Trabalho Completo - PRPI

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AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INICIAL DA PARTE AÉRIA
DA BETERRABA (Beta vulgaris) EM SOLO COM PRESENÇA DE DUAS
CONCENTRAÇÕES DE LITHOTHAMNIUM.
Antonia Isabela Soares Ximenes, Maria Cristina Martins Ribeiro de Souza.
RESUMO: Objetivou-se avaliar o desenvolvimento inicial da beterraba (Beta vulgaris)
cultivada em um solo submetido a diferentes concentrações de lithothamnium. O
experimento foi conduzido em uma casa de vegetação no Instituto Federal do Ceará
(IFCE), Campus Sobral, em delineamento inteiramente casualizado e esquema fatorial
2x3, sendo duas coletas (com 60 e 90 dias após aplicação dos tratamentos) e três
tratamentos (Aplicação de lithothamnium nas concentrações 0; 4 e 60 g), com quatro
repetições. Trinta dias após a aplicação dos tratamentos, foram transplantadas mudas de
beterraba para vasos de 146,32cm3. As variáveis avaliadas na planta foram: o
comprimento do caule (CC), o diâmetro do caule (DC), o número de folhas (NF), a
massa fresca do caule (MFC) e a massa seca do caule (MSC).
PALAVRAS CHAVES: lithothamnium, Beta vulgaris, variáveis.
INTRODUÇÃO
A beterraba (Beta vulgaris L.) pertence à família Quenopodiácea, sendo
originária das regiões de clima temperado da Europa e do Norte da África. Apresenta
raiz tuberosa de formato globular que se desenvolve quase à superfície do solo, com
sabor acentuadamente doce e coloração púrpura, devido à presença de antocianina,
pigmento natural que pode ser usado como corante. E ser utilizada para cultivo em
olericultura, ou como forrageira ou açucareira, esses últimos cultivos
predominantemente na Europa (Embrapa, 2007).
O Lithothamnium é uma alga marinha calcárea encontrada em todos os mares do
mundo. Ao absorverem os minerais do ambiente, elas transformam os componentes
químicos em compostos de fácil absorção pelas plantas (Oceana, 2016).
Neste sentido, objetivou-se avaliar o desenvolvimento inicial da beterraba (Beta
vulgaris) cultivada em um solo com diferentes concentrações de Lithothamnium.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido em casa de vegetação do IFCE, em vasos de
146,32cm3, com a mistura de solo coletado na proporção de 4:1. Foram aplicados três
tratamentos (T1 sem Algen; T2 com 4g de Algen/vaso e T3 com 60g de Algen/vaso) o
tratamento três (T3) foi baseado na recomendação de Fernandes 1993, já o tratamento
quatro (T4) foi baseada na quantidade de Lithothamnium utilizada pelo produtor.
Após trinta dias da aplicação dos tratamentos, realizou-se o transplantio de
mudas de beterraba para os vasos. Decorrido 60 dias da aplicação dos tratamentos foi
realizada a primeira coleta para análise (D60) e 90 dias após a aplicação dos tratamentos
foram realizadas a segunda coleta para análise (D90).
O transplante de mudas de beterraba (Beta vulgares) obtidas na semeadura em
bandejas de isopor ocorreu após os 30 dias da aplicação dos tratamentos nos vasos, onde
durante a condução do experimento foram realizadas irrigações manuais diárias e os
devidos tratos fitossanitários como catações manuais para o controle de plantas
daninhas, de maneira a manter a cultura livre da interferência durante a condução do
experimento
As variáveis avaliadas na planta foram o comprimento do caule (CC), o diâmetro
do caule (DC), o número de folhas (NF), a massa fresca do caule (MFC) e a massa seca
do caule (MSC).
O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, em
esquema fatorial 2x3dois dias de coletada (D60 e D90) e três tratamentos (T1, T2 e T3),
com quatro repetições.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para as variáveis da planta, o Lithothamnium não afetou nenhuma variável, já os
dias de avaliação apresentaram diferença estatística para as variáveis, comprimento do
caule, diâmetro do caule, número de folhas, massa seca e fresca do caule da beterraba.
A planta se desenvolveu até o ultimo dia de avaliação sem sofrer interferência do
tratamento com Lithothamnium. Apresentando maiores valores para as variáveis,
comprimento do caule (CC), o diâmetro do caule (DC), massa fresca do caule (MFC) e
a massa seca do caule (MSC) ao D90. O mesmo comportamento não foi observado na
variável o número de folhas (NF) (Figura IA,B,C,D e E).
De acordo com Bunt (1976) citado por Minami (1995), quando as plantas estão
se desenvolvendo em recipientes, as raízes estão mais restritas a volume pequeno de
substrato, portanto, a demanda por água, ar e nutrientes é maior do que daquelas que se
desenvolvem em volume de substrato não restritivo. Além disso, os nutrientes presentes
no substrato são mais facilmente lixiviados, em decorrência da drenagem em excesso de
água de irrigação e, se não há suplementação mineral satisfatória, o crescimento das
mudas pode ser afetado (Horta et al.) Como no experimento realizado não houve
suplementação mineral e foi desenvolvido em vasos, estes fatores pode ter influenciado
na variável número de folhas das plantas, resultando no decréscimo do número de folhas
da planta ao D90.
8
6
4
A
2
0
60
B
2
1,5
1
A
0,5
0
60
Dia
C. 6
Numero de folhas
90
B. 2,5
Diametro do caule (cm)
B
90
Dia
D. 1,2
A
5
B
1
4
B
3
2
1
0
60
90
E.
0,3
Massa seca do caule (g)
Dia
0,25
Massa fresca do caule (g)
Comprimento do caule (cm)
A. 10
0,8
0,6
0,4
A
0,2
0
60
90
Dia
B
0,2
0,15
0,1
A
0,05
0
60
90
Dia
Figura I: Comprimento do caule (A), diâmetro do caule (B), número de
folhas (C),massa fresca do caule (D) e massa seca do caule (E) de plantas de
beterraba em função dos dias após aplicação do Lithothamnium no solo.
CONCLUSÕES
O Lithothamnium não influenciou no desenvolvimento inicial da parte aérea da
beterraba, em nenhuma das concentrações sendo os dias de avaliação, o único fator a
interferir no desenvolvimento das variáveis comprimento do caule, diâmetro do caule,
número de folhas, massa seca e fresca do caule da beterraba.
AGRADECIMENTOS
Deus e ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFCE (Campus
Sobral).
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EMBRAPA. Comunicado técnico online. Uso da Água Salina e Condicionador
de Solo na Produtividade de Beterraba e Cenoura no Semi-Árido do Submédio São
Francisco. Pernambuco. 2007. Disponível em:
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/153238/1/COT128.pdf
Acesso em: 15/08/2016.
OCEANA. Disponível em: http://oceanabrasil.com.br/produtos/cat/9/nutricaovegetal Acesso em 12/ 08/2016
HORTA, A. C. S., SANTOS, H. S., SCAPIM, C. A. et al. Relação entre
produção de beterraba, Beta vulgaris var. conditiva, e diferentes métodos de plantio.
Revista Acta Scientiarum. Maringá, v. 23, n. 5, 2001. 1123-1129p.
MINAMI, K. Produção de mudas de alta qualidade em horticultura. São Paulo:
T.A.Queiroz, 1995.
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