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Prof. Oromar
SISTEMA REPRODUTOR
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
O sistema reprodutor masculino é formado por:
 Testículos ou gônadas
 Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente,
uretra.
 Pênis
 Escroto
 Glândulas anexas: próstata, vesículas seminais,
glândulas bulbouretrais.
Testículos: são as gônadas masculinas. Cada
testículo é composto por um emaranhado de tubos, os
ductos seminíferos Esses ductos são formados pelas
células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio
germinativo,
onde
ocorrerá
a
formação
dos
espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as
células intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga)
Atualizada em 29/4/2011
Biologia – Parte 02
produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo
a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos
órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais
secundários:
 Estimulam os folículos pilosos para que façam
crescer a barba masculina e o pêlo pubiano.
 Estimulam o crescimento das glândulas
sebáceas e a elaboração do sebo.
 Produzem o aumento de massa muscular nas
crianças durante a puberdade, pelo aumento do tamanho
das fibras musculares.
 Ampliam a laringe e tornam mais grave a voz.
 Fazem com que o desenvolvimento da massa
óssea seja maior, protegendo contra a osteoporose.
Epidídimos: são dois tubos enovelados que
partem dos testículos, onde os espermatozóides são
armazenados.
Canais deferentes: são dois tubos que partem
dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem-se ao
ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas
seminais.
Vesículas seminais: responsáveis pela produção
de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório
que, juntamente com o líquido prostático e
espermatozóides, entrarão na composição do sêmen. O
líquido das vesículas seminais age como fonte de
energia para os espermatozóides e é constituído
principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos,
nitrogênio não protéico, cloretos, colina (álcool de cadeia
aberta considerado como integrante do complexo
vitamínico B) e prostaglandinas (hormônios produzidos
em
numerosos
tecidos
do
corpo.
Algumas
prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa
do útero na dismenorréia – cólica menstrual, e no
orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatação em
artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaléias –
dores de cabeça – da enxaqueca. São formados a partir
de ácidos graxos insaturados e podem ter a sua síntese
interrompida por analgésicos e antiinflamatórios).
Próstata: glândula localizada abaixo da bexiga
urinária. Secreta substâncias alcalinas que neutralizam a
acidez da urina e ativa os espermatozóides.
Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper: sua
secreção transparente é lançada dentro da uretra para
limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides.
Também tem função na lubrificação do pênis durante o
ato sexual.
Pênis: é considerado o principal órgão do
aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos
de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um
corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na
extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do
pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra.
Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação
dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue,
tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho
(ereção). O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim
de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea
espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste
principalmente em células epiteliais descamadas que se
acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não
consegue ser exposta devido ao estreitamento do
prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose.
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Biologia – Parte 02
A genitália externa ou vulva é delimitada e
protegida
por
duas
pregas
cutâneo-mucosas
intensamente irrigadas e inervadas - os grandes lábios.
Na mulher reprodutivamente madura, os grandes lábios
são recobertos por pêlos pubianos. Mais internamente,
outra prega cutâneo-mucosa envolve a abertura da
vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura
da uretra e da vagina. Na vulva também está o clitóris,
formado por tecido esponjoso erétil, homólogo ao pênis
do homem.
Imagem: Superinteressante coleções O Corpo
Humano - Sexo: a Atração Vital.
A uretra é comumente um canal destinado para a
urina, mas os músculos na entrada da bexiga se
contraem durante a ereção para que nenhuma urina
entre no sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga. Todos
os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos
pelo corpo dentro de algum tempo.
Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto:
Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser
produzido.
Eles
não
podem
se
desenvolver
adequadamente na temperatura normal do corpo
(36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte
externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a
função de termorregulação (aproximam ou afastam os
testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura
geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
O sistema reprodutor feminino é constituído por
dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio),
um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no
interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco
ósseo forte que realiza uma função protetora.
A vagina é um canal de 8 a 10 cm de
comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do
útero aos genitais externos. Contém de cada lado de sua
abertura,
porém
internamente,
duas
glândulas
denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um
muco lubrificante.
A entrada da vagina é protegida por uma
membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o
orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no
centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa
membrana se rompe nas primeiras relações sexuais.
A vagina é o local onde o pênis deposita os
espermatozóides na relação sexual. Além de possibilitar
a penetração do pênis, possibilita a expulsão da
menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê.
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Imagem: Superinteressante coleções O Corpo
Humano - Sexo: a Atração Vital
Ovários: são as gônadas femininas. Produzem
estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos
que serão vistos mais adiante.
No final do desenvolvimento embrionário de uma
menina, ela já tem todas as células que irão transformarse em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os
ovócitos primários - encontram-se dentro de estruturas
denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos. A
partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos
ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os
folículos em desenvolvimento secretam o hormônio
estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo geralmente
completa o desenvolvimento e a maturação, rompendose e liberando o ovócito secundário (gaemta feminino):
fenômeno conhecido como ovulação. Após seu
rompimento, a massa celular resultante transforma-se
em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os
hormônios progesterona e estrógeno. Com o tempo, o
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corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou
corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá
permanecer no ovário.
O gameta feminino liberado na superfície de um
dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas
uterinas - as fímbrias.
Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de
Falópio: são dois ductos que unem o ovário ao útero.
Seu epitélio de revestimento é formados por células
ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os
movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o
gameta feminino até o útero.
Biologia – Parte 02
para os pólos celulares. Desta maneira cada célula filha
recebe uma cópia do cromossomo paterno e uma cópia
do cromossomo materno. No momento em que os
cromossomos homólogos pareiam na primeira fase da
meiose, ocorre uma recombinação do material genético,
denominado como permuta ou crossing-over.
Neste estágio, duas cromátides homólogas sofrem
uma ruptura na mesma altura, e os dois pedaços trocam
de lugar. Como os cromossomos são portadores de
genes, ocorre uma recombinação genética, contribuindo
para o aumento da variabilidade genética.
Espermatogênese
EMBRIOLOGIA
O desenvolvimento humano inicia com a
fertilização, a junção do espermatozóide (gameta
masculino) com o óvulo (gameta feminino). Da união
destas duas células, surge uma única célula, o zigoto,
que contém informações genéticas provenientes do pai e
da mãe. Este organismo unicelular (uma célula) é o inicio
de todos nós. Esta célula se divide progressivamente, e
dá origem a um ser multicelular, organizado em sistemas
complexos.
É a seqüência de eventos, através dos quais a
célula primitiva masculina, a espermatogônia torna-se um
espermatozóide maduro, pronto para a fertilização.
No período fetal, o homem já possui células
germinativas (gametas, células reprodutivas), porém
ainda imaturas. Estas células são as espermatogônias, e
são células diplóides, com 46 cromossomos. Estas
permanecem inativas até a puberdade, quando passam
por sucessivas divisões mitóticas e aumentam de
tamanho, tornando-se espermatócitos primários. Cada
espermatócito primário passa pela primeira divisão
meiótica, dando origem a dois espermatócitos
secundários. Em seguida, estes sofrem a segunda
divisão meiótica, originando quatro espermátides, células
haplóides, com 23 cromossomos cada.
Gradualmente, as espermátides vão se tornando
espermatozóides, e ficam armazenados no epidídimo,
nos testículos até o momento da fecundação.
Gametogênese
Gametogênese é o processo de formação e
desenvolvimento das células sexuais, os gametas (ou
células germinativas), preparando-as para a fertilização.
Durante
esse
processo,
o
número
de
cromossomos é diminuído pela metade, gerando células
especializadas,
com
apenas
23
cromossomos
(haplóides). Estas células, que inicialmente possuem 46
cromossomos, passam por divisões meióticas durante o
desenvolvimento fetal até a puberdade do indivíduo. Nas
mulheres este processo é denominado ovogênese, e nos
homens, espermatogênese.
Meiose e sua importância:
A meiose é um tipo de divisão que só ocorre em
células germinativas, destinadas à reprodução. É dividida
em duas fases, sendo que na primeira, denominada
reducional, a célula-mãe, com 46 cromossomos, dá
origem a duas células com 23 cromossomos cada uma.
Durante esta primeira fase, os cromossomos homólogos,
ou seja, que possuem a mesma forma e constituição, se
juntam formando pares. Cada par de cromossomos é
composto por quatro cromátides, ligadas por dois
centrômeros (que são pontos que as unem). Com
exceção dos cromossomos que determinam o sexo, um
núcleo de célula diplóide contém 2 versões similares de
cada cromossomo autossomo, um cromossomo paterno
e 1 cromossomo materno. Essas duas versões são
chamadas de homologas. Quando o DNA é duplicado
pelo processo de replicação, cada um desses
cromossomos é replicado dando origem às cromátides
que são então separadas durante a anáfase e migram
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Ovogênese
Seqüência de eventos, através dos quais, as
ovogônias, células germinativas primitivas femininas
tornam-se um óvulo maduro. Nos primeiros estágios da
vida fetal, as ovogônias se proliferam através de mitoses
e aumentam de tamanho, dando origem aos ovócitos
primários, e neste momento células do estroma ovariano
circundam o ovócito primário, gerando o folículo
primordial. Na puberdade, as células do folículo
aumentam, e forma-se o folículo primário; neste estágio o
ovócito passa a ser circundado também, por uma
camada glicoproteica, chamada zona pelúcida. Logo, as
células que circundam o ovócito se proliferam, tornandose agora, folículo secundário. Os ovócitos primários
iniciam sua primeira divisão meiótica antes do
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nascimento, porém só a concluem depois da puberdade.
A partir da puberdade, a cada mês um ovócito
amadurece e ocorre a ovulação. A longa espera para o
término da divisão meiótica talvez seja um predisponente
a erros de divisão, como as nãodisjunções, por exemplo,
a Síndrome de Down. Nenhum ovócito primário se forma
depois do nascimento, ao contrário da produção contínua
de espermatócitos primários nos homens após a
puberdade. Pouco antes da ovulação, o ovócito primário
conclui a primeira divisão meiótica, tornando-se ovócito
secundário, e durante o processo de ovulação, o ovócito
secundário inicia a secunda divisão meiótica, porém
novamente interrompe o processo. Esta divisão só se
completa quando um espermatozóide penetra no ovócito
secundário, que a partir deste momento passa a ser
denominado óvulo.
Clivagem do zigoto
Fertilização
Seqüência de eventos desde o contato do
espermatozóide com o óvulo e a fusão de seus núcleos.
Após a entrada do espermatozóide, o ovócito secundário
termina sua divisão meiótica, formando um óvulo
maduro. Com a união das duas células, seus núcleos
perdem as membranas e se fundem, dando origem a
uma nova célula chamada zigoto (com 46
cromossomos), que é o início de todos nós.
Um ovócito não fertilizado degenera 24 horas
após a ovulação.
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Entende-se por clivagem do zigoto o processo de
sucessivas divisões mitóticas, que resultam em um
rápido aumento de células. O zigoto primeiramente se
divide em duas células, chamadas de blastômeros, e
estes se dividem em quatro blastômeros, estes quatro se
dividem em oito e assim sucessivamente. Estas divisões
ocorrem enquanto o zigoto atravessa a tuba uterina, em
direção ao útero, e geralmente iniciam 30 horas após a
fertilização. As repetidas divisões formam uma esfera
compacta de células, denominada mórula.
Aproximadamente quatro dias após a fertilização,
a mórula penetra no útero, e nesse estágio surgem
espaços entre os blastômeros, que são preenchidos por
líquidos provenientes da cavidade uterina. Com o
aumento de líquido, as células são divididas em duas
camadas, uma camada interna (ou embrioblasto) e uma
camada externa (ou trofoblasto).
Logo os espaços se fundem, e dão origem a uma
só cavidade, denominada cavidade blastocística. A partir
deste momento, o concepto passa a ser chamado de
blastocisto.
Seis dias após a fertilização, o blastocisto se
prende à parede endometrial, e o trofoblasto começa a
se proliferar, diferenciando-se em duas camadas: uma
mais interna, o citotrofoblasto, e uma mais externa, o
sinciciotrofoblasto. Ao fim da primeira semana, a partir da
proliferação do sinciciotrofoblasto, o blastocisto já está
implantado superficialmente no endométrio. Surge então,
entre o embrioblasto e o trofoblasto, uma nova cavidade,
a cavidade amniótica, e simultaneamente, surge nesta
região um disco bilaminar, conhecido como disco
embrionário. Este disco é formado por duas camadas: o
epiblasto, camada de células voltadas para a cavidade
amniótica, e o hipoblasto (endoderma primitivo), voltado
para a cavidade blastocística. A partir deste momento, a
cavidade blastocística passa a ser chamada de saco
vitelino primitivo. Por volta do décimo dia, estágio em que
o embrião já está totalmente implantado no endométrio
surge uma grande cavidade que envolve o âmnio e o
saco vitelino primitivo, chamada celoma extraembrionário. O saco vitelino primitivo diminui de
tamanho, e surge o saco vitelino secundário, ou
simplesmente saco vitelino, que desempenha importante
papel na transferência seletiva do líquido nutritivo para o
disco embrionário. Por volta do 14° dia, o embrião ainda
apresenta a forma de um disco bilaminar, e células
hipoblásticas (células do hipoblasto) formam uma área
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espessa circular, denominada placa pré-cordal, que
indica o futuro local da boca, a região cranial do embrião.
Gastrulação
Entende-se por gastrulação o processo através do
qual o disco embrionário (bilaminar, formado por duas
camadas) é convertido em um disco trilaminar
(trilaminar). Este é o início da morfogênese
(desenvolvimento da forma do corpo).
No início da terceira semana surge na linha média
do aspecto dorsal do embrião a linha primitiva, uma
camada espessa de células epliblásticas (células do
epiblasto). Na extremidade cefálica da linha primitiva,
células se proliferam originando o nó primitivo, e
simultaneamente, dentro desta linha, surge um sulco,
conhecido como sulco primitivo, que no local de encontro
com o nó primitivo, forma uma estrutura conhecida como
fosseta primitiva. A linha primitiva torna possível
identificar o eixo cefálico-caudal do embrião, assim como
suas extremidades dorsal e ventral e seus lados direito e
esquerdo.
Em seguida, surge na superfície da linha primitiva
uma rede frouxa de tecido conjuntivo denominado
mesênquima, que irá formar os tecidos de sustentação
do embrião. Alguns tecidos mesenquimais (originados do
mesênquima) formam uma camada conhecida como
mesoderma intraembrionário.
Algumas células da linha primitiva se proliferam e
deslocam o hipoblasto originando mais uma camada de
células chamada endoderma intraembrionário. Neste
mesmo estágio, o restante do epiblasto passa a ser
chamado de ectoderma intra-embrionário. Ou seja, as
células do epiblasto dão origem a todas as três camadas
germinativas do embrião, que são o primórdio de todos
os tecidos e órgãos. A partir da quarta semana, a linha
primitiva diminui e se torna uma estrutura insignificante
no embrião, em geral, com o desenvolvimento do
embrião, degenera e desaparece.
Derivados das camadas germinativas
As três camadas germinativas (ectoderma,
mesoderma e endoderma) dão origem aos primórdios de
todos os tecidos e órgãos. Seus principais derivados são:
Ectoderma: Sistema Nervoso Central (SNC);
Sistema Nervoso Periférico (SNP); epiderme e seus
apêndices (pêlos e unhas), glândulas mamárias e
subcutâneas; hipófise, meninges.
Mesoderma: tecido conjuntivo; cartilagem, ossos,
músculo estriado e liso; coração; sangue, vasos e células
linfáticas; rins; ovários; testículos e membranas de
revestimento das cavidades corporais (pleuras,
pericárdio.)
Endoderma: revestimento epitelial dos tratos
gastrointestinal e respiratório; glândulas tireóide e
paratireóide; timo; fígado; pâncreas.
Algumas células mesenquimais (do mesênquima)
migram a partir do nó primitivo, formando um cordão
celular mediano, denominado processo notocordal, que
possui um canal interno, chamado canal notocordal. O
processo notocordal cresce em sentido cranial, entre o
ectoderma e o endoderma, até alcançar a placa
precordal. Ao atingir esta estrutura, as membranas
destes dois processos se fundem dando origem à
membrana orofaríngea, (futuro local da boca). Algumas
células migram da linha primitiva migram cranialmente de
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cada lado do processo notocordal e em volta da placa
precordal, e se encontram cranialmente para formar o
mesoderma cardiogênico, local onde o coração começa
a se desenvolver no final da terceira semana. Situada
caudalmente em relação à linha primitiva encontra-se
uma área circular, a membrana cloacal, que indica o
futuro local do ânus. Na metade da terceira semana o
mesoderma separa o ectoderma do endoderma, exceto
na região da membrana orofaríngea, no local por onde se
estende o processo notocordal e na região onde está a
membrana cloacal. Na medida em que se desenvolve, o
processo notocordal torna-se um tubo que se estende
em sentido cefálico, desde o nó primitivo até a placa
precordal. Logo, células deste tubo se fundem com o
endoderma, ligando o canal notocordal com o saco
vitelino, formando assim, uma placa achatada de células,
conhecida como placa notocordal, porém, esta logo
começa a se dobrar, e se forma a notocorda. A
notocorda define o eixo primitivo do embrião, oferecendolhe rigidez, indicando o futuro local da coluna vertebral. É
em torno desta estrutura que se formarão os corpos
vertebrais. Com o desenvolvimento, a notocorda se
degenera, permanecendo apenas como o núcleo pulposo
dos discos intervertebrais, que se formarão futuramente
entre as vértebras.
Neurulação: O Tubo Neural como precursor
embriológico do Sistema Nervoso
Durante o desenvolvimento da notocorda, células
do ectoderma subjacente (células que estão sobre a
notocorda), se espessam, originando a placa neural, que
futuramente originará o Sistema Nervoso Central (que
consiste em encéfalo e medula espinhal). Por volta do
18° dia, a placa neural (que está dorsalmente, em
relação à notocorda) sofre uma invaginação no seu eixo
central, formando o sulco neural, que possui pregas
neurais laterais, mais proeminentes na região cefálica.
Estas pregas são os primeiros sinais do desenvolvimento
do encéfalo. Ao fim da terceira semana, as pregas se
fundem, transformando a placa neural em um tubo
neural, que é aberto nas regiões caudal e cefálica. Logo,
as extremidades do ectoderma se fundem recobrindo
todo o tubo neural e também, a parte posterior do
embrião. Em seguida, o ectoderma superficial se
diferencia na epiderme da pele. A neurulação termina
com o fechamento das extremidades caudal e cefálica do
tubo.
Na seqüência, o tubo neural se separa do
ectordema superficial, e as células resultantes da fusão
das pregas neurais (para o fechamento do tubo), migram
no sentido ventrolateral, originando uma crista, a crista
neural, que apresenta uma porção esquerda e uma
direita. Células da crista neural originarão os gânglios
espinhais, os gânglios do sistema nervoso autônomo, as
bainhas de revestimento dos nervos e as meninges
(membranas que revestem e protegem o sistema
nervoso central).
Quando a notocorda e o tubo neural se formam, o
mesoderma se diferencia e se divide em porções
cubóides pares, chamados somitos, que se localizam de
cada um dos lados da notocorda e do tubo neural. No fim
da quinta semana, estão presentes de 42 a 44 somitos,
os quais formam elevações na superfície do embrião. Os
pares vão surgindo em seqüência cefalocaudal. São
estas estruturas que darão origem à maior parte do
esqueleto axial (cabeça, pescoço e tronco) e à
musculatura associada. Assim, o embrião continua o seu
desenvolvimento, sendo que na última semana do
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período embrionário (8° semana) os principais órgãos e
sistemas já estão formados. No período fetal (da 9°
semana até o nascimento) o corpo do feto cresce mais
rapidamente, e todos os órgãos e sistemas encerram a
sua diferenciação.
Biologia – Parte 02
Mitose
DIVISÃO CELULAR
Em estudos de genética a preocupação básica é o
entendimento de como as características são repassadas
entre as gerações. De uma forma geral, podemos
imaginar vários indivíduos de uma população que se
intercruzam formando novos descendentes, que
manifestarão fenótipos resultantes da ação e interação
dos genes recebidos.
Conceito
É o processo pelo qual é construído uma cópia
exata de cada cromossomo, a informação genética é
replicada e distribuída eqüitativamente aos 2 produtos
finais. As características básicas da mitose são:
a) Distribuição eqüitativa e conservativa do
número de cromossomos.
b) Distribuição eqüitativa e conservativa da
informação genética.
Descrição das Fases
O processo de origem de novos indivíduos se
inicia pela formação de gametas dos genitores e
subsequente união entre os mesmos. Da fecundação
forma-se a célula ovo, ou zigoto, que reconstitui o
número de cromossomo da espécie. Esta célula inicial se
desenvolve gerando o indivíduo adulto, formados por
mais de um trilhão de células, a partir da célula original,
como no caso da espécie humana. Verifica-se, portanto,
que os processos reducionais e conservativos são
fundamentais na transmissão das características
hereditárias.
A - Intérfase
Na intérfase o núcleo apresenta um contorno
nítido pela presença da membrana nuclear. Os
cromossomos estão invisíveis devido ao índice de
refração ser igual a da cariolinfa (suco nuclear) e a
problemas tinturiais. Os cromossomos começam a se
diferenciar engrossando-se e tornando-se mais visível. O
engrossamento se dá em parte pela espiralização e em
parte pelo acúmulo de uma substância protéica
denominada matriz (O cromossomo aumenta o diâmetro
e diminui o tamanho). Ocorre a divisão longitudinal do
cromossomo e replicação semi-conservativa da
informação genética (DNA).
B – Prófase
Na prófase os cromossomos tornam-se mais
espiralados, encurtando-se, aumentando o diâmetro e
individualizando-se. Em preparações fixadas e coradas o
cromossomo parece ser sólido e oval ou assemelha-se a
um bastão. As cromátides já podem ser observadas no
final da prófase. Elas mantêm-se unidas pelo
centrômero, o qual se liga às fibras do fuso cromático. A
membrana nuclear desaparece e os centríolos migram
para os pólos.
C – Metáfase
Há formação da placa equatorial, ou seja os
cromossomos se dispõe na posição mediana da célula,
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possibilitanto a distribuição equitativa da informação
genética. Os cromossomos estão bem individualizados e
fortemente condensados. Essa fase é adequada para se
fazer contagem de cromossomos e verificação
dealterações estruturais grosseiras. As linhas do fuso
surgem em forma de linhas centrais (ou contínuas) ou de
linhas cromossomais.
D- Anáfase
Ocorre a separação das cromátides que se dá
inicialmente pelo centrômero e posteriormente ao longo
de todo cromossomo. Cada unidade tem seu próprio
centrômero. Esta é a fase mais adequada para visualizar
a posição do centrômero .
E – Telófase
A membrana nuclear é reconstituída em torno de
cada núcleo-filho e os nucléolos reaparecem. A
citocinese ocorre.
Meiose
Biologia – Parte 02
B - Prófase I
A prófase I é estudada através de seus vários
estágios dados a seguir.
B.1 - Leptóteno (filamentos finos)
É a fase inicial da prófase da primeira divisão
meiótica. Os cromossomos aparecem unifilamentares
(apesar da replicação já ter ocorrido) e as cromátides são
invisíveis. A invisibilidade das cromátides permanece até
a sub-fase de paquíteno.
B.2. Zigóteno
Durante o estágio de zigóteno cada cromossomo
parece atrair o outro para um contato íntimo, à
semelhança de um ziper. Este pareamento, denominado
sinapse, é altamente específico e ocorre entre todas as
seções homólogas dos cromossomos, mesmo se essas
seções estão presentes em outros cromossomos não
homólogos.
Sabemos que para cada cromossomo contribuído
por um pai, existe um que lhe e homólogo, contribuído
pelo outro progenitor. São esses os cromossomos que se
pareiam.
B.3. Paquíteno
Conceito
A meiose é o processo que se verifica tanto nos
órgãos sexuais masculinos quanto femininos. Através da
meiose os gametas ficam com o número de
cromossomos reduzidos à metade, ao estado
denominado haplóide. Quando o gameta de origem
materna se une ao gameta de origem paterna o número
de cromossomos característico da espécie é
restabelecido.
A meiose é um processo divisional, que, a partir
de uma célula inicial com 2n cromossomos, leva à
formação de células filhas com metade desse número.
Também é definida como o processo que envolve duas
divisões sucessivas do núcleo, acompanhada de uma só
redução no número de cromossomos.
A divisão meiótica compreende 2 fases: a
reducional (meiose I) e a equacional (meiose II).
Descrição das Fases
A – Intérfase
Na intérfase o núcleo apresenta-se bem
individualizado pela presença da membrana nuclear. Os
cromossomos começam a se diferenciar, engrossandose e tornando-se mais visível. Ocorre a divisão
longitudinal do cromossomo e replicação da informação
genética, no modelo semi-consevativo.
Atualizada em 29/4/2011
O paquíteno é um estágio de progressivo
encurtamento e enrolamento dos cromossomos que
ocorre após o pareamento no zigóteno ter sido
completado. No paquíteno as duas cromátides irmãs de
um cromossomo homólogo estão associados às duas
cromátides irmãs de seus homólogos. Esse grupo de 4
cromátides é conhecido como bivalente ou tétrades e
uma série de troca de material genético ocorre entre
cromátides não irmãs de homólogos (Crossing-over)
O paquíteno é também o estágio em que uma
estrutura chamada de complexo sinaptonêmico pode ser
observada entre os cromossomos através de
microscópios eletrônicos. Ele aparece como faixas de 3
componentes longitudinais organizados em 2 camadas
laterais de elementos densos e a central constituída
basicamente de proteínas. O complexo permite que os
cromossomos estejam em um contato mais íntimo e mais
preciso.
B.4. Diplóteno
No estágio de diplóteno cada cromossomo age
como se repelisse o pareamento íntimo estabelecido
entre os homólogos, especialmente próximo ao
centrômero.
Talvez
isso
ocorra
devido
ao
desaparecimento da força de atração existente no
paquíteno ou devido a uma nova força de repulsão que
se manifesta.
A separação é impedida em algumas regiões, em
lugares onde os filamentos se cruzam. Essas regiões ou
pontos de intercâmbios genéticos, são conhecidas por
quiasmas. Uma tétrade pode apresentar vários quiasmas
dando figuras em configuração de V, X, O ou de
correntes. Em muitos organismos suas posições e
número parecem ser constantes para um particular
cromossomo.
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PF
Prof. Oromar
Biologia – Parte 02
B.5. Diacinese
H - Metáfase II
Na diacinese a espiralização e contração dos
cromossomos continua até eles se apresentarem como
corpúsculos grossos e compactos. Durante a fase final
desse estágio ou início da metáfase I, a membrana
nuclear dissolve e os bivalentes acoplam-se, através de
seus centrômeros, às fibras do fuso cromático. O
nucleolo desaparece. O número de quiasma é reduzido
devido a terminalização. A terminalização é um processo
pelo qual, dado o encurtamento dos filamentos e a força
de repulsão existente entre homólogos, os quiasmas vão
sendo empurrados para alguns se escaparem por
completo.
Os cromossomos, agora em número reduzido à
metade, alinham-se na placa equatorial da célula.
I- Anáfase II
Os centrômeros se dividem permitindo a
separação das cromátides irmãs migrarem para pólos
opostos. Essas cromátides poderão carregar informação
genética diferente caso tenha ocorrido permuta durante a
prófase I (paquíteno).
J - Telófase II
C - Metáfase I
Nessa
fase
os
bivalentes
orientam-se
aleatoriamente sobre a placa equatorial. Em geral os
cromosssomos estão mais compactos que aqueles da
fase correspondente da mitose e permitem uma
contagem das unidades que estão presentes na parte
mediana da célula.
Os cromossomos atingindo os pólos se
aglomeram e as novas células são reconstituídas. Após a
citocinese forma-se um grupo de 4 células haplóides
denominadas de tétrades. Cada célula dessa meiose irá
conter um grupo de cromossomos não homólogos.
D - Anáfase I
Nessa fase inicia a movimentação das díades
para pólos opostos, mas não há rompimento dos
centrômeros.
Nesse
caso
há
movimento
de
cromossomos inteiros para pólos opostos e,
consequentemente, essa fase reduz o número de
cromossomos a metade.
Essa fase é adequada ao estudo da posição dos
centrômeros,
pois
as
cromátides
se
abrem
permanecendo unidas apenas pelos centrômeros e
assim apresentando especiais. Nessa fase ainda ocorre
algumas quebras de quiasmas que ainda restaram.
E - Telófase I
Como na mitose os dois grupos formados ou
aglomerados nos pólos passam por uma série de
transformações: A identidade das díades começa a
desaparecer, os filamentos tornam-se a desespiralizar
(perda de visibilidade). Os núcleos não chegam ao
repouso total, pois logo após começa a se preparar para
a segunda divisão meiótica. Variando de acordo com o
organismo, uma divisão do citoplasma pode ou não se
verificar imediatamente após a separação dos dois
núcleos.
F – Intercinese
Fase que vai desde o final da primeira divisão até
o início da segunda divisão. Essa fase difere da intérfase
por não ocorrer a replicação da informação genética, tal
como ocorre na intérfase.
G - Prófase II
Essa fase é muito mais simples que a prófase I,
pois os cromossomos não passam por profundas
modificações na intercinese. Ocorre os seguintes
fenômenos: desaparecimento da membrana nuclear;
formação do fuso cromático e movimentação das díades
para a placa equatorial.
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