Avaliação e conscientização quanto a prevenção do câncer de pele

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Anais do VIII Seminário de Iniciação Científica e V Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
10 a 12 de novembro de 2010
Avaliação e Conscientização Quanto
a Prevenção do Câncer de Pele
Liliane de Sousa Silva¹, Valéria Rodrigues de Sousa¹, Naiara Maria de Sousa¹,
Rosilane Fernanda de Faria¹, Elisângela Gomes Queiroz de Sá¹, Alessandra das
Dores Dionisio¹, Rodrigo Luis Taminato¹, Mônica de Oliveira Santos¹, Carla Rosane
Mendanha da Cunha²
1 Voluntário PVIC/UEG ou colaborador
3 Orientador – Curso de Ciências Biológicas – Unidade Universitária Itapuranga –
UEG
Universidade Estadual de Goias – Unu Itapuranga – Go, CEP: 76.680-000, Brasil.
[email protected]
; [email protected]
Palavras-Chave: Prevenção, cancer de pele e exposição solar
1
INTRODUÇÃO
A incidência do câncer da pele tem aumento em todo o mundo nas
últimas três décadas, sendo essa a forma de câncer mais comum. Inúmeras causas
têm sido apontadas: mudanças dos hábitos de vida com exposição solar excessiva;
rarefação da camada de ozônio; envelhecimento populacional; diagnóstico precoce
desses cânceres. Dentre os fatores fenotípicos que oferecem susceptibilidade ao
câncer cutâneo destacam-se: tipo da pele, cor dos olhos e cabelos, presença de
sardas e nevus, história pessoal ou familiar de câncer cutâneo (HORA, et al).
A exposição solar é, de fato, a única forma segura de gerar vitamina D no
nosso corpo. Mas, apesar da importância do sol na síntese da vitamina D, é
prudente limitar a exposição aos raios solares, é aconselhavel a exposição entre o
amanhecer até 9 horas e das 17 horas até o por-do-sol, dado que a radiação UV é
responsável por cancros da pele (MILES).
O espectro da radiação ultravioleta subdivide-se em três bandas de
comprimento de onda, denominadas UVA, UVB e UVC (ultravioleta C). A primeira
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banda espectral, correspondente aos comprimentos de onda mais longos (315 nm a
400 nm), apesar de ser a menos eficiente na produção de eritema e subsequente
melanogênese, é indutora de processos oxidativos. Ao ser absorvida, o UVA reage
com o oxigênio molecular, produzindo espécies reativas capazes de induzir reações
inflamatórias na pele e danos ao DNA (SOUZA).
Os raios UVB penetram superficialmente e causam as queimaduras solares. É a
principal responsável pelas alterações celulares que predispõem ao câncer da pele.
Os raios UVC são absorvidos pelo oxigênio e o ozônio, e não penetram na nossa
atmosfera (OLIVEIRA E GONÇALVES).
Os dois mecanismos pelos quais a radiação ultravioleta pode danificar o
DNA são a excitação direta das moléculas, predominante na região do UVB, e a
geração de espécies altamente reativas de oxigênio, predominante na região do UVA
(INCA).
A pele é o maior órgão do corpo humano. É dividida em três camadas:
uma externa, a epiderme, a interna, a derme, e a hipoderme ou subcutânea. A pele
protege o corpo contra o calor, a luz e as infecções. Ela é também responsável pela
regulação da temperatura do corpo, bem como pela reserva de água, vitamina D e
gordura (INCA).
O câncer é uma doença genética cujo processo tem início com um dano a
um gene ou a um grupo de genes de uma célula e progride quando todos os
mecanismos do complexo sistema imunológico de reparação ou destruição celular
falham. O câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de
todos os tumores malignos registrados no país. Apresenta altos percentuais de cura,
se for detectado precocemente. Entre os tumores de pele, o tipo não-melanoma é o
de maior incidência e mais baixa mortalidade. Já o melanoma é um tipo de câncer
de pele que tem origem nos melanócitos e representa 4% das neoplasias malignas
desse órgão, apesar de ser o mais grave devido à sua alta possibilidade de
metástase (INCA).
O câncer ocupacional pode ser definido como aquele causado pela
exposição, durante a vida laboral, a agentes cancerígenos presentes nos ambientes
de trabalho. Os fatores de risco de câncer podem ser externos (ambientais) ou
endógenos
(hereditários),
estando
ambos
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inter-relacionados.
Esses
fatores
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interagem de várias formas para dar início às alterações celulares envolvidas na
etiologia do câncer. De acordo com pesquisadores, de 2% a 4% de todos os casos
de câncer podem estar associados a exposições ocorridas nos ambientes de
trabalho (INCA).
Segundo dados do Instituto Nacional do Cancer (INCA) estimam-se novos
casos de Melanoma para 2010 totalizando 5.930, sendo 2960 homens e 2.970
mulheres. No ano de 2008 o número de mortes foi de 1.303, sendo 749 homens e
554 mulheres. Para o não-melanona estima-se que em 2010 os novos casos serão
de 113.850, sendo 53.410 homens e 60.440 mulheres. E Número de mortes no ano
de 2007 foi de 1.296, sendo 753 homens e 543 mulheres.
As mudanças comportamentais que levaram ao aumento da exposição à
radiação ultravioleta, tanto a natural quanto a artificial, foram em grande parte
impulsionadas pela valorização estética do bronzeado. Essa valorização resultou na
disseminação de atividades ao ar livre e no uso de indumentária que deixa o corpo
mais descoberto (SOUZA).
O uso de dispositivos emissores de ultravioleta para o bronzeamento da
pele
cresceu
rapidamente
nos
últimos
anos,
principalmente
em
países
industrializados. Além da exposição à radiação solar, aumentou a exposição a fontes
artificiais de radiação ultravioleta. Os raios solares penetram profundamente na pele
e estão relacionados principalmente ao envelhecimento celular, podendo contribuir
também para o desenvolvimento do câncer de pele (INCA).
A queimadura solar é uma reação inflamatória proveniente da exposição
aguda da pele à luz solar intensa, sendo um marcador biológico de exposição à alta
dose de radiação ultravioleta. (HAACK et al)
Manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram sinais
ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor, feridas que não cicatrizam em 4
semanas. Assimetria uma metade diferente da outra, bordas irregulares - contorno
mal definido, cor variável várias cores numa mesma lesão: preta, castanho,branca,
avermelhada ou azul, diâmetro - maior que 6 mm (INCA).
Não é normal que pintas e sinais comecem a crescer ou mudar de cor, se
isso acontecer é importante a consulta a um dermatologista (LINHARES).
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Evitar exposição ao sol das 10h às 16h e utilize sempre filtros solares com
fator de proteção 15 ou mais, além de chapéus, guarda-sol e óculos escuros (INCA).
Justificam-se, portanto, estudos cuidadosos dos fatores contributivos para
esses aumentos, e medidas preventivas com campanhas educacionais para a
população – orientação quanto à exposição solar, medidas de fotoproteção e autoexame para reconhecimento das lesões precursoras. São também importantes as
medidas para detecção precoce dos tumores, visando à diminuição das taxas de
mortalidade, especialmente para o melanoma (OKIDA et al.).
O alto-exame é um método simples para detectar precocemente o câncer
de pele, tanto o melanoma quanto o não melanoma. Se diagnosticado e tratado
enquanto o tumor ainda não invadiu profundamente a pele, o câncer de pele pode
ser curado (INCA).
Portanto, estudos e medidas preventivas com campanhas educacionais
para a população, orientação quanto à exposição solar, medidas de fotoproteção e
auto-exame para reconhecimento das lesões se faz necessário para a comunidade
Itapuraguense. O objetivo deste trabalho é estabelecer uma relação entre proteção
solar, procurando maneiras mais eficientes de levar conhecimentos à população e,
com isso, atuar de forma preventiva em um dos poucos tipos de câncer evitáveis por
medidas profiláticas gerais (OKIDA et.al.).
2
MATÉRIAIS E MÉTODOS
Este estudo descritivo, de caráter transversal com enfoque qualitativo e
quantitativo dos dados, foi desenvolvido no Multirão Praficar conduzido pela
COOPERAFI, nas regioes da Campininha e Laranjal II, Itapuranga-Go, nos dias 2409-2010 e 08-10-2010, no período vespertino, respectivamente. Onde foram
convidados 100 voluntários, na faixa etária de 10 e 61 anos, que responderam a um
questionário.
Visando atingir parte da população e, em especial, os produtores rurais
assim como pedreiros e demais trabalhadores que se expõe ao sol, levando
informações sobre prevenção ao câncer da pele. Nessa primeira etapa deste projeto
envolveu a Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Itapuranga,
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representada pelas acadêmicas do Curso de Licenciatura Plena em Ciências
Biológicas tendo apoio da Cooperativa da Agricultura Familiar de Itapuranga
(Cooperafi).
Durante os mutirões que se realizaram em fazendas e chácaras locais, as
acadêmicas abordaram durante 30 minutos conteúdos informativos com conceitos
sobre a etiologia e as medidas preventivas do câncer da pele, dando incentivo ao
autoexame
e
visitas
ao
dermatologista
para
tais
trabalhadores
rurais
e
posteriormente, aos pedreiros fazendo visitas à construções civis sensibilizando-os.
Depois das palestras foi apresentado um questionário, o qual incluía aspectos como
idade, sexo, procedência, uso ou não de proteção solar, tipo da pele, história de
câncer familiar e, caso houvesse, se da pele ou outro tipo e futuramente a
distribuição de Protetor Solar para os entrevistados. Também foram utilizados
metodologias como a utilização de um teatro mostrando como um trabalhador
ocupacional que se expõe aos raios solares, pode se proteger e ter uma vida
saudável com qualidade através do conhecimento sobre tal problema que se agrava
a cada ano.
3
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A pesquisa relacionada aos fatores que podem contribuir para o
desenvolvimento de um câncer permitiu identificar, até o momento, um conjunto de
fatores de natureza intrínseca e extrínseca. Como exemplos de fatores de risco
intrínsecos estão a idade, o gênero, a etnia ou raça, e a herança genética. Já no
grupo de fatores de risco extrínsecos, diversos já foram identificados, como o uso de
tabaco e álcool, hábitos alimentares inadequados, inatividade física, agentes
infecciosos, radiação ultravioleta, exposições ocupacionais, poluição ambiental,
radiação ionizante, alimentos contaminados, obesidade e situação socioeconômica.
Há ainda na lista o uso de drogas hormonais, fatores reprodutivos e a
imunossupressão. Essa exposição é cumulativa no tempo e, portanto, o risco de
câncer aumenta com a idade. Mas é a interação entre os fatores intrínsecos e
extrínsecos que vai determinar o risco individual de câncer (INCA).
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Foram submetidas ao questionário em nossa primeira etapa de palestra
100 pessoas entre as quais 56 homens e 44 mulhres, que vivem em chácaras e
fazendas e participaram do Multirão Praficar nos dias 24-09-2010 e 08-10-2010.
O grafico 1 mostra a distribuição da amostra conforme a classificação dos
tipos de pele. No qual a cor afirmada pelos entrevistados a de maior incidencia é a
branca e morena.
40
Número de Pessoas
35
35
30
34
25
20
22
15
10
5
5
0
Brancos
4
Amarelo
Pardo
Moreno
Negro
Cor de Pele
Gráfico 1: Distribuição da cor de pele registrada pelos entrevistados,
estudo realizado em 2010.
Grafico 2 mostra a frequência de horas no qual os trabalhadores rurais se
expõe a radiação, a maior parte (41%) se expõe mais de oito horas diárias.
Número de pessoas
45
40
41
35
30
25
20
27
20
15
10
12
5
0
2 à 4 horas
4 à 6 horas
6 à 8 horas
8 horas a mais
Horas
Gráfico 2: Quantidade de horas aproximadas em que
trabalhadores se expõe diariamente, estudo realizado em 2010.
6
os
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Gráfico 3 mostra a quantidade de anos já trabalhados exposto ao sol, no
qual a maior parte dos entrevistados que corresponde a (80%) trabalha a mais de 10
anos.
80
80
70
60
50
Número de
40
pessoas
30
20
5
10
7
6
1
1
0
< de 2
anos
2 a 4 anos 4 a 6 anos 6 a 10anos
> de 10
anos
Não resp.
Anos
Gráfico 3: Quantidade de anos trabalhados em exposição solar, estudo realizado
em 2010.
Grafico 4, mostra os tipos de proteção mais utilizados no dia-a-dia dos
entrevistados. Havia pessoas que relatou que utiliza mais de um tipo de proteção,
por isso, a soma dos resultados ultrapassam 100%.
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Numero de pessoas
70
60
50
40
30
20
10
ão
re
sp
on
de
u
ne
nh
um
ou
tro
s
so
l
ev
ito
ol
en
te
N
So
m
gu
ar
da
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la
r
Pr
ot
et
or
de
C
C
am
is
a
ha
pé
u
de
ab
as
m
an
ga
0
Tipos de proteção
Gráfico 4: Medidas de proteção solar, estudo realizado em 2010.
Gráfico 5 mostra a frequência com que os entrevistados relatam passar o
Protetor solar por dia. Foram considerados para esse resultado somente as 31
pessoas que relataram utilizar o protetor, o mesmo para o gráfico 6.
Gráfico 6 mostra o Fator de Proteção Solar utilizado pelos entrevistados
no qual a maior utilização é o fator 30 que corresponde a (14%).
Número de pessoas
25
20
23
14
14
12
15
10
9
8
10
6
5
4
4
4
4
2
0
0
1
2
3
mais de 4
2
1
0
15
20
25
1
30
40
50 acima
Fator de Proteção
Quantidade de vezes ao dia
Gráfico 5: Quantidade de vezes ao dia que usa o Protetor solar, estudo realizado em 2010.
Gráfico 6: O Fator de Proteção mais utilizado entre os entrevistados, estudo realizado em
2010.
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Gráfico 7 mostra a prevalência entre as pessoas que afirmavam ter
manchas causadas pelo sol e que já procuraram um especialista na área.
90
80
70
60
50
Manchas na pele
40
Já foram a um médico
30
20
10
0
SIM
NÃO
NÃO respondeu
Gráfico 7: Conseqüência causada pela exposição solar e a busca
sobre o conhecimento com apoio de um médico, estudo realizado em
2010.
Gráfico 8 mostra a história de câncer de pele e outros que ocorreram na
família.
100
90
Número de pessoas
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Câncer de Pele
Outros tipos de Câncer Câncer de Pele e outros
SIM
17
42
14
NÃO
83
58
86
Gráfico 8: Incidência de câncer de pele e outros cânceres na família,
estudo realizado em 2010.
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A amostra selecionada no estudo de, (OKIDA et al) apresentou frequência
mais alta de mulheres (66%) em relação à de homens (34%) e mostrou que 68,8%
dos entrevistados usavam algum tipo de proteção solar.
Entretanto, neste estudo notou-se o predomínio do sexo masculino (56%),
em relação ao sexo feminino (44%), e mostrou que (85%) dos entrevistados usavam
algun tipo de proteção. A maioria é de cor branca (35%), e morena (34%). No
requisito período de trabalho, os entrevistados (72%), trabalham em ambos os
períodos matutino e vespertino. No questionário a maioria (80%), dos entrevistados
afirmaram trabalhar há mais de 10 anos, e alguns durante a entrevista responderam
que já trabalhavam a mais de 40, 50 anos sob o sol, trabalhando diariamente cerca
de mais de 8 horas (41%).
Os tipos de proteção mais frequentes dentre os entrevistados foram
chapéu, (69%), camisa de manga longa, (63%), e Protetor Solar com (31%),
observando que foi obtido mais de (100%), pois alguns afirmaram que utilizavam
mais de uma medida preventiva. Os que declararam utilizar o Protetor Solar (23%)
passavam apenas uma vez ao dia, sendo o maior PSF 30, correspondente a (14%),
segundo (HAACK et. al.) em sua pesquisa aproximadamente metade dos
entrevistados não fez uso de fotoprotetor no período estudado e apenas (29,1%) o
utilizaram sempre quando expostos ao sol, mostrando que ainda há um mal uso e
falta de esclarecimento sobre o uso do Protetor Solar nos resultados de ambos
projetos.
Na modalidade manchas causadas pelo sol, (65%) disseram não
apresentar manchas e (34%), declararam ter manchas, obsersou-se que muitos dos
entrevistados
que
responderam
não
ter
manchas,
apresentavam algumas
pigmentações e vermelhidão principalmente na face e nos membros superiores.
Sobre o câncer, muitos apresentaram ter receio ao responder as
perguntas, e notou-se o elevado índice de câncer de pele e outros no meio familiar
dentre os entrevistados, no qual (17%) declararam ter casos de câncer de
pele,(42%) outros tipos de câncer e, (14%) de ter casos de câncer de pele e outros.
Obsevou-se que houve um crescimento comparando aos dados coletados do estudo
de (OKIDA et. al.) em que no resultado história de câncer de pele na família ou em
algum conhecido foi relatada por (11,8%) dos entrevistados.
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CONCLUSÕES
No presente estudo, notou-se que a maioria dos trabalhadores rurais fica
mais de oito horas expostos ao sol, com o mínimo de proteção, poucos usam
protetor solar e quando o utilizam, é de maneira errônea.
Observou-se que vários entrevistados declararam ter manchas na pele,
embora o pesquisador tenha observado manchas naqueles que declararam não
possuí-las.
É evidente que algumas pessoas tenham receio de falar sobre o assunto,
principalmente em casos familiares, muitas vezes, por falta de informação pensam
que o câncer não tem cura. Entretanto, diversos trabalhadores disseram ter casos de
câncer de pele e outros tipos na história familiar, esse é um dado importante, pois, é
uma doença que pode estar relacionada com a hereditariedade.
O objetivo enfatizado neste trabalho se deve a necessidade de
sensibillizar às pessoas, principalmente os trabalhadores rurais e pedreiros, uma vez
que ficam muito tempo expostos ao sol sem a devida proteção. Notou-se que vários
trabalhadores se interessaram pelo assunto e procuraram mais informações para a
prevenção do câncer de pele e eventuais doenças.
Deve-se dar igual importância, senão maior, às informações sobre como
usar a proteção solar, mais do que propriamente incentivar o uso indiscriminado
dessa proteção pura e simplesmente, pois as conseqüências de se apregoar um
meio de proteção eficiente sem dar atributos para garantir uma boa eficácia desse
meio podem ser indesejáveis para a população (OKIDA et. al.).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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L.
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;
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Instituto
Oncoguia.
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http://www.a4miberia.com/uploads/pdfs/Importancia%20da%20Vitamina%20D.pdf
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literatura. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v38n4/21092.pdf
12
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