Sistema Solar Plutão era um planeta, mas... Em termos científicos, não existe uma verdade absoluta. Como demonstrou o filósofo Karl Popper (1902-1994), a ciência só produz teorias falseáveis ou refutáveis, isto é, que só têm validade enquanto não são refutadas. Popper estabeleceu os limites da Ciência ao criar o conceito de falseabilidade ou refutabilidade e é justamente a validade da concepção do filósofo que os astrónomos demonstram agora ao examinar os limites de nosso Sistema Solar, excluindo Plutão. Astrónomos reduzem total de planetas para oito . Em agosto de 2006 Plutão foi “reduzido” a planeta-anão pela União Astronómica Internacional (IAU). Mas por quê? Período de ascensão de Plutão Descoberta: Descoberto, pelo jovem Clyde Tombaugh de 24 anos, em fevereiro de 1930 após exaustivas buscas pelo Sistema Solar. Logo denominado de planeta Plutão. Mas por que Plutão recebeu o título de planeta? Por que Plutão recebeu título de planeta? Plutão recebeu o título de planeta por vários motivos, entre eles: • Não existia, ainda, um conceito formado para planeta pela comunidade astronómica. • Plutão indicava tratar-se de um objecto com órbita independente ao redor do Sol. • Em algumas respeitáveis publicações indicavam que Plutão seria do mesmo tamanho da Terra. A caminho da “Segunda divisão..” Controvérsias: • Plutão não é tão grande quanto se pensava. Os astrónomos, muitas vezes, utilizam a quantidade de luz que um corpo reflete para definir o seu tamanho. Como Plutão é coberto de gelo, ele reflecte muita luz, e pareceu ser bem maior. Plutão tem apenas 0,2% da massa da Terra. Comparação das dimensões de Plutão e seu satélite, Caronte, com o território norte-americano. Controvérsias: • A forma da órbita de Plutão é pouco rigorosa. Sua inclinação não é paralela à da Terra e a dos outros sete planetas do Sistema Solar. O que levou Plutão a ser descategorizado? Controvérsias: • A órbita de Plutão não é totalmente independente possuindo pontos comuns com a órbita de Neptuno pois a gravidade de Neptuno interfere na órbita de Plutão. Sendo assim, sempre, Plutão o não é, astro dominante de sua órbita. Controvérsias: • Outro ponto é matéria disponível que há ao muita redor de Plutão. Sugerindo que a sua acção gravitacional não é suficientemente forte para agregar dispersa em sua órbita. a matéria A exclusão….. O termo planeta nunca teve, até 26 de agosto de 2006, uma definição cientificamente estabelecida, gerando várias discussões e polêmicas. Ao estabelecer a definição de planeta seguindo as características físicas necessárias para que um astro corresponda a essa condição, a UAI acaba com as polêmicas e elimina Plutão da lista de planetas do Sistema Solar. Conceito de PLANETA segundo a UAI Depois de uma longa discussão e várias alterações à proposta inicialmente apresentada, o aprovado define como planeta do Sistema Solar o corpo celeste que: • orbite em torno do Sol; • tenha massa suficiente para que a sua própria gravidade lhe confira uma forma esférica; • tenha a sua órbita desimpedida de qualquer outro objecto. O “novo” Sistema Solar O Sistema Solar passa assim a ter 8 planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno. Enfim, o que é Plutão? Em 2006, também foi igualmente aprovada pela UAI a criação de uma nova de categoria de planetas, à qual Plutão se encaixa: a de planetas- anões. Um planeta anão do Sistema Solar será um corpo celeste que: • orbite em torno do Sol; • tenha massa suficiente para que a sua própria gravidade lhe confira uma forma esférica; • não tenha uma órbita desimpedida de outros objectos na sua vizinhança; • não seja um satélite. Eris, Ceres e Caronte (planetas que se localizam depois da cintura de Kuiper) fazem também parte da categoria dos planetas anões. O terceiro grupo…….. Todos os outros objectos em órbita ao redor do Sol (asteróides, cometas, etc), com excepção dos satélites, são denominados Pequenos Corpos do Sistema Solar. Controvérsias nas definições Michael Brown, astrónomo do Instituto de Tecnologia da Califórnia, explicou em palestra no encontro anual da AAAS (Associação Americana para o Avanço da Ciência) como fez em 2003 para descobrir Eris, asteróide maior que Plutão e que foi um dos “estopins” para o debate que culminou no rebaixamento de Plutão a "planetaanão". “Termo estúpido”, segundo Brown. Para Brown, tirar Plutão da lista foi uma decisão perfeitamente sensata, mas o termo usado para defini-lo foi infeliz. Segundo Brown planeta-anão “é um termo bem estúpido". "Não dá para chamar algo de coisa-anã, se esse algo não é uma coisa (no caso, um planeta). Durante vários anos usamos, não oficialmente, a expressão "planetóide", que é mais adequada, pois significa algo que "parece" um planeta. Como podemos observar a definição de planeta está longe de agradar a todos, mas é assim que se faz Ciência: questionando e investigando.