Carraças, outros ectoparasitas e doenças associadas no mundo global Código 1290024 Unidade Orgânica Instituto de Higiene e Medicina Tropical Departamento Unidade de Parasitologia Médica Créditos 2 Professor responsável Maria Odete Afonso Horas semanais T-11; TP-4; PL-6; S-3; OT-8. Língua de ensino Português Objetivos Compreender o papel da globalização e os riscos para a saúde causados pela mobilidade de humanos, animais, artrópodes e agentes infeciosos. Conhecer a importância das ectoparasitoses em crianças, as medidas de prevenção e controlo, as manifestações cutâneomucosas e as reações alérgicas à picada de artrópodes hematófagos e não hematófagos. Conhecer as falsas ectoparasitoses em humanos ou síndrome de Ekbom. Caracterizar a importância das pulgas na epidemiologia da Peste e identificar as espécies vetoras. Definir a importância das carraças vetoras de espiroquetas zoonóticas, identificar as espécies e conhecer as medidas de prevenção e controlo. Executar e interpretar técnicas laboratoriais para detecção de Borrelia burgdorferi s.l. e técnicas de RNA de interferência. Compreender o ciclo de transmissão dos arbovírus transmitidos por carraças, a manutenção na natureza e a transmissão a humanos. Descrever métodos de diagnóstico laboratorial fundamentados nas características dos vírus e no curso da infeção. Pré-requisitos Não se aplicável. Conteúdo Relação entre: ectoparasitas, seres humanos, agentes patogénicos e globalização. Clínica das doenças transmitidas por carraças e as manifestações cutâneomucosas das ectoparasitoses em humanos. Reacções imunes à picada de artrópodes hematófagos e não hematófagos. Síndrome de Ekbom e a importância no âmbito da Entomologia Médica. Ectoparasitoses em crianças e medidas preventivas e de controlo. Pulgas, a epidemiologia da Peste e a identificação das principais espécies vetoras. Carraças vetoras de espiroquetas do complexo Borrelia burgdorferi s.l. Detecção laboratorial de espiroquetas nas carraças. Técnicas de referência e moleculares para o diagnóstico de B. burgdorferi s.l. Métodos de controlo de carraças, análise funcional no desenvolvimento de vacinas e utilização de técnicas de RNA de interferência. Vírus transmitidos por carraças, ciclo de transmissão, hospedeiros e coevolução vetorvírus. Arbovírus das famílias Flaviviridae e Bunyaviridae. Características dos viriões e ciclo replicativo. Bibliografia Bellanger, P., Crouzet J., Boussard, M., Grenouillet, F., Sechter, D., Capellier, G. & Millom, L. (2009). Ectoparasitosis or Ekbom syndrome? Can Fam Physician, 55,1089-90 Fedmeier, H. (2012). Pediculosis capitis: new insights into epidemiology, diagnosis and treatment. Eur J Clin Microbiol Infect Dis. DOI 10. 1 007/s 10096-012-1575-0 Yin, X., Geater, A., Chongsuvivatwong, V., Dong, Q., Du, H. & Zhong, H. (2011) Predictors for abundance of host Flea and floor Flea in Households of Villages with Endemic Commensal rodent Plague, Yunnan Province, China. PLoS Negl Trop Dis 5(3), e997. doi:10.1371/journal.pntd.0000997 Lani, R., Moghaddam, E., Haghani, A., Chang, Y. AbuBakar, S. & Zandi, K. (2014). Tick-borne viruses: a review from the perspective of therapeutic approaches. Ticks Tick Borne Dis. 5,457-65 Smit, W., Kurkela, S., Kuusi, M. & Vapalahti, O. (2015). Evaluation of two commercially available rapid diagnostic tests for Lyme borreliosis. Eur J Clin Microbiol Infect Dis,34,109–113.doi: 10.1007/s10096-014-2217-5 Método de ensino O ensino consta de Aulas Teóricas (T), Teórico-práticas (TP), Práticas laboratoriais (PL), Tutoriais (OT) e Seminário (S). Os conteúdos programáticos de todas aulas, incluindo bibliografia, são colocados no Moodle. Para identificação morfológica de ectoparasitas e execução de práticas laboratoriais são fornecidos aos alunos, no início das aulas, chaves de identificação e protocolos das técnicas. Método de avaliação A avaliação apresenta os seguintes critérios (100% - 20 valores): Presença nas aulas T (10%); Presença nas aulas P e PL (20%); Seminário – cada aluno, fazendo parte de um determinado grupo, apresenta parte de um tema relacionado com os conteúdos das aulas e previamente sorteado (30%). Todos os docentes estão presentes no Seminário e dão uma classificação de acordo com parâmetros de avaliação pré escolhidos pela coordenadora e restantes docentes; Trabalho individual de cada aluno (40%) – são sorteados, no início da UC, um tema que terá de obedecer às normas de teses do IHMT e com 2000 ± 200 palavras.