Processamento de ingredientes na indústria pet food

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Indústria Veterinária
Processamento de
ingredientes na indústria
fazendo o papel equivalente à atuação
de enzimas que não existem no aparelho digestivo de cães e gatos. As proteínas de origem animal e vegetal têm
as suas cadeias longas quebradas através desse processo, transformando-as
em outras de menor tamanho e maior
digestibilidade.
pet food
Cães e gatos, certamente, são as espécies mais adotadas no mundo
inteiro como animais de estimação e companhia em nossos lares.
Também identificados pela palavra inglesa - Pet, eles tem seus
hábitos alimentares naturalmente definidos: se pudessem escolher,
alimentos derivados de carne constituiriam a sua preferência.
por Antonio Rubega (*)
abemos que razões de custo
ou a praticidade do manuseio, nos levaram à utilização de outras fontes de alimentos, que não exclusivamente os derivados de carne, na alimentação dos
nossos animais de estimação. Hoje em
dia, alimentos semelhantes aos de consumo humano, tanto os preparados caseiramente ou mesmo restos de refeições, vem sendo substituídos por
outros industrializados por empresas
que se tornaram especialistas em nutrição animal e que oferecem produtos
com qualidade e custos que tornam a
alimentação de nossos companheiros
de estimação mais viável em termos
econômicos e nutricionais.
A nutrição de um cão ou de um gato
necessita de fontes de energia, proteínas, sais minerais e vitaminas. Para
cada fase da vida desses animais, ou
das características da sua raça, as necessidades dos nutrientes variam. Assim, filhotes precisam de mais proteína
e cães idosos não precisam ingerir alimentos de alta densidade energética.
Levando esses aspectos em consideração, podemos dizer que os produtos oferecidos pela indústria de alimentos para pets apresentam um ba38 • CÃES & GATOS • 2009 • Edição 124
lanceamento nutricional adequado,
diferentemente da alimentação caseira,
e que, certamente, as necessidades alimentares de cada fase da vida, ou as
particularidades de tamanho e/ou raça,
serão melhores atendidas. Mas, se os
alimentos semelhantes aos que os humanos consomem não oferecem uma
nutrição balanceada para nossos mascotes, cabe a pergunta: o que a indústria de alimentos para pets utiliza na
elaboração de seus produtos, então?
As fontes de energia e proteína são,
basicamente, as mesmas utilizadas pelos humanos na sua alimentação: amidos de cereais (milho, arroz, trigo) e
proteínas de origem animal (derivados
de carne) ou vegetal e o acréscimo de
subprodutos da indústria da carne, suprem as características que tornam
atrativos os alimentos industrializados com aromas e sabores que cães e
gatos tanto apreciam.
Se oferecermos aos nossos mascotes
uma mistura, em determinadas proporções, de farinhas cruas de milho,
arroz e resíduos de carne, juntamente
com minerais e algumas vitaminas essenciais à alimentação adequada para um cão ou gato, provavelmente eles
não se alimentarão ou talvez, após
algum tempo em jejum, até poderão
ingerir essa mistura por falta de outra
opção e pela fome. Porém, eles não
conseguirão obter benefícios desse
alimento pelo fato de pets, assim como
nós humanos, não disporem de enzimas em seu aparelho digestivo que
possibilitem a digestão e o aproveitamento dos nutrientes in natura presentes na referida mistura, e as fezes dos
animais que ingerissem tal "alimento"
tornariam esse fato bem evidente. Por
esse motivo cozinhamos o arroz, o fubá,
o feijão e outros alimentos utilizados
na alimentação humana, e que também
podem ser aproveitados por cães e gatos.
Então, assim como o cozimento caseiro torna uma série de alimentos que
conhecemos, adequados à alimentação
de cães e gatos, na indústria de alimentos para Pets, a etapa essencial do processamento básico é o cozimento dos
ingredientes previamente misturados
de acordo com uma receita balanceada
segundo as necessidades de cada fase
da vida, características da raça e tamanho do animal.
Assim, o processamento dos ingredientes que constituem um alimento para
pets não é, na essência, diferente do cozimento do arroz e feijão que fazemos
numa panela no fogão a gás da cozinha
de nossos lares. A grande diferença é a
escala da operação, pois o volume processado em uma linha de produção de
alimentos para animais de estimação petfood, pode chegar a várias cargas de
caminhões por dia de produtos.
Na indústria de alimentos para animais
de estimação, a operação de cozimento
As fontes de energia
e proteína são,
basicamente, as mesmas
utilizadas pelos humanos
na sua alimentação:
amidos de cereais (milho,
arroz, trigo) e proteínas de
origem animal (derivados
de carne) ou vegetal.
dos ingredientes é feita de maneira
contínua, medida em toneladas de produto por hora de trabalho, diferentemente da operação de cozimento efetuada em nossos lares, que é feita em volumes de alguns quilogramas por vez.
O cozimento na indústria de petfood
é proporcionado por um equipamento
que simula uma panela de pressão de
operação contínua denominado extrusora e a operação recebe o nome de extrusão. Outras etapas, após a extrusão,
completam todo o processo de manufatura dos alimentos para cães e gatos.
O nosso objetivo, neste artigo e nos
próximos que faremos, é trazermos algumas informações sobre como são
processados industrialmente os ingredientes que constituem os alimentos
para animais de estimação - pets, quais
os equipamentos utilizados e o tipo de
operação que eles proporcionam, juntamente com a segurança e a qualidade
que a indústria de alimentos para animais de estimação oferece.
(*) Antonio Rubega
Diretor da PROMEP Com. Ltda.
[email protected]
A função do cozimento dos ingredientes utilizados é modificar os amidos
através da temperatura e da umidade,
Edição 124 • 2009 • CÃES & GATOS • 39
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