Geografia - Curso Positivo

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PROVA COMENTADA PELOS
PROFESSORES DO CURSO POSITIVO
Vestibular UFPR 2012/2013 - 2ª Fase
CURSO
GEOGRAFIA
COMENTÁRIO DA PROVA DE GEOGRAFIA
Em Geografia – mantendo a “tradição” – a prova da 2ª fase da UFPR 2013 apresentou boa
qualidade. Nota-se a preocupação dos elaboradores com a escolha e a abrangência dos temas. A prova
conta com uma feliz generalização e saudável cobrança de aspectos técnicos (caso das curvas de nível e
geotecnologias), ambientais e culturais. As questões permearam aspectos humanos e físicos, inclusive
do Paraná.
Salientamos a cobrança de atualidades, como as mudanças do código florestal, de modo
abrangente e isento.
Também ficamos felizes com o resultado de nossas aulas específicas que “cercaram” a prova e
beneficiaram os nossos alunos mais dedicados.
Professores de Geografia do Curso Positivo
Resolução:
O processo de erosão hídrica em áreas de encostas (erosão provocada pelas águas, principalmente das
chuvas, em relevos com grande declividade) corresponde à remoção e transporte de sedimentos e solo
causado pelas águas das chuvas e de rios. Trata-se de um processo natural em relevos acidentados
sujeitos a climas úmidos. Quando intensificado por chuvas fortes, pode levar ao deslocamento de grandes
volumes de terra, arrastando rochas e árvores. Os fatores naturais de interferência são: relevos íngremes,
solos finos e instáveis nas encostas e a ação das águas (principalmente das chuvas). As ações do homem
(antrópicas) que o intensificam: desmatamentos, construções irregulares, lançamentos de lixo e poluição
atmosférica (chuvas ácidas). São efeitos negativos para a sociedade: soterramento de casas,
assoreamento de rios e obstrução de rodovias.
Resolução:
São áreas de preservação permanente (APP´s) as porções de vegetação que não podem ser alteradas ou
retiradas (suprimidas) por exercerem importantes funções na preservação das águas (matas ciliares),
encostas, cumes e litorais. Também as APP´s têm grande valor “ecológico”, representado pela
biodiversidade. As controvérsias em torno das APP´s nas alterações do novo código florestal estão no
estabelecimento das faixas destinadas às matas ciliares e nas possibilidades de uso das matas de
encostas e manguezais. De forma geral, o embate ocorre entre “ambientalistas” que defendem maiores
faixas e rigores da Lei e “ruralistas” a favor de menores faixas e relaxamentos nas futuras regras do novo
código florestal.
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Resolução:
O perfil topográfico que corresponde ao alinhamento apresentado na carta topográfica é o 2. Pela escala
percebe-se que a distância do ponto A até a curva de nível de 600 metros é de 4.000 metros (4,0 km),
depois são atingidas maiores altitudes até a cota de 900 metros – onde está o ponto B. A proximidade das
curvas de nível indica um relevo acidentado, o que é visto no perfil 2.
Nos demais perfis, partindo-se de A, a cota de 600 metros é atingida na distância linear errada. Em “1” 750
m, em “3” 0,5 km e em “4” 375 m. Também a proximidade das curvas de nível a partir do nível de 600m na
direção do ponto B indica topografia acidentada, o que não é verificado nos perfis 1, 3 e 4 – que mostram
baixa declividade do relevo.
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GEOGRAFIA
Resolução:
O fechamento de escolas rurais reflete a redução da população nos espaços rurais. Tal redução é
causada pelo êxodo rural e também pela queda nos índices de natalidade. Outro aspecto é a possibilidade
de deslocamento de estudantes das áreas rurais para frequentarem escolas em núcleos urbanos
próximos.
Resolução:
A condição de subdesenvolvimento de um país caracteriza-se pela dependência financeira e tecnológica
em relação às nações “centrais”, má qualidade de vida da maior parte da população e instituições públicas
frágeis (marcadas por governos instáveis e corruptos). O deficit (prejuízo) em relação aos países do G7 e
superavit (lucro) em relação aos emergentes mostra a condição de subdesenvolvimento do Brasil, que
ainda fundamenta suas exportações em commodities (matérias-primas sem ou com pouca elaboração,
como minério de ferro e soja). Quando a relação de “troca” contém artigos elaborados e mais caros, o
Brasil arca com prejuízos. Ao vender para países emergentes grandes volumes de matérias-primas e
destes adquirir artigos com menor valor agregado, o Brasil tem lucro.
Resolução:
O texto trata da “descentralização” produtiva ou econômica do Brasil. Nos últimos anos, a instalação de
infraestruturas (rodovias, eletrificação, comunicação...), incentivos fiscais e expansão da mão de obra e
mercados favoreceram a distribuição da economia para outros espaços. Também cabe ressaltar que no
Sudeste, em especial em São Paulo, fatores como a pressão sindical, congestionamentos, preço dos
imóveis e até a violência urbana, levam empresários a escolher outros locais do País para seus
investimentos.
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Resolução:
Um aquífero corresponde a um grande depósito ou lençol subterrâneo de água, presente em rochas
permeáveis (em geral sedimentares). Move-se lentamente, recebendo a infiltração de águas superficiais,
principalmente das chuvas, e sofrendo descargas em nascentes. O aquífero Guarani está presente nas
rochas sedimentares (areníticas) do Planalto Central e Meridional do Brasil, estendendo-se também pela
Argentina, Paraguai e Uruguai. Em grande parte, essas rochas sedimentares estão cobertas por
derrames vulcânicos de rocha basáltica. Os desafios políticos para o aproveitamento do Guarani estão
nos riscos de contaminação pelas atividades agrícolas, lixo... e na sua característica transfronteiriça que
impõem acordos e colaborações em diferentes países.
Resolução:
A sustentabilidade ambiental corresponde à adoção de práticas que visam ao aproveitamento dos
recursos naturais para o desenvolvimento econômico sem comprometer às necessidades das gerações
futuras. Nesse sentido estão inclusas práticas de recuperação e preservação, mudanças de hábitos de
consumo e adoção de tecnologias menos poluentes e até não impactantes. A emergência do tema
deve-se ao atual quadro de degradação e exaustão dos recursos naturais e também do reconhecimento
da inviabilidade do modelo das sociedades de consumo. Os impasses colocados para a adoção da
sustentabilidade estão na possibilidade de retração nos índices de crescimento econômico, dependência
em relação aos combustíveis fósseis e resistências quanto ao reconhecimento e comprometimento com
os problemas ambientais.
Resolução:
As geotecnologias correspondem ao uso da informática e de satélites, por exemplo, na elaboração de
estudos e na confecção de mapas e outras representações. As geotecnologias colaboram com o
chamado geoprocessamento, conjunto formado por hardwares, softwares, informações e procedimentos
que correspondem ao GIS – Geographic Information System (SIG – Sistema de Informação Geográfica).
É bastante difundido o emprego de levantamentos feitos por radares, imagens de avião (aerofotometria) e
de satélites para a elaboração de mapas modernos. Essas informações obtidas “à distância”
correspondem ao sensoreamento remoto.
São exemplos da utilização de geotecnologias: previsão do tempo, análise de áreas de riscos, controle de
tráfego urbano, levantamento de jazidas minerais.
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Resolução:
Formações vegetais do Brasil: floresta Amazônica, mata Atlântica, cerrados, caatingas, campos
(ainda... Mata das Araucárias, Complexo do Pantanal, Mata dos Cocais, manguezais).
Floresta Amazônica: o avanço da urbanização, da agricultura, da pecuária e do extrativismo (mineral e
vegetal) constituem as principais agressões ambientais. As agressões estão concentradas num arco que
se estende desde o Maranhão até o Acre, conhecido por “arco das queimadas ou arco do fogo”.
Mata Atlântica: está reduzida a pequenas amostras (aproximadamente 7% do original). Nos seus
domínios ocorreram os ciclos do Pau Brasil, da cana-de-açúcar, do cacau e do café. Padeceu também
com o avanço das indústrias e cidades. A retirada da mata Atlântica compromete o abastecimento de
água nas cidades e facilita os deslizamentos nas encostas.
Cerrados: na atualidade, quase a metade dos cerrados foi devastada. Os processos que contribuíram
para a destruição dos cerrados foram: agricultura, pecuária, construção de cidades e a exploração do
carvão vegetal. Além das ameaças à biodiversidade e aos solos, a devastação dos cerrados compromete
o abastecimento de diversas bacias hidrográficas que parte do centro do Brasil, sendo a região conhecida
como “caixa d´água do Brasil”.
Caatingas: o aproveitamento agrícola e a obtenção de lenha, sobretudo das áreas mais umedecidas (os
brejos, sopés e margens de rios), levou a derrubada da caatinga, contribuindo até para focos de
desertificação.
Campos: foram incorporados à economia com a criação extensiva de gado bovino. Posteriormente foram
introduzidas lavouras comerciais de soja, trigo e arroz. As queimadas, as monoculturas e a lixiviação
estão removendo os nutrientes dos solos, originando manchas de arenização.
Mata das Araucárias: foi muito devastada pela retirada de madeira, expansão das lavouras e cidades,
sendo hoje ameaçada de extinção. Na Mata dos Pinhais ocorre a extração do pinhão (semente da
Araucária) e da erva-mate.
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