Biologia – 2ª Série Cordados Data: 20 de agosto de 2008 Agnatas Ciclostomados - Sem mandíbula; boca circular. Lampréia e Feiticeira: Marinhos, crescem até 1 metro. Lampréia - Vertebrado parasita - Permanecem 7 pares de fendas branquiais. - Surgem brânquias; - Possuem nadadeiras (3 ou 5); - Presença de Notocorda revestida por uma pseudo coluna cartilaginosa; Fisiologia Locomoção: musculatura organizada em miótomos. Sistema digestório: - Completo. A lampréia fixa a boca, dotada de uma espécie de ventosa, na parte ventral do corpo do peixe, raspa-lhe a pele e a carne com a língua e os dentes (a língua também tem dentes) e suga todos os tecidos juntamente com o sangue. Liberam substâncias anticoagulantes durante a ingestão do sangue. O alimento passa para a faringe, esôfago e cai no intestino, onde ocorre digestão química dos tecidos e absorção de nutrientes. O tiflossole aumenta a superfície de absorção . Sistema Circulatório: - Fechado e Simples (sangue venoso). Fechado = sangue não abandona os vasos. Simples= sangue passa uma única vez pelo coração no trajeto completo pelo corpo. Sistema Respiratório: - Branquial. A água entra pela boca, passa pela faringe e vai para as brânquias onde há oxigenação do sangue. De lá, é eliminada pelas fendas branquiais. Quando a lampréia está parasitando algum ser, a entrada da água passa a ser pelas fendas branquiais, pois a boca está ocupada. Na feiticeira a água entra pelas narinas. Sistema Excretor: amoniotélicos. Rins Pronefros filtram o celoma e rins Mesonefros que filtram celoma e corrente sangüínea. Sistema Nervoso:- Encéfalo e 10 pares de nervos cranianos Reprodução: Sexuada - Dióicos; fecundação externa; desenvolvimento indireto. No outono, as lampréias que atingirem a maturidade sexual entram nos estuários dos rios. Chegando em água doce, param de se alimentar. O macho sobe o rio primeiro e faz um muro com seixos, que junta com sua boca. A fêmea chega em seguida. Ela o ajuda a terminar o ninho de pedras, onde bota aproximadamente 200.000 óvulos, que são fecundados pelo macho. Depois disso, o macho e a fêmea nadam rio abaixo e morrem. As larvas, com 15 a 20 cm de comprimento, saem do ninho duas semanas depois. Elas passam 4 a 5 anos na água doce antes de assumir sua forma definitiva e retornar ao mar. E o ciclo recomeça. Colégio I. L. Peretz - Morá Anita 1/9 Biologia – 2ª Série Cordados Data: 20 de agosto de 2008 Condrictes Gnathostomata, ou seja peixes com mandíbula. O nome Chondrychthyes expressa peixe com esqueleto cartilaginoso. A maioria dos representantes é marinha, embora haja alguns de água doce. Nadadeiras pares e mais desenvolvidas e um esqueleto melhor estruturado. São pecilotérmicos (poiquilotérmicos) ou heterotérmicos. Diferem dos peixes ósseos por apresentarem a boca na posição ventral, a nadadeira caudal heterocerca e no tubo digestivo a válvula espiral. Fisiologia Revestimento: As escamas são do tipo placóides, de origem dermo-epidérmicas, semelhantes a dentículos dérmicos que dão a aspereza característica da pele dos condrictes Sistema Muscular: miótomos, permitem as ondulações, favorecendo a natação. Nadadeiras pares – controle do movimento, nadadeiras ímpares – impulso. Sistema Digestório Completo A boca é ventral com várias fileiras de dentes laminares e pontiagudos, que são substituídos freqüentemente. O esôfago curto conduz o alimento ao estômago que apresenta a forma de letra J . O intestino é curto, mas para compensar, possui internamente a válvula espiral para aumentar a superfície de absorção e remover o excesso de sais. A terminação do intestino é a cloaca. Possuem pâncreas, um enorme fígado com vesícula biliar e não têm glândulas salivares. Sistema Circulatório Fechado e simples Coração com duas cavidades: um átrio e um ventrículo. Sistema Respiratório branquial. Não há opérculo para proteger as brânquias. Grande parte dos condrictes possui uma abertura de tamanho variável, geralmente localizada próximo ao olho, conhecida como espiráculo, que auxilia na respiração, sendo indispensável para espécies mais sedentárias. A água entra pela boca, banha as brânquias e sai pelas fendas e espiráculos. Sistema Excretor No embrião existem rins pronefro e no adulto mesonefro . Os excretas nitrogenados são uréia e amônia. A urina possui poucos sais devido a pouca capacidade dos rins em torná-la concentrada. Eles armazenam sais no sangue, uréia para equilibrar a pressão osmótica com a água do mar. Sistema Nervoso O encéfalo, lobos olfativos e ópticos e um cerebelo bem desenvolvido. Existem 10 pares de nervos cranianos e nervos espinais para cada segmento do corpo. Sistema sensorial Na faringe há botões gustativos. O olfato e a visão são desenvolvidos. Alguns tubarões, como o tigre e o branco, têm uma membrana na parte inferior do olho, a membrana nictitante. Essa membrana é usada para proteger os olhos, se fechando quando o tubarão ataca a presa, por exemplo. Existe apenas o ouvido interno com função de equilíbrio. Em cada lado do corpo, desde o tronco até a cauda, existe uma linha para a percepção da correnteza e pressão da água. Na cabeça existe as ampolas de Lorenzini, funcionam como termorreceptores e também como eletrorreceptores. São pequenas câmaras contendo células sensitivas ligadas a fibras nervosas. Estão ligados a um pequeno canal que se abre para o exterior através de poros. Existem órgãos elétricos nas raias. Reprodução: Dióicos com dimorfismo sexual (cláspers - projeções de pele nas nadadeiras pélvicas dos machos, usadas na cópula. Em alguns casos, o clásper possui um "espinho" que se abre após a penetração, prendendo a fêmea ao macho até o final da fecundação.) Fecundação geralmente é interna; a maioria das espécies é ovípara ou ovovivípara; tem o desenvolvimento direto sem formação de larvas. Colégio I. L. Peretz - Morá Anita 2/9 Biologia – 2ª Série Cordados Data: 20 de agosto de 2008 Classe Osteíctes Gnatostomados Peixes com esqueleto parcial ou totalmente ossificado. Vértebras ósseas. Corpo de forma variável, achatado lateralmente. Boca terminal. Nadadeira caudal homocerca. Brânquias cobertas por um opérculo Bexiga natatória. Fisiologia Revestimento: A pele do peixe reveste todo o corpo, inclusive os olhos onde é transparente. Tem órgãos anexos: cromatóforos, escamas, glândulas e fotóforos. Sua principal função é proteger, mas também, respiratória dependendo da espécie e do estágio de desenvolvimento. Cromatóforos - organelas que contém pigmentos, ajudam no mimetismo e na reprodução. Escamas - originárias da derme. Apresentam vários tipos, sendo os mais comuns ciclóides, guanóides e ctenóides. Glândulas - geralmente mucosas, secreção de muco isolante que recobre o corpo dos peixes, facilitando sua locomoção e protegendo contra a entrada de bactérias. Fotóforos – órgãos luminescentes, nas formas que habitam cavernas ou em regiões abissais. Locomoção: Nadadeiras: pares- peitorais e pélvicas e nadadeiras ímpares – anal, caudal e dorsal. Sistema digestório: Completo. Possuem boca terminal com dentes e língua com grande número de papilas gustativas. O animal dilacera o alimento e engole, levando-o pelo esôfago até o estômago, onde começa a digestão. O alimento semidigerido passa por cecos pilóricos (projeções com formato de dedos de luva que aumentam a superfície de absorção) e depois vai para o intestino, onde termina a digestão e ocorre a absorção dos nutrientes. Os restos são eliminados pelo ânus. As glândulas anexas são fígado e pâncreas. Sistema Circulatório Fechado e simples Coração com duas cavidades: um átrio e um ventrículo. Sistema Respiratório – Brânquias, protegidas pelo opérculo. As brânquias são filamentos altamente vascularizados que se apóiam em arcos cartilaginosos. A bexiga natatória é o apêndice hidrostático dos peixes. Pode ou não estar ligada por meio de um ducto pneumático e ter função respiratória. Sistema Excretor: amoniotélicos Há dois tipos de rins: pronefro ou cefálico e o mesonefro. Deles saem ductos que se unem, formando apenas um, que desemboca em uma vesícula urinária ou diretamente no poro urogenital. Sistema Nervoso: Cérebro dividido em cinco vesículas (mielencéfalo, metencéfalo, mesencéfalo, diencéfalo e telencéfalo) e medula espinhal. Há 10 pares de nervos cranianos. Sistema sensorial Na faringe há botões gustativos, narinas (sem função respiratória) em formato de U responsáveis pelo olfato ou quimiocepção e a visão bem desenvolvida, olhos sem pálpebras. Ouvido interno com função de equilíbrio. Em cada lado do corpo, há a linha lateral para a percepção da correnteza e pressão da água e quimiocepção. Reprodução: Dióicos com dimorfismo sexual (nadadeira caudal mais vistosa, coloração exuberante no macho.) Apresentam todos os mecanismos de fecundação – a bissexual, hermafrodita e a partenogenética. Os ovários das fêmeas localizam-se longidutinalmente no corpo, apoiados sobre a bexiga natatória. Os testículos apresentam-se como estruturas alongadas e compactas, localizadas, a exemplo dos ovários no sentido longitudinal do corpo sobre a bexiga natatória. Fecundação interna ou externa; a maioria das espécies é ovípara ou ovovivípara; tem o desenvolvimento direto ou indireto com estágio larval alevino. Colégio I. L. Peretz - Morá Anita 3/9 Biologia – 2ª Série Cordados Data: 20 de agosto de 2008 Anfíbios Origem dos Anfíbios: os Anfíbios surgiram no Ordovioiano ou Siluriano, se originaram a partir dos peixes pulmonados sarcopterígeos, cuja estrutura interna de suas nadadeiras e estrutura do crânio são semelhantes. Características: Seres de transição entre ambiente aquático e terrestre. Não há representantes marinhos. Pecilotérmicos. Dependem do ambiente aquático para respiração e para a reprodução. Tetrápodes, respiração cutânea, branquial e pulmonar. Classificação - Três ordens: Anura: sem cauda- sapos, rãs e pererecas. Como características distintivas, os sapos possuem muitas verrugas, as rãs possuem pele lisa e as pererecas têm discos adesivos nas extremidades dos dedos. Urodela: com cauda – salamandras. Ápoda ou gimnofiona: sem patas ou com olhos recobertos por membrana, sem pálpebras – cobra cega. Fisiologia Revestimento: Fornece proteção física; interfere na respiração; interfere na absorção de água. Ricamente vascularizada; úmida para facilitar as trocas. Glândulas mucosas: secretam um fluído aquoso para conservar a pele úmida (facilitar as trocas) e proteção. Glândulas venenosas: por todos os poros sai uma substância de aspecto leitoso e tóxico. A cor é dada por grânulos de pigmentos que se encontram na epiderme e cromatóforos na derme. Locomoção: Membros desenvolvidos, para andar ou saltar ou nadar. Pode haver membranas interdigitais ou discos adesivos nos dedos. Sistema digestório: A boca ocupa toda triangulação da cabeça. Língua longa e viscosa inserida na região frontal da boca, responsável pela apreensão do alimento. O alimento passa pela faringe e esôfago até o estômago, órgão de armazenamento e digestão. Intestino delgado e grosso, o reto termina em ânus ou cloaca. Glândulas anexas: Fígado produz a bile que atua como emulsificante de gorduras e é liberada na parte inicial do intestino delgado. Pâncreas, glândula produtora de enzimas digestivas. Sistema Circulatório: Fechado, duplo e incompleto. Fechado = o sangue não abandona os vasos. Duplo = o sangue passa duas vezes pelo coração num trajeto completo. Incompleto = ocorre mistura entre sangue venoso e arterial. Coração com três câmaras – 2 átrios e 1 ventrículo. O sangue chega do corpo e entra pelo átrio direito, o sangue que chega do pulmão entra pelo átrio esquerdo. Ambos os átrios, durante a contração, enviam sangue para o ventrículo único, onde ocorre a mistura. Uma parte do sangue sai para o pulmão e outra parte vai para o corpo, passado pela pele, onde recebe mais oxigênio. Sistema Respiratório: Girino – respiração branquial: inicialmente as brânquias são externas, depois desaparecem e há a formação de pulmão interno. Adulto – Cerca de 1/3 da oxigenação é por respiração pulmonar; 2/3 por respiração cutânea. Pulmão: com aspecto esponjoso pelo grande número de alvéolos que apresenta. Corda vocal cuja função é coaxar, macho coaxa para atração da fêmea. Sistema Excretor: Girinos - Amoniotélicos Adultos - Ureotélicos Sistema Nervoso: Cérebro e medula espinhal. Há 10 pares de nervos cranianos. Colégio I. L. Peretz - Morá Anita 4/9 Biologia – 2ª Série Cordados Data: 20 de agosto de 2008 Sistema sensorial Na faringe há botões gustativos, narinas com função respiratória, responsáveis pelo olfato ou quimiocepção, comunicam-se com a boca, através de orifícios chamados coanas. Visão bem desenvolvida, olhos com pálpebras. Ouvido interno com função de equilíbrio. Ouvido para sensação auditiva. Quimioceptores na pele. Reprodução: Dióicos com dimorfismo sexual. A fêmea apresenta dois ovários e dois ovidutos, a porção terminal se abre na cloaca e pode se apresentar mais alargada. Os machos apresentam dois testículos e dois canais deferentes que conduzem o esperma e liberam seus produtos na cloaca. Há um órgão de Bidder: localizado entre o testículo e o órgão adiposo que ocorre nos machos do gênero Bufo nos quais tem ação feminilizante transformando-se num ovário efetivo sempre que por algum problema, o testículo perder sua função, podendo ocorrer inversão de sexo. Após a fecundação, os ovos são envolvidos por uma camada de muco que quando em contato com a água incha extraordinariamente constituindo um espesso invólucro gelatinoso. As fêmeas são ovíparas e o desenvolvimento é indireto, com um estágio larval aquático, representado pelo girino. Colégio I. L. Peretz - Morá Anita 5/9 Biologia – 2ª Série Cordados Data: 20 de agosto de 2008 Répteis Seres que conquistam definitivamente a terra. Pele seca, impermeável, ovos com casca e respiração exclusivamente pulmonar. São os primeiros tetrápodes amniotas e alantoidianos. Classificação - Quatro ordens: Crocodilianos – com placas dérmicas. Ex.: jacarés, crocodilos, gaviais. Quelônios ou testudíneos – com plastrão e carapaça. Ex.:jabutis (terrestres), cágados (água doce), tartarugas (marinhas) Escamados – corpo recoberto por escamas. Ex.: lacertílios e ofídios Rincocéfalos – com espinhos na cabeça – Ex. Tuatara Fisiologia Revestimento: Pele seca, impermeável graças à deposição de queratina, com fâneros como escamas, plastrões, escudos, placas ósseas. A cor é dada por grânulos de pigmentos que se encontram na epiderme e cromatóforos na derme. Locomoção: Membros curtos, situados no mesmo plano do corpo, ou ausentes. Rastejantes. As cobras não possuem esterno e deslocam-se por movimentos das costelas. Sistema digestório: Boca com dentes e língua longa e bífida. O alimento passa pela faringe e esôfago até o estômago, órgão de armazenamento e digestão. Intestino delgado e grosso, o reto termina em ânus ou cloaca. Glândulas anexas: Fígado produz a bile que atua como emulsificante de gorduras e é liberada na parte inicial do intestino delgado. Pâncreas, glândula produtora de enzimas digestivas. Na boca de cobras há uma série de modificações. Alguns dentes são modificados para inocular peçonha. De acordo com a posição dos dentes as cobras podem ser classificadas como opistóglifas, solenóglifas, áglifas, proterógligas. A glândula salivar parótida é modificada e produz peçonha. A mandíbula e formada por duas peças não fundidas frontalmente e ligada ao crânio por um osso quadrado e um ligamento elástico, permitindo uma abertura muito maior para a boca. Além disso, as costelas são todas flutuantes, ou seja, não há osso esterno, e a cobra pode deglutir alimentos muito maiores que seu diâmetro normal. Sistema Circulatório: Fechado, duplo e incompleto. Completo nos crocodilianos. Coração com quatro câmaras incompletamente separadas, quatro câmaras separadas em crocodilianos. Ainda há mistura entre sangue venoso e arterial, compensada pelo baixo metabolismo. O sangue vindo do corpo entra pelo átrio direito, o sangue vindo do pulmão entra pelo átrio esquerdo. O sangue venoso é levado para o ventrículo direito e o sangue arterial vai para o ventrículo esquerdo. Durante a contração do ventrículo, um pouco de sangue arterial passa para o ventrículo direito. Sistema Respiratório: Exclusivamente pulmonar. Pulmões com maior superfície de trocas compensam o fato de não haver respiração cutânea. Sistema Excretor: Uricotélicos – é o ponto máximo da economia de água, o ácido úrico é praticamente atóxico e pouco solúvel, podendo ser eliminado quase sem água. Colégio I. L. Peretz - Morá Anita 6/9 Biologia – 2ª Série Cordados Data: 20 de agosto de 2008 Sistema Nervoso: Cérebro e medula espinhal. Há 10 pares de nervos cranianos. Sistema sensorial Narinas responsáveis pelo olfato ou quimiocepção. Visão bem desenvolvida, olhos com pálpebras e membrana nictitante. Ouvido interno com função de equilíbrio. Ouvido para sensação auditiva. Nos escamados há órgãos de Jacobson, depressões no céu da boca nas quais a língua bífida encosta depois de ter tateado o ambiente. Nas cobras peçonhentas há um par de orifícios entre as narinas e os olhos, chamadas fossetas loreais com função de termoceptores. Auxiliam a encontrar presas de sangue quente. Reprodução: Dióicos com dimorfismo sexual. A fêmea apresenta dois ovários e dois ovidutos. Os machos apresentam dois testículos e dois canais deferentes. Pode haver pênis ou hemipênis. Cópula e fecundação interna. As fêmeas são ovíparas ou ovovivíparas e o desenvolvimento é direto. Apresentam cuidados com os ovos. Na fase embrionária, como o ovo tem casca calcária, não há possibilidade do embrião receber nutrientes ou eliminar excretas, os restos metabólicos ficam retidos num anexo embrionário, o alantóide. Jacaré ou crocodilo? O jacaré tem a cabeça mais larga e arredondada. Quando fecha a boca, seus dentes não aparecem. Já o crocodilo tem a cabeça mais estreita e seus dentes ficam de fora, mesmo com a boca fechada. Os jacarés e crocodilos podem viver de 25 a quarenta anos e habitam as regiões tropicais, geralmente às margens dos rios. No Brasil só existem jacarés. Cobras peçonhentas ou não? De forma bem simplificada, para diferenciarmos uma cobra peçonhenta de uma não peçonhenta, existem algumas características. Cobra peçonhenta: cabeça triangular, cauda afilada, pupila em fenda, escamas pequenas e ásperas, fossetas loreais. Cobras não peçonhentas: cabeça arredondada, cauda não distinta do corpo, pupila esférica, escamas grandes e lisas. “Em caso de acidente, não faça qualquer tipo de atendimento caseiro, não corte nem perfure o local da mordida e não faça torniquete. Procure imediatamente um posto médico, porque somente o soro antiofídico cura. Ele é distribuído gratuitamente a hospitais, casas de saúde e postos de atendimento médico por todo o país pelo Ministério da Saúde. Em São Paulo, o Hospital Vital Brazil que pertence ao Instituto Butantan realiza esse tipo de atendimento 24 horas por dia, como também os vários pontos estratégicos espalhados pelo Estado. Uma lista atualizada destes pontos pode ser encontrada em: http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/zoo/Zoo_uni1.htm” www.butantan.gov.br/materialdidatico - 5 junho 2008 – 18: 00h Colégio I. L. Peretz - Morá Anita 7/9 Biologia – 2ª Série Cordados Data: 20 de agosto de 2008 Aves Originárias do período Jurássico, a partir de répteis voadores. Corpo recoberto por penas e escamas. Membros anteriores modificados em asas. Homeotérmicos – penas, gordura subcutânea, aparelho circulatório eficiente ajudam a manter o calor, ofegação e abertura das asas permitem a dissipação de calor. Amniotas e alantoidianos. Têm uma série de adaptações que diminuem a densidade do corpo do animal, e facilitam o vôo. Penas ocas, carena ou quilha para inserção da musculatura peitoral. Ossos ocos ou pneumáticos, ausência de dentes, ausência de bexiga urinária, vísceras únicas. Ainda têm formato aerodinâmico. Podemos dividir as aves em carenadas (com carena, as que voam) e ratitas (sem carena). Fisiologia Revestimento: Pele seca, impermeável graças à deposição de queratina, coberta por penas, cerdas e plumas. Quase sem glândulas, sendo a mais importante a glândula uropigiana, responsável pela impermeabilização e lubrificação das penas. Sistema digestório: Boca com bico córneo e ausência de dentes. Língua seca e coriácea. O alimento pode ficar temporariamente armazenado no papo, nas aves que comem grãos, e de lá vai para o proventrículo (estômago químico) e moela (estômago mecânico, órgão responsável por triturar o alimento). De lá o alimento semi digerido ou quimo, segue para o intestino delgado e grosso, o reto termina em ânus ou cloaca. Glândulas anexas: Fígado produz a bile que atua como emulsificante de gorduras e é liberada na parte inicial do intestino delgado. Pâncreas, glândula produtora de enzimas digestivas. Sistema Circulatório: Fechado, duplo e completo. Coração com quatro câmaras completamente separadas não há mistura entre sangue venoso e arterial, favorece a alta taxa de metabolismo. Sistema Respiratório: Exclusivamente pulmonar. Pulmões com alvéolos, sacos aéreos aumentam a superfície para trocas gasosas. Na bifurcação da traquéia, há um órgão canoro, a siringe. Sistema Excretor: Uricotélicos – é o ponto máximo da economia de água, o ácido úrico é praticamente atóxico e pouco solúvel, podendo ser eliminado quase sem água. Ausência de bexiga urinária. Sistema Nervoso: Cérebro e medula espinhal. Há 10 pares de nervos cranianos. Sistema sensorial Narinas responsáveis pelo olfato ou quimiocepção. Visão bem desenvolvida, olhos com pálpebras e membrana nictitante. Ouvido interno com função de equilíbrio. Ouvido para sensação auditiva. Reprodução: Dióicos com dimorfismo sexual. Corte, cópula e fecundação interna. As fêmeas são ovíparas e o desenvolvimento é direto. Apresentam cuidados com os ovos, chocando-os e com a prole. Colégio I. L. Peretz - Morá Anita 8/9 Biologia – 2ª Série Cordados Data: 20 de agosto de 2008 Mamíferos Surgiram a partir dos répteis, no fim do período triássico da Era Mesozóica. Características: Tetrápodos, craniados, amniotas, alantoidianos, deuterostômios, celomados, homeotérmicos que possuem pêlos e amamentam seus filhotes. Glândulas mamárias nas fêmeas. A secreção dessas glândulas, o leite, serve à alimentação das crias nos primeiros meses de vida. Corpo coberto por pêlos contribue para a homeotermia. Aparecimento de útero, para abrigar o concepto. Vivíparos, na maioria. São heterodontes, pois os dentes são diferenciados em incisivos, caninos, pré-molares e molares. Com exceção dos monotremados, todos os mamíferos possuem tubo digestivo completo que termina no ânus, independente dos sistemas reprodutor e excretor. Circulação dupla e completa, com hemácias bicôncavas e anucleadas. Diafragma responsável por movimentos respiratórios. Possuem bexiga urinária e a excreção da uréia é feita dissolvida na água, constituindo a urina. A articulação do crânio com a primeira vértebra é feita por dois côndilos ocipitais, o que limita os movimentos da cabeça, quando comparados com o das aves. Encéfalo altamente desenvolvido com muitos giros ou circunvoluções. Dois côndilos, menor rotação da cabeça sobre o pescoço. Os mamíferos são dióicos, e com fecundação interna. Dividem-se em três subclasses: Prototérios, Monotremados ou Adelfos – fêmeas sem útero e sem vagina. Desenvolvimento embrionário direto e interno, no interior do útero, órgão de parede muscular. Cloaca, ausência de tetas, o leite transuda da pele como suor. Ex.: ornitorrincos e équidnas. Metatérios, Marsupiais ou Didelfos – útero e vagina duplos – Placentação difusa. Desenvolvimento embrionário direto e interno, no interior do útero, órgão de parede muscular. Fêmea com bolsa marsupial. Ex.: Cangurus, coalas, gambás. Eutérios ou placentários – útero e vagina únicos. Placentação bem definida. No revestimento interno do útero, os embriões dos mamíferos placentários fixam-se através da placenta. Por meio desse anexo embrionário exclusivo dos mamíferos, ocorrem trocas por difusão entre o sangue materno e o sangue do embrião, sem mistura. Há passagem de oxigênio, água, nutrientes e anticorpos da mãe para o embrião, e passagem de gás carbônico e de outros resíduos metabólicos em sentido contrário. Ex.: baleias, cães, ratos, homens... Referências: infociencias.fc.ul.pt http://www.ficharionline.com/biologia www.saudeanimal.com.br http://www.geocities.com/HotSprings/Villa/3511/Raias/tubarao.html http://www.pucrs.br www.revista.unam.mx consultado 11/09/06 – 17:51h Colégio I. L. Peretz - Morá Anita 9/9