Anexos embrionários - Aprender

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Embriologia Animal
.Anexos embrionários
Universidade de Brasília (UnB)
Universidade Aberta do Brasil (UAB)
Aula 7:
Anexos embrionários
síntese:
Origem, função e destino das vesículas vitelina, amniótica e
alantoidiana/alantoide
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.Anexos embrionários
Sumário
Informações gerais da aula
1- Objetivos: geral e específicos
2- Conteúdo da aula: Anexos embrionários
2.1- Introdução
2.2- Vesícula vitelina
2.3- Vesícula amniótica
2.4- Alantoide e vesícula alontoidiana
3- Metodologia
4- Atividades de aprendizagem
5- Avaliação da aprendizagem
6- Bibliografia
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1- Objetivos
1.1- Objetivo geral
A identificar os anexos embrionários quanto a sua origem, função e destino.
1.2- Objetivos específicos
1.2.1- Definir anexos embrionários.
1.2.2- Definir e caracterizar a vesícula vitelina quanto a sua origem, função e destino.
1.2.3- Definir e caracterizar a vesícula amniótica vitelina quanto a sua origem, função e destino.
1.2.4- Definir e caracterizar o alantoide e a vesícula alantoidiana quanto a sua origem, função e destino
2. Conteúdo da aula: Anexos embrionários
2.1- Introdução
Para que ocorra o desenvolvimento embrionário são necessárias algumas estruturas que não farão parte dos aparelhos ou sistemas do
futuro indivíduo ou participarão da formação de apenas alguns órgãos. Essas estruturas são os anexos embrionários: vesícula vitelina, a
vesícula amniótica, o alantoide e/ ou vesícula alantoidiana e a placenta com o cordão umbilical. As vesículas amniótica e vitelina, na Figura VA e
VV, respectivamente são formadas ao mesmo tempo. Elas são originadas das estruturas que constituem a blástula. Na Figura 1 estão as
indicações na evolução dos anexos embrionários. Em A: T, trofoblasto; E, epiblasto; CE, celoma extraembrionário; VV vesícula vitelina. (B): T,
trofoblasto; CE, celoma extraembrionário; VA, vesícula amniótica; VV, vesícula vitelina; AL, vesícula alantoidiana. (C): T, trofoblasto; CE, celoma
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Figura 1: Evolução dos anexos embrionários. T – trofoblasto, E – epiblasto,
CE - celoma extraembrionário, VV - vesícula vitelina, VA - vesícula amniótica,
AL - vesícula alantoidiana, U - cavidade uterina e P - placentoma. Adaptado
de (HAFEZ, 2004)
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extraembrionário; VA, vesícula amniótica; VV, vesícula vitelina; AL, vesícula alantoidiana; U, cavidade uterina. (D): CE, celoma
extraembrionário; VA, vesícula amniótica; VV, vesícula vitelina; AL, vesícula alantoidiana, U, cavidade uterina; P, placentoma.
2.2- Vesícula vitelina.
A vesícula vitelina tem origem a partir de dois tecidos embrionários, o mesoblasto e o endoblasto. Apesar de todos os grupos animais
terem este anexo é somente nos ovos telolécitos presente em aves, répteis e alguns peixes, centrolécitos, dos insetos e nos heterolécitos de
anfíbios e alguns outros peixes que ela tem função de armazenamento de vitelo. Nos demais ovos, com nos alécitos dos mamíferos ou
oligolécitos dos equinodermos não possuir vitelo ou por apresentar pouca quantidade, respectivamente, não tem função de armazenamento
de substância nutritiva.
No ovo da galinha, Gallus domesticus L., o vitelo constitui-se na gema e é esta estrutura que garante a função nutritiva para o embrião
durante todo o período de incubação. Com o processo de incubação dos ovos de aves e répteis, por exemplo, as células endodérmicas
secretam enzimas que fragmentam os grânulos vitelínicos fosfolipídicos da gema tornando-os assimiláveis. Essa reserva é suficiente para nutrir
os filhotes recém eclodidos, nos primeiros dias de vida.
Notar na Figura 2 as etapas de absorção dos nutrientes da gema, à medida que é consumida ocorre o desenvolvimento do embrião. Em
todos os animais, o mesoblasto da vesícula vitelina tem a função de produção das primeiras células sanguíneas do embrião Além de formar
também dos primeiros vasos, antes mesmo que o sistema circulatório tenha se estabelecido.
Já o endoblasto tem a função de produção das células germinativas primordiais (CGP), precursoras das espermatogônias e ovogônias.
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Figura 2: Desenvolvimento dos anexos embrionários. (HOUILLON, 1972)
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Em XI, vista lateral da vesícula vitelina com as CGP, em preto e em XII e XIII, em corte para observação da estrutura interna do embrião.
As CGP migram da vesícula vitelina para a região da crista gonadal que irá formar a gônada, mais precisamente no cordão mesonefro, com
representação pontilhada na porção posterior do embrião da Figura 3.
Figura 3: Migração das células germinativas primordiais da vesícula vitelina
para a crista gonadal. Adaptado de (HAMILTON e MOSSMAN, 1973).
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2.3- Vesícula amniótica.
A vesícula amniótica, ausente em anamniotas, isto é, amimais com desenvolvimento externo em ambiente aquático como peixes e
anfíbio, está presente em amniotas, ou seja em répteis, aves e mamíferos. Tem sua origem por diferentes processos dependendo do grupo
animal, a partir da diferenciação dos tecidos ectodérmicos e mesodérmicos. Nela é armazenado o líquido amniótico que é produzido
inicialmente pelos amnioblastos (células da própria vesícula) e, posteriormente, por células dos sistemas, respiratório e digestório, além da
própria urina embrionária e fetal. Nos mamíferos, há participação também da circulação materna e da atividade de células uterina. O líquido
amniótico é constituído de água, restos celulares, ferro, amônia, ácido úrico, bilirrubina, enzimas, secreções do trato respiratório, da cavidade
bucal, do trato digestório, da circulação materna útero/ placentária e placas amnióticas. Possui altas concentrações de sódio, cloro, fósforo e
frutose e baixas concentrações em potássio, magnésio, creatinina, glicose e ureia. O volume do mesmo varia conforme a espécie: cadela e gata,
8-30 mL; égua, 3-7 L; mulher, 1L; porca, 40-150 mL; vaca, 3-5 L.
Entre as funções estão as de hidratação, manutenção da temperatura, impede o colabamento entre o feto e as membranas, proteção
contra choques mecânicos, desenvolvimento dos sistemas digestório, respiratório, urinário e muscular, dilatação do colo uterino.
Após o nascimento, em mamíferos, a vesícula amniótica é eliminada no parto, juntamente com a placenta. Nos casos de répteis e aves,
ela é absorvida.
Na Figura 4 é apresentado o desenvolvimento da vesícula amniótica em humanos, particularmente nos esquemas B e C, onde está
representado o crescimento por meio de setas indicativas. À medida que ocorre o crescimento fetal esta estrutura amniótica acompanha este
desenvolvimento juntamente com o processo de formação e estabelecimento da placenta e do cordão umbilical. O espaço do celoma
extraembrionário, aqui indicado por cavidade coriônica, vai sendo ocupado pelo desenvolvimento da vesícula amniótica Observar este
processo evolutivo na Figura 4 nos esquemas de A até D concomitantemente com o desaparecimento da vesícula vitelina.
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Figura 4: Desenvolvimento da vesícula amniótica, cordão umbilical e placenta e o desaparecimento da vesícula vitelina.
(MOORE, 2010)
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2.3- Alantoide e vesícula alantoidiana.
A vesícula alantoidiana e alantoide têm origem endomesodérmica, a partir do divertículo da vesícula vitelina, ver Figura 1. A estrutura
de vesícula não ocorre em humanos particularmente, sendo portanto denominada alantoide não apresentando portanto a função de
armazenamento de substâncias.
Está associada à formação da placenta, dos vasos sanguíneos placentários e do cordão umbilical, além de participar da formação da
bexiga urinária. Em répteis e aves, a vesícula alantoidiana apresenta também a função de trocas gasosas, armazena produtos nitrogenados e
contribui com a calcificação. Funciona como um depósito de produtos de excreção fetal que não podem ser transferidos rapidamente para a
mãe. Além das funções já mencionadas, ajuda na manutenção da pressão osmótica do plasma fetal e promove o contato íntimo entre o
alantocorio e o endométrio no início da gestação. O líquido alantoidiano que se acumula tem origem na urina fetal e na atividade secretora da
membrana alantoide. É formado por água, ultrafiltrado, potássio, magnésio, cálcio, frutose, creatinina, ácido úrico, ureia (em altas
concentrações), sódio, cloro, fósforo e glicose, em baixas concentrações.
O volume do conteúdo da vesícula alantoidiana é maior que o da vesícula amniótica e varia conforme a espécie sendo na égua, 4-10 L;
vaca, 8-15 L; cadela e gata, 10-50 mL.
O cordão Umbilical na maioria das espécies apresenta: uma veia e duas artérias. Os ruminantes e os carnívoros apresentam duas veias
que se fundem próximo ao feto.
Na Figura 5, é mostrado comparativamente entre as espécies, desenvolvimento dos anexos embrionários, em preto a vesícula
amniótica e em verde a vesícula alantoidiana e o alantoide em humanos, ver também em aves na Figura 2.
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Figura 5: Evolução dos anexos embrionários. (HOUILLON, 1972)
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3- Metodologia
Leitura atenta dos conteúdos da aula e redação das respostas. Nem sempre somente essa leitura será suficiente, portanto, para melhor
compreensão do assunto complemente a leitura com a bibliografia indicada e com os conteúdos adquiridos em outras disciplinas estudadas.
O recurso fundamental para o seu estudo e para as respostas da atividade é este guia de aula, nele encontrarão a maior parte das
informações sobre o ciclo sexual. É importante ressaltar que para se adquirir conhecimentos mais aprofundados e críticos e respostas mais
completas das atividades propostas são necessárias apoiar em outras informações contidas não somente na bibliografia indicada, mas também
de outras bibliografias de áreas complementares, sobretudo de morfologia e fisiologia.
4- Atividade de aprendizagem
Responder as quatro questões propostas após o texto explicativo. Para responder as questões das atividades propostas é necessário
estar atento aos objetivos da aula, pois eles serão os guias e suportes correções de cada uma das respostas.
Como já afirmado anteriormente, para responder as atividades é necessário leitura complementar que está indicada na bibliografia da
aula ou da disciplina, além de conteúdos de outras disciplinas da área de Morfologia.
Questões
1.2.1- Definir anexos embrionários.
1.2.2- Definir e caracterizar a vesícula vitelina quanto a sua origem, função e destino.
1.2.3- Definir e caracterizar a vesícula amniótica vitelina quanto a sua origem, função e destino.
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1.2.4- Definir e caracterizar o alantoide e a vesícula alantoidiana quanto a sua origem, função e destino.
5- Avaliação da atividade
Esta atividade tem valor de 10 pontos sendo, cada resposta com valor máximo de 2,5 que deverá ser original, redigida em no mínimo
em 10 e máximo em 20 linhas e não serão aceitas cópias de textos, livros ou similares. Caso seja enquadrado nesta situação será atribuída
nota zero para a atividade além de poder haver punição por plágio.
6- Bibliografia
1- DREWS, U. Atlas de poche d’embryologie. 1. ed. Paris: Flammarion Médicine-Sciences, 1998. 385p.
2- GARCIA, S. M. L., CASEMIRO, G. F. Embriologia. 3. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2012. 668p.
3- GILBERT, S. F. Biologia do desenvolvimento. 2. ed. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética, 1995. 563p.
4- HAFEZ, E. S. A. Reprodução animal. 7. ed. São Paulo: Manole, 2004. 530p.
5- HAMILTON, W. J. e MOSSMAN, H. W. Embriologia humana: desarrollo prenatal de la forma u la funcion. 4. ed. Buenos Aires: Intermédica,
1973. 667p.
6- HOUILLON, C. Embriologia. São Paulo: Edgard Blücher, 1972. 160p.
7- WOLPERT, L. Princípios de biologia do desenvolvimento. 3. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2008, 576p.
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