182 A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE TERMINAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) Andréia Waleska Machado Borges1 André Luiz Fernandes da Silva1 Marieli Basso Bolpato³ Anderson Assis de Faria 4 RESUMO: O estudo observa como a assistência de enfermagem esta sendo ofertada ao paciente terminal de uma unidade de terapia intensiva (UTI), com isso analisar os aspectos que envolvem o profissional enfermeiro na assistência ao paciente terminal. Assim também podemos verificar quais as reações que um tratamento intensivo tem desenvolvido no paciente, na família e equipe de enfermagem. Se os cuidados ofertados, são de qualidade e preservam a ética o cuidado de enfermagem, aliando sempre com as novas tecnologias e buscando sempre o melhor para o paciente e seus familiares. No entanto torna-se possível identificar como a classe da enfermagem vem oferecendo dia após dia, a dignidade aos pacientes terminais e investindo sempre na melhora dele, mesmo que seja em um curto período de vida que lhe resta. Palavras-chave: Paciente terminal, unidade de terapia intensiva, assistência de enfermagem ao paciente terminal e cuidados paliativos. ABSTRACT: The study looks at how nursing care is being offered to the patient of a terminal intensive care unit (ICU), thereby analyze the aspects that involve the nurse in patient care terminal. So we can also see what the reactions that have developed an intensive treatment on the patient, family and nursing staff. If the care offered, are quality and preserve the ethical nursing care, always combining with new technologies and always seeking the best for the patient and their family. However it is possible to identify the class of nursing has offered day after day, dignity for dying patients and always investing in improving it, even in a short period of life he has left. Keywords: Terminal patient, intensive care unit, nursing care. 1 Acadêmica do quarto ano de Enfermagem das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia. Contato: [email protected] Especialista, orientador e coordenador de estágio do curso Enfermagem das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia. ³ Enfermeira mestre, professora do Curso de Enfermagem das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia, [email protected]. 4 Biologo Mestre, Professor do Curso de Enfermagem das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia. 2 1. INTRODUÇÃO A assistência de enfermagem ao paciente terminal dentro de uma unidade de terapia intensiva busca ofertar cuidados especializados aos pacientes e familiares. Nas últimas décadas a medicina intensiva teve grandes avanços científicos tecnológicos, e esses novos conhecimentos têm contribuído para o aumento da perspectiva de vida das pessoas que são acometidas por doenças e agravos. Neste contexto convêm destacar que, o uso de novas terapias e tecnologias para assistir os pacientes sem possibilidades de cura aumenta o tempo de permanência deles no ambiente de terapia intensiva, mas abrem-se precedentes para os questionamentos de como esta sendo ofertada a assistência de enfermagem a esses pacientes fora de possibilidades terapêuticas, de que forma esta sendo tratada a qualidade de vida desses pacientes. A motivação para desenvolver o seguinte estudo trata também da necessidade de adquirir um melhor conhecimento desse processo de terminalidade, para melhor prestar assistência de enfermagem que esses clientes necessitam durante o processo de internação. Para equipe identificar um paciente em fase terminal requer muito cuidado e cautela, (KIPPER Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar. On-line http://revista.univar.edu.br ISSN 1984-431X apud QUINTANA, 2006 p.418) “definiu paciente terminal de acordo com uma condição de irreversibilidade apresentando uma alta possibilidade de morrer num período relativamente curto de tempo que oscilará de três a seis meses”. O paciente em fase terminal necessita de cuidados especiais, ou seja, de uma assistência de qualidade, que geralmente são ofertados dentro das unidades de terapia intensiva. Segundo o Ministério da Saúde as unidades de terapia intensiva (UTI’S), são unidades destinadas ao atendimento de pacientes graves ou de risco que dispõem de assistência médica e de enfermagem ininterruptas, com equipamentos específicos próprios, recursos humanos especializados e que tenham acesso a outras tecnologias destinadas a diagnósticos e terapêuticas. Mediante aos avanços tecnológicos, que exigiu da enfermagem uma rápida adaptação, não houve tempo suficiente para uma reflexão mais aprofundada acerca das mudanças no âmbito do cuidado e das necessidades de ajustes nas praticas de cuidar. Diante disso surge o questionamento: em que concordam os autores das pesquisas científicas relacionadas à assistência de enfermagem ao paciente terminal em Unidade de Terapia Intensiva? Ago 2013, n.º 10, Vol – 2, p. 182 –187. 183 O presente estudo busca analisar e descrever os principais aspectos e pontos convergentes de pesquisas relacionadas à assistência de enfermagem ao paciente terminal em unidade terapia intensiva, sobre tudo na perspectiva de atuação e da assistência do profissional enfermeiro, pelo fato de que eles são os profissionais que estão mais próximo desses clientes na assistência. De acordo com o estudo realizado foram encontradas diversas definições dos temas em questão assim, para melhor entendimento do trabalho algumas definições dos temas utilizados no trabalho como: Enfermagem: A enfermagem é caracterizada pelo cuidado, assim, cabe a esta pensar/agir que tipo de cuidado será dispensado aos sujeitos-cidadãos do seu cuidar. Umas das formas que podemos exemplificar, para estabelecer um cuidado efetivo, é a utilização do processo de enfermagem, todavia, elaborado com uma proposta de cuidar (FERRAZ et al., 2005) “Paciente terminal o paciente terminal, para o discurso médico, é classificado como fora de possibilidade terapêutica de cura – quando as intervenções capazes de reverter o quadro se esgotam e sua vida e mantida muitas vezes graças á tecnologia.” (SANTANA et al,2009) Cuidado paliativo: A organização mundial de saúde define cuidados paliativos como “medidas que aumentam a qualidade de vida de pacientes e seus familiares que enfrentam uma doença terminal, através da prevenção e alivio do sofrimento por meio de identificação precoce, avaliação correta e tratamento de dor e outros problemas físicos, psicossociais e espirituais” (SANTOS, PAGLIUCA, e FERNANDES p.184 2007). 2. MATERIAL E MÉTODO O referente estudo é do tipo bibliográfico, descritivo qualitativo e retrospectivo com análise integrativa, nas quais foram realizadas as seguintes etapas: busca pelos artigos relacionados ao tema, leitura dos artigos, interpretação e fichamento dos dados obtidos, análise, discussão e apresentação dos resultados e a última etapa consistiu na apresentação da revisão. “A pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias é a que especificamente interessa a este trabalho. Trata-se de levantamento de toda bibliografia já publicada, em forma de livros, revista, publicações avulsas e impressa escrita. Sua finalidade e colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto”. (MARCONI, LAKATOS,2011 p.43,44), É um método valioso para a enfermagem, pois muitas vezes os profissionais não têm tempo para realizar a leitura de todo o conhecimento científico disponível Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar. On-line http://revista.univar.edu.br ISSN 1984-431X devido ao alto volume, além da dificuldade para realizar a análise crítica dos estudos. Estabeleceu – se a busca por artigos científicos no material indexado nas bases de dados, Lilacs, Medline, Scielo-Scientific Eletronic Libray Online, Bancos de Dados em Enfermagem – BDENF, Ministério da Saúde é Revistas eletrônicas de enfermagem. Com os seguintes uni termos: Paciente terminal, assistência de enfermagem ao paciente terminal, cuidados paliativos e unidades de terapia intensiva. Para seleção dos artigos relacionados ao tema foram estabelecidos os seguintes critérios: artigos em língua portuguesa ou espanhola, publicado no período entre 2004 a 2012. Foram analisados e fichados um total de 20 artigos os quais apenas 13 foram eleitos para construção da pesquisa por apresentar um objetivo mais próximo da pesquisa. Os critérios de inclusão dos artigos definidos, inicialmente, para a presente revisão integrativa foram: Artigos publicados cuja metodologia adotada permitisse obter evidências sobre atuação do profissional enfermeiro em unidade de terapia intensiva. Protocolos de colegiados renomados que desenvolve pesquisas relacionadas à unidade de terapia intensiva, livros e outras fontes de informação. Foi realizado o fichamento dos dados obtidos eleição de categoria que contemplam aspectos relacionados à enfermagem e assistência ao paciente terminal, discussão e apresentação dos resultados. Em seguida estabeleceu-se apresentação dos resultados e discussão dos dados obtidos feita de forma descritiva, estabelecendo um diálogo entre os autores e as ideias na qual foi proposto discutir. Atingindo o objetivo de impactar positivamente na qualidade da prática de enfermagem, permitindo elucidar o tema proposto. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Após o estudo bibliográfico, surge à reunião dos pontos convergentes entre os autores. Onde reunimos os pontos de maior importância dentro do estudo, a fim de analisar os dados de grande relevância para a pesquisa. Onde se torna possível identificar a importância de uma assistência de enfermagem ao paciente terminal na UTI, e a qualidade de vida do paciente dentro desta unidade de terapia. Os artigos nos leva a elabora categorias sobre os principais temas abordados nos artigos como a importância da assistência de enfermagem qualificada, das experiências vividas dos seus profissionais e suas atuações diante do paciente em fase terminal, e também sobre a humanização que se torna indispensável na etapa final da vida do paciente, e a necessidade de um apoio psicológico e emocional de qualidade. 3.1- Assistência paliativos. de enfermagem e cuidados Ago 2013, n.º 10, Vol – 2, p. 182 –187. 184 Dentre os 13 estudos pesquisados e selecionados seis nos apresentam pontos em comum e relatam sobre a necessidade e importância do cuidado paliativo na UTI para os pacientes terminais onde os autores abaixo nos levam a compreensão da importância do cuidado paliativo, conforme as descrições abaixo: Quando nos referimos a um paciente terminal logo pensamos como cuidar de uma pessoa sem possibilidades de cura? Através deste questionamento a saída encontrada é “o cuidado paliativo ao paciente da UTI em estado terminal e quando a cura é inatingível e, portanto deixa de ser o foco da assistência”. (MORITZ, et al, 2008) Segundo (SADALA, SILVA 2009) o cuidado paliativo tem por objetivo melhorar a qualidade de vida dos pacientes que se encontram na fase terminal da doença. E consenso entre os autores que o cuidado paliativo é importante, pois além da dificuldade de aceitação do paciente e dor dos familiares nesse processo, o paciente ainda necessita ser reconhecido como um ser digno de cuidados. Conforme relata (FLORIANI, SCHRAMM 2008) relata que os cuidados paliativos “Fundamentam-se na busca incessante do alívio dos principais sintomas estressores do paciente; em intervenções centradas no paciente e não em sua doença”. Na atual era da tecnologia a enfermagem conta com o apoio das altas tecnologias para manter a vida do paciente em fase terminal, porém esse grande avanço tecnológico também acaba intervindo na qualidade intensiva ao cuidado com paciente terminal que e de grande importância, porém sofre empecilhos para sua qualificação (RUDVAL; CAMPOS E PEREIRA,2011). Percebe-se que na prática cotidiana o trabalho de enfermagem tende a uma assistência tecnicista, fragmentada e impregnada por normas e rotinas. Portanto, devemos ter a consciência que cuidado não é apenas procedimentos mecânicos e sim humanos, Segundo (NACIMENTO; TRENTINI 2004) “cuidado não se restringe apenas a uma ação técnica no sentido de fazer, executar um procedimento, mas também no sentido de ser, expresso de forma atitudinal, pois é relacional”. No entanto através da exposição dos pensamentos dos autores e possível identificar o quanto o cuidado paliativo é importante e indispensável para a enfermagem e o paciente terminal. Conclui-se que devemos estar sempre atentos, para não deixar que o cuidado paliativo perca o seu espaço, para os atos mecânicos. E sim que ganhe cada vez mais espaço, prestando uma assistência de enfermagem mais qualificada e especializada fazendo com que os cuidados paliativos sejam mais valorizados e executados nas práticas de enfermagem. 3.2-A importância da humanização na UTI. Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar. On-line http://revista.univar.edu.br ISSN 1984-431X Dentre os vinte artigos lidos e selecionados três nos levaram a refletir sobre a importância de uma humanização mais especializada no centro de terapia intensiva. Entanto um paciente que se encontra fora das possibilidades de cura de sua patologia, não é fácil aceitação da morte. E diante desse fato surge a necessidade da enfermagem cuidar, confortar e aliviar esse paciente de seus medos e angústias. Para isso é indicativo de uma humanização de qualidade “Uma assistência digna e humanizada, além do domínio das tecnologias empregadas nos pacientes em UTIs, é dotada de outras características”. (CHAVES, MASSAROLLO 2009) Sabemos muito bem que a humanização é algo complicado, ainda mais em um ambiente complexo como centro intensivo e uma das maiores dificuldades encontradas para se estabelecer a humanização de qualidade segundo os autores estudados e “A rotina diária e complexa que envolve o ambiente da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) faz com que os membros da equipe de enfermagem, na maioria das vezes, esqueçam-se de tocar, conversar e ouvir o ser humano que está à sua frente.” (BRITO, 2010) Portanto é explícito que a tecnologia pode intervir no processo de humanização, assim como relata os autores (FURLAN et al., 2010) “Com a evolução da tecnologia no tratamento de paciente internado na UTI, acarretaram-se práticas rotineiras e mecânicas entre os profissionais e a falha na comunicação, tornando o cuidado prestado ao cliente desumanizado dificultando com isso a humanização na unidade intensiva.” De acordo com os autores fica claro que a tecnologia tornou-se indispensável para o tratamento dos pacientes intensivo, porém interferiu no processo de humanização dos pacientes. Sabemos que a enfermagem tem como fundamentação conciliar a humanização e a tecnologia aos pacientes terminais nas unidades intensivas, Já que ambos são indispensáveis para uma humanização de qualidade. 3.3- Comunicação aliada na humanização. Dos vinte artigos lidos dois nos levam a refletir como a comunicação tornou-se necessário para aprimorar a humanização dos pacientes terminais de UTI. O ser humano necessita de se expressar mesmo que seja com gestos ou palavras e isso faz com que a enfermagem possa ajudar esse paciente a sentir-se mais bem cuidado e acolhido pela equipe portanto a “comunicação é um fator primordial no processo de humanização facilitando o vínculo entre enfermeiropaciente. Desta forma, a falta da comunicação pode ser um importante fator dificultador da humanização em UTI.” (SILVA,et al, 2010). É possível identificar como a comunicação ficou indispensável para melhor assistência dos pacientes, assim com relata o autor (BARLEM, et al ,2008) “o processo de comunicação está inteiramente inserido nas ações da enfermagem, cabendo Ago 2013, n.º 10, Vol – 2, p. 182 –187. 185 especialmente ao enfermeiro interpretar, desvendar e entender o significado das mensagens que os pacientes enviam, para que possa instituir um plano de cuidados apropriado e coerente às suas necessidades.” Conclui-se que os autores acima concordam que a comunicação ficou plenamente impensável para uma melhora na qualidade de vida dos pacientes terminais, pois com uma comunicação de qualidade torna-se facilitadora de uma assistência de qualidade com e possível analisar. Torna-se praticamente impossível não levar em consideração qualquer forma de comunicação do paciente. 3.4- A ética de enfermagem com paciente terminal Dentre os autores lidos e analisados dois nos leva a refletir sobre a importância da ética para o paciente em faze terminal. A decisão de como proceder diante de um paciente em fase terminal e algo bastante complicado, pois não sabemos como o paciente gostaria de ser trado se quer ser trado ou não. (SOUZA, SOUZA, SOUZA, 2005) relata que o dilema ético de como cuidar de quem se encontra na iminência da morte exige muito mais do que conhecimentos acerca da doença ou mesmo das características de um paciente em fase terminal. E necessário sabermos que alem da própria vontade do paciente também deve ser levado em consideração à necessidade da família em acompanhar as decisões sobre esse paciente e contribuir na solução dos dilemas envolvidos. “Estudiosos do assunto, tanto na literatura nacional como internacional, concordam sobre a necessidade de se discutir amplamente com a família todas as alternativas terapêuticas possíveis, a fim de que ela possa contribuir para a solução dos dilemas éticos inerentes ao tratamento intensivo.” (TOFFOLETTO et al,2005, p.308) Atualmente entrou em vigor no dia 30 de agosto de 2012 resolução Conselho Federal de medicina (CFM) nº 1.995/2012 onde pacientes podem escolher entre se tratar ou não. As regras estabelecem critérios para o uso de tratamentos considerados invasivos ou dolorosos em casos nos quais não há possibilidade de recuperação. A chamada diretiva antecipada de vontade consiste no registro do desejo do paciente em um documento, que dá suporte legal e ético para o cumprimento da orientação. O testamento vital, de acordo com o CFM, é facultativo e poderá ser feito em qualquer momento da vida inclusive por pessoas em perfeita condição de saúde e poderá ser modificado ou revogado a qualquer instante. São aptas a expressar esse desejo pessoas com idade igual ou maior há 18 anos ou que estejam emancipadas judicialmente. O interessado deve estar em pleno gozo das faculdades mentais, lúcido e Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar. On-line http://revista.univar.edu.br ISSN 1984-431X responsável por seus atos perante a Justiça. Segundo o diário oficial de notícias. 3.5- A família aliada ao tratamento do paciente terminal. Dentre os artigos lidos e selecionados dois nos levam a refletir como a família e indispensável no tratamento paliativo do paciente terminal. É como nos esquecemos de ofertar uma assistência para estas famílias que passa por momentos de grande turbulência em suas vidas. A família é parte integrante do tratamento paliativo ao paciente, pois ela também esta sofrendo junto às dores de um tratamento intensivo. No entanto necessita também ser amparado pela equipe de enfermagem, porém o que se percebe nos estudos é que na maioria das vezes nos preocupamos tanto com o paciente e não há um cuidado com a família do mesmo, segundo o autor. “os familiares de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva não recebem as informações e os cuidados necessários para prepará-los no enfrentamento da doença de seu ente-querido, sendo que, a assistência somente pode ser considerada integral e efetiva quando atinge resultado satisfatórios tanto para o paciente quanto para o familiar.”(MEDEIROS, ESPÍNDULA, 2011, p 4) Um dos pontos questionados pelos familiares e a comunicação dos profissionais que na maioria das vezes não explicam a real situação do paciente, e também falam de formas muito técnica que não maioria das vezes não compreendidas pelos familiares assim como relata o autor “Diante disso, percebemos que estamos frente a um ser que não precisa necessariamente de condutas terapêuticas, mas com certeza, de cuidado” (MASSUDA, et al,2006 ) Através deste estudo foi possível identificar o quanto a família se sente um pouco esquecida pela equipe durante o tratamento do seu familiar. Assim muitas vezes intervindo no tratamento ou ate mesmo na rotina da unidade pensando que seu ente esteja sendo mal cuidado pelo simples fato dela não ter sido atendida como gostaria. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo em base a grande importância da assistência de enfermagem prestada com qualidade o estudo nos levou a entender como essa assistência tem sido ofertada aos pacientes terminais. E como eles estão reagindo a essa terapêutica, e os benefícios ofertados para eles já que a morte tornou-se certa em um curto período de tempo. Durante a pesquisa ficou claro que a assistência de enfermagem e indispensável em qualquer parte da atuação de enfermagem seja ela em cuidado intensivo ou não, mais vale ressaltar que não podemos Ago 2013, n.º 10, Vol – 2, p. 182 –187. 186 abrir mão da ética de enfermagem para zelar dos interesses do paciente e dos profissionais. Afim que a enfermagem possa cada vez mais estar aliada com tecnologia é o cuidado aos pacientes terminais. A enfermagem e uma arte e por isso necessita que nos futuros profissionais da área da saúde é os que já atuam na nessa profissão estejam sempre atentos e se inovando, para que possa ser presta uma assistência de qualidade e que surjam efeitos na sociedade. 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA BARLEME Dison Luiz Devos, et al, Comunicação como instrumento de humanização do cuidado de enfermagem: experiências em unidade de terapia intensiva Rev. Eletr. Enf. 2008; vol.10,n.4 p.10411049. 2008 Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n4/v10n4a16.htm. Acesso em junh 2012. BRASIL. Ministério da saúde. Programa nacional de assistência á dor e cuidados Paliativos BRITO Castro Priscilla Gonçalves de, et al, A Importância do Enfermeiro na Humanização da Unidade de Terapia Intensiva.Revista Eletrônica de Enfermagem do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição [serial on-line] Available from: <http://www.ceen.com.br/revista eletronica>.jan-jul 1(1) p.1-16,2010. 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