ISSN 1679-0189 o jornal batista – domingo, 27/11/16 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Ano CXV Edição 48 Domingo, 27.11.2016 R$ 3,20 Quarto domingo de novembro: Dia do Ministro de Música Batista Missões Nacionais Notícias do Brasil Batista Casa VIVER é inaugurada em Costa Barros, no Rio de Janeiro IB Murundu – RJ descobre relíquias arqueológicas durante obras no templo Página 07 Página 08 Missões Mundiais Notícias do Brasil Batista Doe Esperança a crianças refugiadas; participe da Campanha! Decom CBB participa de Encontro de Mídias da Sony Music Gospel Página 11 Página 12 2 o jornal batista – domingo, 27/11/16 reflexão EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: [email protected] Colaborações: [email protected] REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo C Música do coração ostumamos ouvir e também abordar temas sobre a adoração neste novo tempo. E nós, evangélicos desde o início deste século, temos procurado razões e meios para definir a adoração que prestamos a Deus por meio de encontros, congressos, simpósios, etc. Será que temos encontrado fronteiras na nossa caminhada como adoradores? Ou temos sido as fronteiras que impedem a nós mesmos e as outras pessoas de reconhecer Deus como o verdadeiro sentido da adoração? Deus procura adoradores, aqueles que o adorem em espírito e em verdade, e não um povo que se aproxima dEle e O honra só da boca para fora, enquanto seu coração e o seu pensamento estão distantes dele. A primeira missão da Igreja é adorar a Deus e a segunda missão é proclamar o Evangelho, anunciando a todos os povos Jesus Cristo como único caminho que conduz a Deus, para a reconciliação do homem com ele, que é o foco da adoração. Quando o verdadeiro foco da nossa adoração é esquecido surgem situações desgastantes e conflitos no meio da Igreja. De um lado, os da “nova geração” que, por estarem envolvidos em “novos conceitos” de adoração, muitas vezes, desprovidos de verdades bíblicas, levados por uma “onda atual”, mergulham de cabeça e olhos fechados em um novo sentimento de adoração, sem considerar uma história que fora construída para servir de base para nossa fé. De outro lado, alguns crentes de “carteira assinada”, que se intitulam experientes e se fecham em um único momento de sua história como em um gueto, ficam confinados e estáticos às mudanças, criam resistência e, muitas vezes, ojeriza a um “novo canto” e às novas experiências com Cristo. Experimentar o novo não quer dizer abandonar ou renegar as raízes. Não podemos desconsiderar a importância e as experiências individuais. Verificamos na história mudanças que influenciaram a vida da humanidade por meio da ciência, da comunicação, das artes em geral e de outros campos. A música, por exemplo, é uma arte que traz experiências à vida de cada indivíduo. Os cristãos, em todos os tempos na história, têm sido influenciados pela música. Neste tempo não é diferente. A música de hoje deve sair do coração e falar ao coração. Ela deve ser uma música sentida e não desprovida de sentimentos. Lutero se referiu à música como um dom de Deus que, frequentemente, o despertava e movia a alegria da pregação e ocupava, depois da Teologia, o lugar mais elevado e de maior honra. Ele disse ainda: “Meu coração palpita e se emociona em resposta à música, que tem me refrescado e libertado de pragas malignas”. Será que hinos de antes ou Cartas dos leitores [email protected] As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ). os atuais têm falado aos nossos corações? (“Mais perto quero estar”; “Eu te louvarei, te glorificarei...”). A música tem sido objetiva ou subjetiva? O que podemos aprender com elas, quais os benefícios da música para nós, os crentes da atualidade? Será que ela está associada a gostos humanos ou ao agrado e à vontade divina? A forma pela qual usamos a música, como um meio de adoração a Deus, deve estar ligada ao verdadeiro foco da nossa adoração, e não limitada à nossa apreciação musical. Ela não deve ser vista como um motivo para separação, intrigas ou para conflitos de gerações no meio da Igreja. A música tem e sempre terá um papel fundamental no meio cristão. Ela é uma arma poderosa, quando bem usada e, aliada à Palavra, torna-se infalível contra o inimigo. A adoração, quanto à sua forma e qualidade para este tempo, é uma adoração que usa de recursos avançados para o engrandecimento do Reino de Deus e, sobretudo, é uma adoração discernida pela fé, espiritualmente. Devemos usar todos os recursos disponíveis e adequados para o louvor a Deus com qualidade e responsabilidade. Mas, qualquer recurso tornar-se-á em vão se não conseguirmos ter equilíbrio em nossa vida pessoal e interpessoal, ou seja, um equilíbrio de forma coletiva. Deus se revela a cada um de forma individual, assim como a todo o seu povo de Agora também sou assinante de O Jornal Batista forma coletiva. Então, quando estamos como Igreja de Deus, Corpo de Cristo reunido, precisamos de equilíbrio e comunhão com os demais membros do corpo, respeitando as diferenças, desigualdades essas que nos unem, suportando-nos uns aos outros. Deus é imutável. Ele é o Deus de ontem, hoje e eternamente. Assim como são as verdades da Sua Palavra. Estamos na história e na construção da história como estrutura de uma pirâmide que serve de base para estruturas vindouras. Devemos também dar continuidade de forma mais responsável, regar tudo o que foi bem plantado antes de nós; para que haja crescimento e fortalecimento, assim como Jesus fez com as leis, não as extinguindo, mas dando-lhes sentido por meio de Sua interpretação. Não somos vitrines para consumo intelectual, mas devemos mostrar nesse tempo, a um mundo com ou sem fronteiras, a mensagem da cruz anunciando a todos os povos que Jesus Cristo venceu a morte na cruz do Calvário, sendo ele o único meio pelo qual podemos encontrar, verdadeiramente, um sentido para a adoração, dando-nos acesso a Deus para que em tempo e fora de tempo O adoremos em espírito e em verdade. Ery Herdy Zanardi, presidente da Associação dos Músicos Batistas do Brasil (AMBB) nosso país e o mundo estão precisando de publicações edificantes e que fazem a gente refletir, como as de Olá, irmãos de O Jornal OJB. Um abraço fraterno a Batista! Conheci esse Jornal toda a equipe. Que Deus os na Primeira Igreja Batista abençoe! em Florianópolis - SC, a PIB Floripa, e apreciei por deGiovana Pegorer, mais a qualidade dos artigos; engenheira, membro da inclusive, já solicitei a assiPrimeira Igreja Batista em natura anual do mesmo. O Florianópolis – SC o jornal batista – domingo, 27/11/16 reflexão 3 bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES O músico e a música P ela música apresentada é possível definir o caráter espiritual do músico, sua identificação e compromisso com Cristo. A música revela se o cantor, instrumentista e dirigente do culto levam a sério o significado da verdadeira adoração. Sua sensibilidade espiritual sobressai no modo como se apresenta perante Deus. É possível medir se ocorreu preocupação com a edificação dos ouvintes. A reação do ouvinte pode ser mensurada, caso na segunda-feira ocorra a lembrança do que se cantou no domingo. Como na maioria dos casos, aconteceu ausência de poesia (letra), ape- nas repetição cansativa de um refrão sem nexo, então conclui-se que nenhum objetivo foi alcançado. Apenas perda de tempo, ausência de edificação, compensação passageira e efêmera para o músico e ouvintes. Alguns músicos preguiçosos não se dão ao trabalho de ensaiar com antecedência. Afinar o instrumento, nem pensar. Tentam improvisar ao fazê-lo no momento da apresentação, o que irrita quem está no auditório. Tal atitude confirma o descaso com o culto e os participantes do mesmo. Os que usam playback, nunca sabem em que faixa está a música. Simplesmente baixaram da internet e não se preocuparam em anotar a faixa. Fazem do controlador de som um coitado que não sabe adivinhar onde está a música desejada, “é a dez! Não, a sete! Esta não, a dois!”. O auditório ri das peripécias e das palhaçadas do cantor. Irresponsáveis, entregam ao técnico de som o CD com a seguinte mensagem: “Vire-se e descubra o que vou cantar”. Como a maioria dos CDs é pirata, o leitor ótico se recusa a reconhecer que bicho foi colocado em suas entranhas. A maioria das músicas apresentadas são baixadas da internet sem o mínimo de crítica. A complicação aumenta. Não há preocupação em descobrir se o autor é ou não cristão convicto. Os instrumentistas ou bandas que fazem o acompanhamento são convertidos, ou tocadores de forró? Mesmo que a letra contenha heresias crassas e assassine a gramática, tudo é válido, pois foi baixado da deusa internet. Não há bom senso. Tampouco respeito ao culto que prestamos a Deus. O descaso com o sagrado chega a irritar. É um tal de beijar a face do Mestre, sentar no colo de “Deus”, acariciar a barba de Jesus, beijar a face de Maria, enxugar as lágrimas de Madalena, descer e subir Zaqueu da árvore, e assim de aberração em aberração o “culto” se processa para prazer do inimigo. Está difícil cultuar a Deus em alguns cultos. Ouvir determinadas “músicas” e acompanhar a enfadonha repetição, cansativa ao máximo, de certas “canções” requer paciência redobrada. O estilo da música, o conteúdo das letras, tanto servem para exaltar o namorado, declarar amor à mulher amada, exaltar a montanha, como embalar os salvos anestesiados e indiferentes ao verdadeiro louvor. Esquecem os músicos que todo o culto é louvor e adoração. Grupo de “louvor” é idiossincrasia que precisa ser banido das Igrejas comprometidas com Cristo. sical superior, e nos deixou. Nesses dois anos, tive uma formação de como deve ser esse ministério. O coro, e os demais coros graduados sob a regência de sua equipe, eram pastoreados pelo irmão Isidoro. Além da música, ele fazia visitas aos enfraquecidos, aconselhava, planejava, incentivava iniciativas de caráter evangelístico, enfim, facilitava em muito a tarefa do pastor titular. Outra qualidade de nosso irmão Isidoro Lessa de Paula eram seus arranjos ao piano, tanto que, é hoje professor titular de piano, em uma famosa universidade americana. Já não está mais como ministro de Música. Hoje, é com admiração que vejo um ministro muito semelhante a ele, na capacidade, e na humildade. Trata-se do titular da Teológica de São Paulo, nessa área. Oxalá tenhamos muitos e muitos ministros de Música, desenvolvendo essa diaconia celestial aqui na terra, para aliviar as gra- ves dores que os problemas do mundo atual tem provocado sobre os habitantes do planeta e sobre nossas Igrejas. A música, no Velho Testamento, foi alívio para as dores do povo de Deus, tanto que os Salmos eram músicas entoadas nos cultos no templo. E como ainda hoje nos confortam! Neste dia, dia do Ministro de Música Batista, não somente agradeçamos, mas, diariamente nos lembremos de orar por eles. Música celestial na terra anterior, irmão Vitório EnaManoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB chev, convidamos o irmão Isidoro Lessa de Paula, a fim quarto domingo de tê-lo também como prode novembro é fessor da Teológica de São o Dia do Minis- Paulo. Que eu me lembre, t r o d e M ú s i c a irmão Isidoro foi o primeiBatista. O que acontece no ro ministro consagrado a Ministério de Música em esse ministério no Brasil. nossas Igrejas daria uma Naqueles dias, muito se infinidade de artigos. Volta debatia se era, tal cargo, e meia lemos belas matérias passível de um cerimonial publicadas no Jornal Batista de consagração. Depois de dois anos, irpelos nossos especialistas. Com a visão de trazer para mão Isidoro recebeu convite a Igreja Batista Ebenézer de uma Igreja nos EUA, um substituto à altura do onde teve sua formação mu- O 4 o jornal batista – domingo, 27/11/16 reflexão Teologia e Música a GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE Serviço do Reino de Deus OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia Uma agulha missionária Levir Perea Merlo, pastor, colaborador de OJB “A Palavra de Cristo habite em vocês abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração.” (Cl 3.16) N o mês dedicado à Teologia e a Música cristã (novembro), entendamos um pouco mais a importância desses dois ministérios na obra do Reino de Deus. Quando pensamos em teologia, pensamos em estudos bíblicos sistematizados e devidamente contextualizados apontando para uma só direção, Cristo Jesus. Como bem dizia Barth: “Não se pode pensar teologicamente, senão tendo diante dos olhos a figura viva de Cristo. A Cristologia deve ocupar todo o espaço na Teologia”. Literalmente, a teologia é o estudo de Deus, mas quem pode estudar Deus? Então, é melhor dizer que teologia é a análise e a declaração cuidadosa e sistemática da doutrina cristã. Portanto, teologia é doutrina, ou ensino e profundamente necessário para todos os ramos do cristianismo, inclusive para a música cristã. Sabemos que a música como arte, se bem executada exerce um fascínio nas pessoas; a música cristã também pode influenciar positivamente ou não. Por exemplo, usar o texto do Salmo 51.11b na letra de uma música pedindo para o Senhor não retirar o seu Espírito Santo de nossas vidas, é ignorar João 14.16 no Novo Testamento; a letra da música “Sabor de mel”, muito cantada pelo Brasil afora, também é ou- tra aberração, mas, correta se interpretada pela lei do Velho Testamento. Quando me refiro a música, estou me reportando à letra e não necessariamente à melodia, que se não for interpretada dentro de uma teologia saudável pode causar um grande estrago. Felizmente, temos muitas músicas e letras sadias produzidas por homens e mulheres de Deus, no entanto, fica um alerta para todos nós: podemos ter músicas e teologias corretas e saudáveis, ter a melhor doutrina, mas, se não vivermos o que pregamos e o que cantamos e não praticarmos a justiça do Reino de Deus, nada disso tem valor, somos meros artistas (hipócritas). Os recursos da música e da teologia precisam estar a serviço do Reino de Deus. Que o Senhor nos ajude a vivermos dentro da Sua vontade. “E, levantando-se Pedro, foi com eles; e quando chegou o levaram ao quarto alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e roupas que Dorcas fizera quando estava com elas.” (At 9.39) U ma cristã da cidade de Jope havia falecido. Os outros discípulos mandaram uma mensagem ao apóstolo Pedro, pedindo a presença dele no funeral. Quando Pedro chegou, “A sala se encontrava cheia de viúvas que choravam e mostravam umas às outras os casacos e outras roupas que Dorcas tinha feito para elas” (At 9.39). Dorcas foi uma agulha consagrada ao Senhor. As costuras que fez por amor, em ajuda as irmãs necessitadas, davam testemunho dela, mesmo após sua morte. Quando Pedro chegou, as lágrimas e as lamentações preenchiam o ambiente. O apóstolo se ajoelhou, orou e disse duas palavras: “Levante-se, Dorcas.” A resposta foi imediata: Dorcas voltou à vida e ao regozijo da sua obra missionária. A Bíblia não limita o conceito de vocação apenas ao serviço de pastor, ou de ministro de música, ou de ministro de educação. O Senhor estende Seu chamado a todas as profissões. O Senhor não quer detalhes sobre o nosso ofício – o que Ele quer saber é da natureza dos valores espirituais que nos motivam. Ao restringir a vocação divina a apenas algumas atividades eclesiásticas, somos culpados de tentar limitar o poder do Espírito. O Senhor escolheu como Seus profetas desde um palaciano chamado Isaías, até um boiadeiro chamado Amós. Se somos sensíveis às orientações do Senhor, nosso lugar de profissão se transforma em campo missionário. Que o digam as amigas de Dorcas e sua agulha missionária. Credor de uma grande dívida Iomael Sant’Anna, pastor, membro da Primeira Igreja Batista em Mesquita - RJ O culto cristão das Igrejas evangélicas é excelente oportunidade para a música, a boa música, a divina música, cantada ou executada através de instrumentos diversos. Com a boa música louvamos o Deus Trino, anunciamos a sublime mensagem da Palavra, ensinamos a sã doutrina, desafiamos os cristãos à boa ética, enriquecemos e embelezamos o serviço religioso, e muito mais. Não sou músico, mas gosto de boa música, e reconheço um pouco o valor da boa música. Meu saudoso pai regeu coros por, aproximadamente, 60 anos, na Primeira Igreja Batista de Três Rios - RJ, e em outras Igrejas. Aprendi muito com ele, e com outras pessoas. Lembro-me de magnífica aula do pastor Soren. Ele encontrou alunos cantando, deixou de lado a Teologia Sistemática, e nos deu preciosa preleção sobre a importância e necessidade de o pastor conhecer música, ao menos para avaliar e orientar aquela que se canta e toca no culto sob sua direção. Neste Dia do Músico Batista, quando homenageamos aqueles que se dedicam à liderança da música na Igreja, vale recordar o nome de alguém que muito trabalhou para divulgação da boa música coral nas Igrejas evangélicas brasileiras. Refiro-me ao homem de Deus, Arthur Lakschevitz. Lakschevitz nasceu na Letônia em 1901, e veio para o Brasil aos 23 anos de idade. Ao tomar conhecimento da pobreza das Igrejas em termos de música para grupos, começou a traduzir peças europeias, e publicá-las aqui. Assim nasceram os “Coros Sacros”, coletânea de músicas para grupos corais, que chegou até o sétimo volume. Muitos coros Batistas e de outras denominações entoaram peças musicais de “Coros Sacros” e de outras coleções de Arthur Lakschevitz em Igrejas, assembleias diversas ou encontros especiais. Eu, que já tenho esquecido de coisas recentes, lembrando-me de algumas antigas, ponho-me a cantar e a ouvir, saindo das brumas do passado, milhares de vozes entoando “Quando a nova luz raiar”, “Se mais eu pudesse em Jesus confiar”, “Pai celeste”, “Fé esperança e caridade”, e muitos outros hinos compilados e traduzidos por Arthur Lakschevitz. É bom registrar que alguns autores brasileiros contribuíram também para a formação desses hinários. Além de editar músicas, Lakschevitz dirigiu vários coros na cidade de Rio de Janeiro e nas adjacências. Tendo conseguido o grau de doutor em Filosofia, foi professor de ciências, química e música, em escolas da antiga Capital Federal, inclusive no Colégio Batista e Seminário do Sul. Em 1960, por ocasião do 10º Congresso da Aliança Batista, no Rio de Janeiro, e da grande concentração, quando Billy Graham pregou pela primeira vez no Brasil, Lakschevitz regeu um grande coro de centenas de vozes no Maracanã. O nome Lakschevitz permanece em evidência entre nós. Seu filho Arthur Lakschevitz Júnior é engenheiro químico no Rio de Janeiro. Sua filha, Elza, pianista, regente de coros, compositora, fundadora de “Canto em Canto”, e também é regente também da Associação de Canto Coral, um dos melhores coros do Rio; só interrompeu sua dinâmica atividade por causa de uma ingrata enfermidade. Seu neto Eduardo Lakschevitz Xavier de Assunção, filho de Elza, é mestre em Regência Coral, doutor em Música, professor da Unirio, e participante de inúmeras atividades culturais. Não sei se Lakschevitz já foi objeto de alguma dissertação ou tese acadêmica. Se não foi, ele bem merece algumas, porque como escreveu Bill Ichter, em “Hinologia Cristã”, “Temos uma grande dívida para com este dedicado servo de Deus”, que já canta com os anjos nos céus, desde 1980. o jornal batista – domingo, 27/11/16 reflexão 5 Mananciais bíblicos da música Eimaldo Vieira pastor emérito flauta. Podemos conjecturar sobre os temas que inspiraram da Igreja Batista Nova as composições jubalianas, Jerusalém - Cabo Frio - RJ mas é bem provável que em uando dizemos sua mente, quem sabe, tamque a pessoa nas- bém em seus lábios, perfilace com a música, vam as obras da criação. As não falamos algo histórias recebidas por Adão e Eva devem ter sido passadas estranho à Bíblia. Sabemos que a grande maio- aos filhos desde a infância, ria dos humanos não traz o inclusive a Caim e seus filhos, dom de compor ou cantar essa através de alguns séculos e quinta-essência das belas artes. várias gerações. No ministério de Moisés, Nesse sentido, ela é semelhante às demais vocações, onde, ele mesmo compõe um grancomo verdadeira orquestra, de cântico de exaltação ao todos os instrumentos se com- nome do Senhor e seus feipletam, produza um todo tos poderosos, inspirado, sofilarmônico deleitável. Por bretudo, no grande feito da exemplo, quase não consigo travessia do Mar Vermelho, imaginar pregar a Palavra sem que acabava de acontecer. a preparação de bons intérpre- Provavelmente, a música não tes de lindas melodias. Neste fosse a praia do grande líder, artigo, enfatizo as Escrituras mas sua irmã Miriã e outras como fonte de inspiração da mulheres supriram muito bem essa lacuna. música espiritual cristã. Em um salto de 500 anos, Já na oitava geração desde Adão, na linha de Caim, en- chegamos aos dias de Davi, contramos a figura de Jubal, quando os exemplos de inspio pai dos que tocam harpa e ração e louvor são abundantes. Q Os Salmos apresentam as fontes de inspiração do notável harpista e compositor, sendo os motivos messiânicos de especial interesse para nós hoje. O amigo que trai, o traspasse das mãos e pés, o momentâneo abandono do Pai, o vinagre oferecido por água, a rifa da túnica, os ossos preservados, o sepulcro emprestado por um notável, o triunfo e reinado eterno do Senhor, tudo registrado com inegável sobrenatural revelação. No ministério de Jesus Cristo, encontramos o cântico da virgem Maria nas montanhas de Efraim, na casa da prima Isabel. Temos também o coral dos anjos que anunciou o glorioso nascimento de Jesus aos pastores de Belém. O louvor das crianças no templo indignou os adversários e alegrou o coração de Jesus. Na noite da última ceia, o lindo poslúdio foi um hino, por certo regido pelo Senhor, possivelmente o Salmo 118, onde cantaram, “O Senhor é a minha força e o meu cântico. Ele é a minha salvação”. Na Igreja nascente, vemos Paulo e Silas cantando hinos ao Senhor, de dentro da prisão em Filipos, com pés no tronco e algemas nas mãos. Não é preciso saber do tema daquelas músicas para receber inspiração para novos cânticos de salvação e louvor em nossa geração. No Apocalipse, se não temos a melodia, temos a letra do cântico de Moisés e do cântico do Cordeiro, entoados pelos remidos dos velhos e dos novos tempos. Que esse equilíbrio possa predominar entre os compositores dos nossos dias. Há autores musicais modernos, que de modernos só têm o nome, assim como líderes que investem em relicários; falta pouco para restabelecer o sacrifício de animais. Até parece que Cristo morreu em vão e o véu do templo ainda não se rasgou. É grande a força de inspiração da Bíblia na música de todos os tempos. Além de maravilhosos hinos e cânticos espirituais, sem falar nos gregorianos e outros religiosos, não podemos esquecer-nos dos clássicos, passando pelos oratórios e o “Jesus Alegria dos Homens”, cantata de Bach, sempre inspirados nos Evangelhos, e o famoso “Aleluia de Handel”, de “Sonhos de Uma Noite de Verão”, claramente plasmado em Apocalipse 11.15, ao tocar da última trombeta. Os mananciais de inspiração da Bíblia são inesgotáveis. São fontes que jorram incessantemente para o privilegiado labor dos compositores, cantores e cantantes do Senhor, cujos cânticos só eles podem criar, interpretar e cantar. Afinal, mesmo sem receber o sublime dom da lira, todos dedilhamos algum instrumento em louvor àquele cujo Amor e Palavra nos inspiram sempre. semelhança dos pardais, estão sedentas de migalhas. As pessoas precisam do Evangelho, que, quando é ensinado de forma integral e com um olhar humano e sincero, levam as pessoas a saciedade dessa boa notícia de Deus. Os pardais me ensinaram a pregar e ensinar as belas lições do Evangelho e não a perpetuação das cartilhas religiosas. Os pardais acordam e voam à procura do alimento. Eles não se preocupam, não sofrem com a ansiedade que nos rodeia todo dia. Os pardais são cuidados por Deus, e nós também, mas nós ficamos apreensivos se teremos pão e água, se teremos roupas, se teremos calçados. O problema é que entramos na correria contemporânea à procura de mais dinheiro, afinal de contas, mais dinheiro é mais poder de consumo, e as necessidades básicas deixam de ser prioritárias, pois o dinheiro as supre, e o supérfluo e o luxo são foco. Os pardais me ensinam que Deus cuida dos detalhes, inclusive do mantimento, do vestuário. A vida é cuidada e preservada pelo Pai, Dono e Criador da vida. Os pardais me levaram a constatar que tudo depende do Deus Pai, o Sustentador, que Ele vê e sabe de todas as minhas necessidades. Minhas orações não são lembretes ao Senhor do que estou precisando, e sim, uma conversa de filho que deseja receber as orientações do Pai. Os pardais me ensinam a ser menos ansioso e mais confiante. Menos ansioso e mais livre para voar. Menos preocupado e mais atento aos cuidados do Pai amoroso, misericordioso e bondoso. Acabei de ler a passagem que Jesus disse que Deus cuida das nossas necessidades, e Ele ainda pergunta: “Não valei mais do que os pardais?” (Mt 6:26). Acabei de tomar meu café e escrevi esse texto e esqueci de balançar a toalha, acho que meus professores pardais estão a minha espera; vou lá aprender mais um pouco. Cuidando dos pardais Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB J esus nos ensinou que Deus, o Pai, cuida dos pardais. Não me esqueci dessa lição do Evangelho, mas decidi participar do que Deus tem feito no mundo. Decidi “ajudar” Deus a cuidar dos pardais. Toda manhã vou ao quintal, após tomar meu café matinal, abanar a toalha da mesa. Com o balanço da toalha, os farelos dos pães, bolos e biscoitos caem no chão. Logo, como em uma mágica, surgem os pardais. Eles comem as migalhas e me ajudam com a limpeza. Ao olhar os pardais, muitos pensamentos cruzam a minha mente. Penso que Deus cuidaria dos pardais independentemente das minhas migalhas. Isso me levou a pensar na minha missão de vida e na minha vocação, e me reduzi. Deus faz tudo e eu sou apenas instrumento dEle; eu já sabia disso, mas os pardais me lembraram de que nada sou e que o poder de Deus é que salva as pessoas através da minha vida. Os pardais me ensinaram humildade. Os pardais também me levaram a pensar na multidão perdida que espera as Boas Novas do Evangelho. Mas como há muito banquete religioso, não há migalhas do Evangelho, porque ele não está nas religiões. As pessoas, à 6 o jornal batista – domingo, 27/11/16 reflexão A cada manhã Tarcísio Farias Guimarães, pastor da Primeira Igreja Batista em Divinópolis – MG A s Lamentações de Jeremias retratam a grande tristeza de Judá após a invasão da Babilônia, em 586 A.C. A ação impiedosa do invasor arruinou sobremaneira Jerusalém, cidade da qual o profeta disse: “Como está sentada solitária aquela cidade, antes tão populosa! Tornou-se como viúva, a que era grande entre as nações! A que era princesa entre as províncias, tornou-se tributária! Chora amargamente de noite, e as suas lágrimas lhe correm pelas faces; não tem quem a console entre todos os seus amantes; todos os seus amigos se houve aleivo- samente com ela, tornaram-se seus inimigos” (Lm 1.1-2). O profeta refutou as queixas que se avolumavam contra Deus em um contexto de destruição e medo, e relembrou os seus ouvintes da justiça divina e dos pecados cometidos por eles: “Jerusalém gravemente pecou, por isso se fez errante; todos os que a honravam, a desprezaram, porque viram a sua nudez; ela também suspira e volta para trás” (Lm 1.8). A ira de Deus, que é uma justa e santa reprovação ao pecado, não foi anunciada pelos falsos profetas, acerca dos quais falou Jeremias: “Os teus profetas viram para ti vaidade e loucura, e não manifestaram a tua maldade, para impedirem o teu cativeiro; mas viram para ti cargas vãs e motivos de expulsão” (Lm 2.14). Ainda assim, segundo Jeremias, o castigo permitido por Deus seria passageiro como a noite. Uma nova manhã nasceria para Jerusalém. No capítulo 3, versículo 21, encontra-se o ponto fulcral do livro das Lamentações. As misericórdias do Senhor sobre Jerusalém no passado tornaram-se a fundamentação das expectativas de Jeremias naqueles dias. Deus não havia mudado e não se tornara infiel à aliança feita com Abraão, Isaque e Jacó. Apesar da infidelidade do seu povo, Deus excedera em misericórdia no relacionamento com seus filhos. Ele é o Deus que, a cada manhã, enviava o maná ao seu povo no deserto, mesmo quando a incredulidade e a rebeldia acompanhavam esse povo. Esse Deus de ontem é o Deus de hoje, e assim Ele será eternamente misericordioso. A benignidade, ou misericórdia do Senhor, mencionada em Lamentações 3.22, são duas possíveis traduções da palavra hebraica hesed. Essa palavra pode ser traduzida também como “amor que não se acaba”, visto que está amparado na aliança firmada entre Deus e seu povo. Por conhecer a grande fidelidade do Senhor, Jeremias falou de misericórdias que renovam-se a cada manhã. Deus é Aquele “Que guarda a beneficência (hesed) em milhares” (Êxodo 34.7). Semelhantemente, o salmista declarou: “Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida” (Sl 23.6). A cada manhã, Deus nos dá a oportunidade de recomeçar. Porque as suas misericórdias não têm fim. A cada manhã o casamento desgastado pode ser revigorado pelo amor que une os cônjuges. As enfermidades do corpo e da alma podem ser remediadas a cada nova manhã. As dificuldades financeiras podem ser enfrentadas com ânimo renovado a cada manhã. O Espírito Santo nos capacita a buscarmos renovação espiritual a cada nova manhã do nosso viver. Graças a Deus, cada noite é sucedida por uma manhã, lembrando-nos, a partir da ordem estabelecida por Deus na criação, que sempre temos oportunidade de experimentar novidade de vida. Ainda que o sol não brilhe hoje com a intensidade esperada por você, e mesmo que a sua noite pareça não ter fim, saiba que a manhã sempre vem! Jogue o seu odre velho fora Juvenal Mariano de Oliveira Netto, membro da Primeira Igreja Batista em São Pedro da Aldeia - RJ U m grande psiquiatra, escritor e conferencista chamado Augusto Cury, mundialmente reconhecido, principalmente pelo desenvolvimento da teoria da chamada Inteligência Multifocal, afirma que é impossível apagar os arquivos da nossa mente. Segundo ele, a única forma de neutralizar aquelas lembranças que trazem algum tipo de prejuízo para a vida do homem seria sobrepujá-los ou reescrevê-los com arquivos novos que aniquilem por completo a influência daqueles. Jesus conta uma parábola narrada nos evangelhos sinóticos falando sobre o erro de se tentar colocar vinhos no- vos em odres velhos, pois, se rompem os odres e se perde o vinho. O correto seria utilizar vinhos novos em odres novos e ambos se conservam (Mateus 9.17; Marcos 2.22 e Lucas 5.37). A interpretação mais aceita desta parábola pelos estudiosos seria a de um alerta para aqueles que queriam misturar, embaralhar os ensinamentos das leis mosaicas do Velho Testamento, conhecida como “A antiga aliança”, com os ensinamentos de Cristo, chamada de “A nova aliança”. O Antigo e Novo Testamentos se completam, entretanto, não podem ser misturados. Alguns procedimentos descritos no Antigo Testamento já cumpriram o seu propósito. Paulo Adverte a Pedro e outros discípulos por tentarem misturar Judaísmo com Cristianismo (Gálatas 2). A ideia central e motivadora desta parábola de Jesus serve também para outras aplicações nos dias atuais. Pessoas que querem misturar o Evangelho de Cristo com práticas de outras religiões e seitas. Existe hoje, no Brasil, um grande sincretismo religioso e uma das razões foi a influência recebida desde a sua colonização por outros povos, principalmente pelos africanos e portugueses e, mais recente, pelos Estados Unidos. As Igrejas reformadas neste país estão cheias de pessoas oriundas de outras religiões que, apesar de terem recebido um ensino genuíno da Bíblia, teimam em utilizar velhas práticas, ou tentar misturá-las ao novo ensino recebido. Gente que coloca vinho novo em odres velhos o tempo todo. Tornou-se comum vermos cristãos fazer uso de artifícios não pautados na Bíblia e a desculpa é sempre a mesma, colocar como escudo a prática da fé. Segundo as Escrituras, a verdadeira fé é confiar no poder de Deus sem ver absolutamente nada, nenhum objeto, nenhuma frase ou palavra mágica e nenhum ritual (Hebreus 11.13, 8, 27). Outro costume corriqueiro entre cristãos na atualidade é repassar mensagens pelas redes sociais que, apesar de utilizar textos bíblicos em algumas vezes, possuem certo tom de mandinga como, por exemplo: “Repasse esta mensagem para cinco pessoas e serás abençoado”; “Repasse esta mensagem e alguma coisa neste dia vai acontecer”. Meu Deus, quanta ignorância (no sentido de falta de conhecimento)! E o pior, é que, às vezes, essas práticas são adotadas por pessoas que estão há anos na Igreja. Para finalizar, volto à introdução; as suas memórias do passado, antes da conversão, não podem ser apagadas; coisas que você aprendeu desde a meninice por anos afinco e por pessoas importantes. Mas elas podem e devem ser reescritas pela ação do Espírito Santo em ti, trazendo iluminação aos estudos e as meditações na Palavra de Deus, única regra de fé e prática do verdadeiro cristão. Jogue fora os seus odres velhos, representados pelos velhos ensinos, crenças, práticas milenares adotadas por estas seitas, e não tente reaproveitá-los, pois, certamente colocará em risco o vinho novo, simbolizado pela nova vida em Cristo Jesus. (Mateus 22.29; 1.8; 2ª Coríntios 5.17; Filipenses 3. 2-11; Efésios 4.17-24). o jornal batista – domingo, 27/11/16 missões nacionais Por Amor a Missões Jovem que participou de projeto missionário do STBNB agora é Radical Sertanejo em Exu, sertão pernambucano Recreação e Evangelismo para as crianças de Panelas N o mês de outubro, o Núcleo de Missões do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil realizou mais uma viagem do Projeto “Por Amor a Missões”, que leva alunos, ex-alunos e parceiros de Igrejas da região ao campo missionário. Nesta 8ª edição, o Projeto contou com 48 participantes, que viajaram para a Cidade de Panelas, no agreste Pernambucano. Mas foi outra viagem do Projeto, no início de 2016, para Quixabá - PE, que mudou a vida do jovem Danilo Souza, da Primeira Igreja Batista no Coração de Rio Doce, em Olinda - PE. Nesta oportunidade, Danilo pôde evangelizar os sertanejos e Deus falou muito ao seu coração. “Deus falou para que eu me envolvesse ainda mais na obra missionária no sertão, eu não poderia ficar parado e nem calado. O povo sertanejo carece da Palavra de Deus, e existem muitas famílias no sertão que ainda não foram alcançadas pelo Evangelho de Cristo”, afirma Danilo, que hoje participa do Projeto Radical Sertanejo da Junta de Missões Nacionais, na cidade de Exu - PE. Em cinco anos, o “Por Amor a Missões” visitou algumas cidades de Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte. “Estamos cumprindo um de nossos objetivos que é envolver os seminaristas e parceiros de outras Igrejas na obra missionária”, finaliza Miguel Lima, supervisor do Núcleo de Missões do STBNB, ressaltando o objetivo do Projeto desenvolvido pelo Seminário. 7 Escolha certa Casa VIVER é inaugurada no Rio de Janeiro com a participação do cantor Fernandinho A Casa VIVER foi inaugurada no último dia 08 de novembro, em Costa Barros, no Rio de Janeiro, e contou com a participação especial do cantor Fernandinho. A Casa é fruto de uma parceria entre Missões Nacionais e a Primeira Igreja Batista de Costa Barros, que cedeu o espaço onde serão realizadas várias atividades para crianças e adolescentes da região. Uma noite que ficará marcada na história do programa e da comunidade local. De acordo com Anair Bragança, diretora executiva de Missões Nacionais, a Casa realizará atividades significativas e relevantes para as crianças do bairro. “Vamos orientá-las a fazerem escolhas saudáveis, mostrando que há uma opção diferente, que Jesus pode mudar a história de vida delas”, afirma Anair. O pastor Jailton Lopes, pastor da PIB de Costa Barros, também esteve na inauguração. Para ele, é uma honra a parceria de sua Igreja com a JMN. “A expectativa é muito grande em nosso coração em vermos esse lugar contagiado e impactado pelo poder de Deus. Onde as crianças possam ter uma oportunidade de dar uma nova direção para suas vidas e possam experimentar a transformação que Casa VIVER vai auxiliar Crianças e adolescentes no Rio de Janeiro Pastor Jailton, Fernandinho, Anair e os coordenadores do espaço Laís e Raone só Jesus Cristo pode dar”, destaca o pastor. A grande atração musical da noite, o cantor Fernandinho, reafirmou a sua parceria com Missões Nacionais e ressaltou a importância que projetos como este têm na vida dos pequeninos. “É maravilhoso vermos projetos como este sendo estabelecidos. Parabéns a Junta e a todos que participam deste trabalho. Eu sou parceiro de Missões Nacionais e desafio você a contribuir como eu e minha família fazemos. Eu envolvo os meus filhos nessa causa e espero que você possa fazer o mesmo”, conclui o músico, que é parceiro da Cristolândia e ama a obra missionária. Vamos avançar, multiplicando o amor de Deus em um cenário social desafiador. Não será por força, nem por violência, mas sim pelo Espírito Santo. Seja um parceiro desse Projeto! Acesse http://migre. me/vsgwa e saiba como. Termômetro de amor à Missões O pastor Valdir Soares, coordenador e mobilizador de Projetos Indígenas, pregou no culto missionário, na Igreja Batista Jardim Aeroporto, em Macaé - RJ. A Igreja conseguiu ultrapassar o alvo em 140%! Eles criaram um Pastor Valdir Soares termômetro missionário para marcar com termômetro as ofertas recebidas ao longo da cam- missionário panha 2016 de Missões Nacionais. E a sua Igreja, já conseguiu alcançar o alvo? É Tempo de Avançar... Multiplicando o Amor de Deus! 8 o jornal batista – domingo, 27/11/16 notícias do brasil batista Igreja Batista Murundu - RJ descobre relíquias arqueológicas durante obras no templo C omo resultado de constantes pesquisas e busca de dados históricos que envolvem a quase centenária Igreja em Murundu - RJ, ao vasculhar pedaços de madeira das janelas que serão substituídas, o irmão Gabriel Paes no dia 25 de outubro de 2016, um pedaço de madeira de uma das janelas com a assinatura do saudoso irmão Orozimbo Silva. Com este achado, no dia 30/10/2016, Paulinho Paes continuou uma verdadeira garimpagem em outros pedaços de madeira junto com Gabriel, quando foi encontrada mais uma relíquia, desta vez outro pedaço de madeira com assinatura pouco legível “Muleu”, que é o sobrenome de Izidio Paes Muleu, quando em muitos casos encontramos o nome deste saudoso irmão escrito com a grafia “Muleu” e, outras vezes, “Moleu”. Essa descoberta comprova o envolvimento e o empenho de muitos destes saudosos irmãos, que no passado fizeram parte da organização e construção do templo desta Igreja, quando hoje descendentes de irmãos fundadores dão continuidade a esta obra, quando se aproxima a celebração do centenário da Igreja em 2018. O atual pastor, Cláudio Marques de Figueiredo, é casado com a irmã Marilene, que são os pais do irmão Gabriel, sendo ela e seu primo Paulinho Paes, netos do saudoso Izídio Paes Muleu, e que hoje estão na liderança para dar continuidade às obras de reforma, reestruturação do templo e pesquisa da história da Igreja, agora na véspera do centenário. A Igreja tem passado por uma grande reestruturação do templo com troca do telhado, reformas e construção de novas dependências, que estão em ritmo lento devido a escassez de recursos, mas com a Graça de nosso Bondoso Deus, aos poucos temos avançado. Ainda falta muita coisa para conclusão das obras para celebração do centenário; atualmente está em andamento à conclusão da pintura interna, a colocação do novo piso no templo principal e a construção de encostas para dar lugar aos banheiros que atenderá as instalações do templo no piso superior. Tudo isso tem acontecido com a benção de Deus e a ajuda de irmãos e amigos Orozimbo Bíblia com capa preta, borda dourada com 25 páginas ilustrativas relatando o hitórico e fotos da Igreja e as Igrejas descendentes que, mesmo morando em outras cidades, tem suas raízes na Igreja e região e não tem medido esforços para ajudar nas obras que estão sendo realizadas. Centenário da Igreja em 2018 Junto com o andamento das obras, está sendo elaborada toda programação do centenário da Igreja, que acontecerá em setembro de 2018, quando as Igrejas filhas, netas e mãe serão Igreja Batista em Murundu - RJ convidadas a participar ativamente de toda programação. Cada Igreja será responsável pela programação de um dos dias da semana comemorativa. Também estão sendo levantados recursos para impressão da Bíblia do Centenário, conforme ilustração, que será uma Bíblia com a marca do Centenário impressa na capa e mais 25 folhas internas que contarão parte da história da Igreja, seus fundadores, pastores e um pouco da história de cada uma das Igrejas que foram organizadas a partir de nossa Igreja. Os irmãos interessados em participar do planejamento do centenário ou saber como adquirir um exemplar da Bíblia do Centenário poderão entrar em contato com a Igreja através do Facebook ou pelos dados de contato. Conheça um pouco da história da nossa Igreja no Blog: http://igrejabatistamurundu. blogspot.com.br/ CBC realiza treinamento de voluntários para área hospitalar Fonte: Site da Convenção Batista Carioca C om o objetivo de levar capacitação às Igrejas locais, em outubro Missões Rio treinou cerca de 20 voluntários para atuação em ambientes hospitalares. O curso, ministrado por capelães da Convenção Batista Carioca (CBC), é mais um serviço prestado aos Batistas cariocas, sendo um resultado de investimentos por meio do Plano Cooperativo e do Programa de Adoção Missionária. O grupo formado já está apto a realizar visitas em hospitais e levar o Amor de Cristo aos enfermos e seus familiares. Serão mais elos de uma corrente que será formada para alcançar esta parcela da sociedade carioca. Falando em alcance, em setembro a Capelania Hospitalar de Missões Rio registrou 67 conversões a Cristo. Notícia esta que precisa ser celebrada por todos os nossos parceiros. Dentre os convertidos está o pai de um adolescente que já faleceu. Durante um culto fúnebre, realizado no Hemorio, a Voluntários são habilitados para atuar em hospitais mãe deste adolescente, que é evangélica, contou algumas experiências tremendas e disse que seu filho estava com o Senhor. O pai, emocionado, orou com o capelão que realizava o culto e pediu uma Bíblia para que pudesse conhecer o Evangelho. O ministério de Capelania Hospitalar também transformou a visão missionária de Bruna (nome fictício). Ela, que é evangélica, estava angustiada porque um parente, em estado crítico de saúde, ainda não havia tomado uma decisão ao lado de Cristo. Para a glória de Deus este parente foi alcançado por um dos capelães da CBC e, com isso, Bruna reconheceu a importância desse projeto, expressando seu desejo de atuar como voluntária de Capelania Hospitalar. As vitórias destacadas acima foram possíveis porque há pessoas investem em Missões contribuem financeiramente com o sustento de obreiros. o jornal batista – domingo, 27/11/16 notícias do brasil batista 9 Mulheres Cristãs em Ação da PIB em Nova Aurora – RJ comemoram sete anos de reorganização Estevão Júlio, membro da Primeira Igreja Batista em Nova Aurora - RJ O mês de outubro começou com festa na Primeira Igreja Batista em Nova Aurora, em Belford Roxo – RJ. As Mulheres Cristãs em Ação comemoraram sete anos de reorganização, e os dias 01 e 02 de outubro foram marcados por muito louvor, adoração e gratidão a Deus pelo trabalho realizado até aqui. Não há como precisar a data de início da MCA em nossa Igreja, pois, devido as enchentes no bairro, muitos documentos foram perdidos ao longo do tempo. Mas sabemos os nomes das fundadoras do trabalho no local. São elas: Maria Lima, Adélia Santos, Edir Gandra e Raquel Soares. Após um período de inatividade, o trabalho foi retomado em 2009, com apenas nove irmãs: Denise Lima de Oliveira, Nilta Faria da Silva, Cirlene da Silva Lima, Edna da Silva Rodrigues, Sonia Maria Laporte, Mônica Lapa, Aliomar Roza, Nelcina Lugão e Isabel Cristina dos Santos, que hoje é a presidente da Organização. O tema escolhido para a festividade foi “Mulher, levanta-te e resplandece”, baseado em Isaías 60.1. Elas também escolheram a música “Sai da tenda”, do Ministério de louvor Sai da Tenda, como hino oficial do evento. A programação contou com a participação do Coro Adoração Celeste, formado por membros da UMHBB da Igreja, Mensageiras do Rei, Grupo Novo Alvorecer e o Grupo de Street Dance. No sábado, 01 de outubro, a preletora convidada foi a irmã Aliomar Roza, membro da PIB Nova Aurora e integrante da MCA. Tendo como base a divisa oficial, ela focou na Congresso teve momentos de oração em prol dos desempregados, filhos nas drogas e enfermos expressão “Levanta-te”. “Mesmo desanimados, Deus fala conosco”, disse. Especificamente para as mulheres, disse que é necessário levantar-se como ajudadora e edificadora do lar, em auxílio ao marido. Segundo a preletora, se levantar também requer firmeza de quem pretende tomar uma atitude. Já no domingo, o preletor foi o pastor Ricardo Reis, presidente da PIB em Nova Aurora. Em sua palavra, ele falou sobre Jacó, que havia fugido após roubar a primogenitura do seu irmão Esaú. Coro Mulheres que Louvam é fruto do trabalho da MCA Ele destacou três pontos: Deus atua no céu e na terra. “Deus controla todas as coisas que estão acontecendo na sua vida e na sua família, mesmo que você se sinta em um relento, deitada em uma pedra, o Senhor continua no controle de todas as coisas”. Falou também que Deus é o Deus da família. “Deus tem propósitos ao te colocar na família onde está”. “Deus vai abençoar o marido que você tem através de você.” Para finalizar, disse que muitas pessoas não experimentam o melhor de Deus, pois elas não o conhecem. “Perceba Deus na sua vida. Ele não está longe. É só você percebê-lo e senti-lO.” Hoje, o trabalho conta com 30 associadas e o número de mulheres ativas na Igreja chega a 50. Deus levantou mulheres para liderarem Amigos de Missões, JCA e Mensageiras do Rei. Nesse tempo surgiu também o Coro Mulheres que louvam, que abraça mulheres de todas as idades e foi um incentivo para o trabalho dos Homens Batistas, além dos momentos de oração, visitação e reuniões de estudo. Convenção Batista do Estado do Espírito Santo investe na capacitação de líderes Mateus Ramos, jornalista da Convenção Batista do Espírito Santo A formação de líderes marcou o ano de 2016 da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo. Cerca de 50 líderes iniciaram em fevereiro uma jornada mensal de aprendizagem. Mês a mês um especialista em liderança vinha ao estado do Espírito Santo para ministrar na Escola de Líderes, dentre eles podemos destacar os pastores Jonas Madureira, Luiz Sayão, Carlos Novaes, Gilson Bifano, Eli Fernandes, dentre outros. Entre os participantes do projeto, a repercussão é excelente, como destaca o pastor Devaci Acrízio, aluno da Escola de Líderes: “Ouvir pessoas mais experientes, com tanta bagagem, nos faz ter ideias para podermos implantar e desenvolver liderança dentro da Igreja”. Pastores do interior do estado também participaram, Jonas Madureira, primeiro orador da Escola de Líderes é o caso do pastor Anderson Serra Rocha, ministro na Igreja Batista em Vista da Serra, que destacou: “Com a Escola de Líderes eu aprendi a valorizar a capacitação de liderança e que devemos a cada dia buscar conhecimento a fim de abençoar a Igreja local”. Ao falar sobre o que aprendeu com o projeto, ele cita: “Aprendi sobre vida pessoal, sobre crescimento de Igreja, discipulado e formação de líderes”. A última aula contou com a participação do pastor Josué Campanhã, que em sua fala destacou aspectos importantes da formação de líderes e do discipulado, Pastor Diego Bravim Pastor Benedito e pastor Diego Bravim Repercussão entre os alunos foi excelente apresentando aos alunos ferramentas que otimizam o crescimento da Igreja por meio da liderança. “Foi um tempo muito bom; senti a receptividade do pessoal. Liderança é um tema muito importante de ser conversado entre pastores. Saio com uma impressão muito boa do projeto”. O pastor Josué Campanhã também destaca a importância da interação, perguntas, interesse do grupo por tudo que que era tratado, e disse que sai com a impressão de que tudo que foi dito irá se multiplicar. Sobre a última aula do projeto, o pastor Zildo, ministro da Primeira Igreja Batista de Cachoeiro, destacou: “A principal lição que tiro da aula de hoje diz respeito a importância de realizar aquilo que Jesus ordenou, que é fazer discípulos. E que discipular, formar líderes, é a principal tarefa do pastorado”. Toda essa trajetória de capacitação foi oferecida aos pastores e líderes da denominação Batista, de forma gratuita, pois o principal objetivo era abençoar as Igrejas. Ainda na última aula, a Convenção Batista do Estado do Espírito Santo anunciou que tem planos de implantar novamente o projeto no ano de 2017, a fim de abençoar mais líderes e mais Igrejas. 10 o jornal batista – domingo, 27/11/16 notícias do brasil batista Deus seja louvado pelo Mês da Música Maria de Oliveira Nery, colaboradora de OJB “Louvai ao Senhor. Quão bom é cantar louvores ao nosso Deus, quão agradável e decoroso é o louvor.” (Sl 147.1) A música é uma benção em todos os lugares, principalmente nas Igrejas, de uma maneira geral, e especialmente nas Igrejas evangélicas, onde ocupa um lugar de destaque em louvor ao Deus Eterno. É admirável a dedicação dos ministros de Música ao dirigir os musicistas na formação das orquestras, nos conjuntos jovens, os cantores ao participar dos coros de adultos e de crianças, e a beleza dos quartetos evangélicos em louvor a Deus. E para representar os quartetos evangélicos, o Casal Eliana e Silvio Quarteto Batista Mensagem de Vida é considerado um dos mais antigos, que comemorou o seu Jubileu de Ouro com muita consagração. Atualmente participa do Quarteto, os cantores: Célio Barbosa (1º tenor); Silvio da Hora Alcantara (2 º tenor); Dilne Cezar C Malaquias (barítono) e Elton Silvestre (baixo), todos pertencem a várias Igrejas Batistas. Além deles, também participa do Quarteto Mensagem da Vida, a senhora Eliana da Silva Dias Alcântara, como relações Públicas e técnica de som. Eliana é esposa do cantor Silvio Alcântara, que também é cantor lírico (Coral de Ópera do Teatro Municipal do Rio de Janeiro). Da esquerda para a direita: Dilnei, Elton, Silvio e Célio A todos que participam da música nas Igrejas, que Deus abençoe pela sua dedicação e consagração ao Deus Eterno. “Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor todos os moradores da terra” (Sl 96.1). E o povo de Deus diz Amém! Membro da Igreja Batista é tema de biografia aos 90 anos Herbert Soares, historiador, membro da Primeira Igreja Batista de Muniz Freire - ES A o completar 90 anos de idade e 67 como membro da Igreja Batista, o capixaba Mario Ribeiro Soares, nascido no município de Muniz Freire - ES, teve a sua história eternizada na biografia “90 – A caminhada de Mario Ribeiro Soares”, lançada no dia 13 de agosto, na Primeira Igreja Batista em Muniz Freire. O livro foi escrito pelo historiador Herbert Soares, neto do biografado, e vendido após o Culto de Gratidão pelos 90 anos. O dinheiro arrecadado com a venda foi doado para a PIB de Muniz Freire. Até o início da década de 1920, a família de Mario pertencia a Igreja Católica, quando, em 23 de maio de 1924, seus avós paternos e outros familiares fundaram a Congregação Batista de Muniz Freire, subordinada a Primeira Igreja Batista de Cas- Culto de lançamento do livro na Primeira Igreja Batista em Muniz Freire - ES telo – ES e primeira instituição religiosa não católica a se instalar em Muniz Freire. A partir daí, parte de sua família se tornaria Batista, inclusive Mario, então batizado na Primeira Igreja Batista local, em 07 de agosto de 1949. Na PIB de Muniz Freire, Mario exerceu os cargos de 1º secretário e diretor de Evangelismo. Do seu batismo até os dias de hoje, já pertenceu as Igrejas Batistas de Muniz Freire, Córrego Rico, Itaici, Piaçu, Segunda Igreja Batista de Cachoeiro de Itapemirim, além da Igreja Batista em Anutiba (distrito de Alegre-ES), onde permanece como membro. No cargo de secretário participou da construção do templo da Igreja Batista de Piaçu e ajudou também na construção do novo templo da Igreja Batista em Anutiba, quando ali ocupava o cargo de tesoureiro e fazia parte do quadro de diáconos da Igreja. O prazer em fazer parte do trabalho da Igreja Batista é uma das marcas da sua vida; há 50 anos, é assinante, colecionador e leitor assíduo de O Jornal Batista. Mario Ribeiro Soares Em suma, pode-se afirmar que nestes 90 anos, três fatores acompanharam a trajetória de Mario Ribeiro Soares: a fé cristã, a luta para estudar e trabalhar e a dedicação ao seu lar. Aos 90 anos está com boa saúde, lúcido e ativo. Tem, ainda, a felicidade de contar 5 filhos, 14 netos e 10 bisnetos. o jornal batista – domingo, 27/11/16 missões mundiais 11 Doe Esperança a crianças refugiadas Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais M ais um fim de ano se aproxima e você vê o agravamento de muitos problemas no mundo, vários deles afetam milhares de crianças. E com o Natal chegando, você já se perguntou o que elas poderiam ganhar de presente? Na quinta edição da Campanha Doe Esperança, queremos convidar você a se juntar à JMM na missão em resgate da “geração perdida”, crianças que nasceram na guerra e já sofreram perdas irreparáveis. Ao fazer a doação simbólica de um brinquedo, ofertar ou também enviar uma mensagem você participa do Doe Esperança em 2016. Dos três países que mais acolhem refugiados em seu território, dois estão no Oriente Médio, onde, através da Campanha Doe Esperança, Missões Mundiais quer iniciar o Projeto Tenda de Brincar. Inicialmente, cada Tenda de Brincar receberá, diariamente, cerca de 25 crianças de 04 a 06 anos de idade divididas em dois turnos. Através do Projeto, elas poderão ter um momento de paz em meio à guerra em que vivem e, com isso, também ser apresentadas à verdadeira esperança, que é Jesus. Outro aspecto da Tenda de Brincar é que as atividades desse espaço serão desenvolvidas por missionários-educadores devidamente capacitados ao convívio com pessoas marcadas por feridas emocionais e espirituais. “As brincadeiras preferidas delas são jogar futebol (mais praticado), corrida, lutas, bonecas e carrinhos. Sem falar da bicicleta e do carrinho de mão, mais usados para o trabalho do que para as brincadeiras, mas que nas mãos de crianças se transformam em brinquedos”, diz o missionário Ibrahim Gomes, do Oriente Médio. A maioria das crianças que ele e a esposa, a missionária Amira Gomes, conheceram em um campo de refugiados veio da Síria, país que vive uma guerra civil desde 2011, e muitos desses pequeninos esperam um dia ter uma vida normal. “Uma criança síria me disse que, quando está jogando futebol, esquece que está vivendo em um campo de refugiados”, conta Ibrahim. “Outra menina, com necessidades especiais, me pediu para fazer parte do grupo de futebol. No início, ela não falava nada para ninguém, mas depois de algumas atividades, ela começou a falar sobre a vida dela e das dificul- dades que passa. Temos observado como a prática esportiva fez bem para sua vida mental e social”, relata o missionário. Também atuando no Oriente Médio, a missionária Haná Santiago tem a experiência de levar esperança a pessoas que vivem em campos de refugiados, muitas delas crianças, cuja inocência da infância lhes permite esquecer por alguns momentos onde se encontram. “Criança é criança em todo lugar: as meninas gostam de bonecas; os meninos, de futebol. E eles gostam de verdade. As maiores gostam de pintar os cabelos com hena e amam esmalte”, diz Haná. A missionária conta que muitas das crianças refugiadas com quem conversou dizem não ter sonhos e que tem lutado para mudar essa realidade. “Porém, encontramos algumas que sonham em ser jogadores de futebol e, na maioria das vezes, as meninas querem ser médicas”, destaca. “Nosso papel é amar e ter muita paciência, pois o trabalho não é nosso, mas do Senhor”, precisa a missionária. fazer o que mais gostam e devem fazer na idade delas: brincar. Você pode fazer sua doação a partir de R$ 25,00 no site www.doeesperanca. org.br e www.missoesmundiais.com.br/relacionamento. Também é possível fazer sua doação pelos telefones 21221901/2730-6800 (cidades com DDD 21) e 0800-709-1900 (demais localidades) nos dias úteis das 08h às 19h (horário de Brasília) ou e-mail [email protected]. Também estamos no WhatsApp: (21) 98216-7960. A outra forma de participar do Doe Esperança é enviando para www.doeesperanca.org. br a sua mensagem, que pode ser um vídeo, fotos e até um texto sobre a brincadeira que você mais gostava quando era criança. Essas mensagens serão usadas para estimular a criatividade dos missionários-educadores da Tenda de Brincar no convívio com as crianças. A “geração perdida” precisa ser encontrada e salva pela verdadeira esperança. Por isso, faça parte dessa missão e Doe Esperança neste Natal e no ano inteiro! As crianças refugiadas são alvo do seu amor. Como participar Com a sua doação, será possível equipar a Tenda de Brincar com brinquedos e materiais que permitam as crianças atendidas pelo Doe Esperança Há 20 anos formando vidas em Moçambique Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais A festa de comemoração pelos 20 anos do Projeto Pequenas Sementes, em Moçambique, foi pura emoção. Foi no sábado, 12 de novembro, quando a missionária Noemia Cessito pôde louvar ao Senhor em gratidão pelos 600 alunos que hoje participam dessa escola, que começou com apenas 40 crianças em 1996. “Quantas lágrimas, quantas lutas! Todas transformadas em vitórias. Deus é fiel. Ele nos levanta e nos faz voar como águias, acima de todos e de tudo que venha para impedir a sua obra”, disse a missionária. Noemia conta que muitos meninos e meninas que já passaram pela escola Pequenas Sementes hoje são médicos, professores, advogados. Pessoas que não tinham esperança e que atualmente vivem a realidade de uma vida salva por Cristo. A escola do Projeto Pequenas Sementes oferece educação pré-escolar, alfabetização e ensino fundamental em uma região na cidade do Dondo, onde estudar é considerado um luxo. Inserida em uma localidade muito carente, a escola integra um complexo que também inclui uma creche, um centro de apoio à comunidade e uma casa de nutrição. Programação especial marcou aniversário da escola Pequenas Sementes Noemia Cessito está em Moçambique desde 1984. Ao lado do marido, o pastor Jerônimo Cessito, ela desenvolve projetos de Missões Mundiais para levar esperança a comunidades desprovidas de Noêmia Cessito com crianças no aniversário da escola Pequenas Sementes infraestrutura necessária ao bom desenvolvimento social, econômico e espiritual. Você pode conhecer mais do ministério desta missionária através das cartas enviadas mensalmente por nossos obreiros em www.missoesmundiais.com.br/relacionamento. Você conhecerá novos motivos para ofertar e orar a fim de que mais pessoas sejam alcançadas em Moçambique e no mundo. 12 o jornal batista – domingo, 27/11/16 notícias do brasil batista Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem – PE celebra 50 anos de existência Vânia Coelho Pereira Brito, educadora cristã da Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem - PE N o dia 27 de outubro, a Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem - PE celebrou o seu Jubileu de Ouro. A Igreja deve sua origem ao interesse de um grupo formado por seis pessoas que se reuniam na casa do casal Leiby para realizar cultos, já no ano de 1964. O missionário da IMB, pastor Travis S. Berry, foi quem liderou esta pequena equipe. No ano seguinte, o grupo mudou o local de reuniões para a casa do pastor Zacarias Campelo, contando também com o casal pastor Glen e Audrey Swicegood e a missionária Mary Witt, vindos da Escola de Línguas de Campinas-SP. Eles logo se mobilizaram para adquirir lotes na Rua Maria Carolina, com a visão da formação de uma nova Igreja. Em 27 de outubro de 1966 foi organizada a Igreja com 16 membros fundadores. O nome “Emanuel” foi sugerido pelo pastor José Florêncio Rodrigues, diretor do Colégio Americano Batista e professor de hebraico do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil. Assim, a Igreja contou, desde seus primórdios, com um nome que tem um profundo sentido teológico Emanuel, que significa “Deus conosco”. Desde seu início, duas tendências fortes marcaram a história da Igreja: o ministério Social e o ministério de Evangelização. O ministério Social foi desenvolvido através da implantação de uma creche, em parceria com uma instituição filantrópica alemã, a Kindernothielfe. A creche era um sonho do pastor Harald Schaly, hoje pastor emérito, e atendia às crianças das comunidades carentes que rodeavam a Igreja. Atualmente, o trabalho social é desenvolvido de forma mais ampla, através do Núcleo de Atuação Social Cristã Emanuel (NASCE), Associação de caráter filantrópico, assistencial, recreativo e educacional, mantida pela Igreja. O ministério de Evangelização foi inicialmente desenvolvido através do uso da língua inglesa. O culto em inglês visava ganhar a comunidade de Boa Viagem e os viajantes através do es- Membresia festeja o Jubileu de Ouro da IB Emanuel em Boa Viagem - PE tudo do inglês. Ainda hoje, a Escola Bíblica mantém uma classe de estudo da Bíblia em inglês, que permanece como um atrativo para muitos estrangeiros. Para comemorar a data do Jubileu de Ouro, a Igreja promoveu uma série de conferências com o tema “Infinitamente Mais”, tendo como orador o pastor Edvar Gimenes, que pastoreou a Igreja em dois períodos, somando mais de nove anos de ministério, e que trouxe ricas e desafiadoras mensagens. O hino oficial, com o mesmo tema, foi composto especialmente para essa ocasião pelo músico Leon Neto, que foi ministro de Música da Igreja e compositor, junto com o pastor Josias Bezerra (também ex-pastor da Emanuel), do musical “Jesus Sertanejo”, muito difundido em nosso país na década de 90. Para celebrar com as comunidades do bairro, foi promovido um Dia de Cidadania, em parceria da Fundação Altino Ventura e a secretaria de Saúde do município, além de diversos especialistas voluntários, que ofereceram serviços na área de saúde, como oftalmologia, odontologia, pediatria, ortopedia, neurologia, cardiologia, nutrição, testes rápidos (HIV, Hanseníase), medição de pressão arterial, taxa de glicose, índice de massa corporal (IMC), palestras sobre DST e câncer de mama, bem como outros atendimentos na área social, na confecção de cartão do SUS e em orientação jurídica. Foram disponibilizados, também, corte de cabelo e limpeza de pele, perfazendo um total de 843 atendimentos. Foi promovida, ainda, a realização de um casamento coletivo para dez casais das comunidades carentes da região, com o apoio do 11º Cartório de Ofício de Recife. A Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem tem presença marcante no bairro, mantendo portas abertas todos os dias da semana, oferecendo, através do NASCE, reforço escolar para crianças da rede municipal de ensino, cursos profissionalizantes, aulas de música, computação (inclusive para a terceira idade), corte e costura, balé e jiu-jitsu. Conta com uma equipe de líderes de suas nove áreas ministeriais, que coordenam os trabalhos dos mais de 60 Ministérios da Igreja, com competência e dedicação, tendo à frente o pastor Alberto Cristiano Freitas. Ao celebrar os nossos 50 anos, alegramo-nos por tudo o que o Senhor fez em nós e através de nós, cientes de que há “Infinitamente Mais” por fazer e avançar, confiados de que é o “Seu poder que opera em nós” (Ef 3.20) e na sua promessa de estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos (Mateus 28.20). Emanuel, Deus Conosco! Departamento de Comunicação da CBB participa de Encontro de Mídias e Lojistas da Sony Music Gospel Decom CBB O Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira (Decom CBB) esteve presente no Encontro de Mídias e Lojistas da Sony Music Gospel, realizado na Igreja Lagoinha Niterói - RJ, no dia 10 de novembro de 2016. O evento recebeu mais de 30 artistas do cast da gravadora, cerca de 58 mídias de 16 estados e lojistas de todo o estado do Rio de Janeiro. O evento teve como objetivo promover a integração entre os profissionais que trabalham com música gospel e os artistas. Parte dos cantores da gravadora, além de conversar Artistas do cast da Sony Music Gospel com o Departamento de Comunicação da CBB, carinhosamente posou para a foto com O Jornal Batista, entre eles, Pâmela, Silvia Lippy, Suellen Lima, Raquel Miranda, Mariah Gomes, Mariana Ava, Felipe Valente, Estêvão Queiroga, Gabriel Iglesias, a dupla André e Felipe, Banda Bálsamo, Fábio Sampaio, da Banda Tanlan, e Alexandre Magnani, compositor da música oficial da Campanha de Missões Mundiais 2017. Alguns desses artistas, inclusive, são membros de Igrejas da nossa denominação, já conheciam o trabalho do nosso centenário Jornal e ficaram felizes em ver a obra dos Batistas avançar. A programação começou à tarde; alguns artistas e mídias presentes participaram de palestras e treinamentos com profissionais do mercado digital e plataformas de áudio streaming (transmissão instantânea de dados de áudio e vídeo através de redes), como Spotify e Deezer. A Equipe de Marketing Digital da Sony Music Gospel também deu algumas dicas para a realização de um trabalho eficaz nas redes sociais. À noite, Maurício Soares, diretor A & R da Sony Music Gospel, apresentou os lançamentos para o fim do ano e os projetos para o primeiro trimestre de 2017. Houve também a apresentação de alguns artistas do cast da Sony Music Gospel, como as cantoras Suellen Lima e Gabriela Rocha, os cantores Estêvão Queiroga, Leonardo Gonçal- ves, a dupla André e Felipe, e os grupos DiscoPraise, Brás Adoração e Preto no Branco. Alguns artistas foram premiados durante o evento, como a Banda DiscoPraise, que recebeu do Youtube o prêmio por 100 mil inscritos em seu canal, mesmo prêmio recebido pela cantora Marcela Taís. O grupo Preto no Branco recebeu o quadro de primeiro Disco de Ouro. A cantora Marcela Taís, que é referência entre os jovens, deixou um recado especial para as meninas do Brigadeiro de Morango, projeto da Juventude Batista Brasileira. Confira o vídeo: goo.gl/b8PKyv. E para ver todas as fotos do encontro, acesse: goo.gl/AhS7O5. o jornal batista – domingo, 27/11/16 notícias do brasil batista 13 OBITUÁRIO Betty Antunes de Oliveira (1919-2016) F aleceu no dia 11 de outubro, no Rio de Janeiro, aos 97 anos de idade, a escritora, pesquisadora, organista, pianista, regente e compositora Betty Antunes de Oliveira, viúva do deputado federal Albérico Antunes de Oliveira, filha do pastor Ricardo Pitrowsky e de Eugênia Thomas Pitrowsky. Foi organista e pianista acompanhadora do canto congregacional na Igreja Batista do Engenho de Dentro e na Primeira Igreja Batista, ambas no Rio de Janeiro, e na Igreja Memorial Batista de Brasília. Era formada pela Escola Nacional de Música (atual Escola de Música da UFRJ) em piano e órgão (1936) e Crédito: hinologia.org em composição e regência (1966). Em 1950, nas comemorações do trabalho Batista no Amazonas, regeu um coro de membros de várias Igrejas para cantar o “Aleluia”, de Haendel, no Teatro “Amazonas”, em Manaus. Em 02 de julho de 1967 tocou no órgão “Hammond” da PIBRJ o “Offertoire”, de Théodore Dubois. Em 1969 foi convidada especialmente para participar, em 15 de junho, do programa de inauguração do segundo órgão eletrônico da PIBRJ, quando executou a “Pièce Heroique”, de César Franck, dando ao trecho final uma interpretação majestosa. Foi organista da Associação de Canto Coral do Rio de Janeiro e da Orquestra Sinfônica Brasileira. Em 14 de março de 1980 inaugurou o órgão da Faculdade Teológica Batista de Brasília, no auditório da Sociedade Cultural Evangélica de Brasília. Em dezembro de 1982 e de 1983 participou dos concertos de órgão na PIBRJ por ocasião do Natal. Compôs o oratório “Paulo” e adaptou o “Te Deum”, de Anton Bruckner. Consta que colaborou na revisão da tradução do Hino “Descansando no poder de Deus” (CC-314; HCC-330). Também escreveu a biografia de seu pai, o hinógrafo Batista Ricardo Pitrowsky (1891-1965). 14 o jornal batista – domingo, 27/11/16 ponto de vista o jornal batista – domingo, 27/11/16 15 Experiência Missionária Vera Lucia Lemes Em primeiro lugar, gostaria de cumprimentar a todos com a Paz do Senhor. Queridos irmãos, se eu tivesse a oportunidade de falar apenas uma coisa depois da viagem missionária, eu diria: Faça uma você também, pois somente assim saberá o quão gratificante é poder compartilhar algo indescritível, mas faça, não importa aonde! Para mim, todos os cristãos deveriam ter uma experiência missionária. Fazer uma viagem dessas é algo que, às vezes, não conseguimos explicar, o sentimento,é muito mais que conhecer lugares novos e diferentes apenas a passeio, somente por diversão. Fazer uma viagem missionária é conhecer de perto o trabalho realizado por um missionário da nossa Igreja. É ver com os próprios olhos onde está sendo aplicada a sua Oferta Missionária de Fé. É conhecer as dificuldades que uma Igreja Cristã enfrenta em um lugar diferente do seu. É participar de um culto com irmãos diferentes, com costumes diferentes, mas com o mesmo amor pelo mesmo Deus. É cantar, louvar, adorar e orar ao mesmo Deus, mesmo em uma Igreja diferente e a muitos quilômetros de distância da sua Igreja de costume, mas ouvindo a mesma mensagem de Amor de Jesus Cristo. Fazer uma viagem missionária é esquecer os nossos problemas locais e ampliar a visão como cristão. Faz-nos quebrar barreiras, compreender o Ide, valorizar muitas coisas que, às vezes, não damos importância. Desenvolvemos mais amor pelo próximo e pelos membros daquela Igreja. Compreendemos as dificuldades e celebramos junto as vitórias. Você sente, inclusive, a vontade de ficar neste lugar e fazer parte daquela Igreja, daquela família. Hoje eu sei que posso dizer o quanto admiro o trabalho dos missionários, pois hoje sei, pelo menos um pouco, das dificuldades que eles enfrentam. Antes eu não fazia ideia dessa realidade, não me atingia, não fazia questão de parar e pensar no trabalho deles. Apenas os admirava pelo fato de “serem corajosos” por largarem tudo e atenderem ao chamado de Deus. Hoje eu sei que tudo que vivi nas viagens que participei não é simplesmente uma realidade diferente da minha. Ao acompanhar de perto e fazer parte do trabalho, eu posso compreender o que eles vivem. Hoje eu sonho junto com aquela Igreja, pois vivi alguns dias com aqueles irmãos. Hoje eu entendo o valor de uma oração dirigida a alguém ou a algum lugar. Hoje eu conheço aquelas pessoas pelo nome, conheço de perto aquela realidade. Somos muito acostumados com nossa Igreja, nossos irmãos, lugar onde nos sentimos confortáveis. Chegamos ao ponto que celebramos alguns batismos e achamos, simplesmente, legal. Às vezes nem ouvimos os testemunhos e batemos palmas mecanicamente após a pessoa passar pelas águas. Como isso deve magoar o coração de Deus! Quando presenciamos, com os próprios olhos, a dificuldade em trazer uma única pessoa para Cristo, ou uma única família, por exemplo, passamos a valorizar de forma incrível cada pessoa que se batiza. E nós, cristãos acomodados, precisamos disso, dessa paixão por vidas, dessa festa por cada um que aceita a Jesus. Depois de viver essas dificuldades de participar de evangelização, depois de conhecer trabalhos evangelísticos nas ruas, de orar por aquelas pessoas, de conhecer as dificuldades de alguns por conta da cultura, de conhecer ministérios diferentes, de oferecer amor a quem eu não conhecia, Deus despertou em meu coração o amor por missões. Não que eu agora queira ser uma missionária também, mas no sentido de amar os nossos missionários, apoiá-los, orar por cada um. As Igrejas são pequenas, mas muito aconchegantes. As pessoas são tão amorosas que chegam a se tornar uma família para mim. Aprendi grandes lições de vida com cada um que conheci, voltei para minha cidade com outra visão de missões, com mais consciência e mais conhecimento do trabalho missionário. Voltei com muito mais amor pelos missionários. Voltei repetindo para mim mesma: “Que bom seria se todos os cristãos tivessem a oportunidade de ter uma experiência missionária. A nossa Igreja seria bem diferente! Daríamos muito mais valor a cada detalhe da obra de Deus”. Quando temos a oportunidade de passar por experiência como essas, passamos a entender de verdade muitas coisas e damos valor a muitas coisas também, passamos a olhar a vida e as pessoas com outros olhos. E o que posso dizer de tudo isso é: Lance um objetivo de realizar um trabalho missionário em qualquer lugar que seja, ajude e ame um pouco mais o seu próximo. Que Deus abençoe a todos!