Raiva (Hidrofobia) Raiva (Hidrofobia)

Propaganda
• Família: Rhabdoviridae
–
–
–
–
–
–
Raiva
(Hidrofobia)
Género: Lyssavirus
RHABDOVÍRUS
RNA fita simples
Envelopado
Nucleocapsídeo com forma de cone ou projétil
Resistência x Relevância
Doenças infecciosas
• 1 - Definição
– Enfermidade infecciosa aguda do sistema
nervoso central
– Vírus do grupo dos Rhabdovirus
– Encontrado na saliva dos animais
infectados e transmitido mordedura.
• 3 – Importância
– 3.1 – Médica :
• OMS -1.135 casos humanos / ano (Dec 90)
– 3.2 - Econômica
• 4 - Histórico
– Antigüidade fenômenos sobrenaturais.
– 1804 - Zinke (saliva)
– 1879 – Galtier (tecido nervoso)
– 1885 –Pasteur (atenuação do vírus/ vacinação)
– 1903. Remlinger (Corpúsculos de Negri)
• 5 - Distribuição Geográfica
• 5 - Distribuição Geográfica
• 6 - Agente etiológico
– A raiva é causada por um vírus pertencente à família
Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus.
– O vírus é destruído a uma temperatura de 80 oC em
2´ e UV em alguns minutos.
– O frio e a dessecação o afetam em menor grau.
– Os cadáveres de animais em putrefação e autólise
podem conservar material virulento durante semanas.
– O formol e o ácido fênico possuem um bom efeito
inativador contra o vírus.
1
• 6.1 - Culturais
– Não são observados efeitos citopáticos nas
células infectadas
– O antígeno viral pode ser observado no interior da
célula por técnicas de imunofluorescência
• 7 - Patogenia
– 7.1 - Fontes de infecção
• Saliva.
• Aerossóis (inalação)
• Transplante de tecido infectado (córnea).
• 6.2 - Sistemas hospedeiros
– O vírus da raiva pode infectar todos os mamíferos
– As aves também são susceptíveis a infecção.
• 7.2 - Ciclo no organismo
– Tecido nervoso.
– Nenhum estágio virêmico
•
•
•
•
•
Concentração do vírus no inóculo inicial
Proximidade da lesão do cérebro
Gravidade da ferida
Idade do hospedeiro
Pelo estado imunológico do hospedeiro.
• via centrípeta
• via centrífuga
• Disseminação
– via centrípeta
• Membranas mucosas dos olhos e boca, e pela
inalação; as terminações nervosas olfativas
poderão dar acesso ao Sistema Nervoso
Central (SNC)
• 7.3 - Principal sítio de replicação
– Hipocampo.
– Tronco cerebral.
– Células ganglionares dos núcleos pontinos.
– Células de Purkinje do cerebelo.
– via centrífuga
• SNC para a retina, glândulas salivares e
terminações nervosas sensitivas da pele.
2
• 8 - Patologia
– 8.1 - Clínica
• Não existe um tipo clínico definido para a infecção.
• 8.1.1 – Cães
– Os animais jovens são mais susceptíveis à infecção, cujo
período de incubação varia de 10 dias a dois meses, em
média.
– No cão, clinicamente, observamos dois tipos de
manifestações:
• raiva furiosa;
• raiva paralítica ou muda
• Raiva furiosa
– Prodrômico (1-2 dias)
• Discreta ou aparente mudança de hábitos.
– Excitação
• Acessos furiosos, alternado por períodos de remissão.
• Alterações do latido (latido rouco ou bitonal)
• Dificuldade de deglutição e sialorréia
– Depressão
• Paralisia progressiva
• Crises convulsivas, paralisia, coma e morte.
• 8.1.2 – Gatos.
• Raiva muda ou paralítica. (10 dias)
– Animal pode estar eliminando vírus na saliva
desde o 5º dia antes de apresentar os
primeiros sintomas.
– Furiosa, com sintomatologia similar a do cão
• 8.1.3 – Raiva em morcegos
– O comportamento da raiva em morcego é
pouco conhecido
– O morcego pode albergar o vírus rábico em
sua saliva e ser infectante antes de adoecer,
por períodos maiores que das outras
espécies
3
• 8.1.4 – Bovinos
Desmodus rotundus
• 8.1.5 - Suínos
– Excitação progressiva
• 8.1.6 - Ovinos e Caprinos
– Em geral a forma apresentada nestes animais é a
muda ou silenciosa
• 8.1.7 - Eqüinos
– Na forma furiosa os animais jogam-se contra as
paredes das baias, apresentam contrações
musculares, micção freqüente e sintomas típicos de
cólicas.
–
–
–
–
–
–
–
–
–
Indigestão (inanição)
Atonia do rúmen, timpanismo,
Diarréia.
Contrações de distintos grupos musculares
Salivação, mugidos constantes
Posições anormais da cabeça e da cauda
Olhar fixo, cambaleios
Paralisia do trem posterior com queda dos animais.
Na forma furiosa os animais jogam-se contra as
paredes, escavam o solo e podem ferir-se com os
chifres.
• 8.2 – Lesões
– Encefalite com degeneração neuronal da medula
espinhal e do cérebro
– Os corpúsculos de inclusão, denominados de
Corpúsculos de Negri
• Corno de Amon do hipocampo
• 8.3 - Prognóstico
– É uma doença fatal, uma vez manifestados os
primeiros sintomas.
– Não há nenhuma medida terapêutica em casos de
raiva declarada ou sintomática.
4
•
•
9 - Diagnóstico
9.1 - Material a coletar
• 9.1.1 - Animal vivo
– Impressões de córnea.
– Pele da cabeça
• 9.1.2 - Animal morto
– Material encefálico.
» Cerebelo
» Corno de Ammon
» Córtex
» Medula
• 9.3 - Técnicas diagnósticas
– 9.3.1 – Histológico
• Pela pesquisa, pelo método da
imunofluorescência do antígeno rábico, nas
células do SNC, citadas no item anterior.
•
•
•
•
•
•
9.4 - Diferencial
Transtornos metabólicos
Parasitismo intenso
Intoxicações
Dor na região abdominal.
Todos os processos inflamatórios do SNC e
em especial:
– Doença de Aujeszky (pseudo-raiva);
– Toxoplasmose;
– Listeriose.
• 9.2 - Remessa do material
– Uma parte do material deve ser remetido ao
laboratório em saco plástico, sob refrigeração, em
caixas isotérmicas, com o máximo rigor de assepsia
e prevenção a vazamentos
– A outra parte deve ser remetida em formol a 10 %
– Dada a gravidade do problema todo o esforço deve
ser realizado no sentido de que o material chegue
ao laboratório, no máximo em 48 horas.
• 9.3.2 - Isolamento do vírus
– Também denominado de “método biológico”
– Do material recebido prepara-se uma
suspensão a 10-20% em solução salina ou
PBS e inocula-se camundongos lactentes
ou jovens até 21 dias, pela via intracerebral
– Observam-se os camundongos, se
necessário, até 1 mês
• cão
– a fase nervosa da cinomose;
– intoxicação por estricnina
• bovinos
– necrose do córtex cerebral;
– intoxicação por chumbo
• ovinos
– scrapie (doença de Traber);
5
• 10 - Profilaxia e/ou tratamento
– Controle da raiva urbana.
• Vacinação de cães e gatos
• 10.1 - Vacinas
– As vacina utilizadas na atualidade são de dois tipos:
• vacina de vírus inativado; e
• vacina a vírus vivo modificado.
• Imunidade de 3 anos, dão uma proteção de cerca de um ano.
– Controle da raiva silvestre.
• reduzir a população de morcegos;
• reduzir a população de carnívoros; e vacinar o rebanho.
– Controle da raiva na zona rural.
• Vacinação sistemática e contínua do rebanho
• Vacinação dos animais de estimação, cães e gatos.
• 10.2 - Soros
– Heterólogos
– Homólogos
– No sentido de evitar a possível ação neutralizante do soro na
vacina, desde que a administração é simultânea, convém
administrar em regiões distintas.
– O uso do soro é recomendado naquelas mordeduras graves e
dilacerantes e naquelas próximas ao sistema nervoso central.
• Controle
– O período de observação de 10 (dez) dias é restrito a cães e gatos
– Considera-se suspeito todo animal que apresenta mudança de
comportamento
– Sintomatologia compatível com raiva, ele deve ser sacrificado e seu
encéfalo enviado para laboratório de referência
– Agressão por outros animais domésticos (bovinos, eqüinos, ovinos,
caprinos e suínos) é passível de tratamento profilático, uma vez
avaliada as condições da exposição
– É indicado tratamento sistemático para casos de agressão por
animais silvestres, mesmo quando domiciliados
– Nas agressões por morcegos, deve se proceder a soro-vacinação,
independente do tempo decorrido. Em caso de tratamento anterior
completo, só é indicado reforço.
6
Download