Princípios da Ética e da Filosofia p/ PC-MT (Delegado)

Aula 00
Princípios da Ética e da Filosofia p/ PC-MT (Delegado)
Professor: Sergio Henrique
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Princípios da ética e da filosofia.
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SUMÁRIO
00. Bate papo inicial.
Pág. 02
1. A crise de valores na sociedade e a ética.
Pág. 04
- A ética.
Pág. 07
2. História da ética: a evolução do juízo moral e o
Pág. 08
agir adulto.
3.
A
razão
e
o
comportamento
moral.
A
Pág. 14
sensibilidade e o comportamento moral
4. Exercícios.
Pág. 17
5. Considerações finais.
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00. BATE-PAPO INICIAL.
Olá Pessoal. É com grande prazer que venho desenvolver com
vocês a disciplina de princípios básicos da filosofia e da filosofia moral.
Sou professor Sérgio Henrique, Historiador, licenciado em geografia e
professor de ciências humanas no Estratégia concursos e em cursos
presenciais. Sou professor há mais de 15 anos e já ministrei várias
disciplinas, do fundamental ao superior, como servidor público e na
rede privada. Nos primeiros anos de carreira focando em ensino e
aprendizado para jovens e empreendedorismo. Na última década
dedico-me para exames de alta complexidade e exigência em
concursos públicos militares e preparatórios para o ENEM. O fórum de
dúvidas é um instrumento fundamental de contato e para que
possamos nos comunicar com maior dinamismo. Neste concurso para
delegado pesam as questões de filosofia, pois o que não faltará no
cotidiano de trabalho são dilemas éticos e ações que devem ser
norteadas por princípios.
Quais deles? Você se pergunta. É o que desenvolveremos ao
longo do curso. O filósofo Kant, por exemplo considera que os
princípios éticos são deveres universais. Então muito do que
discutiremos aqui são assuntos que provavelmente na sua faculdade
de direito lhe tomou a atenção, como honestidade, presteza, senso de
justiça e de dever. As bancas em geral, especialmente a CESPE são
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bastante conceituais e exigem pleno domínio do assunto. Então sem
delongas, vamos logo ao trabalho.
Vivemos num mundo em constantes transformações e uma
democracia ainda em formação, em cujas dores de crescimento temos
muitos casos de corrupção e a permanência de pensamentos arcaicos
com o racismo e desvalorização do trabalho. Então numa abordagem
atualíssima a banca abordará “a crise de valores na sociedade e a
ética”. Tema salutar diante de uma sociedade que vive a degradação
de valores considerados indiscutíveis, como a honestidade e a
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relativização dos fatos num grau tão profundo que algumas pessoas
referem-se ao nosso mundo contemporâneo midiático como a “era da
pós verdade”. Teria sentido isso para a filosofia? Isso tornou imperativo
que o tema moral e ética venha a ser mais discutido, ao menos mais
divulgado. Vários concursos aplicam a disciplina ética, mas cada vez
tem sido cobrado o tema e seus fundamentos filosóficos, versando
sobre assuntos conceituais, como elementos da história da filosofia e
da ética. Vamos aqui desenvolver exclusiva e especificamente cada
tópico do edital. A banca cobrou o tema ética e filosofia de modo
bastante sintético. Irei condensar em 3 aulas e resolver vários
exercícios anteriores de concursos públicos de alto nível. Vou guiá-lo
para que perceba que há um conjunto de conceitos que são os mais
importantes e sempre estão nas provas e devemos conhecer um pouco
dos principais filósofos que pensaram o comportamento e a reflexão
sobre o agir humano: Aristóteles na antiguidade e Immanuel Kant na
contemporaneidade (séc XIX). O edital é sintético e genérico: foca no
agir humano, na razão como condutora do pensamento, moral e ética,
mas a filosofia moral é bastante geral pois como a moral é variável, há
várias morais filosóficas. Trarei algumas para vocês ao longo do nosso
curso.
Sem mais delongas, vamos lá, é um convite para os estudos!
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1. A CRISE DE VALORES NA SOCIEDADE E A ÉTICA.
É ou não é ético roubar um remédio, de preço inacessível, para
salvar uma pessoa, que sem ele, morreria? Perguntas deste tipo
comumente nos dão uma profunda sensação de dilema. Qual a melhor
atitude tomar? A questão pode ser colocada de outra forma: Deve-se
privilegiar o valor vida (salvar alguém da morte) ou o valor
propriedade privada (não roubar). A resposta variará de acordo com a
época (portanto muda temporalmente), com a cultura de cada
sociedade (muda espacialmente: cultura latina, sínica, anglo-saxã) e
com aquilo que cada indivíduo atribui como importante (muda de
acordo com a percepção que cada indivíduo tem da realidade que vive),
ou seja, dá valor.
Em diferentes momentos da história temos respostas diferentes
para algumas questões práticas do cotidiano. Na Grécia Antiga, na
democrática cidade de Atenas, os valores permitiam perfeitamente a
existência da escravidão. Não era para os gregos uma contradição,
bem como o Brasil foi o último país ocidental a abolir a escravidão, e
os
debates
sobre
o
fim
do
escravismo
eram
principalmente
econômicos, e não baseados em valores morais (dar a liberdade pois
somos humanos e iguais). Durante a Idade Média a tortura era
perfeitamente aceitável para conseguir confissões daqueles que
desrespeitavam a principal instituição medieval, a Igreja Católica. Hoje
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é um tema que divide pessoas ao redor do mundo. De acordo com os
direitos humanos uma prática hedionda e inaceitável, mas não faltam
aqueles que justificam a tortura como necessidade, por exemplo, os
militares norte-americanos na baia de Guantánamo em Cuba, que
praticam torturas, para obter informações sobre possíveis núcleos
terroristas no Oriente Médio. Cada posição defendida depende
fundamentalmente de um valor, ou seja, aquilo que se considera
valioso e virtuoso.
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O homem vive em sociedade e na convivência com outros
homens, portanto deve pensar como deve agir perante os outros. É
uma pergunta fácil de ser feita, mas difícil de ser respondida. Tentar
pensar estes dilemas é o terreno da ética e da moral.
Os valores na sociedade contemporânea são múltiplos. Os
valores determinam como um grupo vai pensar sua conduta e sua
atuação no mundo. Diante de um mundo que se transforma
rapidamente -num ritmo inédito na humanidade- as gerações, de uma
para a outra vivem experiências muito diferentes e essa mudança
rápida em padrões de comportamentos que foram aceitos por muitos
séculos, inevitavelmente traz conflitos. Na antiguidade e Idade Média,
na colônia, temos um mundo essencialmente rural, patriarcal e que as
experiências sobre o que é ser uma pessoa adulta foi parecida para o
avô e para o neto, com pouca ou nenhuma mudança, pois o ritmo do
tempo e a diferença entre as gerações pouco dinâmicas. Os grupos
tradicionais tinham um arsenal de respostas para o mundo baseados
na experiência do grupo familiar ou religioso. Aprende-se desde cedo
aquilo que é certo ou errado, bom ou mal, o que coloca o indivíduo
com munição para refletir como deve agir, mas com um mundo cada
vez mais dinâmico e plural em comportamentos as gerações cada vez
mais questionam os valores familiares ou de sua época. Há na maioria
dos casos uma desorientação do indivíduo sobre como comportar-se.
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O jovem se questiona sobre os dogmas de seu grupo religioso e sobre
a forma de viver e pensar de sua família. Comportamentos podem ser
relativizados. Crise política, associada problemas ligados à corrupção,
violência entre outras patologias sociais levam inevitavelmente a
sensação de que há também uma crise nos valores morais da
sociedade, principalmente quando os conflitos se agravam com a
pluralidade de comportamentos do mundo contemporâneo, como
novos tipos de família.
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A ideia dos gregos antigos sobre crise estava diretamente ligada
à crítica, à reflexão sobre determinado agir, mas não possui
necessariamente uma conotação negativa, no sentido que a sociedade
é forçada a pensar determinados comportamentos que até pouco
tempo eram inquestionáveis, tabus ou temas simplesmente ignorados.
É claro que pensar e refletir pode ser tremendamente desconfortável,
pois tira o indivíduo, justamente da “zona de conforto” de seus
princípios e convicções e leva obrigatoriamente a pensar sobre eles.
A sensação de que a sociedade vive uma crise moral é bastante
recorrente
entre
a
maioria
das
pessoas.
Mas
é
interessante
observarmos que afirmações como as que vemos do tipo “os jovens
estão perdidos”, “a sociedade está em decadência”, não são
contemporâneas e seria um erro pensarmos que em algum momento
foi diferente. Textos antigos de diferentes épocas e locais queixam-se
exatamente de que o mundo vive uma crise moral e de que o mundo
está cada vez pior.
A
sociedade
brasileira
que
é
uma
sociedade
de
raízes
fundamentalmente patriarcais, rurais e católicas, tem passado por
transformações muito profundas -como é a tendência mundial- que
estão diretamente ligadas às transformações tecnológicas e materiais
que o mundo tem vivido. O Brasil passou a industrializar-se de fato e
com maior intensidade entre as décadas de 40 e 80. Neste período o
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país industrializou-se, urbanizou-se, o perfil populacional urbano de
trabalho é principalmente no setor terciário (de serviços), as mulheres
adquiriram uma independência cada vez maior do homem e possuem
uma legislação que as protege. As transformações culturais e sociais
contemporâneas permitem a manifestação das individualidades, como
a exposição da sexualidade e a luta dos grupos homo afetivos a
poderem ter direitos civis como o casamento e a adoção.
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A ética:
A ideia de ética está profundamente ligada à ideia de moral e de
costumes, mas cuidado, pois os conceitos não se misturam. Apesar de
um depender do outro é perfeitamente possível e simples distingui-los.
A palavra ética é derivada do grego éthos, que significa caráter,
índole, maneira de ser de uma pessoa ou de uma comunidade. A ética
é a área do conhecimento filosófico que se dedica a refletir
sobre as ações humanas em relação à vida de cada um e à vida
em comunidade. Diz respeito às ações refletidas, nas quais se pensa
e sobre as quais se decide de acordo com o temperamento e caráter
de quem executa. Os romanos antigos tinham uma outra palavra que
muito se aproximava do éthos, da qual se originou o termo moral,
tendo por sentido “costume”, “uso”,” hábito”: A palavra mores (ou
mos). Logo remete-se a ações que não são refletidas pelos indivíduos,
por
serem
orientados
por
costumes
e
hábitos
do
cotidiano
compartilhado pelos membros de determinada comunidade. São as
ideias que o indivíduo partilha com sua comunidade sobre o que
é certo ou errado. A moral está muito próxima à ideia de visão de
mundo.
A ética é um conjunto de ordenamentos sobre o comportamento.
Um conjunto de condutas que foram refletidas e cujo objeto é o
Homem e a sua felicidade em sociedade. Ela pode ser definida como
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a teoria do comportamento moral que pretende compreender,
explicar e justificar a moral ou as diferentes morais de uma
sociedade. É filosófica e científica - no sentido ter ciência do melhor
comportamento para o homem ser verdadeiramente feliz.
A moral é variável de uma sociedade para outra e pode variar de
um indivíduo para o outro. A ética é universal, absoluta e imutável. Os
costumes e tradições são a matéria prima da moral. A partir dos
valores morais são estabelecidos os princípios éticos.
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Tradições  Moral  Ética.
A moral deriva das tradições.
A Ética deriva da moral.
1. (CESPE - Vários Cargos - FUNPRESP/EXE - 2016) Acerca da ética
e da função pública e da ética e da moral, julgue o item que
se segue.
Os termos moral e ética têm sentidos distintos, embora sejam
frequente e erroneamente empregados como sinônimos.
Resposta: Correto.
2. HISTÓRIA DA ÉTICA: A EVOLUÇÃO DO JUÍZO MORAL E O
AGIR ADULTO.
•
A filosofia moral surgiu na Grécia com Sócrates.
•
Aristóteles dedicou-se profundamente ao tema. A ética é o caminho
o meio e da felicidade.
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Toda cultura e cada sociedade instituiu uma moral válida para
todos
os
seus
membros.
Culturas
e
sociedades
fortemente
hierarquizadas e com diferenças de castas (como na Índia, com
justificativas
religiosas)
ou
de
classes
(profundas
diferenças
econômicas, que determinam uma forma de vida e o papel na
sociedade) profundas podem até mesmo possuir várias morais. No
entanto, a simples existência da moral não significa a presença
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explicita de uma ética, entendida como filosofia moral, isto é uma
reflexão que discute, problematiza e interpreta o significado dos
valores morais.
Os costumes sociais já estão estabelecidos antes do nascimento
do indivíduo e formam o tecido da sociedade em que vivemos, de modo
que acabam sendo considerados inquestionáveis e as sociedades
tendem a tomá-los como fatos naturais existentes por si mesmos. Além
disso, como meio de evitar a transgressão, muitas sociedades tendem
a sacraliza-los, ou seja, as religiões os concebem ordenados pelos
deuses, na origem dos tempos.
A filosofia moral ou ética nasce quando se passa a indagar o que
são, de onde vêm e o que valem os costumes. A filosofia moral surge
quando além das questões sobre os costumes, também busca
compreender o caráter de cada pessoa, referindo-se, portanto, ao
senso moral coletivo e da consciência moral individual.
A tríade de filósofos gregos, pais do pensamento filosófico
ocidental, Sócrates, Platão e Aristóteles são os primeiros a refletir com
rigor e método sobre a existência humana. Um foi professor do outro
e de acordo com os escritos de Platão e Aristóteles, a filosofia moral
teve início com Sócrates.
Sócrates:
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O pai da filosofia grega foi um incansável perguntador. Percorria
as ruas da cidade estado de Atenas e perguntava aos atenienses o que
eram os valores nos quais acreditavam e que respeitavam ao agir. As
perguntas
socráticas
terminavam
sempre
por
revelar
que
os
atenienses respondiam sem pensar no que diziam. Assim como a
maioria das pessoas em sociedade, repetiam o que lhes fora ensinado
desde a infância. Sócrates embaraçava os atenienses porque os
forçava a indagar qual a origem e a essência das virtudes que julgavam
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praticar ao seguir os costumes de Atenas. Como poderiam saber se a
conduta era boa ou má, virtuosa ou viciosa?
Ao indagar o que são a virtude e o bem, Sócrates realiza duas
perguntas:
1- Interroga a sociedade sobre seus valores e condutas. O que é
o bem e o mal.
2- Interroga o indivíduo sobre seus valores e condutas.
Sintetizando, a ética socrática dirige-se à sociedade e ao indivíduo.
Sócrates inaugura a filosofia moral porque suas perguntas
definem o campo no qual os valores e obrigações morais podem ser
estabelecidos pela
determinação
de
seu ponto
de
partida: A
consciência do agente moral.
É sujeito ético ou moral somente aquele que sabe o que faz, conhece
as causas e os fins de sua ação, o significado de suas intenções e de
suas atitudes e a essência dos valores morais.
Para Sócrates somente o ignorante é vicioso ou incapaz de virtude,
pois quem sabe o que é bem não poderá deixar de agir virtuosamente.
Aristóteles:
Para
pensarmos
na
ética,
podemos
utilizar
a
ideia
de
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Aristóteles, que dividiu a elaboração de seu pensamento em dois
grandes campos, as ciências teoréticas (pensamento teórico)
produzidas por teorias e pela contemplação na qual não criam seus
objetos, mas sim se dispõe a pensar sobre os objetos já existentes, e
as ciências práticas que tem por objetivo conhecer as ações
humanas, criando seus próprios objetos de pesquisa e estudo, pois
segundo Aristóteles a ação humana depende do pensamento e
só agimos quando pensamos.
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De acordo com Aristóteles o Homem é um animal político. Nasceu
para interagir e viver em sociedade e estabelecer relações de
sobrevivência. Para ele a ação humana é algo natural baseado no
caráter, que é definido pelo temperamento. Para os gregos o
temperamento é o modo como cada um tempera os quatro elementos
básicos (quente, frio, seco e úmido) e os quatro humores (sangue,
fleuma, a bílis amarela e a negra), na qual esses elementos se
misturam havendo a predominância de um sobre os demais dando
assim
origem
ao
caráter
(sanguíneo,
fleumático,
colérico
e
melancólico).
Para Aristóteles o ser humano é dotado de apetite e desejo,
sendo que usa da racionalidade para direcionar essas características a
ações que o trará prazer. O apetite se equivale a uma paixão
(passividade) algo que vai em oposição a ação (atividade), logo a ética
é o meio que utilizamos para evitarmos o vício (desmedida) e assim
atingirmos a virtude (equilíbrio) conquistada pelo exercício da
prudência. Segundo Aristóteles, usando da racionalidade, esse é o
meio pelo qual seremos felizes.
O pensamento de Aristóteles afirma que o papel da ética é o
de ensinar bons costumes baseados no bom caráter, logo
considera a moral, pois o fato de não nascermos virtuosos ou viciosos
(o oposto da virtude), e é papel da ética tornar nossas práticas parte
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de nossos hábitos.
Para Aristóteles a melhor escolha sempre é a da temperança, ou
seja, o caminho do meio.
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A felicidade depende da ética.
A
criança
não
pode
ser
feliz,
pois
não
tem
experiências suficientes.
O conceito de felicidade para Aristóteles é diferente do nosso,
pois está ligado a existência que se teve na terra e seu legado. Ou seja,
a existência feliz do ser pode aumentar através da lembrança de sua
memória ou sucesso de sua família em sua empreitada. A felicidade é
o produto de uma existência que lhe submeteu à várias experiências,
boas e ruins e como você enquanto ser individual reagiu diante delas
através do autocontrole, reflexão e ação. O agir ético é o caminho para
minimizar conflitos e ter uma existência feliz; então a felicidade
depende da ética e é por isso que a criança não pode ser feliz, pois ela
não é ainda um ser ético, que só se materializa quando vive-se o
suficiente. Como a felicidade depende da ética, por isso a criança não
pode ser feliz para Aristóteles.
Kant:
Liberdade como autodeterminação. Para Kant só é livre o homem
ético, pois ele agiu racionalmente, colocando em prática os imperativos
da ação refletida, que se orienta pela obrigação de fazer o bem e não
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lesar ninguém. Para Kant somos guiados por imperativos morais, que
podem ser imperativos hipotéticos ou categóricos. Imperativos
categóricos são aqueles que para Kant se impõe ao indivíduo, e são
indiscutíveis e não relativizáveis. Por exemplo, “não devemos mentir
nunca”. “Devemos ser honestos”. “Devemos fazer o bem”. Kant achava
que independente da situação, independente daquilo que sentimos,
temos a obrigação (ação imperativa) de fazer. Imperativos hipotéticos
são ligados a ideia de causa e efeito. Por exemplo, se eu quero X devo
fazer Y. Imagine que você é um comerciante que volta o troco
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corretamente, mas o faz somente diante da necessidade de parecer
honeste e ter a possibilidade de aumentar sua clientela. Você estaria
agindo de acordo com a ideia de imperativo hipotético: para conseguir
mais possibilidades de negócios, você se comportou honestamente.
Para Kant não existe nada de ético nesta atitude pois não foi o dever
de agir corretamente, não lesar ninguém e ser honesto que guiou seus
atos.
A maioridade do indivíduo para Kant não está ligada ao conceito
jurídico cronológico (maior que 16, 18 ou 21 anos), e sim a
emancipação individual através do uso da razão. O homem é o próprio
responsável por sua maioridade que é pensar com autonomia. Os
principais fatores que impedem a emancipação (iluminação pela razão)
são a preguiça, covardia e o vício.
Veja o texto abaixo, em que Kant responde sobre o que é o
esclarecimento:
“Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele
próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu
entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio
culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de
entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si
mesmo sem a direção de outrem. Tem coragem de fazer uso de teu
próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. A preguiça e a
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covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens,
depois que a natureza há muito os libertou de uma condição estranha,
continuem, no entanto, de bom grado menores durante toda a vida.”
KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento?
O filósofo a reivindica a autonomia da capacidade racional
como expressão da maioridade.
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3. A RAZÃO E O COMPORTAMENTO MORAL. A SENSIBILIDADE E
O COMPORTAMENTO MORAL.
Eis um tópico do edital que tem grande chance de ser abordado.
Para Aristóteles a sensibilidade humana, ou seja, seus sentimentos são
os fundamentos do agir ético. Os sentimentos humanos devem ser
orientados desde a infância para a formação de um bom adulto. O
homem ético sempre age de acordo com seus bons sentimentos, pois
a educação o fará ter os sentimentos apropriados, bons e isso o levará
ao agir ético e correto. Para Kant não pode a ética depender do que
sentimos. Algumas pessoas são possuidoras de bons sentimentos e
sentiriam muita alegria em doar ao pobres e fazer caridade, enquanto
outros não sentem esta satisfação, mas mesmo assim podem agir
eticamente. Ele tornou a ética praticável por qualquer indivíduo (pois
com sentimentos bons ou maus podemos fazer o que é certo).
Kant: A razão deve determinar a ação, independente dos sentimentos
O filósofo alemão era radical e para compreendermos um pouco
mais de seu pensamento vamos usar um exemplo dado por ele mesmo
em suas aulas: Imagine que você numa noite qualquer ouça a
campainha e ao verificar a porta encontra uma amiga, pálida,
esbaforida e em fuga de um assassino armado que a persegue. Você a
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abriga no quarto e a coloca em segurança. Pouco tempo depois bate à
sua porta o perseguidor, que pergunta se ela está dentro da casa.
Diante de uma situação como esta, a maior parte das pessoas indicaria
um local errado para que o assassino vá para longe e fiquem em
segurança. Mas não para Kant!!! Pensava que não poderíamos mentir
em nenhuma hipótese, pois devemos ser guiados pelo imperativo
categórico “não devemos mentir”. Nunca! Se fosse assim, dizia ele,
poderíamos desenvolver uma moral, inaceitável, que que podemos
mentir nas ocasiões que nos convenham. E se todos fizessem isso?
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Kant: A conduta ética é imperativa e não pode depender dos
sentimentos.
O
exemplo
do
bom
Samaritano.
(Parábola cristã do novo
testamento Lucas 10:30-37)
30 Em resposta, disse Jesus: "Um homem descia de Jerusalém para
Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes. Estes lhe tiraram as
roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto.
31 Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote.
Quando viu o homem, passou pelo outro lado.
32 E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou
pelo outro lado.
33 Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se
encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele.
34 Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e
óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma
hospedaria e cuidou dele.
35 No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe disse: 'Cuide
dele. Quando eu voltar, pagarei todas as despesas que você tiver'.
36 "Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu
nas mãos dos assaltantes?"
37 "Aquele que teve misericórdia dele", respondeu o perito na lei.
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Jesus lhe disse: "Vá e faça o mesmo".
Esta parábola é uma das mais conhecidas do cristianismo. Não deixa
dúvidas que a melhor ação foi a do samaritano (que naquela época não
eram bem visto por vários grupos sociais), mas Kant problematiza sua
ação:
 Se ele agiu diante do medo de perder a salvação não agiu
eticamente. (Agiu para atingir um fim).
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 Se ele agiu somente guiado pelos bons sentimentos, a ação não
deixaria de ser ética, mas não seria tão nobre assim, pois ao agir
de acordo com seus sentimentos, se recompensa pela ação.
Agora imagine que o samaritano tenha tido verdadeira aversão ao ver
o homem caído naquela situação. Mesmo diante da recusa interior,
promovida pelos sentimentos, agiu corretamente porque sabe que
independente do que sente, sabe o que é certo. E neste caso o
samaritano teria tido um agir exemplarmente ético, pois ultrapassou
seus sentimentos, sensações e fez o que devia fazer (o imperativo
categórico sempre fazer o bem).
Aristóteles: Os sentimentos são importantes para as boas ações.
Kant: A razão deve determinar a ação, independente dos sentimentos.
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4. EXERCÍCIOS.
1. (CESPE FILOSOFIA SEEMA 2017) Esclarecimento é a saída do
homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A
menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a
direção 4 de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa
menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento,
mas na falta de decisão e coragem de servir-se 7 de si mesmo sem a
direção de outrem. Immanuel Kant. Resposta à pergunta: o que é o
esclarecimento? Rio de Janeiro: Vozes, 2005, p. 63-71.
Considerando o texto precedente e outros aspectos da filosofia
kantiana a ele associados, assinale a opção correta no que refere às
concepções kantianas de razão prática e liberdade.
A) A expressão “servir-se de si mesmo” (R. 6 e 7) significa assumir as
próprias condições subjetivas como interesses individuais.
Errado. Para Kant as ações individuais devem guiar-se por
interesses universais, não individuais.
B) Na menoridade, as ações morais estão sempre erradas.
Errado. Na menoridade, ou seja, quando não há autonomia
racional e ética, as ações podem ser éticas, se guiadas pelos
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princípios universais de fazer o bem.
C)
A
incapacidade
de
fazer
uso
do
entendimento
denota
irracionalidade.
Errado. A incapacidade do uso da razão significa menoridade
intelectual e moral, não irracionalidade. Somos seres racionais,
mas temos dever de nos guiar por ela e isso demanda
autonomia.
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D) Apenas a maioridade pode estabelecer as condições de possibilidade
para a liberdade.
Correta. A maioridade é estabelecida com o desenvolvimento
da autonomia da razão, que é condição para a liberdade.
E) O entendimento é suficiente para que se estabeleça a liberdade.
Errado. Não basta somente ter o entendimento, mas praticá-lo,
para estabelecer uma existência livre e ética.
Resposta: D.
2. (ESAF ANEEL 2004) Julgue as afirmativas referentes a Moral e ética
e, em seguida, marque a opção que apresenta os itens corretos:
I. Moral e ética são termos que possuem sentidos semelhantes.
Correto.
Sentidos
semelhantes,
mas
não
significados
semelhantes. Ambos pregam boa conduta e retidão, mas um é
baseado em princípios pessoais, familiares e de educação
(moral), e o outro em princípios legais, baseados em normas e
regras já definidas por uma instituição, por exemplo (ética).
II.
Moral vem do latim mos que quer dizer costumes.
Correto.
III.
Ética vem do grego ethos que quer dizer costumes.
Correto.
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IV.
Os dois termos Moral e ética vêm do grego mos e ethos , sendo
que o primeiro mos quer dizer moradia enquanto que o segundo ethos
quer dizer costume.
Errado.
V. Moral e Ética são termos complementares um do outro e significam
costume (ethos) segundo o lugar em que se mora (mos).
Errado.
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3. (FUMARC - 2011 - PRODEMGE - Analista de Gestão Administrativa)
Segundo Arruda (2011), a palavra ética tem origem no grego éthos,
que significa “caráter”. Trata-se da parte da filosofa que estuda a
moralidade das ações humanas.
Marque a opção que indica os três elementos essenciais os quais
deverão ser ponderados, para que uma conduta possa ser considerada
ética:
a) ação, intenção e circunstâncias.
b) ação, coerção e circunstâncias.
c) intenção, interesse pessoal e circunstâncias.
d) ação, interesse organizacional e circunstâncias.
Resposta: [A].
4. (IADES - 2011 - PG-DF - Técnico Jurídico - Apoio Administrativo)
Assinale a alternativa que estabelece corretamente as características
de moral.
a) A moral resulta do conjunto de leis, costumes e tradições de uma
sociedade e é subordinada a ética comportamental definida em regras
constitucionais.
b) Entende-se por moral, um conjunto de regras consideradas válidas
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para uma maioria absoluta, que valem-se dela para impor condutética
aos demais cidadãos.
c) A moral é mutável e varia de acordo com o desenvolvimento de cada
sociedade. Ela norteia os valores éticos na Administração Pública.
d) A moral é mais flexível do que a lei, por variar de indivíduo para
indivíduo, e afeta diretamente a prestação dos serviços públicos por
criar condições para uma ética flexível no atendimento às necessidades
básicas da população.
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Resposta: [C].
5. (CESPE/UnB Agente Administrativo – MPS/2009)
Os conceitos de ética e política estão diretamente associados, desde a
Grécia antiga. Para os gregos, a política deveria visar ao bem-estar da
sociedade.
Resposta: Correto.
6. (CESPE/UnB Agente Administrativo – MPS/2009)
É a ética da convicção que prega a necessidade de o indivíduo ter
consciência de que suas ações terão efeitos nas gerações seguintes.
Resposta: Errado. Era o estudo filosófico do comportamento humano
na busca da harmonia social e da felicidade.
7. (CESPE CAIXA superior- 2010)
Acerca da relação entre ética e moral, assinale a opção correta.
a) O entendimento ético discorre filosoficamente, em épocas diferentes
e por vários pensadores, dando conceitos e formas de alusão ao termo
ética.
b) Durante as Idades Média e Moderna, a ética era considerada uma
ciência, portanto, era ensinada como disciplina escolar. Na Idade
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Contemporânea, a ética assumiu uma nova conotação, desvinculandose da ciência e da filosofia e sendo vinculada às práticas sociais.
c) A simples existência da moral significa a presença explícita de uma
ética, entendida como filosofia moral, isto é, uma reflexão que discute,
problematiza e interpreta o significado dos valores morais.
d) A ética não tem por objetivo procurar o fundamento do valor que
norteia o comportamento, tendo em vista a historicidade presente nos
valores.
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e) O conhecimento do dever está desvinculado da noção de ética, pois
este é consequência da percepção, pelo sujeito, de que ele é um ser
racional e, portanto, está obrigado a obedecer ao imperativo
categórico: a necessidade de se respeitar todos os seres racionais na
qualidade de fins em si mesmos.
Resposta: [A].
8. (CESPE CAIXA RJ e SP – 2010)
Com relação à ética, à moral e às virtudes, bem como às suas
aplicações no contexto de empresas e organizações públicas, assinale
a opção correta.
a) Uma cultura empresarial pode ser caracterizada pela ética na
medida em que seus valores, e não as pessoas que integram a
organização ou os produtos e serviços por ela oferecidos à sociedade,
apresentam tal característica.
b) Condutas éticas são aprendidas somente no contexto familiar. Dessa
forma, um sistema de desenvolvimento, monitoramento e controle dos
ambientes interno e externo de uma organização é ineficaz para
detectar pontos que possam causar uma conduta antiética.
c) Ao analisar a ética da virtude, pesquisas mostram que as empresas
que possuem culturas fracas costumam prezar valores como fidelidade
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e justiça, enfatizando o bem-estar das pessoas e o sentido de pertencer
a algo, promovendo a lealdade.
d) Pessoas são caracterizadas, entre outras coisas, por suas virtudes e
pelos seus vícios, sendo que ambos pressupõem valores que, se não
forem traduzidos em ações, perdem seu sentido.
e) A responsabilidade pelas condutas éticas das empresas públicas se
restringe à alta administração e aos gerentes, pois eles são
responsáveis pelas principais decisões nas empresas.
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Resposta: [D].
9. (FCC - 2011 - NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO - Contador)
A respeito dos conceitos de ética, moral e virtude, é correto afirmar:
a) A vida ética realiza-se no modo de viver daqueles indivíduos que
não mantêm relações interpessoais.
b) Etimologicamente, a palavra moral deriva do grego mos e significa
comportamento, modo de ser, caráter.
c) Virtude deriva do latim virtus, que significa uma qualidade própria
da natureza humana; significa, de modo geral, praticar o bem usando
a liberdade com responsabilidade constantemente.
d) A moral é influenciada por vários fatores como, sociais e históricos;
todavia, não há diferença entre os conceitos morais de um grupo para
outro.
e) Compete à moral chegar, por meio de investigações científicas, à
explicação de determinadas realidades sociais, ou seja, ela investiga o
sentido que o homem dá a suas ações para ser verdadeiramente feliz.
Resposta: [C].
10. (CESPE SEE AL 2016) O imperativo categórico é, pois, um só, e em
verdade este: age somente de acordo com aquela máxima, pela qual
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possas ao mesmo tempo querer que ela se torne uma lei universal.
Immanuel Kant. Fundamentação da metafísica dos costumes (com
adaptações). Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os
próximos itens, relativos à filosofia de Kant.
- O imperativo categórico é um dever.
Correto. É o dever que a universalidade das boas ações nos
impões. O sujeito ético livre e autônomo deve fazer o bem.
- O imperativo categórico deriva da razão prática.
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Correto. As ações imperativas somente têm validade quando
colocadas
em
prática
independentemente
de
nossos
sentimentos.
11. (ESAF ANEEL 2004) Julgue as afirmativas referentes a Moral e ética
e, em seguida, marque a opção que apresenta os itens corretos:
VI.
Moral e ética são termos que possuem sentidos semelhantes.
Correto.
Sentidos
semelhantes,
mas
não
significados
semelhantes. Ambos pregam boa conduta e retidão, mas um é
baseado em princípios pessoais, familiares e de educação
(moral), e o outro em princípios legais, baseados em normas e
regras já definidas por uma instituição, por exemplo (ética).
VII.
Moral vem do latim mos que quer dizer costumes.
Correto.
VIII. Ética vem do grego ethos que quer dizer costumes.
Correto.
IX.
Os dois termos Moral e ética vêm do grego mos e ethos , sendo
que o primeiro mos quer dizer moradia enquanto que o segundo ethos
quer dizer costume.
Errado.
X. Moral e Ética são termos complementares um do outro e significam
costume (ethos) segundo o lugar em que se mora (mos).
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Errado.
12. (IDECAN/2014 – Agente administrativo) Sobre ética e moral,
marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A ética, como parte da filosofia, é um tipo de saber que justifica
conceitualmente as ações do homem, considerado ser livre e racional,
capaz de dar para si mesmo um conjunto de normas e valores a serem
respeitados.
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( ) A ética e a moral dizem respeito tanto ao âmbito subjetivo, das
escolhas pessoais, quanto ao da vida coletiva, e se ocupam de temas
como a responsabilidade individual, a justiça, o juízo sobre as leis e as
instituições fundamentais de nossa sociedade, entre outros.
( ) A moral é o campo dos comportamentos espontâneos e das reações
involuntárias, determinados por fatores biológicos e psicológicos, que
não são modificáveis, pois não são passíveis de argumentação e
validação.
A sequência está correta em
a) V, V, F.
b) V, F, F.
c) F, V, V.
d) F, V, F.
e) F, F, V.
Resposta: A.
13. (FCC/2012 – SEE-MG Professor de Filosofia) No campo da filosofia
moral, estabeleceu-se ao longo da história uma discussão entre os
defensores do relativismo e os defensores do universalismo, os
primeiros defendendo que as leis morais possuem sua origem nos
costumes e os segundos defendendo que elas possuem uma validade
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atemporal. Nessa discussão, a moral de Kant
a) se encaixa na vertente universalista, pois o imperativo categórico
deve valer absolutamente para todos, independentemente do lugar e
dos costumes.
b) se encaixa na vertente relativista, pois o imperativo categórico vale
apenas para o indivíduo considerado em sua cultura e dentro dos seus
costumes.
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c) não se encaixa em nenhuma das vertentes, já que a sua moral
propõe um modelo que escapa tanto do universalismo quanto do
relativismo.
d) se encaixa em ambas as vertentes, já que a sua moral tenta conciliar
o universalismo com o relativismo.
Resposta: A.
14. (CESPE/2010 – Técnico Bancário) Acerca da relação entre ética e
moral, assinale a opção correta.
a) A partir do estudo da ética, pode-se considerar uma visão
utilitarista, em que a verdade de uma proposição consiste no fato de
que ela é útil, tendo alguma espécie de êxito ou satisfação.
b) A ética reflexiva se dedica exclusivamente à reflexão sobre os
deveres das pessoas contidos nos códigos específicos dos grupos
sociais.
c) A ética é equivalente à moral porque ambos os preceitos investigam
os princípios fundamentais do comportamento humano.
d) A ética é temporal, enquanto a moral é permanente.
e) A simples existência da moral significa a presença explícita de uma
ética, entendida como filosofia moral, isto é, uma reflexão que discute,
problematiza e interpreta o significado dos valores morais.
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Resposta: A.
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5. CONSIDERAÇÕS FINAIS.
É isso aí meu amigo concurseiro. Se fez tudo até aqui é mesmo
um guerreiro dos estudos, como devemos ser na vida. Parabéns pelo
seu esforço, é um comportamento que é bem difícil até nos
disciplinarmos, mas as conquistas fazem tudo valer a pena. Aristóteles
dizia que o conhecimento tem raízes amargas, mas seus frutos são
doces.
Leia e Releia a teoria. Faça e refaça os exercícios. A repetição é
a mãe do aprendizado. Vai valer muito a pena. Nós da equipe
Estratégia Concursos vamos guia-lo ao caminho da aprovação.
Motivação, Disciplina e Estratégia.
Um grande abraço.
Bons estudos.
Foco no Sucesso.
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