação de meios menos selectivos
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Medidas indiretas de luta
• 1. Uso óptimo de recursos naturais: escolha do
local (evitar solos mal drenados e declivosos ),
variedade (Cordovil, Verdeal, Galega…) e um
compasso que permita a optimização da
produção;
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Medidas de luta indiretas
• optar pelas exposições a S e SW e evitar os
locais expostos a geadas tardias que
favorecem o aparecimento da
tuberculose
euzofera...
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Medidas de luta indiretas
• Evitar compassos apertados porque dificultam
o arejamento e favorecem o desenvolvimento
de pragas e doenças como:
cochonilha
olho de pavão
gafa
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Medidas indiretas de luta
• 2. Uso de práticas agrícolas sem impacto
negativo no ecossistema, isto é, capazes de
assegurarem a conservação da estrutura,
profundidade, fauna e microflora do solo,
procurando sempre que possível promover a
reciclagem dos nutrientes e da matéria
orgânica
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Medidas indiretas de luta
• Deve estabelecer-se e conservar-se um
ambiente olivícola equilibrado e natural, com
um ecossistema diversificado em plantas e
animais
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Medidas indiretas de luta
• as brassicáceas contêm compostos que
antagonizam o desenvolvimento de fungos do
solo, designadamente os responsáveis pela
verticilose
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Medidas indiretas de luta
• A destruição destas plantas pelos herbicidas
favorece o desenvolvimento da verticilose
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Medidas indiretas de luta
• A destruição das micorrizas por práticas culturais
incorrectas (mobilização debaixo da copa) reduz as
defesas da oliveira e esta tem maior dificuldade em
absorver a água e nutrientes.
• As fertilizações excessivas, em especial azotada para além
de contaminarem a água, promovem o desenvolvimento
de inimigos do olival, como:
cochonilha negra, olho de pavão
gafa
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Medidas indiretas de luta
• A rega excessiva, para além de corresponder
ao desperdício de um recurso escasso,
favorece o desenvolvimento de inimigos do
olival, como: margaronia, acariose, cochonilha
e mosca da azeitona.
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
3. Proteção e aumento da fauna auxiliar
mosca-da-azeitona
traça-da-oliveira
No olival existem, em média, quatro espécies auxiliares por cada espécie nociva
A traça-da-oliveira tem um rico complexo de inimigos
naturais
Predadores
Parasitóides
sirfídeos
Cerca de quatro dezenas de espécies
aracnídeos
Ageniaspis fuscicollis
crisopídeos
formicídeos
Chelonus eleaphilus
coccinelídeos
antocorídeos
Medidas de luta indiretas
• As três espécies de coccinelídeos que mais
consomem cochonilha-negra são: (Santos, 2006)
Chilocorus bipustulatus 43%
Scymnus interruptus 19%
Scymnus subvillosus 17%
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Medidas de luta indiretas
• A destruição das joaninhas (coccinelídeos) por
pesticidas não selectivos favorece o
desenvolvimento da cochonilha-negra e
subsequentemente, de fumagina
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
O que necessitam os auxiliares para
exercerem a sua ação de limitação natural?
• Não serem destruídos pelos pesticidas
• Nutrição adequada (obtêm-na em plantas produtoras
de flor)
Sirfideo sobre
R. raphanistrum
• Abrigo durante a época desfavorável (sebes, plantas
espontâneas)
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Proteção das plantas no contexto da agricultura sustentável (Boller et al., 1998)
Medidas
indiretas de
luta
(= preventivas)
1. Uso óptimo dos recursos naturais
2. Práticas agrícolas sem impacto negativo no ecossistema agrário
3. Protecção e aumento dos antagonistas naturais
Estimativa de Risco
Sistemas de monitorização e previsão
Níveis económicos de ataque
Meios de luta
diretos
(= combate)
4. Uso de meios de luta atuando exclusivamente sobre os organismos
alvo
5. Aplicação de meios menos selectivos
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Estimativa do risco
Componente
quantitativa:
- métodos de
amostragem
Directos
Observação visual
Indirectos
Saco das pancadas
Armadilha cromotrópica
Armadilha alimentar
Armadilhas sexuais
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Estimativa do risco
Componente
qualitativa:
fatores de
nocividade
Fatores
abióticos
Clima: temperatura
humidade, fotoperíodo...
Fatores
bióticos
Fatores
culturais
- frequência, poder de multiplicação,
de dispersão e de nocividade das pragas
- ocorrência de auxiliares
- carga de flores e frutos
- cultivar, idade
- modo de condução....
Fatores
económicos
e técnicos
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
- nível de formação
do observador
- equipamento para
as observações
- valor da colheita
- exigências de mercado
Proteção das plantas no contexto da agricultura sustentável
(OILB/SROP; Boller et al., 1998)
Meios de luta
indiretos
(= preventivos)
1. Uso óptimo dos recursos naturais
2. Práticas agrícolas sem impacto negativo no ecossistema agrário
3. Protecção e aumento dos antagonistas naturais
Estimativa de Risco
Indispensabilidade de meios diretos de luta
Níveis económicos de ataque
Meios diretos
de luta
4. Uso de meios de luta que actuem exclusivamente sobre os
organismos alvo
5. Aplicação de meios menos selectivos
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Meios de luta diretos
Culturais (e.g. antecipação da colheita, destruição de ramos atacados pelo
caruncho, poda de ramos infetados)
Biológicos
com microrganismos (biopesticidas)
com insectos entomófagos
com plantas inseticidas (e.g. rotenona e azadiractina)
com fungos antagonistas
Biotécnicos
captura em massa
luta atraticida
confusão sexual
Químicos
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Luta biológica - microorganismos utilizados na formulação de
bioinsecticidas usados contra pragas do olival
Bacillus thuringiensis
Saccharopolyspora spinosa
Actinomiceta do solo que produz por
fermentação o espinosade
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Meios de luta biológicos
Época de aplicação dos bioinsecticidas à base de Bacillus
thuringiensis (contra a geração antófaga de traça-da-oliveira)
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Fungos entomopatogénicos associados à mosca da azeitona
(Pereira et al., 2014)
Espécie
Mortalidade das
pupas (%)
Beauveria bassiana
90
Penicillium corylophilum
90
Mucor hiemalis
58
Pupa atacada por B. bassiana
•
Verificou-se que qualquer das espécies provocou uma mortalidade nas
pupas significativamente superior à observada na testemunha. A
mortalidade foi da ordem de 90% em B. bassiana e P. corylophilum e 58%
em M. hiemalis (Pereira et al, 2014)
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Fungos entomopatogénicos associados à traça-da-oliveira
(Pereira et al., 2014)
9 espécies de fungos entomopatogénicos
Specie
Total
Abundance Relative abundance (%)
Beauveria bassiana
81
61.8
Cladosporium cladosporioides
23
17.5
Cladosporium oxysporum
17
12.9
Cladosporium sp.2
5
3.8
Cordyceps sinensis
1
0.8
Isaria farinosa
1
0.8
Lecanicillium psalliotae
1
0.8
Lecanicillium muscarium
1
0.8
Paecilomyces formosa
1
0.8
131
100
Total
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Entomófagos ensaiados em largadas inundativas contra a traçada-oliveira
Crisopídeos (Chrysoperla carnea)
Ageniaspis fuscicollis
Tricogramas
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Aos fungos endofíticos foi-lhes recentemente reconhecido potencial:
- no aumento da resistência das plantas a agentes patogénicos
- como agentes de luta biológica
Nutrição e Proteção
- Tolerância/resistência contra
stresses abióticos e bióticos
- Aumento de crescimento e
enraizamento
Planta hospedeira
Fungo endófito
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Dispositivos para luta atracticida contra a mosca-da-azeitona
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
6 a 8 cm
Captura em massa da mosca-da-azeitona, com garrafas OLIPE
orifícios
com 5 mm
solução de
bicarbonato
ou fosfato
de amónio
(3 a 5%) em
água *
* Por vezes junta-se também vinagre ou proteína hidrolisada
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
modalidade 1
modalidade 2
modalidade 3
04-11-2003
21-10-2003
07-10-2003
30-09-2003
16-09-2003
02-09-2003
19-08-2003
05-08-2003
modalidade 4
15-07-2003
10,0
9,0
8,0
7,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
08-07-2003
% de infestação
Ensaios em Amareleja e Pedrogão utilizando os dispositivos da
Agrisense mostraram resultados bastante promissores (Matos, 2003)
M1 – utilização de armadilhas de atracção e morte M2 – tratamento
generalizado com dimetoato; M3 - Tratamento localizado com hidrolisado de
proteína + dimetoato e M4 – Testemunha
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Luta biotécnica
• A confusão sexual é um método de proteção
não poluente e isento de riscos para o
aplicador e para o consumidor
• No olival a confusão sexual tem sido ensaiada
contra pragas como a traça-da-oliveira, a
traça-verde e a euzofera
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Luta química
(A)
Sul
(B)
Para combater a mosca-da-azeitona recomendam-se tratamentos
localizados, na parcela (A) ou na árvore (B)
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Insecticidas autorizados no olival em Portugal, classificação da sua toxidade
para o homem, ambiente, abelhas, organismos aquáticos e fauna selvagem
Grupo químico/
substância activa
praga
homem
ambiente
abelhas
org.
aquáticos
fauna
selvagem
Organofosforado
dimetoato
mosca
algodão
Xn
N
P
T
P
fosmete
mosca
Xn
N
P
T+
P/MP
lambda-cialotrina
traça
traça-verde
Xn
N
--
T+
--
deltametrina
traça
traça-verde
Xn
N
P
T+
--
mosca
Xn
N
--
T+
--
Is/Xi
̶
̶
̶
̶
Piretróide
Neonicotinoide
tiaclopride
Biológico
B. thuringiensis
traça
Spinosade
mosca
Is
N
P
O
--
cochonilhas
Is
̶
̶
T
̶
Óleo mineral
óleo de Verão
homem: Xn nocivo; Xi irritante Is isento
ambiente: N perigoso
organism. aquáticos: T+ muito tóxico T tóxico O nocivo
̶
abelhas e fauna selvagem: MP muito perigoso; P perigoso
sem informação
Fungicidas autorizados no olival em Portugal, classificação da sua toxidade
para o homem, ambiente, abelhas, organismos aquáticos e fauna selvagem
Grupo químico/
substância activa
doença
homem
ambiente
abelhas
org.
aquáticos
fauna
selvagem
Inorgânico
cobre
gafa
olho de pavão
cercosporiose
Xn
difenoconazol
olho de pavão
tebuconazol
olho de pavão
N
--
T+
--
Xn
N
--
T
--
Xn
N
--
T
--
N
--
T+
--
Azol
Ditiocarbamato
zirame
olho de pavão
homem: Xn nocivo; Xi irritante Is isento
Xn
ambiente: N perigoso
organism. aquáticos: T+ muito tóxico T tóxico O nocivo
̶
abelhas e fauna selvagem: MP muito perigoso; P perigoso
sem informação
Insecticidas autorizados em protecção integrada do olival em Portugal e
efeitos secundários em auxiliares
Grupo químico/
Substância activa
Auxiliar
Organofosforado
dimetoato
fosmete
1
Piretróide
lambda-cialotrina
Neonicotinoide
tiaclopride
Biológico
B. thuringiensis
spinosade
Óleo mineral
Óleo de Verão
Muito tóxico a tóxico
1 autorizado
Medianamente tóxico
Pouco tóxico a neutro
apenas em azeitona de mesa
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Não existe informação
Fungicidas autorizados em protecção integrada do olival em Portugal e
efeitos secundários em auxiliares
Grupo químico/
Substância activa
Auxiliar
Inorgânico
cobre
Azol
difenoconazol
tebuconazol
Ditiocarbamato
zirame
Muito tóxico a tóxico
Medianamente tóxico
Pouco tóxico a neutro
Não existe informação
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Conclusões
• A proteção contra as pragas e doenças passa pela
integração dos diversos meios de luta
• São prioritárias as medidas indiretas de luta
– Opção por cultivares menos susceptíveis
– Fomento da biodiversidade
– Antecipação da colheita
• A utilização do B. T. no combate à traça da oliveira na ger.
antófaga e o spinosade no combate à mosca
• A atracção e morte poderá ser interessante no combate à
mosca
• A utilização dos fungos antagonistas poderá ser
interessante no combate à gafa e à verticilose
• A luta química deverá ser a última opção
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Agradecimentos
•
•
•
•
•
•
•
•
Herdade Maria da Guarda
Torre Velha
Azeite Risca Grande
Monte do Pombal
Manuel Tiago
Henrique Fialho
Jaime Caeiro
Jorge Paixão
Workshop "Boas práticas agroambientais na fileira do azeite"
Rede para a Monitorização e Divulgação das melhores práticas Agroambientais para o
Olival – PRODER – Acção n.º 4.2.2, «Redes Temáticas de Informação e Divulgação»
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