Teoria da demanda e equilibrio de mercado

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FACULDADE
ACULDADE DE TECNOLOGIA DE SOROCABA
CURSO DE TECNOLOGIA EM ANÁLISE DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Sergio Manoel Tavares, AN091354
Sheila Perez Gimenes, AN091355
GRUPO 4
TEORIA DA DEMANDA E EQUILÍBRIO DE MERCADO
Sorocaba / SP
2012
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO...................................................................................................... 1
2
TEORIA DA DEMANDA ....................................................................................... 2
3
DEMANDA............................................................................................................ 3
3.1
4
4.1
5
5.1
6
Curva da demanda............................................................................................ 4
OFERTA ............................................................................................................... 7
Curva da Oferta ................................................................................................. 8
EQUILÍBRIO DE MERCADO.............................................................................. 10
Preço e quantidade de equilíbrio .................................................................. 10
CONCLUSÃO ..................................................................................................... 13
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 14
1
1
INTRODUÇÃO
Oferta e Demanda são os termos mais comuns que as pessoas recordam ao
falar sobre o estudo da Economia. A Oferta e a Demanda são forças fundamentais
do mercado. A intersecção das curvas geradas pela Oferta e pela Demanda
determina o preço de equilíbrio. Nem sempre este preço permanece neste estado.
Este trabalho visa estudar estes conceitos e algumas forças que podem alterar o
preço e/ou a quantidade demandada e ofertada.
2
2
TEORIA DA DEMANDA
O objetivo do consumidor é obter o máximo de satisfação, ou prazer, com o
mínimo de comprometimento de seu orçamento. O consumidor tem o poder da
escolha, que é livre e que se limita a sua restrição orçamentária.
São objetivos e comportamentos do consumidor:
•
O consumidor dispõe de determinada renda;
•
O objetivo do consumidor é maximizar a diferença entre benefícios e
custos, ao escolher o conjunto de produtos que a sua renda lhe permite
comprar;
•
De posse de sua renda, o consumidor vai ao mercado para comprar
determinada quantidade de um conjunto de bens, formando uma cesta
de consumo;
•
Esta cesta de consumo depende das preferências (gosto), da utilidade
dos bens (grau de satisfação) e da renda do consumidor;
•
Ele conhece1 as informações sobre os bens e serviços disponíveis no
mercado (os preços, a oferta de bens alternativos e o grau de
satisfação que cada bem proporciona);
•
Os gastos do consumidor estão limitados à sua renda (restrição
orçamentária). A restrição orçamentária significa que o consumidor
pode gastar um total igual ou menor que sua renda – o salário, por
exemplo2.
A Teoria da Demanda é derivada da hipótese sobre a escolha do consumidor
entre diversos bens que seu orçamento permite adquirir. Essa procura individual
seria determinada pelo preço do bem ou serviço, o preço dos outros bens, a renda
do consumidor e o gosto ou preferência do consumidor.
1
O consumidor é um postulado para entender o funcionamento puro de como seria se não
houvesse assimetria de informações no mercado. Assim, o consumidor conhece parcialmente as
informações sobre os bens e serviços disponíveis no mercado.
2
A restrição orçamentária continua existindo mesmo que o consumidor obtenha crédito, ele
terá limite orçamentário dado pela sua capacidade máxima de endividamento.
3
3
DEMANDA
A Demanda é diretamente ligada aos consumidores e pode ser definida como:
“(...) a quantidade de certo bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir
em determinado período de tempo. Essa procura depende de variáveis que
influenciam a escolha do consumidor, são elas: o preço do bem ou serviço, o preço
dos outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo. Para
se estudar a influência isolada dessas variáveis utiliza-se a hipótese do coeteris
paribus, ou seja, considera-se cada uma dessas variáveis afetando separadamente
as decisões do consumidor.
Há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o
preço do bem, coeteris paribus. É a chamada lei geral da demanda. Essa relação
quantidade procurada/preço do bem pode ser representada por urna escala de
procura (...), curva de procura ou função demanda.” (VASCONCELLOS, 2004, p.
38).
A lei da demanda parte do principio de que quanto maior for o preço do
produto, menos unidades serão compradas. Por duas razões importantes: porque
isso aumenta o custo do consumo e seu custo de oportunidade, ou seja, aquilo que
o indivíduo deixa de comprar para poder pagar esse aumento pode levá-lo a não ter
renda suficiente para comprar o produto mais caro, levando-o até a compra de bens
substitutos.
Em suma a quantidade demandada de certo bem ou serviço varia
inversamente a seu preço, permanecendo constantes a renda disponível do
consumidor e o preço dos demais bens (coeteris paribus). Assim, toda vez que o
preço do bem sobe, a quantidade demandada cai, e vice-versa.
A demanda depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor.
As seguintes variáveis são consideradas as mais relevantes e gerais, pois
costumam ser observadas na maioria dos mercados de bens e serviços:
•
pi = preço do bem i/t
•
ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes/t
•
pc = preço dos bens complementares/t
•
R = renda do consumidor/t
•
G = gostos, hábitos e preferências do consumidor/t
4
Sendo a função da demanda dependente destas variáveis:
qdi = f (pi, ps, pc, R, G)
Onde qdi = quantidade procurada (demandada) do bem i/t (t significa num dado
período)
Preço: quando tudo o mais mantido constante, quando o preço de um bem
aumenta, a quantidade demandada cai.
Renda: uma renda menor significa que você tem menos dinheiro para seus
gastos totais, de modo que você teria que gastar menos com alguns bens. Se a
demanda por um bem cai, quando a renda cai, chamamos esse bem de bem
normal. Nem todos os bens são normais. Se a demanda por um bem aumenta
quando a renda cai, diz-se que o bem é inferior. Um exemplo de bem inferior são as
viagens de ônibus.
Preço dos bens substitutos ou concorrentes: são aqueles que, quando um
preço de um bem sobe, as pessoas substituem por outro, aumentando a demanda
deste. Como por exemplo, quando sobe o preço dos hambúrgueres, as pessoas
passam a comer cachorros-quentes aumentando as vendas deste produto.
Similarmente ocorre com suéteres de lã versus casacos de moletom, ingressos para
cinema versus locações de vídeo.
Preço dos bens complementares: são aqueles que têm seu consumo em
conjunto. A característica destes produtos é quando o preço de um deles sobe a
demanda do outro cai. Quando aumenta o preço da gasolina cai a procura por
automóveis. Analogamente computadores e softwares, patins e ingressos para
pistas de patinação.
Gostos, hábitos e preferências do consumidor: o mais óbvio determinante
para a sua demanda são seus gostos. Se você gosta de sorvete, você compra mais.
3.1
Curva da demanda
A lei da demanda nos informa que as quantidades demandadas de um bem
ou serviço aumentam quando seus preços caem (e vice-versa). O gráfico mostra a
relação existente entre o preço do produto e a quantidade demandada.
5
Figura 1 - Curva da Demanda. Fonte: DENISE (2007)
Vários fatores podem causar o deslocamento da curva de demanda para cima
ou para baixo, alguns deles se encontram listados na tabela abaixo:
Fatores que causam aumento da
Fatores que causam queda na
demanda e deslocamento da curva para
demanda e deslocamento da curva para
cima (direita)
baixo (esquerda)
•aumento na renda do consumidor
•queda na renda do consumidor
•aumento no preço dos bens substitutos
•queda no preço dos bens substitutos
•queda no preço dos bens
•aumento no preço dos bens
complementares
complementares
•melhora nos hábitos do consumidor
•deterioração nos hábitos do
consumidor
Tabela 1 – Fatores que provocam o deslocamento da curva de demanda. Fonte: MELLO (2010)
6
Figura 2 - Deslocamento da curva da demanda. Fonte: DENISE (2007)
7
4
OFERTA
Oferta pode ser conceituada como a quantidade de determinado bem ou
serviço que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período,
ou seja, a quantidade de bens ou serviços que os vendedores estão dispostos e
podem vender aos interessados em adquiri-los. Ademais, de maneira oposta a
demanda, a oferta trata dos produtores ou dos vendedores.
Assim como a demanda, a oferta depende de vários fatores:
Preço do bem ou serviço: a quantidade ofertada aumenta à medida que o
preço cresce e cai quando o preço se reduz. Desta forma, pode-se dizer que a
quantidade ofertada varia positivamente conforme o preço.
A relação entre preço e a quantidade ofertada é chamada lei da oferta: tudo
o mais mantido constante (coeteris paribus), quando o preço de um bem aumenta, a
quantidade oferecida do bem também; já quando há quedas no preço, a quantidade
ofertada também diminui.
Preço dos insumos: a quantidade oferecida se relaciona negativamente com
o preço dos insumos utilizados na sua fabricação. Isto significa que quando o preço
de um ou mais insumos aumenta, diminui-se a quantidade ofertada.
Tecnologia: a tecnologia para transformar insumos (matéria-prima) em
produto final tende a reduzir a quantidade necessária para fabricá-los. Assim, os
avanços tecnológicos aumentam a quantidade de bens oferecidos.
Expectativas: as expectativas do produtor ou vendedor em relação ao bem
ofertado interferem na quantidade ofertada. Como exemplo, podemos citar que se o
produtor espera que o preço do produto aumente no futuro, ele tende a oferecer
menos hoje para ter um lucro maior no futuro.
Considerando todas as variantes da oferta, podemos matematicamente dizer
que a oferta é expressa pela função:
qoi= f (pi, Bm, pn, Tecn, E)
onde:
•
qoi =quantidade ofertada do bem i no período t (i/t);
•
pi= preço do bem i/ t;
8
•
Bm= preço dos fatores e insumos de produção m/t (mão-de-obra,
matérias-primas etc.);
•
Tecn = preço de outros n bens, substitutos na produção (concorrem
pelos mesmos insumos e fatores de produção);
•
E = expectativas do empresário (inclui seus objetivos e metas e o que
ele espera do comportamento do mercado de insumos e de bens
finais).
4.1
Curva da Oferta
Graficamente temos a representação da curva de oferta de mercado:
Preço
Quantidade ofertada
Portanto, a curva de oferta é positivamente inclinada, pois quando o preço do
bem aumenta, a quantidade ofertada também aumenta. Ela expressa qual o nível de
oferta da empresa, dado o preço.
OBS: a oferta de mercado é a soma de todas as ofertas individuais, ou seja,
das ofertas de todas as empresas da economia.
Como no caso da demanda, também há a necessidade de distinguir entre
alterações na quantidade ofertada do bem e alterações na oferta (na curva). O
primeiro caso ocorre quando o preço do bem em questão sobe ou desce. Já no
segundo caso, é a mudança nos parâmetros preços dos demais bens, preços nos
fatores de produção e tecnologia que provoca o deslocamento da curva de oferta,
para cima ou para baixo.
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Vários fatores podem causar o deslocamento da curva da oferta para cima ou
para baixo, alguns deles se encontram listados na tabela abaixo:
Fatores que causam aumento da
Fatores que causam queda na
oferta e deslocamento da curva para a
oferta e deslocamento da curva para a
direita
esquerda
• redução nos preços dos bens
• aumento nos preços dos bens
substitutos
substitutos
• aumento nos preços dos bens
• queda nos preços dos bens
complementares
complementares
• queda nos preços dos fatores de
• aumento nos preços dos fatores de
produção
produção
• melhoria tecnológica
• piora na tecnologia
• condições climáticas favoráveis
• condições climáticas desfavoráveis
Tabela 2 – Fatores que provocam o deslocamento da curva de oferta. Fonte: MELLO (2010)
10
5
EQUILÍBRIO DE MERCADO
O equilíbrio de mercado ocorre quando a quantidade de bens ou serviços que
os consumidores desejam comprar é igual à quantidade que as empresas desejam
ofertar. No equilíbrio de mercado, há coincidência de desejos, ou seja, não há
excesso de oferta e nem excesso de demanda.
Assim, no ponto a oferta é igual à demanda (onde as curvas se cruzam),
determinamos o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em
determinado mercado.
A ação dos compradores e vendedores conduz naturalmente o mercado em
direção ao equilíbrio. Desta forma, existirá um equilíbrio estável em um mercado de
concorrência perfeita quando o preço corrente de mercado tende a ser mantido, se
as condições de demanda e oferta permanecerem inalteradas.
Graficamente, o equilíbrio de mercado é representado da seguinte forma:
Preço
E
Oferta
Demanda
Quantidade
5.1
Preço e quantidade de equilíbrio
O preço que faz com que a quantidade demandada seja exatamente igual a
quantidade ofertada é chamado Preço de Equilíbrio (ou Preço de Mercado); a
quantidade correspondente a esse preço é chamada Quantidade de Equilíbrio. Esse
preço emerge espontaneamente em um mercado competitivo, em que a oferta e a
demanda se confrontam. O preço de equilíbrio é aquele que, uma vez atingido,
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tende a persistir. Sempre que o preço estiver acima do preço de equilíbrio, teremos
excesso de oferta da mercadoria; esse excesso de oferta fará com que o preço
diminua até atingir o equilíbrio. Por outro lado, sempre que o preço estiver abaixo do
preço de equilíbrio, teremos excesso de demanda da mercadoria; esse excesso de
demanda fará com que o preço aumente até atingir o equilíbrio.
Quando ocorre um Excesso de Oferta, ou seja, há um excesso de
mercadoria disponível no mercado, os fabricantes passam a vender seu produto a
preços mais baixos com a intenção de atrair mais compradores e eliminar o seu
excedente. Desta forma, essas reduções de preços provocam aumentos nas
quantidades demandadas de produto e, paralelamente reduções nas quantidades
ofertadas do produto.
Por outro lado, quando ocorre um Excesso de Demanda, ou seja, os
consumidores se dispõem a pagar um preço mais elevado pelo produto, o preço do
produto aumenta. Assim, a quantidade demandada diminui, uma vez que nem todos
consumidores podem pagar um preço mais elevado. Por outro lado, em resposta ao
aumento de preço, os produtores expandem sua produção, aumentando a
quantidade oferecida de mercadoria.
Desta forma, o equilíbrio não se estabelecerá no ponto mais adequado para
ambos os lados (produtores e consumidores), mas deve haver um caráter estável do
equilíbrio. Isso só se altera quando ocorre uma mudança na Oferta ou na Demanda
e o processo termina com o encontro de um novo ponto de equilíbrio, representando
uma quantidade e um preço de equilíbrio distintos daqueles existentes na fase
anterior.
Ademais, aumentos de ofertas causam mudança do equilíbrio para um preço
menor e uma quantidade maior; por outro lado, reduções na Oferta levam a
aumentar o preço e diminuir a quantidade de equilíbrio.
12
Abaixo, dois exemplos gráficos de quando ocorrem excesso de demanda e
excesso de oferta:
Na Figura 1, a Demanda deslocou-se de D para D’. O novo ponto de
equilíbrio mostra um preço pe’ superior ao antigo preço de equilíbrio pe, assim como
uma nova quantidade de equilíbrio, qe’ , superior a anterior, qe. Isso significa que
produtores e consumidores encontraram um novo acordo no mercado com preço e
quantidade superiores ao acordo previamente existente.
Na Figura 2, a Oferta desloca-se de O para O’ e a reacomodação do
mercado ocorrerá a um preço menor e uma quantidade maior que na situação de
equilíbrio anterior: pe’ < pe ; qe’ > qe .
13
6
CONCLUSÃO
Observa-se que a Oferta e a Demanda comportam-se de maneira oposta uma
à outra, principalmente na relação com os preços. Desta forma, à primeira vista isto
aparenta ser confuso quando atuam conjuntamente; no entanto, em geral isso não
acontece, pois os diversos mercados de bens e serviços atingem uma situação
chamada de equilíbrio de mercado, onde a Oferta e a Demanda, por incrível que
pareça, se combinam e estabelecem uma convivência “pacífica”.
Ademais, observa-se que o equilíbrio é uma tendência natural dos mercados
quando há verdadeira concorrência entre produtores e entre os consumidores. Por
fim, é importante observar que o equilíbrio puro e estável não ocorre, mas ocorrem
intermitências que gravitam em torno dele, lembrando que numa concorrência
verdadeira sempre há imperfeições e justamente essas imperfeições geram as
intermitências.
14
REFERÊNCIAS
DENISE R. B. Economia e Mercado. Paraná: IESDE, 2007.
MANKIW, G.M. Introdução à economia. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
MELLO, F. O. T. Economia de Mercado, 2010.
NOGAMI, Otto & PASSOS, C.R.M. Princípios de Economia. 3 ed. São Paulo:
Pioneria, 2001.
VASCONCELLOS, M. A. S. & Garcia, M. E. Fundamentos de Economia. São Paulo:
Saraiva, 2004.
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