Boletim técnico 47: De onde vem todo o metal?

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De onDe Vem
Especialista na monitorização do estado de máquinas
ToDo o meTAl?
Torre Industries
47
Parte de
EDIÇÃO
Por John S. Evans, B. Sc.
enquadram-se nas diversas categorias, tais como
o cobre que é um metal de desgaste, o cálcio que
forma parte de um aditivo de óleo ou o silício que
é um componente da sujidade (contaminante).
Note que alguns elementos podem pertencer a
mais de uma categoria.
Especialista na monitorização do estado de máquinas
John Evans, gerente de diagnóstico da WearCheck
A análise do óleo envolve a extração de uma
pequena amostra representativa de óleo de uma
peça de maquinaria lubrificada e a realização de
uma gama completa de testes químicos e físicos
em laboratório.
Os dados são então interpretados para a
elaboração de um relatório. Existem três áreas
fundamentais de interesse num relatório de análise
de óleo: a saúde da máquina que é amostrada, a
saúde do óleo lubrificante da máquina e os níveis
de contaminação.
Um espetrómetro ICP
Dos múltiplos testes que é possível realizar a
uma amostra de óleo, talvez o mais conhecido
seja a análise de espetrometria. Muitas vezes é
referido na indústria pela sigla, SOAP, que significa
Programa de Análise Espetrográfica. Existem
vários instrumentos que podem realizar este
teste, mas o mais comum em grandes laboratórios
é denominado plasma de acoplamento induzido
ou ICP. A Wearcheck opera quatro desses
instrumentos.
A amostra de óleo é misturada com um
solvente adequado e introduzida no plasma
do espetrómetro. O plasma é gerado por uma
poderosa descarga de frequência de rádio e podem
ser alcançadas temperaturas muito elevadas, até
10 000 °C, tão quente como a superfície do sol.
Quando os diferentes elementos são submetidos
a temperaturas tão elevadas emitem luz de
diferentes frequências. A maior parte dessa luz é
a parte ultravioleta do espetro eletromagnético,
portanto, não seria visível para o olho humano,
mas o ICP tem detetores que podem ver essas
frequências. A intensidade de cada frequência é
proporcional à concentração de cada elemento
no óleo.
O objetivo do teste é medir a concentração de
metais de desgaste (saúde da máquina), aditivos
de óleo (saúde do óleo) e contaminantes. Os
parâmetros são determinados pelas concentrações
dos vários elementos da tabela periódica. A
Wearcheck mede 29 destes elementos e estes
Para poder interpretar um relatório de análise
de óleo com precisão é vital saber de onde vêm
os vários elementos e a qual das três categorias
pertencem. Este boletim técnico irá analisar quais
os elementos que pertencem a quais categorias e
quais são as fontes mais comuns de elementos.
A WearCheck Africa é uma empresa certificada ISO 9001, ISO 14001 e ISO 17025
Boletim
Técnico
Infravermelho
Ferro (Fe)
Solvente
Amostra
de óleo
H
Aerossol
amostra e gás
de apoio de
argónio
Tubo de
quartzo
concêntrico
Azul
Laranja
Índigo
Amarelo
Violeta
Verde
Cobre (Cu)
H
Vermelho
Silício (Si)
Fluxo de
líquido de
arrefecimento
tangencial de
argónio
Cálcio (Ca)
Fósforo (P)
Plasma
10 000 °C
Ultra violeta
Detetor
Imagem 1: Como funciona o espetrómetro
De longe, a maior categoria é a de metais de desgaste, dos quais
o ferro é o elemento de desgaste mais comum.
arruelas de batente, chumaceira lisa e buchas também podem
ser feitas deste metal.
Ferro – Símbolo químico Fe
O alumínio também pode ser um contaminante. É um
componente aditivo de algumas massas lubrificantes e se a
massa lubrificante é transferida para um componente lubrificado
a óleo, então, pode estar presente alumínio. A comum sujidade
(poeira e brita) é altamente abrasiva e pode ser muito perigosa
para qualquer peça de maquinaria lubrificada. Tradicionalmente
deteta-se a sujidade através da presença de silício. No entanto,
a maioria da sujidade é uma mistura de óxidos de silício e de
alumínio, assim, se ocorrer entrada de sujidade então geralmente
o alumínio acompanha o silício - normalmente numa proporção
de AI: SI entre 1:2 até 1:5.
A maioria dos símbolos químicos fazem sentido, porque vem
do nome latino do elemento, neste caso Ferrum. Nos motores,
os revestimentos do cilindro e a cambota são os principais
componentes com mais desgaste, juntamente com a engrenagem
de distribuição, eixos e válvulas. Em caixas de velocidades e
componentes de tração, o ferro é o principal constituinte das
engrenagens, eixos e rolamentos anti-fricção (elemento de
rolamento).
Finalmente, o ferro também pode ser um contaminante. Quando
o ferro reage com a água (que contém oxigénio) e o oxigénio
atmosférico, pode formar-se ferrugem, o que pode indicar a
contaminação ou degradação do componente. Pode formar-se
ferrugem, que contém ferro, nos sistemas de arrefecimento. Se
ocorrer uma fuga do líquido de arrefecimento interno na qual
o líquido de arrefecimento entra em contacto com o óleo de
lubrificação, então, o líquido de arrefecimento pode evaporarse à temperatura e pressão de funcionamento, deixando aditivos
de arrefecimento e contaminantes no óleo. Isto será abordado
mais detalhadamente em sódio.
Crómio – Símbolo químico Cr
Nos motores, normalmente os anéis são feitos de crómio ou são
revestidos com esse metal. Em raras ocasiões, os revestimentos
podem ser cromados e os anéis são feitos de ferro fundido. Os
eixos, engrenagens e rolamentos anti-fricção podem conter
pequenas quantidades de crómio enquanto metal de liga com
ferro para formar certos aços, podendo estar presente na
maioria dos tipos de componentes. O crómio pode também ser
usado como um revestimento de endurecimento da superfície
em engrenagens. O crómio também pode ser um contaminante.
Em áreas onde o metal é minerado pode aparecer no óleo como
indicação de entrada de sujidade. Note que a sujidade nem
sempre consiste em silício (e alumínio).
Alumínio – Símbolo químico AI
A fonte mais comum de alumínio em motores é o pistão. Quase
sem exceção, todos os êmbolos são feitos de alumínio ou de
uma das suas ligas. Em transmissões, os conversores de binário
são fabricados em alumínio. O corpo das bombas hidráulicas e
os corpos em geral são geralmente fabricados em alumínio. As
Finalmente, o crómio pode por vezes ser uma indicação de
uma fuga do líquido de arrefecimento interno. Certos tipos de
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Técnico
condicionadores do líquido de arrefecimento contêm cromato
de sódio e, novamente, se a água do sistema de arrefecimento
vazar para o óleo, então, esta pode evaporar deixando o crómio
e o sódio no óleo. Isto ocorre geralmente em aplicações
eletromotoras a diesel.
utilizado na construção de pistões para reduzir o seu coeficiente
de expansão. O silício pode ter muitas fontes e pode encaixar
em três categorias.
Níquel – Símbolo químico Ni
O níquel é mais frequentemente visto como uma liga de
rolamentos anti-fricção (e às vezes engrenagens) juntamente
com ferro. As válvulas e guias de válvula podem conter níquel
e alguns componentes de turbinas também podem conter este
metal. Os revestimentos, tal como o crómio, podem conter
níquel.
Ferro, alumínio e crómio podem ser frequentemente vistos
juntos em amostras de óleo do motor pois compõem a
metalurgia dos revestimentos, pistões e anéis. Normalmente
estão associados com silício elevado pois a entrada de sujidade
através do sistema de admissão de ar pode causar o desgaste
anormal dos componentes.
O níquel é também um componente da maior parte dos óleos
pesados e médios para fornos apresentando-se no óleo como um
subproduto da combustão tornando-o num contaminante, além
de um metal desgaste. Isto ocorre geralmente em aplicações de
motores marítimos.
Pistão
(alumínio)
Revestimento
Vanádio – Símbolo químico V
(ferro)
O vanádio não é visto frequentemente mas pode ser um metal
de desgaste das lâminas da turbina e das válvulas. Também pode
estar presente como subproduto de combustão exatamente
como o níquel.
Película
de óleo
Anel
Titânio – Símbolo químico Ti
(crómio)
Este metal aparece como um elemento de desgaste em
componentes de turbinas, molas e válvulas. Também pode estar
presente se forem utilizados componentes de cerâmica. O titânio,
tal como o crómio, pode estar presente como contaminante,
onde ocorreu entrada de sujidade, particularmente quando
exista minério de titânio no ambiente; isso é bastante comum
em aplicações de mineração de areia mineral (dunas).
Imagem 2: Desgaste do pistão, anel e revestimento
Silício – Símbolo químico Si
Apesar do silício ser geralmente visto como uma indicação de
entrada de sujidade pode ter muitas fontes diferentes. O silício é
parte de um produto químico adicionado aos óleos para impedir
a formação de espuma, sendo um aditivo. Está geralmente
presente numa concentração de 5 a 10 ppm, por isso não se
surpreenda ao ver o silício em amostras de óleo de motores
novos. Não entre em pânico, não se deve à entrada de sujidade.
Cobalto – Símbolo químico Co
O cobalto quase nunca está presente, mas se estiver, então,
normalmente a sua origem são os componentes de turbinas ou
como parte de uma liga de ferro dos rolamentos anti-fricção.
Molibdénio – Símbolo químico Mo
O silício é encontrado em produtos químicos usados em
condicionadores de líquido de arrefecimento podendo ser um
contaminante, se houver uma fuga do líquido de arrefecimento
interno, juntamente com o sódio. As massas lubrificantes contêm
silício (particularmente as massas lubrificantes de bentonite)
e os compostos de montagem muitas vezes contêm produtos
químicos à base de silício, que facilmente lixiviam a óleo. Estes
compostos de montagem podem gerar níveis muito elevados de
silício mas não são uma indicação de um problema.
O molibdénio é mais um daqueles metais que podem encaixar
em todas as três categorias elementares. Enquanto metal
de desgaste é mais comum em caixas de engrenagens de
automóveis pois é um componente dos anéis de sincronização.
Alguns motores têm o anel de compressão (topo) revestido com
este metal.
Surge como um aditivo em óleos de motor, como parte do
pacote de antioxidante. O dissulfureto de molibdénio (Mo-Di) é
um aditivo pós-venda que pode ser adicionado aos lubrificantes
durante quase um século. O dissulfureto de molibdénio também
pode ser misturado com óleos de engrenagens que são usados
em aplicações de movimento muito reduzido e carga pesada,
tais como em caixas de velocidades de escavadora de arrasto.
Além de ser um aditivo e um contaminante, o silício também
pode ser um composto de desgaste (que não é estritamente
um metal, de modo que afirmar que é um metal de desgaste
seria quimicamente incorreto). Por vezes o carboneto de silício é
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Boletim
Técnico
Enquanto contaminante pode aparecer em fugas do líquido
de arrefecimento interno como parte do pacote de aditivo do
líquido de arrefecimento. É também um componente da massa
lubrificante e por isso, se as vedações estiverem danificadas
permitindo a transferência de lubrificante, pode surgir no óleo
como contaminação da massa lubrificante.
O cobre pode ser um componente de alguns compostos de
montagem e pode aparecer como contaminante em máquinas
recém montadas. Tal como o manganésio, em circunstâncias
muito raras, o cobre pode surgir como um aditivo.
Estanho – Símbolo químico Sn
O estanho é frequentemente ligado com chumbo para formar
o que é conhecido como metal de Babbitt (metal branco) e é o
principal constituinte do revestimento de chumaceiras lisas. É
normalmente encontrado nas bielas de motores. Alguns pistões
podem estar revestidos com estanho; isso ajuda a conduzir o
calor.
Manganésio – Símbolo químico Mn
Este metal é encontrado como elemento de liga com ferro
em alguns aços e pode estar presente em eixos, válvulas de
engrenagens e rolamentos anti-fricção. É um contaminante
bastante comum em equipamentos que trabalham em minas
de manganésio, onde indica a entrada de sujidade. Alguns
combustíveis de substituição do chumbo contêm manganésio
como aditivo antidetonante, sendo que pode surgir como
subproduto da combustão em óleos de motores a gasolina, que
utilizem estes tipos de combustível. Em casos muito raros o
manganésio existe como aditivo.
A solda também é também uma liga de estanho e chumbo sendo
que qualquer junta soldada pode lixiviar para o óleo, estando
por vezes acompanhado de fugas do líquido de arrefecimento
interno. Não é uma indicação de um problema mas pode estar
presente. O estanho pode ser encontrado tanto como metal de
desgaste e como contaminante e, em ocasiões muito raras, é
um aditivo em alguns lubrificantes especializados retardadores
de fogo.
O seguinte agrupamento de metais de desgaste são todos
elementos de chumaceiras lisas, os mais comuns sendo o cobre,
estanho e chumbo. Podem em raras ocasiões ser encontrados
prata, antimónio e cádmio.
Chumbo – Símbolo químico Pb
Este metal é o outro grande componente do metal de Babbitt
encontrado em chumaceiras lisas (bielas). Também é encontrado
em buchas e em algumas conceções mais antigas do pacote
de embreagem. Os sistemas de travão também podem conter
chumbo. Alguns revestimentos podem conter este metal.
Cobre – Símbolo químico Cu
O cobre tem muitas fontes de metal de desgaste, embora,
também, possa ser um contaminante e, ocasionalmente, um
aditivo. O cobre provém de chumaceiras lisas, buchas, arruelas
de batente, engrenagens gastas, pacotes de embreagem
sinterizados e travões. Tudo o que tenha um componente de
metal “amarelo” irá conter cobre. A liga de cobre e estanho é
denominada bronze, enquanto o cobre e o zinco criam o latão.
As engrenagens de bronze são frequentemente usadas como
engrenagens com parafuso sem-fim em caixas de velocidades
com parafuso sem-fim.
Enquanto contaminante pode lixiviar desde a solda, como
estanho, do sistema de arrefecimento. O chumbo costumava ser
um aditivo comum encontrado na gasolina e terminava no óleo
como subproduto de combustão. Atualmente é raro ver chumbo
como aditivo da gasolina, mas as amostras provenientes de fora
da África do Sul podem apresentar níveis muito elevados de
chumbo. Como regra geral podemos contar um ppm de chumbo
no óleo por cada quilómetro percorrido.
Podem ser lixiviados níveis muito elevados de cobre como
contaminante de arrefecedores e radiadores de óleo. Os
componentes do sistema de arrefecimento são frequentemente
fabricados em cobre e este pode lixiviar diretamente para o
óleo. Isto não implica que o arrefecedor se esteja a dissolver e
não é uma indicação de um problema. No entanto, pode ser um
pouco perturbador ver aparecer de repente várias centenas de
ppm de cobre numa amostra de um relatório de análise de óleo.
O cobre também pode lixiviar para o lado da água do sistema
de arrefecimento e, se esta água entrar no óleo pode evaporar
deixando o cobre atrás, indicando um problema.
O chumbo é encontrado como um agente de pressão extrema
em algumas massas lubrificantes e há muitos anos atrás os
óleos para engrenagens industriais eram baseados em chumbo
com o mesmo aditivo. As preocupações ambientais significam
que estes produtos não são atualmente utilizados. No entanto,
as caixas de velocidades com uma carga de óleo superior a
vinte anos podem mostrar níveis muito elevados de chumbo e
ocasionalmente aparece um tambor do material.
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Boletim
Técnico
Zircónio – Símbolo químico Zr
O zircónio é o último dos elementos cerâmicos, que é
analisado. Tal como acontece com o titânio é um dos principais
constituintes de areias minerais e aparece como sujidade em
máquinas que trabalham nesses ambientes.
Revestimento
de chumbo/
estanho
Lítio – Símbolo químico Li
Cobre
O lítio só é encontrado como contaminante. O metal é um
aditivo muito comum usado como sabão (agente espessante) em
muitas massas lubrificantes. Se aparecer numa amostra de óleo
é uma indicação clara de contaminação por massa lubrificante.
Sódio – Símbolo químico Na
Imagem 3: Metalurgia de rolamentos
Ao longo deste boletim técnico tem havido muitas referências
a fugas do líquido de arrefecimento interno e os elementos
associados. Para recapitular, a água no sistema de arrefecimento
pode vazar para o sistema de lubrificação e contaminar o óleo.
Muitas vezes, às pressões e temperaturas de funcionamento a
água evapora-se.
Prata – Símbolo químico Ag
Algumas chumaceiras lisas em motores locomotivos podem
conter prata. É de vital importância usar um óleo livre de zinco
nestas aplicações, pois o zinco irá atacar a prata e destruir o
rolamento. A prata pode ser encontrada em revestimentos
e pode lixiviar níveis muito elevados da solda à base de prata
utilizada em alguns sistemas de arrefecimento.
A maioria dos sistemas de arrefecimento deve ser tratada com
glicol e um condicionador de líquido de arrefecimento que
irá conter vários produtos químicos que permitem ao líquido
de arrefecimento fazer o seu trabalho e proteger o sistema de
arrefecimento contra danos. São estes produtos químicos que
são deixados no óleo e indicam que está presente água, mas não
é evidente. Os produtos químicos mais comuns contêm sódio,
sendo esta a primeira indicação de uma fuga do líquido de
arrefecimento interno.
Antimónio – Símbolo químico Sb
O antimónio é mais frequentemente observado como agente
de extrema pressão em massa lubrificante, sendo que pode
terminar no óleo enquanto contaminante por massa lubrificante.
Em ocasiões raras também pode formar parte de uma liga com
chumbo e estanho em algumas chumaceiras lisas mais invulgares.
Outros produtos químicos encontrados em condicionadores
de arrefecimento contêm elementos tais como molibdénio,
fósforo, crómio, boro e silício. Os elementos que compõem a
estrutura física do sistema de arrefecimento podem lixiviar para
o óleo (quer do lado da água quer do lado óleo do arrefecedor)
incluindo o cobre, estanho, chumbo e prata.
Cádmio – Símbolo químico Cd
O cádmio é raramente visto, mas poderia ser um constituinte de
chumaceiras lisas e de alguns revestimentos.
Tântalo – Símbolo químico Ta
Pode ser encontrado em materiais cerâmicos mas é muito raro.
O sódio também pode ser encontrado como aditivo em alguns
óleos de motor (muitas vezes substituindo o cálcio ou o
magnésio), mas é muito mais raro do que costumava ser. Algumas
massas lubrificantes contêm sódio como parte do sabão e o
sódio será evidente se o óleo estiver contaminado com água
do mar.
Cério – Símbolo químico Ce
Este é um metal raro e também é encontrada em materiais
cerâmicos e, novamente, é raramente encontrado.
Berílio – Símbolo químico Be
Este é um dos primeiros metais encontrados na tabela periódica
e tal como o cério e o tântalo é um componente encontrado em
materiais cerâmicos. É também muito importante na análise de
óleo do motor de aviões a jato pois o berílio é um elemento de
liga em certas arruelas de batente e pequenas quantidades do
metal podem indicar um problema grave.
Os últimos sete elementos compõem a maior parte dos pacotes
de aditivos do óleo.
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Boletim
Técnico
Magnésio – Símbolo químico Mg
Cálcio – Símbolo químico Ca
O magnésio é usado na formulação de detergentes e inibidores
de corrosão. O metal pode ser usado em revestimentos,
corpos e invólucros e alguns blocos de motor podem conter
magnésio, tornando-o num elemento de desgaste. É também um
componente da água do mar e portanto pode aparecer como
contaminante.
O cálcio é encontrado frequentemente em conjunto com
o magnésio e constitui a parte do detergente e inibidor de
corrosão do pacote de aditivos. Pode ser usado como um sabão
para o fabrico de massas lubrificantes e, tal como o magnésio,
encontra-se na água do mar.
Elemento geral e fontes de contaminação
FERRO (Fe)
Revestimentos de cilindros, cambotas, engrenagens, eixos, válvulas, rolamentos anti-fricção, ferrugem, água do
radiador.
CRÓMIO (Cr)
Revestimentos de cilindros, anéis, eixos, rolamentos anti-fricção, fuga do líquido de arrefecimento interno,
entrada de sujidade, revestimentos.
NÍQUEL (Ni)
Rolamentos anti-fricção, engrenagens, componentes de turbina, válvula e guias de válvula, revestimentos,
contaminante de combustível (combustível de porão).
MOLIBDÉNIO
(Mo)
Anéis de pistão, anéis de sincronização, aditivos de óleo, massas lubrificantes, aditivos sólidos (anti-fricção),
fuga do líquido de arrefecimento interno.
VANÁDIO (V)
Lâminas de turbina, válvulas, contaminante de combustível (combustível de porão).
MANGANÉSIO
(Mn)
Eixos, válvulas, rolamentos anti-fricção, entrada de sujidade.
TITÂNIO (Ti)
Componentes de turbina, molas, válvulas, cerâmica, entrada de sujidade.
ALUMÍNIO (AI)
Pistões, chumaceiras lisas, conversores de binário, arruelas de batente, buchas, invólucros, bombas, massa
lubrificante, entrada de sujidade.
COBRE (Cu)
Chumaceiras lisas, buchas, arruelas de batente, quaisquer componentes fabricados em “ligas de metal amarelo”
(tais como bronze, bronze de fósforo ou latão), engrenagens com parafuso sem-fim, pacotes de embreagem,
travões, sistema de arrefecimento, aditivos de óleo, massas lubrificantes de montagem.
ESTANHO (Sn)
Chumaceiras lisas, revestimento do pistão, solda, sistema de arrefecimento.
CHUMBO (Pb)
Chumaceiras lisas, buchas, pacotes de embreagem, sistema de arrefecimento, solda, aditivos de óleo, aditivos
de gasolina, subprodutos da combustão, massas lubrificantes, revestimentos.
MAGNÉSIO (Mg)
Aditivos de óleo, água do mar, revestimentos, blocos de motor, corpos/invólucros.
CÁLCIO (Ca)
Aditivos de óleo, massas lubrificantes, água do mar.
ZINCO (Zn)
Aditivos de óleo, componentes de latão, sistema de arrefecimento.
FÓSFORO (P)
Aditivos de óleo, componentes de bronze.
ENXOFRE (S)
Aditivos de óleo, componentes à base de óleo.
BÁRIO (Ba)
Aditivos de óleo
BORO (B)
Aditivos de óleo, fuga do líquido de arrefecimento interno.
LÍTIO (Li)
Massa lubrificante
SÓDIO (Na)
Fuga do líquido de arrefecimento interno, aditivos de óleo, massas lubrificantes, entrada de sujidade, água do
mar.
SILÍCIO (Si)
Entrada de sujidade, aditivos de óleo, fuga do líquido de arrefecimento interno, massas lubrificantes, compostos
de montagem, pistões, ligas de silício/alumínio.
6
Boletim
Técnico
Zinco – Símbolo químico Zn
muito pouco enxofre, mas a maioria das bases do grupo I e II
API irão conter cerca de 5000 ppm de enxofre, cuja remoção
é bastante dispendiosa no processo de refinação. O enxofre
também é encontrado em muitos aditivos, incluindo aditivos
anti-desgaste, anti-oxidação, pressão extrema, inibidor de
corrosão e desativador de metal.
O zinco é encontrado em produtos químicos utilizados na
criação de aditivos anti-desgaste, anti-oxidação, detergentes
e inibidores de corrosão. O zinco é ligado com o cobre para
produzir latão podendo por isso estar presente como metal
desgaste.
Fósforo – Símbolo químico P
O fósforo é um não-metal e está presente em muitos aditivos.
Estes incluem: produtos químicos anti-desgaste, anti-oxidação,
pressão extrema, inibidor de corrosão, modificadores de fricção,
desactivador de metal e biocidas. O fósforo pode ser ligado
com o estanho e o cobre para formar fósforo-bronze que é por
vezes usado para fabricar parafusos sem fim, podendo ocorrer
ocasionalmente como elemento de desgaste.
Bário – Símbolo químico Ba
Este metal é bastante raro e pode ser encontrado em algumas
das antigas formulações de líquidos de transmissão automática.
Pode substituir o magnésio e o cálcio no fabrico de detergentes
e inibidores de corrosão.
A Tabela periódica
Boro – Símbolo químico B
Isto leva-nos ao fim da nossa jornada seletiva através da tabela
periódica dos elementos químicos. Os metais, não-metais e
produtos químicos semelhantes podem aparecer numa enorme
variedade de formas e podem pertencer a uma, duas ou três
das principais categorias de elementos - metais de desgaste,
contaminantes e aditivos. Somente ao tomar em consideração
a imagem global e tomando em conta todos os resultados
(conhecido como diagnóstico holístico) é possível determinar a
correta fonte do elemento.
O boro é utilizado em compostos de extrema pressão e
dispersantes. Também pode aparecer como um contaminante,
pois pode ser utilizado no fabrico de condicionadores de líquido
de arrefecimento.
Enxofre – Símbolo químico S
Este é o último dos 29 elementos que são analisados. O enxofre
é um componente natural do óleo de base aparecendo em quase
todas as amostras de óleo. Os materiais altamente refinados
(grupo III API) e de base sintética podem conter nenhum ou
John Evans é um gerente de diagnóstico da WearCheck Africa.
Pode aceder a Boletins Técnicos anteriores no web site da WearCheck: www.wearcheck.co.za
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Especialista na monitorização do estado de máquinas
Parte de
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J oanesburgo
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W itbank Zâmbia: Lumwana
Zâmbia: Kitwe
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Í nd ia
+ 27 (0) 11 392 6322
+ 27 (0) 21 981 8810
+ 27 (0) 41 360 1535
+ 27 (0) 82 290 6684
+ 27 (0) 14 597 5706
+ 27 (0) 13 246 2966
+ 27 (0) 82 878 1578
+ 260 (0) 977 622287
+ 260 (0) 212 210161
+ 971 (0) 55 221 6671
+ 91 (0) 44 4557 5039
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Informação correta no momento de publicação.
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Sharon Fay Relações Públicas 05/2016
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