testes 6ª série ensino fundamental

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PROFESSOR: Raphael Haddad
BANCO DE QUESTÕES - FILOSOFIA-1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - PARTE 2
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01- Responda a questão com base no trecho a seguir:
“É no princípio do século VI a. C., na Mileto jônica, que homens como Tales, Anaximandro, Anaxímenes
inauguram um novo modo de reflexão concernente à natureza que tomam por objeto de uma investigação sistemática e
desinteressada, de uma história, da qual apresentam um quadro de conjunto, uma theoria.”
(VERNANT, J. P. As Origens do Pensamento Grego. Rio de Janeiro: Difel, 2002, p. 109.)
•Esse novo modo de reflexão, que se inicia no princípio do século VI a. C., substitui:
(A) os agentes sobrenaturais que moldavam a ordem do mundo natural e justificavam a existência das coisas.
(B) os agentes naturais que derivavam das observações empíricas e justificavam a existência das coisas.
(C) as explicações derivadas do lógos e as consequências teleológicas impostas por esse modelo.
(D) as explicações naturalistas e as interpretações matemáticas da realidade.
02- Responda a questão com base no trecho a seguir:
“É no princípio do século VI a. C., na Mileto jônica, que homens como Tales, Anaximandro, Anaxímenes
inauguram um novo modo de reflexão concernente à natureza que tomam por objeto de uma investigação sistemática e
desinteressada, de uma história, da qual apresentam um quadro de conjunto, uma theoria.”
(VERNANT, J. P. As Origens do Pensamento Grego. Rio de Janeiro: Difel, 2002, p. 109.)
•A investigação empreendida por Tales, Anaximandro e Anaxímenes deve ser entendida como:
(A) Hipóteses verificáveis acerca da existência de uma ordem imutável presente no universo.
(B) Redução de tudo que existe a dados empíricos e pretensão de descartar toda e qualquer explicação não
observável.
(C) Explicação, de caráter universal, que visa explicitar como o universo está estruturalmente ordenado.
(D) Tentativa de reestruturar os mitos a partir de uma nova linguagem e novos métodos de investigação.
03"[...] Assim, a magia e a mitologia ocupam a imensa região exterior do desconhecido, englobando o pequeno
campo do conhecimento concreto comum. O sobrenatural está em todas as partes, dentro ou além do natural; e o
conhecimento do sobrenatural que o homem acredita possuir, não sendo da experiência direta comum, parece ser um
conhecimento de ordem diferente e superior. É uma revelação acessível apenas ao homem inspirado ou (como diziam
os gregos) “divino” — o mágico e o sacerdote, o poeta e o vidente."
F. Cornford, Antes e depois de Sócrates.
•A partir do texto acima, é correto afirmar que:
(A)
(B)
(C)
(D)
o campo do conhecimento mítico se limita ao que se manifesta no campo concreto comum.
a magia e a mitologia não se confundem com o conhecimento concreto comum.
o conhecimento do mito, por ser uma revelação, é acessível igualmente a todos os homens.
o mito não distingue o plano natural do sobrenatural, sendo o conhecimento do sobrenatural superior.
04"Zeus ocupa o trono do Universo. Agora o mundo está ordenado. Os deuses disputaram entre si, alguns
triunfaram. Tudo o que havia de ruim no céu etéreo foi expulso, ou para a prisão do Tártaro ou para a Terra, entre os
mortais. E os homens, o que acontece com eles? Quem são eles?"
Jean-Pierre Vernant. O Universo, os deuses, os homens.
•O texto apresentado é parte de uma narrativa mítica. Considerando que o mito pode ser uma forma de conhecimento,
assinale a alternativa correta.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
A verdade do mito obedece a critérios empíricos e científicos de comprovação.
O conhecimento mítico segue um rigoroso procedimento lógico-analítico para estabelecer suas verdades.
As explicações míticas constroem-se de maneira argumentativa e autocrítica.
O mito busca explicações definitivas acerca do homem e do mundo, e sua verdade independe de provas.
A verdade do mito obedece a regras universais do pensamento racional, tais como a lei de não contradição.
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05- Assinale a alternativa correta sobre a tese ocidentalista a respeito do surgimento da filosofia.
(A) De acordo com a tese ocidentalista, a filosofia é uma criação absoluta dos gregos antigos, ao inaugurarem uma
especulação verdadeiramente racional do mundo e fundarem os elementos da ciência antiga.
(B) Para os ocidentalistas, o surgimento grego da filosofia é inquestionável porque, apesar de a filosofia não se
diferenciar do mito, os povos helênicos possuíam tradição de narrativas míticas anteriores aos orientais.
(C) De acordo com essa perspectiva, não importa propriamente o local de origem da filosofia, desde que se assuma o
corte definitivo representado pelos mitos orientais em relação ao saber tradicional greco-romano.
(D) A tese ocidentalista reforça o papel dos gregos na produção da filosofia, pois estes teriam sido privilegiados pelos
deuses para a tarefa. Por isso usam a expressão “milagre grego”.
06- Sobre a passagem do mito à filosofia, na Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir.
I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus componentes, já contêm características essenciais da
compreensão grega de mundo que, posteriormente, se revelaram importantes para o surgimento da filosofia.
II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se evidencia na própria religiosidade grega, na medida
em que nem homens nem deuses são compreendidos como perfeitos.
III. A humanização dos deuses na religião grega, que os entende movidos por sentimentos similares aos dos homens,
contribuiu para o processo de racionalização da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do pensamento
filosófico e científico.
IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosófico, em virtude da assimilação que os gregos fizeram da
sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta desvinculada de qualquer base religiosa.
•Estão corretas apenas as afirmativas:
(A)
(B)
(C)
(D)
I e II.
II e IV.
III e IV.
I, II e III.
07"Há, porém, algo de fundamentalmente novo na maneira como os gregos puseram a serviço do seu problema
último, da origem e essência das coisas, as observações empíricas que receberam do Oriente e enriqueceram com as
suas próprias, bem como no modo de submeter ao pensamento teórico e casual o reino dos mitos, fundado na
observação das realidades aparentes do mundo sensível: os mitos sobre o nascimento do mundo."
W. Jaeger, Paideia.
•Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação entre mito e filosofia na Grécia, é correto afirmar:
(A) Em que pese ser considerada como criação dos gregos, a filosofia se origina no Oriente sob o influxo da religião e
apenas posteriormente chega à Grécia.
(B) A filosofia representa uma ruptura radical em relação aos mitos, representando uma nova forma de pensamento
plenamente racional desde as suas origens.
(C) Apesar de ser pensamento racional, a filosofia se desvincula dos mitos de forma gradual.
(D) Filosofia e mito sempre mantiveram uma relação de interdependência, uma vez que o pensamento filosófico
necessita do mito para se expressar.
(E) O mito já era filosofia, uma vez que buscava respostas para problemas que até hoje são objeto da pesquisa
filosófica.
08- Comparando-se mito e filosofia, é correto afirmar o seguinte:
(A) A autoridade do mito depende da confiança inspirada pelo narrador, ao passo que a autoridade da filosofia repousa
na razão humana, sendo independente da pessoa do filósofo.
(B) Tanto o mito quanto a filosofia se ocupam da explicação de realidades passadas a partir da interação entre forças
naturais personalizadas, criando um discurso que se aproxima do da história e se opõe ao da ciência.
(C) Enquanto a função do mito é fornecer uma explicação parcial da realidade, limitando-se ao universo da cultura
grega, a filosofia tem um caráter universal, buscando respostas para as inquietações de todos os homens.
(D) Mito e filosofia dedicam-se à busca pelas verdades absolutas e são, em essência, faces distintas do mesmo
processo de conhecimento que culminou com o desenvolvimento do pensamento científico.
(E) A filosofia é a negação do mito, pois não aceita contradições ou fabulações, admitindo apenas explicações que
possam ser comprovadas pela observação direta ou pela experiência.
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09- Leia atentamente os textos abaixo, respectivamente, de Platão e de Aristóteles:
[...] a admiração é a verdadeira característica do filósofo. Não tem outra origem a filosofia.
(PLATÃO. Teeteto. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: Universidade Federal do Pará, 1973. p. 37.)
Com efeito, foi pela admiração que os homens começaram a filosofar tanto no princípio como agora; perplexos, de
início, ante as dificuldades mais óbvias, avançaram pouco a pouco e enunciaram problemas a respeito das maiores,
como os fenômenos da Lua, do Sol e das estrelas, assim como a gênese do universo.
E o homem que é tomado de perplexidade e admiração julga-se ignorante (por isso o amigo dos mitos é, em certo
sentido, um filósofo, pois também o mito é tecido de maravilhas); portanto, como filosofavam para fugir à ignorância, é
evidente que buscavam a ciência a fim de saber, e não com uma finalidade utilitária.
(ARISTÓTELES. Metafísica. Livro I. Tradução Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1969. p. 40.)
•Com base nos textos acima e nos conhecimentos sobre a origem da filosofia, é correto afirmar:
(A) A filosofia surgiu, como a mitologia, da capacidade humana de admirar-se com o extraordinário e foi pela utilidade
do conhecimento que os homens fugiram da ignorância.
(B) A admiração é a característica primordial do filósofo porque ele se espanta diante do mundo das ideias e percebe
que o conhecimento sobre este pode ser vantajoso para a aquisição de novas técnicas.
(C) Ao se espantarem com o mundo, os homens perceberam os erros inerentes ao mito, além de terem reconhecido a
impossibilidade de o conhecimento ser adquirido pela razão.
(D) Ao se reconhecerem ignorantes e, ao mesmo tempo, se surpreenderem diante do anseio de conhecer o mundo e
as coisas nele contidas, os homens foram tomados de espanto, o que deu início à filosofia.
(E) A admiração e a perplexidade diante da realidade fizeram com que a reflexão racional se restringisse às
explicações fornecidas pelos mitos, sendo a filosofia uma forma de pensar intrínseca às elaborações mitológicas.
10- A obra de Galileu Galilei está indissoluvelmente ligada à revolução científica do século XVII, a qual implicou uma
“mutação” intelectual radical, cujo produto e expressão mais genuína foi o desenvolvimento da ciência moderna no
pensamento ocidental. Neste sentido, destacam-se dois traços entrelaçados que caracterizam esta revolução
inauguradora da modernidade científica: a dissolução da ideia greco-medieval do Cosmos e a geometrização do
espaço e do movimento.
(KOYRÉ, A.Estudos Galilaicos. Lisboa: Dom Quixote, 1986. pp. 13-20; KOYRÉ, A.
Estudos de História do Pensamento Científico. Brasília, Editora UnB, 1982. pp. 152-154.).
•Com base no texto e nos conhecimentos sobre as características que marcam revolução científica no pensamento de
Galileu Galilei, assinale a alternativa correta.
(A) A dissolução do Cosmos representa a ruptura com a ideia do Universo como sistema imutável, heterogêneo,
hierarquicamente ordenado, da física aristotélica.
(B) A crença na existência do Cosmos, na física aristotélica, se situa na concepção de um Universo aberto,
indefinido e até infinito, unificado e governado pelas mesmas leis universais.
(C) Contrária à concepção tradicional de ciência de orientação aristotélica, a física galilaica distingue e opõe os dois
mundos do Céu e da Terra e suas respectivas leis.
(D) A geometrização do espaço e do movimento, na física galilaica, aprimora a concepção matemática do Universo
cósmico qualitativamente diferenciado e concreto da física aristotélica.
(E) A física galilaica identifica o movimento a partir da concepção de uma totalidade cósmica, em cuja ordem cada
coisa possui um lugar próprio conforme sua natureza.
11“Em algum remoto rincão do sistema solar cintilante em que se derrama um sem-número de sistemas solares,
havia uma vez um astro em que animais inteligentes inventaram o conhecimento.
Foi o minuto mais soberbo e mais mentiroso da história universal: mas também foi somente um minuto. Passados
poucos fôlegos da natureza congelou-se o astro, e os animais inteligentes tiveram de morrer. – Assim poderia alguém
inventar uma fábula e nem por isso teria ilustrado suficientemente quão lamentável, quão fantasmagórico e fugaz, quão
sem finalidade e gratuito fica o intelecto humano dentro da natureza. Houve eternidades em que ele não estava; quando
de novo ele tiver passado, nada terá acontecido. Ao contrário, ele é humano, e somente seu possuidor e genitor o toma
tão pateticamente, como se os gonzos do mundo girassem nele. Mas se pudéssemos entender-nos com a mosca,
perceberíamos então que também ela boia no ar [...] e sente em si o centro voante deste mundo”.
(NIETZSCHE. O Livro das Citações, 2008.)
•Sobre o texto, é correto afirmar que:
(A) Seu teor acerca do lugar da humanidade na história do universo é antropocêntrico.
(B) O autor revela uma visão de mundo cristã.
(C) O autor apresenta uma visão cética acerca da importância da humanidade na história do universo.
(D) Ao comparar a vida humana com a vida de uma mosca, Nietzsche corrobora os fundamentos de diversas
teologias, não se limitando ao ponto de vista cristão.
(E) Para o filósofo, a vida humana é eterna.
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12- Considerado o primeiro psicólogo da humanidade com o seguinte pensamento "conhece-te a ti mesmo":
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Aristóteles
Platão
Sócrates
Bacon
Marco
13- A influência de Sócrates na filosofia grega foi tão marcante que dividiu a sua história em períodos: período présocrático, período socrático e período pós-socrático. O período pré-socrático é visto como uma época de formação da
filosofia grega, na qual predominavam os problemas cosmológicos. Ele se desenvolveu em cidades da Jônia e da
Magna Grécia. Grandes escolas filosóficas surgem nesse período e muitos pensadores se destacam. Entre eles, um
jônico, que ficou conhecido como pai da filosofia. Seu nome é:
(A)
(B)
(C)
(D)
Tales de Mileto.
Leucipo de Abdera.
Sócrates de Atenas.
Parmênides de Eléia.
GABARITO
01- (A)
02- (C)
03- (D)
04- (D)
05- (A)
06- (D)
07- (C)
08- (A)
09- (D)
10- (A)
11- (C)
12- (C)
13- (A)
MCS/1406/BANCODEQUESTOES/FILOSOFIA/FIOSOFIA- 2a SERIE – ENSINO MEDIO – 2a ETAPA – 2013 – RAPHAEL HADAD - PARTE2.DOC
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