26/04/2012 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS VIROSES Profª Dra. Maria Luzia da Rosa e Silva UFJF - ICB- DPMI Por quê fazer ??? • Comprovação laboratorial da presença do vírus no paciente 1- Detectar o patógeno. 2- Detectar um produto do patógeno 3- Detectar uma resposta imune ● Identificação do patógeno → tratamento Situações em que é importante uma definição: manejo do paciente (rubéola/gestante) intervenção quimioterápica possível (herpesvírus, HIV, HBV, HCV) medida de Saúde Pública: controle do vetor (dengue e febre amarela); vacinação (raiva, pólio, sarampo, rubéola) 1 26/04/2012 diferenciar doenças que apresentam quadros clínicos semelhantes: mononucleose, citomegalovirose e rubéola busca de um agente etiológico para determinada doença: descoberta da maioria dos vírus Diagnóstico de doenças virais em humanos: 1ºs métodos: sorológicos (detecção de Ags/Acs) 1929: FC – Acs VVZ e vaccínia 1º isolamento de patógenos humanos em CC: Weller e Enders, 1948 – grande avanço no diagnóstico. CC: padrão de referência (gold standard) para o diagnóstico de muitas viroses Outros avanços: 1970: Acs monoclonais ( reagentes com alta especificidade) 1980: testes para diferentes viroses utilizando Acs monoclonais 1985: PCR final da década de 1990: PCR em tempo real Para se fazer um diagnóstico seguro: 2 26/04/2012 1- Coleta adequada do material : local da colheita depende dos sinais e sintomas e do conhecimento da patogenia da doença (sítio da replicação e excreção viral) 2- Época da coleta: logo após aparecerem os primeiros sintomas (na fase aguda da doença), quando normalmente o vírus é encontrado em grande quantidade. 3 26/04/2012 Processamento da amostra para inoculação em sistemas hospedeiros: - adição de mais antibiótico e antifúngico - centrifugação para retirada de restos celulares e contaminantes Para o diagnóstico sorológico: Soro fase aguda (sfa): 1ºs dias da doença Soro fase convalescente (sfc): 2 a 4 semanas depois Teste para IgM: apenas amostra sfa Estocagem: 4ºC (Igs estáveis em soro/plasma) - 20 ºC ou - 70 ºC: estoque prolongado 3- Transporte *isolamento viral: importante manter a viabilidade da partícula partículas virais são instáveis a fatores ambientais: transporte: solução salina balanceada e tamponada, pH 7,2, com ATB e antifúngico armazenamento: manter o material refrigerado, sem congelar e enviar imediatamente para o laboratório . estocagem: consultar sobre condições ideais para o agente suspeito * Para longas distâncias: gelo seco. Junto ao material, enviar a ficha do paciente (nome, sexo, idade, descrição do material, época da colheita, suspeita clínica, histórico de vacinas, situação epidemiológica da doença na zona residencial , do trabalho ou proximidades, viagens para locais endêmicos, etc...) 4 26/04/2012 Métodos utilizados no Diagnóstico Virológico 1- isolamento e identificação do vírus 2-sorologia: detecção de Ags ou Acs 3- detecção direta da partícula viral 4- amplificação de ácidos nucléicos virais Diagnóstico Laboratorial das Viroses: Método Clássico: isolamento, identificação, sorologia Método Rápido (kits): sorologia, detecção direta, amplificação de AN virais (confirmar suspeita clínica) CLÁSSICO: 1-isolamento (depende do cultivo hospedeiro: CC, animais, OE) em sistema 2-identificação do vírus (reações sorológicas com Acs específicos: EIE, aglutinação, IF, WB, testes imunocitoquímicos) 3-sorologia pareada: confirmação de que o vírus isolado é o causador da doença. Conversão Sorológica: comprovação do aumento significativo do nível de Acs específicos 5 26/04/2012 Rápido: necessidade de um resultado rápido (detecção direta no material) 1- :detecção direta da partícula viral: ME, IME 2- detecção de Ags virais ou Acs: EIE, AL, IF *Acs: condição imunológica do paciente IgM específica: infecção recente 3- detecção do genoma viral: EGPA, PCR, hibridização 4- esfregaços de células infectadas: coloração por Giemsa e hematoxilina: na MO presença de inclusões (citoplasma ou núcleo): identificação presuntiva ou confirmação (Ex: corpúsculos de Negri – vírus da raiva) Diagnóstico Sorológico: ⇒ método indireto para o diagnóstico da infecção viral muito utilizado nos casos em que o isolamento viral é difícil ou não disponível Aglutinação em látex 6 26/04/2012 Imunofluorescência Imunofluorescência Teste de Neutralização 7 26/04/2012 Inibição da Hemaglutinação Fixação do Complemento Aglutinação Passiva Ensaio imunoenzimático 8 26/04/2012 Western Blot - WB Diagnóstico Molecular ⇒ identificação de sequencias únicas do ácido nucléico viral VANTAGENS DAGENOTIPAGEM SOBRE A FENOTIPAGEM -Alta capacidade de diferenciação (gênero/espécie/estirpe, etc) -Capacidade de processamento de múltiplas amostras simultâneas. -Resultados em poucas horas. -Alta sensibilidade e especificidade para amostras com poucos microorganismos ou com mistura de microorganismos 9 26/04/2012 A BIOLOGIA MOLECULAR PROCURA O PATÓGENO Presença/ausência (Detecção): CMV, EBV, HAV, VZV, Dengue, Adenovírus, HIV, HCV, HBV ou Influenza (suína, frango, outras) Outras utilidades: Determinação dos Genótipos virais (HCV) Identificar diferentes estirpes virais (Dengue 1,2,3,4) Determinação da carga viral (HIV, HCV...) Pesquisar contaminações em IMUNOBIOLÓGICOS Reação em Cadeia da Polimerase - PCR PCR em Tempo Real - qPCR 10 26/04/2012 PCR em Tempo Real - qPCR Sequenciamento 11