Dia do Ministro de Música Batista

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ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 27/11/16
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
Ano CXV
Edição 48
Domingo, 27.11.2016
R$ 3,20
Quarto domingo de novembro:
Dia do Ministro de Música Batista
Missões Nacionais
Notícias do Brasil Batista
Casa VIVER é
inaugurada em
Costa Barros,
no Rio de Janeiro
IB Murundu – RJ
descobre relíquias
arqueológicas durante
obras no templo
Página 07
Página 08
Missões Mundiais
Notícias do Brasil Batista
Doe Esperança a
crianças refugiadas;
participe da Campanha!
Decom CBB participa de
Encontro de Mídias da
Sony Music Gospel
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Página 12
2
o jornal batista – domingo, 27/11/16
reflexão
EDITORIAL
O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista
Brasileira. Semanário Confessional,
doutrinário, inspirativo e noticioso.
Fundado em 10.01.1901
INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189
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L.T. Hites (1921 a 1922); e
A.B. Christie (1923).
ARTE: Oliverartelucas
IMPRESSÃO: Infoglobo
C
Música do coração
ostumamos ouvir
e também abordar
temas sobre a adoração neste novo
tempo. E nós, evangélicos
desde o início deste século,
temos procurado razões e
meios para definir a adoração
que prestamos a Deus por
meio de encontros, congressos, simpósios, etc.
Será que temos encontrado
fronteiras na nossa caminhada como adoradores? Ou
temos sido as fronteiras que
impedem a nós mesmos e as
outras pessoas de reconhecer
Deus como o verdadeiro sentido da adoração?
Deus procura adoradores,
aqueles que o adorem em
espírito e em verdade, e não
um povo que se aproxima
dEle e O honra só da boca
para fora, enquanto seu coração e o seu pensamento estão
distantes dele.
A primeira missão da Igreja
é adorar a Deus e a segunda
missão é proclamar o Evangelho, anunciando a todos
os povos Jesus Cristo como
único caminho que conduz
a Deus, para a reconciliação
do homem com ele, que é o
foco da adoração.
Quando o verdadeiro foco
da nossa adoração é esquecido surgem situações desgastantes e conflitos no meio
da Igreja. De um lado, os
da “nova geração” que, por
estarem envolvidos em “novos conceitos” de adoração,
muitas vezes, desprovidos de
verdades bíblicas, levados
por uma “onda atual”, mergulham de cabeça e olhos
fechados em um novo sentimento de adoração, sem
considerar uma história que
fora construída para servir de
base para nossa fé.
De outro lado, alguns crentes de “carteira assinada”,
que se intitulam experientes
e se fecham em um único
momento de sua história
como em um gueto, ficam
confinados e estáticos às mudanças, criam resistência e,
muitas vezes, ojeriza a um
“novo canto” e às novas experiências com Cristo.
Experimentar o novo não
quer dizer abandonar ou renegar as raízes. Não podemos
desconsiderar a importância
e as experiências individuais. Verificamos na história
mudanças que influenciaram
a vida da humanidade por
meio da ciência, da comunicação, das artes em geral e de
outros campos. A música, por
exemplo, é uma arte que traz
experiências à vida de cada
indivíduo. Os cristãos, em
todos os tempos na história,
têm sido influenciados pela
música.
Neste tempo não é diferente. A música de hoje deve
sair do coração e falar ao
coração. Ela deve ser uma
música sentida e não desprovida de sentimentos. Lutero
se referiu à música como
um dom de Deus que, frequentemente, o despertava e
movia a alegria da pregação
e ocupava, depois da Teologia, o lugar mais elevado
e de maior honra. Ele disse
ainda: “Meu coração palpita
e se emociona em resposta à
música, que tem me refrescado e libertado de pragas
malignas”.
Será que hinos de antes ou
Cartas
dos leitores
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os atuais têm falado aos nossos corações? (“Mais perto
quero estar”; “Eu te louvarei,
te glorificarei...”). A música
tem sido objetiva ou subjetiva? O que podemos aprender
com elas, quais os benefícios
da música para nós, os crentes da atualidade? Será que
ela está associada a gostos
humanos ou ao agrado e à
vontade divina?
A forma pela qual usamos
a música, como um meio
de adoração a Deus, deve
estar ligada ao verdadeiro
foco da nossa adoração, e
não limitada à nossa apreciação musical. Ela não deve
ser vista como um motivo
para separação, intrigas ou
para conflitos de gerações
no meio da Igreja. A música
tem e sempre terá um papel
fundamental no meio cristão.
Ela é uma arma poderosa,
quando bem usada e, aliada
à Palavra, torna-se infalível
contra o inimigo.
A adoração, quanto à sua
forma e qualidade para este
tempo, é uma adoração que
usa de recursos avançados
para o engrandecimento do
Reino de Deus e, sobretudo,
é uma adoração discernida
pela fé, espiritualmente.
Devemos usar todos os
recursos disponíveis e adequados para o louvor a Deus
com qualidade e responsabilidade. Mas, qualquer
recurso tornar-se-á em vão se
não conseguirmos ter equilíbrio em nossa vida pessoal
e interpessoal, ou seja, um
equilíbrio de forma coletiva.
Deus se revela a cada um
de forma individual, assim
como a todo o seu povo de
Agora também
sou assinante de O
Jornal Batista
forma coletiva. Então, quando estamos como Igreja de
Deus, Corpo de Cristo reunido, precisamos de equilíbrio e comunhão com os
demais membros do corpo,
respeitando as diferenças,
desigualdades essas que nos
unem, suportando-nos uns
aos outros.
Deus é imutável. Ele é o
Deus de ontem, hoje e eternamente. Assim como são as
verdades da Sua Palavra.
Estamos na história e na
construção da história como
estrutura de uma pirâmide
que serve de base para estruturas vindouras.
Devemos também dar
continuidade de forma mais
responsável, regar tudo o
que foi bem plantado antes
de nós; para que haja crescimento e fortalecimento,
assim como Jesus fez com as
leis, não as extinguindo, mas
dando-lhes sentido por meio
de Sua interpretação.
Não somos vitrines para
consumo intelectual, mas
devemos mostrar nesse tempo, a um mundo com ou
sem fronteiras, a mensagem
da cruz anunciando a todos
os povos que Jesus Cristo
venceu a morte na cruz do
Calvário, sendo ele o único
meio pelo qual podemos
encontrar, verdadeiramente,
um sentido para a adoração,
dando-nos acesso a Deus
para que em tempo e fora
de tempo O adoremos em
espírito e em verdade.
Ery Herdy Zanardi,
presidente da
Associação dos Músicos
Batistas do Brasil (AMBB)
nosso país e o mundo estão
precisando de publicações
edificantes e que fazem a
gente refletir, como as de
Olá, irmãos de O Jornal OJB. Um abraço fraterno a
Batista! Conheci esse Jornal toda a equipe. Que Deus os
na Primeira Igreja Batista abençoe!
em Florianópolis - SC, a PIB
Floripa, e apreciei por deGiovana Pegorer,
mais a qualidade dos artigos;
engenheira, membro da
inclusive, já solicitei a assiPrimeira Igreja Batista em
natura anual do mesmo. O
Florianópolis – SC
o jornal batista – domingo, 27/11/16
reflexão
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bilhete de sorocaba
JULIO OLIVEIRA SANCHES
O músico
e a música
P
ela música apresentada é possível definir o caráter espiritual do músico, sua
identificação e compromisso
com Cristo. A música revela
se o cantor, instrumentista
e dirigente do culto levam
a sério o significado da verdadeira adoração. Sua sensibilidade espiritual sobressai
no modo como se apresenta
perante Deus. É possível medir se ocorreu preocupação
com a edificação dos ouvintes. A reação do ouvinte
pode ser mensurada, caso na
segunda-feira ocorra a lembrança do que se cantou no
domingo. Como na maioria
dos casos, aconteceu ausência de poesia (letra), ape-
nas repetição cansativa de
um refrão sem nexo, então
conclui-se que nenhum objetivo foi alcançado. Apenas
perda de tempo, ausência
de edificação, compensação
passageira e efêmera para o
músico e ouvintes.
Alguns músicos preguiçosos não se dão ao trabalho
de ensaiar com antecedência.
Afinar o instrumento, nem
pensar. Tentam improvisar ao
fazê-lo no momento da apresentação, o que irrita quem
está no auditório. Tal atitude
confirma o descaso com o
culto e os participantes do
mesmo. Os que usam playback, nunca sabem em que
faixa está a música. Simplesmente baixaram da internet
e não se preocuparam em
anotar a faixa. Fazem do controlador de som um coitado
que não sabe adivinhar onde
está a música desejada, “é a
dez! Não, a sete! Esta não, a
dois!”. O auditório ri das peripécias e das palhaçadas do
cantor. Irresponsáveis, entregam ao técnico de som o CD
com a seguinte mensagem:
“Vire-se e descubra o que
vou cantar”. Como a maioria
dos CDs é pirata, o leitor
ótico se recusa a reconhecer
que bicho foi colocado em
suas entranhas.
A maioria das músicas
apresentadas são baixadas
da internet sem o mínimo
de crítica. A complicação aumenta. Não há preocupação
em descobrir se o autor é ou
não cristão convicto. Os instrumentistas ou bandas que
fazem o acompanhamento
são convertidos, ou tocadores de forró? Mesmo que a
letra contenha heresias crassas e assassine a gramática,
tudo é válido, pois foi baixado da deusa internet. Não
há bom senso. Tampouco
respeito ao culto que prestamos a Deus. O descaso com
o sagrado chega a irritar. É
um tal de beijar a face do
Mestre, sentar no colo de
“Deus”, acariciar a barba
de Jesus, beijar a face de
Maria, enxugar as lágrimas
de Madalena, descer e subir
Zaqueu da árvore, e assim
de aberração em aberração
o “culto” se processa para
prazer do inimigo.
Está difícil cultuar a Deus
em alguns cultos. Ouvir
determinadas “músicas” e
acompanhar a enfadonha
repetição, cansativa ao máximo, de certas “canções”
requer paciência redobrada.
O estilo da música, o conteúdo das letras, tanto servem
para exaltar o namorado, declarar amor à mulher amada,
exaltar a montanha, como
embalar os salvos anestesiados e indiferentes ao verdadeiro louvor. Esquecem os
músicos que todo o culto é
louvor e adoração. Grupo de
“louvor” é idiossincrasia que
precisa ser banido das Igrejas
comprometidas com Cristo.
sical superior, e nos deixou.
Nesses dois anos, tive uma
formação de como deve ser
esse ministério. O coro, e
os demais coros graduados sob a regência de sua
equipe, eram pastoreados
pelo irmão Isidoro. Além da
música, ele fazia visitas aos
enfraquecidos, aconselhava, planejava, incentivava
iniciativas de caráter evangelístico, enfim, facilitava
em muito a tarefa do pastor
titular.
Outra qualidade de nosso
irmão Isidoro Lessa de Paula
eram seus arranjos ao piano,
tanto que, é hoje professor
titular de piano, em uma
famosa universidade americana. Já não está mais como
ministro de Música.
Hoje, é com admiração
que vejo um ministro muito semelhante a ele, na
capacidade, e na humildade. Trata-se do titular da
Teológica de São Paulo,
nessa área. Oxalá tenhamos
muitos e muitos ministros
de Música, desenvolvendo
essa diaconia celestial aqui
na terra, para aliviar as gra-
ves dores que os problemas
do mundo atual tem provocado sobre os habitantes
do planeta e sobre nossas
Igrejas.
A música, no Velho Testamento, foi alívio para as
dores do povo de Deus,
tanto que os Salmos eram
músicas entoadas nos cultos
no templo. E como ainda
hoje nos confortam!
Neste dia, dia do Ministro
de Música Batista, não somente agradeçamos, mas,
diariamente nos lembremos
de orar por eles.
Música
celestial
na terra
anterior, irmão Vitório EnaManoel de Jesus The,
pastor, colaborador de OJB chev, convidamos o irmão
Isidoro Lessa de Paula, a fim
quarto domingo de tê-lo também como prode novembro é fessor da Teológica de São
o Dia do Minis- Paulo. Que eu me lembre,
t r o d e M ú s i c a irmão Isidoro foi o primeiBatista. O que acontece no ro ministro consagrado a
Ministério de Música em esse ministério no Brasil.
nossas Igrejas daria uma Naqueles dias, muito se
infinidade de artigos. Volta debatia se era, tal cargo,
e meia lemos belas matérias passível de um cerimonial
publicadas no Jornal Batista de consagração.
Depois de dois anos, irpelos nossos especialistas.
Com a visão de trazer para mão Isidoro recebeu convite
a Igreja Batista Ebenézer de uma Igreja nos EUA,
um substituto à altura do onde teve sua formação mu-
O
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o jornal batista – domingo, 27/11/16
reflexão
Teologia e Música a
GOTAS BÍBLICAS
NA ATUALIDADE
Serviço do Reino de Deus
OLAVO FEIJÓ
pastor, professor de Psicologia
Uma agulha
missionária
Levir Perea Merlo, pastor,
colaborador de OJB
“A Palavra de Cristo habite
em vocês abundantemente,
em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com
salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor
com graça em vosso coração.” (Cl 3.16)
N
o mês dedicado à
Teologia e a Música cristã (novembro), entendamos
um pouco mais a importância desses dois ministérios
na obra do Reino de Deus.
Quando pensamos em teologia, pensamos em estudos
bíblicos sistematizados e devidamente contextualizados
apontando para uma só direção, Cristo Jesus. Como
bem dizia Barth: “Não se
pode pensar teologicamente,
senão tendo diante dos olhos
a figura viva de Cristo. A Cristologia deve ocupar todo o
espaço na Teologia”. Literalmente, a teologia é o estudo
de Deus, mas quem pode estudar Deus? Então, é melhor
dizer que teologia é a análise
e a declaração cuidadosa e
sistemática da doutrina cristã.
Portanto, teologia é doutrina,
ou ensino e profundamente
necessário para todos os ramos do cristianismo, inclusive
para a música cristã.
Sabemos que a música
como arte, se bem executada
exerce um fascínio nas pessoas; a música cristã também
pode influenciar positivamente ou não. Por exemplo,
usar o texto do Salmo 51.11b
na letra de uma música pedindo para o Senhor não
retirar o seu Espírito Santo de
nossas vidas, é ignorar João
14.16 no Novo Testamento;
a letra da música “Sabor de
mel”, muito cantada pelo
Brasil afora, também é ou-
tra aberração, mas, correta
se interpretada pela lei do
Velho Testamento. Quando
me refiro a música, estou
me reportando à letra e não
necessariamente à melodia,
que se não for interpretada
dentro de uma teologia saudável pode causar um grande
estrago.
Felizmente, temos muitas
músicas e letras sadias produzidas por homens e mulheres
de Deus, no entanto, fica um
alerta para todos nós: podemos ter músicas e teologias
corretas e saudáveis, ter a
melhor doutrina, mas, se não
vivermos o que pregamos e
o que cantamos e não praticarmos a justiça do Reino de
Deus, nada disso tem valor,
somos meros artistas (hipócritas). Os recursos da música
e da teologia precisam estar
a serviço do Reino de Deus.
Que o Senhor nos ajude a
vivermos dentro da Sua vontade.
“E, levantando-se Pedro, foi
com eles; e quando chegou o
levaram ao quarto alto, e todas
as viúvas o rodearam, chorando
e mostrando as túnicas e roupas
que Dorcas fizera quando estava com elas.” (At 9.39)
U
ma cristã da cidade
de Jope havia falecido. Os outros discípulos mandaram
uma mensagem ao apóstolo Pedro, pedindo a presença dele no
funeral. Quando Pedro chegou,
“A sala se encontrava cheia de
viúvas que choravam e mostravam umas às outras os casacos e
outras roupas que Dorcas tinha
feito para elas” (At 9.39).
Dorcas foi uma agulha consagrada ao Senhor. As costuras
que fez por amor, em ajuda
as irmãs necessitadas, davam
testemunho dela, mesmo após
sua morte. Quando Pedro chegou, as lágrimas e as lamentações preenchiam o ambiente.
O apóstolo se ajoelhou, orou e
disse duas palavras: “Levante-se, Dorcas.” A resposta foi
imediata: Dorcas voltou à vida
e ao regozijo da sua obra missionária.
A Bíblia não limita o conceito
de vocação apenas ao serviço
de pastor, ou de ministro de
música, ou de ministro de educação. O Senhor estende Seu
chamado a todas as profissões.
O Senhor não quer detalhes
sobre o nosso ofício – o que
Ele quer saber é da natureza
dos valores espirituais que nos
motivam. Ao restringir a vocação divina a apenas algumas
atividades eclesiásticas, somos
culpados de tentar limitar o
poder do Espírito. O Senhor
escolheu como Seus profetas
desde um palaciano chamado
Isaías, até um boiadeiro chamado Amós. Se somos sensíveis às
orientações do Senhor, nosso
lugar de profissão se transforma
em campo missionário. Que o
digam as amigas de Dorcas e
sua agulha missionária.
Credor de uma grande dívida
Iomael Sant’Anna, pastor,
membro da Primeira Igreja
Batista em Mesquita - RJ
O
culto cristão das
Igrejas evangélicas
é excelente oportunidade para a
música, a boa música, a divina
música, cantada ou executada através de instrumentos
diversos. Com a boa música
louvamos o Deus Trino, anunciamos a sublime mensagem
da Palavra, ensinamos a sã
doutrina, desafiamos os cristãos à boa ética, enriquecemos
e embelezamos o serviço religioso, e muito mais.
Não sou músico, mas gosto
de boa música, e reconheço
um pouco o valor da boa música. Meu saudoso pai regeu
coros por, aproximadamente,
60 anos, na Primeira Igreja
Batista de Três Rios - RJ, e em
outras Igrejas. Aprendi muito
com ele, e com outras pessoas.
Lembro-me de magnífica aula
do pastor Soren. Ele encontrou
alunos cantando, deixou de
lado a Teologia Sistemática,
e nos deu preciosa preleção
sobre a importância e necessidade de o pastor conhecer música, ao menos para avaliar e
orientar aquela que se canta e
toca no culto sob sua direção.
Neste Dia do Músico Batista,
quando homenageamos aqueles que se dedicam à liderança
da música na Igreja, vale recordar o nome de alguém que
muito trabalhou para divulgação da boa música coral nas
Igrejas evangélicas brasileiras.
Refiro-me ao homem de Deus,
Arthur Lakschevitz.
Lakschevitz nasceu na Letônia em 1901, e veio para o
Brasil aos 23 anos de idade.
Ao tomar conhecimento da
pobreza das Igrejas em termos
de música para grupos, começou a traduzir peças europeias,
e publicá-las aqui. Assim nasceram os “Coros Sacros”, coletânea de músicas para grupos corais, que chegou até o
sétimo volume. Muitos coros
Batistas e de outras denominações entoaram peças musicais
de “Coros Sacros” e de outras
coleções de Arthur Lakschevitz em Igrejas, assembleias diversas ou encontros especiais.
Eu, que já tenho esquecido de
coisas recentes, lembrando-me
de algumas antigas, ponho-me
a cantar e a ouvir, saindo das
brumas do passado, milhares
de vozes entoando “Quando
a nova luz raiar”, “Se mais eu
pudesse em Jesus confiar”,
“Pai celeste”, “Fé esperança
e caridade”, e muitos outros
hinos compilados e traduzidos
por Arthur Lakschevitz. É bom
registrar que alguns autores
brasileiros contribuíram também para a formação desses
hinários.
Além de editar músicas,
Lakschevitz dirigiu vários coros na cidade de Rio de Janeiro e nas adjacências. Tendo
conseguido o grau de doutor
em Filosofia, foi professor de
ciências, química e música,
em escolas da antiga Capital
Federal, inclusive no Colégio
Batista e Seminário do Sul.
Em 1960, por ocasião do 10º
Congresso da Aliança Batista,
no Rio de Janeiro, e da grande
concentração, quando Billy
Graham pregou pela primeira vez no Brasil, Lakschevitz
regeu um grande coro de centenas de vozes no Maracanã.
O nome Lakschevitz permanece em evidência entre nós.
Seu filho Arthur Lakschevitz
Júnior é engenheiro químico
no Rio de Janeiro. Sua filha,
Elza, pianista, regente de coros, compositora, fundadora
de “Canto em Canto”, e também é regente também da
Associação de Canto Coral,
um dos melhores coros do Rio;
só interrompeu sua dinâmica
atividade por causa de uma
ingrata enfermidade. Seu neto
Eduardo Lakschevitz Xavier
de Assunção, filho de Elza,
é mestre em Regência Coral,
doutor em Música, professor
da Unirio, e participante de
inúmeras atividades culturais.
Não sei se Lakschevitz já foi
objeto de alguma dissertação
ou tese acadêmica. Se não foi,
ele bem merece algumas, porque como escreveu Bill Ichter,
em “Hinologia Cristã”, “Temos
uma grande dívida para com
este dedicado servo de Deus”,
que já canta com os anjos nos
céus, desde 1980.
o jornal batista – domingo, 27/11/16
reflexão
5
Mananciais bíblicos da música
Eimaldo Vieira pastor emérito flauta. Podemos conjecturar
sobre os temas que inspiraram
da Igreja Batista Nova
as composições jubalianas,
Jerusalém - Cabo Frio - RJ
mas é bem provável que em
uando dizemos sua mente, quem sabe, tamque a pessoa nas- bém em seus lábios, perfilace com a música, vam as obras da criação. As
não falamos algo histórias recebidas por Adão
e Eva devem ter sido passadas
estranho à Bíblia.
Sabemos que a grande maio- aos filhos desde a infância,
ria dos humanos não traz o inclusive a Caim e seus filhos,
dom de compor ou cantar essa através de alguns séculos e
quinta-essência das belas artes. várias gerações.
No ministério de Moisés,
Nesse sentido, ela é semelhante às demais vocações, onde, ele mesmo compõe um grancomo verdadeira orquestra, de cântico de exaltação ao
todos os instrumentos se com- nome do Senhor e seus feipletam, produza um todo tos poderosos, inspirado, sofilarmônico deleitável. Por bretudo, no grande feito da
exemplo, quase não consigo travessia do Mar Vermelho,
imaginar pregar a Palavra sem que acabava de acontecer.
a preparação de bons intérpre- Provavelmente, a música não
tes de lindas melodias. Neste fosse a praia do grande líder,
artigo, enfatizo as Escrituras mas sua irmã Miriã e outras
como fonte de inspiração da mulheres supriram muito bem
essa lacuna.
música espiritual cristã.
Em um salto de 500 anos,
Já na oitava geração desde
Adão, na linha de Caim, en- chegamos aos dias de Davi,
contramos a figura de Jubal, quando os exemplos de inspio pai dos que tocam harpa e ração e louvor são abundantes.
Q
Os Salmos apresentam as fontes de inspiração do notável
harpista e compositor, sendo
os motivos messiânicos de especial interesse para nós hoje.
O amigo que trai, o traspasse
das mãos e pés, o momentâneo abandono do Pai, o
vinagre oferecido por água, a
rifa da túnica, os ossos preservados, o sepulcro emprestado
por um notável, o triunfo e
reinado eterno do Senhor,
tudo registrado com inegável
sobrenatural revelação.
No ministério de Jesus Cristo, encontramos o cântico da
virgem Maria nas montanhas
de Efraim, na casa da prima
Isabel. Temos também o coral
dos anjos que anunciou o glorioso nascimento de Jesus aos
pastores de Belém. O louvor
das crianças no templo indignou os adversários e alegrou o
coração de Jesus. Na noite da
última ceia, o lindo poslúdio
foi um hino, por certo regido
pelo Senhor, possivelmente o
Salmo 118, onde cantaram,
“O Senhor é a minha força e
o meu cântico. Ele é a minha
salvação”.
Na Igreja nascente, vemos
Paulo e Silas cantando hinos
ao Senhor, de dentro da prisão em Filipos, com pés no
tronco e algemas nas mãos.
Não é preciso saber do tema
daquelas músicas para receber
inspiração para novos cânticos
de salvação e louvor em nossa
geração.
No Apocalipse, se não temos a melodia, temos a letra
do cântico de Moisés e do
cântico do Cordeiro, entoados
pelos remidos dos velhos e dos
novos tempos. Que esse equilíbrio possa predominar entre
os compositores dos nossos
dias. Há autores musicais modernos, que de modernos só
têm o nome, assim como líderes que investem em relicários;
falta pouco para restabelecer
o sacrifício de animais. Até
parece que Cristo morreu em
vão e o véu do templo ainda
não se rasgou.
É grande a força de inspiração da Bíblia na música de
todos os tempos. Além de
maravilhosos hinos e cânticos
espirituais, sem falar nos gregorianos e outros religiosos,
não podemos esquecer-nos
dos clássicos, passando pelos
oratórios e o “Jesus Alegria dos
Homens”, cantata de Bach,
sempre inspirados nos Evangelhos, e o famoso “Aleluia
de Handel”, de “Sonhos de
Uma Noite de Verão”, claramente plasmado em Apocalipse 11.15, ao tocar da última
trombeta.
Os mananciais de inspiração
da Bíblia são inesgotáveis. São
fontes que jorram incessantemente para o privilegiado
labor dos compositores, cantores e cantantes do Senhor,
cujos cânticos só eles podem
criar, interpretar e cantar. Afinal, mesmo sem receber o
sublime dom da lira, todos dedilhamos algum instrumento
em louvor àquele cujo Amor
e Palavra nos inspiram sempre.
semelhança dos pardais, estão
sedentas de migalhas. As pessoas precisam do Evangelho,
que, quando é ensinado de
forma integral e com um olhar
humano e sincero, levam as
pessoas a saciedade dessa boa
notícia de Deus. Os pardais
me ensinaram a pregar e ensinar as belas lições do Evangelho e não a perpetuação das
cartilhas religiosas.
Os pardais acordam e voam
à procura do alimento. Eles não
se preocupam, não sofrem com
a ansiedade que nos rodeia
todo dia. Os pardais são cuidados por Deus, e nós também,
mas nós ficamos apreensivos se
teremos pão e água, se teremos
roupas, se teremos calçados.
O problema é que entramos
na correria contemporânea à
procura de mais dinheiro, afinal
de contas, mais dinheiro é mais
poder de consumo, e as necessidades básicas deixam de ser
prioritárias, pois o dinheiro as
supre, e o supérfluo e o luxo
são foco. Os pardais me ensinam que Deus cuida dos detalhes, inclusive do mantimento,
do vestuário. A vida é cuidada
e preservada pelo Pai, Dono
e Criador da vida. Os pardais
me levaram a constatar que
tudo depende do Deus Pai, o
Sustentador, que Ele vê e sabe
de todas as minhas necessidades. Minhas orações não são
lembretes ao Senhor do que
estou precisando, e sim, uma
conversa de filho que deseja
receber as orientações do Pai.
Os pardais me ensinam a ser
menos ansioso e mais confiante. Menos ansioso e mais livre
para voar. Menos preocupado
e mais atento aos cuidados do
Pai amoroso, misericordioso e
bondoso.
Acabei de ler a passagem
que Jesus disse que Deus cuida das nossas necessidades,
e Ele ainda pergunta: “Não
valei mais do que os pardais?”
(Mt 6:26). Acabei de tomar
meu café e escrevi esse texto
e esqueci de balançar a toalha,
acho que meus professores
pardais estão a minha espera; vou lá aprender mais um
pouco.
Cuidando
dos pardais
Jeferson Cristianini, pastor,
colaborador de OJB
J
esus nos ensinou que Deus,
o Pai, cuida dos pardais.
Não me esqueci dessa lição
do Evangelho, mas decidi
participar do que Deus tem
feito no mundo. Decidi “ajudar”
Deus a cuidar dos pardais. Toda
manhã vou ao quintal, após tomar meu café matinal, abanar a
toalha da mesa. Com o balanço
da toalha, os farelos dos pães,
bolos e biscoitos caem no chão.
Logo, como em uma mágica,
surgem os pardais. Eles comem
as migalhas e me ajudam com
a limpeza. Ao olhar os pardais,
muitos pensamentos cruzam a
minha mente.
Penso que Deus cuidaria
dos pardais independentemente das minhas migalhas.
Isso me levou a pensar na
minha missão de vida e na
minha vocação, e me reduzi.
Deus faz tudo e eu sou apenas
instrumento dEle; eu já sabia
disso, mas os pardais me lembraram de que nada sou e que
o poder de Deus é que salva
as pessoas através da minha
vida. Os pardais me ensinaram
humildade. Os pardais também me levaram a pensar na
multidão perdida que espera
as Boas Novas do Evangelho.
Mas como há muito banquete
religioso, não há migalhas do
Evangelho, porque ele não
está nas religiões. As pessoas, à
6
o jornal batista – domingo, 27/11/16
reflexão
A cada
manhã
Tarcísio Farias Guimarães,
pastor da Primeira Igreja
Batista em Divinópolis –
MG
A
s Lamentações de
Jeremias retratam a
grande tristeza de
Judá após a invasão da Babilônia, em 586
A.C. A ação impiedosa do
invasor arruinou sobremaneira Jerusalém, cidade da
qual o profeta disse: “Como
está sentada solitária aquela
cidade, antes tão populosa!
Tornou-se como viúva, a que
era grande entre as nações!
A que era princesa entre as
províncias, tornou-se tributária! Chora amargamente de
noite, e as suas lágrimas lhe
correm pelas faces; não tem
quem a console entre todos
os seus amantes; todos os
seus amigos se houve aleivo-
samente com ela, tornaram-se seus inimigos” (Lm 1.1-2).
O profeta refutou as queixas que se avolumavam contra Deus em um contexto
de destruição e medo, e relembrou os seus ouvintes da
justiça divina e dos pecados
cometidos por eles: “Jerusalém gravemente pecou, por
isso se fez errante; todos os
que a honravam, a desprezaram, porque viram a sua
nudez; ela também suspira
e volta para trás” (Lm 1.8). A
ira de Deus, que é uma justa
e santa reprovação ao pecado, não foi anunciada pelos
falsos profetas, acerca dos
quais falou Jeremias: “Os teus
profetas viram para ti vaidade
e loucura, e não manifestaram a tua maldade, para
impedirem o teu cativeiro;
mas viram para ti cargas vãs
e motivos de expulsão” (Lm
2.14). Ainda assim, segundo
Jeremias, o castigo permitido
por Deus seria passageiro
como a noite. Uma nova manhã nasceria para Jerusalém.
No capítulo 3, versículo
21, encontra-se o ponto fulcral do livro das Lamentações. As misericórdias do
Senhor sobre Jerusalém no
passado tornaram-se a fundamentação das expectativas de
Jeremias naqueles dias. Deus
não havia mudado e não se
tornara infiel à aliança feita
com Abraão, Isaque e Jacó.
Apesar da infidelidade do
seu povo, Deus excedera em
misericórdia no relacionamento com seus filhos. Ele é
o Deus que, a cada manhã,
enviava o maná ao seu povo
no deserto, mesmo quando
a incredulidade e a rebeldia
acompanhavam esse povo.
Esse Deus de ontem é o Deus
de hoje, e assim Ele será eternamente misericordioso.
A benignidade, ou misericórdia do Senhor, mencionada em Lamentações 3.22, são
duas possíveis traduções da
palavra hebraica hesed. Essa
palavra pode ser traduzida
também como “amor que
não se acaba”, visto que está
amparado na aliança firmada
entre Deus e seu povo. Por
conhecer a grande fidelidade
do Senhor, Jeremias falou de
misericórdias que renovam-se
a cada manhã. Deus é Aquele
“Que guarda a beneficência
(hesed) em milhares” (Êxodo
34.7). Semelhantemente, o
salmista declarou: “Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os
dias da minha vida” (Sl 23.6).
A cada manhã, Deus nos dá
a oportunidade de recomeçar.
Porque as suas misericórdias
não têm fim. A cada manhã o
casamento desgastado pode
ser revigorado pelo amor que
une os cônjuges. As enfermidades do corpo e da alma
podem ser remediadas a cada
nova manhã. As dificuldades
financeiras podem ser enfrentadas com ânimo renovado a
cada manhã. O Espírito Santo
nos capacita a buscarmos
renovação espiritual a cada
nova manhã do nosso viver.
Graças a Deus, cada noite
é sucedida por uma manhã,
lembrando-nos, a partir da
ordem estabelecida por Deus
na criação, que sempre temos
oportunidade de experimentar novidade de vida.
Ainda que o sol não brilhe
hoje com a intensidade esperada por você, e mesmo
que a sua noite pareça não
ter fim, saiba que a manhã
sempre vem!
Jogue o seu odre velho fora
Juvenal Mariano de Oliveira
Netto, membro da Primeira
Igreja Batista em São Pedro
da Aldeia - RJ
U
m grande psiquiatra, escritor
e conferencista
chamado Augusto
Cury, mundialmente reconhecido, principalmente pelo
desenvolvimento da teoria da
chamada Inteligência Multifocal, afirma que é impossível apagar os arquivos da
nossa mente. Segundo ele,
a única forma de neutralizar
aquelas lembranças que trazem algum tipo de prejuízo
para a vida do homem seria
sobrepujá-los ou reescrevê-los com arquivos novos que
aniquilem por completo a
influência daqueles.
Jesus conta uma parábola
narrada nos evangelhos sinóticos falando sobre o erro de
se tentar colocar vinhos no-
vos em odres velhos, pois, se
rompem os odres e se perde
o vinho. O correto seria utilizar vinhos novos em odres
novos e ambos se conservam
(Mateus 9.17; Marcos 2.22 e
Lucas 5.37).
A interpretação mais aceita
desta parábola pelos estudiosos seria a de um alerta
para aqueles que queriam
misturar, embaralhar os ensinamentos das leis mosaicas
do Velho Testamento, conhecida como “A antiga aliança”,
com os ensinamentos de
Cristo, chamada de “A nova
aliança”. O Antigo e Novo
Testamentos se completam,
entretanto, não podem ser
misturados. Alguns procedimentos descritos no Antigo
Testamento já cumpriram o
seu propósito. Paulo Adverte
a Pedro e outros discípulos
por tentarem misturar Judaísmo com Cristianismo
(Gálatas 2).
A ideia central e motivadora desta parábola de Jesus
serve também para outras
aplicações nos dias atuais.
Pessoas que querem misturar
o Evangelho de Cristo com
práticas de outras religiões
e seitas.
Existe hoje, no Brasil, um
grande sincretismo religioso e uma das razões foi a
influência recebida desde a
sua colonização por outros
povos, principalmente pelos
africanos e portugueses e,
mais recente, pelos Estados
Unidos. As Igrejas reformadas neste país estão cheias
de pessoas oriundas de outras religiões que, apesar de
terem recebido um ensino
genuíno da Bíblia, teimam
em utilizar velhas práticas,
ou tentar misturá-las ao novo
ensino recebido. Gente que
coloca vinho novo em odres
velhos o tempo todo.
Tornou-se comum vermos
cristãos fazer uso de artifícios não pautados na Bíblia
e a desculpa é sempre a mesma, colocar como escudo
a prática da fé. Segundo as
Escrituras, a verdadeira fé
é confiar no poder de Deus
sem ver absolutamente nada,
nenhum objeto, nenhuma
frase ou palavra mágica e nenhum ritual (Hebreus 11.13, 8, 27). Outro costume
corriqueiro entre cristãos na
atualidade é repassar mensagens pelas redes sociais
que, apesar de utilizar textos
bíblicos em algumas vezes,
possuem certo tom de mandinga como, por exemplo:
“Repasse esta mensagem
para cinco pessoas e serás
abençoado”; “Repasse esta
mensagem e alguma coisa
neste dia vai acontecer”.
Meu Deus, quanta ignorância (no sentido de falta de
conhecimento)! E o pior, é
que, às vezes, essas práticas
são adotadas por pessoas
que estão há anos na Igreja.
Para finalizar, volto à introdução; as suas memórias do
passado, antes da conversão,
não podem ser apagadas;
coisas que você aprendeu
desde a meninice por anos
afinco e por pessoas importantes. Mas elas podem e
devem ser reescritas pela
ação do Espírito Santo em
ti, trazendo iluminação aos
estudos e as meditações na
Palavra de Deus, única regra
de fé e prática do verdadeiro
cristão. Jogue fora os seus
odres velhos, representados
pelos velhos ensinos, crenças, práticas milenares adotadas por estas seitas, e não
tente reaproveitá-los, pois,
certamente colocará em risco
o vinho novo, simbolizado
pela nova vida em Cristo
Jesus. (Mateus 22.29; 1.8; 2ª
Coríntios 5.17; Filipenses 3.
2-11; Efésios 4.17-24).
o jornal batista – domingo, 27/11/16
missões nacionais
Por Amor a Missões
Jovem que participou de projeto
missionário do STBNB agora é
Radical Sertanejo em Exu,
sertão pernambucano
Recreação e Evangelismo para as crianças de Panelas
N
o mês de outubro,
o Núcleo de Missões do Seminário
Teológico Batista
do Norte do Brasil realizou
mais uma viagem do Projeto
“Por Amor a Missões”, que
leva alunos, ex-alunos e parceiros de Igrejas da região
ao campo missionário. Nesta
8ª edição, o Projeto contou
com 48 participantes, que
viajaram para a Cidade de
Panelas, no agreste Pernambucano.
Mas foi outra viagem do
Projeto, no início de 2016,
para Quixabá - PE, que mudou a vida do jovem Danilo
Souza, da Primeira Igreja
Batista no Coração de Rio
Doce, em Olinda - PE. Nesta
oportunidade, Danilo pôde
evangelizar os sertanejos e
Deus falou muito ao seu coração. “Deus falou para que
eu me envolvesse ainda mais
na obra missionária no sertão, eu não poderia ficar parado e nem calado. O povo
sertanejo carece da Palavra
de Deus, e existem muitas
famílias no sertão que ainda
não foram alcançadas pelo
Evangelho de Cristo”, afirma
Danilo, que hoje participa do
Projeto Radical Sertanejo da
Junta de Missões Nacionais,
na cidade de Exu - PE.
Em cinco anos, o “Por Amor
a Missões” visitou algumas
cidades de Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte.
“Estamos cumprindo um de
nossos objetivos que é envolver os seminaristas e parceiros de outras Igrejas na obra
missionária”, finaliza Miguel
Lima, supervisor do Núcleo
de Missões do STBNB, ressaltando o objetivo do Projeto
desenvolvido pelo Seminário.
7
Escolha certa
Casa VIVER é inaugurada no Rio de Janeiro
com a participação do cantor Fernandinho
A
Casa VIVER foi
inaugurada no último dia 08 de novembro, em Costa
Barros, no Rio de Janeiro, e
contou com a participação
especial do cantor Fernandinho. A Casa é fruto de uma
parceria entre Missões Nacionais e a Primeira Igreja Batista
de Costa Barros, que cedeu o
espaço onde serão realizadas
várias atividades para crianças e adolescentes da região.
Uma noite que ficará marcada
na história do programa e da
comunidade local.
De acordo com Anair Bragança, diretora executiva de
Missões Nacionais, a Casa
realizará atividades significativas e relevantes para as
crianças do bairro. “Vamos
orientá-las a fazerem escolhas
saudáveis, mostrando que há
uma opção diferente, que
Jesus pode mudar a história
de vida delas”, afirma Anair.
O pastor Jailton Lopes, pastor da PIB de Costa Barros,
também esteve na inauguração. Para ele, é uma honra a
parceria de sua Igreja com a
JMN. “A expectativa é muito
grande em nosso coração em
vermos esse lugar contagiado
e impactado pelo poder de
Deus. Onde as crianças possam ter uma oportunidade de
dar uma nova direção para
suas vidas e possam experimentar a transformação que
Casa VIVER vai auxiliar
Crianças e adolescentes no Rio
de Janeiro
Pastor Jailton, Fernandinho,
Anair e os coordenadores do
espaço Laís e Raone
só Jesus Cristo pode dar”,
destaca o pastor.
A grande atração musical da
noite, o cantor Fernandinho,
reafirmou a sua parceria com
Missões Nacionais e ressaltou
a importância que projetos
como este têm na vida dos
pequeninos. “É maravilhoso
vermos projetos como este
sendo estabelecidos. Parabéns a Junta e a todos que
participam deste trabalho.
Eu sou parceiro de Missões
Nacionais e desafio você a
contribuir como eu e minha
família fazemos. Eu envolvo
os meus filhos nessa causa e
espero que você possa fazer
o mesmo”, conclui o músico,
que é parceiro da Cristolândia
e ama a obra missionária.
Vamos avançar, multiplicando o amor de Deus em um
cenário social desafiador. Não
será por força, nem por violência, mas sim pelo Espírito
Santo. Seja um parceiro desse
Projeto! Acesse http://migre.
me/vsgwa e saiba como.
Termômetro de
amor à Missões
O
pastor Valdir Soares, coordenador e mobilizador de
Projetos Indígenas, pregou
no culto missionário, na
Igreja Batista Jardim Aeroporto, em
Macaé - RJ. A Igreja conseguiu ultrapassar o alvo em 140%! Eles criaram um Pastor Valdir Soares
termômetro missionário para marcar com termômetro
as ofertas recebidas ao longo da cam- missionário
panha 2016 de Missões Nacionais. E a
sua Igreja, já conseguiu alcançar o alvo? É Tempo de Avançar... Multiplicando o Amor de Deus! 8
o jornal batista – domingo, 27/11/16
notícias do brasil batista
Igreja Batista Murundu - RJ descobre relíquias
arqueológicas durante obras no templo
C
omo resultado de
constantes pesquisas e busca de dados históricos que
envolvem a quase centenária
Igreja em Murundu - RJ, ao
vasculhar pedaços de madeira das janelas que serão
substituídas, o irmão Gabriel
Paes no dia 25 de outubro de
2016, um pedaço de madeira
de uma das janelas com a
assinatura do saudoso irmão
Orozimbo Silva. Com este
achado, no dia 30/10/2016,
Paulinho Paes continuou
uma verdadeira garimpagem
em outros pedaços de madeira junto com Gabriel, quando
foi encontrada mais uma relíquia, desta vez outro pedaço
de madeira com assinatura
pouco legível “Muleu”, que
é o sobrenome de Izidio Paes
Muleu, quando em muitos
casos encontramos o nome
deste saudoso irmão escrito
com a grafia “Muleu” e, outras vezes, “Moleu”.
Essa descoberta comprova
o envolvimento e o empenho
de muitos destes saudosos
irmãos, que no passado fizeram parte da organização e
construção do templo desta
Igreja, quando hoje descendentes de irmãos fundadores dão continuidade a esta
obra, quando se aproxima a
celebração do centenário da
Igreja em 2018.
O atual pastor, Cláudio
Marques de Figueiredo, é
casado com a irmã Marilene, que são os pais do irmão
Gabriel, sendo ela e seu primo Paulinho Paes, netos do
saudoso Izídio Paes Muleu,
e que hoje estão na liderança para dar continuidade às
obras de reforma, reestruturação do templo e pesquisa
da história da Igreja, agora na
véspera do centenário.
A Igreja tem passado por
uma grande reestruturação
do templo com troca do telhado, reformas e construção
de novas dependências, que
estão em ritmo lento devido
a escassez de recursos, mas
com a Graça de nosso Bondoso Deus, aos poucos temos
avançado.
Ainda falta muita coisa para
conclusão das obras para
celebração do centenário;
atualmente está em andamento à conclusão da pintura
interna, a colocação do novo
piso no templo principal e a
construção de encostas para
dar lugar aos banheiros que
atenderá as instalações do
templo no piso superior.
Tudo isso tem acontecido
com a benção de Deus e a
ajuda de irmãos e amigos
Orozimbo
Bíblia com capa preta, borda dourada com 25
páginas ilustrativas relatando o hitórico e fotos
da Igreja e as Igrejas descendentes
que, mesmo morando em outras cidades, tem suas raízes
na Igreja e região e não tem
medido esforços para ajudar
nas obras que estão sendo
realizadas.
Centenário da
Igreja em 2018
Junto com o andamento
das obras, está sendo elaborada toda programação
do centenário da Igreja, que
acontecerá em setembro
de 2018, quando as Igrejas
filhas, netas e mãe serão
Igreja Batista em Murundu - RJ
convidadas a participar ativamente de toda programação. Cada Igreja será responsável pela programação
de um dos dias da semana
comemorativa.
Também estão sendo levantados recursos para impressão da Bíblia do Centenário, conforme ilustração,
que será uma Bíblia com a
marca do Centenário impressa na capa e mais 25 folhas
internas que contarão parte
da história da Igreja, seus
fundadores, pastores e um
pouco da história de cada
uma das Igrejas que foram
organizadas a partir de nossa
Igreja.
Os irmãos interessados em
participar do planejamento
do centenário ou saber como
adquirir um exemplar da
Bíblia do Centenário poderão entrar em contato com
a Igreja através do Facebook
ou pelos dados de contato.
Conheça um pouco da história da nossa Igreja no Blog:
http://igrejabatistamurundu.
blogspot.com.br/
CBC realiza treinamento de voluntários
para área hospitalar
Fonte: Site da Convenção
Batista Carioca
C
om o objetivo de
levar capacitação
às Igrejas locais,
em outubro Missões Rio treinou cerca de
20 voluntários para atuação
em ambientes hospitalares.
O curso, ministrado por capelães da Convenção Batista
Carioca (CBC), é mais um
serviço prestado aos Batistas
cariocas, sendo um resultado
de investimentos por meio
do Plano Cooperativo e do
Programa de Adoção Missionária.
O grupo formado já está
apto a realizar visitas em
hospitais e levar o Amor de
Cristo aos enfermos e seus
familiares. Serão mais elos
de uma corrente que será
formada para alcançar esta
parcela da sociedade carioca.
Falando em alcance, em
setembro a Capelania Hospitalar de Missões Rio registrou 67 conversões a Cristo. Notícia esta que precisa
ser celebrada por todos os
nossos parceiros. Dentre os
convertidos está o pai de um
adolescente que já faleceu.
Durante um culto fúnebre,
realizado no Hemorio, a
Voluntários são habilitados para atuar em hospitais
mãe deste adolescente, que
é evangélica, contou algumas experiências tremendas
e disse que seu filho estava
com o Senhor. O pai, emocionado, orou com o capelão
que realizava o culto e pediu
uma Bíblia para que pudesse
conhecer o Evangelho.
O ministério de Capelania
Hospitalar também transformou a visão missionária de
Bruna (nome fictício). Ela, que
é evangélica, estava angustiada porque um parente, em
estado crítico de saúde, ainda
não havia tomado uma decisão ao lado de Cristo. Para a
glória de Deus este parente foi
alcançado por um dos capelães da CBC e, com isso, Bruna
reconheceu a importância
desse projeto, expressando seu
desejo de atuar como voluntária de Capelania Hospitalar.
As vitórias destacadas acima foram possíveis porque
há pessoas investem em Missões contribuem financeiramente com o sustento de
obreiros.
o jornal batista – domingo, 27/11/16
notícias do brasil batista
9
Mulheres Cristãs em Ação da PIB em Nova Aurora –
RJ comemoram sete anos de reorganização
Estevão Júlio, membro da
Primeira Igreja Batista em
Nova Aurora - RJ
O
mês de outubro
começou com festa na Primeira Igreja Batista em Nova
Aurora, em Belford Roxo – RJ.
As Mulheres Cristãs em Ação
comemoraram sete anos de
reorganização, e os dias 01 e
02 de outubro foram marcados
por muito louvor, adoração e
gratidão a Deus pelo trabalho
realizado até aqui.
Não há como precisar a
data de início da MCA em
nossa Igreja, pois, devido as
enchentes no bairro, muitos
documentos foram perdidos
ao longo do tempo. Mas sabemos os nomes das fundadoras
do trabalho no local. São elas:
Maria Lima, Adélia Santos,
Edir Gandra e Raquel Soares.
Após um período de inatividade, o trabalho foi retomado em
2009, com apenas nove irmãs:
Denise Lima de Oliveira, Nilta
Faria da Silva, Cirlene da Silva
Lima, Edna da Silva Rodrigues,
Sonia Maria Laporte, Mônica
Lapa, Aliomar Roza, Nelcina
Lugão e Isabel Cristina dos
Santos, que hoje é a presidente
da Organização.
O tema escolhido para a festividade foi “Mulher, levanta-te e resplandece”, baseado
em Isaías 60.1. Elas também
escolheram a música “Sai da
tenda”, do Ministério de louvor Sai da Tenda, como hino
oficial do evento.
A programação contou com
a participação do Coro Adoração Celeste, formado por
membros da UMHBB da Igreja, Mensageiras do Rei, Grupo
Novo Alvorecer e o Grupo de
Street Dance.
No sábado, 01 de outubro, a
preletora convidada foi a irmã
Aliomar Roza, membro da
PIB Nova Aurora e integrante
da MCA. Tendo como base
a divisa oficial, ela focou na
Congresso teve momentos de oração em prol
dos desempregados, filhos nas drogas e enfermos
expressão “Levanta-te”. “Mesmo desanimados, Deus fala
conosco”, disse. Especificamente para as mulheres, disse
que é necessário levantar-se
como ajudadora e edificadora
do lar, em auxílio ao marido.
Segundo a preletora, se levantar também requer firmeza de
quem pretende tomar uma
atitude.
Já no domingo, o preletor
foi o pastor Ricardo Reis,
presidente da PIB em Nova
Aurora. Em sua palavra, ele
falou sobre Jacó, que havia
fugido após roubar a primogenitura do seu irmão Esaú.
Coro Mulheres que Louvam é fruto do
trabalho da MCA
Ele destacou três pontos:
Deus atua no céu e na terra.
“Deus controla todas as coisas que estão acontecendo
na sua vida e na sua família,
mesmo que você se sinta em
um relento, deitada em uma
pedra, o Senhor continua no
controle de todas as coisas”.
Falou também que Deus é o
Deus da família. “Deus tem
propósitos ao te colocar na
família onde está”. “Deus vai
abençoar o marido que você
tem através de você.” Para
finalizar, disse que muitas
pessoas não experimentam
o melhor de Deus, pois elas
não o conhecem. “Perceba
Deus na sua vida. Ele não
está longe. É só você percebê-lo e senti-lO.”
Hoje, o trabalho conta com
30 associadas e o número
de mulheres ativas na Igreja
chega a 50. Deus levantou mulheres para liderarem Amigos
de Missões, JCA e Mensageiras
do Rei. Nesse tempo surgiu
também o Coro Mulheres que
louvam, que abraça mulheres
de todas as idades e foi um
incentivo para o trabalho dos
Homens Batistas, além dos
momentos de oração, visitação
e reuniões de estudo.
Convenção Batista do Estado do Espírito Santo
investe na capacitação de líderes
Mateus Ramos, jornalista
da Convenção Batista do
Espírito Santo
A
formação de líderes
marcou o ano de
2016 da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo. Cerca
de 50 líderes iniciaram em
fevereiro uma jornada mensal de aprendizagem. Mês
a mês um especialista em
liderança vinha ao estado do
Espírito Santo para ministrar
na Escola de Líderes, dentre
eles podemos destacar os
pastores Jonas Madureira,
Luiz Sayão, Carlos Novaes,
Gilson Bifano, Eli Fernandes,
dentre outros.
Entre os participantes do
projeto, a repercussão é excelente, como destaca o
pastor Devaci Acrízio, aluno
da Escola de Líderes: “Ouvir
pessoas mais experientes,
com tanta bagagem, nos faz
ter ideias para podermos
implantar e desenvolver liderança dentro da Igreja”.
Pastores do interior do estado também participaram,
Jonas Madureira, primeiro
orador da Escola de Líderes
é o caso do pastor Anderson
Serra Rocha, ministro na
Igreja Batista em Vista da
Serra, que destacou: “Com a
Escola de Líderes eu aprendi
a valorizar a capacitação de
liderança e que devemos
a cada dia buscar conhecimento a fim de abençoar a
Igreja local”. Ao falar sobre o
que aprendeu com o projeto,
ele cita: “Aprendi sobre vida
pessoal, sobre crescimento
de Igreja, discipulado e formação de líderes”.
A última aula contou com
a participação do pastor Josué Campanhã, que em sua
fala destacou aspectos importantes da formação de
líderes e do discipulado,
Pastor Diego Bravim
Pastor Benedito e pastor Diego Bravim
Repercussão entre os alunos foi excelente
apresentando aos alunos
ferramentas que otimizam
o crescimento da Igreja por
meio da liderança.
“Foi um tempo muito bom;
senti a receptividade do pessoal. Liderança é um tema
muito importante de ser conversado entre pastores. Saio
com uma impressão muito
boa do projeto”. O pastor
Josué Campanhã também
destaca a importância da
interação, perguntas, interesse do grupo por tudo que
que era tratado, e disse que
sai com a impressão de que
tudo que foi dito irá se multiplicar.
Sobre a última aula do projeto, o pastor Zildo, ministro
da Primeira Igreja Batista de
Cachoeiro, destacou: “A principal lição que tiro da aula
de hoje diz respeito a importância de realizar aquilo que
Jesus ordenou, que é fazer
discípulos. E que discipular,
formar líderes, é a principal
tarefa do pastorado”.
Toda essa trajetória de capacitação foi oferecida aos
pastores e líderes da denominação Batista, de forma
gratuita, pois o principal objetivo era abençoar as Igrejas.
Ainda na última aula, a
Convenção Batista do Estado
do Espírito Santo anunciou
que tem planos de implantar
novamente o projeto no ano
de 2017, a fim de abençoar
mais líderes e mais Igrejas.
10
o jornal batista – domingo, 27/11/16
notícias do brasil batista
Deus seja louvado pelo Mês da Música
Maria de Oliveira Nery,
colaboradora de OJB
“Louvai ao Senhor. Quão
bom é cantar louvores ao
nosso Deus, quão agradável e decoroso é o louvor.”
(Sl 147.1)
A
música é uma benção em todos os
lugares, principalmente nas Igrejas,
de uma maneira geral, e
especialmente nas Igrejas
evangélicas, onde ocupa
um lugar de destaque em
louvor ao Deus Eterno. É
admirável a dedicação dos
ministros de Música ao
dirigir os musicistas na formação das orquestras, nos
conjuntos jovens, os cantores ao participar dos coros
de adultos e de crianças,
e a beleza dos quartetos
evangélicos em louvor a
Deus.
E para representar os
quartetos evangélicos, o
Casal Eliana e Silvio
Quarteto Batista Mensagem
de Vida é considerado um
dos mais antigos, que comemorou o seu Jubileu de
Ouro com muita consagração. Atualmente participa
do Quarteto, os cantores:
Célio Barbosa (1º tenor);
Silvio da Hora Alcantara
(2 º tenor); Dilne Cezar C
Malaquias (barítono) e Elton Silvestre (baixo), todos
pertencem a várias Igrejas
Batistas. Além deles, também participa do Quarteto
Mensagem da Vida, a senhora Eliana da Silva Dias
Alcântara, como relações
Públicas e técnica de som.
Eliana é esposa do cantor
Silvio Alcântara, que também é cantor lírico (Coral
de Ópera do Teatro Municipal do Rio de Janeiro).
Da esquerda para a direita: Dilnei, Elton, Silvio e Célio
A todos que participam
da música nas Igrejas, que
Deus abençoe pela sua dedicação e consagração ao
Deus Eterno. “Cantai ao
Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor todos os
moradores da terra” (Sl
96.1). E o povo de Deus
diz Amém!
Membro da Igreja Batista é
tema de biografia aos 90 anos
Herbert Soares, historiador,
membro da Primeira Igreja
Batista de Muniz Freire - ES
A
o completar 90 anos
de idade e 67 como
membro da Igreja
Batista, o capixaba
Mario Ribeiro Soares, nascido no município de Muniz
Freire - ES, teve a sua história
eternizada na biografia “90 –
A caminhada de Mario Ribeiro Soares”, lançada no dia 13
de agosto, na Primeira Igreja
Batista em Muniz Freire. O
livro foi escrito pelo historiador Herbert Soares, neto do
biografado, e vendido após
o Culto de Gratidão pelos 90
anos. O dinheiro arrecadado
com a venda foi doado para
a PIB de Muniz Freire.
Até o início da década de
1920, a família de Mario
pertencia a Igreja Católica,
quando, em 23 de maio de
1924, seus avós paternos e
outros familiares fundaram
a Congregação Batista de
Muniz Freire, subordinada a
Primeira Igreja Batista de Cas-
Culto de lançamento do livro na Primeira Igreja Batista em Muniz
Freire - ES
telo – ES e primeira instituição religiosa não católica a se
instalar em Muniz Freire. A
partir daí, parte de sua família
se tornaria Batista, inclusive
Mario, então batizado na Primeira Igreja Batista local, em
07 de agosto de 1949.
Na PIB de Muniz Freire,
Mario exerceu os cargos de
1º secretário e diretor de
Evangelismo. Do seu batismo até os dias de hoje, já
pertenceu as Igrejas Batistas
de Muniz Freire, Córrego
Rico, Itaici, Piaçu, Segunda
Igreja Batista de Cachoeiro de Itapemirim, além da
Igreja Batista em Anutiba
(distrito de Alegre-ES), onde
permanece como membro.
No cargo de secretário participou da construção do
templo da Igreja Batista de
Piaçu e ajudou também na
construção do novo templo
da Igreja Batista em Anutiba,
quando ali ocupava o cargo
de tesoureiro e fazia parte do
quadro de diáconos da Igreja.
O prazer em fazer parte do
trabalho da Igreja Batista é
uma das marcas da sua vida;
há 50 anos, é assinante, colecionador e leitor assíduo de
O Jornal Batista.
Mario Ribeiro Soares
Em suma, pode-se afirmar
que nestes 90 anos, três fatores acompanharam a trajetória
de Mario Ribeiro Soares: a fé
cristã, a luta para estudar e
trabalhar e a dedicação ao seu
lar. Aos 90 anos está com boa
saúde, lúcido e ativo. Tem,
ainda, a felicidade de contar 5
filhos, 14 netos e 10 bisnetos.
o jornal batista – domingo, 27/11/16
missões mundiais
11
Doe Esperança a crianças refugiadas
Willy Rangel – Redação de
Missões Mundiais
M
ais um fim de ano
se aproxima e
você vê o agravamento de muitos
problemas no mundo, vários
deles afetam milhares de crianças. E com o Natal chegando,
você já se perguntou o que
elas poderiam ganhar de presente? Na quinta edição da
Campanha Doe Esperança,
queremos convidar você a se
juntar à JMM na missão em
resgate da “geração perdida”,
crianças que nasceram na
guerra e já sofreram perdas
irreparáveis. Ao fazer a doação
simbólica de um brinquedo,
ofertar ou também enviar uma
mensagem você participa do
Doe Esperança em 2016.
Dos três países que mais
acolhem refugiados em seu
território, dois estão no Oriente Médio, onde, através da
Campanha Doe Esperança,
Missões Mundiais quer iniciar
o Projeto Tenda de Brincar.
Inicialmente, cada Tenda de
Brincar receberá, diariamente,
cerca de 25 crianças de 04 a
06 anos de idade divididas
em dois turnos. Através do
Projeto, elas poderão ter um
momento de paz em meio à
guerra em que vivem e, com
isso, também ser apresentadas
à verdadeira esperança, que
é Jesus.
Outro aspecto da Tenda de
Brincar é que as atividades desse espaço serão desenvolvidas
por missionários-educadores
devidamente capacitados ao
convívio com pessoas marcadas por feridas emocionais e
espirituais.
“As brincadeiras preferidas
delas são jogar futebol (mais
praticado), corrida, lutas, bonecas e carrinhos. Sem falar da
bicicleta e do carrinho de mão,
mais usados para o trabalho do
que para as brincadeiras, mas
que nas mãos de crianças se
transformam em brinquedos”,
diz o missionário Ibrahim Gomes, do Oriente Médio.
A maioria das crianças que
ele e a esposa, a missionária
Amira Gomes, conheceram
em um campo de refugiados
veio da Síria, país que vive
uma guerra civil desde 2011,
e muitos desses pequeninos
esperam um dia ter uma vida
normal.
“Uma criança síria me disse
que, quando está jogando futebol, esquece que está vivendo
em um campo de refugiados”,
conta Ibrahim. “Outra menina,
com necessidades especiais,
me pediu para fazer parte do
grupo de futebol. No início,
ela não falava nada para ninguém, mas depois de algumas
atividades, ela começou a falar
sobre a vida dela e das dificul-
dades que passa. Temos observado como a prática esportiva
fez bem para sua vida mental
e social”, relata o missionário.
Também atuando no Oriente Médio, a missionária Haná
Santiago tem a experiência de
levar esperança a pessoas que
vivem em campos de refugiados, muitas delas crianças,
cuja inocência da infância lhes
permite esquecer por alguns
momentos onde se encontram.
“Criança é criança em todo
lugar: as meninas gostam de
bonecas; os meninos, de futebol. E eles gostam de verdade.
As maiores gostam de pintar
os cabelos com hena e amam
esmalte”, diz Haná.
A missionária conta que
muitas das crianças refugiadas
com quem conversou dizem
não ter sonhos e que tem lutado para mudar essa realidade.
“Porém, encontramos algumas que sonham em ser
jogadores de futebol e, na
maioria das vezes, as meninas
querem ser médicas”, destaca.
“Nosso papel é amar e ter muita paciência, pois o trabalho
não é nosso, mas do Senhor”,
precisa a missionária.
fazer o que mais gostam e
devem fazer na idade delas:
brincar. Você pode fazer sua
doação a partir de R$ 25,00
no site www.doeesperanca.
org.br e www.missoesmundiais.com.br/relacionamento.
Também é possível fazer sua
doação pelos telefones 21221901/2730-6800 (cidades com
DDD 21) e 0800-709-1900
(demais localidades) nos dias
úteis das 08h às 19h (horário
de Brasília) ou e-mail [email protected].
Também estamos no WhatsApp: (21) 98216-7960.
A outra forma de participar
do Doe Esperança é enviando
para www.doeesperanca.org.
br a sua mensagem, que pode
ser um vídeo, fotos e até um
texto sobre a brincadeira que
você mais gostava quando era
criança. Essas mensagens serão
usadas para estimular a criatividade dos missionários-educadores da Tenda de Brincar
no convívio com as crianças.
A “geração perdida” precisa
ser encontrada e salva pela
verdadeira esperança. Por isso,
faça parte dessa missão e Doe
Esperança neste Natal e no ano
inteiro! As crianças refugiadas
são alvo do seu amor.
Como participar
Com a sua doação, será possível equipar a Tenda de Brincar com brinquedos e materiais que permitam as crianças
atendidas pelo Doe Esperança
Há 20 anos formando vidas
em Moçambique
Marcia Pinheiro – Redação
de Missões Mundiais
A
festa de comemoração pelos 20 anos
do Projeto Pequenas Sementes, em
Moçambique, foi pura emoção. Foi no sábado, 12 de
novembro, quando a missionária Noemia Cessito pôde
louvar ao Senhor em gratidão
pelos 600 alunos que hoje
participam dessa escola, que
começou com apenas 40
crianças em 1996.
“Quantas lágrimas, quantas
lutas! Todas transformadas em
vitórias. Deus é fiel. Ele nos
levanta e nos faz voar como
águias, acima de todos e de
tudo que venha para impedir a
sua obra”, disse a missionária.
Noemia conta que muitos
meninos e meninas que já
passaram pela escola Pequenas Sementes hoje são médicos, professores, advogados.
Pessoas que não tinham esperança e que atualmente
vivem a realidade de uma
vida salva por Cristo.
A escola do Projeto Pequenas Sementes oferece
educação pré-escolar, alfabetização e ensino fundamental em uma região
na cidade do Dondo, onde
estudar é considerado um
luxo. Inserida em uma localidade muito carente, a
escola integra um complexo que também inclui uma
creche, um centro de apoio
à comunidade e uma casa
de nutrição.
Programação especial marcou aniversário
da escola Pequenas Sementes
Noemia Cessito está em
Moçambique desde 1984. Ao
lado do marido, o pastor Jerônimo Cessito, ela desenvolve
projetos de Missões Mundiais
para levar esperança a comunidades desprovidas de
Noêmia Cessito com crianças no aniversário da
escola Pequenas Sementes
infraestrutura necessária ao
bom desenvolvimento social,
econômico e espiritual.
Você pode conhecer mais
do ministério desta missionária através das cartas enviadas mensalmente por nossos
obreiros em www.missoesmundiais.com.br/relacionamento. Você conhecerá
novos motivos para ofertar e
orar a fim de que mais pessoas sejam alcançadas em
Moçambique e no mundo.
12
o jornal batista – domingo, 27/11/16
notícias do brasil batista
Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem
– PE celebra 50 anos de existência
Vânia Coelho Pereira Brito,
educadora cristã da Igreja
Batista Emanuel em Boa
Viagem - PE
N
o dia 27 de outubro, a Igreja Batista
Emanuel em Boa
Viagem - PE celebrou o seu Jubileu de Ouro.
A Igreja deve sua origem ao
interesse de um grupo formado por seis pessoas que se
reuniam na casa do casal Leiby para realizar cultos, já no
ano de 1964. O missionário
da IMB, pastor Travis S. Berry,
foi quem liderou esta pequena equipe. No ano seguinte,
o grupo mudou o local de
reuniões para a casa do pastor
Zacarias Campelo, contando
também com o casal pastor
Glen e Audrey Swicegood
e a missionária Mary Witt,
vindos da Escola de Línguas
de Campinas-SP. Eles logo
se mobilizaram para adquirir
lotes na Rua Maria Carolina,
com a visão da formação de
uma nova Igreja.
Em 27 de outubro de 1966
foi organizada a Igreja com
16 membros fundadores. O
nome “Emanuel” foi sugerido pelo pastor José Florêncio
Rodrigues, diretor do Colégio
Americano Batista e professor
de hebraico do Seminário
Teológico Batista do Norte
do Brasil. Assim, a Igreja contou, desde seus primórdios,
com um nome que tem um
profundo sentido teológico Emanuel, que significa “Deus
conosco”.
Desde seu início, duas tendências fortes marcaram a
história da Igreja: o ministério Social e o ministério de
Evangelização. O ministério
Social foi desenvolvido através da implantação de uma
creche, em parceria com
uma instituição filantrópica
alemã, a Kindernothielfe. A
creche era um sonho do pastor Harald Schaly, hoje pastor
emérito, e atendia às crianças
das comunidades carentes
que rodeavam a Igreja. Atualmente, o trabalho social é
desenvolvido de forma mais
ampla, através do Núcleo de
Atuação Social Cristã Emanuel (NASCE), Associação de
caráter filantrópico, assistencial, recreativo e educacional, mantida pela Igreja.
O ministério de Evangelização foi inicialmente desenvolvido através do uso
da língua inglesa. O culto
em inglês visava ganhar a
comunidade de Boa Viagem
e os viajantes através do es-
Membresia festeja o Jubileu de Ouro da IB Emanuel em Boa Viagem - PE
tudo do inglês. Ainda hoje, a
Escola Bíblica mantém uma
classe de estudo da Bíblia em
inglês, que permanece como
um atrativo para muitos estrangeiros.
Para comemorar a data do
Jubileu de Ouro, a Igreja promoveu uma série de conferências com o tema “Infinitamente
Mais”, tendo como orador o
pastor Edvar Gimenes, que
pastoreou a Igreja em dois períodos, somando mais de nove
anos de ministério, e que trouxe ricas e desafiadoras mensagens. O hino oficial, com
o mesmo tema, foi composto
especialmente para essa ocasião pelo músico Leon Neto,
que foi ministro de Música da
Igreja e compositor, junto com
o pastor Josias Bezerra (também ex-pastor da Emanuel),
do musical “Jesus Sertanejo”,
muito difundido em nosso país
na década de 90.
Para celebrar com as comunidades do bairro, foi promovido um Dia de Cidadania, em
parceria da Fundação Altino
Ventura e a secretaria de Saúde
do município, além de diversos
especialistas voluntários, que
ofereceram serviços na área
de saúde, como oftalmologia,
odontologia, pediatria, ortopedia, neurologia, cardiologia,
nutrição, testes rápidos (HIV,
Hanseníase), medição de pressão arterial, taxa de glicose,
índice de massa corporal (IMC),
palestras sobre DST e câncer
de mama, bem como outros
atendimentos na área social, na
confecção de cartão do SUS e
em orientação jurídica. Foram
disponibilizados, também, corte de cabelo e limpeza de pele,
perfazendo um total de 843
atendimentos. Foi promovida,
ainda, a realização de um casamento coletivo para dez casais
das comunidades carentes da
região, com o apoio do 11º
Cartório de Ofício de Recife.
A Igreja Batista Emanuel em
Boa Viagem tem presença
marcante no bairro, mantendo portas abertas todos os
dias da semana, oferecendo,
através do NASCE, reforço
escolar para crianças da rede
municipal de ensino, cursos
profissionalizantes, aulas de
música, computação (inclusive
para a terceira idade), corte e
costura, balé e jiu-jitsu.
Conta com uma equipe de
líderes de suas nove áreas
ministeriais, que coordenam
os trabalhos dos mais de 60
Ministérios da Igreja, com
competência e dedicação,
tendo à frente o pastor Alberto
Cristiano Freitas.
Ao celebrar os nossos 50
anos, alegramo-nos por tudo
o que o Senhor fez em nós e
através de nós, cientes de que
há “Infinitamente Mais” por
fazer e avançar, confiados de
que é o “Seu poder que opera
em nós” (Ef 3.20) e na sua promessa de estar conosco todos
os dias até a consumação dos
séculos (Mateus 28.20). Emanuel, Deus Conosco!
Departamento de Comunicação da CBB participa de
Encontro de Mídias e Lojistas da Sony Music Gospel
Decom CBB
O
Departamento
de Comunicação
da Convenção
Batista Brasileira
(Decom CBB) esteve presente
no Encontro de Mídias e Lojistas da Sony Music Gospel,
realizado na Igreja Lagoinha
Niterói - RJ, no dia 10 de novembro de 2016. O evento
recebeu mais de 30 artistas do
cast da gravadora, cerca de 58
mídias de 16 estados e lojistas
de todo o estado do Rio de
Janeiro. O evento teve como
objetivo promover a integração entre os profissionais que
trabalham com música gospel
e os artistas.
Parte dos cantores da gravadora, além de conversar
Artistas do cast da Sony Music Gospel
com o Departamento de Comunicação da CBB, carinhosamente posou para a foto
com O Jornal Batista, entre
eles, Pâmela, Silvia Lippy,
Suellen Lima, Raquel Miranda, Mariah Gomes, Mariana
Ava, Felipe Valente, Estêvão
Queiroga, Gabriel Iglesias, a
dupla André e Felipe, Banda
Bálsamo, Fábio Sampaio,
da Banda Tanlan, e Alexandre Magnani, compositor da
música oficial da Campanha
de Missões Mundiais 2017.
Alguns desses artistas, inclusive, são membros de Igrejas
da nossa denominação, já
conheciam o trabalho do
nosso centenário Jornal e
ficaram felizes em ver a obra
dos Batistas avançar.
A programação começou à
tarde; alguns artistas e mídias
presentes participaram de
palestras e treinamentos com
profissionais do mercado digital e plataformas de áudio
streaming (transmissão instantânea de dados de áudio e
vídeo através de redes), como
Spotify e Deezer. A Equipe
de Marketing Digital da Sony
Music Gospel também deu
algumas dicas para a realização de um trabalho eficaz nas
redes sociais.
À noite, Maurício Soares,
diretor A & R da Sony Music
Gospel, apresentou os lançamentos para o fim do ano e
os projetos para o primeiro
trimestre de 2017. Houve
também a apresentação de
alguns artistas do cast da Sony
Music Gospel, como as cantoras Suellen Lima e Gabriela
Rocha, os cantores Estêvão
Queiroga, Leonardo Gonçal-
ves, a dupla André e Felipe,
e os grupos DiscoPraise, Brás
Adoração e Preto no Branco.
Alguns artistas foram premiados durante o evento,
como a Banda DiscoPraise,
que recebeu do Youtube o
prêmio por 100 mil inscritos
em seu canal, mesmo prêmio
recebido pela cantora Marcela Taís. O grupo Preto no
Branco recebeu o quadro de
primeiro Disco de Ouro.
A cantora Marcela Taís,
que é referência entre os
jovens, deixou um recado
especial para as meninas
do Brigadeiro de Morango,
projeto da Juventude Batista
Brasileira. Confira o vídeo:
goo.gl/b8PKyv. E para ver
todas as fotos do encontro,
acesse: goo.gl/AhS7O5.
o jornal batista – domingo, 27/11/16
notícias do brasil batista
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OBITUÁRIO
Betty Antunes de Oliveira
(1919-2016)
F
aleceu no dia 11 de
outubro, no Rio de
Janeiro, aos 97 anos
de idade, a escritora, pesquisadora, organista,
pianista, regente e compositora Betty Antunes de Oliveira, viúva do deputado
federal Albérico Antunes
de Oliveira, filha do pastor
Ricardo Pitrowsky e de Eugênia Thomas Pitrowsky.
Foi organista e pianista
acompanhadora do canto
congregacional na Igreja Batista do Engenho de
Dentro e na Primeira Igreja
Batista, ambas no Rio de Janeiro, e na Igreja Memorial
Batista de Brasília.
Era formada pela Escola
Nacional de Música (atual
Escola de Música da UFRJ)
em piano e órgão (1936) e
Crédito: hinologia.org
em composição e regência
(1966).
Em 1950, nas comemorações do trabalho Batista
no Amazonas, regeu um
coro de membros de várias Igrejas para cantar o
“Aleluia”, de Haendel, no
Teatro “Amazonas”, em
Manaus.
Em 02 de julho de 1967
tocou no órgão “Hammond” da PIBRJ o “Offertoire”, de Théodore Dubois.
Em 1969 foi convidada
especialmente para participar, em 15 de junho, do
programa de inauguração
do segundo órgão eletrônico da PIBRJ, quando executou a “Pièce Heroique”,
de César Franck, dando ao
trecho final uma interpretação majestosa.
Foi organista da Associação de Canto Coral do Rio
de Janeiro e da Orquestra
Sinfônica Brasileira. Em 14
de março de 1980 inaugurou o órgão da Faculdade
Teológica Batista de Brasília, no auditório da Sociedade Cultural Evangélica de
Brasília. Em dezembro de
1982 e de 1983 participou
dos concertos de órgão na
PIBRJ por ocasião do Natal.
Compôs o oratório “Paulo” e adaptou o “Te Deum”,
de Anton Bruckner. Consta que colaborou na revisão da tradução do Hino
“Descansando no poder de
Deus” (CC-314; HCC-330).
Também escreveu a biografia de seu pai, o hinógrafo
Batista Ricardo Pitrowsky
(1891-1965).
14
o jornal batista – domingo, 27/11/16
ponto de vista
o jornal batista – domingo, 27/11/16
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Experiência Missionária
Vera Lucia Lemes
Em primeiro lugar, gostaria de cumprimentar a todos com a Paz do Senhor.
Queridos irmãos, se eu tivesse a oportunidade de falar apenas uma coisa depois da viagem missionária, eu diria: Faça uma você também, pois somente assim saberá o quão gratificante é poder compartilhar algo indescritível, mas faça, não importa aonde!
Para mim, todos os cristãos deveriam ter uma experiência missionária. Fazer uma viagem dessas é algo que, às vezes, não conseguimos explicar, o
sentimento,é muito mais que conhecer lugares novos e diferentes apenas a passeio, somente por diversão. Fazer uma viagem missionária é conhecer
de perto o trabalho realizado por um missionário da nossa Igreja. É ver com os próprios olhos onde está sendo aplicada a sua Oferta Missionária de
Fé. É conhecer as dificuldades que uma Igreja Cristã enfrenta em um lugar diferente do seu. É participar de um culto com irmãos diferentes, com
costumes diferentes, mas com o mesmo amor pelo mesmo Deus. É cantar, louvar, adorar e orar ao mesmo Deus, mesmo em uma Igreja diferente e a
muitos quilômetros de distância da sua Igreja de costume, mas ouvindo a mesma mensagem de Amor de Jesus Cristo.
Fazer uma viagem missionária é esquecer os nossos problemas locais e ampliar a visão como cristão. Faz-nos quebrar barreiras, compreender o Ide,
valorizar muitas coisas que, às vezes, não damos importância. Desenvolvemos mais amor pelo próximo e pelos membros daquela Igreja. Compreendemos as dificuldades e celebramos junto as vitórias. Você sente, inclusive, a vontade de ficar neste lugar e fazer parte daquela Igreja, daquela família.
Hoje eu sei que posso dizer o quanto admiro o trabalho dos missionários, pois hoje sei, pelo menos um pouco, das dificuldades que eles enfrentam. Antes eu não fazia ideia dessa realidade, não me atingia, não fazia questão de parar e pensar no trabalho deles. Apenas os admirava pelo fato
de “serem corajosos” por largarem tudo e atenderem ao chamado de Deus.
Hoje eu sei que tudo que vivi nas viagens que participei não é simplesmente uma realidade diferente da minha. Ao acompanhar de perto e fazer
parte do trabalho, eu posso compreender o que eles vivem. Hoje eu sonho junto com aquela Igreja, pois vivi alguns dias com aqueles irmãos. Hoje eu
entendo o valor de uma oração dirigida a alguém ou a algum lugar. Hoje eu conheço aquelas pessoas pelo nome, conheço de perto aquela realidade.
Somos muito acostumados com nossa Igreja, nossos irmãos, lugar onde nos sentimos confortáveis. Chegamos ao ponto que celebramos alguns batismos e achamos, simplesmente, legal. Às vezes nem ouvimos os testemunhos e batemos palmas mecanicamente após a pessoa passar pelas águas.
Como isso deve magoar o coração de Deus! Quando presenciamos, com os próprios olhos, a dificuldade em trazer uma única pessoa para Cristo,
ou uma única família, por exemplo, passamos a valorizar de forma incrível cada pessoa que se batiza. E nós, cristãos acomodados, precisamos disso,
dessa paixão por vidas, dessa festa por cada um que aceita a Jesus.
Depois de viver essas dificuldades de participar de evangelização, depois de conhecer trabalhos evangelísticos nas ruas, de orar por aquelas pessoas, de conhecer as dificuldades de alguns por conta da cultura, de conhecer ministérios diferentes, de oferecer amor a quem eu não conhecia, Deus
despertou em meu coração o amor por missões. Não que eu agora queira ser uma missionária também, mas no sentido de amar os nossos missionários, apoiá-los, orar por cada um.
As Igrejas são pequenas, mas muito aconchegantes. As pessoas são tão amorosas que chegam a se tornar uma família para mim. Aprendi grandes
lições de vida com cada um que conheci, voltei para minha cidade com outra visão de missões, com mais consciência e mais conhecimento do trabalho missionário. Voltei com muito mais amor pelos missionários. Voltei repetindo para mim mesma: “Que bom seria se todos os cristãos tivessem
a oportunidade de ter uma experiência missionária. A nossa Igreja seria bem diferente! Daríamos muito mais valor a cada detalhe da obra de Deus”.
Quando temos a oportunidade de passar por experiência como essas, passamos a entender de verdade muitas coisas e damos valor a muitas coisas
também, passamos a olhar a vida e as pessoas com outros olhos.
E o que posso dizer de tudo isso é: Lance um objetivo de realizar um trabalho missionário em qualquer lugar que seja, ajude e ame um pouco mais
o seu próximo. Que Deus abençoe a todos!
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