Ano 6 • Número 9 / 2016 • acesse: www.semeandoapalavradedeus.com Mateus 24.3-5: Mateus 24.3-5: SenhorMateus que acontecimentos 24.3-5: marcarão Senhor tua acontecimentos volta e o fim domarcarão mundo? Senhoraque que acontecimentos marcarão aa tua volta e o fim do mundo? Jesus respondeu-lhes: Cristãos tua volta e o fim do mundo? Jesus respondeu-lhes: Cristãos devem ter sempre cuidado para Jesus respondeu-lhes: Cristãos devem ter sempre cuidado para devemnão ter serem sempreiludidos cuidadopelos para não iludidos falsos pastores; aindapelos mais nesses não serem serem iludidos pelos falsos pastores; ainda mais dias próximos do mais meu nesses retorno falsos pastores; ainda nesses dias próximos pois, muitos do virão emretorno meu nome dias próximos do meu meu retorno pois, muitos nome disfarçando-se de em meus mensageiros, pois, muitos virão virão em meu meu nome disfarçando-se de meus mensageiros, e possessos de demônios enganarão, disfarçando-se meus mensageiros, e possessos demônios enganarão, fazendode com que muitos crentes e possessos de demônios enganarão, fazendopercam com que muitos crentes a sua salvação. fazendo com que muitos crentes percam a sua salvação. Mateus 7.15: É um Aviso para todas as épocas. percam a sua salvação. Mateus 7.15: É um Aviso para todas as épocas. Mateus 7.15: É um Aviso para todas as épocas. JESUS CRISTO ORIENTAÇÕES ESPIRITUAIS? ESCREVA PARA: SEMEANDO A PALAVRA DE DEUS: CAIXA POSTAL 30003 - CASCADURA - RJ- CEP 21350-970 n0 9 Distribuição gratuita Vida, morte e ressurreição de Efésios 6.12: Não estamos lutando contra pessoas feitas de carne/sangue – o homem – mas contra indivíduos sem corpo – os reis malignos do mundo invisível – esses poderosos seres satânicos e grandes príncipes malignos das trevas que governam este mundo; e contra um número tremendo de espíritos malignos que vivem no mundo espiritual. Estejamos firmes contra as ciladas do diabo. Efésios 6.11: Tal como o poder é de Deus, assim também o é a armadura, as armas de ataque e de defesa que o Senhor nos confere para o combate espiritual. Essa armadura compõe-se da Verdade, de uma retidão de vida, do poder espiritual que provém do Evangelho, da Fé, da operação íntima do Espírito Santo no homem interior, que nos conduz na direção de nossa herança eterna na Palavra de Deus, em sua mensagem remidora e fortalecedora em Cristo Jesus, com suas muitas provisões. Um profundo Preparo Espiritual. Devemos entender, para que o combate seja vitorioso, não acontecerá, se nos contentarmos com algo menor que isso. Há tantos cristãos malsucedidos no mundo, ilustrando o fato de que não se fortalecem com todas as provisões divinas que lhes são propiciadas, por motivo de preguiça, de indiferença, ou por não reconhecerem a seriedade da batalha, e a força astuta do inimigo, chamado Satanás. Estar firme contra as ciladas do Diabo quer dizer? Estar vigilante contra todas as suas investidas, seus planos e esquemas que ele preparou contra você, colocando demônios de plantão à espera do momento oportuno. O império de Satanás é governado com uma norma fixa, e sua guerra é levada a efeito com um sistema estratégico que procura tirar vantagens de cada oportunidade de ataque a uma pessoa. As múltiplas combinações do erro, várias artes da sedução e da tentação, as múltiplas formas de artifícios da injustiça para atrair alguém, constituem as ciladas do Diabo. Tantos indivíduos espirituais de bom caráter, como aqueles de péssima índole, habitam nos lugares celestiais, sem isso querer dizer que habitam exatamente nos mesmos lugares ou campos celestiais, pois existem muitas dessas dimensões, algumas ocupadas por pessoas de bom caráter, e outras ocupadas por indivíduos malignos, embora todos eles pertençam à categoria espiritual. O termo principado se refere a uma ordem superior, que possuem autoridade sobre grandes regiões e sobre muitíssimos indivíduos humanos; ao passo que potestades se refiram a governantes subordinados aos príncipes (principados). Há muitos poderes espirituais de diferentes categorias e desiguais potências; alguns desses poderes são malignos, fazendo guerra neste mundo contra o bem e a verdade; esses poderes são os nossos adversários, porque têm fácil acesso até esta terra, motivo pelo qual são chamados de “dominadores” deste mundo, 2 Coríntios 4.4: visto que seu poder se estende ao universo, a esfera da existência humana; e isso serve para ilustrar a seriedade da luta espiritual em que nos encontramos. Cristãos, mostrai-vos dignos de vossa chamada, andai como filhos da Luz e possuireis o Reino Eterno, e digo: cada indivíduo humano (nós da terra) levará consigo, para o próximo estágio da sua existência, as consequências de sua passagem nesta terra. O Diabo trabalha para que a pessoa vá para suas regiões celestiais. Resista Efésios 4.27: ao Diabo. – é uma advertência para todas as pessoas – Pense. Mas, essa herança dependerá sempre da escolha de cada um, não por causa de sua vontade individual, mas por causa da Graça e da Vontade de Deus, que na pessoa está manifesta, conforme essa graça for aceita ou rejeitada. Sim, vivemos num ambiente hostil, face nossa condição cristã, e neste mundo, como está escrito em 1 Pedro 5.8: Deus aconselha a estarmos em constante vigília, pois o Diabo, nosso adversário, anda ao derredor de nossas vidas, procurando o momento adequado para nos atacar. Acredite nisto. Então. Trevas significando pecado, depravação, aquelas atitudes que caracterizam os poderes espirituais malignos e os seres humanos Lucas 11.24-26: por eles capturados. Sim, os indivíduos malignos são, por si mesmos, trevas; e os homens que vivem no pecado, habitam na atmosfera das trevas. 2 Coríntios 4.4: Este mundo, em seu estado presente, se caracteriza por trevas, por se habitação Lucas 1.79: de homens não remidos. O estado eterno dos indivíduos malignos também é chamado de trevas. 2 Coríntios 10.3-4: É verdade que eu sou um ser humano comum e fraco, porém não emprego planos e métodos humanos para ganhar minhas batalhas. Uso poderosas armas de Deus - e não as que são feitas por homens - para derrubar as fortalezas do diabo. Tiago 4.7: Estou sujeito a Deus e resistindo ao Diabo. Amém. Semeando a Palavra de Deus 1 Amós 3.7: Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas. Jeremias 7.25-26: Mas eles não me ouviram nem me deram atenção. Antes, tornaram-se obstinados e foram piores do que os seus antepassados. Isaías Capítulos 52.53.54.55: Isaías 52.14.b: sua aparência estava tão desfigurada, que Ele se tornou irreconhecível como homem; não parecia um ser humano; Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor? Aos olhos de Deus Ele era um pequeno ramo, brotando de uma raiz em terra seca. Mas para nós Ele não tinha beleza alguma; não havia nada nEle para nos atrair ou para nos agradar. Nós O desprezamos e rejeitamos: Ele era um Homem que conhecia, por experiência própria, a dor e o sofrimento. Achamos que Ele não merecia nem ser olhado por nós; não demos a menor importância a Ele. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Entretanto, Ele colocou sobre Si mesmo as nossas dores, Ele mesmo carregou nossos sofrimentos. E nós ficamos pensando que Ele estava sendo castigado por Deus por causa de seus próprios 2 Semeando a Palavra de Deus pecados! A verdade, porém, é esta: Ele foi ferido por causa de nossos pecados; seu corpo foi maltratado por causa de nossas desobediências. Ele foi castigado para nós termos paz; Ele foi chicoteado pisado humilhado, mas, por suas feridas nós fomos curados! Nós andávamos perdidos e espalhados como ovelhas! Nós abandonamos os caminhos de Deus e seguíamos os nossos próprios caminhos; apesar disso Deus jogou sobre Ele a culpa e os pecados de cada um de nós. Ele foi maltratado e humilhado, mas não disse uma única palavra! Foi levado para a morte como um cordeiro vai para o matadouro; como a ovelha fica muda diante de quem corta a sua lã, Ele não disse nada aos seus juízes e acusadores! Foi condenado num julgamento injusto e mentiroso; entre o seu povo ninguém foi capaz de imaginar por que Ele foi morto - pelo castigo dos pecados deles; pela transgressão do meu povo ele foi atingido. Morreu como um criminoso, mas foi enterrado junto com os ricos; pois nunca cometeu injustiça ou falou mal de outra pessoa. Apesar disso, o plano perfeito do Senhor Deus exigia sua morte e seu sofrimento. Mas depois de dar a sua vida como oferta pelo pecado, Ele vai ressuscitar, vendo os muitos filhos que ganhou através da fé, Ele cumprirá com sucesso a vontade do Senhor Deus. E, quando Ele puder ver o resultado do seu terrível sofrimento, ficará muito satisfeito. Através de tudo o que passou, o meu Servo, o Justo, fará muitas pessoas se tornarem justas diante de Mim, porque Ele mesmo levará sobre Si os pecados delas. Por causa disso Eu darei a Ele grandes honras e muito poder, porque Ele entregou sua vida a ponto de ir até à morte. Foi considerado um pecador; contudo levou sobre Si os pecados de muita gente e orou a Deus em favor dos pecadores e de seus transgressores. As montanhas podem sumir, os morros podem desaparecer, mas nada pode separar você do meu amor eterno. O trato de paz que Eu fiz em seu favor nunca terminará. Quem faz essas promessas é o Senhor, que tem carinho especial por você, dizendo que minha aliança de paz contigo nunca será quebrada. Com justiça serás estabelecido; estarás longe da opressão, porque já não temerás; e também do terror, porque não chegará a ti. Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim ouvi, e a vossa alma viverá porque convosco farei um pacto perpétuo, dando-vos as firmes beneficências prometidas a Davi. Busquem ao Senhor enquanto podem achar. Peçam sua ajuda, enquanto Ele está perto. Que as pessoas perversas mudem a sua maneira de viver; abandonem seus maus caminhos; devem deixar de lado seus maus pensamentos. Todos devem se voltar para Deus, arrependidos! Assim, Deus mostrará a sua grande misericórdia, o Senhor mostrará como é imenso o seu perdão. Assim ocorre com a palavra que sai da minha boca: ela não voltará para mim vazia, mas fará o que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei. Então: Busquem ao Senhor enquanto podem achar. Peçam sua ajuda, enquanto Ele está por perto. Hebreus 10.39: Que você, cristão, não seja igual àqueles que recuam para perdição, mas que tem fé para conservar íntegra tua alma. Semeando a Palavra de Deus 3 João 19.15: “Fora com Ele!" gritaram "Fora com ele crucifique Jesus!" "Quê? Crucificar o rei de vocês?" perguntou Pilatos. "Nós não temos nenhum outro rei, além de César", gritaram os sacerdotes principais. (BVP) 2 Tess. 2.1-17: Os últimos dias de Jesus Cristo como exemplo Bíblico da apostasia atual. João 1.11.12: Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Em sua própria terra entre seu próprio povo, Ele não foi aceito. Mas, a todos os que o recebem, Ele dá o direito de se tornarem filhos de Deus. Tudo o que nós precisamos fazer é confiar Nele como Senhor. Os Evangelhos Mateus, Marcos, Lucas, João. Mateus 26.47-55: Enquanto Jesus ainda falava, chegou Judas, um dos doze, com ele estava uma grande multidão armada de espadas e porretes, enviados pelos chefes dos sacerdotes e líderes religiosos do povo. Então Jesus falou à multidão: "Será que Eu sou algum assaltante perigoso, para que vocês venham armados de espadas e porretes para me prender?” Eu estava com vocês, ensinando diariamente no Templo, e vocês não Me prenderam nessa ocasião! Jesus pregava abertamente a mensagem do arrependimento para a entrada em um Reino Espiritual; mas, aquela multidão de pessoas tratava a Cristo como se Ele fosse um bandido comum, um assaltante sem princípios. 4 Semeando a Palavra de Deus Marcos 14.53: Os que prenderam Jesus o levaram a Caifás, o sumo sacerdote, em cuja casa se havia reunido os mestres da lei e os líderes religiosos. Mateus 26.59-68: Os principais dos sacerdotes, o Supremo Tribunal judaico inteiro reunira-se e procuravam testemunhas que mentissem a respeito de Jesus, a fim de formarem contra Ele um processo que desse como resultado uma sentença de morte. Embora eles achassem muitos que concordaram em serem testemunhas falsas, elas sempre se contradiziam umas às outras. Deuteronômio 19.15: Finalmente acharam dois homens que declararam: Este homem disse: 'Eu sou capaz de destruir o templo de Deus e reconstruir em três dias. Então o sumo sacerdote levantou-se e disse a Jesus: Você não vai responder à acusação que estes lhe fazem?”Mas Jesus permaneceu em silêncio. Então o sumo sacerdote disse: “Eu te ordeno em nome do Deus vivo, fale para nós se você é o Cristo, o Filho de Deus”. Jesus respondeu a ele: Foi você mesmo que disse isso. Mas eu falo a todos vocês: Vocês verão o Filho do Homem sentado ao lado direito do Deus Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu. Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfêmia. Qual é seu julgamento? Eles responderam: Ele merece a morte. Então começaram a cuspir no rosto de Jesus, a dar socos e ainda outros davam tapas Nele, dizendo: Profetiza-nos, Cristo, quem é o que te bateu? 1 João 4.3: E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo. Mateus 26.47: Enquanto Ele ainda falava, chegou Judas, um dos Doze. Com ele estava uma grande multidão armada de espadas e varas, enviada pelos chefes dos sacerdotes e líderes Semeando a Palavra de Deus 5 religiosos do povo. Mateus 4.24.25: A notícia dos seus milagres espalhou-se até além das fronteiras da Galiléia, de tal modo que começou a vir gente para ser curada, mesmo de regiões distantes, como a Síria; qualquer doença ou sofrimento que fosse; se estivessem possessos de demônios, se fossem loucos ou paralíticos, Ele curava a todos. Multidões enormes o seguiam aonde quer que Ele fosse, gente da Galiléia, das Dez Cidades, de Jerusalém, de toda a Judéia, e até do outro lado do rio Jordão. As mesmas multidões que o seguiram e foram testemunhas de seus milagres, agora incitados pelos falsos mestres, pelos religiosos guiados por espíritos malignos, pelos falsos pastores de plantão, pediam a morte de Cristo. Mateus 27.3-4: Nisso, Judas, o traidor, quando viu que Jesus tinha sido condenado à morte, com muito remorso pelo que tinha feito, trouxe de volta o dinheiro aos sacerdotes principais e aos líderes religiosos do povo. “Eu pequei, pois eu traí um homem inocente”. Eles responderam: “Que importa isso a nós”. “A responsabilidade é sua". Satanás ao realizar seus objetivos por intermédio de Judas o abandonou, e desaparecendo essa influência maligna Judas teve sentimentos de misericórdia comuns à humanidade, “... que nos importa...”. O que era importante para aqueles líderes religiosos era que conseguissem assassinar com êxito a Jesus, e não que fosse feita a justiça. Observamos como o pecado trabalha em segredo, obscurecendo em trevas o raciocínio das pessoas, de como a maldade pode tornar-se mais grave; como um mal irreversível pode resultar desse processo com suas consequencias terríveis. Lucas 23.1-25: E a multidão levou Jesus a Pilatos. E começaram a acusá-lo, dizendo: Havemos achado este pervertendo a nossa nação, proibindo dar o tributo a César, e dizendo que ele mesmo é Cristo, o rei. Assim, acusando-o de sedição, perturbador da ordem pública, desordeiro, rebelde, e de outras coisas, tentavam de todas as maneiras a enquadrar Jesus de fazer atividades políticas contra Roma, para induzir a Pilatos dar a ordem de morte contra Jesus. Pilatos tinha conhecimento de que as acusações eram falsas contra Jesus. Na realidade, o ódio das autoridades religiosas e das multidões fora criado pelo fato de que Jesus não aceitou a natureza política que queriam atribuir a Ele. Lucas 23.4: E disse Pilatos aos principais dos sacerdotes, à multidão: Não acho culpa alguma neste homem. Aqui temos o protesto de Pilatos, apresentando a inocência de Jesus, tentando mostrar que o verdadeiro poder maldoso por detrás das acusações era proveniente das autoridades religiosas. Este versículo serve para mostrar a grande insistência das autoridades religiosas, os quais não queriam dar ouvidos à razão, nem aceitando parecer de Pilatos favor de Jesus; evidenciando que essas autoridades religiosas tinham abrigado o maligno no espírito e estavam sedentas de sangue. João 18.33: Então Pilatos entrou de volta no palácio e ordenou que trouxessem Jesus: "Você é o Rei dos Judeus"? Perguntou. Jesus estava diante de Pilatos, o qual já ouvira diversas acusações feitas contra Ele, algumas das 6 Semeando a Palavra de Deus quais eram de natureza política. Seria Jesus um ativista político, um radical, conforme havia sido apresentado pelos seus acusadores? É como se Pilatos tivesse indagado de Jesus: “O que tens tu a dizer sobre ti mesmo”? João 18.34: Respondeu Jesus: Dizes isso de ti mesmo, ou foram outros que te disseram de mim? Jesus queria fazer distinção entre o que era autêntico e o que não passava de acusações falsas dos líderes religiosos. Queria que Pilatos soubesse, com base nessa pergunta, que não poderia confiar naqueles religiosos ardilosos, falsos e sedentos de sangue, em qualquer coisa que eles lhe pudessem ou quisessem dizer. Jesus sempre demonstrou um ativismo religioso a favor do Reino de Deus, falando do arrependimento da necessária renovação espiritual, significando que toda a atividade de Jesus n0 mundo visava derrubar o mal e a impiedade. Judas 1-25: Homens negando a graça de Deus e o Senhor nosso Jesus Cristo. João 18.35: “E eu lá sou judeu"? Disse Pilatos. O seu próprio povo, e os sacerdotes principais, trouxeram você aqui. Por quê? O que fizestes? O que Pilatos está argumentando? “Tenho por acaso, estado presente nas sinagogas ou no templo a escutar os mestres exporem sua tola teologia”? “Pare com essa tolice e diz por que razão a tua própria gente te entregou a mim”? “Por que eles te odeiam”? “Deve haver algum motivo, pois de outro modo não estarias aqui agora”! Que fizeste afinal? João 18. 36: Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus. O meu reino não é daqui. Jesus não negou seu caráter real e que tinha um Reino que não era de origem terrena ou de natureza política. A razão central pela qual Jesus perdeu popularidade sendo rejeitado foi porque não veio para assuntos políticos, sua mensagem era por demais espiritual retratando o Reino como a posse da vida eterna. O versículo aponta para a inocência de Jesus, que não contava com soldados, que não tinha qualquer grupo armado, que não fazia parte de qualquer movimento político. Aqui este adendo para atender a uma influência do Espírito Santo. Provérbios 14.12: Muitas pessoas são sinceras em sua fé - muitas sinceramente erradas acreditando em ensinamentos espirituais que nada mais são do que opiniões humanas, pela maneira de pensar, de julgar o que foi manifesto por Deus. Aqui está a dificuldade, o embaraço, deixando de ouvir João 16.13: o Espírito Santo para aceitar Colossenses 2.423: falsos pastores com palavras persuasivas, conseguindo convencer as pessoas, membros de suas igrejas de concordarem com suas opiniões e decisões enganosas. Não deixem ninguém os desqualificar: portanto, ninguém vos julgue pelo comer, pelo beber, pelos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, domingos ou de qualquer outro rudimento do mundo. Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos preceitos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques não provem, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens. Há um grande perigo para o cristão que não sabe julgar por si Semeando a Palavra de Deus 7 mesmo, Atos 17.11: não sabendo formar seu próprio conceito a respeito de sua condição de ser um ungido de Deus, um escolhido, habitação do Espírito Santo. Pense nisto: João 14.6: todas as igrejas são caminhos que levam as pessoas para um mesmo destino? Por que tantas igrejas? Todos os caminhos levam as pessoas para a eternidade? Não siga a multidão, só porque são muitos, pois foi a multidão que setenciou Jesus à morte. Não permitam que outros lhes estraguem a fé e a alegria com suas filosofias, suas soluções erradas e superficiais baseadas em idéias e pensamentos humanos, em lugar daquilo que Cristo revela em sua Palavra. Hebreus 8.6-7: Mas Cristo, como ministro do céu, foi recompensado com um trabalho muito mais importante do que os que servem sob as leis antigas, pois o novo acordo que Ele nos oferece da parte de Deus contém promessas muito mais importantes. O velho acordo não deu resultado nenhum. Se tivesse dado, não teria havido nenhuma necessidade de outro para substituí-lo. Hebreus 9.15: Cristo é mediador duma Nova Aliança entre Deus e as pessoas, para que todos aqueles que são chamados, possam receber a herança eterna que Deus prometeu. João 18.37: Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. Jesus declarava a sua qualidade de rei, posto que de natureza espiritual. Dessa maneira o Senhor Jesus fez boa confissão diante de Pilatos, de forma verdadeira e convicente. Pilatos pouco interesse tinha por religiosos radicais, ele já tinha sua resposta, suas convicções, mas precisava de evidências para libertar a Jesus. Todo aquele que é da verdade ouve a minha Voz. João 18.38: "Que é a verdade?" Exclamou Pilatos. Depois ele saiu outra vez onde o povo estava e disse: "Pelo meu exame, não há nada 8 Semeando a Palavra de Deus contra ele”. Não acho nele crime algum. “... Perguntou-lhe Pilatos: Que é a Verdade?...”. Jesus não respondeu? O próprio Pilatos deu a resposta correta! "Não acho Nele motivo algum de acusação”. Aqui está a Verdade! Pilatos... “Quem aqui se importa com a verdade, oh Jesus”. Pilatos poderia estar pensando: “Esse Reino de que fala Jesus, não interfere em nada nos interesses romanos aqui em Jerusalém: que tenho eu a ver com províncias e reinos que não podem pagar tributos, que não podem produzir qualquer exército contra nós”? “Não passas de um fanático, e não representas qualquer ameaça política real”. Apesar de suas contradições, estava convicto de sua inocência e proclamou essa opinião à multidão que o esperava. Declarou que Jesus não era culpado de crime algum e, nada do que era acusado tinha sentido. “... eu, não acho nele crime algum...”. É como se Pilatos houvesse dito à multidão: “Quanto a vocês, tendes encontrado falta nele, injustamente, é por motivo de ódio e preconceitos religiosos e por causa de sua inveja; mas, quanto a mim, não encontro crime algum neste homem”. Lucas 23.13-16: Então Pilatos reuniu os sacerdotes principais e 0s outros lideres dos judeus, juntamente com o povo anunciando sua sentença: "Vocês me trouxeram este Homem acusando-o de provocar uma revolta contra o governo”. ”Eu O interroguei e considero Jesus inocente”. Nem Herodes, pois ele o mandou de volta para nós. Como pode ver, ele nada fez que mereça a morte. Castigá-loei, pois, e soltá-lo-ei. Pilatos interpretou o fato de Herodes ter soltado Jesus como num parecer a Ele favorável, de inocência, e então, nesta oportunidade, declara-se justificado, em suas primeiras impressões de que Jesus não era nada daquilo que declaravam acerca Dele. Pilatos sugeriu uma punição menor, de conformidade com as “perturbações” que Jesus teria provocado um castigo de açoites que, apesar de simples, foi cruel e injusto. A declaração de Pilatos foi feita para os oficiais (religiosos) judeus que procuravam agitar o povo, a fim de que a multidão exigisse a morte de Jesus. Com essa punição Pilatos esperava aplacar a ira dos judeus, porquanto temia tomar uma posição aberta em favor da Justiça. Mateus 27.15: Em toda a festa da Páscoa, Pilatos costumava soltar um dos presos, a pedido do povo. Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém pela páscoa. Quereis que vos solte o Rei dos Judeus? Na esperança de que aqueles líderes eclesiásticos ainda tivessem algum vislumbre de misericórdia para com a pessoa de Jesus, julgou que eles talvez quisessem revelar essa compaixão, permitindo que esse costume beneficiasse a Jesus. Talvez (?). Pilatos agiu assim porque não sabia quão profundo era o ódio das autoridades religiosas dos judeus contra Cristo; ainda, caiu no erro (?) de chamar Jesus de Rei dos Judeus, pois isso enfureceu mais ainda a multidão. Nota: o costume da anistia em tempos festivos é universal e acontece aos nossos dias. Mateus 27.16: Nesse tempo tinham um preso notório, chamado Barrabás. Marcos 15.7: E havia um chamado Barrabás, que, preso com outros revolucionários, tinha num motim cometido Semeando a Palavra de Deus 9 uma morte. Assassino/revolucionário. É provável que fosse líder de alguma revolta contra romanos, sendo culpado pelo próprio crime pelo qual os judeus tentavam livrar-se de Jesus, acusando-o falsamente diante de Pilatos. João 18.40; Pelos acontecimentos os principais sacerdotes persuadiram a multidão a pedir a soltura de Barrabás, pois se misturavam com as multidões, orientando-as do que deveriam exigir. 1 João 4.1-6: Mas aquele que não confessa a respeito de Jesus, não vem de Deus. Essa pessoa tem o espírito do anticristo, sobre o qual vocês ouviram que está vindo ao mundo e, de fato, já está aqui. Barrabás ou Cristo? Mateus 27.17: Pilatos perguntou à multidão que ali se havia reunido: "Qual destes vocês querem que lhes solte: Barrabás ou Jesus”? Barrabás representava revolução pela força pela violência. Jesus representava a revolução espiritual, promovendo as realidades espirituais nas almas dos homens. A multidão preferiu Barrabás. Em face da conduta violenta e irracional das autoridades religiosas. Pilatos sabia que Jesus era inocente. Mateus 27.18: Pois sabia que por inveja o haviam entregado. Esse foi um dos pretextos, mas as narrativas dos evangelhos deixam claro que havia muitos outros motivos planejados. Pilatos teve percepção suficiente para julgar a natureza humana. Notou que olhavam para Jesus com ódio. Os líderes religiosos odiavam a Jesus porque Ele atraíra a atenção do povo sendo aclamado pelas multidões; “esses religiosos” eram atores, iguais aos de hoje, que para atrair “adeptos” fazem todo o tipo de propaganda legalista, e aqueles tais, e os atuais religiosos fazem de tudo, quando a sua audiência lhes é tirada. Bem! Mateus 27.19: Estando Pilatos sentado no tribunal, sua mulher lhe enviou esta mensagem: "Não se envolva com este inocente, porque hoje, em sonho, sofri muito por causa dele". Mateus fala de várias revelações dadas por meio de sonhos, verifique Mateus 1.20: 2.12: 2.13: 2.19: Alguns acreditam que a ocorrência teve origem sobrenatural, um anjo, ou outra personalidade celestial, tenha falado com ela, quando sonhava. Seja como for a mensagem era autêntica. Ela sabia que Jesus era justo, sendo melhor para seu esposo não se envolver em sua morte. Posteriormente, após haver sido deposto, Pilatos foi forçado a cometer suicídio. Ora, não é impossível que se tivesse dado ouvidos à sua mulher, pudesse ter escapado dessa morte trágica. Alguns atribuem esse sonho a Deus (Agostinho um deles). Outros a Satanás (Inácio, Beda) afirmando que era um ardil para impedir a morte expiatória de Cristo. É de se falar que foi uma mulher, e pagã, por sinal a única pessoa a se apresentar em defesa de Jesus, naquelas horas cruciais, como está registrado na Bíblia: em o único grito de protesto contra o que estava sendo feito a Jesus. É isso um fato realmente notável. Mateus 27.20: Mas os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos convenceram a multidão a que pedisse Barrabás e mandasse executar Jesus. As autoridades religiosas temeram que a manobra de Pilatos desse resultado. Talvez o povo escolhesse a Jesus, se pudesse ter tomado uma decisão 10 Semeando a Palavra de Deus independente. Os líderes religiosos fizeram discursos inflamados às multidões ali reunidas. Naquele momento, e houve tantos outros que não deram certo, Jesus estava quase no lugar onde essas autoridades desejavam, e não haveriam de permitir que ele escapasse mediante qualquer defesa de Pilatos. Precisavam do apoio popular, a fim de que Pilatos não resistisse às exigências deles. Repetiram as acusações mentirosas em palavras maliciosas, convencendo o povo que Jesus era o verdadeiro inimigo. Nada poderia fazer parar o avanço brutal da maldade naquele dia. Estavam sedentos de sangue. Ficaram desapontados por causa das atitudes não políticas de Jesus; e agora, por ironia, à base de uma falsa acusação de crime político, estavam prestes a assassiná-lo. E foi assim que a turba preferiu um destruidor de vidas humanas ao Salvador dos homens. Mateus 27.21: Então, quando o governador perguntou outra vez: "Qual destes dois eu devo soltar para vocês?" a multidão respondeu gritando: "Barrabás!". A resposta dos religiosos da multidão? Barrabás. Era uma multidão maleável e tremendamente pervertida; há poucos dias haviam proclamado Jesus como Rei, enquanto as crianças entoavam os seus louvores, a ponto das autoridades religiosas chegarem ao desespero, por estar Jesus recebendo tão calorosa aprovação do povo em geral, reconhecendo-o como um dom de Deus, mas agora preferiam assassiná-lo. A corrupção espiritual 1 João 4.1: sempre atenderá a falsos líderes religiosos a serviço do Diabo, instigando, conduzindo seus seguidores a fazerem escolhas erradas, pervertendo o Evangelho de Cristo. 2 Pedro 2.19: Prometendo-lhes liberdade, eles mesmos são escravos da corrupção, pois o homem é escravo daquilo que o domina, de qualquer coisa que o controle. Mateus 27.22: Disselhes Pilatos: Que farei então de Jesus? Chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado. Em sentido real essa pergunta é a mais importante indagação que alguém se pode fazer e, Filipense 2.10: num determinado momento todos terão de enfrentá-lo! É a pergunta fundamental da existência humana. Alguns como aquela multidão, desprezam-no, e não percebem a necessidade de trazê-lo à memória, ocultando-o de suas almas, não compreendendo o quanto a Jesus é necessário para a manutenção da sua existência eterna. As guerras são características das gerações que se esquecem de Deus, preferindo seus Barrabás. O fato é que, hoje, em muitas das igrejas espalhadas pelo mundo, com estímulo de seus líderes, 2 Tessalonicenses 2.3-4: viessem a escolher novamente a Barrabás, e não a Jesus. “... Seja crucificado...”. Essas palavras indicam o poder o ódio maligno norteando suas mentes: poderiam simplesmente ter condenado Jesus no estilo judaico, apedrejamento, mas quiseram que a crueldade mais extrema fosse aplicada a Jesus. Mateus 27.23: Pilatos, porém, disse: Pois que mal fez ele? Mas eles clamavam ainda mais: Seja crucificado. Pilatos procurava conciliação, um acordo, ao invés de ordenar que aquele homem inocente fosse liberto, assumindo ele mesmo com a responsabilidade de seu ato, mas, pensava: não lhe parecia certo, em última Semeando a Palavra de Deus 11 análise, que o bem estar de um único homem fosse considerado mais importante do que a segurança da cidade inteira. Achava ser possível uma revolta, com a perda de muitas vidas; melhor seria que se perdesse uma única vida, do que se criasse uma rebelião popular. Em ação repetida a multidão gritava “Seja Crucificado”. Era como um espetáculo de gladiadores, com todos os polegares voltados para baixo. Pilatos declarava a inocência de Jesus, mostrava-se insistente; mas não tinha chance contra aquela massa humana furiosa, desprezível, insensata, cruel e insensível. Mateus 27.24: Quando Pilatos percebeu que não estava obtendo nenhum resultado, mas, ao contrário, estava se iniciando um tumulto, mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão e disse: "Estou inocente do sangue deste homem; a responsabilidade é de vocês". Lembrava-se do sonho de sua esposa; fazendo a única coisa que podia, sob tais condições, e que lhe parecia isentá-lo de culpa na crucificação que teria lugar. Pilatos adotou aqui um costume judaico, a fim de que os judeus entendessem que ele não compartilhava daquele derramamento de sangue, sobre o qual tanto insistiam, provavelmente esperando que com isso conseguisse dissuadílos de sua perversa ação. Pilatos lavou as mãos, mas não a alma, e ao entregar a Cristo, a quem pronunciara inocente, condenou a si mesmo. Mateus 27.25: Todo o povo respondeu: "Que o sangue dele caia sobre nós sobre nossos filhos!" É como se tivessem dito: “Pilatos estás livre de culpa; a culpa seja nossa – sofreremos as consequências”. Mateus 27.26: Então Pilatos soltou-lhes Barrabás. Depois mandou chicotear Jesus, e o entregou aos soldados romanos para que fosse crucificado. O açoite era feito de uma tira de couro, na ponta da qual havia um pedacinho de chumbo e, com frequência esse espancamento reduzia o corpo a uma massa de carne sangrenta. Atente: naturalmente Barrabás estava sendo libertado porque Cristo levou o castigo que ele merecia, tornando-se um símbolo de todos os pecadores que se beneficiam com a morte de Cristo e sua expiação. Mateus 27.27: Mas primeiro eles levaram Jesus para o pátio do quartel e chamaram a tropa toda. Os soldados reuniram-se como “platéia” para o açoite, que era o primeiro passo para execução da sentença de morte por crucificação. Para os soldados isso era um 12 Semeando a Palavra de Deus grande esporte; e, mostrariam o seu desprezo pelos judeus castigando horrivelmente um dos membros de sua raça. Haviam sido contagiados pelo espírito odioso da multidão. Lemos que essa punição por espancamento muitas vezes era tão severa que os prisioneiros morriam no local, sem nunca chegarem à cruz, e pelos esforços de nossa imaginação podemos avaliar os horrores que Jesus deve ter sofrido às mãos daqueles homens impios e desvairados. Mateus 27.28: E, despindo-o, vestiram-lhe um manto escarlate. Colocaram em Jesus como vestimenta real de zombaria, porque estavam prestes a saudá-lo como se fora rei. Mateus 27.29: fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram em sua cabeça. Puseram uma vara em sua mão direita e, ajoelhando-se diante dele, zombavam: "Salve, rei dos judeus!". A coroa de espinhos o adorno real, o caniço o cetro real. Provavelmente um bando de soldados se pôs em fila diante dele, cada qual participando por sua vez das zombarias. Dificilmente poderiam perceber quem era Jesus, e como as suas ações ficariam gravadas para o mundo inteiro tomar conhecimento, no maior de todos os documentos o Novo Testamento. Mateus 27.30: E, cuspindo nele, tiraram-lhe a cana, e davam-lhe com ela na cabeça. Aquele que homenageia a um rei poderá beijá-lo como sinal de confiança, de saudação, conforme prática até hoje em alguns países. Porém ao invés de ósculo, cuspiam em Jesus, o que sempre foi um sinal do mais total desrespeito e desprezo. Batiam-lhe na cabeça, dessa maneira enterrando os espinhos pontiagudos no crânio de Jesus: a zombaria transforma-se em maus tratos brutais. Mateus 27.31: E, depois de o haverem escarnecido, tiraram-lhe a capa, vestiram-lhe as suas vestes e o levaram para ser crucificado. Após, Jesus recebeu de volta suas vestes; tirara a capa, a coroa de espinhos e caniço; os romanos não queriam que os judeus vissem outro judeu zombado daquela maneira. Haviam praticado suas perversidades em segredo, removendo as evidências de sua ação; mas, as provas de seus cruéis espancamentos, essas eles não poderiam jamais remover. É provável que por causa desses cruéis açoites, dos violentos espancamentos, que Jesus resistiu tão pouco tempo na cruz. Estava moído e dolorido. Suas energias acabaram, e havia um coma moderado causado pela exaustão física e mental que lhe invadia em todo o seu corpo. Isaías 53.7: Ele foi maltratado e humilhado, mas não disse uma única palavra! Foi levado para a morte como um cordeiro vai para o matadouro; como a ovelha fica muda diante de quem corta a sua lã, Ele não disse nada aos seus juizes e acusadores! João 19.4: Mais uma vez, Pilatos saiu e disse aos judeus: "Vejam, eu o estou trazendo de volta a vocês, para que saibam que não achei nele motivo algum de acusação". O castigo de açoites terminara. Pilatos fazia mais uma tentativa de salvar Jesus da crucificação. Ordenou que fosse trazido à frente, na esperança de que o seu aspecto abatido, com a coroa de espinhos à cabeça, ensanguentado, provocasse compaixão. Mas isso somente os levou ao desejo de cometer maiores atrocidades. Somente o Evangelho de João faz registro dessas últimas tentativas de Pilatos para a Semeando a Palavra de Deus 13 soltura de Cristo, ao passo que os demais evangelhos passam a descrever a caminhada até ao palco da crucificação; mas esses detalhes estão de acordo com seu autor, de registrar mais completamente o julgamento de Jesus perante Pilatos. A conduta injusta e cruel de Pilatos teve por objetivo satisfazer a multidão, mediante zombaria e degradação do chamado Rei dos judeus; com esse propósito apresentava Jesus ao povo; as palavras de Pilatos equivalem: “Veja o que fiz, simplesmente para agradar vocês, pois acredito em sua inocência”. (Alford). João 19.5: Saiu Jesus, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. E disse-lhes Pilatos: Eis o homem! É como se tivesse dito “Contemplai este homem, espancado e ensanguentado, que nem pode andar; vejam este espetáculo deplorável, que um pouco de violência pode fazer a alguém orgulhosamente ser considerado um rei”. É este que temeis, e sobre quem declarais ser capaz de derrubar Cesar? Não creio nisso, e basta um olhar para ele, para haver certeza por parte de vocês. Pilatos esperava que o povo ficasse satisfeito com o sofrimento por que Cristo passara. Convém observar os registros de João 11.46-57: prestando atenção na profecia de Caifás. “... Eis o Homem...”. Palavras essas que têm atravessado os séculos a fim de afligir moralmente as almas dos homens diante dos sofrimentos de Cristo, exigindo a atenção do mundo inteiro. Mas! Esse quadro de sofrimento não seria bastante para aquela multidão? Ninguém, daquela multidão, deixara escapar um grito de misericórdia, salvando Jesus da morte, conforme os religiosos exigiam? João 19.6: Vendo-o, pois, os principais dos sacerdotes e os demais servos religiosos, clamaram, dizendo: Crucifica-o, crucifica-o. Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós, e crucificai-o; porque eu nenhum crime acho nele. Todas as tentativas, no sentido de obter a liberdade de Jesus haviam falhado, porque ele subestimara o fanatismo e o ódio daquela gente. E o pior é que toda aquela multidão percebia claramente que Pilatos, embora resistente, não lhes negaria finalmente o desejo de que Jesus fosse executado, motivo também pelo qual se mostravam mais ainda insistentes. Essa foi a terceira vez que Pilatos declarou a inocência de Jesus Cristo (João 18.38: e João 19.4:) João 19.7: Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei, e segundo essa lei ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus. Por essa altura do julgamento, as autoridades religiosas dos judeus estavam certas de que conseguiriam levar Jesus à morte; porém estavam extremamente frustadas ante a demora da decisão de Pilatos, pois sem dúvida não esperavam da parte dele tanta oposição aos seus desejos. Mas, em sua frustação, terminaram por declarar, aos berros, qual a verdadeira acusação que lançavam contra Cristo, uma acusação espiritual de que era um blasfemo: essa era a acusação feita por aqueles falsos religiosos, conforme podemos, meditando, observar a falsidade deles contra o Reino de Deus Mateus 26.57-68: contra o Senhor, que deveria ser deles! Mateus 26.64: “... vereis em breve o Filho do Homem assentado à direita de Deus...” João 19.7: Então responderam: "Pelas nossas leis Jesus deve morrer, porque se chamou a si mesmo de Filho de Deus". Mateus 26.60-61: Embora eles achassem 14 Semeando a Palavra de Deus muitos que concordaram em serem testemunhas falsas, elas sempre se contradiziam umas às outras. Finalmente acharam dois homens que declararam: Este homem disse: eu sou capaz de destruir o templo de Deus e reconstruir em três dias. Através destes versículos, obtemos a impressão de que os presentes, encorajados pela demora e pela dificuldade de encontrar testemunhas, opinariam que Jesus deveria ser solto, por falta de provas. Duas testemunhas eram necessárias, e teriam de concordar ente sí. Finalmente, porém encontrou uma acusação, apoiada por duas testemunhas que pareciam promissoras. Jesus fizera uma observação ameaçadora sobre a sua capacidade de destruir o templo. João 2.13-25: "Pois bem", respondeu Jesus, "este é o milagre que Eu farei para vocês: Destruam este santuário, e em três dias Eu o levantarei!". Isso parecia mostrar que Ele era homem violento, revolucionário, uma força destruidora, inimigo do povo. Não é impossível que os primitivos cristãos tenham interpretado em termos literais essa profecia, não dando uma interpretação em sentido espiritual do que disse Jesus, pois, dizia em referência ao seu corpo, em face de sua morte e ressurreição. Significa que o Senhor queria dizer que poderia destruir a adoração que se efetuava no templo, e que no espaço de tres dias estabeleceria ali a adoração certa. Mas, sem importar se suas palavras tinham sentido estrito à sua morte e subsequente ressurreição, o sumo sacerdote sabia que essas acusações não convenceriam um procurador romano de que o réu deveria ser executado. O silêncio de Jesus reforçava o ridículo das acusações. O sumo sacerdote ansiava por ver-se finalmente livre de Jesus, o qual tão gravemente atacara as autoridades religiosas conforme João 8.12-59 durante sua vida terrena. Mateus 26.63: Jesus, porém, guardava silêncio. E insistindo o sumo sacerdote, Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, Filho de Deus. “... eu te conjuro pelo Deus Vivo...”. Esta expressão significa “Exijo que testifiques sob juramento”. O sumo sacerdote pôs Jesus sob a necessidade legal de responder, posto que o Senhor fizera silêncio até aquele momento. É provável que os rumores sobre a sua condição de ser o esperado Messias não tenha agradado (!) aos religiosos. O sumo sacerdote, desgostoso ante as acusações inúteis que haviam sido apresentadas pelas falsas testemunhas, resolveu fazer algo, pessoalmente, acerca do julgamento. A verdadeira acusação atribuída de forma caluniosa contra Cristo - a de blasfemar – por fazer-se o Messias e por reclamar para si mesmo natureza divina, fica subentendida no termo Filho de Deus. Pelas leis judaicas isso era ilegal - fazer com que um homem incriminasse a si mesmo - era intenção de Caifás, mas Jesus resolveu responder. A acusação “expressava a verdade”, porquanto Jesus reivindicara isso sobre sua pessoa, revelando sua condição de ser o Messias enviado por Deus. A acusação oficial dai por diante, passou ser de blasfêmia, que conforme as leis judaicas, requeriam a pena de morte. Naturalmente que somente as autoridades romanas tinham o direito de executar quem quer que fosse, e essa acusação não teria validade alguma diante das autoridades romanas. Portanto, em ato contínuo, Jesus foi identificado pelas autoridades Semeando a Palavra de Deus 15 religiosas dos judeus, como um adversário político perigoso. Foi dito que Ele aconselhava o povo a não pagar impostos, ou a não mostrar lealdade a Cesar, portanto, um revolucionário perigoso. Então, passou a valer contra Jesus acusações políticas, pelas quais Roma permitia a execução de qualquer indivíduo. Mateus 26.64: Jesus respondeu a ele: "Foi você mesmo que disse isso. Mas eu falo a todos vocês: Vocês verão o Filho do Homem sentado ao lado direito do Deus Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu”. Assim Jesus também aproveitou a oportunidade para fazer um pronunciamento sobre o fato de que tinha consciência de ser o Messias. O ministério inteiro de Jesus tornara inevitável essa questão, não somente para o sumo sacerdote, mas para todo o povo de Israel. Era uma questão que teria de ser levantada e respondida, e Jesus respondeu públicamente. Porém a resposta de Jesus foi mais do que uma simples afirmação de seu caráter messiânico. “... vereis o Filho do Homem...”. Jesus, pois afirmou que o próprio Senhor Deus lhe confirmaria seu trabalho, pondo os seus inimigos debaixo de seus pés. Assim sendo, Jesus falou de sua posição: assentar-se à mão direita do Deus Todo Poderoso, sendo uma declaração realmente espantosa, ante a qual o próprio Caifás ficou surpreendido, esperando de Jesus alguma afirmação inconveniente, a fim de que pudesse condená-lo; certamente nunca esperava ouvir tal coisa, e certamente ficou perplexo ao ouvir uma afirmação de tão exaltada natureza. Quem mais poderia ser esse “Filho do Homem” senão o Senhor Jesus? Ainda, Ele trouxe para o centro dos debates a sua “parousia” ou segunda vinda. Esse mesmo Jesus voltará, mas nessa segunda vez com poder e grande glória. Este versículo revela o estado da exaltação de Cristo, sua posição atual e sua posição futura, e de que maneira isso terá aplicação à humanidade inteira. Jesus deixou claro que, embora naquele momento estivesse sendo julgado pelos homens, diante de um juiz terreno e perverso, contudo, num dia voltaria como Juiz Universal de todos. Daniel 7.13-14: Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dia, e o fizeram chegar até ele. Ele recebeu autoridade, glória e o reino; todos os povos, nações e homens de todas as línguas o adoraram. Seu domínio é um governo eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruído. Mateus 26.65-66: Então o supremo sacerdote rasgou suas próprias vestes, gritando: "Blasfêmia! Que necessidade nós temos de outras testemunhas? Todos ouviram o que Ele disse! Qual é a sentença de vocês?". E eles bradaram: "Morte! - Morte!". “... rasgou as suas vestes...”. Era um ato que podia ser feito pelos sumos sacerdotes, especialmente quando a blasfêmia fosse razão de tal atitude, ou quando se tratasse de alguma outra elevada questão religiosa. Esse rasgar de roupas era um costume oriental muito comum, com a finalidade de expressar angústia, ira ou alguma forte emoção negativa. As roupas íntimas e túnica eram deixadas intactas. Podemos estar certos de que Caifás (2 Reis 18.37) obedeceu literalmente a essa regra. Chamo sua atenção de que ele estava apresentando um espetáculo, agindo como se estivesse num palco 16 Semeando a Palavra de Deus de um teatro, demonstrando fortes emoções; e, nesse ponto de sua exibição rasgou as roupas com toda a propriedade que lhe permitiam as regras e os costumes judaicos. Era apropriado que um homem “santo” se sentisse ultrajado ante uma blasfêmia, e Caifás não se mostraria negligente nessa questão contra Jesus. “ blasfêmia”. Indicando conversas abusivas, usadas para mostrar tipos de palavras (ao falar) condenáveis contra homens (Apoc.2.9:) contra Satanás (Judas 9) contra Deus (Marcos 2.7). Esse vocábulo também é usado no tocante ao proferir palavras abusivas contra coisas que, segundo se sabe, pertencem a Deus, tal como templo, a igreja etc. Algumas vezes significa difamação e calúnia. Neste caso “blasfêmia” de Jesus certamente não consistia da reivindicação de ser Ele o Messias, embora, como é evidente, sua ideia sobre o seu trabalho pudesse ter sido considerado como uma blasfêmia; isto porque, sua reivindicação superior de ter uma posição de autoridade juntamente com Deus Pai, e sua declaração de que no futuro governaria, em resultado de sua segunda vinda, é que foram consideradas além do que, qualquer homem não poderia fazer. João 19.7: Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei, e segundo esta lei ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus. A passagem bíblica em que os judeus se alicerçavam para exigir a morte de Jesus, como blasfemo, provavelmente é o trecho de Levítico 24.16: e os judeus eram sensíveis a essa questão. Os judeus apresentaram essa última acusação de blasfêmia como um trunfo escondido, para ser dito momento apropriado, porquanto vinham pressionando sobre acusação política, que deve tê-lo impressionado. Contudo, os religiosos, confiavam que Pilatos sentiria a obrigação de mostrar respeito para com a lei religiosa deles, ainda que, eles mesmos não mais tivessem a autoridade para realizar e efetivar o que suas próprias leis religiosas requeriam deles. A hostilidade dos inimigos de Jesus contra Ele, refletida nessa acusação, vinha crescendo no ministério público de Cristo como já tivemos ocasião de verificar em João 5.18: No entanto, muito havia a ser aprendido sobre a natureza de Deus por intermédio de Cristo: como Ele mesmo participava da divindade e como leva os homens a essa participação. (Ver 2 Pedro 1.4: Romanos 8.29: e Efésios 1.23:). João 19.8: Ora, Pilatos, quando ouviu esta palavra, mais atemorizado ficou. Pilatos ficou muito perturbado ante os resultados negativos de suas tentativas de conduzir ao seu jeito o julgamento de Jesus. É evidente que esse conflito interior aumentou ainda mais, agora que viera à luz a acusação de que Jesus procurava fazer-se divino, ou seja, igual ao Deus Altíssimo, atitude essa que, de conformidade com as leis religiosas judaicas, requeria a pena de morte para o réu. Com base nessa acusação, Pilatos pôde finalmente reconhecer a profundidade do ódio que os judeus tinham contra Jesus. Os conflitos de sua alma, no íntimo de Pilatos, chegavam neste ponto a um período crítico. Toda a petulância o havia abandonado, e desejou conversar novamente com Jesus, em particular, a fim de examinar essas coisas. Tudo quanto ele ouvira dizia respeito aos milagres realizados por Jesus, o caráter misterioso de sua personalidade, de suas palavras de sua conduta, a Semeando a Palavra de Deus 17 estranha mensagem que ele mesmo acabara de receber da parte de sua esposa, tudo foi súbitamente explicado pela expressão “Filho de Deus”. Seria Ele homem extraordinário verdadeiro ser divino que aparecera à face da terra? A verdade naturalmente se apresentou à sua mente na forma pagã, em superstições de lendas mitológicas. João 19.9: Por isso levou Jesus novamente para o palácio e perguntou: "De onde você é?" Mas Jesus não deu nenhuma resposta. O Senhor Jesus estava exausto quase à beira da morte, por causa dos rigores dos espancamentos físicos e por horas de provação, que haviam começado na noite anterior e evidentemente pela narrativa avançou noite adentro. Por causa de seu tremendo cansaço, devido à exaustão mental, o Senhor Jesus pensou ser inútil continuar com Pilatos qualquer diálogo, porquanto já se fazia público, notório, qual seria a decisão do governador romano. Pilatos já pusera em andamento o curso dos acontecimentos, por sua negligência em seus deveres, por sua conduta indigna como juiz, pois em nada se importara com o direito e a justiça, mas tão somente queria agradar àqueles fanáticos religiosos, preservando seu próprio ofício pacificamente quanto possível, pelo que também se tornara indigno de conversar com aquele que é a própria justiça suprema. “... Donde és tu?...”. Pilatos só pensava agora em deuses, bem como nas supostas visitas desses deuses a este mundo entre os homens, procurando averiguar se porventura tal doutrina seria real! Queria que Jesus lhe dissesse claramente se seria aguma figura celestial. Ele fez para si mesmo o Filho de Deus tornar-se igual aos heróis pagãos - meio-deus meio-homem – e temeu a vingança do Deus Jeová dos israelitas. Mas, sem importar, se Jesus era mago ou um herói, um anjo, segundo a religião da terra, ou uma aparição divina, agora parecia a Pilatos muito provável que havia algo de celestial na aparência daquele homem, que ele ordenara que fosse açoitado. “Haveria uma vingança dos Céus pensava Pilatos”? João 19.10: Disse-lhe, Pilatos: Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar? Os temporários sentimentos de respeito e temor supersticioso cedem agora lugar a uma pequena demonstração de ira autoritária, porquanto Jesus ofendera, permanecendo calado ante a sua pergunta. A repentina passagem desse homem, do temor para a alegria vã e orgulhosa, deve ser observada; há poucos instantes temia o poder divino de Cristo, pois era possível que houvesse alguma divindade nele; aguma figura celestial, mas agora ele se alegrava de sua autoridade ameaçando punir Jesus com a morte. Ele fez para si mesmo o Filho de Deus tornar-se igual aos heróis pagãos meio-deus meio-homem – e temeu a vingança do Deus Jeová dos israelitas. Mas, sem importar, se Jesus era mago ou um herói, um anjo, segundo a religião da terra, ou uma aparição divina, agora parecia a Pilatos muito provável que havia algo de celestial na aparência daquele homem, que ele ordenara que fosse açoitado. “Haveria uma vingança dos Céus pensava Pilatos”? João 19.11: Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem. “... 18 Semeando a Palavra de Deus Autoridade...”. A ideia essencial dessa palavra é de um poder judiciário; o que Pilatos poderia fazer oficialmente, por ser a mais elevada autoridade civil do governo romano. “... por isso quem me entregou a ti, maior pecado tem...”. Como podemos interpretar? A culpa de Pilatos não era tão grande como a dos adversários religiosos de Cristo, porque apesar de ter sua responsabilidade no crime, não era tão responsável como Caifás, o sinédrio, demais sacerdotes, bem como a população judaica, os quais haviam provocado aquelas condições, pressionando Pilatos a fazer o que eles queriam. Pilatos abusara de sua autoridade, que lhe fora outorgada da parte de Deus (Daniel 4.25-c:), porém, não com a mesma gravidade e dimensão com que havia feito Caifás, o qual era o sumo sacerdote de Deus, e que, aos olhos do Senhor, era mais diretamente responsável pelos acontecimentos, como profundo conhecedor que deveria ter de todas as questões religiosas, ao invés de prestar-se para servir ao Diabo como agente em favor do mal. Portanto, o sumo sacerdote Caifás havia pervertido o seu trabalho espiritual muito mais que Pilatos pervertera a sua autoridade humana. “... quem me entregou a ti, maior pecado tem...”. Pilatos não era um executor irresponsável simplesmente, foi usado passivamente como instrumento de terceiros - até de espíritos malignos - contudo, aqueles que o haviam feito perverter a sua autoridade, para obtenção de suas malignas finalidades, conheciam perfeitamente bem o que estavam fazendo, sabendo que Jesus era inocente das acusações que lhe faziam, eram eles infinitamente piores do que Pilatos. João 19.12: Pilatos procurou soltar Jesus, mas os líderes judeus gritaram: “Se você soltar este homem, não é amigo de César. Quem se proclama rei é culpado de rebelião contra Semeando a Palavra de Deus 19 César”. “... se soltas a este, não és amigo de Cesar...”. Todo governador e oficial, por todo o império romano, temia essa acusação, sendo caçado por ela como por um pesadelo terrível. Talvez Pilatos ordenasse a soltura de Jesus, ou talvez fizesse um gesto qualquer, para dar entender que a reunião terminara e que todos deveriam retornar às suas casas. Mas, foi nesse exato momento que as autoridades religiosas dos judeus fizeram aquela declaração final, que nenhuma autoridade romana poderia ignorar. Havia em Roma um imperador, que sem dúvida ouviria falar no caso, pois os próprios judeus providenciariam isso; ouviria como Pilatos dera liberdade àquele revolucionário, ao passo que as autoridades eclesiáticas dos judeus se tinham mostrado suficientemente alerta para destacá-lo do meio da multidão, procurando esmagá-lo. Tornar-se-ia evidente que Pilatos negligenciara em seu dever, servindo de ameaça indireta ao Governo Romano. Nada mais precisava ser dito, o caso foi encerrado, posto que Pilatos não estivesse disposto a arriscar sua carreira política, por amor à bondade, por amor a Jesus, sendo mesmo muito difícil que o fizesse por causa dos próprios deuses. E, uma vítima da injustiça era um preço pequeno a fim de que se conservasse a aparência de ordem em Jerusalém. Foi um exemplo de refinada hipocrisia, da parte dos judeus, fingirem cuidar dos interesses de César. João 19.13: Ouvindo, pois, Pilatos esse dito, levou Jesus para fora, e assentou-se no tribunal, no lugar chamado Litóstrotos, e em hebraico Gabatá. João 19.14: Ora, era a preparação da páscoa, e cerca da hora sexta. E disse aos judeus: Eis o vosso rei. “... preparação...”. Alicerça-se na ideia de que os judeus eram proibidos de realizar qualquer trabalho manual, tal como o preparo dos alimentos, no dia sétimo, ou sábado. Por isso mesmo è que a sexta-feira era chamada de preparação, quando havia trabalho duplo, para que nenhum trabalho manual se fizesse no próprio sábado. Marcos 15.42: Chegada a tarde, porquanto era o dia da preparação a véspera do sábado. João 19.15: Mas eles gritaram: "Mata! Mata! Crucifica-o!" "Devo crucificar o rei de vocês?", perguntou Pilatos. "Não temos rei, senão César", responderam os chefes dos sacerdotes. Responderam “não temos rei senão a César”. Não houve qualquer demonstração de compaixão, de justiça. E assim o Senhor Jesus foi vitimado pelo ódio, pela violência, pela obstinação e pelas ambições políticas. Os judeus afirmaram não querer outro rei senão César e, numa astúcia satânica rejeitaram seu próprio Messias e confirmaram o domínio do imperador romano sobre eles. E assim têm sido forçados a aceitar o domínio de muitos “césares” e outros dominadores desde então. Aqueles mais altos representantes do governo teocrático de Israel, dessa maneira formal expressaram a sua renúncia ao Messias, declarando lealdade a um poder temporal e pagão. A verdade, é que os judeus haviam repudiado a sua própria esperança messiânica, quando não deu acolhida a Jesus Cristo, tratando-o com desrespeito, não dando valor à sua missão. Embora tivessem percebido Nele um poder extraordinário, tanto em suas ações como em 20 Semeando a Palavra de Deus suas palavras, preferiram rejeitá-lo, João 8.48: procurando explicações alternativas para seu poder, chegando mesmo a atribuí-lo, em determinadas ocasiões, ao chefe do reino das trevas, o diabo. Pilatos disse-lhes que levassem Jesus e que o crucificassem; mas essas são meras palavras mentirosas, porque os judeus não podiam fazer isso legalmente. Em seguida os principais sacerdotes exigem de Pilatos que ordene o ato, como que dizendo: Fora! Fora! Cumpre o teu dever! Faz o que é esperado de ti! E esse dever é dito numa exclamação: “Crucifica-o”. A respeito dessa afirmação dos judeus “... não temos rei senão a César...” observamos uma degradante confissão da parte daqueles infiéis sacerdotes do povo sobre quem fora dito “... o Senhor Vosso Deus era o Vosso Rei...”. (1 Samuel 12.12:). O Evangelho de João registra a rejeição final de Cristo, por parte dos judeus, na forma em que essa rejeição parece uma precipitada renúncia de todas as suas liberdades e esperanças. João 19.16: Então Pilatos entregou-lhes Jesus para ser crucificado. Pilatos fizera o pronunciamento oficial sobre a suposta culpa de Jesus Cristo, condenando-o à pena de morte por crucificação. A humanidade entrava em sua hora mais negra. E ato contínuo entregou Cristo aos principais sacerdotes, para que fosse executado. No entanto, os soldados romanos foram os verdadeiros guardiões de Jesus, como também foram os indivíduos que o encravaram na cruz. Embora Pilatos tivesse repelido participação ativa em tudo, era culpado, por haver permitido flagrante injustiça, por motivo de seu fraco caráter, quando o senso mais fácil de justiça, lhe ditava que libertasse a Jesus. João 19.17: Jesus, carregando sua cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, em hebraico se chama Gólgota. Um impressionante Milagre. Mary Stewart estava morrendo por causa de um grande tumor maligno. Já havia sofrido imensamente e orara a Deus por muitas vezes, rogando a sua cura, porquanto somente uma intervenção divina poderia salvá-la; mas suas orações pareciam em nada ajudá-la. Então, uma noite, num período de sono agitado, subitamente ela percebeu que estava no meio de uma multidão cheia de ódio, violenta, irada e, para seu espanto, ante os seus olhos apareceu o cortejo aqui descrito. Jesus se aproximava, cansado, sangrando, carregando a cruz. Quando Ele chegou defronte da Sra. Stewart, de repente cedeu ante o peso da cruz e caiu de joelhos. Tomada por avassaladora compaixão, a Sra. Stewart clamou: “Oh, Jesus, deixe-me ajuda-lo”. Com isso ela despertou subitamente, respirando forte, com a agonia da cena ainda bem viva em sua mente. E foi então que, no instante seguinte tomou consciência de que o horrível tumor maligno que a maltratava havia desaparecido totalmente, sem deixar vestígios, sem deixar um traço visível sequer. O poder de Jesus, que desconhece qualquer barreira de tempo e de espaço, havia chegado até ela também. (Da obra de Mei Ling, The Fourth Dimension). Salmos 30.2-3: Senhor, meu Deus, fiz insistentes pedidos a Ti e Tu me devolveste a saúde. Senhor fizeste subir a minha alma da sepultura; conservaste-me a vida para que não descesse ao abismo. Êxodo 15.26: Eu Sou o Senhor que cura vocês. Semeando a Palavra de Deus 21 Mateus 10.38: e quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Isaías 53.4-5: e 1 Pedro 2.24: Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, as nossas dores levou sobre si; nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, oprimido. Mas Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz paz estava sobre Ele; pelas suas pisaduras fomos sarados. Levando Ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, viveremos pela justiça; e pelas suas feridas fomos sarados. Mateus 27.32: Ao saírem, encontraram um homem cireneu, chamado Simão, a quem obrigaram a levar a cruz de Jesus. Lemos que muitos sofriam durante longos períodos de tempo, por muitos dias na cruz, antes de serem livrados da tortura, pela morte. Jesus estava muito enfraquecido por causa dos sofrimentos já passados, pela falta de dormir, pelos julgamentos, espancamentos, que foi incapaz de carregar a cruz. Foi necessária a ajuda de um homem de Cirene, do norte da Africa, cujo nome era Simão. De maneira alguma, o cirineu, poderia saber o que estava prestes a fazer, quando subiu à festa religiosa. Nenhum soldado romano se rebaixaria a carregar a cruz dum condenado. Simão era um expectador; e subitamente foi obrigado a carregar a cruz. O cortejo incluia Jesus, outros dois prisioneiros, um centurião, soldados e a multidão ao redor. Marcos 15.21: E constrangeram certo Simão, cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava vindo do campo, a que levasse a cruz. Simão foi obrigado a fazer parte do grupo. Jesus não dormira na noite anterior, e durante meses vinha antecipando àquelas horas horríveis, através do seu espírito profético. 22 Semeando a Palavra de Deus As controvérsias e debates haviam lhe sugado energias mentais e físicas. O Getsêmani o enfraquecera; o espancamento poderia tê-lo morto, conforme acontecia com muitos condenados. Fisicamente exausto, Jesus cedeu ante o peso da cruz. Simão foi forçado a carregá-la. De acordo com o costume da época, o prisioneiro era obrigado a carregar a sua própria cruz, e a passagem de João 19.17: assevera que o cortejo começou com Jesus carregando a sua própria cruz. Nos livros apócrifos diz-no que Ele tropeçou e caiu debaixo do peso, mas os evangelhos não registram esse detalhe. Lucas 23.27: Seguia-o grande multidão de povo e de mulheres, as quais o pranteavam e lamentavam. Numerosa multidão seguia o cortejo até a crucificação, movida por mera curiosidade; porém entre a turba, havia certo número de mulheres vindo de todo o Israel, devastadas em face dos acontecimentos que resultavam das tendências cruéis, desumanas e violentas dos homens, que chocavam as suas características femininas. Assim, portanto Lucas nos fornece esse incidente que revela a compaixão humana, o que contribuiu em algo para suavizar o senso de desolação da última caminhada de Jesus. Esse sentimento piedoso foi por Ele repreendido por uma gentil reprimenda, porquanto não é a compaixão que Ele requer de nossa parte. O que Jesus queria é que aquela gente reconhecesse a condenação que pairava sobre eles; naquele momento deixava escapar uma profecia sobre destruição a que estamos sujeitos. Por esse motivo, e na verdade, a Via Dolorosa não foi apenas a jornada dolorosa de Cristo à cena do Calvário, mas também a própria peregrinação do Semeando a Palavra de Deus 23 homem aqui na terra; é-nos ensinado, qual seja a sua vida e seu destino. É necessário que cada pessoa aprenda que enorme vazio é produzido pela violência, pelo ódio e pelo pecado, isso em todos os tempos vividos pela humanidade. Cada qual terá de andar por esse caminho difícil e umedecido de lágrimas. E quando cada um de nós puder perceber o lado pior da alma, talvez procure voltar os seus próprios olhos para bondade de Deus. Lucas 23.28: Jesus, porém, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém não chorem por mim chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos. Trata-se duma declaração profética a respeito da destruição de Jesrusalém; a destruição foi tão horrorosa que a maternidade, naqueles dias, tornou-se uma verdadeira maldição, e não uma benção como usualmente é considerada. As mães foram forçadas a ver os seus filhinhos inocentes serem assassinados, ou mortos por debilidade extrema provocada por falta de alimentação, Acrescente-se a isso o fato de que a mãe com seus filhos foram impedidos de fugir da cidade. Muito nos impressiona a memória do fato de que muitos dos que lamentaram a Jesus, quando de sua crucificação, chegaram a viver o bastante para perecer no massacre que veio sobre Jerusalém. Não chorassem por Jesus, e, sim pela miséria que o homem atrai contra si mesmo. Chorassem pelas ações de homens ímpios e desvairados; chorassem por causa da crueldade e da violência humanas; chorem pelo próprio homem, que só tão lentamente aprende as suas lições. Em tais períodos de sofrimento, o maior prazer da maternidade, que são os filhos, se modifica em miséria. 24 Semeando a Palavra de Deus Sempre será verdade que, em tempos de guerra, quando exércitos estrangeiros dominam seus inimigos, as mulheres as crianças inocentes são as que mais padecem. Portanto, não chorem por mim chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos. Lucas 23.29: Porque dias hão de vir em que se dirá: Bem-aventuradas as estéreis – que não são capazes de gerar filhos, e os ventres que não geraram, e peitos que não amamentaram! (a crueldade humana estará presente em todos os tempos). Mateus 27.34: os soldados ofereceram a Jesus vinho misturado com um tipo de anestésico chamado de fel, para ele não sentir dor, mas quando ele provou, ele se recusou a beber. O trecho de Marcos 15.23: diz mirra ao invés de fel. E deram-lhe a beber vinho com mirra, mas ele não o tomou. A mirra dava ao vinho azedo um melhor sabor, e, tal como o fel, produzia um efeito narcótico: Jesus provou e se recusou a beber. Lemos na história que esse tipo de bebida era usado para diminuir os sofrimentos dos soldados feridos. Salmos 69.21: Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre. João 19.1’7-18: E, levando Ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota, Onde o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio. João 19.19: E Pilatos escreveu também um título, e o colocou sobre a cruz e nele estava escrito: Jesus Nazareno, Rei dos Judeus. Roma jamais teria crucificado um homem sob acusação de blasfêmia religiosa contra o judaísmo; essa acusação, apesar de ser a principal atribuída pelos membros da assembléia dos religiosos, não foi a culpa oficial contra Cristo; Jesus morreu como adversário político do estado romano, embora nem Herodes e Pilatos acreditassem na validade dessa versão. A verdade é que o Senhor Jesus foi sacrificado por causa do ódio popular, a fim de conservar a tranquilidade da nação de Israel. Todos os quatros evangelhos dão uma versão ligeiramente diferente uma da outra a respeito da placa: Mateus 27.37: diz “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”. Marcos 15.26: “O Rei dos Judeus”. Lucas 23.38: “Este é o Rei dos Judeus”. E João 19.19: “Jesus Nazareno Rei dos Judeus”. A questão divergente não se reveste de grande importância, porquantos todos os títulos, apesar de serem diferentes, dizem virtualmente a mesma coisa. O título dava a conhecer o crime de traição feito por Jesus, e como que dizia: “Isto é o que os romanos farão com qualquer “Rei dos Judeus” que procure opor-se a César”. A crucificação conduziu a realeza universal do Senhor Jesus, porquanto sua exaltação ao trono celestial ter-lhe-ia sido impossível se Ele não houvesse se submetido à cruz, cumprindo assim a vontade divina de redimir a humanidade. Mas agora, Cristo atrai para si os seus súditos, por meio da cruz, bem como através de sua ressurreição gloriosa e de sua majestosa glorificação, nos lugares celestiais. João 19.20: Muitos dos judeus, pois, leram este título porque o lugar onde Jesus foi crucificado era próximo da cidade e estava escrito em hebraico, latim e grego. Então, um título trilingue seria bastante natural em Jerusalém, porque o latim era o Semeando a Palavra de Deus 25 idioma oficial da administração pública do governo romano; o hebraico, também era natural, por ser o idioma dos judeus da Palestina; e por último, não era de estranhar o grego, por ser nesse período histórico o idioma internacional do comércio e da cultura. O título acusatório de Cristo veio a ser lido por muitos judeus, conforme este versículo esclarece, porque o local da crucificação ficava próximo da cidade, em uma das vias principais de comunicação, por onde o povo costumava passar para entrar na cidade. É fora de dúvida que, por curiosodade, muitas pessoas saíam para ver o espetáculo da crucificação. E então, ao lerem o título que chamava Jesus de “Rei dos Judeus” eram lembrados do fato de que tinham rejeitado o seu próprio Messias, dando preferência a César como seu rei, e que, dessa maneira trágica, haviam jogado fora a sua secular segurança messiânica, o motivo mesmo de sua religiosidade. Era costume crucificar os malfeitores em lugares visíveis aos olhos de todos, como advertência para que ninguém imitasse os seus crimes. Porém, o testemunho de Jesus aos olhos do mundo, crucificado como foi onde muitos o podiam contemplar, foi o testemunho do Rei Universal, o Remidor de toda a humanidade. João 19.21: Então os líderes dos sacerdotes disseram a Pilatos: “Não escreva: ‘Rei dos Judeus’, mas escreva: ‘Este homem disse: Eu sou o Rei dos Judeus’”. As autoridades religiosas dos judeus tinham feito oposição a Cristo em sua vida terrena, a agora nem ao menos o deixavam em paz, já que se encontrava em agonia, morrendo na cruz. Este versículo deixa-nos pressentir quão profundo e arraigado era o ódio que tinham contra Cristo. Ainda que o título posto no alto da cruz fosse apenas uma acusação, sem que Pilatos tivesse tido intenção alguma de zombar deles, por causa da reivindicação de Jesus de ser Rei Espiritual de Israel, aqueles líderes religiosos se ressentiam até mesmo disso, e sem dúvida estavam furiosos por causa da ideia de que “um simples homem nazareno” era o Rei deles. As almas daqueles líderes religiosos estavam chocadas pelas reivindicações de Cristo Jesus, e no subconsciente deles, vagamente sentiam a veracidade das atitudes de Jesus. Portanto, suas naturezas pecaminosas e pervertidas se rebelavam contra qualquer tipo de declaração pública desses privilégios, ainda que tal declaração realmente fosse a acusação oficial que o condenara. Mas, conforme pensavam aquelas autoridades eclesiásticas, segundo o título fora escrito, validava as reivindicações de Jesus; e, era exatamente por isso que queriam alterá-lo, a fim de remover qualquer ideia nesse sentido. Você, leitor, tenha atenção, pois certamente está acompanhando a apostasia daquele povo, daqueles religiosos judeus, de Israel e, que é em parte, do que hoje ainda vivem refletidas nos seus dias, por sua religiosidade ainda atuante naquela nação. Ainda sobre o título acusatório, face ao descontentamento daquelas autoridades religiosas observemos ainda: Ficaram imensamente ofendidos com o título, em parte porque honrava a Jesus, qualificando-o de Rei dos Judeus; e em parte porque impunha uma infâmia, ferindo a honra daques religiosos, por consequencia a nação de Israel, a de haverem crucificado ao seu próprio Rei. 26 Semeando a Palavra de Deus João 19.22: Respondeu Pilatos: O que escrevi, escrevi. Pilatos respondeu assim, indignado e insatisfeito com aqueles homens religiosos; ou porque não quiseram consentir com a libertação de Jesus, que ele desejava ter feito, mas antes, pressionado a tal ponto que foi forçado a ordenar a sua crucificação; ou, ainda, por causa do atrevimento deles, querendo ordenar-lhe de que forma deveria ter escrito o título. Assim Pilatos resolveu que o título permaneceria inalterado, conforme ele tinha escrito. Bem, acima de tudo, devemos considerar a providência de Deus, porquanto temos percebido nos versículos dezenove e vinte, o título, escrito em tres idiomas, expressando a realeza universal de Cristo Jesus. O título de acusação era muito apropriado, dotado de profunda significação espiritual, apesar das circunstâncias que cercaram o seu emprego original. O que escrevi escrevi. E tal declaração seria dita ainda que, equivocadamente ou a propósito ele tivesse oferecido alguma coisa de maneira diferente – estava feito e não poderia ser refeito. Assim também, mediante a providência de Deus, usando a instrumentalidade dos homens, fora proferida a declaração universal da realeza de Cristo Jesus, e nunca mais poderia ser alterada. João 19.23: Tendo, pois, os soldados crucificado a Jesus, tomaram as suas vestes, e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e também a túnica. A túnica, porém, tecida toda de alto a baixo, não tinha costura. Os únicos bens terrenos, deixados pelo Redentor, não caíram por herança a seu povo, mas, de conformidade com as leis romanas, couberam aos executores da sentença de morte. João 19.24: Disseram, pois: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será. Para que se cumprisse a Escritura que diz: Repartiram entre si as minhas vestes, E sobre a minha vestidura lançaram sortes; os soldados fizeram estas coisas. Salmos 22.18: Dividiram minhas roupas entre si, lançando sortes pelas minhas vestes. João 19.25-26: Estavam em pé, junto à cruz de Jesus, sua mãe, e a irmã de sua mãe, e Maria, mulher de Clôpas, e Maria Madalena. Ora, Jesus, vendo ali sua mãe, e ao lado dela o discípulo a quem ele amava, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Então, o discípulo amado, cujo nome não está mencionado aqui, é o Apóstolo João (João 13.23;). Conforme sempre foi característico no Senhor Jesus, até mesmo nos momentos de suas mais duras provações, como neste caso, que experimentava dores atrozes, Ele assim mesmo dedicou tempo a pensar em seus semelhantes, importando-se com o bem-estar deles em tudo quanto lhe era possível. Portanto em sua morte, o Senhor fazia expiação em favor dos pecados dos homens, tendo-lhes adquirido a redenção, ao preço de seu sangue, permitindo que todos, indistintamente, possam ser elevados a Deus Pai, cumprindo assim um elevadíssimo e nobre destino; mas, ao mesmo tempo, Cristo cuidou daqueles que lhe eram tão caros, em termos de carne e sangue, e naquele momento cruel teve um pensamento de ternura e solicitação por sua mãe. Tirado dos escritos de Wordsworth. “Que Deus nos conceda que quando as trevas sobrevenham a nós, naquela última de todas as cenas terrestres, quando o mais pobre dentre nós subir ao centro do Semeando a Palavra de Deus 27 palco pela última vez, que enfrentemos a morte com um pouco de amor ao próximo e de consideração por nossos semelhantes, sem nos preocuparmos com nós mesmos, sem nos precipitarmos a preparações de último minuto, mas antes, tranquilos e prontos para esperar; e assim possamos suavizar a dor, sendo capazes de entrar anciosamente naquela felicidade e interesse alheios até o fim, pensando e planejando por eles, seguindo o galante exemplo deixado por Cristo, a fim de que para nós, igualmente, a morte não seja aquele monstro esquálido, mas algo grande, corajoso e invejável”. Se foi durante as trevas espessas do Calvário que rebrilhou a poderosa constelação pela qual a humanidade desde então se vem orientando, então virtudes celestiais também floreiam naquelas tristes colinas; fazendo parte real e essencial do caráter cristão. Jesus é o pioneiro no caminho do desenvolvimento espiritual do homem, havendo mostrado aos outros quão grandes e nobre coisa pode ser a vida humana. Cristo é pioneiro do caminho, mostrando aos homens, por intermédio de sua obediência a Deus, qual o caminho que os homens devem seguir. João 19.27: Então disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa. Mateus 27.38: Dois ladrões foram crucificados com ele, um à sua direita e outro à sua esquerda. Isaías 53.12: Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá Ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos infratores. 28 Semeando a Palavra de Deus Mateus 27.39: E os que passvam blasfemavam Dele, meneando as cabeças. No grego, blasfêmia indica palavras ou conversas condenáveis, abusivas contra as pessoas, ofensivas. Algumas vezes significa difamação/calúnia; é evidente que é isso que se trata neste versículo. Eles caluniavam e abusavam do Senhor com suas palavras condenáveis. “... meneando as cabeças...”. Era um gesto de zombaria. Salmos 22.7: Todos os que me vêem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça. Aqui a terceira zombaria contra Jesus. O sumo sacerdote escarnecera de Cristo antes de haver sido condenado formalmente. Os soldados tripudiaram Dele depois da condenação, levando o Senhor a um lugar reservado, se divertindo com suas brincadeiras brutais e insensatas. Agora a multidão se põe a zombar de Jesus, enquanto agonizava na cruz, mostrando ódio e desprezo pelo Senhor. E isso era feito pelos que passavam, pois o local da cruz ficava situado ao lado de uma estrada. A indiferença de bandos de homens ímpios é aqui destacada em uma frase: “os que iam passando”. Os negócios os prazeres eram importantes, mas com Deus não se importaram. Portanto, paravam por alguns instantes, se divertindo à sua moda pervertida. É como se declarassem: outro tolo está sendo crucificado e continuavam em seu caminho. A indagação apropriada que devemos fazer a nós mesmos, quando soltamos uma língua sarcástica e um espírito amargo, é: Porque odeio tanto a mim mesmo? Na vida daqueles religiosos e das demais pessoas do povo, havia lugar para a indignação furiosa, para as zombarias desagradáveis. Entenda. Os apuros sofridos por Jesus servem de tremenda revelação íntima dos desprezadores; quantas discórdias e coisas malignas se agitavam naqueles falsos crentes, debaixo da luz. Mateus 27.40: E dizendo: Tu, que destróis o templo, e em três dias o reedificas, te salva a ti mesmo. Se és Filho de Deus, desce da cruz. “... Tu que destróis o santuário...”. Essa foi uma das principais acusações contra Jesus. Circulavam rumores acerca de determinadas palavras que Jesus pronunciara acerca de destruir o templo. Isso parecia provar que Ele era homem violento, um revolucionário, uma força má e destruidora na sociedade. É o que pensavam aqueles que esperavam o “seu” messias. João 1.11: Veio para o seu próprio povo, àqueles que “pertenciam” a Deus - naquele momento os judeus, a raça da qual Jesus nascera com seus privilégios religiosos. Jesus é cumprimento das profecias do Velho Testamento, acerca do Messias, e sua missão visava primeiro às pessoas perdidas da casa de Israel; veio em forma humana realizando milagres e prodígios, ensinando uma doutrina espiritual, revestido de autoridade tal que os próprios cléricos religiosos se admiravam; reconheceram que era divino, mas suas mentes estavam embrutecidas e, por essa razão não o receberam, haviam perdido a sua percepção espiritual, e por isso mesmo não o conheceu. Deus concede inteligência aos homens a fim de que possam reconhecê-lo. Entretanto, a inteligência dos homens se desviou, e eles ficaram escravizados ao que é meramente físico. Uma vez prisioneiros do mundo físico, não têm mais meios e capacidade de sentir e tomar conhecimento do que é Espiritual. Semeando a Palavra de Deus 29 Por isso, hoje e naqueles tempos, os homens não reconhecem a Jesus Cristo como seu libertador para um mundo diferente; os incrédulos ainda fazem zombarias a respeito, havendo ainda “cristãos” céticos, colocando dúvidas no Evangelho de Cristo, tal como está revelada apostasia daqueles tempos, quais estão se revelando aos nossos dias. Romanos 8.1-39: “... Mas, a inclinação para a carne é a morte espiritual...” Mateus 27.40: "É! Você pode destruir o templo e construí-lo outra vez em três dias, não é? Ora, pois, desça da cruz e salve sua vida se é o Filho de Deus!". O fato era que o Senhor Jesus se referia ao seu corpo. A interpretação correta: Cristo se referia à religiosidade feita nos templos; que se lhe fosse dada oportunidade para tanto, Ele destruiria a falsa adoração em pouco tempo e, restabeleceria o verdadeiro culto. Essas reivindicações de Jesus, que seria juiz vindouro, quando sua segunda vinda, de que exerceria grande autoridade, de que tinha exaltada posição à mão direita de Deus, tudo isso fazia parte da compreenção popular sobre o que o Senhor Jesus queria dizer, quando se chamava Filho de Deus; mas, entendiam que alguém tão importante assim não poderia terminar cravado em uma cruz. Aqueles zombadores jamais poderiam pensar que Jesus realmente possuia o poder que dizia ter, e, que no espaço de tres dias faria um milagre extraordinário, maior do que aquele necessário para destruir e edificar um templo material em tres dias. Jesus ressuscitou ao seu próprio corpo; e não somente lhe deu vida nova, e, sim uma vida superior, mais elevada. Jesus espiritualizou o seu próprio corpo e esse corpo tornou-se um santuário de Deus. 1 Coríntios 3.16: Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em você? E assim apareceu uma nova dimensão da existência humana. Tornou-se o primeiro homem imortal, passou a ser o primeiro - primogênito - entre muitos irmãos. Mano, como gostaria que você entendesse esse teu privilégio, de muitos, mas, é você agora que está com teus olhos atentos ao que o Espírito de Deus lhe revela, não perca a tua oportunidade de realizar isto pra tua existência, seja também um irmão de Cristo Jesus, eu lhe asseguro vai valer a pena, tendo certeza que você dirá “valeu sim”. Cristo trouxe à luz uma grande verdade, uma grande realidade: que o homem não está destinado à morte, mas antes, a ser transformado para uma Nova Vida. Romanos 8.29: Desde o princípio de tudo Deus decidiu que aqueles que fossem a Ele se tornassem semelhantes ao seu Filho, de tal modo que seu Filho fosse o Primeiro, com muitos irmãos. 1 Timóteo 4.1: Não escute os falsos profetas deste mundo terreno, possuídos por espíritos enganadores com suas doutrinas de demônios que falam de morte em lugar duma existência eterna. Pense quando o Espírito Santo fala em 1 João 4.1: dos falsos pastores que trazem como doutrina o cavaleiro amarelo de Apocalipse 6.8: O quarto cavaleiro como um símbolo de morte e devastação trazendo mais guerras e fomes horríveis, assim como pestilências “o mosquito “aedes aegypti” e suas doenças. O Lar Verdadeiro do irmão de Cristo são os lugares celestiais. É uma ilusão sem igual a de homens que pensam saber tudo acerca dos Céus, colocando limites nas Verdades de 30 Semeando a Palavra de Deus Deus; vedando com dogmas, o que eles pensam é a verdade, e, pior, influenciando uma multidão de pessoas a carregar um fardo que não lhes pertence. Enfim. Mas, de uma coisa podemos estar certos: Cristo é o grande alvo duma pessoa, tanto da existência nesta esfera terrena, como da vida nos Céus. É a isso que nos referimos quando falamos dos muitos filhos de Deus conduzidos à glória. Mateus 27.41-43: E os sacerdotes principais e os líderes religiosos dos judeus também zombaram dEle. “Ele salvou os outros”, caçoavam, “mas não pode salvar-se a Si mesmo! Então é o rei de Israel, não é? Pois desça da cruz e nós acreditaremos nisso! Ele confiou em Deus – Deus que mostre sua aprovação a ele, livrando-O! Ele não disse: Eu sou o filho de Deus’? Realmente, Jesus não poderia descer da cruz, pois em sua obediência à vontade de Deus Pai, teria de cumprir o seu destino. Porém, o poder continuava presente - entenda-se como poder a presença do Espírito Santo - porquanto assim realizou grande expiação em favor de todos; e, além disso, em tão pouco tempo haveria de ressuscitar dos mortos. Ora, não poderia haver ressurreição sem primeiro haver a cruz. Sua filiação não seria declarada mediante o descer da cruz, o que Ele poderia ter feito facilmente. Mas, através duma demonstração muito maior de poder foi a sua própia ressurreição dentre os mortos; e nenhum outro sinal, além desse haveria de ser dado àquela geração ímpia e perversa. O que é expiação? É a satisfação oferecida à justiça divina, por meio da morte de Cristo pelos nossos pecados, em virtude do qual todos os que creem em Cristo são pessoalmente reconciliados com Deus, livrados de toda a pena dos seus pecados e feitos merecedores da vida eterna. O grande quadro da Vontade de Deus para com os homens, a evolução da vida eterna à frente, a participação na própria Vida de Deus, abriu-se tudo diante do entendimento de Jesus, e Ele nunca mais hesitou, e nem se deixou vencer pela indecisão, e nem pela manifestação de um orgulho humano para mostrar àqueles religiosos do que Ele era capaz: Não, muito pelo contrário, pagou a nossa penalidade. Obrigado Senhor Jesus. Lucas 23.34.a: "Pai, perdoe esta gente", disse Jesus, "porque não sabem o que estão fazendo". Jesus atribuiu a razão da ignorância aos motivos dos que o crucificavam, o que, por si mesmo, dá-nos alguma esperança no tocante à humanidade, porque, se um ato como aquele, cometido por motivo de ignorãncia pôde ser perdoado, então resta uma grande esperança para todos os homens, bem como o perdão para todos os seus pecados. A ignorância dos soldados foi derivada das circunstâncias daquele momento, porque foram envolvidos em acontecimentos que não haviam provocado e que não podiam controlar. A ignorância dos judeus, entretanto, foi de justiça, porque havia fechado os próprios olhos da mente à realidade de Jesus, por meio de supostas exigências de sua própria lei, em face das quais atribuiam sentido blasfemo às declarações de Jesus. Os judeus ignoravam o caráter verdadeiro de seu próprio Messias, é por essa razão que julgaram que Jesus não passava de um impostor, disfarçaram sua própria ignorância como se fora conhecimento para dar causa àqueles acontecimentos com Cristo. Semeando a Palavra de Deus 31 Lucas 23.39-41: Então um dos malfeitores que estavam pendurados, blasfemava dele, dizendo: Não é tu o Cristo? Te salva a ti mesmo e a nós. Lucas 23. O outro criminoso protestou: Você não teme a Deus nem quando está morrendo? Nós merecemos morrer pelos nossos crimes; este Homem não fez nenhuma coisa ruim. “... Nem ao menos teme a Deus...”. A humilhante condenação à cruz, bem como o reconhecimento de culpa, se misturando com a proximidade do julgamento levou aquele criminoso condenado a cessar de seu menosprezo a Cristo, porque compreendeu que tinha pecados a pagar, e que, de conformidade com a sua consciência mais simples de justiça, era-lhe forçoso arcar com a pena. Assim sendo, temeu a Deus, e reconheceu que sofria com justiça, sobrando-lhe suficiente senso moral para reconhecer que merecia o castigo que agora lhe acontecia. Em comparação com Jesus, percebeu e compreendeu sua inocência, o que pressupõe que ele tinha algum conhecimento prévio do caso de Jesus, sendo muito provável que a intenção deste Evangelho de Lucas era de deixar a impressão de que o ladrão arrependido reconhecera como verdade as reivindicações messiânicas feitas por Cristo Jesus. Ele acreditava em Jesus em face do que ele dissera, não tendo dúvidas dessa realidade, apesar da angústia de sua situação desfavorável. É estranho notar que, apesar de muitas vozes se levantarem contra Jesus naquele momento, que os seus discípulos que poderiam ter falado em seu favor, fugiram. Agora, na cruz, Ele estava recebendo um testemunho favorável duma origem tão imprevisivel: um moribundo, um assassino que estava sofrendo também as agonias da crucificação. A fé do ladrão arrependido foi notável, porque lhe faltava todas as bases ordinárias que os homens requerem para que creiam. O próprio Senhor naquele instante estava crucificado. É evidente que o ladrão penitente deve ter acreditado na vitória de Jesus, até mesmo no estabelecimento do reino por Cristo prometido. Pessoas no mundo não conseguem repelir sua alma maldosa! Lucas 23.42:Lucas E disse a Jesus: Senhor lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino. “... Jesus lembra-te de mim...”. Ele não desejou a libertação da cruz, pelo contrário, estava convencido de que deveria morrer, mas desejou única e exclusivamente, que o Nosso Senhor, em sua graça, se lembrasse dele, recebendo-o em seu reino. Sem dúvida não estava isento de esperanças messiânicas terrenas, e não estava pensando tanto no Céu para onde iria Nosso Senhor; mas colocou-se pessoalmente no momento em que o Messias viesse em sua glória real, a fim de estabelecer o seu reino sobre a face da terra, desejando que, então, despertado de seu sepulcro, pudesse estar com Cristo na alegria de seu Senhor. Cristo provou a nossa morte, o que mostra aos homens como eles devem aceitar a morte física e, como devem eliminar o medo dessa própria morte, mostrando que essa morte não extermina por completo uma pessoa; por isso podemos conservar a confiança e a esperança. Ainda que somente disso tivesse consistido a oração do ladrão 32 Semeando a Palavra de Deus arrependido, continuaria sendo uma das mais ousadas orações que já foram feitas: Sem Fé é impossível agradar a Deus. Por quê? Porque aquele homem assassino teve ousadia de ter a certeza da vitória final de um Rei, a Cristo Jesus, que naquele momento não demonstrava outra coisa além de seu poder de morrer. A única maneira de compreendermos tal declaração de fé é mediante sua conversão operada através do Espírito Santo. João 16.8: O Espírito Santo convence as pessoas do mundo de que elas têm uma ideia errada a respeito do pecado, do que é direito e justo, e do julgamento de Deus. Lucas 23.43: Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso. Esta passagem esclarece verdades importantes, independente da polêmica que gira em torno da pontuação correta deste versículo. Trago à memória, que a Bíblia se explica por si mesma, devendo ser sua própria intérprete; um versículo explicará outro versículo. Quando tivermos dificuldades de compreender um texto bíblico, temos que recorrer a outros, que tratem do mesmo assunto (Isaías 28:9-10:). Estando o homem ciente de que: 2 Pedro 1.20-21: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Se esta regra não for observada, haverá enganos sendo ditos como “verdades”. Verdades bíblicas importantes nestas palavras reveladas. O sono da alma, como doutrina é falsa, porque a alma é imortal, eterna, capaz de expressar-se noutra dimensão da existência, a espiritual. Observemos 2 Coríntios 5.1-9: 2 Pedro 1.13-14: Filipenses 1.20-25: Lucas 16.19.31: A doutrina da justificação pela fé fica demonstrada pelo criminoso: Fé e Arrependimento. Medite atento no texto de Romanos 3.21-26: Fica demonstrada a existência de um verdadeiro estado espiritual, Semeando a Palavra de Deus 33 para onde vão as almas dos remidos, aos Céus, naquelas regiões celestiais: Efésios 1.3: “... com todas as bençãos espirituais...”. De tudo quanto somos e possuímos em Cristo, o que nos torna cidadãos aptos para o mundo espiritual. O crente vai para aquelas regiões que pertencem a Deus Pai e ao Senhor Jesus Cristo. O Senhor Jesus é o Salvador, estando dotado de autoridade para pronunciar uma palavra que garante a salvação 2 Timóteo 1.8-10: eterna da alma do pcador arrependido; Fica demonstrado que as ordenanças humanas, e até mesmo as ordenanças divinas, como a do batismo e Ceia do Senhor, em casos especiais, como o desse criminoso, nos instantes finais de sua vida terrena, e há muitos que se vão nessas e em outras condições, não são necessárias para conduzir a alma do homem aos Céus. 1 Timóteo 2.5: “... Paraíso...”. Lugar de bem aventurança de bençãos espirituais nos lugares celestiais. Então ao ladrão arrependido foi prometido que, naquele mesmo dia, haveria de encontrar-se nos Céus, na companhia do Senhor Jesus Onipresente. Assim, a promessa feita àquele homem, não haveria de ser adiada até algum dia distante, a ressurreição, mas haveria de ter início ainda naquele dia. Mateus 27.45: E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona. Quando da crucificação de Jesus, a natureza mostrou seu desprazer com o que os homens faziam. Assim sendo, vemos que o falecimento do Senhor Jesus foi acompanhado por uma extraordinária ocorrência neste mundo terreno; era como se a natureza física protestasse contra as intenções malígnas daqueles homens. Mateus 27.46: Cerca da hora 34 Semeando a Palavra de Deus nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lama sabactani isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Salmos 22.1: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido? Deus não abandonou Jesus em todos os instantes que Ele esteve na cruz, pois naquele momento, quando Cristo espressou seu grito de total desolação, Deus aceitou não somente a Ele, mas também toda a humanidade em sua pessoa; pois, tão grande é o seu valor, como homem representativo, que, mediante identificação com Ele, somos aceitos Nele. Digo, portanto, que a pessoa de Cristo é tão grande que o abandono de sua pessoa por parte de Deus Pai era simplesmente uma impossibilidade. Naquele momento, todavia, Deus aceitou todos os homens em sua pessoa; e o valor de Cristo é tanto que isso se tornou possível, e realmente se tornou uma realidade. Dessa forma, o valor de Jesus envolveu o mundo inteiro. Agora, em Jesus Cristo, a raça humana inteira, é aceita, sob condição de arrependimento e Fé. O que não devemos deixar de compreender nesta passagem, no clamor de Jesus, é que fica comprovada sua verdadeira humanidade; era um homem autêntico 1 Timóteo 2.4-6: participado plenamente de nossa natureza, experimentando nossos sofrimentos humanos, Meditemos atentamente em Hebreus 5.7-9: Filipenses 2. 5-11: Para que ao nome do Senhor Jesus Cristo se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, Mateus 27.47: Alguns que estavam por perto não entenderam o que Ele falou e disseram: “Ele está chamando Elias”. Estudiosos opinam que as palavras de Jesus realmente não foram mal compreendidas, mas tão somente pervertidas, para zombarem de Jesus, pois nenhum judeu poderia confundir (e todos!) “Eli” com o nome de Elias: a zombaria, propriamente registrada neste versículo, foi um jogo deliberado de palavras escreveu Buttrick. Mateus 27.48-49: E logo correu um deles, tomou uma esponja, ensopou em vinagre e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber; os outros, porém, disseram: Deixa, vejamos se Elias vem salvá-lo. “... um deles correu a buscar uma esponja...”. As palavras proferidas por Jesus na cruz “Tenho Sede” precederam de imediato essa cena, provavelmente tendo provocado a ação em foco, o que, de acordo com o Evangelho de João, foi feito por diversas pessoas e não apenas por uma (João 19.28-29:). Essa declaração, feita na cruz, é considerada pelo autor do evangelho de João como cumprimento de certa profecia referente ao Messias, certamente das exigências dos Salmos 22.15: A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte. Uma sede intensa era resultado natural da experiência da crucificação quando os líquidos corporais se ressecavam em grande escala. Sem dúvida alguma, esse vinagre foi oferecido a labios ressequidos e partidos. Tal vinagre, conforme é esclarecido no vs.34, era o vinho azedo comum, que os soldados estavam acostumados a tomar. A esponja foi afixada em um caniço, ou na ponta da lança de um soldado (ver Semeando a Palavra de Deus 35 João 19.29:). A passagem de João 19.30: indica que Jesus não rejeitou a bebida desta vez. Parece que enquanto um fazia isso, os outros o interromperam, desejando ver se algum acontecimento prodigioso teria lugar, porquanto estavam acostumados com os poderes estranhos de Jesus, e talvez tivessem realmente esperado que algo incomum tivesse lugar na ocasião. Mas o que esperavam não ocorreu, embora tivesse acontecido o prodígio: Josus morreu, e assim se consumou o maior crime da humanidade; mas, ao mesmo tempo, fez-se a grande expiação, porque em Cristo, Deus aceita a todos nós. Todos os limites da terra se lembrarão dele e se converterão ao Senhor, e diante dele adorarão todas as famílias das nações. 2 Coríntios 5.19: Pois Deus estava em Cristo, recuperando o mundo para Si, não levando mais em conta os pecados dos homens contra eles, e sim apagandoos. Esta é a mensagem maravilhosa que Ele nos deu para transmitir aos outros. João 19.28: Depois, sabendo Jesus que todas as coisas já estavam consumadas, para que se cumprisse a Escritura, disse: Tenho sede. Salmos 69.20-21: Afrontas quebrantaram-me o espírito, e estou debilitado. Esperei por alguém que tivesse compaixão, mas não houve nenhum por consoladores, mas não os achei. Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre. Oferecemos uma lista de declarações feitas na cruz, dadas na ordem em que foram proferidas, pelo menos da melhor maneira que se pode determinar com base nas diversas narrativas bíblicas: As Setes Declarações Feitas na Cruz: A oração de Cristo para que os seus inimigos fossem perdoados, a qual foi proferida no início da própria crucificação, Lucas 23.34: que diz: “Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”; A promessa feita ao ladrão penitente, Lucas 23.43: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”; A entrega mútua de Maria ao discípulo amado, e do discípulo amado a Maria: “Mulher, eis aí o teu filho”... “Eis a tua Mãe”. (João 19.26,27:); Essas tres declarações foram feitas antes de sobrevir o período de trevas, e cada uma delas demonstra o cuidado do Senhor Jesus por outras pessoas, o que por si mesmo, é extremamente instrutivo quanto à natureza e à personalidade de Cristo; Pouco antes de sua morte, o Senhor Jesus deixou escapar o seu grito de desolação: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” Marcos 15.34: e Mateus 27.46: Todas as outras seis declarações feitas na cruz foram quando as trevas ainda cobriam ainda a terra, ou então pouco depois de haver passado esse período de escuridão. Houve também o grito de angústia física “Tenho Sede” (João 19.28:); Também foi transmitido em voz alta o grito de vitória, perto da morte, provavelmente em segundos antes de sua ocorrência: “Está Consumado” (João 19.30); E finalmente, houve o grito de resignação e entrega: Pai nas tuas mãos entrego o meu espírito Lucas 23.46: Essas últimas quatro declarações de Jesus disseram respeito à sua própria pessoa, ao passo que as tres primeiras se referiam a outras pessoas. “... Tenho Sede...”. Dentro da harmonia dos evangelhos colocamos a 36 Semeando a Palavra de Deus presente declaração, feita na cruz, antes do aparecimento das trevas sobrenaturais que cobriram a área inteira. A expressão “... Está Consumado...”. Sem dúvida alguma é alusão a um dos temas principais deste quarto evangelho, o qual nos informa que Jesus sempre teve um propósito, dentro do plano divino, em tudo quanto realizou ou disse, e que nada sucedeu a Ele por mero acidente. Disso ainda concluímos que Jesus não foi uma vítima das circunstâncias, nem foi capturado por homens ímpios e desvairados. Apesar de ele ter padecido uma morte horrível, da qual os homens certamente são culpados e terão de prestar contas, nada poderia atrapalhar o Plano que Deus Pai havia traçado para Ele. “... Para se cumprir a Escritura...”. Entre os intérpretes tem-se debatido acerca dessas palavras, indagando se as mesmas mencionam a anterior explicação feita sobre o reconhecimento de Jesus de que tudo já se cumprira no tocante às exigências de sua missão terrena, ou se essas palavras apontam para a simples declaração “Tenho sede”, que seria o cumprimento mesmo das Escrituras. O mais provável, contudo, é que essa menção das Escrituras vise destacar ambas as idéias. Jesus Cristo, em sua vida terrena, até mesmo nos menores detalhes, cumpriu todas as profecias do Antigo Testamento. Em consequência, a sua vida em geral foi um cumprimento da profecia bíblica; e, quanto aos detalhes, como sua vontade de beber água, que acompanhou os seus sofrimentos físicos na cruz, também cumpriu certa profecia de maneira bem definida Salmos 69.21.b: “e na minha sede me deram a beber vinagre”. Os sofrimentos físicos que os condenados à cruz padeciam, e nos quais a sede aparecia como martírio dos mais severos teve por finalidade aperfeiçoar o Messias conformevemos em Hebreus 5.8: Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu. E, por isso mesmo, esses sofrimentos faziam parte integral dos momentos finais de sua missão terrena. Há por semelhante modo, uma discussão que corre entre os intérpretes, que pergunta se Jesus proferiu essas palavras com a consciência de que estava cumprindo profecias bíblicas, ou se isso faz parte dos comentários do autor sagrado do evangelho de João. Essas questões, entretanto, não podem ser esclarecidas com qualquer certeza definida. Cristo pode ter tido a consciência de que cumpria a profecia bíblica no incidente de sua crucificação; mas também é possível que os sofrimentos lhe tenham obscurecido de tal forma a sua mente que Ele nem tomou conhecimento de que estava cumprindo profecias, apesar de que, na realidade, estava a cumprir essas profeciais, incluindo o que diz respeito a detalhes de sua vida e de sua morte. Considere isto: è, mais acertado, entretanto, dizer que Jesus cumpriu essas profecias não de maneira mecânica, e, sim, conscientemente; e que para cumprir cada uma das profeciais que predizia a respeito de seus sofrimentos Ele exclamou: “Tenho Sede”. A verdade é que cristãos primitivos viam nos incidentes de sua vida e de sua morte, muitos cumprimentos de declarações proféticas do A.T. e, isso com toda a razão. NB. É até mesmo possível que algumas vezes e porventua até mesmo com frequência, Jesus sabia Semeando a Palavra de Deus 37 que a sua vida cumpria profecias do A.T., apesar de que Ele não saia ao redor a fazer ou dizer coisas para provocar tal cumprimento. Também é evidente que, estando na cruz em sua agonia, não proferiu coisas simplesmente com a finalidade de fazer trechos proféticos do A.T. terem aplicação à sua vida e às suas ações. A fadiga que o oprimia, a tristeza que sentia o calor do dia e a perda de sangue foram causas naturais da sede que sentia Jesus. “Tenho Sede”! Exclamara Cristo solicitando algum alívio para essa pesada adição aos seus muitos e intoleráveis sofrimentos. Foi um comovente grito da parte daquele que garante: João 6.35: “o que crê em mim jamais terá sede”. João 4.14: Essa água Ele verdadeiramente nos concede. Todavia, para obtê-la para nós, Ele mesmo teve de experimentar uma terra árida, exausta, sem água. Salmos 63.1: Ó Deus, tu és o meu Deus, eu te busco intensamente; a minha alma tem sede de ti! Todo o meu ser anseia por ti, numa terra seca, exausta e sem água. João 19.29: Estava ali um vaso cheio de vinagre. Puseram, pois, numa cana de hissopo uma esponja ensopada de vinagre, e lhe chegaram à boca. Neste caso, o “vinagre” é a “posca” romana, ou seja, vinho comum azedo que os soldados do império usavam como bebida. Evidentemente o trecho de Salmos 69.21: se refere a essa questão, tachando-a de um ato de zombaria, ao dizer: “e na minha sede me deram a beber vinagre”. João 19.30: Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: Está Consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o seu espírito. Eis que morre o grande Redentor! Transpassando-lhe, mãos, Pés e o lado. E resfolegando zombaria e escárnio, Coroa-lhe a cabeça com espinhos. Eis que morre o grande Redentor! Para satisfazer uma lei desobedecida; Morre como sacrifício pelo pecado, para que vivam os homens e tenham glória. O autor sagrado retorna ao seu tema que fala da orientação divina que guiava a vida terrena de Jesus, porquanto nesta declaração feita na cruz, “Está Consumado” encontramos o fato destacado de que o Messias havia aperfeiçoado sua missão messiânica, é a parte mais importante da mesma, porque foi particularmente em sua morte expiatória que Ele demonstrou sua total obediência à vontade de Deus Pai, sendo também essa sua prova mais severa. Assim, por intermédio de sua missão terminada, e, particularmente, através deste passo dessa árdua missão, Ele fez expiação pelo pecado dos homens. Tendo executado os grandes propósitos do Todo Poderoso! Tendo satisfeito as exigências da Justiça. Tendo cumprido tudo quanto foi escrito pelos profetas, e tendo sofrido a malícia mais extrema dos seus adversários. E agora o caminho para o Santo dos Santos se tornou manifesto por meio do seu sangue. Uma consumação tremenda, mas gloriosa. Por intermédio dessa trágica morte Deus estava reconciliado com o homem, e o Reino dos Céus ficava aberto para toda a alma confiante. Nessas duas palavras admiráveis os cristãos encontram o alicerce de sua segurança e felicidade, através dos séculos eternos. 38 Semeando a Palavra de Deus “... E inclinando a cabeça, entregou o espírito...”. Atenção! No entanto, a sua morte também se reveste de significação espiritual, pois nela é que morremos para o mundo e para os efeitos da condenação imposta ao pecado - meditemos em Romanos 6.1-23: com a devida atenção. Assim, também é que em sua vida, a começar pela ressurreição, vivemos em Cristo Jesus. Gálatas 2.20: Já estou crucificado com Cristo e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim e a vida que agora vivo na carne a faço em fé no filho de Deus, o qual me ama, e se entregou a si mesmo por mim. Lucas 23.46: Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou. Declaração similar encontra-se nos Salmos 31.5: Vemos, portanto, que as últimas palavras ditas por Jesus em seu corpo mortal, constituíram uma afirmação de fé, tanto de confiança na certeza da misericórdia de Deus - porquanto é Deus quem prepara um lugar para o espírito - como também de confiança na imortalidade da alma – porque Jesus, sendo homem possuia uma alma humana imortal, e foi como homem que Ele morreu e entregou essa alma a Deus, conforme é dever de todo homem assim fazer. Nas poderosas mãos do Pai é que o Senhor Jesus entregou, qual depósto precioso, o seu espírito que estava preparado para partir do corpo, com compostura e esperança. Lucas 23.46: Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou. O espírito do homem Jesus Cristo estava preparado para partir do seu corpo terreno - assim como todos os espíritos dos cristãos - precedendo o ladrão penitente e todos os seus remidos. Jesus lidera-nos no caminho, pelo que também, todos quantos os seguem podem fazer a mesma entrega confiante. O homem Atos 7.59: Estevão empregou palavras de natureza similar entregando o seu espírito diretamente a Jesus, o que demonstra a fé da igreja primitiva. Aqui encontramos a entrega sem qualquer obstáculo de uma incumbência plenamente cumprida. Algo, que começou no passado foi levado até seu final termo, em triunfo. Não existem muitos que têm consciência de qualquer tarefa terminada, quando a morte se aproxima deles. Espero que o leitor cristão esteja entendendo essas realidades, trazendo-as para a sua própria existência, pois diz respeito à sua sobrevivência eterna e espiritual. Pense! Não esqueça que outro importante ponto deste versículo é a humanidade autêntica de Jesus, porquanto foi na qualidade de homem mortal que Ele morreu. Assim sendo, foi um homem verdadeiro, que sofreu dores desonra infâmia dos homems, tendo morrido a mesma morte deles. As suas últimas palavras proferidas como homem mortal, afirmaram a sua Fé na Imortalidade, e essa fé é a chave de toda a esperança humana. “Pai nas tuas mãos entrego o meu espírito”. Mateus 27.50: Jesus com grande voz entregou o espírito. O trecho João 19.30: expressa a mesma ideia, ao dizer: Está consumado! E inclinando a cabeça, rendeu o espírito. Foi espantoso que Jesus tivesse morrido em tão pouco tempo, conforme a passagem de Marcos 15.44: também nos mostra. Semeando a Palavra de Deus 39 ”Mas Pilatos admirou-se de que Ele já tivesse morrido”. É possível que os diversos julgamentos e espancamentos a que Jesus foi submetido tivessem minado as suas energias, e que ele tivesse ficado enfraquecido ao ponto de seu corpo não poder mais resistir longo tempo aos rigores da cruz. Jesus foi crucificado às 09:00 horas da manhã e só conseguiu sobreviver até às 15:00 Horas. Seis horas era período brevíssimo para os casos de crucificação, porquanto alguns condenados resistiam durante vários dias. Como já foi escrito, sua morte comprovou a sua humanidade e, jamais devemos nos esquecer disso, porque é uma doutrina importante; Jesus se identificou totalmente conosco em nossa natureza, tendo vivido um vida mortal, sujeito ás mesmas adversidades na carne, morrendo como qualquer mortal morreria. A Sua morte tem significado expiritual, pois nessa morte nós morremos para o mundo, bem como para os efeitos da condenação imposta contra o pecado. Assim também em sua vida, a partir de sua ressurreição, vivemos em Cristo. Dessa maneira a identificação se tornou completa, e agora convém que participemos de sua vida total, através da transformação metafísica e moral de nossos seres, seguindo o modelo de sua pessoa. Marcos 15.37: Mas Jesus, dando um grande brado expirou. A agonia da morte foi a entrada do espírito de Cristo ao Criador dos espíritos. E nas mãos do Pai o espírito de Cristo estava seguro. O grito da morte foi o clamor da vitória. De fato grande é a vitória quando o espírito retorna aos mundos da luz, tanto mais em meia agonia. Mateus 27.51: E eis que o véu do santuário se rasgou em dois, de alto a baixo; a terra tremeu as pedras racharam-se. “... o véu do santuário se rasgou...”. Se confiarmos em Deus e crermos em seu poder, porque haveríamos de duvidar de determinadas ocorrências físicas, acontecidas quando da morte de Cristo? Ele era Filho de Deus em sentido todo especial. A natureza protestou contra a iniquidade dos homens e esse protesto chegou até o interior do próprio templo. O Véu do templo era extremamente expesso e resistente. Tinha a largura de uma mão, tecido com setenta e duas dobras torcidas, cada dobra feita com vinte e dois fios. Media cerca de dezoito metros de altura por nove metros de largura. Seria necessária uma força poderosíssima para conseguir tal prodígio. O véu dividia o Santo Lugar do Santo dos Santos, onde o sumo sacerdote entrava no dia da expiação. A presença de Deus estava associada ao Santo dos Santos, e, assim sendo, em tipo ou símbolo, o acesso maior a Deus, através de Cristo, posto à disposição de todos os homens foi indicado. Hebreus 10.20: Este é o caminho novo, recém-aberto e vivificante que Cristo nos franqueou ao rasgar a cortina - O seu corpo humano - para dar-nos 40 Semeando a Palavra de Deus acesso versículo usa o véu como símbolo do corpo de acesso àà presença presença santa santa de de Deus Deus.. Este Este versículo usa o véu como símbolo do corpo de Jesus; e através desse corpo abatido o acesso está livre para todas as pessoas. Jesus; e através desse corpo abatido o acesso está livre para todas as pessoas. Os judeus confiavam na adoração que eles efetuavam no templo, como dotada de valor Os judeus confiavam na adoração que eles efetuavam no templo, como dotada de valor espiritual; apesar dos seus corações estarem totalmente destituídos de qualquer reverência espiritual; apesar dos seus corações estarem totalmente destituídos de qualquer reverência à fé em Deus. Portanto, viram que o véu se rasgara em dois, e, ante isso souberam que a à fé em Deus. Portanto, viram que o véu se rasgara em dois, e, ante isso souberam que a ira de Deus pairava sobre eles, e que seus dias estavam contados. Havia dois véus ou ira de Deus pairava sobre eles, e que seus dias estavam contados. Havia dois véus ou cortinas no templo: um entre o átrio exterior e o Santo Lugar; e o outro entre o Santo cortinas no templo: um entre o átrio exterior e o Santo Lugar; e o outro entre o Santo Lugar e o Santo dos Santos. “... tremeu a terra, fenderam-se as rochas...”. Os Lugar e o Santo dos Santos. “... tremeu a terra, fenderam-se as rochas...”. Os alicerces da Cidade Santa começaram a tremer e a abalar-se, em protesto contra o que alicerces da Cidade Santa começaram a tremer e a abalar-se, em protesto contra o que fora praticado. Os habitantes da cidade não haviam confiado em Deus e em seu Cristo; e fora praticado. Os habitantes da cidade não haviam confiado em Deus e em seu Cristo; e agora nem ao menos podiam confiar na terra, debaixo de seus pés. Ainda, os corações dos agora nem ao menos podiam confiar na terra, debaixo de seus pés. Ainda, os corações dos líderes religiosos dos judeus eram mais duros do que pedra, pois embora as rochas se líderes religiosos dos judeus eram mais duros do que pedra, pois embora as rochas se partissem, eles não quiseram chegar ao arrependimento. Marcos 15.38: Então o véu do partissem, eles não quiseram chegar ao arrependimento. Marcos 15.38: Então o véu do o véu rasgado sugere diversas lições santuário se se rasgou rasgou em em dois, dois, de de alto alto aa baixo. baixo. Então, santuário Então, o véu rasgado sugere diversas lições para as pessoas, que redizemos para melhor apreciação. Uma das principais lições é que o para as pessoas, que redizemos para melhor apreciação. Uma das principais lições é que o caminho para a presença de Deus está agora aberto. Em Cristo Jesus há pleno acesso, o caminho para a presença de Deus está agora aberto. Em Cristo Jesus há pleno acesso, o que fora escondido no judaísmo. Hebreus 10.20: Pelo novo e vivo caminho que ele nos que fora escondido no judaísmo. Hebreus 10.20: Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne. O real acesso a Deus vem através da consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne. O real acesso a Deus vem através da comunicação da própria natureza do Filho de Deus nos demais filhos de Deus, pois comunicação da própria natureza do Filho de Deus nos demais filhos de Deus, pois assim são conduzidos à glória divina - Hebreus 2.10: - E era justo e conveniente que assim são conduzidos à glória divina - Hebreus 2.10: - E era justo e conveniente que Deus, que fez todas as coisas para a sua própria glória, permitisse que Jesus sofresse, Deus, que fez todas as coisas para a sua própria glória, permitisse que Jesus sofresse, porque ao fazê-lo Ele estava levando para o céu grandes multidões do povo de Deus; porque ao fazê-lo Ele estava levando para o céu grandes multidões do povo de Deus; Semeando a Palavra de Deus 41 porquanto esse sofrimento dele fez de Jesus um Líder perfeito, e capaz de conduzi-los para a sua salvação. Isso significa ser elevado a uma posição de glória, muito acima da dos anjos - Efésios 1.23: - Que é seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos. Evolvendo participação da natureza humana na própria natureza divina. 2 Pedro 1.4: E por esse mesmo grandioso poder Ele nos concedeu todas as outras ricas e maravilhosas bênçãos que nos prometera; por exemplo, a promessa de nos salvar da imoralidade e da podridão que nos rodeiam, e de dar-nos da sua própria natureza. Colosensses 2.10: portanto, quando vocês têm Cristo, têm tudo e vocês têm a plenitude de Deus por meio da sua união com Cristo. Ele é o mais alto soberano, com autoridade sobre qualquer outro poder. Efésios 3.18.19: e que possam ser capazes de sentir e compreender, como devem todos os filhos de Deus, quão extenso, quão largo, quão profundo e quão alto é, na realidade, o seu amor; e por si mesmos experimentar este amor, embora seja ele tão grande que vocês nunca verão o seu fim, nem o poderão conhecer ou compreender completamente; E desta maneira, finalmente, vocês ficarão repletos do próprio Senhor Deus. João 5.25-26: indica como chegarmos a participar da própria forma de vida de Deus mediante a Cristo. Temos um destino único, elevado, que ultrapassa infinitamente ao simples perdão dos pecados e da mudança de endereço para os Céus. Prov. 4.2: O meu ensino é bom e verdadeiro; não se desvie dele! Mateus 27.54: Ora, o Centurião e os que com ele guardavam Jesus, vendo o terremoto e as coisas que aconteciam, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era filho de Deus. O centurião simplesmente ficou extremamente comovido com o que viu, tendo compreendido que algum acontecimento prodigioso tivera lugar, supondo que tivesse relação com o reino dos deuses, ou do sobrenatural. A narrativa de Lucas diz: “Verdadeiramente este homem era justo”. Essa é a interpretação de Lucas sobre o que homem queria dizer. Ele sabia que nenhum homem injusto poderia ter causado tais eventos, e que algo definidamente incomum tivera lugar naquele local. 42 Semeando a Palavra de Deus Marcos 15.39: Quando o oficial romano que estava ao lado da cruz e de Jesus, viu como Ele entregou o espírito, exclamou: Verdadeiramente, este era o Filho de Deus! O terremoto, as ressurreições as demais realidades espirituais, seja o que for, convenceu o centurião que liderava grupo de soldados, diante da cruz, que algo imenso e importante acabara de suceder. Viu algo mais do que humano no modo como Jesus morreu. O mais provável é que sua declaração possa ser traduzida por: “em verdade este era filho de um Deus”. E isso faria de Jesus, conforme a concepção pagã do centurião, uma espécie de herói, conforme se via na antiga literatura grega. O uso que Marcos fez da declaração do centurião, porém, visou a impressionar os leitores com o fato que até um pagão, na hora da maior derrota aparente de Jesus, viu coisas extremamente incomuns na occorrência, dispondo-se a ver Nele algo divino, ainda que segundo as suas concepções pagãs. Lucas 23.48: E todas as multidões que presenciaram este espetáculo, vendo o que havia acontecido, voltaram batendo no peito. Lucas fornece-nos alguns pequenos pormenores sobre as atitudes da multidão, não tendo sido fornecido pelos demais evangelistas. Foi um espetáculo de perturbação para todos, acompanhado de trevas estranhas, do desprazer da natureza, dos clamores de Jesus; e tudo isso exercia um estranho efeito sobre aquela multidão que chegara ali por mera curiosidade, que se transformou em horror, quando começaram a perceber algo do horrendo crime do qual haviam sido participantes. Seus pensamentos, por alguns momentos, transcenderam sua sede de sangue, em suas mentes passaram da zombaria para o horror; e eles começaram a bater em seus próprios peitos assustados. Ouviam suas próprias consciências, que os acusavam de um crime sem paralelo na história humana. Lucas 23.49: Entretanto, todos os conhecidos de Jesus, e as mulheres que o haviam seguido desde a Galiléia, estavam de longe vendo estas coisas. Elas tinham subido a Jerusalém juntamente com a caravana, para a festa da páscoa. Eram discípulas de Jesus, e algumas delas haviam ajudado a Cristo com suas economias, quando do Ministério Dele na Galiléia; ao seguirem a Jesus até a cruz, foi um misto de gratidão, coragem e amor. A gratidão se devia às bençãos que Ele lhes proporcionara. A coragem ficou demonstrada no fato de que elas seguiram onde os discípulos fugiram; seguiam de longe por causa da brutalidade dos soldados romanos, mas seguiam. O amor era a origem dessa coragem; a intuição delas, acerca de Jesus, era mais certa do que qualquer raciocínio humano, e elas lhe tinham uma devoção pura. Será que Ele podia vê-las à distância enquanto morria? Nesse caso elas suavizaram suas dores e iluminaram as suas trevas. Pouco mais podiam fazer do que contemplar, mas a aparente incapacidade delas mostrou que era o poder que tinham naquele momento. Talvez elas nos tenham fornecido a história da crucificação. Muitos comentaristas têm observado o fato de que a narrativa do Calvário foi escrita com austeridade, como se o drama estivesse sendo visto de alguma distância. Talvez essas mulheres é que tivessem garantido a transmissão das notáveis narrativas do evangelho. Isso é o que fica claramente implicado na narrativa de Semeando a Palavra de Deus 43 Mateus. Maria, mãe de Jesus, estava perto da cruz, como também o Apóstolo João; e pelo menos em certo momento, outras das mulheres também se chegaram, isto é Maria, irmã de Maria, mãe de Jesus, e esposa de Cléopas, e tia de Jesus, e, Maria Madalena. Marcos 15.40-41: E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais também Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé; Que caso estranho na hora da crise quem ficou com Jesus? Algumas mulheres e somente o Apóstolo João entre os homens, o que é mencionado no quarto evangelho, João 19.26: E onde estavam os demais homens? A maioria deles se escondeu, por temerem perder a vida. Pensemos na vergonha daquela situação! Mas assim sucede até hoje! As mulheres, essencialmente, com seus filhos, é que mostram maior interesse pela igreja. Há evidências de que as mulheres tendem por ser mais puras de alma e mais sujeitas aos impulsos espirituais do que os homens. Os discípulos homens voltaram e foram restaurados, para nunca mais hesitarem. Deus é Deus da segunda oportunidade. Sem isso onde estaríamos hoje? Aquelas mulheres estavam diante da cruz, contemplando o sepultamento; viram o túmulo vazio (Marcos 16.1-6:). Sem dúvidas foram elas algumas das testemunhas oculares que preservaram para nós a história daqueles eventos momentosos. Realmente estavam impotentes, em face das brutais circunstâncias, mas fizeram o que puderam. Emprestaram a Jesus sua simpatia e jamais perderão sua recompensa por isso. A caravana vinda da Galiléia para Jerusalém, trazendo muitos discípulos peregrinos à festa, incluiu grande número dos discípulos de Jesus, entre os quais muitas mulheres. Acompanharam Jesus até o fim, e tornaram-se fontes de informações sobre a história cristã. Elas o tinham servido na Galiléia, durante todo o seu ministério. O trecho de Lucas 8.1-3: indica que 44 Semeando a Palavra de Deus certas mulheres tinham sido fonte de sustento de Jesus e seus discípulos. Eram firmes em seu propósito de servir; fizeram o que puderam acompanhando Jesus até o fim, e tornaram-se fontes de informações sobre a história cristã. Elas o tinham servido na Galiléia, durante todo o seu ministério. Mateus 27.55-56: Muitas mulheres estavam ali, observando de longe. Elas haviam seguido Jesus desde a Galiléia, para servi-lo, entre as quais se achavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu. João 19.31: Os líderes judaicos não queriam as vítimas penduradas ali no dia seguinte, que era sábado (e aquele era um sábado muito especial, porque era a Páscoa); por isso pediram a Pilatos que mandassem quebrar as pernas dos homens, a fim de apressar a morte; assim seus corpos poderiam ser tirados das cruzes. Rogaram a Pilatos. Encontramos aqui o antigo costume romano do “crurifragium”, isto é, o ato em que se partiam as pernas das vítimas da crucificação, mediante uma pesada barra de ferro ou um cacete de madeira de qualquer feitio. Isso fazia parte dos castigos que acompanhavam a crucificação, embora, como é óbvio, tivesse o propósito de apressar a morte dos condenados, pois essa violência os debilitava bastante a ponto de não resistirem muito mais tempo a padecer no madeiro. Então os soldados vieram e quebraram as pernas dos dois homens crucificados com Jesus. É evidente que os dois malfeitores crucificados juntamente com Jesus, não tendo sido tão selvagemente espancados como foi o Senhor Jesus, continuaram vivos após o falecimento de Cristo, pelo que também tiveram de sofrer o castigo do crurifragium. João 19.33: Mas vendo a Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. O fato de que os ossos de Jesus não foram quebrados foi o cumprimento da profecia messiânica que lemos em Salmos 34.20: O Senhor cuida do bem-estar físico do justo; não permite que um único osso seja quebrado. João 19.34: contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. “Saiu sangue e água”. Que o fluxo de sangue e água foi um acontecimento natural, e não miraculoso. Alguns estudiosos têm defendido a tese de que a causa física da morte de Jesus foi ruptura de seu coração, que teria provocado o agudo grito final do Senhor Jesus, que no evangelho de Marcos 15.37: aparece como “um grande brado”, e assinalou o momento do falecimento de Cristo, porquanto a dor por Ele sentida teria sido particularmente intensa. João 19.35: E é quem viu isso que dá testemunho, e seu testemunho é verdadeiro e sabe que diz a verdade, para que também vós creiais. Eu vi tudo isto com os meus próprios olhos e fiz uma narração fiel, para que vocês também possam crer. O autor sagrado põe ênfase na veracidade desse testemunho sobre o lado de Jesus que foi transpassado pela lança, provavelmente porque era reputado um acontecimento invulgar e extraordinário, no qual muitos diziam não poder crer; mas também pode ser que tivesse alguma significação simbólica ou espiritual. Acima de tudo, porque comprovava a realidade da morte de Jesus, uma ocorrência necessária, como anúncio de sua ressurreição. 1 João 5.6: Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Semeando a Palavra de Deus 45 Jesus Cristo não só pela água, mas pela água e pelo sangue. E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. O autor sagrado estava confirmando a verdadeira natureza humana de Jesus, bem como o fato de sua morte, como expiação em favor de todos os homens, expiação essa simbolizada pelo sangue e água que fluiu do seu lado. João 19.36: Porque isto aconteceu para que se cumprisse a escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado. A vida do Senhor se caracterizou pelo perfeito cumprimento de todas as profeciais messiânicas; e por ocasião de sua morte não ocorreu outra coisa, porquanto, quando vieram os soldados a quebrar as suas pernas, descobriram que Ele já estava morto. Esse cumprimento se torna tanto mais notável quando nos lembramos de que fora predito que Ele escaparia ao “crurifragium”, ao passo que o golpe transpassador de lança fora predito. E assim sucedeu quando Ele já rendera o espírito, servindo de prova inconteste ao fato de que havia realmente morrido, e, por consequência, de prova sem dúvidas de sua ressurreição. João 19.37: Também há outra escritura que diz: Olharão para aquele que transpassaram. Esta segunda profecia é extraída do trecho de Zacarias 12.10: Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e de súplicas e olharão para aquele a quem transpassaram, e o prantearão como quem pranteia por seu filho único e chorarão amargamente por ele, como se chora pelo primogênito. Essa profecia foi cumprida na cruz, e de seu lado ferido saiu sangue e água, quadro simbólico da redenção dos homens, da purificação dos pecados, do lançamento do alicerce da transformação dos remidos segundo a imagem de Cristo. Lucas 23.52: Então um homem chamado José, natural de Arimatéia, cidade dos judeus, membro do sinédrio, homem bom e justo; que não tinha consentido no conselho e nos atos dos outros judeus, e que também esperava o reino de Deus; dirigindo-se a Pilatos, pediu o corpo de Jesus. Aqui destacamos informações adicionais sobre José de Arimatéia. Mateus também faz alusão a esse ministério de Jesus afirmando que José de Arimatéia era discípulo de Jesus. Marcos fala-nos de sua coragem, ao solicitar de Pilatos o corpo de Jesus, além de revelar que ele era um dos conselheiros honrosos do sinédrio. Lucas ensina-nos que José não concordou com os demais membros do sinèdrio, no parecer contrário a Jesus, acrescentando palavras de recomendação acerca do seu caráter. Marcos 15.44: Admirou-se Pilatos de que já tivesse morrido e chamando o centurião, perguntou-lhe se, de fato, havia morrido. Algumas vítimas aguentavam o sofrimento por dias, já que nenhum órgão vital era afetado. Portanto, não admira que Pilatos, que já vira muitas mortes por crucificação tenha ficado surpreendido ante a morte de Jesus em seis horas ou menos. Pilatos tinha de certificar-se de que Jesus realmente morrera. Não seria impossível remover um corpo vivo da cruz e trazê-lo de volta à saúde. Pilatos ficou satisfeito ao receber a certeza de que Jesus realmente morrera. Isso é importante no quadro da doutrina da ressurreição. Mateus 27.57: Ao cair da tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que também era discípulo de Jesus. 46 Semeando a Palavra de Deus Marcos 15.45-47: Depois que o soube do centurião, cedeu o cadáver a José de Arimatéia que comprou um lençol de linho, baixou o corpo da cruz, envolveu-o no lençol e o colocou num sepulcro cavado na rocha. Depois, fez rolar uma pedra sobre a entrada do sepulcro. E Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde fora posto. Não se sabe muito acerca de José de Arimatéia, além do fato de que era rico, que era discípulo secreto de Jesus, por temor aos judeus (João 19.38:) e que não concordara com a sentença de morte imposta a Jesus. Mateus 27.58: Esse foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou que lhe fosse entregue. Sepultar os mortos era considerado um ato de piedade, o que se poderia esperar de um homem como José de Arimatéia. Era comum sepultar os mortos no mesmo dia seu falecimento, e sabemos que o corpo de um homem executado não tinha permissão de ficar pendurado na cruz pela noite inteira Deuteronômios 21.23: Mateus 27.59: E José pegou o corpo, o enrolou num lençol limpo de linho fino. Provavelmente era uma única peça de tecido, no princípio, e que foi dividida em tiras menores, com o propórito de envolver o corpo de Jesus. As tiras de linho tinham de ser enroladas de tal modo a envolver também as especiarias, que haviam sido postas sobre o corpo de Jesus em forma de pó, a fim de servirem como agentes embalsamadores. A primeira unção, temporária, e a intenção da segunda unção, que era Semeando a Palavra de Deus 47 mais completa, passam ambas sem qualquer menção por parte de Mateus. A segunda unção foi o propósito da visita das mulheres, na manhã bem cedo de domingo. A segunda unção cumpriria as exigências cerimoniais da lei, o que era muito importante para os judeus devotos. Mirra e aloés eram empregados nesse processo, e as mulheres teriam dificuldades em encontrar esses materiais para comprá-los em dia de sábado. Contudo, devem tê-los obtidos, de tal maneira que no primeiro dia da semana, bem cedo, já estavam preparadas para fazer o que era necessário. O pano de linho puro concorda com os costumes rabínicos. José de Arimatéia sem dúvida preservara o túmulo para ele mesmo e para sua família. Certamente foi-lhe impossível usá-lo posteriormente, porque era proibido a alguém usar um túmulo onde jazera um homem condenado, e ele não teria mesmo feito por respeito a Jesus. João 19.38-41: José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, embora oculto por medo dos judeus, rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus e Pilatos lho permitiu. Então foi e tirou. Nicodemos, aquele que anteriormente viera ter com Jesus de noite, foi também, levando cerca de cem libras duma mistura de mirra e aloés. Tomaram, pois, o corpo de Jesus, o envolveram em panos de linho com especiarias, como os judeus costumavam fazer na preparação para sepultura. No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim e um sepulcro novo, em que ninguém ainda havia sido posto. Para José Arimatéia e Nicodemus, essa prodigiosa quantidade de mirra e aloés representou um gasto apreciável, o que certamente serve de medida de afeição que nutriam pelo Senhor, quando todos seus seguidores o haviam abandonado. 2 Crônicas16.14: E o sepultaram no sepulcro que tinha cavado para si na cidade de Davi, havendo-o deitado na cama, que se enchera de perfumes e de diversas especiarias preparadas segundo a arte dos perfumistas e dessas coisas fizeram-lhe uma grande queima. João 19.42: Pois, por ser véspera do sábado dos judeus, por estar perto aquele sepulcro, puseram Jesus nele. E foi assim que o Senhor Jesus repousou no sepulcro, terminado o grande teste, já vitorioso, porquanto confiou em Deus Pai até o fim, entregando-lhe o seu espírito imortal, absolutamente certo da vida eterna, vivente em seu próprio corpo, ainda que em forma transformada. Dessa maneira é que o temor da morte desapareceu, extinguiu-se; e a sua vitória Ele agora transmite a todos remidos. 2 Cor. 5.8: Temos confiança, ao deixar este corpo, habitaremos com o Senhor nos céus. 48 Semeando a Palavra de Deus Lucas 23.55-56: As mulheres que haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia seguiram José, e viram o sepulcro, e como o corpo de Jesus fora colocado nele. Dali elas foram para casa e prepararam perfumes para embalsamar o corpo. Mas na hora em que terminaram já era sábado, portanto descansaram todo aquele dia, conforme o mandamento da lei dos judeus. Tres Dias. A preparação, ou seja, a sexta feira, o sábado, e o primeiro dia da semana que é o Domingo. Portanto a crucificação teve lugar numa sexta-feira, conforme a igreja cristã sempre asseverou. Eles prepararam suas especiarias; descansaram no sábado; e então voltaram para ungir o corpo de Jesus no primeiro dia da semana, isto é, o nosso domingo. Mateus 27.61: Mas achavam-se ali Maria Madalena e a outra Maria, sentadas defronte do sepulcro. Não era incomum que os amigos ou parentes de um falecido vigiássem à entrada do túmulo, para o caso em que uma pessoa aparentemente morta desse sinal de vida. O corpo sem vida de Jesus não foi deixado só, embora José de Arimatéia se tivesse afastado. A narrativa faz crer que ficaram vigiando cuidadosamente, enquanto o corpo foi baixado ao sepulcro; em seguida chegou José de Arimatéia ao local, que era bem próximo, e observou o sepultamento. Assim sendo, as mulheres sabiam para onde deveriam retornar, na manhã de domingo, bem cedo, a fim de completarem o ritual do embalsamento. Estavam anciosas por realizar esse serviço, conforme se observa pelo fato de que elas se levantaram quando o sol ainda nem surgira no horizonte, e chegaram ao túmulo ainda de madrugada. Diz Adam Clarke: “Aquelas santas mulheres, impulsionadas por um amor ao seu Senhor que a morte não foi capaz de destruir, apegaram-se a Ele em vida, e quando de sua morte não se separaram uma da outra”. Vieram ao sepulcro ver o fim, dominadas de tristeza e angústia, e se assentaram para lamentá-lo. Mateus 27.62: E no dia seguinte, que é o dia depois da Preparação, reuniram-se os príncipes dos sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos, Está claramente em foco o dia de sábado. Alguns afirmam que a visita dos sacerdotes e fariseus a Pilatos tenha ocorrido após as 18:00hs. Já no sábado, porquanto não é provável que aqueles homens se tivessem aventurado a sair, para qualquer finalidade, em um dia santo. Junto com muitos em Israel, aqueles homens tinham ouvido rumores de que Jesus asseverava que ressucitaria ao terceiro dia. É certo que as autoridades religiosas tivessem levado essa declaração mais a sério do que os próprios discípulos de Jesus. Pelo menos queriam impedir o furto de seu corpo, para impedir que os discípulos em seguida declarassem que Jesus ressuscitara. Talvez se tenha sabido dessa reunião através dos sacerdotes convertidos Atos 6.7: Mateus 27.63: Dizendo: Senhor, lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias ressuscitarei. Subitamente lhes surgiu o pensamento; e tiveram de tomar providências imediatas para guardar o sepulcro. Sabiam que Jesus fizera prodígios, estando vivo; e suspeitavam que a morte realmente não fosse capaz de fazê-lo parar. E o temor de que o corpo de Jesus fosse furtado pelos discípulos também era bem real. “... aquele enganador...”. Aquele embusteiro. Semeando a Palavra de Deus 49 No grego, o termo assim traduzido significa “vagabundo” ou também pode ter o sentido de “fraudulento”. Vemos essa acusação, repetida na literatura judaica posterior. Chmaram Jesus de impostor, de mágico que aprendera suas artes no Egito, de vagabundo que por toda a parte enganava o povo. Mateus 27.64: Portanto, pedimos que o Senhor mande fechar o túmulo até o terceiro dia, para que os discípulos dEle não venham roubar o seu corpo, e depois digam a todo o mundo que Ele ressuscitou! “Se isto acontecer, nós estaremos em pior situação do que antes". As autoridades religiosas continuavam preocupadas com a influência de Jesus entre o povo, influência essa que, durante certo período, parecia ameaçar que todo Israel o seguiria. Isso tinha assustado as autoridades religiosas, não desejando que houvesse outra ameaça contra sua autoridade. Jesus deixara as autoridades religiosas em pânico. Agora queriam que os tres dias se passassem sem problemas e que o povo se esquecesse de até mesmo do fato de que Ele existira. Mateus 27.65: Disse-lhes Pilatos: Tendes uma guarda ide, tornai-o seguro, como entendeis. “... aí tendes a escolta...”. Por detrás dessa ação, vemos não somente a agitação e a perturbação que Jesus causara durante sua vida terrena, mas também quão grande fé pudera criar. Provavelmente Pilatos não tinha interesse algum pela questão; da mesma forma que antes, dispôs-se a permitir que as autoridades religiosas dos judeus fizessem o que bem entendessem, para impedir qualquer conflito com elas. O sinédrio tinha guardas à sua disposição, e é possível que alguns deles tivessem sido enviados também. Pilatos deulhes a permissão, segundo solicitavam, pois queriam impedir o furto do corpo de Jesus. Certamente as autoridades superiores romanas não teriam aprovado o fato de ser destacada uma escolta de soldados romanos por motivos religiosos; porém, Pilatos, mostrou-se realista até o fim, e cuidou para que nenhuma dificuldade fosse criada pelas autoridades religiosas; porque sabia que, se recusasse a atendê-los, certamente teria de enfrentar conflitos com eles. Mateus 27.66: Assim eles lacraram a pedra e puseram guardas para proteger o túmulo contra qualquer pessoa que aparecesse lá. O selo, como é provável, consistia de uma corda esticada diante da pedra, selada em cada ponta, como se vê em Daniel 6.17: A presença da escolta romana, e as precauções tomadas, atestam claramente a veracidade das narrativas dos evangelhos, de que a história do furto do corpo de Jesus, por parte de seus discípulos, foi apenas mais uma fraude eclesiástica dos judeus. Para esconder a Verdade. Este é o comentário final deste evangelista sobre a vida terrena de Jesus, porque no próximo capítulo ele entra diratamente no irromper do dia da ressurreição. Os inimigos de Jesus – aqueles sacerdotes religiosos e fariseus guiados – possessos - de espíritos de demônios – fizeram tudo quanto estava ao seu alcance para destruir a Jesus e todas as suas obras. Sua última tentativa consistiu em fazer com que seu túmulo se tornasse sua prisão eterna. A falsa esperança deles serve de símbolo da insensatez militar dos homens. Mateus 28.1: No fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o 50 Semeando a Palavra de Deus sepulcro. A ressurreição de Jesus Cristo é o grande alicerçe histórico da igreja cristã, sendo o elemento do qual se origina uma das principais diferenças da doutrina cristã, quando comparadas com outras religiões. “... Maria Madalena e a outra Maria...”. As mesmas duas mulheres que observaram os movimentos de José de Arimatéia, são aquelas que agora retornam alta madrugada com a finalidade expressa de embalsamar o corpo de Jesus. Marcos 16.1: Ora, passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. Essas mulheres, que figuram com tanto destaque nas narrativas da ressurreição, ratratam poderosamente o amor, que não termina com a morte. Elas amaram a Jesus para além do fim, procurando fazer-lhe a última reverência possível. Porém em sua triste jornada de fidelidade, tiveram uma surpresa. A fidelidade tem sua maneira de topar com surpresas. Quando alguém prossegue fielmente com seus deveres, fazendo tudo que for necessário, mesmo em meio às trevas, desapontamentos ou derrotas, aquilo que com frequência é apenas um pouco de devoção a Cristo, transforma-se no inesperado, acontecendo aquilo que está acima do poder e da capacidade do indivíduo. Novas forças, o conforto de espíritos fortalecidos; a nova consciência da presença do Carregador de Fardos, que segue conosco; o caminho aberto em meio a obstáculos aparentemente insuperáveis; todas essas surpresas divinas têm sido encontradas ao longo da estrada da fidelidade. Marcos 16.2: E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro muito cedo, ao levantar do sol. Lucas diz de madrugada, falando da hora em que as mulheres foram ao sepulcro. João diz “quando ainda era escuro”. Marcos diz “ao despontar do sol”. E assim, ao contemplarem a cena, contavam com luz suficiente para não se equivocarem. Todos os relatos indicam que a viagem até ao túmulo foi feita cedo pela manhã. Provavelmente partiram ainda quando escuro; mas, a caminho, o sol que despontava lançou seus primeiros raios dourados, prometendo a aurora de um novo dia e de uma era espiritual interminável. Marcos 16.3: E diziam umas às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro? Era um obstáculo que desejavam fervorosamente que fosse removido. Mas, apesar de ser terreno, era algo que não podiam remover, pois uma pedra imensa como aquela não heveria de ceder aos esforços de umas poucas mulheres. Quem as ajadaria? Essa foi a pergunta delas! Quando temos uma missão a realizar, Deus sempre nos envia um “ajudador” ou mensageiro para nos auxiliar. Atente. Ele emprega instrumentos humanos para realizar em nós os seus propósitos divinos. Algumas vezes, porém nossas vitórias ocorrem quando ajudamos outros a nos ajudarem, ou então, quando ajudamos a outros. Que privilégio é fazer parte do plano divino, removendo obstáculos das vidas alheias, quando elas mesmas não têm o poder de fazê-lo por si mesmas. Aqueles que se demoram sobre os obstáculos, logo descobrem que eles são por demais volumosos para serem removidos. O homem espiritual, porém, descobre um meio de atravessar ou rodear os obstáculos. O próprio túmulo aparentemente tão sem esperanças, não era um beco sem saída, mas uma avenida, Semeando a Palavra de Deus 51 que levou a novos e admiráveis horizontes para toda a humanidade. As mulheres disseram: “a pedra é grande demais”. Era grande para elas; mas, para outro, não era desafio apreciável. Outras missões se entremeiam e justapõem, e quando realizamos aquilo que nos é determinado, geralmente ajudamos a outros de modo vital. Mateus 28.2: E eis que houvera um grande terremoto, pois um anjo do Senhor descera do céu e, chegando-se, removera a pedra e estava sentado sobre ela. ”... um anjo do Senhor...”. O anjo se assenta na pedra que bloqueara a entrada do sepulcro. O sepulcro foi simplesmente encontrado vazio. Marcos 16.4: Mas quando elas chegaram e olharam, viram que a pedra, que era muito grande, já tinha sido rolada para fora da entrada do túmulo. Essa foi a primeira vitória na caminhada da fidelidade; elas tinham iniciado a jornada com um espírito angustiado, afligido, sabendo que tinham de enfrentar um obstáculo - remover a pedra do túmulo – foram em frente, fazendo tudo quanto podiam, sem darem-se conta estavam envolvidas no mais sagrado drama de toda a história humana. Onde a fidelidade às levou! Fidelidade? Característica do que é fiel, do que demonstra zelo, respeito por alguém ou algo assumido; lealdade: Apocalipse 2.10.c: constância nos compromissos assumidos com outrem. Perceba que elas exerceram essa fidelidade apesar da trizteza, da derrota da agonia. É mano temos que aprender! Por quê? É nessa altura que a maioria dos homens desistem, se desviam. Eu pergunto a você: Marcos 11.23: qual vida, à sua maneira, pode ser a história das grandes pedras, das montanhas da oposição que foram removidas? Se atenha ao espiritual irmão. A circunstância espiritual bem sucedida exige que entremos na vereda da renúncia, por amor a Cristo. Aquelas mulheres tiveram vitória imediata sobre a pedra; e, na vida, humana, é normal não seguir essa norma. Atente. É preciso luta, pois através do sofrimento aprendemos muito mais do que através do sucesso fácil. Quem removeu a pedra? O evangelho de Marcos não nos diz. Mateus 28.2: diz que foi um anjo do Senhor vindo dos Céus. Ele rolou a pedra e se assentou sobre ela, qual símbolo de sua completa vitória sobre o obstáculo. Sim algumas vezes obtemos uma ajuda divina vinda diretamente dos céus. Observe. Temos dado pouca importância aos Anjos e a seu ministèrio entre nós humanos! Hebreus 1.14: Salmos 34.7: O Anjo do Senhor cerca com sua proteção e livra quem ama a Deus. É oportuno falar: todas as pessoas, que mostram qualquer intenção séria de tornarem-se bem-sucedidas na sua busca espiritual, contam com a ajuda dos anjos de Deus, embora, poucas delas não observarem essas realidades, de andarem segundo a sua maneira humana, examinando com pouca atenção essas realidades espirituais. Elas poderiam ter feito uma declaração humana, dizendo “que sorte a pedra rolou”. Mateus 28.3: O seu aspecto era como um relâmpago, e as suas vestes brancas como a neve. Os mensageiros da ressurreição foram ministros dotados de grande poder. Deus tocara nas vidas humanas através de Cristo Marcos 1.15: então, por qual motivo não empregaria 52 Semeando a Palavra de Deus outras entidades espirituais? A mão de um anjo facilmente fez deslizar uma pedra maciça. Era um anjo de pureza, porquanto as suas vestes brilhavam como a Luz. Era um anjo de luz reveladora, porquanto trazia extraordinária mensagem de vitória sobre a morte. Era um ser sobrenatural Apocalipse 10.1: e tal como o próprio Senhor Jesus, quando de sua transfiguração. O anjo veio de um ambiente celestial, e a sua glória brilhou ao redor, e os homens foram transpassados de terror. Por breves momentos ele entrou nesta terra tenebrosa; mas a mensagem que ele trouxe continua iluminando as almas e espíritos humanos. A morte não é mais permanente, nem mesmo com relação ao corpo, quanto menos no que diz respeito à alma. Morte? Para o cristão não há morte! Jesus ressuscitou e atravessou a matéria física, e o anjo simplesmente rolou a pedra, para que todos vissem que Ele saíra. Através desse segundo nascimento, todos os homens podem participar de sua imortalidade, de sua imagem perfeita, da sua essência 2 Pedro 1.4: divina. O destino duma pessoa, após sua vida terrena, na carne, está aqui demonstrado, explicado; a sua existência pode tornar-se imortal e com tão poucas atitudes! Basta fazer acontecer. O ato da ressurreição de Jesus declarou-o filho de Deus Romanos 1.4: e nós, os crentes, participamos dessa filiação Romanos 8.29: no sentido mais genuíno e completo. É interessante que a declaração da Filiação Divina de Cristo foi com poder. Trata-se do poder da ressurreição, pelo qual a morte foi derrotada e passou a ser o atual Poder da Vida Cristã, o que, por si mesmo, é um agente de transformação, e que será exercido ainda com maior intensidade quando de nossa própria ressurreição, bem como quando na imortalidade perfeita que nos espera, na qualidade de participantes da Vida mesma de Deus, daquela mesma vida da qual Cristo participa, na Semeando a Palavra de Deus 53 qualidade de primeiro homem imortal, como primogênito entre muitos irmãos. Essa é a mensagem de Efésios 1.19-23; uma mensagem que ultrapassa em muito a simples ideia do perdão dos pecados, por mais grandiosa que já seja essa mensagem. Tiago 1.22: Esta mensagem é para obedecer, e não apenas para ouvir. Portanto, não se enganem. Aliás este é um momento, de você cristão, refletir João 12.48: nas palavras de Cristo Jesus; Medite em Gálatas 2.16: "entretanto nós, cristãos, sabemos muito bem que não podemos tornar-nos justos diante de Deus pela obediência às leis judaicas, mas somente pela fé em Jesus Cristo, para que Ele tire os nossos pecados. E assim nós também já confiamos em Jesus Cristo, crendo que podíamos ser aceitos por Deus devido à fé - e não porque tivéssemos obedecido às leis judaicas. Porque ninguém jamais será salvo pela obediência a elas". Romanos 6.14: Nunca mais o pecado precisa voltar a ser-lhes senhor, pois agora vocês não estão mais amarrados à lei com que o pecado os escraviza, mas livres sob a compaixão e misericórdia de Deus. Romanos 7.4-6: Vocês tinham um senhor, que era a lei judaica; mas, por assim dizer, vocês "morreram" com Cristo na cruz; e, visto que estão "mortos", não estão mais "casados com a lei", e esta não tem mais domínio sobre vocês. Mas, quando Cristo voltou à vida, vocês voltaram também e são como novas pessoas. E agora, por assim dizer, vocês estão "casados" com Aquele que se levantou dentre os mortos, para que possam produzir bom fruto, isto é, boas obras para Deus. Pois enquanto vivíamos de acordo com nossa velha natureza, nossas paixões pecaminosas, despertadas pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte. Nós fomos libertos da lei, morrendo para aquilo que antes nos prendia, para que sirvamos, não debaixo do velho código escrito, mas na nova vida do Espírito. “Por que vocês estão procurando entre os mortos àquele que vive? Lucas 24.2-6: E encontraram a pedra que fechava a entrada do túmulo rolada para um lado. Entrando, porém, não acharam o corpo do Senhor Jesus. Ficaram ali assustadas, procurando imaginar o que poderia haver acontecido com o corpo. De repente apareceram dois homens diante delas, vestidos de mantos tão brilhantes que os olhos delas ficaram ofuscados. E ficando elas atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui, mas ressurgiu. Lembrai-vos de como vos falou, estando ainda na Galiléia. Mateus 28.4: Quando viram o anjo, os guardas tremeram de medo, desmaiaram e ficaram como mortos. Então: “...os guardas tremeram espavoridos...”. Não esperavam ver uma das visões de todos os séculos. Não posso afirmar, com certeza, mas parece que a ressurreição aconteceu mais ou menos quando do aparecimento dos anjos e do terremoto. Parece ser intenção do autor (Mateus) ensinar que o terremoto anunciou a ressurreição de Cristo, tal como o outro terremoto anunciara a sua morte. A narrativa subtende que as duas Marias viram os soldados acovardados de 54 Semeando a Palavra de Deus medo; estavam atordoados; realmente nada haviam esperado de extraordinário naquela noite tranquila; pensavam que passar a noite no local era algo ridículo. Vigiando um cadáver! Repentinamente, entretanto, o ar tornou-se mais leve; uma grande luz brilhou ao redor, com a intensidade de um raio; seres celestiais apareceram diante deles; o chão elevou-se e tremeu: ficaram tão aterrorizados que não podiam mover um músculo. Essas descrições bíblicas têm todos os sinais de autenticidade, incorporando nelas o que se sabe ser verdade nas experiências espirituais. Aqueles soldados tiveram imenso privilégio, embora sem dúvida não pudessem apreciar a magnitude do que acontecia. No interior do túmulo ocorria outra situação, jamais sonhada pelo homem. O corpo estava sepultado, morto. O espírito de Cristo estivera em missão por outras regiões, a saber, no próprio hades - 1 Pedro 3.18-19: e 1 Pedro 4.6: Agora retornara ao sepulcro. O espírito de Jesus exerceu seu grande poder, o mesmo poder que exercera durante o seu ministério terreno. Nada podia resistir a esse poder. Subitamente o corpo se sentou, e então se pôs de pé. Estava transformado. Agora Jesus era homem imortal. Nova vida transbordava de cada célula. Cada célula estava espiritualizada. A vida celestial permeava todo aquele corpo. Era a Vida Eterna, que não está sujeito à dissolução. O tempo e o espaço não eram mais barreiras. Jesus saiu; as rochas não o impediram disso, porquanto Ele agora pertencia a uma nova dimensão da existência. Passou através das rochas. Jesus havia espiritualizado seu corpo, totalmente trasnformado. Esse é também o nosso destino, e haverenos de participar plenamente dele, porquanto Jesus é o primeiro entre muitos irmãos, e nada pode impedir o seu poder, através do Espírito Santo em realizar as mesmas realidades nos cristãoes. O drama do túmulo é o drama sagrado da alma humana. Morte? Amigos, a morte não mata. Espero encontrar mjuitos de vocês do outro lado dessa vida e te cumprimentar: Parabéns Vencedores. Aqueles soldados eram homens calejados, porém, jaziam por terra como mortos; não estavam espiritualmente preparados para resistir a isso. Estavam paralisados! A propósito: Tiago 1.7: Não pense o homem receber a imortalidade e a eternidade ao colocar suas dúvidas a respeito. Marcos 16.5-6: Estava sentado à direita um moço vestido de branco. Então elas entraram no túmulo - e ali estava sentado à direita um moço vestido de branco. As mulheres ficaram assustadas. Mas o anjo disse: Não se assustem vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele já foi ressuscitado! Ele não está aqui. Olhem, aqui é o lugar onde o colocaram. Mateus 28.5: Então o anjo falou às mulheres: Não tenham medo! disse ele. Eu sei que vocês procuram Jesus, que foi crucificado. “... Anjo... Dirigindo-se às mulheres, Não temais...”. O que serviu de grande pavor para uns, foi mensagem de notável esperança e poder para outros. Os detalhes não se revestem de grande importância. Houve um anjo, ou dois ou mais? Estavam sentados do lado de fora, sobre a pedra, ou estavam no interior do sepulcro? As mulheres os viram, e ouviram Semeando a Palavra de Deus 55 palavras de consolo. Parece que Maria Madalena saiu apressada para contar a Pedro e a João o suposto furto do corpo de Jesus; então retornou; mas, nesse intervalo de tempo, houve esta visão por parte das outras mulheres. Que importa os detalhes! O fato é que os mensageiros celestiais estavam presentes. A vida se manifestou em novidade; o negro véu do desespero subitamente foi retirado, e uma luz intensa brilhou ao redor. A morte fora derrotada. Essas condições, por si mesmas, provavelmente foram as que causaram os diversos elementos aparentemente contraditórios em várias narrativas. Ninguém se assentou a fim de explicar os pequenos detalhes! Os grandes fatos foram suficientes, e isso é mais do que a mente humana poderia compreender. Vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado. Ele já foi ressuscitado! Mateus 28.6: Ele não está aqui, pois já foi ressuscitado, assim como ele tinha dito. Venham ver o lugar onde ele estava deitado. “... Ele não está aqui: ressuscitou...”. E nas asas da imaginação, dessas palavras, voa a maior de todas as mensagens já proferidas por quaisquer lábios. 2 Timóteo 1.10: E agora Ele tornou isso bem claro para nós, mediante a vinda do nosso Salvador Jesus Cristo, que quebrou o poder da morte e nos mostrou o caminho da vida eterna por meio da confiança Nele. E “... como havia dito...”. Mateus 16.21: Essas palavras foram lembradas, cheias de significado, mas, haviam sido mal entendidas. A narrativa de Lucas contém uma gentil repreensão contra essa incredulidade: “Por que buscais entre os mortos ao que vive”? Agora a incredulidade foi iluminada. As demais narrativas evangélicas incluem a menção aos panos de linho que tinham envolvido o corpo de Jesus, e que foram deixados no 56 Semeando a Palavra de Deus sepulcro; agora, Jesus não precisa mais deles. É possível que uma das poucas relíquias autênticas da Vida de Jesus tenha sido preservada na chamada “mortalha de Turim”, que pode ter sido o pano que lhe envolvia o corpo. A respeito da Mortalha de Cristo. Mortalha de Turim! Ha evidências científicas de que esse pano de certa feita envolvera o corpo de um homem crucificado; e muitos a têm aceito como a mortalha autêntica de Cristo, embora nenhum grupo eclesiástico lhe tenha dado sanção oficial. Atualmente se encontra encerrada em um cofre-forte, por detrás do altar da catedral de São João Batista, em Turim, na Itália. Tem estado ali por mais de duzentos e cinquenta anos. Tem 4,20 m de comprimento e 0,90 cm de largura, feito de linho, onde se reproduz os contornos frontal e dorsal de um homem crucificado. São Nino, do século IV D.C. diz-no que Pedro guardara a mortalha de Cristo; mas em seus próprios dias, não sabia se esta havia sido descoberta ou não. A tradição – comunicação oral de fatos – revela que trezentos anos mais tarde, apareceu em Jerusalém, onde foi vista pelo bispo Arculfus. Ficou ali guardada por quatrocentos anos. No fim do século XI encontrava-se em Constantinopla; e após o saque da cidade pelos cruzados, desapareceu para reaparecer na França. A partir desse ponto há uma histório razoavelmente feita em detalhes e historicamente digna de confiança a respeito dessa mortalha. Era propriedade dos duques de Savóia, ancestrais do rei Vitor Emanuel, da Itália. No século XIV houve a primeira controvérsia eclesiástica sobre a mortalha. Em 1898, o cavalheiro Pia um rico fotógrafo amador, recebeu autorização para fotografá-la, e, para seu espanto, quando a imagem estampada na mortalha ficou revertida na chapa negativa, apareceu o retrato de um homem crucificado. A mortalha se transformara em uma chapa fotográfica negativa, através dos elementos químicos pelo corpo que antes envolvera. Subsequentemente se Semeando a Palavra de Deus 57 comprovou, mediante testes feitos em panos de linho, que essa imagem negativa poderia ser produzida usando-se os elementos químicos emitidos por uma pessoa em grande padecimento. Os ferimentos nas mãos (realmente nos pulsos), as marcas dos espinhos, os ferimentos nos pés, a ferida no lado, tudo é claramente visível. As reações químicas gravadas no pano de linho indicam que a pessoa ali contida estava realmente morta, mas que pouco depois a pessoa deve ter deixado os panos, pois do contrário o processo fotográfico negativo teria sido borrado pela continuação das reações químicas. O corpo que ali esteve contido tinha aproximadamente 1,73 m de altura. Jamais poderemos saber se essa mortalha foi aquela em que o corpo do Senhor Jesus foi enrolado; mas é possível que se trate de uma das poucas relíquias que possuimos da Vida de Cristo. Esse comentário foi extraído de Between Two Worlds, de Nandor Fodor, págs.265/268. João 20. 1: “... Maria Madalena viu que a pedra fora removida...” No primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra fora removida do sepulcro. “... No primeiro dia da semana...”. A passagem de Mateus 28.1: diz que isso ocorreu “ao findar do sábado”; conforme o trecho pode ser ainda melhor traduzido “depois do sábado”. O evangelho de Marcos 16.1: diz “passado o sábado”. O Evangelho de Lucas 24.1: estabelece: “primeiro dia da semana”. Evangelhos sinópticos: é um termo que designa os Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas por conterem uma grande quantidade de histórias em comum, na mesma sequência, e algumas vezes, utilizando exatamente a mesma estrutura de palavras. Então os três evangelhos sinópticos, ajuntam frases adicionais, a saber: – “alta madrugada” em Lucas – “muito cedo” em Marcos – e, “ao entrar o primeiro dia da semana” em Mateus. Tudo isso mostra-nos que quando chegou o raiar do dia primeiro dia da semana, ou domingo, o Senhor Jesus já havia ressuscitado dentre os mortos. Provavelmente após algum tempo, nas horas ainda sombrias da madrugada, Jesus saiu do sepulcro, levantado por um poder desconhecido para os homens, apesar de estar disponível para os crentes, por intermédio de Cristo Jesus. Este quarto evangelho revela que ainda era escuro quando Maria Madalena se dirigiu ao sepulcro. Há algo admiravelmente belo no fato de que o raiar da esperança descera sobre a sua alma, esperança essa que se estendeu a todos os homens, ao mesmo tempo em que os raios de sol começavam a aparecer sobre a terra, do oriente, anunciando o raiar de um novo dia para toda a humanidade. Maria Madalena saiu de casa para ir ao túmulo, impulsionada pelo seu amor profundo ao Senhor, ainda era noite, e sua alma ainda se debatia nas trevas; mas não demorou em que a escuridão fosse espantada pelo sol que surgia no horizonte; e as trevas e as sombras que lhe ofuscavam o espírito tenham fugido perante o Filho de Deus ressurreto. Porém, Madalena, em tudo isso, fez tão somente o papel da primeira representante de toda a humanidade, e aquilo que ela experimentou, fez em lugar de todos nós. O fato de que Maria Madalena foi 58 Semeando a Palavra de Deus escolhida para ser a primeira pessoa a contemplar o Senhor Jesus após a sua ressurreição, mostra-nos que ela lhe tinha extraordinário amor e grande devoção, e quão completamente transformada deve ter sido a sua vida pelo poder da graça divina, pois de outra maneira, ela jamais poderia ter ocupado esse lugar na história sagrada. Conceituando “devoção”: apego sincero e fervoroso a Deus ou aos santos, sob a forma litúrgica ou práticas regulares privadas; orações; sentimento religioso, piedade. Então, isso é tando mais notável quando nos lembrarmos do fato de que ela fora pessoa inteiramente controlada pelo reino das trevas: Lucas 8.2: bem como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios. Deus pode fazer qualquer coisa em favor de qualquer pessoa, contanto que se disponha a entregar-lhe a vida. Atos 9.1-18: “Quem és Senhor”? Eu Sou a Jesus, a Quem tu persegues. João 20. 2: Então ela correu para onde estava Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse a eles: “Tiraram o corpo do Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram!” O trecho de João 21.24: vincula definidamente esse discípulo amado, cuj0 nome não é referido, com0 o autor tradicional deste quarto evangelho, isto é, o apóstolo João, apesar do fato de que, até mesmo nesse caso, o seu nome não é citado. Foi para Pedro e João, pois, que Maria Madalena correu desesperada, levando-lhes a notícia chocante: o túmulo estava vazio! Maria Madalena interpretou isso incorretamente como uma violação ao sepulcro de Jesus. Foi um julgamento prévio, ditado pelo temor, em um amor que ainda não estava aperfeiçoado, mas, começou a desaparecer no caminho para a Verdade. Mateus 28.7: Então o anjo falou. Agora, vão depressa e digam aos discípulos Dele que Ele já foi ressuscitado dos mortos e vai à frente de vocês para a Galileia. Lá vocês o verão. Vejam que eu tenho dito isso a vocês. “... Diga aos discípulos...”. Indicava a grande maioria dos crentes, os quais residiam na Galiléia. Apesar de haver certo número de revelações do Senhor ressurreto, na área de Jerusalém, ás mulheres, a Pedro e aos discípulos de Emaús, bem como aos onze discípulos, na Judéia, contudo, sua grande manifestação se deu na Galiléia, conforme se observa nos versículos de Mateus 28.16-20: Lucas 24.7-8: Dizendo: Importa que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressurja. Lembraram-se, então, das suas palavras. Jesus previu e aceitou os seus próprios sofrimentos, e também sabia que haveria de ressurgir de entre os mortos. Apesar, esse tema deva ter-se repetido por muitas vezes, durante os meses finais de sua vida terrena, em conversa com seus discípulos, e ainda que tivesse provocado sentimentos de profunda melancolia nos corações deles, não há qualquer indicação de que eles realmente tenham compreendido o que Ele lhes dizia. Pelo contrário, continuavam apegados à esperança, até os momentos finais, que o reino seria estabelecido, e que seriam glorificados com Jesus, em seu reino. Essa espécie de mentalidade levou-os a ficarem Semeando a Palavra de Deus 59 despreparados para os horrores da cruz, e qualquer explicação ou mesmo previsão sobre ressurreição de Jesus dentre os mortos, passava inteiramente despercebidos por eles. Entretanto, analisando todos esses acontecimentos; ao Senhor Ressurreto; ao túmulo vazio; todas as conversas que tinham tido com Jesus voltaram-lhes à memória, e assim puderam entender a sua profunda significação. Lucas registra essas ocorrências, em seu evangelho, a fim de permitir-nos saber como os discípulos tiveram o seu entendimento imediatamente esclarecido; e por detrás desse fato, devem ter sentido uma alegria extrema, porque agora, aquelas grandiosas palavras haviam sido expressamente cumpridas neles. Os discípulos devem ter reconhecido, uma vez mais, a grandeza da personalidade de Jesus. Lucas 24.9-11: E, voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os demais. E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago também as outras que estavam com elas relataram estas coisas aos apóstolos. E pareceram-lhes como um delírio as palavras das mulheres e não lhes deram crédito. Os discípulos ainda sofriam no íntimo com as memórias dos horrores da cruz, e não somente não encontravam sentido para a notícia das mulheres, como também temiam ouvir tais histórias, estando abatidos pelos acontecimentos tão recentes, e crer novamente, somente para serem desapontados outra vez, ultrapassava a sua capacidade de tolerância. Temiam tanto a morte como a vida, e suas necessidades e desejos haviam sido reduzidos a um mínimo, a saber, a simples sobrevivência física. A ressurreição de Cristo torna o nosso mundo pequeno e sem nenhuma importância. Nossos desejos, esperança e propósitos, nossos bens materiais tão destituídos de importância perecem, quando nos lembramos da Vida Eterna. Jesus voltou da dimensão onde realizava as verdadeiras realidades, e voltou como homem imortal. Cristo acrescentou uma imensa grandeza à vida, sobre a qual até hoje os homens não desistiram de pensar: uma prova de imortalidade, uma promessa de que todos os cristãos haverão de participar dessa vida vastíssima, divina. Então, digo que a ressurreição é um espetáculo que deixa o nosso mundo por demais pequeno. E pensar que tantas pessoas, por falta de Marcos 11.22: acreditar em Deus, preferem escutar 1 Timóteo 4.1: as palavras dos falsos espíritos, falando através da boca dos falsos pastores, dos falsos profetas espalhados em igrejas ditas evangélicas, cultuando o ministério da morte Hebreus 2.14: fazendo as pessoas escravas do Diabo e seus demônios – não se dando conta essas pessoas duma Nova Aliança Hebreus Capítulo 8, firmado em promessas de Vida. Escape da morte! O que é a Bíblia pra Vocês? Mas, digo a todos partidários do morreu acabou, o quanto vocês temem abandonar um mundo que encolheu para um “eu” que fica atônito ante o seu gigantismo: sim, é algo que exige Fé! E, assim é que os discípulos e outros hoje, não dão crédito ao relato da história da ressurreição, preferindo qualificar como delírio as palavras das mulheres e não lhes deram crédito. João 60 20.2-4: Maria Madalena correu, pois, e foi ter com Simão Pedro, e o outro Semeando a Palavra de Deus discípulo, a quem Jesus amava, dizendo: tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram. Saíram então Pedro e o outro discípulo e foram ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais ligeiro do que Pedro, e chegou primeiro . Os dois apóstolos correndo por atalhos, escolhendo rota mais curta possível, no máxim0 de resistência, por caminhos que tanto lhes eram familiares; e assim cruzaram o portão da cidade, chegando a observar o calvário. Fizeram a volta em torno da colina e chegaram ao jardim, o qual, atravessando-o na subida de um dos seus lados, os conduziu ao sepulcro. Muitos profetas e santos gostariam de terse envolvido na corrida; porquanto a história não sabe calcular a importância daquele túmulo vazio, e os homens vivem à luz da esperança de sua mensagem até ao dia de hoje. A princípio os dois apóstolos corriam juntos, andar naquele momento, seria sacrilégio. Não se esqueça de que Pedro e João tiveram a coragem necessária para se aproximar da cena do julgamento de Jesus, João 18.15: mas, somente João, em companhia de algumas mulheres é que teve a ousadia de ficar ao pé da cruz, João 19.26: talvez, por essa razão, é que lhes tenha sido dado o privilégio de, antes de qualquer outro, chegarem ao túmulo vazio. João 20.5-7: João se abaixou para olhar lá dentro e viu os lençóis de linho usados para enrolar Jesus, mas ele não entrou. Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro e viu os panos de linho ali deixados, e o lenço que tinha enrolado em volta da cabeça de Jesus estava dobrado e colocado em outro canto, separado dos outros lençóis. A caminho do túmulo, os passos de João eram mais ligeiros que os de Pedro; chegando ao sepulcro, entretanto, parece ter sido oprimido a princípio pelo temor de uma triste descoberta; em seguida pela admiração e espanto ante o fato de Semeando a Palavra de Deus 61 que os panos de linho estavam dobrados em ordem, que era um indício de que sucedera algo bem diferente daquilo que fora afirmado por Maria. “o inferno e o túmulo juntaram forças” “para reter o Senhor, mas em vão” “De repente levanta-se o vitorioso” “E rebenta aquelas débeis cadeias” (Hino de Isaac Watts, “Blest Morning” estrofes 2 e 3). O discípulo de natureza contemplativa ficou ali de pé, voltado para os próprios pensamentos, meditando acerca daqueles novos sinais. Foi naquele instante que Pedro chegou e entrou, como alguém dotado de uma decisão mais prática, e passou a frente de João, ao interior do túmulo. Sem pressa Jesus se livrou dos panos agora inúteis, dobrou o lenço que lhe envolvera a cabeça e deixou tudo em ordem. Há alguma coisa que nos arrebata os pensamentos aqui na simplicidade ordeira em que tudo foi feito. Cristo morrera para um mundo de homens pecaminosos. Havia enfrentado e vencido os poderes do inferno, que não puderam contê-lo. No entanto, aquela foi a primeira ação de nosso Senhor ressurreto! Que Ele nos ajude a pormos a nossa religiosidade em contato com os pequenos “nada” de que se compõe a nossa vida, a fim de aprendermos cumprir com alguma coisa de sua tranquilidade, ordem e finalidade, consagrando-nos igualmente a esses pormenores, não menos do que aos grandes sacrifícios que nos são solicitados. O crente deve mostrar-se amigo com todos os seus dias, com os menores detalhes, com a sua atmosfera caseira. É certo que a narrativa inteira pressupõe que por detrás delas houve uma testemunha ocular, porque somente dessa maneira poderíamos saber desses detalhes com tantas minúcias. Essa testemunha ocular, que recontou a história, só pode ter sido ou Pedro ou João. O provável é o apóstolo João, posto que este evangelho esteja escrito com sua autoridade. João 20.8-10: Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu e acreditou. Porque ainda não entendiam a escritura, que era necessário que ele ressurgisse dentre os mortos. (Eles ainda não haviam compreendido que, conforme a Escritura, necessário que Jesus ressuscitasse dos mortos.) Os discípulos voltaram para casa. Temos aqui uma bela história de fé, porque certamente este versículo não pretende ensinar que esse outro discípulo (João) havia acreditado na explicação de Maria Madalena, de que o corpo de Jesus fora furtado; pelo contrário, vendo quão em ordem haviam sido deixadas as mortalhas, percebendo no mesmo instante que aquilo não fora obra de roubadores de cadáveres, mas, antes creu que o Senhor Jesus havia realmente ressuscitado dentre os mortos. Alguns estudiosos têm suposto, com base neste texto e no versículo 26 deste mesmo capítulo, que João observara como as mortalhas haviam permanecido intocadas, quando saiu do corpo do Senhor Jesus, tudo dando a entender que o Senhor passara pelo pano para fora, sem nele tocar. O que houve foi uma 62 Semeando a Palavra de Deus transformação no tipo de energia que constituíra o corpo mortal de Jesus. O Senhor havia espiritualizado o seu próprio corpo. Pelas descobertas científicas, sabemos que a afirmação do versículo não é impossivel de suceder, porque a maior parte daquilo que consideramos como matéria é constituída de espaço, sendo possível que muitas formas de energia ocupem o mesmo espaço sem interferirem umas com as outras. Um exemplo fora deste contexto está escrito em 1 Pedro 5.8: que diz: Sejam cuidadosos, estejam vigilantes contra os ataques de Satanás, o grande inimigo de vocês, ele ronda em volta, como um leão faminto, que ruge à procura de alguma vitima para estraçalhar. Você não o vê! Mas, ele anda ao redor das pessoas procurando oportunidades. Então, cientificamente falando, é até mesmo possível que diversos universos ocupem o mesmo espaço ao mesmo tempo, contanto que os tipos de energia que os compõem sejam de ordem diferente. Neste caso exemplo, Mateus 12.43-45: “... e quando o espírito expulso do homem...”. “... Então vai, levando consigo outros sete espíritos piores do que ele, e, entrando naquele homem, habitam ali: e são os últimos atos desse homem...”. Esses universos seriam intangíveis, ou seja, não se pode tocar: invisíveis uns para os outros. Ainda 1 Coríntios 3.16: Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Essas realidades espirituais existem, apesar de muitas pessoas não darem a devida atenção. Assim, o Senhor Jesus, ao sair do túmulo, pertencia já a um mundo diferente e superior, portando poderes além dos aqui citados. É possível que quando o Senhor subiu aos céus, a fim de retornar a Deus Pai, como o primeiro homem ressurreto, tenha experimentado outras fases de transformação e espirituzalização. Não devemos esquecer que nós, os crentes, e convido você a ser um de nós, seguindo os passos de Jesus, experimentaremos essa mesma forma de transformação e glorificação, porque o alvo mesmo da redenção (salvação) é a participação na natureza divina tal como o Senhor Jesus, dela participa, tendo chegado a esse ponto por intermédio de sua morte, de sua ressurreição e de sua glorificação. Faz mesmo parte da vontade de Deus Pai que Cristo 2 Pedro 1-4: seja duplicado em todos os remidos pelo seu sangue. Apocalipse 3.20: Entenda: você ainda nessa sua vida terrena, na carne, tem condições de ser um crente, qual o impedimento? Tua indiferença! Será legal você deixar de aproveitar uma nova vida, a Vida Eterna? Pense, que ainda há tempo para os “vivos”. Continuando. Por esses motivos, é que João, vendo os panos que tinham envolvido o corpo de Jesus, postos todos em ordem, reconheceu no mesmo instante que ninguém procurara invadir o sepulcro para furtar o corpo do Senhor; ou, pelo menos, reconheceu que alguém havia dobrado cuidadosamente as mortalhas, crendo que o próprio Senhor Jesus fizera isso, uma vez que voltou à vida. E foi assim que, repentinamente, raiou-lhe no espírito a verdade, e ele acreditou na realidade da ressurreição de Cristo. Sua natureza contemplativa pôs-se a meditar nessas realidades; ao passo que Simaõ Pedro, apesar de todo o seu espírito prático, ainda não pensara nisso. O apóstolo Pedro viu mais coisas, quando entrou no Semeando a Palavra de Deus 63 sepulcro, do que João percebera à primeira vista; mas, João entendeu melhor o significado daquele acontecimento do que Pedro. Pedro teve mais visão, João teve mais discernimento. João foi o primeiro a dar crédito ao fato de que Jesus havia ressuscitado dentre os mortos, antes mesmo de contemplar a cena. João 20.9: Porque ainda não entendiam a escritura, que era necessário que Ele ressurgisse dentre os mortos. Temos aqui uma referência a trechos bíblicos do A.T. que fazem referência à ressurreição do crucificado Messias; porque os discípulos não tinham compreendido as palavras esclarecedoras do Senhor Jesus a respeito de sua morte e ressurreição, e nem havia ainda se desenvolvido em suficiente conhecimento espiritual, para entenderem toda a importância das diversas passagens bíblicas do Velho Testamento que se referem à pessoa de Cristo. Por essa razão é que João acreditou; por causa desse sinal do sepulcro vazio e das mortalhas, sem o corpo de Jesus. Ele não precisou sair dali e discutir sobre a questão e nem lhe foi necessário olhar outros túmulos vazios. Súbita confiança envolveu-lhe a alma e espírito, quando observava as condições ordeiras em que ficara o sepulcro vazio. O próprio Senhor Jesus ensinara que haveria de ressurgir, e não é preciso imaginar que as suas declarações não fossem tão claras como os evangelhos apresentam – Marcos 8.31: Mateus 26.54: Lucas 9.22: João 3.14: pelo contrário, é mais lógico supormos que aqueles discípulos, homens simples, apanhados no turbilhão dos acontecimentos por demais maravilhosos e inexplicáveis para eles, segundo todos os padrões humanos, não puderam observar quaisquer referências a Jesus Cristo, nas páginas do Antigo Testamento no que dizia respeito à sua morte e ressurreição. Assim, apesar de Jesus ter avisado aos seus discípulos que morreria às mãos dos homens, mas ressuscitaria dentre os mortos, eles jamais pensaram que o Senhor estivesse falando sobre alguma ressurreição literal do seu corpo. A respeito disso, bastou uma pequena mais sólida evidência, como o sepulcro vazio e as mortalhas sem o corpo do Mestre, para que a mente e o espírito de João fossem reanimados, raiando-lhe repentinamente a verdade daquilo que o Senhor Jesus dissera aos seus seguidores. Para os outros discípulos, entretanto, como no caso de Pedro, foram necessárias demonstrações mais longas e mais inegáveis, para que pudesse chegar ao mesmo ponto aonde o apóstolo João captou com tanta facilidade. João 20.10: Tornaram, pois, os discípulos para casa. Assim, foram eles, exclusivas testemunhas daqueles extraordinários fatos profetizados desde tempos tão remotos, os quais faziam parte integrante dos planos divinos, que profetas e santos de Deus haviam desejado por contemplar e participar. Agora essas privilegiadas testemunhas retornavam para suas casas. Dois simples pescadores haviam sido escolhidos pelo Senhor para que fossem participantes oculares desses prodígios, para que pudessem conhecer pessoalmente ao Messias de Deus, para que depositassem Nele sua confiança. No entanto, está reservado para nós quase idêntico privilégio. Apesar de não termos podido ver ao Senhor Jesus com os nossos próprios olhos, cremos Nele, participamos daquela mesma Fé que tiveram 64 Semeando a Palavra de Deus os primitivos discípulos e somos herdeiros da mesma glória celestial oferecida a Pedro, a os primitivos discípulos e somos herdeiros da mesma glória celestial oferecida a Pedro, a João e aos demais apóstolos de Cristo. João levara para a sua própria casa a mâe de João e aos demais apóstolos de Cristo. João levara para a sua própria casa a mâe de Jesus, João 19.27: pelo que agora apressado para contar-lhe as gloriosas notícias, Pedro Jesus, João 19.27: pelo que agora apressado para contar-lhe as gloriosas notícias, Pedro ainda ignorava a realidade gloriosa da ressurreição; mas, João se conservava em atitude ainda ignorava a realidade gloriosa da ressurreição; mas, João se conservava em atitude confiante. Naquele mesmo dia o Senhor Jesus apareceu a Lucas 24.34: pessoalmente confiante. Naquele mesmo dia o Senhor Jesus apareceu a Lucas 24.34: pessoalmente para Pedro, e isso sem dúvida lhe confirmou e fortaleceu a sua fé. Não devemos perder para Pedro, e isso sem dúvida lhe confirmou e fortaleceu a sua fé. Não devemos perder de vista a graça do Senhor Jesus, o qual, para dois homens fracos e inclinados ao desvio, de vista a graça do Senhor Jesus, o qual, para dois homens fracos e inclinados ao desvio, concedeu as mais amplas provas de sua ressurreição e senhorio, tendo-os acolhido concedeu as mais amplas provas de sua ressurreição e senhorio, tendo-os acolhido novamente como seus discípulos, apesar de terem-no abandonado na hora crítica de seu novamente como seus discípulos, apesar de terem-no abandonado na hora crítica de seu teste mais severo, deixando-o sozinho. Isso é uma lição que o mundo inteiro precisa teste mais severo, deixando-o sozinho. Isso é uma lição que o mundo inteiro precisa aprender, porque ninguém pode vangloriar-se de possuir um caráter que não tenha aprender, porque ninguém pode vangloriar-se de possuir um caráter que não tenha tendência para tais desvios. Todos (cristãos) temos tendências para desviar-nos de Cristo, tendência para tais desvios. Todos (cristãos) temos tendências para desviar-nos de Cristo, convém uma leitura detalhada de cada palavra em Romanos Capítulo sete. convém uma leitura detalhada de cada palavra em Romanos Capítulo sete. Mas, Graças a Deus, Cristo é o Salvador de todos quantos põem Nele sua confiança. Mas, Graças a Deus, Cristo é o Salvador de todos quantos põem Nele sua confiança. Atos 8.26.a: E um anjo do Senhor me falou, dizendo: “vamos acrescentar o seguinte”: Atos 8.26.a: E um anjo do Senhor me falou, dizendo: “vamos acrescentar o seguinte”: uma breve influência, inspiração do Amado Senhor Espírito Santo me veio à mente uma breve influência, inspiração do Amado Senhor Espírito Santo me veio à mente para que chegasse às minhas mãos o que foi postado pelo Diácono Milton Restivo, quinta-feira, 3 para que chegasse às minhas mãos o que foi postado pelo Diácono Milton Restivo, quinta-feira, 3 de julho de 2014: Tomé o Apóstolo “Ver para Crer”. de julho de 2014: Tomé o Apóstolo “Ver para Crer”. João 20.24-25: Tomé, chamado Dídimo, um dos Doze, não estava com os discípulos João 20.24-25: Tomé, chamado Dídimo, um dos Doze, não estava com os discípulos quando Jesus apareceu. Diziam-lhe, pois, os discípulos: Vimos o Senhor. Ele, porém, quando Jesus apareceu. Diziam-lhe, pois, os discípulos: Vimos o Senhor. Ele, porém, lhes respondeu: Se eu não vir o sinal dos cravos nas mãos, e não meter a mão no seu lado, lhes respondeu: Se eu não vir o sinal dos cravos nas mãos, e não meter a mão no seu lado, de maneira nenhuma acreditarei. Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, que quer de maneira nenhuma acreditarei. Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, que quer dizer “Gêmeo” quando da manifestação de Jesus para os apóstolos, não estava com dizer “Gêmeo” quando da manifestação de Jesus para os apóstolos, não estava com eles. Disseram-lhe os outros discípulos: “Vimos o Senhor”. Tomé, que aceitara a eles. Disseram-lhe os outros discípulos: “Vimos o Senhor”. Tomé, que aceitara a Jesus, havia vivido tantos contratempos e acontecimentos que não entendera, já não Jesus, havia vivido tantos contratempos e acontecimentos que não entendera, já não era o mesmo Tomé crente, mas um Tomé receoso cuidadoso atento a todos os era o mesmo Tomé crente, mas um Tomé receoso cuidadoso atento a todos os pormenores com sua crítica exigente, que tinha direito a resposta razoavel para todas pormenores com sua crítica exigente, que tinha direito a resposta razoavel para todas as afirmativas que colocassem em dúvida a sua credibilidade. Deixara de ser um as afirmativas que colocassem em dúvida a sua credibilidade. Deixara de ser um Semeando a Palavra de Deus 65 homem pronto a crer e aceitar, e passou a se preocupar em não ser vítima da sua própria ilusão; mas aquele que, agora, se recusava a crer até no que via. Tomé aceitara o convite de Jesus para seguí-lo, e tinha se proposto até ir com ele para Betânia e, se fosse necessário, morrer com Jesus. Tomé queria saber para onde Jesus dizia que iria para que ele pudesse ir junto, não importando para onde fosse. Mas tudo havia se tornado uma ilusão: o Mestre havia morrido, o sonho acabara. E agora vêm os discípulos e lhe dizem: “Vimos o Senhor” exatamente no dia e hora em que Tomé estava ausente. Estariam os discípulos de Jesus querendo brincar com coisa tão importante e séria, dizia ele? Tomé já havia acreditado demais, não queria sofrer nova desilusão. Como pode ser interpretada esta sua atitude? Indiferença? Descrença? Honestamente, qual teria sido tua atitude nessa situação? Você acreditaria prontamente no que diziam, ou deixaria transparecer a sua dúvida, a sua incredulidade, a sua indiferença, a sua descrença? Indiferença não. Talvez, o medo de se encontrar com Jesus depois de tudo que se passara. Tomé, que havia se declarado pronto a morrer pelo Mestre, que havia encorajado os outros apóstolos a seguí-lo, afinal, também, como os demais, havia fugido na hora do perigo em que o Mestre fora preso, julgado, condenado e crucificado. Talvez o medo de sofrer uma nova desilusão. A convivência com Jesus havia levado Tomé a um mundo que não era o seu, e nesse momento, afastado do seu Mestre, voltara à sua antiga natureza materialista. Assaltado pela tristeza, pela dúvida e pela desilusão, recusava-se a crer mesmo naquilo que visse, até que pudesse agarrar com as suas mãos e fazer como os cegos que por vezes se enganam menos que os que têm visão. E aconteceu, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa e Tomé estava com eles. Estando as portas fechadas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja com vocês”. (João 20.26:). E acontece que Tomé estava presente. A voz calma de Jesus soa no ambiente com toda a nitidez: “A paz esteja com vocês”. Era a mesma voz que Tomé tão bem conhecia e que durante três anos lhe falara da ressurreição que ele, agora, colocava obstáculo e se recusava em aceitar. O Mestre voltara com a sua saudação tão conhecida. “A paz esteja com vocês”. Era o mesmo Mestre; era o Mestre mesmo... Era a mesma saudação de paz que Jesus dirigia nesse momento àqueles que dias antes o haviam abandonado e fugido, que haviam quebrado as suas promessas de morrer pela fé, que haviam voltado para os seus afazeres, os seus lares. O Mestre não dirige a Tomé uma única palavra de censura, como também não faria a cada um de nós. Em vez disso, o Mestre voltara com a sua calma costumeira e serenidade para lhes dar a sua paz. Essa paz que excede todo o nosso entendimento. O Mestre está mais pronto a conceder o seu perdão do que nós a recebê-lo. Jesus aproxima-se, olha para cada um dos apóstolos e fixa o seu olhar em Tomé. Desta vez Jesus viera propositadamente para Tomé. Era o Bom Pastor que vinha buscar a ovelha perdida, o Mestre que vinha em auxílio do seu discípulo querido. Jesus dirige-se para Tomé e coloca-se na sua frente, e lhe diz: Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não 66 Semeando a Palavra de Deus seja incrédulo, mas, fiel. (João 20.27:). Numa crise de fé, Tomé tem que decidir e agir. Ele sente uma nova, verdadeira e poderosa fé nascer no seu espírito. Aquele Mestre que ele tanto amara aquele por quem estivera pronto a dar a sua vida, aquele em quem crera como homem, como Mestre, como amigo estava na sua frente. Cristo voltara do além-túmulo para lhe dizer que era mais do que um Mestre, mais do que um amigo, mais do que um profeta. Cristo voltara para lhe lembrar as suas palavras: “Não fique perturbado o espírito de vocês; acreditem em Deus, acreditem também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu teria dito a vocês; vou prepara lugar para vocês. E, se eu for e preparar lugar para vocês, virei outra vez, e tomarei vocês para mim mesmo, para que onde eu estiver estejam vocês também. E para onde eu vou vocês conhecem o caminho.” (João 14.131:). Tomé, movido pela poderosa fé que sentia no seu espírito, disse o que até ainda não tinha descoberto: “Meu Senhor e Meu Deus”. (João 20.28:). Tomé tornou-se o primeiro dos apóstolos a se dirigir a Jesus nestes termos, chamando-o de “Meu Deus”. Ninguém até aquele momento, nem mesmo Pedro, nem João, haviam pronunciado a palavra “Deus” dirigindo-se a Jesus. Sem dúvida essa é a condição da maioria dos indivíduos que absorvidos pelos negócios terrenos, não percebem qualquer evidência da existência e da influência de Deus entre homens. Porque está escrito. Lucas 4.10: Aos seus anjos ordenará a teu respeito, que te guardem! É bem provável que o sucesso espiritual de alguns crentes, tenha sido realmente esse motivo: aprenderam a ceder e a escutar de seus guias angelicais Hebreus 1.14: que lhes foram dados por Deus com o propósito de ajuda-los a cumprirem suas respectivas missões. Mas, digo quantos cristãos não se deram conta de que Gênesis 18.1-22: anjos estavam presentes em certas ocasiões, nessa vida deles na carne, para ajudá-los a cumprir ordens de Deus! Quando você lê a palavra "anjo" na Bíblia, seu sentido original é "mensageiro" "enviado", e não a anjos de asas que vemos nos filmes e nos livros, pois só assim são (iconografia) retratados: nem todos os mensageiros de Deus, até os seus anjos enviados a este mundo, necessariamente possuem asas presas nas suas costas. Os Querubins e Serafins é que são descritos terem asas. João 20.13: Mulher, por que choras? Respondeu-lhes: Porque tiraram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. Porque tiraram o meu Senhor, e não sei onde puseram! Maria Madalena estava tão extasiada em sua tristeza e em sua paixão que não ficou sobressaltada nem mesmo por aquela manifestação sobrenatural, a qual, em circunstâncias normais, ficaria espantada; antes entrou na conversa com os anjos, como se estivesse falando com seres humanos. Temos aqui uma clara lição: alguém pode receber a visita de seres celestiais e ser um objeto especial de alguma revelação de Deus; porém se sua mente e seu espírito não estiverem preparados para que se mostrem receptivos a tais manifestações, elas podem passar inteiramente sem proveito. Igualmente, a mensagem que os anjos tinham para anunciar a Maria Madalena, conforme já haviam anunciado aos Semeando a Palavra de Deus 67 outros: Ele ressuscitou, nem ao menos tiveram oportunidade de falar. Ela tinha todos os seus pensamentos concentrados em seu Senhor Jesus, e somente desejava cuidar de seu corpo para que não sofresse quaisquer abusos da parte de seus adversários, concentrando todos os seus esforços na execução do mesmo. A missão que ela se propusera a si mesma era nobre; mas, não se mostrou acolhedora para a mensagem que lhe fora dada dos céus, foi-se embora sem haver compreendido a preciosa informação. Outra lição que podemos tirar deste versículo, além da ideia da ardente devoção de Maria Madalena ao Senhor Jesus e de sua insensibilidade para com a visão angelical, por causa de sua profunda tristeza, é que, naquele exato instante, as lágrimas que ele derramava não tinham razão de ser, porque a crise e o horror que a faziam chorar, já haviam terminado. A vitória já havia sido conquistada, sobre o sepulcro, sobre o pecado, a redenção a justificação já haviam sido postas à disposição de todos os pecadores. Leia com atenção. Além disso, o Senhor Jesus estava vivo novamente para garantir essas realidades. No entanto Maria ainda chorava, como que por uma causa perdida, ignorando totalmente o que sucedera de maravilhoso há tão pouco tempo atrás. Sem dúvida isso serve de lição para todos. Para Deus tudo é possível, e a solução para os nossos mais graves problemas e necessidades já se encontra com Ele; e tudo quanto nos falta é uma espécie de revelação, que nos faça saber que já somos vitoriosos na Pessoa de Cristo Jesus. Porém, com tanta frequência, a exemplo de Maria, continuamos a chorar, lamentar, duma crise espiritual para outra. Mas isso só acontece em razão de nossa ignorância espiritual, acerca das provisões já existentes, que asseguram a concretização das promessas do Senhor. Falta de Fé e Visão Espiritual. João 20.14: Nisso ela se voltou e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu. Na presença dela estava a resposta e a libertação de todos os problemas e crises. Todavia, a tristeza obscurecia lhe completamente a visão, razão pela qual ela não pôde reconhecer nem a visitação angelical e nem o próprio Senhor Jesus. Fora de qualquer dúvida que, em seu corpo ressurreto a aparência física de Jesus era diferente do que fora antes de sua morte. Isso é confirmado pela experiência que foi dado aos dois discípulos, no caminho de Emaús, os quais também não puderam reconhecer de imediato ao Senhor Jesus Cristo (Lucas 24.13.35). João 20.15: Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, julgando 68 Semeando a Palavra de Deus que fosse o jardineiro, respondeu-lhe: Senhor, se tu o levaste, onde o puseste, e eu o levarei. O jardim onde se desenrolara essas cenas pertencia a José Arimatéia; e ele sendo homem de posses, sem dúvida empregava um jardineiro para cuidar do mesmo, ver Mateus 27.57-60: Maria talvez até se tenha sentido mais aliviada, ante o fato de que alguma pessoa não dada a violências, como o jardineiro, fora quem retirara do sepulcro o corpo morto do Senhor Jesus, sem dúvidas tendo agido sob as instruções do proprietário José de Arimatéia. Isso significava que o túmulo não fora invadido por nenhum inimigo de Jesus malicioso e mau. Se assim tivesse acontecido, então a recuperação do corpo de Jesus seria fácil, ou, pelo menos, ela poderia estar certa de que José de Arimatéia tomara outras providências compatíveis com um sepultamento digno do corpo do Senhor Jesus. Atenção. E nisso tudo há igualmente lição para nós todos, pois, a exemplo de Maria, com frequência nos conformamos com muito menos do que aquilo que Deus quer dar-nos, preferindo nós, talvez outro caminho mais fácil do que aquele que Ele escolheu e determinou para nós, por estarmos insensíveis a tudo quanto Ele deseja fazer por nós e em nós. A escolha de um destino inferior àquele que nos está marcado pela vontade de nosso Pai Celeste, seria uma tragédia para a experiência de um cristão; mas, infelismente há fortes indícios de que essa escolha inferior, ao invés de ser a excessão, é fator dominante na vida de muitos crentes, que aceitam sujestões do maligno para suas vidas – doenças mortes miséria. Em sua missão, Maria só tinha por intuíto ungir o corpo de Jesus, por tratar-se de uma missão nobre, segundo o seu ponto de vista. Entretanto, devemos observar neste ponto que não era essa a missão que Deus determinou para ela; de fato essa missão era impossível de ser realizada, porque o Senhor nem ao menos se econtrava morto. E novamente uma lição nos é conferida nesse ponto – com frequência nos deixamos absorver pelas missões, deveres e trabalhos que imaginamos que Deus tenha para nós. Acreditamos possuir forças suficientes para realizarmos a contento do Senhor nessas tarefas, tal como Maria pensava que, de alguma maneira, seria capaz de carregar sozinha o corpo de Jesus, uma vez que o mesmo lhe fosse entregue pelo jardineiro. Porém, tão enganada estava ela naquilo que pensava que deveria fazer a favor de Jesus, e quão enganados também podemos nós estar. O que planejamos fazer talvez seja muito nobre, a exemplo de Maria, mas pode ser inteiramente diferente daquilo que o Senhor Deus determinou pra nós. “...E eu o levarei...”. Este versículo dá destaque à profunda devoção de Maria ao Senhor Jesus, devoção essa que deve ser imitada por nós, que não mediu dificuldades. Um lugar seguro para guardar o corpo sagrado de Jesus era o grande objetivo da vontade dela, esse propósito sem medo dos perigos, cega para uma tarefa que lhe teria sido fisicamente impossível, pelo contrário na confiança de suas próprias forças “e eu o levarei”. Também posso acrecentar que apesar dela não ter realizado a tarefa na direção da qual era impulsionada pela sua devoção, porque isso lhe Semeando a Palavra de Deus 69 era impossível, contudo, essa devoção foi amplamente recompensada, pois chegou a ver o seu Senhor Vivo, tendo sido o primeiro ser humano a contemplar o Cristo Ressurreto. Isso não foi uma distinção pequena, mas antes, foi um privilégio extraordinário. João 20.16: Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, virando-se, disse-lhe em hebraico: Raboni!que quer dizer, Mestre. A narrativa assume um impacto ainda mais significativo e emocional quando nos lembramos de que Maria Madalena foi a primeira pessoa para quem o Senhor Jesus mostrou-se ressuscitado. Que lugar especial devia ter ela ocupado nos pensamentos do Senhor. Porquanto apesar de ser uma mulher, simples por ser tal, dentro da sociedade judaica teria sido considerada uma pessoa de pouco valor. No entanto, não tinha o Senhor Jesus esses tolos preconceitos. Ele conversara com a mulher samaritana à beira do poço sem qualquer vergonha, e dedicou tempo a cuidar de sua alma eterna. Os evangelhos e demais livros do Novo Testamento nada mais nos adiantam sobre Madalena senão o que é dito até este ponto. Porém, tão extraordinário foi o seu privilégio e benção: a primeira pessoa a ver o Senhor Jesus Cristo vencedor da morte, vivo para todo o sempre. Por intermédio dela o Senhor Jesus elevou as mulheres à posição que lhes cabe por direito, Gálatas 3.28: porquanto em Cristo não há homem nem mulher. Ela ouvira o seu próprio nome naquela voz bem conhecida: A Voz de Deus é 70 Semeando a Palavra de Deus sempre mais rapidamente ouvida pelas almas daqueles que o amam; a presença de Deus nunca é tão desejada quando estamos no total desamparo da desgraça humana. João 20.17: Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, ainda não subi para meu Pai, mas vai a meus irmãos, diga-lhes que eu subo para meu Pai vosso Pai, nosso Deus. Evidentemente Madalena fez menção de que ia tocar no Senhor Jesus, ao soltar a exclamação Raboni! Ação essa que consistia em cair-lhe aos pés e abraçar-se a eles, conforme era costumeiro nas demonstrações de grande afeto ou respeito. A tradução RSV diz “Do not hold me” – Não me agarres – muito provavelmente, talvez, Madalena atirou-se aos pés do Senhor Jesus, e se agarrava a eles. “...Não me detenhas...”. O Senhor Jesus não queria ser detido, porque havia ainda uma missão a ser realizada; além disso, Ele não queria que Maria Madalena pensasse que a sua presença diante dela pudesse ser comparada com as situações anteriores; assim sendo ela não deveria apegarse a Ele da mesma maneira que até então vinha fazendo. Pelo contrário, necessário buscar uma nova espécie de relacionamento, agora espiritual, que seria inaugurada quando de sua ascensão, por meio da presença do Espírito Santo que seria o seu “Alter Ego” que quer dizer “O outro Eu”. O alter ego é a outra personalidade de uma mesma pessoa, podendo ser um amigo ou alguém próximo em que se deposita total confiança. No caso o amado Espírito Santo. João 14.16-18: João 14.26: João 16.13: “...Vai ter com os meus irmãos...”. Essas palavras são extremamente significativas para todos os cristãos. Quem seriam esses irmãos senão justamente aqueles que tão recentemente haviam abandonado ao Senhor? Somente Pedro e João tinham mostrado a disposição para se fazerem presentes às cenas dos julgamentos de Jesus; e dentre todos os seus discípulos, apenas João ficara ao seu lado até ao fim, ao pé da cruz, em companhia de algumas mulheres santas. Além disso, coube a nada menos que dois membros do sinédrio – Nicodemos e José de Arimatéia – providenciarem o sepultamento do corpo de Jesus. Foi às mulheres que coube a honra de desejarem vir completar a unção de seu corpo. Nenhum dos apóstolos se aproximou do sepulcro até que as mulheres vieram noticiar-lhes que haviam encontrado o túmulo vazio. No entanto, nesse recado de Jesus a seus discípulos, por meio de Maria Madalena, não transparece qualquer palavra de condenação ou de queixa; e isso é de grande tranquilidade para nós, porque serve de misericórdia e demonstração da profunda graça de Deus. Devemos notar aqui que o Senhor Jesus ainda se aprofunda mais na expressão das relações existentes entre Ele e seus seguidores, de amigos João 15.15: Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas chamo amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer. Sim, agora os seguidores de Jesus não eram mais simplesmente amigos, mas irmãos de Cristo; assim, dessa maneira foram reconhecidos como parte integrante da família divina. A ideia inteira da transformação dos remidos segundo a imagem de Cristo, Semeando a Palavra de Deus 71 de tal modo que venham eles (nós cristãos) a participarmos da natureza divina 2 Pedro 1.4: se alicerça na ideia da filiação mútua ao Pai, porquanto todos os remidos são filhos do mesmo Pai Celestial. João 20.18: Maria Madalena foi e disse aos discípulos: “Eu vi o Senhor!” Então contou que Ele tinha falado essas coisas para ela. Dois dos seguidores de Jesus, por essa altura dos acontecimentos, já estavam convictos da realidade da ressurreição de Cristo, a saber, o Apóstolo João e Maria Madalena. Mas o trecho de Lucas 24.11: registra a total incredulidade da maioria de seus discípulos. Diz essa passagem “Tais palavras lhes pareciam como um delírio, e não acreditaram nelas”. Talvez balancemos as cabeças em desaprovação, ante a leitura dessas palavras, pois lendo a comovente narrativa do aparecimento do Senhor Jesus a Madalena, não se pode entender qualquer motivo para a incredulidade. Na verdade, porém a ressurreição de Jesus Cristo foi um acontecimento tão extraordinário que ultrapassou tudo quanto aquela gente considerava natural; e nem mesmo pessoas dotadas de religiosidade podem extrair de sua mente o que é natural e material, pela sua sonolência espiritual. Pois, aquilo que é uma grande realidade, percebida claramente por algumas pessoas, pode ser completamente ignorada por outras, ou mesmo totalmente rejeitadas, como se fora algo impossível. Enfim. Maria chegou com grande alegria, com seu inesperado anúncio, certamente uma das notícias que já foi concedida a uma criatura humana para que fosse divulgada. O trecho de Mateus 28.10: diz-no que diversas outras mulheres também foram encarregadas de anunciar aos irmãos de Jesus que Ele se encontraria com eles na Galiléia. A comissão recebida por Maria Madalena, de anunciar o grande fato da ressurreição de Cristo ao círculo apostólico, se expandiu nas pessoas deles, que por sua vez, foram comissionados (anunciar a ressurreição de Cristo) a levar essa mesma mensagem ao mundo inteiro, comissão essa que foi entregue, finalmente à igreja cristã inteira, posto termos sido feitos embaixadores em Nome de Cristo conforme 2 Coríntios 5.20: Maria, por alguns momentos pelo menos, ao conversar com o imortal Senhor Jesus, entrou na própria eternidade. Por meio desse encontro todos sabemos agora da existência de um mundo eterno, que a teoria materialista é inadequada para explicar os fenômenos experimentados pelos homens. Sabemos que em nosso íntimo brilha a fagulha da eternidade, porquanto cada criatura humana possui uma alma imortal, e que o destino dos remidos, é um destino altamente exaltado. Então: Mano tem pensado no teu futuro, no teu destino? Mateus 28.5-8: O anjo falou às mulheres: "Não tenham medo!" disse ele. "Eu sei que vocês procuram Jesus, que foi crucificado”. Ele não está aqui, pois já foi ressuscitado, assim como ele tinha dito. Venham ver o lugar onde ele estava deitado. Agora, vão depressa e contem aos seus discípulos que Ele ressuscitou, e que vai para a Galiléia, a fim de encontrar todos lá. Este é o recado para eles. E, partindo elas do sepulcro, com temor e grande alegria, correram a anunciá-lo aos discípulos. O fato de 72 Semeando a Palavra de Deus que que Jesus Jesus apareceu apareceu primeiramente primeiramente às às mulheres, mulheres, ee não não aos aos discípulos, discípulos, éé um um registro registro de de profunda significação, porque elas haviam sido testemunhas de sua crucificação. Não profunda significação, porque elas haviam sido testemunhas de sua crucificação. Não temais! temais! O O que que serviu serviu de de grande grande pavor pavor para para uns, uns, foi foi mensagem mensagem de de notável notável esperança esperança ee poder poder para para outros. outros. A A Vida Vida se se manifestou manifestou em em novidade, novidade, oo negríssimo negríssimo véu véu do do desespero desespero subitamente foi retirado, e uma luz intensa brilhou ao redor. A morte fora derrotada. subitamente foi retirado, e uma luz intensa brilhou ao redor. A morte fora derrotada. Mateus Mateus 28.9-10: 28.9-10: E E de de repente, repente, Jesus Jesus se se encontrou encontrou com com elas elas ee disse: disse: “Que “Que aa Paz esteja esteja com com vocês!” vocês!” E E elas elas se se aproximaram aproximaram dele, dele, abraçaram abraçaram seus seus pés pés ee oo Paz adoraram. adoraram. Então Então Jesus Jesus disse-lhes: disse-lhes: Não Não tenham tenham medo! medo! Vão Vão dizer dizer aos aos meus meus irmãos irmãos que que partam partam imediatamente imediatamente para para aa Galiléia, Galiléia, para para se se encontrarem encontrarem comigo comigo lá". lá". “... “... Eis Eis que que Jesus Jesus veio veio ao ao encontro encontro delas... delas... “Salve...”. “Salve...”. Quão Quão natural natural foi entanto, que que foi para para Jesus Jesus vir vir ao ao encontro encontro delas, delas, como como se se nada nada houvesse houvesse acontecido; acontecido; e, e, no no entanto, fato fato extraordinário extraordinário tivera tivera lugar. lugar. ... ... eis eis que que Jesus Jesus veio veio ao ao encontro encontro delas...”. delas...”. “Salve” “Salve”.. Saudação grega grega comum comum equivalente equivalente ao ao nosso nosso bom bom dia, dia, ou ou outra outra similar. similar. Tudo Tudo parecia parecia Saudação muito familiar, familiar, porque porque era era aa saudação saudação comum comum entre entre amigos. amigos. “Oh “Oh alegria”. alegria”. Ele Ele muito ressuscitou. A A morte morte não não pôde pôde detê-lo. detê-lo. Aquele Aquele que que tão tão recentemente recentemente esteve esteve morto, morto, agora agora ressuscitou. está vivo vivo para para sempre. sempre. “Oh “Oh alegria”! alegria”! Esta Esta éé aa promessa promessa que que Ele Ele nos nos fez, fez, porque porque todos todos está quantos morrerem, morrerem, haverão haverão de de ressuscitar. ressuscitar. Não Não existe existe mais mais morte! morte! João João 20.19: 20.19: “Paz “Paz seja seja quantos convosco”. Quão Quão simples simples ee natural natural parecia parecia tudo tudo e, e, no no entanto, entanto, quanta quanta alegria alegria tomou tomou conta conta convosco”. daquelas mulheres. mulheres. Antes Antes de de sua sua ressurreição, ressurreição, Jesus Jesus era era oo Messias; Messias; e, e, após, após, todos todos os os daquelas títulos são são por por demais demais de de pequenas pequenas proporções proporções para para descrevê-lo: descrevê-lo: chamamos chamamos de de Senhor, Senhor, títulos Salvador, Rei, Rei, Mestre, Mestre, Alfa Alfa ee Ômega. Ômega. E E foi foi em em todos todos esses esses sentidos sentidos que que as as mulheres, mulheres, ee Salvador, os discípulos discípulos (nós, (nós, inclusive) inclusive) oo adoramos. adoramos. Não Não esqueça esqueça que que aa ressurreição ressurreição de de Cristo Cristo éé oo os grande divisor divisor da da história história humana. humana. “... grande “... abraçaram-lhe abraçaram-lhe os os pés...”. pés...”. Semeando a Palavra de Deus 73 Não para ver se Ele era um fantasma, pois o mais certo é que tal possibilidade jamais entrou na mente delas. Em grande alegria, de satisfação, tremendo de emoção, tomadas de gratidão, inundadas de imensa e santa felicidade, não havia outras coisas que pudessem fazer. Nenhum mortal jamais adorou com maior liberdade. “... não temais, ide avisar a meus irmãos...”. Isso dá um toque de ternura à narrativa, pois é a primeira vez que o termo é usado neste evangelho, nessa relação (irmãos). Na mente de Jesus há perdão; eles o haviam abandonado, mas são irmãos. Eram amigos, mas agora eram muito mais íntimos d’Ele do que antes. Jesus conhecia seus pensamentos, e era por motivo da fraquesa humana que o haviam desertado, e, não por causa de malícia, de maldade. Em um novo sentido, Jesus era agora irmão deles (de nós cristãos) porque agora é um homem imortal, o modelo para toda a humanidade. Jesus nos oferece o mesmo destino, através da transformação (Romanos 8.29:) em sua própria imagem metafísica. Mateus 28.11: Enquanto as mulheres iam para a cidade, alguns dos policiais do templo que estavam guardando o túmulo foram aos sacerdotes principais e contaram o que tinha acontecido. Observemos que os soldados da guarda dirigiram-se aos membos do sinédrio para contar o que acontecera. Tinham receio de primeiro irem a Pilatos, não porque pudessem ter impedido o que ocorrera, mas porque poderiam ser acusados de terem dormido ou de outra maneira negligenciado em seus deveres. 74 Semeando a Palavra de Deus Mas é provável que a história tenha chegado ao conhecimento de Pilatos, de qualquer maneira; ou talvez os próprios soldados lhe tenham revelado a verdade; pois o mais certo é que ele não tomou qualquer providência a respeito, posto que o sinédrio não poderia causar-lhe dificuldades com isso, porque eles mesmos queriam suprimir a verdade do que ocorrera (a ressurreição de Cristo) e, por isso mesmo queriam que os soldados, que eram os únicos que conheciam a verdade dos fatos fossem deixados em paz. Mateus 28.12-13: Convocou-se uma reunião de todos os líderes religiosos dos judeus, e decidiu-se pagar os guardas para dizerem que, enquanto todos eles estavam dormindo, os discípulos de Jesus vieram durante a noite e roubaram o corpo dEle. E congregados eles com os anciãos e tendo consultado entre si, deram muito dinheiro aos soldados, “... Reunindo-se eles em conselho...” Estavam novamente em dificuldades, por causa de Jesus (!) e foi uma reunião formal do sinédrio. Apelaram novamente para seu costumeiro expediente de falsidade e suborno, conforme haviam feito antes com Judas Iscariotes. Lembro a vocês que os controladores do sinédrio, naquele tempo, eram os ricos e socialmente poderosos saduceus. Estes controlavam o templo, a adoração ali efetuada, o seu comércio, e também o governo geral de Israel. Não criam em espíritos e nem em ressurreição e, a qualquer tipo de espiritualidade. Preocupavam-se muito em impedir qualquer coisa que ameaçasse essas suas crenças, como também não queriam que alguém (?) soubesse que Jesus renascera. Essa reunião do sinédrio fornece uma contínua descrição do caráter da religião organizada da época. Apesar de todas as provas da grande atuação de Deus entre eles, os espíritos (Romanos 8.9:) daqueles religiosos permaneciam endurecidos e incrédulos. Tinham um conjunto de regras ou leis, mais ou menos sistematizadas, mediante as quais continuavam duvidando do Poder de Jesus, de seu retorno à vida e da aprovação divina a Jesus! Certamente que sim, pois do contrário a iniquidade e dureza deles era de tal natureza maligna que já estava fora do alcance da mensagem de Deus. “... grande soma de dinheiro...”. Literalmente é dinheiro suficiente para garantir que os soldados se conservassem calados; esse suborno era resultado de alguma decisão anterior, feita pelos controladores do sinédrio. Aquelas autoridades religiosas reconheciam o poder do suborno, e, em suas práticas políticas, aplicando esses princípios em seus negócios com bastante frequência. Haviam corrompido a Judas Iscariotes com essa prática e tinham poucas dúvidas de que aqueles soldados pagãos, por causa de sua natureza corrupta, não haveriam de declarar a verdade, mas antes, haveriam de cooperar com eles. “... vieram... os discípulos... e o roubaram...”. Aqueles soldados, além de se terem sujeitado ao julgamento da incapacidade, do embaraço e da negligência nos deveres, agora se sujeitavam a uma história estúpida; e teriam de contar essa comédia, se quisessem ficar com o dinheiro do suborno. Teriam de dizer que estavam dormindo; isso não é de todo impossível, posto que talvez tenham participado de muitas festas e de vinho, altas horas da noite; contudo dormir no posto do dever poderia atrair contra eles a sentença de morte, e Semeando a Palavra de Deus 75 por isso mesmo era algo altamente improvável. Apesar de, somente através de tal circunstância é que alguns poucos pescadores, certamente desarmados, poderiam ter furtado um cadáver guardado por soldados profissionais armados. Estavam dormindo! E, no entanto puderam afirmar que viram homens roubarem o cadáver. Como poderiam ter sabido disso, se estavam dormindo? Porém, essa era a melhor história que poderia ser contada sob aquelas circunstâncias. Diversos comentaristas bíblicos mencionam o fato de que as mentiras de Satanás sempre trazem em si a sua própria refutação, ou seja, uma série de argumentos que destrói o que foi alegado. Todavia, todas essas desosnestidades de forma alguma servem de argumentos contra a veracidade da narrativa, porquanto quando os homens se recusam obstinadamente - teimosos, inflexíveis, que não cedem persistentes, constantes – a crer na Verdade é que: 2 Tessalonicenses 2.11: Por essa razão Deus os envia um forte engano, para que eles creiam naquilo que é falso. (Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira). A mentira era algo corrente entre os judeus; podendo ser observado hoje, em muitos setores da humanidade, de um modo promíscuo. Isso demonstra, se é que não prova outra coisa, que sentiam a necessidade de explicar o túmulo vazio; e que essa própria necessidade de explicação comprova a ressurreição de Jesus. João 8.44: A mentira é um espírito que trabalha entre os homens. Provérbios 12.19: A mentira tem vida curta, a Verdade vive para sempre. Mateus 28.14: "Se o governador ouvir a respeito" prometeu o Conselho, "nós defenderemos vocês e tudo ficará bem". Serve de homenagem aos membros da igreja cristã primitiva, que se originou do poder do Senhor ressurreto, a sua fiel devoção a Cristo; no que a comunidade religiosa judaica viu ser necessário escarnecer, zombar, de chmar Jesus de impostor, vendo-se obrigada a fabricar tão ridícula e impossível história como essa. A sinagoga percebeu ser imprescindível perseguir a nova fé, por causa de sua vitalidade, que ameaçava os antigos e seculares padrões religiosos. É possível que o temor das providências de Pilatos, por parte das autoridades religiosas dos judeus, fala de algum julgamento formal que os soldados teriam de enfrentar, cujo resultado, não fosse a intervenção do sinédrio, certamente seria a pena de morte. Não se sabe o que aconteceu; mas, se Pilatos realmente causou dificuldades, aqueles homens conseguiram sobreviver, porque a fraude persiste entre os judeus até aos nossos próprios dias. Isso lhes tem servido de desculpas para não crerem na missão messiânica de Jesus, e nem em sua ressurreição. Mateus 28.15: Assim os guardas aceitaram o dinheiro e falaram o que lhes foi mandado que falassem. A história deles espalhou-se entre os judeus, e ainda é repetida assim, até os dias de hoje. É possível que as pessoas mais conscientes do sinédrio não tivessem participado desses conchavos. Certamente Nicodemus e José de Arimatéia não participaram, e talvez também Gamaliel. No entanto, a história da crucificação é prova do que as autoridades do sinédrio eram capazes de fazer, e o fato de 76 Semeando a Palavra de Deus que essa história se generalizou, sendo ainda conhecida nos tempos de Justino Mártir, tanto quanto na comunidade onde vivia Tertuliano, mostrando que efetivamente essa história foi criada e propagada. Mateus 28.16: E, partiram os discípulos para a Galileia, para o monte que Jesus lhes designara. O que há de mais notável nesses versículos é aquilo que se tornou conhecido por Grande Comissão, o que é, realmente, a universalização da Mensagem Cristã. Jesus operou muitos milagres; de fato, mais do que aqueles que ficaram registradas, e estas são provas de seu ofício messiânico, mas também de que Ele é Filho de Deus, e que, através da Fé Nele, participamos da Vida Eterna. Essa é a intenção da Grande Comissão, a propagação da Mensagem da Vida. Assim, podemos concluir que a igreja derivou o seu impulso missionário dos aparecimentos do Cristo ressurreto. João 20.19: Ao cair da tarde daquele primeiro dia da semana, estando os discípulos reunidos a portas trancadas, por medo dos judeus, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: "Paz seja com vocês!". Houve diversas manifestações do Senhor Jesus, e essas aparições não eram meras visões, porque Cristo possuia alguma forma de corpo sólido, apesar de diferente do corpo dos homens mortais, porquanto uma vez ressuscitad0 Ele tornou-se um ser imortal, o primeiro homem imortal de Deus, uma nova ordem da existência. Não se há de duvidar que por ocasião da ascensão e gloria de Cristo, essa modificação no seu corpo assumiu proporções ainda maiores, já que o Senhor passou por diversas fases de transformações ao tornar-se o Senhor eterno de todos; e haverá de experimentar uma maior glorificação em sua igreja, em eras vindouras. “... ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana...”. Semeando a Palavra de Deus 77 O Senhor Jesus já havia aparecido a Maria Madalena e a outras mulheres, bem como aos dois discípulos no caminho de Emaús. “... Trancadas as portas...”. Precisamos considerar, neste ponto, a natureza do corpo ressurreto do Senhor Jesus. Por duas vezes, neste mesmo vigésimo capítulo do quarto evangelho, é enfatizado o fato de que as portas estavam trancadas quando o Senhor apareceu aos seus discípulos. Sim, os discípulos fecharam as portas por temerem aos judeus; e por judeus está em foco o sinédrio, o mais elevado tribunal civil e religioso da nação de Israel. Os discípulos tinham visto o que a raiva e a malícia sem freios e desvairada dessas autoridades podia fazer. Ora, se Jesus, o Senhor, havia caído vítima dessa perseguição, porque haveriam eles de pensar que estariam imunes a tais ataques? O próprio Senhor Jesus os havia advertidos sobre a sua morte, e lhes dissera que futuramente seriam perseguidos. Mas essa circunstância das portas fechadas, que tinha por intuito servir de proteção contra um bando de homens furiosos, na realidade se tornou outra prova da verdadeira ressurreição de Jesus; pois é certo que o autor sagrado tem a intenção que conhecemos o fato de que Jesus entrou na sala apesar das portas trancadas. Isso significa que o seu corpo ressurreto, embora sólido ao toque, era composto de energia diferente, transformada, que podia atravessar portas e paredes, que podia penetrar em nossa matéria sólida sem problemas. Lucas 24.36-38: Enquanto ainda falavam nisso, o próprio Jesus se apresentou no meio deles, e disse-lhes: Paz seja convosco. Mas eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. “Por que estão com medo?" perguntou Ele. Por que duvidam que seja Eu mesmo? Lucas 24.39: Olhai as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo apalpai-me e vede porque um espírito não tem carne nem ossos, como percebeis que eu tenho. “... espantados e atemorizados...”. Falar sobre a volta de Jesus era uma coisa; mas vê-lo surgir repentinamente, de forma misteriosa, foi demais para que seus nervos já abalados pudessem resistir. À base da narrativa do evangelho de João parece que a alegria dos discípulos só se firmou quando examinaram com tato o corpo de Jesus, vendo-o por si mesmos e verificando, além de qualquer dúvida, que se tratava realmente Dele, que estava 78 Semeando a Palavra de Deus efetivamente vivo, quando então, pelo menos para eles, foram destruídos todos os argumentos em contrário. Ora, todo esse terror é perfeitamente humano, e, devemos lembrar de que jamais haviam passado qualquer experiência dessa natureza antes daquela ocasião. Nunca tinham visto a ressurreição dos mortos, e não se prepararm para aquele acontecimento. “... Por que perturbados?...”. Jesus, sempre se mostrou incapaz de entender as dúvidas e os temores dos homens quando se alicerçavam em conhecimento limitado ou na falta de experiência relativa às realidades sobrenaturais ou a Deus. Os homens se mostram tão vagarosos em crer, mas tão prontos a duvidar! Lentos em aceitar as provas das Realidades Espirituais, mas tão prontos em aceitar as supostas provas apresentadas pela ciência humana; (1 Timóteo 4.8: NTLH) indecisos em reconhecer sua alma seu espírito Lucas 1.46-47: mas, tão prontos em reconhecer e em serem absorvidos pelo que é terreno. Sim, os homens mostram-se sábios para com outros homens, mas insensatos diante de Deus. O homem habita na esfera terrestre, e por isso supõe que se trata da única esfera de existência. João 3.12: Mas, se outra vida, de outra esfera, vier a tocar na sua, ele se mostra aterrorizado, pois a sua sabedoria não tem meios de entender o que está além da capacidade de percepção de seus sentidos espirituais. O homem reduz a vida e o conhecimento ao alcance de seus sentidos, e por isso mesmo, para todos os efeitos práticos, não conta com meios de reconhecer a verdadeira existência. Colossenses 3.1-3: A humanidade, ao observar as sombras e os formatos exteriores da vida, pensa que isso é tudo que existe, porquanto é só o que chega aos seus sentidos, Mas, existe realmente o mundo Celeste. Efésios 1.3: E Deus existe. João 4.24: E o espírito e alma existem no homem. Hebreus 4.12: E o Senhor Jesus veio a fim de dar provas a tudo isso. Em Lucas 17.20-21: está escrito: pois o Reino de Deus está dentro de vocês. Lucas 24.40: E, Semeando a Palavra de Deus 79 dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e os pés. “... E por que surgem dúvidas?...”. Aqui, dúvidas indicam mentes sem firmeza, embora não sejam pervertidas, no sentido em que a palavra incredulidade geralmente é compreendida. Os discípulos estavam perplexos; os seus pensamentos mostraram-se complexos e perturbados; queriam crer, mas os seus pensamentos não podiam ser dominados ou controlados. É como se o Senhor Jesus houvesse dito: “Porque raciocinais sobre uma questão que vosso conhecimento espiritual deveria compreender de imediato”? “... Vede as minhas mãos e os meus pés...”. Jesus oferece provas visíveis e deixou-se perceber pelo tato, de sua ressurreição, e que agora, pertencia a uma nova espécie de realidade corpórea, embora não façamos qualquer ideia realmente significativa sobre a natureza exata de seu corpo ressuscitado. Muito provavelmente os discípulos imaginaram que se tratava apenas da alma de nosso bendito Senhor que estavam olhando; mas atos contínuos ficaram convencidos da identidade de sua pessoa e da realidade de sua ressurreição, pois: Viram o seu corpo; ouviram-no falar; tocaram Nele; Viram-no comer um pouco de peixe e um favo de mel que lhe tinham dado. Atenção. Neste versículo, devemos tamém observar a afirmação de Jesus em favor da existência dos espíritos. O texto pressupõe a crença na realidade da imortalidade da alma 2 Coríntios 5.1-9: bem como na realidade do corpo que era mortal, ressuscitar em imortal conforme é o tema deste versículo. Jesus declarou definidamente certa verdade sobre a natureza dos espíritos, a saber, que os espíritos não têm corpos de carne e ossos, como veículos. Lucas 24.41-43: Não acreditando eles ainda por causa da alegria, e estando admirados, perguntou-lhes Jesus: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel; o qual ele tomou e comeu diante deles. O ato de comer os peixes e o favo de mel é apresentado como a demonstração conclusiva, dada por Cristo, como prova, de que tinha corpo corpóreo, assim eles entenderam com mais facilidade. O teste de ingestão de alimentos foi crucial, porque todos haveriam de compreender que um espírito não tem necessidade de alimentos. Esse ato de Jesus comer levanta novamente a dificílima questão da natureza do corpo ressurreto de Jesus Cristo, e quanto a isso não temos como responder corretamente. A nós é impossível afirmar se Jesus, em seu estado glorificado, conforme Ele se encontra agora, lhe é possível comer; sendo impossível negar tal possibilidade, pois nos falta conhecimento sobre esse particular. O que é certo é que as dúvidas que ainda restavam na mente dos discípulos, embora tais dúvidas fossem causadas pela profunda alegria e pela resistência psicológica de aceitar a vitória, “após tão grande derrota”, por temor que essa vitória não passasse de uma ilusão, foram inteiramente removidas por essa demonstração feita por Jesus. João 20.20: Paz seja convosco; mostrando a eles suas mãos e o seu lado. Que alegrias maravilhosas sentiram quando viram o seu Senhor! A entrada súbita e misteriosa de Jesus, para o meio dos discípulos, quando as portas estavam trancadas, provou o fato de que seu corpo não continuava do mesmo modo 80 Semeando a Palavra de Deus limitado com que fora posto no sepulcro, porquanto fora radicalmente transformado. O Senhor Jesus fez questão de que isso fosse comprovado pelos discípulos e os efeitos desse exame foram convincentes para todos eles. E assim, ao invés de profunda tristeza, houve transbordante alegria para os discípulos. A alegria deles nasceu por terem recebido a prova da identidade corpórea que Jesus lhes oferecera, com as suas cicatrizes. A primeira impressão deles é que viam um espírito, e temeram; porém, a convicção de que se tratava realmente do Senhor, encheu-os de alegria. Naturalmente, o corpo de Jesus estava parcialmente glorificado, pois de outro modo, não teria sido capaz de entrar na sala estando as portas trancadas; no entanto, ainda não estava totalmente glorificado, sendo provável que, ao passar por mais uma fase de sua glorificação, tenham desaparecido os sinais dos cravos de suas mãos e de seus pés, como também a cicatriz deixada pela lança do soldado romano. É muito difícil imaginarmos a aparência do Cristo glorificado, o Rei dos reis, como se Ele ainda tivesse os sinais de sua humilhação terrena. Atente. A glorificação deve ter feito desaparecer essas cicatrizes, como também, no caso de todos os crentes, todos os sinais de vergonha e imperfeição serão removidos porventura existentes. John Gill escreveu: Isso mostra que a visão espiritual de Cristo é sempre motivo de prazer para qualquer discípulo seu; em outras palavras, aquele que aprendeu de Cristo, confiou Nele, foi capacitado a renunciar ao “eu” pecaminoso, justo aos seus próprios olhos, servil, mundano e natural, por causa de Cristo foi inclinado a tomar a sua própria cruz, carregando-a e seguindo a visão de Cristo como Deus e homem, contemplando as belezas e excelências pessoais do Senhor, sua plenitude e sua razoabilidade, como Salvador e Redentor, a ponto de ter comunhão sensível com Ele, tendo em tudo isso um prazer insuperável; especialmente quando se acha sob o julgamento do pecado, quando é acusado ou tentado por Satanás, ou quando Cristo parece ausente desde há muito, ou quando sofre alguma aflição, ou está em seu leito de morte; porque Cristo é tudo para o crente; Ele ocupa todas as relações possíveis; e tal alma jamais poderá contemplar corretamente a Cristo sem que receba Dele alguma benção. Mateus 28.17: Quando o viram, o adoraram, mas alguns duvidaram. Os discípulos sabiam que o seu Mestre, a quem o povo considerava apenas como um profeta, na realidade era o Senhor que Reina. “... mas, alguns duvidaram...”. É bem provável que certamente a palavra “duvidar” foi usada para indicar seguidores de Cristo e não os apóstolos. Alguma dúvida era quase inevitável. Todos pecaram, e o pecado obscurece a fé. Talvez só lentamente os discípulos se tenham convencido do fato de que Jesus vivia após a morte. Talvez alguns o tivessem visto, mas julgavam que as boas novas eram boas demais para serem verdadeiras. E talvez outros tivessem visto a Jesus, mas logo em seguida não pudessem crer que o tinham contemplado. Nossa vida, de fé e duvida vacilante, é vista aqui em duas palavras: adoraram... duvidaram. Talvez, neste caso, a dúvida não seja o contrário da fé; mas tão somente o engano da fé. Não precisamos temer a dúvida senão quando esta se originar do pecado. Semeando a Palavra de Deus 81 Existe fé até mesmo na dúvida honesta. Quem nunca duvidou nem chegou a crer pela metade? Onde está a dúvida, aí está a verdade que é a sua sombra. O oposto da fé não é a dúvida, mas o cinismo, porque a verdade não descansa no pobre raciocínio da mente. No evangelho de João podemos observar como Tomé apresentou João 20.24-28: a sua dúvida, a sua incredulidade diretamente a Cristo. Marcos 16.14: Então, apareceu aos onze, estando eles reclinados à mesa, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem dado crédito aos que o tinham visto já ressurgido. A verdadeira descrença, incredulidade, dúvida é as trevas da alma, e não apenas uma atitude mental que requer provas de conhecimento de atividades práticas, em experiências e observações. Agostinho disse: “Creio para que possa entender”. Mediante essas palavras ele indica que a compreensão é dada à pessoa cuja mente habita na esfera da Fé. O homem que vive na incredulidade, com a sua maneira de pensar, tem as trevas como habitação de sua alma. Aqueles que podem contemplar a “aura” humana, o campo de luz que circunda todas as coisas vivas, dizem-nos que os céticos têm manchas negras em sua aura, que é um sinal de degeneração espiritual. Essa é uma consideração séria, uma das razões para alguém fugir da prisão que representa a mente cética. Jesus criticou com razão aos seus discípulos, devido ao ceticismo deles, mesmo de relatos de testemunhas oculares fidedignas, indo contrário ao que para eles, teria sido uma crença natural, já que desde há muito tempo o judaísmo ensinava a realidade da ressurreição. Mateus 28-18: Então, Jesus aproximou-se deles e disse: Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. A Grande Comissão, assim chamada com toda a razão, porque se aplica a todos os cristãos, ainda que dada inicialmente aos discípulos daqueles tempos, para divulgarem o trabalho e a mensagem que seria as boas novas de tudo quanto Jesus é e fez por nós, agora e para todo o sempre. Esse programa inclui fazer discípulos ou aprendizes, incluindo o ministério de ensino, que visa desenvolver esses novos discípulos. Mateus 28- 19: Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em Nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. “... Ide, portanto, fazei discípulos...”. O fazer discípulos envolve, em primeiro lugar, a necessidade do evangelismo ou da pregação do Evangelho; mas também subentende um exercício de treinamento e orientação, de forma que esses discípulos sejam melhores instruídos na plenitude da mensagem das Escrituras. Se tragédias acontecerem, se mártires surgirem, se um tratamento vergonhoso for dado aos pregadores, se desumanidades forem cometidas contra os discípulos, devemos saber que tudo será por causa de Jesus, e que a vitória e o sucesso final estão plenamente assegurados. Se males forem cometidos contra os discípulos de Cristo, e isso será inevitável, todavia, Deus restabelecerá a verdade, porque em Cristo está toda a autoridade, não somente neste mundo, mas também no Céu. 82 Semeando a Palavra de Deus Anunciando Anunciando aa Cristo Cristo Atos 6.8-15: 6.8-15: 7.51-60: 7.51-60: Atos Hebreus Hebreus 11.37: 11.37: “Foram “Foram apedrejados, apedrejados, serrados, serrados, mortos mortos ao ao fio fio da da espada”. espada”. Hebreus 11.33: “Pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas”. Hebreus 11.33: “Pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas”. Da mesma maneira como a horrenda crucificação de Jesus foi prontamente sarada, final Da mesma maneira como a horrenda crucificação de Jesus foi prontamente sarada, final e completamente pela ressurreição, assim também todos os recuos e derrotas dos e completamente pela ressurreição, assim também todos os recuos e derrotas dos verdadeiros discípulos serão sarados, porque a autoridade de Cristo garante isso. “... verdadeiros discípulos serão sarados, porque a autoridade de Cristo garante isso. “... batizando-os em...”. Aqui temos significação profunda, porque declara admiravelmente batizando-os em...”. Aqui temos significação profunda, porque declara admiravelmente bem o sentido do batismo, que é a identificação espiritual com Cristo, em sua morte. bem o sentido do batismo, que é a identificação espiritual com Cristo, em sua morte. Participamos dessa morte e de todas as suas implicações. Estamos mortos para o pecado, Participamos dessa morte e de todas as suas implicações. Estamos mortos para o pecado, e fomos libertos do castigo imposto contra o pecado “a morte espiritual”. Apocalipse 2.11.b: e fomos libertos do castigo imposto contra o pecado “a morte espiritual”. Apocalipse 2.11.b: “o vencedor não participará da segunda morte”. Também participamos da vida ressurreta “o vencedor não participará da segunda morte”. Também participamos da vida ressurreta de Cristo, que é o outro notável símbolo do batismo. Compartilhamos da vida eterna que de Cristo, que é o outro notável símbolo do batismo. Compartilhamos da vida eterna que Jesus trouxe do túmulo. E digo de uma Vida Eterna cujo conceito é não ter fim. Jesus trouxe do túmulo. E digo de uma Vida Eterna cujo conceito é não ter fim. Entenda. É como se o sepulcro fosse o âmago, o interior da própria vida; Jesus saiu dali Entenda. É como se o sepulcro fosse o âmago, o interior da própria vida; Jesus saiu dali uma nova criatura, o primeiro homem imortal, e nós seguimos suas pisadas, o seu uma nova criatura, o primeiro homem imortal, e nós seguimos suas pisadas, o seu caminhar e, somos participantes de sua imagem moral e de uma nova natureza, agora caminhar e, somos participantes de sua imagem moral e de uma nova natureza, agora espiritual, aptos para vivermos naquelas regiões celestiais, onde Cristo está, e lá espiritual, aptos para vivermos naquelas regiões celestiais, onde Cristo está, e lá estaremos com Ele, disso tenho certeza absoluta, porque será logo após esta minha (nossa) estaremos com Ele, disso tenho certeza absoluta, porque será logo após esta minha (nossa) vida terrena, estabelecido por Deus, nosso Pai em 2 Coríntios 5.1-9: ainda, para nosso vida terrena, estabelecido por Deus, nosso Pai em 2 Coríntios 5.1-9: ainda, para nosso Semeando a Palavra de Deus 83 conhecimento em 2 Pedro 1.14: ou como declara o Apóstolo Paulo, como exemplo nosso em Filipenses 1.23-26: Portanto leitor, esteja você, você e a Palavra de Deus, não se afaste Dele, ciente de uma vida num corpo espirital após sua vida na carne, pois bem sabes o que está revelado em 1 Pedro 2.11: estamos de passagem neste mundo terreno, portanto acredite no Bendito Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo e, assim 2 Coríntios 5.5-6: retenhas em tua existência a presença viva do Senhor Espírito Santo, não só para esta vida que Deus lhes fala, mas daquela outra vida no corpo físico transformado. Ressurreição significa ação de ressurgir; vida nova; renovação; surgir novamente; voltar à vida; tornar a manifestar-se; viver de novo. Ora, só o corpo físico morre então somente ele pode de novo surgir, pois era o veículo apropriado para o nosso espírito/alma aqui na terra. Então compreendeu tua natureza humana e espiritual? I Timóteo 4:7-8: Gaste tempo e energia para manter-se espiritualmente em forma. O exercício fisíco tem valor limitado, mas o exercício espiritual tem valor ilimitado, pois tem a promessa da vida presente e da vida que virá. E quando Cristo retornar 1 Tessalonicenses 4.15-16: nosso corpo original será levantado do túmulo e transformado; nossa forma humana será mantida e também glorificada, e, agora, na mesma condição de Cristo Jesus estaremos, quando Ele ressuscitou, mantendo a sua natureza integral, corpo espírito alma, como somos hoje, seremos, como Ele, transformados. Amém. Continuando. Essa é a grande mensagem do Evangelho, que ultrapassa em muito a simples questão da mudança de endereço para o Céu. O Céu é essencialmente o que tiver de acontecer conosco, em termos de sermos transformados em criaturas vastamente superiores, e não apenas o prazer de uma bem-aventurança eterna, em um lindo lugar. O batismo em Cristo não tem a intenção de servir de simples fórmula para o rito batismal, pelo contrário, revela aquela relação espiritual com Jesus, aquele participar espiritual de toda a Sua Vida e Ser, no sentido mais literal possível, de tal maneira que a própria essência de nosso ser, de nossa natureza seja transformada até tornar-se idêntica a essa natureza de Cristo. Somos batizados em Cristo, no Pai e no Espírito Santo. Dessa forma é assegurada a participação na vida celestial, na vida eterna. Trata-se de nossa identificação com o Cristo e, temos aqui uma linguagem espiritual, que não é fácil de ser entendida. Seremos elevados a uma posição que muito raramente é indicada na pregação comum da igreja. Precisamos erguer os nossos olhos, acima das doutrinas básicas do perdão dos pecados e da mudança de endereço para o céu, como já foi dito. O evangelho consite de muito mais do que está simbolizado pelo rito do batismo em água. Atos 17.11: Mano examine a tua vida nas Escrituras. Mateus 28-20: Ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. “... ensinando a guardar todas as coisas...”. Se quisermos saber no que Jesus acreditava e o que ensinou, teremos de examinar os evangelhos; sem dúvida, importante sabermos que Ele ensina e no que acredita; ao crente é obrigatório participar 84 Semeando a Palavra de Deus de seus pontos de vista sobre a implicação desses ensinos. Jesus ordenou que ensinássemos a outros aquilo que Ele nos ensinou. Ensinar é um termo que reflete o traço ético sutil deste evangelho. A vida no reino não consiste de um simples emocional, mas compreensão e justiça. “ensinando” é um processo contínuo, e não ato feito como preparação para batismo, e, sim, numa apresentação organizada da verdade, conforme temos recebido de Cristo. Ensinando! Não existe evangelismo que não possa e não deva ser seguido pela instrução. Ensinar faz parte, e parte importante do trabalho entregue aos crentes. “eis que estou convosco”: O compromisso é que Jesus está conosco como amigo e Salvador. Cristo está vivo e está entre nós. João 17.20-21: assim a promessa de sua presença permanente diz respeito a todos quantos ministram o evangelho, e a todos os crentes. “... até a consumação do século...”. Está em foco à época atual, e sua consumação coincide com a segunda vinda de Cristo, depois que o evangelho tiver sido anunciado por toda a terra. E foi assim que Jesus nos deu a esperança da Vida Eterna, que para sempre consiste de uma participação de sua presença. A vida duma pessoa consiste de imortalidade e, todo o trabalho é eternamente significativo. João 20.21: Disse-lhes, então, Jesus segunda vez: Paz seja convosco assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. Então, A Grande Comissão. O fato mais significativo desta passagem é que a mesma comissão que Deus Pai entregara a Deus Filho, é agora transmitida pelo Senhor Jesus aos filhos de Deus, Romanos 8.14-17: discípulos de Cristo. Consulte sua Semeando a Palavra de Deus 85 Bíblia! Isso nos permite entender que a missão de Cristo seria dali por diante levada ao mundo por intermédio dos crentes, mediante o poder do Espírito Santo neles atuante, participante ativo na vida do cristão. Também se aprende, que assim como o Filho de Deus e nós cristãos, demais filhos de Deus participamos da mesma missão, do mesmo destino e da glória, sendo todos membros da mesma família celestial Efésios 1.3: herdeiros da mesma herança celeste. Realmente, essa é a própria significação da existência humana, porque o homem foi criado a fim de ser transformado segundo a imagem do Filho de Deus, para que dessa maneira, viesse a participar da natureza divina, conforme Cristo dela participa, incluindo a posição e os tesouros celestes que isso envolve e subentende. 2 Pedro 1.4: pelas quais ele nos tem dado as suas preciosas e grandíssimas promessas, para que por elas vos torneis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pelo forte desejo há no mundo. C, G Spurgeon ensina. Temos a natureza de Deus, e isso nos torna participante de todos os seus atributos. Evidentemente, ser um participante da natureza divina não significa tornar-se Deus. Isto é impossível. A criatura não pode ser participante da essência da Divindade. No que diz respeito à essência, tem de haver um abismo entre a criatura e a Divindade. O primeiro homem, Adão, foi criado à imagem de Deus; assim também nós, por intermédio da regeneração do Espírito Santo, somos criados, em um sentido divino, à imagem do Altíssimo, tornando-nos participantes da natureza divina. Somos, pela graça, feitos como Deus. "Deus é amor"; "e todo aquele que ama é nascido de Deus" (1 João 4.16-17). E foi assim que o Senhor Jesus ensinou para seus primeiros seguidores e para todos nós, que os erros e pecados do passado não precisam destruir-nos o presente e o futuro. Arthur John Gossip diz o seguinte: E quero que saibais que sem importar o que tendes feito e o que tendes sido, continuo (diz Cristo) a confiar em vós; e quero que compreendas que o amor de Deus é suficientemente vasto para encobrir o vosso caso, a vossa necessidade e o vosso pecado; e o poder de Deus é suficientemente forte para elevar-vos acima de todos esses fracassos; e quero (diz Jesus) que aceiteis a graça perdoadora de Deus e andeis sob o meu Manto de Luz. Assim sendo, a Grande Comissão é a Magna Carta do programa missionário da igreja. Esse programa inclui a feitura de novos discípulos, mas também inclui a necessidade de instruí-los a observar todas as coisas que o Senhor Jesus ensinou, conforme as suas palavras finais: “... ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado...”. (Mateus 28.20:). Devemos observar que a Grande Comissão não consiste em um simples evangelismo, mas também na necessidade (reforço este escrito) de instruir os convertidos no caminho da obediência integral à Palavra de Deus, para que andem no caminho de Cristo sem se desviarem e sem omitirem coisa alguma que faz parte do pacto eterno firmado conosco, com base no sangue de Jesus, nosso Senhor. Devemos ter um pouco mais de paciência e nos dedicarmos para o Ministério do Ensino. João 20.22: E, havendo dito isto assoprou 86 Semeando a Palavra de Deus sobre eles e disse-lhes: Recebeis o Espírito Santo. A promessa da doação do Espírito Santo,eles o “alter ego” de Recebeis Jesus Cristo, que o Santo. substituíria como companhia dosdodiscípulos, sobre e disse-lhes: o Espírito A promessa da doação Espírito dando-lhes o poder o ministério de que haviam sido incubidos, ministério Santo, o “alter ego”necessário de Jesus para Cristo, que o substituíria como companhia dos discípulos, esse que na realidade, era continuação da missão de de que Cristo. O Espírito Santo éministério o agente dando-lhes o poder necessário para o ministério haviam sido incubidos, capacitador, não só era paracontinuação evangelizar, mas igualmente para a obra espiritual da esse que na realidade, da missão de Cristo. O Espírito Santo é o agente transformaçãonão do crente segundo a imagemmas de Cristo. Nessapara altura houve capacitador, só para evangelizar, igualmente a da obranarrativa espiritual da uma doação preliminar Espírito Santo, que era a promessa e a garantia de quehouve seria transformação do crentedosegundo a imagem de Cristo. Nessa altura da narrativa uma doação preliminar do Espírito Santo, que era a promessa e a garantia de que seria concretizada aquela doação mais completa, quando o Senhor Jesus fosse glorificado. Essa doaçãoaquela do Espírito em seu quando total poder, não poderia anteceder de forma concretizada doaçãoSanto, mais completa, o Senhor Jesus fosse glorificado. algumadoação a ascensão de JesusSanto, e sua em glorificação. o Senhor mostrardequeforma esse Essa do Espírito seu total Porém, poder, não poderiaquis anteceder presentea divino estava garantido, concedendo aos seus oseguidores algo do poder que alguma ascensão de Jesus e sua glorificação. Porém, Senhor quis mostrar que esse haveriamdivino de receber mais tarde emconcedendo plena medida. uma leitura em Atos presente estava garantido, aos Convém seus seguidores algoatenta do poder que 2.1-13: Atos a Grande Comissão. Recebereis ao uma descerleitura sobre atenta vós o em Espírito haveriam de 1.8: receber mais tarde em plena medida. poder Convém Atos Santo, e serão de Cristo, Recebereis onde residespoder comoaoemdescer todo osobre Estado Rio de 2.1-13: Atos 1.8:testemunhas a Grande Comissão. vós do o Espírito Janeiro nos demais locais de queCristo, o próprio indicar,doinclusive, Santo, ee,serão testemunhas ondeSenhor residesEspírito como emSanto todo lhe o Estado Rio de você faráe,conhecer as Boas sobre Cristo Jesus em atéSanto mesmolhe a lugares Janeiro nos demais locaisNovas que o próprio Senhor Espírito indicar,distantes. inclusive, Essafará é a forma de as nossa Grande da Jesus qual oem presente textoa sem dúvida é uma você conhecer Boas NovasComissão, sobre Cristo até mesmo lugares distantes. expansão, embora variações se derivem fonte original Mateus 28.19-20: Essa é a forma de todas nossa as Grande Comissão, da qualdao presente texto sem dúvida é uma Todos os evangelhos comoastambém o Livro de Atos,da enfatizam a Grande Comissão, que expansão, embora todas variações se derivem fonte original Mateus 28.19-20: destacaosa evangelhos universalidade mensagem Cristã: Cristoenfatizam é o Salvador de todas as nações, Todos comodatambém o Livro de Atos, a Grande Comissão, que bem como Senhor dos céus e da terra; Cristã: e o seu rein0 de propagar-se os destaca a ouniversalidade da mensagem Cristohaverá é o Salvador de todasemastodos nações, bem como Senhor Colossenses dos céus e da1.5-6: terra;Vocês e o seutem rein0essa haverá propagar-se todos os fé edeesse amor poremcausa da lugares noo mundo. lugares no mundo. Colossensespara 1.5-6: Vocês essa fé e ouviram esse amor poracausa da esperança que é reservada vocês nostem céus. Vocês falar respeito esperança que é reservada para vocês nos céus. Vocês ouviram falar a respeito Semeando a Palavra de Deus 87 dessa esperança por meio da Mensagem da Verdade, as Boas Notícias. Estas mesmas Boas Notícias que chegaram a vocês estão sendo espalhadas pelo mundo inteiro e estão mudando vidas e dando frutos em todos os lugares, exatamente como tem acontecido entre vocês desde o dia em que ouviram e entenderam a graça de Deus em toda a sua Verdade. Esse Ministério só poder ser realizado mediante o envolvimento com Espírito Santo, que nos capacita, dando orientações a nós, mensageiros da Palavra; porque a vinda do Espírito Santo na vida dum crente será o equivalente a Cristo conosco e em nós, tendo vindo a fim de cumprir o ministério iniciado pelo Senhor Jesus durante a sua missão terrena. O objetivo dessa vinda será o de habilitar os crentes a levarem a mensagem de Cristo até aos confins da terra, cobrindo o mundo com o anúncio de sua morte vitoriosa e de sua ressurreição triunfante, a fim de que a plena salvação de Deus possa ser levada à humanidade. É certo que tal obra jamais poderá ser realizada a menos que o Senhor Espírito Santo se faça presente a fim de dirigir a atuação da igreja, capacitando os crentes com o seu poder. João 20.23: Àqueles a quem perdoardes os pecados, são-lhes perdoados e àqueles a quem os retiverdes, são-lhes retidos. Autoridade para perdoar ou reter pecados? Não se esqueça de levar em conta 1 Timóteo 2.5: Ok! Então: O que devemos levar em consideração? Digo: Que a Fé numa determinada pessoa (pastor) ou numa determinada “denominação” na posição de seus líderes, não pode ultrapassar qualquer revelação contida nas Escrituras. Qualquer ministro do evangelho, ao pregar aos homens, provoca as circunstâncias que levam pecados desses homens a serem perdoados ou retidos: o ofício apostólico é que dá origem a essa condição numa pessoa. Foi através dos apóstolos originais de Cristo que os homens vieram a defrontar-se com a Mensagem de Jesus, de sua ressurreição e de suas exigências impostas aos homens das novas definições cristãs e de suas consequências. 1 João 2.1: MEUS FILHINHOS, estou lhes dizendo isto a fim de que vocês fiquem longe do pecado. Mas se vocês pecarem existe alguém para rogar por vocês diante do Pai. O nome Dele é Jesus Cristo, Aquele que é tudo quanto é bom e que agrada completamente a Deus. Assim sendo, portanto, outros crentes (hoje), após os apóstolos, tornaram-se instrumentos de Cristo. Através dessa inspiração podemos ser homens (servos mensageiros) melhores para nossos semelhantes; e, mediante a pregação do Evangelho, podemos conduzir outros homens aos pés de Cristo. 2 Coríntios 2.14-17: Mas, damos graças a Deus! Porque Cristo, por meio daquilo que fez, triunfou sobre nós, de modo que agora, aonde quer que andemos, Ele nos utiliza para falarmos aos outros a respeito do Senhor, e para espalharmos o Evangelho como um perfume suave. Para com Deus, há um cheiro refrescante e saudável em nossas vidas. É o perfume de Cristo dentro de nós, um aroma tanto para os salvos como para os nãos salvos ao nosso redor. Para estes, que estão se perdendo, somos cheiro de morte que leva à morte; mas, para aqueles que estão sendo salvos, a fragrância de vida que leva à vida. E quem afinal é 88 Semeando a Palavra de Deus capaz de realizar uma tarefa como essa? Pois nós não somos como muitos outros que estão tentando vender uma versão corrompida da palavra de Deus visando R$, ao contrário, em Cristo, anunciamos sua mensagem com sinceridade, como homens enviados por Deus, sabendo que Ele está nos observando. João 20.30: Jesus realizou na presença dos seus discípulos muitos outros sinais milagrosos, que não estão registrados neste livro. Assim, nesta passagem, o autor sagrado imita o uso costumeiro do Senhor e assegura-nos, com toda a honestidade, que aquilo que ele escreve em seu evangelho, a respeito de Jesus, é absolutamente verdadeiro, podendo os seus leitores confiar em tudo quanto lessem ali. O maior sinal realizado pelo Senhor Jesus diante dos seus discípulos foi o da sua própria ressurreição; dentre todos, esse foi o sinal dos sinais, e o autor dedica tempo e esforços para demonstrar a autenticidade desse prodígio. A verdade é que o próprio Evangelho de João é uma prolongada demonstração aos discípulos de Jesus que são chamados para crer sem terem visto qualquer dos milagres do Senhor Jesus pessoalmente, sendo considerados bem-aventurados por esse motivo. João 20.31: estes, porém, estão escritos para que acreditem que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, que crendo, tenhais vida em seu nome. “Crendo, tenhais Vida em seu Nome”. Que tipo de Vida? Eterna. João 3.15: para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna. Fazemos um breve comentário a respeito. Definindo de maneira simples Vida Eterna! Nós cristãos temos um começo, mas não temos fim. Difícil acreditar? 2 Coríntios 2.15-16: Porque para Deus somos um aroma de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para uns, na verdade, cheiro de morte para morte, mas para outros cheiros de vida para vida. E para estas coisas quem é idôneo? Idôneo? Aquele que demonstra aptidão e capacidade para ocupar uma das situações: Morrer ou Viver? Mas Viver é mais interessante, você não acha? Para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna. Vida Eterna. A nossa grande esperança, vivendo ainda na carne, nesta vida terrena 1 Pedro 4.2: é aquele Reino Celeste, onde somente os nascidos de novo são capazes de entrar: escrito João 3.3-8: Qual o significado da missão de Cristo no mundo? Salvação Eterna da Humanidade. Este versículo indica que a oferta da Vida Eterna aos homens está firmada sob a reconciliação (expiação) na cruz, ou seja, no sentido que essa cruz tem para a humanidade. NB: Embora a expressão Vida Eterna com frequência se revista de certa significação temporal, isto é, indicando a vida sem fim duma pessoa, eterna, entretanto, o mais provável nesta passagem, como usualmente sucede neste evangelho, o sentido da expressão é antes determinada pela qualidade dessa vida eterna, destacando o seu aspecto qualitativo. Existe um Reino Celestial habitado por pessoas transformadas que com muita propriedade são chamadas de filhos de Deus; homens regenerados - nascimento espiritual - que receberam o revestimento da natureza de Cristo Jesus – consulte 2 Coríntios 5.1-2: ARC – Participaremos da Vida de Deus, e esse tipo de vida é muito Semeando a Palavra de Deus 89 mais do que uma vida sem fim, pelo contrário é uma forma nova de se viver. Na realidade, é a Vida de Deus, em contraste com o tipo de vida com o qual estamos acostumados neste mundo. Oportuno falar 1 Tessalonicenses 5.23: que o homem é um espírito possuindo alma habitando num corpo adaptado para essa sua vida terrena, e na morte do corpo físico, a pessoa espiritual passa para aquela dimensão espiritual, seu espírito sua alma, que são eternos, continua existindo para seu destino que ele desenhou. Continuemos observando de acordo com a Palavra de Deus, O Que é Vida Eterna. Leia com atenção os versículos apontados permitindo que o Espírito Santo participe de seu estudo e leitura, Ele lhe instruirá João 14.26: a respeito. Romanos 6.1-23: Incluindo todas as condições e os efeitos da conversão, da santificação e das operações do Espírito Santo sobre vossa alma/espírito (homem interior) começando a participar da vida de Cristo ainda estando aprisionado ao corpo físico (terreno). “O dom gratuito de Deus é a Vida Eterna, por Cristo Jesus”. 2 Pedro 1.1-21: João 5.24-29: Em seu aspecto celestial, a vida eterna inclui a glorificação da alma, importando, como está revelado, participarmos da vida necessária e independente do Próprio Senhor Deus e Pai. “Você tem o direito de participar do Reino Eterno”. Pense. 1 Timóteo 4.1: Não se permita ao engano. Efésios 3.14-21: É a participação duma pessoa na plenitude de Deus, isto é, na natureza e nos seus atributos divinos. “3.16;” Para que, segundo as riquezas de sua glória, sejais fortalecidos com Poder pelo seu Espírito Santo no homem interior. Efésios 1.1-23: É a participação duma pessoa na plenitude de Cristo Jesus. E por causa daquilo que Cristo fez, você também, que aceita a Boa Nova sobre a maneira 90 Semeando a Palavra de Deus de ser salvo confiando em Cristo, fostes marcado pelo Espírito Santo como pertencente a Jesus; o qual há muito tempo havia sido prometido a todos cristãos. 2 Coríntios 3.18: Os eleitos participam de modo limitado da forma de vida divina, ao passo que o Filho, Jesus, goza de uma participação infinita. Porém, a eternidade toda terá o propósito de ir fortalecendo essa participação. Assim os eleitos irão de um estágio de glória a outro, não tendo fim ou limite. “na mesma imagem pelo Espírito”. 2 Timóteo 4.8: A qualidade dessa vida é simbolizada pelas coroas – pela capacidade espiritual de cada pessoa. “a qual o Senhor, o Justo Juiz, nos dará naquele dia”. Efésios 1.10: A Vida Eterna capacitará os eleitos a realizarem obras poderosas e elevadas, com o intuito de ajudar a criar a unidade de todas as coisas em torno de Cristo; para que Cristo Efésios 1.3-23: seja tudo em todos. Medite nestas palavras. Então: muitas outras realidades, nos céus, haveremos de possuir, portanto, não será simples vida sem fim, uma simples imortalidade, e sim um tipo de vida, a vida mais elevada que existe; de uma vida na qual a imagem de Deus é duplicada no homem, segundo o padrão do Filho mais velho. A Vida Eterna implica em lindas moradias nas esferas celestiais, porém consiste, sobretudo do que acontece à própria pessoa, e não do que ela virá a possuir. Quando da ressurreição de Cristo, esse tipo de vida surgiu no corpo físico Dele e o espiritualizou; quando de sua ascensão, Jesus foi ainda mais profundamente aperfeiçoado e glorificado, como o primeiro homemdivino-imortal. Foi-nos prometida a mais completa participação nesse aspecto da vida eterna, que evidentemente nos é apresentada, a fim de nos mostrar a importância desse assunto, do fato de que a personalidade humana, em sua total identidade – aquilo que a pessoa é e que continua sendo após esta vida, nada muda no homem; o que ele representa pra si e para os outros em nada mudou – na Palavra temos um exemplo claro em Lucas 16.19-31: que Deus nos revela para não ficarmos confundidos, ou seja: assumirmos uma coisa por outra. A propósito Mateus 7.2123: O que você tem feito nesta tua existência terrena para receber a tua imortalidade e a tua Vida Eterna? Você deve ter o entendimento de que só você pode conseguir tua salvação! A simples leitura a simples prática de frequentar uma igreja não são condições para a tua Liberdade Espiritual. Você ainda está na dimensão terrena para Isaías 55.6: uma correta conversão; medite nos versículos Provérbios Cap. 4. Não deixe esta oportunidade passar. Aceite. Vida Eterna. Essa vida eterna “é minha vida”, porque a nós foi prometida a continuação da identidade pessoal, e não alguma coisa sem valor naqueles céus. Nossa vida está em Cristo, porque é Nele que encontramos o padrão da eternidade conforme está manifesto nas pessoas remidas; e é exatamente por essa razão que Jesus assumiu a nossa natureza humana, sofreu os rigores da nossa existência em um corpo mortal, morreu a morte dum mortal, foi ressuscitado e glorificado, conduzindo Semeando a Palavra de Deus 91 o homem pelo caminho, até que juntamente com Ele haveremos de participar de tudo aquilo de que Ele participa. Não se esqueças: João 14.6: Jesus disse: “Eu sou o Caminho, A Verdade e a Vida”. Ninguém pode chegar até o Pai, a não ser por mim. É por esse motivo que Deus criou o homem, e é nessa direção que a criação trabalha. Vida Eterna é sinônimo no Evangelho de João, Reino de Deus, que é agora encarada como habitação dos regenerados, nos lugares celestiais; sendo uma forma de vida, não visando simplesmente a sua duração eterna. É a transformação segundo a imagem e o modelo de Cristo, em que os crentes participarão da natureza divina e de sua vida, do modo como Cristo compartilha. É importante ainda redizer, que os homens, em Cristo, agora são imortais, possuem almas imortais, e podem vir a conhecer a Cristo, por intermédio de quem flui a Vida Eterna. João 21.1: Depois disto manifestou-se Jesus outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades e manifestou-se deste modo. As palavras “depois disto...”. indica que o autor queria que reconhecêssemos outras aparições do Senhor depois de sua ressurreição, além daquelas que ele mesmo havia descrito, fora da área de Jerusalém; desta vez a manifestação ocorreu na Galiléia, a exemplo das narrativas dos evangelhos sinópticos. Evangelhos Sinópticos? Wikipédia. Evangelhos Sinópticos (português europeu) ou Evangelhos Sinóticos (português brasileiro) é um termo que designa os Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas por conterem uma grande quantidade de histórias em comum, na mesma sequência, e algumas vezes, utilizando exatamente as mesmas estruturas de palavras. Já o Evangelho de João descreve um Jesus como um Messias com um carácter divino, que traz a redenção absoluta ao mundo. O Evangelho de João sugere que ele tinha conhecimento dos Evangelhos Sinópticos, e que nos tais já existia informação suficiente sobre a vida de Jesus como homem, se incumbindo João de mostrar em seu Evangelho, os atributos de Jesus como Deus. Continuando. João 21.2: Estava ali um grupo nosso - Simão Pedro, Tomé o "Gêmeo", Natanael de Caná da Galiléia, meu irmão Tiago e eu, além de outros dois discípulos. Três dos discípulos presentes são referidos pelos seus nomes, e sabemos que os filhos de Zebedeus eram Tiago e João (Mateus 4.21:), embora não sejam aludidos por seus nomes pessoais em qualquer lugar deste quarto evangelho, que por si mesmo é uma curiosidade. Assim, com base neste texto, parece que todos os setes discípulos eram pescadores de profissão, talvez incluindo até mesmo Tomé, o que jamais saberíamos de outra maneira. Assim enquanto esperavam pelo Senhor, para que voltasse e lhes desse outras instruções sobre o que deveriam fazer temporáriamente retornaram ao seu negócio de pesca. Essa aparicão do Senhor Jesus, foi para sete de seus apóstolos. Judas Iscariotes estava morto, tendo perdido o seu direito à alegria da ressurreição, após ter cometido seu inominável ato de traição. Se Judas soubesse que chegaria dia de tão grande prazer e triunfo, teria feito o que fez? Não, jamais. Porém, agiu de maneira prática, usual, e não se deixou orientar espiritualmente. 92 Semeando a Palavra de Deus Em outras palavras, ele agiu conforme com o que pensou ser vantajoso para o momento, procurando os seus próprios interesses, sem nada importar-se com o que o futuro poderia trazer-lhe; a sua traição ocorrera há apenas dez dias, quando dessa manifestação do Senhor Jesus. O caráter fútil de seu agir ficara demonstrada ante todos. Certamente há uma profunda lição nesse fato. As nossas ações devem ser baseadas nas condições espirituais, sem importar a suposta vantagem momentânea de qualquer situação material. Pense a respeito. Quantos de nós igualmente perdemos as bençãos mais preciosas, dos nossos interesses em Cristo, mediante ações precipitadas e mal orientadas? João 21.3: Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe: nós também vamos contigo. Saíram e entraram no barco e naquela noite nada apanharam. Os discípulos retornaram à sua ocupação de pesca, seu meio de vida, durante o tempo que o Senhor os instruira a permanecer na Galiléia, entre a festa da Páscoa e a festa de Pentecoste. Essa foi a primeira proposta entre os discípulos, de que se ocupassem em tal profissão. Uma lição pra todos os crentes. No conceito deles, aquela era uma ação sábia, porque o não fazer nada é uma condição precária. Quando a tristeza nos sobrevém, é muito melhor não ficarmos assentados, “curtindo” a solidão, tristes e desolados, mas antes, nos atirarmos ao nosso trabalho diário. Aproveito para dizer aos presidiários, cumprindo condenação nas prisões, crentes, 1 Coríntios 15.33-34: que aproveitem o seu tempo disponível e estudando, dedicando-se a ler com toda sinceridade todo material cristão que lhes cheguem às mãos, repetidas vezes sim, para entendimento espiritual, obtendo aptidão para avaliar questões espirituais; julgando, opinando, compreendendo, ou seja, estar ou ficar incluído em sua natureza espiritual. Pense. Não se há de duvidar que a atividade dos negócios tenha seus perigos. E isso porque, na agitação, no ruído e na grande pressa e ardor na execução de um serviço, o indivíduo pode perder contato com Deus; contudo, o ócio é muito mais perigoso. Preste atenção! Enquanto um homem está ocupado em um trabalho decente, sua alma como regra geral, se acha em relativa segurança. Ok! É quando o homem fica ocioso, sem saber como gastar seu tempo, demorando-se nas esquinas das ruas com seus pensamentos, que ele assim se convida à tentação. E ela realmente vem. Provérbios 4.23: Assim, tenha cuidado com o que você pensa, pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos. Verdades que se aproveitam. Um sapateiro, um ferreiro, um agricultor, um cristão ou qualquer que seja a sua ocupação, é alguém que tem trabalho para fazer, ocupando-se em sua arte e ofício; no entanto, todos os homens são cristãos e sacerdotes consagrados. Uma doméstica pobre poderia exclamar: Faço as refeições, arrumo as camas e tiro a poeira da casa. Quem me ordenou isso? Meu patrão e minha patroa assim me ordenaram. E quem lhes deu o direito de me darem tais ordens? Deus é quem lhes deu esse direito. Efésios 6.5: Assim, Semeando a Palavra de Deus 93 É verdade que estou servindo tanto a Deus do céu como aos meus patrões. Quão feliz me sinto agora! É como se eu estivesse no céu a fazer o meu trabalho para Deus. Todo trabalho autêntico é sagrado; em todo o ofício há a presença de Deus. Acredite. Carlyle ensina: O suor da testa; e acima de tudo o suor do cérebro, o suor do espírito, até àquela agonia do suor de sangue, que todos os homens têm considerado divino! Ó, irmão, se isso não é adoração, então eu digo mais amor na adoração, porque o trabalho é a mais nobre coisa que já se descobriu sob o firmamento de Deus. João 21.3: “... naquela noite nada apanharam...”. A lição é óbvia. Trabalho imenso, de uma noite inteira, foi gasto por eles na tarefa. O resultado foi nulo. O Cristo ressurrecto estava distante, pelo que o trabalho deles não tinha o favor da vida. NB. O Cristo ressurrecto era capaz de controlar os movimentos dos peixes, sabendo onde estavam, para que pudessem ser apanhados. Assim se dá com o controle de nossa vida, se lhe dermos permissão Apocalipse 3.20: para que Ele faça parte de nossas situações diárias e, entenda, não existe o que possa chamar de secular, quando Cristo opera através de um homem. Então? Precisamos aprender a lançar nossas redes (atitudes) sob a sua direção, então o trabalho feito não será realizado em vão. Temos a necessidade de comunhão com Cristo, como condição de sucesso. Filipenses 4.8-9: Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. Coloquem em prática o que vocês aprendem e recebrão de mim, as coisas que ouviram e me viram fazendo, e a paz de Deus será com vocês. João 21.4: Mas ao romper da manhã, Jesus se apresentou na praia, todavia os discípulos não sabiam que era ele. Os discípulos não reconheceram ao Senhor, pelas seguintes razões prováveis; * Porque ainda não era dia claro, pois a madrugada ainda vinha raiando. * Por causa da neblina do começo do dia, sendo ainda cedo, pela manhã. * Por causa da distância entre o barco e a beira da praia, onde Jesus se encontrava. * Porque não lhes foi permitido, naquele momento, reconhecerem-no. * Ou talvez porque, conforme temos observado nas outras aparições de Jesus, após a sua ressurreição, reconhecer ao Senhor Jesus requeria determinada preparação mental e espiritual, enquanto que as mentes daqueles discípulos estavam voltadas para os negócios daquele momento, a atividade de tentar apanhar peixes. O Senhor Jesus era reconhecido, após a sua ressurreição, não simplesmente por motivo de sua aparência física, pois é certo que ao ser transformado, passou a pertencer a uma nova ordem de ser, apresentava-se em determinada condição, o primeiro homem divino imortal, e temos de levar em consideração o fato de que essa transformação, a essa altura, era apenas parcial, porque o término de sua transformação aguardava a sua ascensão e entrada nos lugares celestiais. No entanto, Jesus podia ser fácilmente reconhecido por um espírito preparado 94 Semeando a Palavra de Deus para fazê-lo, e, por mais estranho que pareça, a mesma condição se aplica nos casos em que temos de reconhecer um espírito, em uma visão mística, através de nossa percepção espiritual. Há um reconhecimento natural da identidade de um espírito, inteiramente separado da semelhança física do indivíduo, quando ainda estava na carne. Isso, apesar de ser verdade também que, em espírito, a pessoa retém traços marcantes de sua aparência geral, Lucas 16. 22-24: quando ela ocupava seu corpo. Atente. Uma lição. Reconhecer a Cristo nesta vida, sua presença, a sua realidade, depende da preparação espiritual do homem interior. 2 Coríntios 4.16: fala do Homem interior e exterior. Por essa razão é que algumas pessoas podem perceber a Cristo trabalhando em suas vidas, ao passo que outras, de mentes voltadas para interesses terrenos, nada percebem de sua graça e pensam que tudos lhes acontece por sorte acidente e não por força divina. 1 Pedro 3.4: Em vez disso, vocês devem se preocupar com a beleza que vem do seu interior, a beleza de um espírito manso e tranquilo, pois esta beleza nunca se perde e é muito preciosa aos olhos de Deus. João 21.5: Disse-lhes Jesus: filhos não têm nada que se possa comer? Responderam-lhe: Não. Rapazes não têm nada de comer? Nesta passagem é usada a palavra que signifca “crianças”, que está no grau diminutivo, no grego “paidia”, sendo essa a única vez em que o Senhor usou para referir-se aos seus discípulos. Tratava-se de uso informal, coloquial, mais ou menos como diríamos hoje em dia “rapazes”. O Senhor utilizava dum simples termo como aquele que havia entre pessoas da mesma profissão. Assim foi que o Senhor Jesus da beira da praia perguntou como outros pescadores fariam, “Ei rapazes apanharam peixe”? É possível que os discípulos pensassem assim, que Jesus não passava de um estranho que pela manhã quisesse comprar peixes para quebrar seu jejum. João 21.6: Disse-lhes Ele: Lançai a rede à direita do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam puxar por causa da grande quantidade de peixes. O verdadeiro sentido da ocorrência é que provavelmente Jesus exerceu suas Semeando a Palavra de Deus 95 faculdades de conhecimento especial; e então sabendo que havia grande número de peixes em determinado local, instruiu seus discípulos para que lançassem as redes naquela direção. Lição. No que diz à grande quantidade dos peixes apanhados nesta ocasião é oportuno o que cita Adam Clarke “essa grande pesca tinha por intuito servir de exemplo do número imenso de almas que se converteriam a Deus por meio deles, de conformidade com a promessa feita por Cristo em Mateus 4.19: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”. João 21.7: O discípulo que Jesus amava disse “É o Senhor!” Quando Simão Pedro ouviu que era Jesus cristo, ele vestiu sua roupa, pois a havia tirado para trabalhar, pulou no mar e foi nadando na direção da praia. O apóstolo João jamais é mencionado pelo nome, neste quarto evangelho, como também nunca é dado o nome de seu irmão, Tiago. No entanto, João é referido indiretamente, por diversas vezes, na forma “o outro discípulo” ou “o discípulo que Jesus amava”. A passagem de João 21.24: vincula definidamente esse discípulo, cujo nome nunca é dado, ao autor tradicional do quarto evangelho, a saber, o apóstolo João, embora nem mesmo nessa última passagem seja feita a mensão de seu nome. O discípulo “... a quem Jesus amava...” foi o primeiro, entre os discípulos que pescavam, a reconhecer ao Senhor; porém foi Pedro quem entrou imediatamente em ação. Tudo isso está de acordo com o que se sabe de suas respectivas personalidades. Encontramos o mesmo tema no trecho de João 20.8: (onde se lê a descrição da corrida de Pedro e João até o sepulcro). Nessa oportunidade anterior, tendo visto as mortalhas em ordem, e que o corpo de Jesus não 96 Semeando a Palavra de Deus estava presente, João reconheceu imediatamente que Cristo havia realmente ressuscitado dentre os mortos, pois compreendeu que aquilo que acabara de ver não era trabalho de assaltantes de sepulcros, conforme Maria Madalena tinha falado. João era o discípulo de natureza contemplativa, o mais sensível para as impressões de cunho espiritual. Já o apóstolo Pedro era o homem de ação entre os discípulos; e naquele caso, tendo chegado à entrada do sepulcro, não hesitou em instante sequer em entrar. Assim também, no caso agora em foco, João foi o primeiro a reconhecer ao Senhor Jesus, o que, segundo tive ocasião de destacar nos comentários relativos ao quarto versículo deste capítulo, requeria muito mais do que o reconhecimento da aparência física, mas exigia preparação mental para que houvesse reconhecimento espiritual. Pedro, pois, sendo homem de ação, sempre impetuoso, fervoroso de espírito e em tudo quanto fazia; imediatamente procurou aproximar-se de Jesus, não tendo paciência ao menos de esperar que os outros discípulos aproximassem o barco da praia. Pelo contrário, apanhando a sua veste exterior, que ele despira para pescar melhor, atirou-se na água. Não se há de duvidar que tudo isso demonstrou algo da intensidade de seu afeto pelo Senhor Jesus, porquanto não são muitas as pessoas que tomam tal atitude por causa de outra. Cada discípulo achava-se mais adiantado que o outro; João com o alcance imediato do amor, quando reconheceu ao Senhor com olhos de águia; e Pedro com sua decisão impulsiva de agir. O fato que Pedro estava “... despido...”, conforme dizem esta e outras traduções, não significa que não trazia sobre o corpo qualquer roupa, e, sim que tirara a capa externa, a qual, no caso de pescadores consistia em uma espécie de casacão de linho ou túnica sem mangas, que se estendia até aos joelhos, usado por cima das vestes internas. Antes de saltar na água Pedro apanhou esta peça de seu vestuário e mergulhou. João 21.8: Os outros discípulos vieram no barco puxando a rede cheia de peixe, pois eles não estavam muito longe da praia, mais ou menos uns noventa metros. Os demais discípulos não exibiram tanto entusiasmo de espírito como Pedro, mas preferiram seguir o lado prático para se aproximarem de Cristo, ficaram no barco que trouxeram à beira da praia à força de remos, fazendo esforços necessários para que fosse preservado o trabalho que acabara de ser realizado. João 21.9: Ora, ao saltarem em terra, viram ali brasas, e um peixe posto em cima delas, e pão. Não existem meios para averiguarmos exatamente o que o autor sagrado projeta para que compreendessemos sobre o desjejum assim preparado. A frase em poucas palavras parece indicar que o desjejum já estava preparado ao chegarem os discípulos à presença do Senhor, e que não fora usado qualquer dos peixes que os discípulos tinham acabado de apanhar. O mais certo, entretanto, é que se o modo de preparo para o desjejum tivesse parecido algo importante para o autor sagrado, que ele teria tido o cuidado de fornecer-nos informações claras sobre a questão. Porém, há um sentido simbólico que sem dúvida está Semeando a Palavra de Deus 97 aqui subentendido, de conformidade com a mensagem do sexto versículo deste evangelho. O Senhor preparou um quebra-jejum a fim de satisfazer às necessidades físicas de seus seguidores; e a sua própria pessoa é quem nos satisfaz a alma, e isso resulta na vida eterna. João 21.10: Jesus disse a eles: “Tragam alguns dos peixes que vocês acabaram de pescar”. E qual a lição? Se Jesus realizara um milagre, providenciando um desjejum para seus seguidores, por qual razão não preparou o suficiente para todos? Jesus assim fez para mostrar-nos que as provisões físicas isto é, para as necessidades corporais e aquelas relativas ao ministério espiritual, não podem depender exclusivamente Dele, pois, nós, discípulos, fomos chamados para darmos nossa contribuição mediante meios perfeitamente naturais, ou seja, mediante nosso próprio trabalho ministerial e mediante nossa fidelidade. Cada discípulo de Cristo há que contribuir com seu trabalho para a obra de Deus. John Gossip ensina. Parece-nos que o Senhor Jesus preparou a refeição para eles, com as suas próprias mãos, sabendo que estariam com frios e molhados, exaustos e desapontados; no entanto permitiu-lhes fazerem a sua própria contribuição, ambas as atitudes muito características das ações de Cristo. Benguel observa. Mediante o dom do Senhor é que os discípulos havia pescado; e, no entanto, mui cortesmente Cristo diz que eles tinham pescado. Naturalmente em sentido bem real, eles apanharam os peixes. Esse era o trabalho deles, a contribuição deles. João 21.11: Pedro subiu e puxou a rede para terra, com cento e cinqüenta e três peixes e, sendo tantos, não se rompeu a rede. 98 Semeando a Palavra de Deus Pedro, o homem de ação, lançou-se a obedecer à ordem do Senhor Jesus, para que trouxesse alguns peixes para que aumentasse a refeição matinal. Assim descarregou o barco de sua extraordinária pesca e passou a contar o número dos peixes. João 21.12: Disse-lhes Jesus: Vinde, comei, nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? Sabendo que era o Senhor. “... Vinde, comei...”. Mateus 4.4: Assim como lhes preparara refeição material lhes preparara refeição espiritual, dando-lhes provisão espiritual para o ministério deles, através de sua morte expiatória, de sua ressurreição transmissora de vida, de sua ascensão e de sua glorificação. Em Cristo é que se encontra o alvo de toda a existência humana, o sustento eterno, tais como o pão e os peixes eram apropriados para a nutrição do corpo. João 21.13: Então Jesus veio, pegou o pão e deu a eles. E fez a mesma coisa com os peixes. Este quarto evangelho não nos diz que Jesus também comeu, embora seja possível que o autor pense que compreenderemos isso com base na narração, pois certamente é natural pensarmos que todos os presentes à cena participaram da refeição que Jesus lhes preparara. Entretanto, o evangelho de Lucas revela específicamente que Jesus também comeu ao dizer: “Então lhe apresentaram um pedaço de peixe assado e um favo de mel; e Ele comeu na presença deles” (Lucas 24.42-43). Esses tipos de detalhes nos são fornecidos pelos diversos evangelistas para assegurar-nos que eles viram não alguma presença fantasmagórica, mas antes, que estavam diante de uma forma corporal, que era sólida ao tato e que podia comer alimentos comuns; tratando-se de uma forma humana, ou seja, em estado físico sob o qual se apresenta um corpo humano, porém, imortal, transformado, exaltado, posto que real e substancial sem dúvida. João 21.14: Foi esta a terceira vez que Jesus se manifestou aos seus discípulos, depois de ter ressurgido dentre os mortos. Então, o que podemos tirar de lição? * Cristo é quem supre todas as nossas necessidades espirituais. * Da parte de Cristo e em Cristo o homem recebe o seu destino e sua perfeição. * O ministério espiritual dos crentes não pode depender exclusivamente de Deus, mas também requer a contribuição do nosso trabalho, dos nossos esforços. * Na narrativa da pesca fica clara nossa missão apostólica, cuja finalidade era de trazer aos pés de Cristo muitos homens de todas as tribos, de todas as nações e línguas. * Fica entendido uma verdade que sem a presença de Cristo no meu trabalho espiritual, isto é, escrevendo com as mãos Dele a revista, não pode haver sucesso espiritual; certo que, com a sua presença o êxito fica garantido, tal como no caso da pesca narrada neste capítulo. Cristo Jesus ensinou a este seu seguidor que confiasse Nele para Filipenses 4.19: o suprimento de todas as minhas necessidades. João 21.15: Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão Pedro: Simão, filho de João, ama-me mais do que estes? Respondeu-lhe: Sim, Senhor tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeirinhos. Na realidade, o sentido certo é: “Amas-me mesmo mais do que estes outros discípulos me amam?”. Qual o sentido da pergunta de Cristo! Nisto encontramos respostas em face das Semeando a Palavra de Deus 99 reivindicações de Pedro, solicitando de Cristo o que está manifesto por ele em João 13.37: e em Mateus 26.33: Cabe atenção à restauração de Simão Pedro ao apostolado, reintegrando-o e confirmando sua autoridade na igreja cristã – pois Pedro tinha negado a Cristo – justificando assim sua liderança. Mas, isso não importava autoridade superior aos demais apóstolos, coforme a igreja católica romana erroneamente atribui à sua posição, numa tentativa de defender a legalidade do papado; e revelado está em 1 Timóteo 2.5: nossa condição maior de sermos cristãos. “... Ele lhe disse: apascenta os meus cordeirinhos...”. Pedr0 negara ao Senhor Jesus por três vezes; e por consequência, este capítulo contém três afirmações de amor ao Senhor, e três comissões subsequentes a essas afirmações, que a Pedro foram concedidas por Cristo, mostrando que o Senhor não apenas perdoara a esse apóstolo, como também restaurara seu ministério apostólico no seu ofício essencialmnete pastoral. O termo apascentar destaca o ministério de ensino incluindo o ministério pastoral em sua inteireza, trata-se do cuidado que o pastor deve ter pelas ovelhas, o que Pedro bem assimilou conforme revelado em 1 Pedro 5.2: Sê um pastor para os mais débeis do rebanho, alimenta os fracos. Aquele que ama a Ceisto deve assemelhar-se a Ele, como um bom pastor, que dá a sua vida pelas ovelhas que pertencem a Cristo. Pedro que fora perdoado, que fora sustentado para que não viesse a cair, que fora restaurado após a sua queda, sendo para outros o que Cristo fora para ele. João 21.16: Jesus perguntou a ele uma segunda vez: “Simão, filho de João, você me ama?” “Sim, Senhor”, disse Pedro, “você sabe que eu te amo.” “Então cuide das minhas ovelhas”. A significação dessa repetição é que as tres negações de Pedro, quando do julgamento de Jesus, são aqui revertidas, porque Pedro negara ao Senhor por três vezes, ele fora enfático ao falar – afirmara – e, agora em termos igualmente enfáticos, afirmando, aceitava ao Senhor como o supremo Pastor, recebendo ofício de subpastor, a fim de que pudesse exercer a obra de Cristo em sua igreja, em seu Nome e através do seu Santo Espírito. Dessa forma é completa a restauração de Pedro, como também o fato de que ele exercia a autoridade apostólica na igreja cristã, por ordem do próprio Senhor Jesus. Em ambos os casos, nos versículos 15/16 e mais enfáticamente no décimo sétimo versículo (17) a única afirmação de Pedro é o seu apelo ao pleno e perfeito conhecimento de Jesus, quanto à qualidade de seu amor pelo Senhor. Pedro aparece aqui, mas submisso; não fazendo nenhuma ostentosa reivindicação, nem asseverando qualquer coisa que o pusesse sob uma luz mais favorável do que os outros discípulos; no entanto, em seu espírito, estava plenamente confiante de sua afeição pelo Senhor Jesus, afirmando isso somente apelando para o próprio Cristo, para que Ele mesmo fizesse julgamento. Também nós temos fracassado, falhado e abandonado a Cristo com frequência. E em nosso caso, tal como sucedeu a Pedro, Ele aceita o nosso apelo. No caso de Pedro (e a todos seus seguidores) Cristo manifesta uma maravilhosa promessa: que embora ele houvesse tristemente caído, contudo mostrar-se-ia fiel até a morte. Em Apocalipse 2.10: 100 Semeando a Palavra de Deus na qualidade de cristãos, temos a mesma promessa. E assim, ficando o passado inteiramente apagado, podia Pedro prosseguir confiante e esperançosamente, com tanta intensidade como ele sempre se mostrara capaz, desde que, pela primeira vez, Cristo lhe disse: Segue-me! “... pastoreia as minhas ovelhas...”. Não apenas alimentar, mas também cuidar, guiar, governar, defender e o que mais necessário for: com o que parece dar a entender que não é suficiente simplesmente oferecer o pão da vida (Palavra) ao povo de Deus, mas também ser necessário ter cuidado para que as ovelhas sejam apropriadamente reunidas, guiadas. João 21.17: Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de João, amame? Entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira vez: Amas-me? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas. Então, esta terceira pergunta e esta terceira comissão foram adicionadas porque Pedro havia negado ao Senhor por três vezes, e sua terceira afirmativa de que amava a Jesus compensou e justificaram perfeitamente as suas três dolorosas negações feitas perante o mundo espiritual. A cada declaração de afeto, o Senhor Jesus entregou a Pedro uma comissão, todas elas com o intuito de expressar algo do ofício apostólico-pastoral que lhe foi entregue. Cada um desses três versículos (15,16 e 17) apresenta a afirmativa de Simão Pedro como simples forma de declarar que o próprio Senhor Jesus sabia perfeitamente bem qual a intensidade de seu amor por Ele, e Pedro não procurou fazer qualquer outro tipo de defesa ou reivindicação. A declaração é ainda mais definida e enfática, havendo também a adição das palavras: “tu sabes todas as coisas”. Ora, se isso era assim, então não seria difícil para Jesus na qualidade de Cristo ressurreto, ser capaz de fazer uma justa avaliação do amor de Pedro por Ele. “... Pedro entristeceu-se...”. A trisreza se abateu sobre o espírito de Simão porque ele pensou que Jesus se recusava a reconhecer a sinceridade de sua afeição, a qual ele, sem dúvida, sentia profundamente. Algumas pessoas defendem o ponto de vista de que Jesus conduziu Pedro por todo esse processo de indagação a fim de enfatizar a seriedade da questão da devoção a Cristo e ao seu serviço, tal como fora questão seríssima ter Pedro negado ao seu Senhor por três vezes seguidas. Não foi senão nessa terceira vez que Pedro pôde compreender o objetivo dessa sucessão de perguntas feitas por Cristo, porque havia na sua mente quantidade de memórias temerosas, conservando e lembrando-se de estados de consciência passadas, quando negara por três vezes que não conhecia ao Senhor Jesus, de tal maneira que sentiu essa dor até à própria alma. Porém, uma vez que o processo terminou, o doloroso diálogo teve uma conclusão feliz. Jesus lhe disse: Apascenta minhas ovelhas. Nisso podemos reconhecer novamente, que a qualificação suprema dos subpastores é o amor ao Senhor Jesus e aos irmãos na fé, porquanto o serviço pastoral não pode ser levado a efeito com êxito de qualquer outra maneira. João 21.18: Em verdade, em verdade te digo que, quando era mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias, mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te Semeando a Palavra de Deus 101 cingirá, e te levará para onde tu não queres. A solene e dupla expressão hebraica, traduzida ao pé da letra para o idioma grego: amém, amém, é aqui representada por “em verdade, em verdade”. Tal expressãso cujo sentido original seria “assim seja, assim seja”, introduz esta predição (profecia), ou seja, Cristo afirmava o que iria acontecer no futuro sobre o destino da vida terrena de Pedro. Esse termo de origem hebraica se deriva de uma raiz que expressa as idéias de “certo”, “fiel” ou “verdadeiro”. Usado nas orações como palavra final de aclamação de devoção. Salmos 41.13: Bendito seja o Senhor Deus de Israel de eternidade a eternidade. Amém e amém. Romanos 11.36: Porque Dele, e por Ele, e para Ele, são todas as coisas glória, pois, a Ele eternamente. Amém. Como palavra inicial de uma sentença, o seu significado quer dizer “verrissime” “certissime”, ou seja, “verdadeiramente”, em Verdade. Mateus 27.54.b: O centurião exclamou. “Verdadeiramente este era filho de Deus”. Seu propósito, seu uso é o de salientar, enfatizando uma certeza, uma verdade uma autoridade da declaração que vem logo a seguir. E assim, o Senhor Jesus afirmou o que aconteceria a Pedro no futuro, afirmando à sua melancólica predição sobre o martírio do apóstolo Pedro. Está evidente que o Senhor utilizou-se de uma expressão proverbial que fala como a juventude está geralmente associada à força fisica e à liberdade, ao passo que a idade avançada está vinculada à debilidade física e perda da liberdade. Porém, nos lábios do Senhor Jesus, esse provérbio deixava subentendido implicações mais sérias que o simples desgaste natural das forças físicas. No texto, a expressão aqui traduzida por “... estenderás as tuas mãos...” parece servir de simbolismo da crucificação, porque então as mãos se estendem. O apóstolo Pedro crucificado. 102 Semeando a Palavra de Deus Ora a tradição eclesiástica afirma que essa foi a morte que Pedro experimentou, tendo sido crucificado de cabeça para baixo, porquanto não se sentia digno de morrer como seu Senhor fora executado. Pedro, pois, haveria de sentir a desgraça e o horror provocado por homens violentos e cruéis, tal como o Senhor mesmo sentira. Naturamente isso lhe sucederia contra a sua vontade; no entanto, fazia parte de seu destino pessoal. Embora isso significasse uma maldade de proporções gigantescas, por parte daqueles que o condenaram à cruz, era o que lhe convinha experimentar, a fim de que se tornasse mais semelhante ao seu Senhor, comprovando assim, acima de qualquer sombra de dúvida, a sua suprema devoção a Cristo, mostrando, desse modo que, mais dos que todos os outros discípulos, ele amava a Cristo. O escritor Dods ensina: “Fora com um toque de compaixão que Jesus vira o impulsivo e voluntarioso Pedro tirar sua capa externa e mergulhar nas águas do mar”. “Isso lhe sugeria as severas provações mediante as quais o seu amor teria de ser testado, e o que isso lhe traria”. É bem possível que, no trecho de João 13.36: haja algum indício desse mesmo tipo de morte por martírio: Perguntou-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? Respondeu Jesus: para onde vou não me podes seguir agora; mais tarde, porém me seguirás. Em sentido físico essa profecia se cumpriu! Pois apesar de que Simão Pedro também haveria de seguir ao Senhor até aos lugares celestiais, para aquele lugar que está sendo preparado para todos os verdadeiros crentes, que são participantes da herança gloriosa de Cristo, contudo, antes disso, Pedro haveria de seguir a Cristo pela jornada temível do martírio. Martírio: morte aplicada a alguém em consequência de sua adesão a uma causa, a uma fé religiosa, especiamente à fé cristã. Adam Clarke diz: “Quando Pedro foi cingido, agrilhoado e levado para onde não queria ir, não é que ele não estivesse disposto a morrer por Cristo, porém, era um homem como nós, não amava a morte”. “Todavia, amou menos à sua própria vida do que a Deus”. João 21.19: Ora, isto Ele disse, significando com que morte havia Pedro de glorificar a Deus. E, havendo dito isto, ordenou-lhe: Segue-me. Está revelado, que Jesus, mediante essa profecia, não disse a Pedro que ele viveria até tornar-se homem idoso, fisicamente débil, devido à grande idade, conforme o provérbio usado pelo Senhor parecia indicar, e, sim que o destino que estava em sua mente divina era a morte por martírio, no caso de Pedro. Eusébio, em História Eclesiástica (1.2, cap.25), diz-nos que Pedro viveu até à idade avançada, cumprindo um longo e útil ministério, assim obedecendo à triplice comissão que recebera da parte do Senhor Jesus. Não mais hesitava ou se inclinava para o desvio, mas transformou-se numa coluna firme da igreja cristã; zeloso e sempre tomado de entusiasmo, por causa do amor que voluntariamente oferecia ao seu Senhor e Mestre. Pedro morreu durante o reinado de Nero, sendo crucificado em Roma, cerca de quarenta anos depois que Jesus fizera aquela predição sobre a sua maneira de morrer. Semeando a Palavra de Deus 103 1 Pedro 4.16: Mas não é vergonha nenhuma sofrer e morrer por ser 1 Pedro 4.16: Mas não é vergonha nenhuma sofrer e morrer por ser cristão. Dêem graças a Deus pelo privilégio de estarem na família de cristão. Dêem graças a Deus pelo privilégio de estarem na família de Cristo e serem chamados pelo seu nome maravilhoso! Cristo e serem chamados pelo seu nome maravilhoso! A morte dos mártires glorifica ao Senhor pelos seguintes motivos: A morte dos mártires glorifica ao Senhor pelos seguintes motivos: 1- Tudo quanto um homem pode dar realmente é sua vida; nada mais possui para 1- Tudo quanto um homem pode dar realmente é sua vida; nada mais possui para oferecer; se um crente oferece tudo a Deus, isso redunda em glória para Deus, por oferecer; se um crente oferece tudo a Deus, isso redunda em glória para Deus, por haver feito um nobre serviço. É o caso da cena terrível acima que cristãos não haver feito um nobre serviço. É o caso da cena terrível acima que cristãos não negaram a Cristo. 2- O martírio também redunda em glória para Deus porque assim o negaram a Cristo. 2- O martírio também redunda em glória para Deus porque assim o crente está cumprindo o seu destino especial, apesar de difícil, tal como o Senhor crente está cumprindo o seu destino especial, apesar de difícil, tal como o Senhor bebeu do cálice amargo. Ora, para tanto, é necessário que o crente tenha profunda bebeu do cálice amargo. Ora, para tanto, é necessário que o crente tenha profunda devoção a Cristo. Isso significa glória para Deus, pois aquele que ama ao Filho, devoção a Cristo. Isso significa glória para Deus, pois aquele que ama ao Filho, também ama ao Pai. 3- Por semelhante modo, o martírio (vide significado acima) do também ama ao Pai. 3- Por semelhante modo, o martírio (vide significado acima) do crente é glória para Deus porque, através desse sacrifício, outros seres humanos são crente é glória para Deus porque, através desse sacrifício, outros seres humanos são estimulados a reconhecer a necessidade de dedicarem suas vidas a Deus; e assim estimulados a reconhecer a necessidade de dedicarem suas vidas a Deus; e assim esses outros podem ser mártires vivos. 4- Finalmente, o martírio do crente redunda esses outros podem ser mártires vivos. 4- Finalmente, o martírio do crente redunda 104 Semeando a Palavra de Deus em glória para Deus porque, em sua morte, mostra o seu verdadeiro padrão de valores. Antes de tudo, ama suficientemente ao Senhor para dar-lhe tudo, a sua própria vida; e, em seguida, mostra assim que nenhum padrão humano é reputado de valor real, porquanto o que há de mais precioso, para qualquer pessoa à face da terra, é a sua própria Vida Posterior à morte física, sua existência imortal. É como está escrito em Marcos 8.35-36: Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará. Pois o que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder sua própria alma? “... Segue-me...”. Trata-se sim de uma declaração bem geral, que tinha por intuito encorajar tanto a Pedro como a todos os cristãos, para que seguissem ao Senhor. Podese asseverar com toda a verdade que a totalidade da vida cristã e do destino que convém ao homem é dita nessas admiráveis palavras: Segue-me. O Deus eterno veio a este mundo, encarnando-se em Jesus - fazer-se carne, fazer-se homem, tornar-se humano – tendo vivido como simples homem entre os homens, a fim de conduzir os homens à sua glória, transformando-os 2 Pedro 1.4: segundo o modelo de sua pessoa. João 21.20-21: E Pedro, virando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, o mesmo que na ceia se recostara sobre o peito de Jesus e perguntara: Senhor, quem é o que te trai? Ora, vendo Pedro a este, perguntou a Jesus: Senhor, e deste que será? O Senhor Jesus acabara de falar uma profecia acerca do destino futuro de Pedro; tal fato levou Simão a indagar sobre o destino de João. Devo salientar que Pedro havia entendido a profecia feita pelo Senhor Jesus a seu respeito, tendo entendido que Jesus falava sobre a sua vida e o seu ministério futuro, porquanto agora Pedro indagava sobre a vida e o discipulado futuro de João. João 21.22: Respondeu-lhe Jesus: Se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? Segue-me tu. Então, estudiosos têm considerado esta declaração de Jesus difícil e obscura; portanto, não me atrevo de falar a respeito ainda neste mundo, vivendo na carne; naquelas regiões celestiais poderemos consultar e tirar nossas dúvidas com o próprio Senhor Jesus Cristo. É o que farei. João 21.23: Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não disse que não morreria, mas: se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? De certo o leitor tem conhecimento de que o discípulo a que se refere Pedro é a João, quem escreveu este quarto evangelho. Não há como se comentar este versículo. Mas, há uma Lição para todos os cristãos. De toda essa situação, aparece outra questão muito importante. Pedro foi ensinado, a não se mostrar curioso sobre o destino de outras pessoas, ocupando-se com pedidos obscuros, mas antes, a cuidar de seu próprio destino, seguir a Jesus, dessa maneira cuidanto de seus próprios afazeres e das atividades do seu próprio ministério. Com base nessas instruções ficamos sabendo que a vida espiritual não deve ser gasta em palavras vazias, em especulações sobre questões difíceis, apesar de que isso possa fazer parte de qualquer expressão Semeando a Palavra de Deus 105 intelectual de muias pessoas, mas antes, deve ser empregada no cumprimento prático de nosso próprio destino e serviço espiritual. Isso não significa, entretanto, que os homens devam ser tão práticos em sua conduta de vida espiritual. É certo, que não devemos ignorar as questões da verdade, as quais podem continuar obscuras para a maioria dos homens. Parte integrante do desenvolvimento espiritual do crente é exatamente a investigação da verdade, o crescimento no conhecimento de Deus e do seu Cristo. Pois a vida espiritual não deve ocupar-se simplesmente com questões difíceis e especialmente obscuras, quando existem tantas tarefas esperando realização. João 21.24: Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. Aquele outro discípulo. Discípulo a quem Jesus amava. O apóstolo João. João 21.25: E ainda muitas outras coisas há que Jesus fez as quais, se fossem escritas uma por uma, creio que nem ainda no mundo inteiro caberiam os livros que se escrevessem. Nenhum livro poderia jamais registrar e nem existem palavras capazes de narrar, o que foi essa vida, ou aquilo que Jesus realizou. Os discípulos viram, creram e escreveram essas coisas para que também possamos confiar, e para que, confiando, tenhamos vida em seu Nome. É bom estarmos aqui? E qual servo, inclinado, respeitosamente e amorosamente sobre o texto sagrado, não se tem achado na presença mesma do Verbo que se fez carne, não tem contemplado a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e verdade, não tem sentido sobre si a Sua Mão calorosa e terna, e não tem ouvido aquela voz a segredar-lhe, conforme por tantas vezes ele disse aos antigos discípulos: “Não Temas”. Pois bem caro leitor, permaneça Nele e permita que as suas palavras, conforme estão aqui registradas, permaneçam em Você. Por conseguinte, a mensagem deste quarto evangelho de João foi dada a fim de conceder Vida aos homens, isto é, a Vida Eterna, para que pudéssemos conhecer a Deus, e ao seu Filho, Jesus Cristo. Lucas 24.44-46: Depois lhe disse: São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, Em defesa da Fé Cristã, Cristo afirma que os seus discípulos haveriam de serem os portadores dessa mensagem, e que disso resultaria uma nova religião revelada a qual seria uma fé universal, que se propagaria a todas as nações. Tudo isso é apresentado como parte integral da mensagem citada no V.T. embora não tivesse sido entendida como tal, pelos judeus. Apesar dessa ignorância, entretanto, a grande verdade é que a fé cristã e sua aplicação universal não foram pensamentos posteriores ou derivados da parte de Deus, mas antes, no plano de Deus, no Messias, conforme corretamente aplicada, essa verdade seria realizada, porque as próprias profecias do V.T. já haviam previsto todas essa realidades. Então não queira o leitor procurar informes cronológicos, no tocante aos 106 Semeando a Palavra de Deus acontecimentos finais. É o livro de Atos que nos fornece essa ordem, e ali aprendemos que quarenta dias se passaram entre a ressurreição e ascenção de Cristo, e que o Senhor apareceu aos discípulos por várias vezes, tendo-lhes dado instruções. Após esses quarenta dias Ele foi elevado ao céu; e então, mais dez dias, no dia de Pentecoste (do vocábulo grego que significa cinquenta), o Senhor Espírito Santo foi enviado para dar aos discípulos de todos os tempos o poder de espalharem a Nova Fé. Messias: Redentor prometido por Deus para redimir os homens e a sociedade, estabelecendo uma nova ordem social de paz, de justiça e de liberdade. Pentecoste: Uma celebração cristã que comemora a descida do Espírito Santo. Lucas 24.47-49: E que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém. Vocês são testemunhas destas coisas. E agora Eu enviarei sobre vocês o Espírito Santo, tal como meu Pai prometeu. Não comecem ainda a falar aos outros - fiquem aqui na cidade até que o Espírito Santo venha e encha vocês de poder do céu. A qualidade especial que um mensageiro cristão necessita para alcançar sucesso na pregação das boas-novas, contidas na Nova Aliança, em um mundo completamente hostil, é Poder; nós mesmos jamais poderíamos convencer quem quer que fosse. Os homens haveriam de negar de imediato a ressurreição, sem nem ao menos admitirem falarem a respeito, encontrariam alguma explicação lógica ou natural para o fenômeno. A renovação moral e espiritual, não pode ocorrer mediante um simples convencimento intelectual. O Espírito Santo – Deus entre os homens – precisa estar presente, se qualquer resultado real tiver de ocorrer. As palavras do evangelho são tão-somente veículos que esclarecem a operação do Espírito Santo, e aqui se caracteriza pela palavra poder. João 16.7-8: então, a presença viva do Espírito de Deus traz este poder e sua influência renovadora entre os homens. Tal como uma veste cobre o corpo inteiro se tornando importante no homem, podendo ser vista por todos; assim também o Espírito Santo haverá de envolver aos mensageiros, procedendo deles e convencendo aos incrédulos sobre a veracidade da mensagem cristã, levando os homens à conversão e transformando-os à imagem de Cristo, o que é a mensagem central do Evangelho do Senhor. Marcos 16.15-16: E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregue o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. Atos 2.38: Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo. Batismo espiritual é exercido pelo Espírito Santo, na conversão e na regeneração, ao passo que o sinal – a prova que uma pessoa dá ao mundo exterior – às demais pessoas, como uma ação visível de seu interior, é o batismo em água. CONVERSÃO? Atos 26.18: para lhes abrir os olhos a fim de que se convertam das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus, para que recebam remissão de pecados e herança entre aqueles que são santificados pela fé em Cristo Jesus. Atos 3.19: Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos Semeando a Palavra de Deus 107 pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor, REGENERAÇÃO? Restabelecimento do que estava destruído. Efésios 2.1: No passado vocês estavam espiritualmente mortos em suas ofensas e pecados. A humanidade está morta em seus delitos e pecados. Colossenses 2.13-14: E quando vocês estavam espiritualmente mortos em seus pecados e sujeitos à sua natureza pecaminosa, Deus lhes deu vida os vivificou) juntamente com Cristo, perdoando todos os seus pecados. e riscando o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz. Tito 3.5-7: Ele nos salvou, não por causa das coisas justas que tínhamos feito, mas por causa da sua própria misericórdia, nos lavando dos nossos pecados, fazendo com que nascêssemos de novo, e nos dando uma nova vida por meio do Espírito Santo. Que Ele derramou sobre nós com maravilhosa abundância - e tudo por causa daquilo que Jesus Cristo nosso Salvador fez, a fim de que Ele nos pudesse declarar justos aos olhos de Deus - tudo por causa da sua grande bondade; e agora podemos participar da riqueza da vida eterna que ele nos dá, e estamos ansiosamente aguardando recebê-la. ARREPENDIMENTO: Atos 17.30: Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam. Uma Exigência Espiritual. É a principal exigência para que haja perdão de pecados. Repetindo. O arrependimento tem início na conversão, que é o primeiro passo da regeneração. A conversão não é a regeneração, mas antes, faz parte dela, sendo início do novo nascimento. Sem conversão não há regeneração, embora a conversão não encerre a totalidade da regeneração; é o começo, o momento em que o pecador abandona o pecado e o seu antigo “eu”, a sua rebeldia contra Deus. A conversão, além disso, é um ato produzido pela influência do Espírito Santo, que não poderá acontecer sem esse Poder presente, embora existam agitações emocionais que provocam transformações por pouco tempo, que podem imitar a conversão. A verdadeira conversão é uma transformação interna, da alma, do espírito humano, e esse é exatamente o primeiro passo da regeneração. A regeneração completa consiste na total transformação da pessoa, segundo a imagem de Cristo, de tal modo que alguém chega a nascer no Reino de Deus, ou seja, nos lugares celestiais, aquele mundo lá de cima, o outro mundo, que também é chamado de Céu. O indivíduo totalmente regenerado é uma nova criação, de natureza moral e metafísica semelhante à de Cristo; e isso só pode ser concretizado nos lugares celestiais, em seu grau mais elevado, que inclui a glorificação, apesar de que é na esfera terrena que tem começo a conversão e a santificação. Do Que Consiste o Arrependimento? É um ato divino que transforma o homem, mas que depende de sua reação positiva, uma vez inspirado pela Fé. Hebreus 11.1: Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem. O espírito humano reconhece essa verdade por percepção (ou intuição) e, o reconhecimento dessa verdade recebe o nome de 108 Semeando a Palavra de Deus fé. Quando uma pessoa se entrega às realidades espirituais, particularmente a Cristo, que é a grande concretização da verdade, então está exercendo fé. Mas esse exercício se alicerça sobre o conhecimento e sobre a apreciação do espírito quanto à importância dessas realidades. A fé consiste em prestarmos lealdade ao mundo eterno, que o homem passa a viver segundo a eternidade. Dom Espiritual. 1Coríntios 12.9-11: E a outro pelo Espírito Santo a Fé – Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. Efésios 6.16: Em cada batalha vocês precisarão da Fé como escudo, para deter as flechas ardentes disparadas por Satanás contra vocês. Precisamos mostrar, por nossas ações, em nossas vidas diárias, que cremos que temos Fé, e que sabemos que se usarmos a fé que possuímos mais fé nos será concedida. Quando a fé nos habita no íntimo (no espírito humano) temos verdadeira liberdade e a certeza de que não temos outro senhor além de Jesus, o Cristo, e que somos protegidos pelo braço forte do Pai. A fé é a promessa enviada com antecedência para mostrar que tudo quanto pedirmos, teremos. Então, a fé é um atributo do espírito do homem, não sendo algo que possa ser aprendido pela experiência física. João 4.24: Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. Então, tenha este entendimento. O espírito do homem é a união entre Deus, as coisas espirituais e a consciência humana. Hebreus 4.12: “a Palavra de Deus penetra até o ponto de dividir alma e espírito”. O espírito do homem conhece a realidade de Deus e das coisas espirituais, bem como seu próprio destino. O espírito sabe, portanto, crê. A fé, pois é um atributo do espírito. O problema consiste em como permitir que o espírito Romanos 12.2: entre em comunicação com a mente (alma) consciente. É neste momento que o homem bloqueia o conhecimento natural e intuitivo de seu ser interior (alma/espírito), impedindo esse conhecimento com pensamentos e ações carnais, dando destaque ao que é físico e negligenciando as realidades do seu espírito. O homem perdeu o conhecimento de como entrar em contato com sua própria porção superior – seu ser espiritual – alma e espírito, ao ponto de que muitos “cristãos” negarem a existência dessa porção superior, dizendo que a alma não existe, e, que na morte física, acabou o homem, morre tudo dele, só vindo a aparecer, quando da ressurreição, no segundo advento de Cristo. Romanos 3.21-22: Agora, porém, Deus nos mostrou um caminho diferente para o céu - não o fato de sermos "bonzinhos" e procurarmos guardar suas leis, mas um novo caminho (ainda que não seja tão novo assim realmente - pois as Escrituras falaram dele há muito tempo). Agora Deus diz que nos aceitará e nos absolverá - Ele nos declarará "sem culpa" - se nós confiarmos em Jesus Cristo para Ele tirar os nossos pecados. E todos nós podemos ser salvos deste mesmo modo, vindo a Cristo, não importa o que somos ou o que temos sido. Atos 11.18.b: “para todos Deus tem dado arrependimento que leva a vida eterna!”. Marcos 16.17: E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios, falarão novas línguas. Semeando a Palavra de Deus 109 ”... Sinais...”. Esses dons mostram que Deus está conosco, contanto que sejam devidamente buscados e usados, da maneira correta, adequada, justa, de conformidade com o Evangelho de Cristo nessas questões. “... expelirão demônios...”. Certamente, os nossos dias são propícios quanto à possessão demoníaca. Mateus 12.43-45: Qualquer ministro de Cristo pode expelir demônios, pelo menos na maioria dos casos. Algumas vezes, surgem espíritos difíceis e teimosos, e é preciso a atuação de alguém especialmente santificado e dotado para tanto. Marcos 16.18: pegarão em serpentes e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados. Deus pode proteger, quando surge a necessidade. Entenda que não há aqui licença para qualquer tipo de fanatismo. Paulo foi mordido pela serpente, mas não sentiu nenhum efeito adverso, conforme escrito em Atos 28.3: Nenhum cristão pode por à sua prova, a respeito. Seria contrário à razão, alguém, somente para provar sua condição espiritual tentasse esse ou outros feitos narrados na Bíblia; mas, quando são necessários ocorrem, não por simples prática e para exibições carnais de uma suposta elevada espiritualidade. “... se impuserem as mãos...”. Tiago 5.14: Alguém está doente? Deve mandar chamar os anciãos da igreja, e estes devem orar sobre ele e derramar um pouco de azeite em cima dele, invocando o Senhor para que o cure. O texto está falando de doentes no corpo físico; não aqueles que sofrem de distúrbios emocionais, psicológicos, embora esses distúrbios sejam enfermidades. Não fala de enfermidades espirituais. Entretanto, leve em consideração que curas tal como no passado existiam, acontecendo em nossos dias. Convicção a respeito (fé) das pessoas envolvidas é a condição. A imposição de mãos se aplica aos enfermos, sendo medida eficaz nas curas, e em se orando para tal fim, será uma força criadora, que pode alterar as condições físicas, pois nos vincula ao poder de Deus. 1 Timóteo 4.14: Não negligencie o dom que você tem, o qual foi lhe dado e confirmado por palavras proféticas do Senhor Jesus Cristo. “E porão mãos sobre os enfermos”. Enfermidades espirituais. Recomendo aos cristãos 1 Coríntios 3.1: que não descuidem-se de seus deveres cristãos, como a leitura das Escrituras, a pregação e o ensino, porque todos os dons espirituais dados pelo Espírito Santo meditar 1 Coríntios 12.1-11: - nos são conferidos para que possamos realizar os deveres próprios de nossa missão. Invista-se de suas missões espirituais, isso é um começo, e não um fim em si mesmo (achar que já conseguiu tudo!), portanto, você, um cristão tem o dever de um intenso ministério, que lhe outorgado pelo Espírito de Deus. Lucas 24.50-51: Tendo-os levado até as proximidades de Betânia, Jesus 110 Semeando a Palavra de Deus ergueu as mãos e os abençoou. Então começou a elevar-Se nos ares, e entrou no céu. Atos 1.9: E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. A ascensão de Cristo aos lugares celestiais foi o sinal de aprovação aos seus trabalhos à face da terra; sendo o símbolo e a confirmação da aprovação de Deus Pai à sua missão terrena. Comprovou que Ele era o Messias há longo tempo esperado, pois nenhum outro indivíduo poderia ter sido tomado para os céus como Ele o foi. Também inaugurou o seu ofício como mediador, abrindo caminho para a descida e o ministério do Espírito Santo, enviado para dar continuidade à sua obra de redimir a humanidade, do homem conquistar sua liberdade, salvação espiritual. João 16. 7-15: Mas na verdade é melhor para vocês que Eu vá; se Eu não for o Consolador não virá. Se Eu for, Ele virá, mandarei o Espírito Santo a vocês. Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça de Deus, e do livramento da condenação. Do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai. Há livramento da condenação porque o príncipe deste mundo já foi julgado. Há realidades que Eu ainda quero dizer, mas, vocês não podem entender. Quando vier o Espírito da Verdade, Ele vos guiará em toda a Verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, anunciando o que há de vir, Ele falará a vocês a respeito do futuro, trazendo glória a mim, pois Ele anunciará a vocês tudo o que Eu receber do Pai. Por isso eu disse que o Espírito receberá do que é meu e o tornará conhecido a todos os cristãos. Semeando a Palavra de Deus 111 Nuvem Espiritual. Não acredito estar em vista aqui uma nuvem literal de vapor de água. Daniel 7.13: Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até Ele. Os discípulos contemplavam a Sua ascensão, tal como alguns deles, dias antes, haviam sido testemunhas de sua transfiguração e de sua glorificação. Lucas 9.32: Pedro e os outros estavam muito sonolentos e adormeceram. Mas acordaram e viram Jesus cercado de brilho e glória, e dois homens com Ele. E assim, dias mais tarde, o Espírito Santo desceu dobre eles de maneira toda especial. Lucas 24.52: Eles O adoraram, e voltaram para Jerusalém, cheios de grande alegria; E permaneciam constantemente no templo, louvando a Deus. Os discípulos estavam maravilhados de intensa alegria; e esta alegria se tornou a marca de vitória, tal como sucede até hoje. Marcos 16.19: Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. Jesus Cristo agora é o Senhor. Romanos 1.4: Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor, Romanos 10.9: Pois, se você contar aos outros com seus próprios lábios que Jesus Cristo é o seu Senhor, crendo do fundo do coração (símbolo do espirito humano) que Deus O levantou dentre os mortos, serás salvo. Efésios 1.10: De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra. Filipenses 2.9-11: Contudo, foi por causa disso que Deus O elevou até às alturas do céu e Lhe deu um Nome que está acima de qualquer outro nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, na terra, e debaixo da terra; e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus, o Pai. Ele é o Senhor, primeiramente na igreja, e através disso, Deus mostrará de modo exato como 112 Semeando a Palavra de Deus Ele será o Senhor sobre todos. Mateus 1.21: ela dará à luz um filho, a quem chamarás Jesus porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados. Na qualidade de membro da Trindade Divina, Jesus sempre foi o Senhor. Na forma de homem identificou-se com a humanidade, como padrão a ser duplicado (no sentido de que todo o homem deva ser sua cópia); e, através de sua plena vitória moral e sobre a morte, tornou-se o Senhor. Isso, pois, acontece mediante o sucesso de sua missão messiânica; portanto, na qualidade de homem, é que Ele faz subir aos céus outros homens a Si mesmo, e essas pessoas receberão de sua plenitude, de sua expressão, nos mundos eternos, trazendo a benção de Cristo para todos, tal como aqui e agora a igreja traz as benções de Cristo ao mundo. Esse “subir aos céus”, significa que virão a participar da natureza moral e metafísica de Cristo – Efésios 3.19: - E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. É assim que os remidos haverão de participar da natureza de Deus 2 Pedro 1.4: Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela maldade há no mundo. Este é o grande objetivo do Evangelho, o que excede em muito ao comum “perdão” dos pecados, e à futura mudança de endereço para os céus. Colossenses 3.1: ponham agora os seus olhos nos Céus. Atos 1.10-11: Enquanto estavam forçando a vista para olhar novamente o céu, de repente dois homens vestidos de branco apareceram ali entre eles; que lhes disseram: "Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Esse mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado aos céus, voltará da mesma forma como o viram subir". Não pode haver sombra de dúvida de que esses dois varões em vestes brancas eram anjos. Anjos Lucas 22.43: assistiram o nascimento de Jesus. Então um anjo do céu apareceu: confortando e fortalecendo-o. Marcos 16.20: E os discípulos foram a toda parte pregando, e o Senhor estava com eles e confirmava o que eles diziam por meio dos milagres que seguiam suas mensagens. Então Colossenses 1.6: A mesma Boa Nova que chegou até vocês está saindo pelo mundo todo, e transformando vidas em toda parte, tal como mudou a de vocês, naquele primeiro dia mesmo, quando vocês a ouviram e compreenderam a grande bondade de Deus para com os pecadores. “... cooperando com eles o Senhor...”. Em outras palavras, através do seu Espírito Santo, Jesus trabalha com os crentes João 14.15-16: Se vocês Me amam, obedeçam-Me; e Eu pedirei ao Pai e Ele dará a vocês outro Consolador, que nunca deixará vocês. Nesta tua Vida terrena e, após nos céus, quando da perda do corpo físico. Amós 3.7: Por acaso, o Senhor Deus faz alguma realidade espiritual acontecer, sem revelar aos seus servos, seus desígnios? Então é certo dizer! O que está escrito nas Escrituras, revelou-se no passado, está acontecendo no presente, e, será manifesto no futuro. Deuteronômio 29.29: O Senhor nosso Deus tem segredos que não conta a ninguém, mas estas palavras reveladas são para serem conhecidas e obedecidas por nós e por nossos filhos para sempre. Porque tu és povo santo Deuteronômio 7.6: Senhor teu Semeando a Palavra de Deus 113 Deus te escolheu, a fim de lhe seres o seu próprio povo, acima de todos os povos que há sobre a terra. Entretanto: João 1.11: Jesus veio ao seu próprio povo, e os seus não o receberam. João 10.22-42: Está escrito o povo rejeitava a Jesus Cristo. Então aqueles lhe perguntaram: Jesus é ou não o Messias? O povo esperava um Messias diferente! Na realidade o que o povo precisa é de Fé e não de mais provas. Até quando terás a nossa alma suspensa? Se tu és o Cristo, diga abertamente! Respondeu-lhes Jesus: Eu já disse, mas vocês não acreditam; as obras que eu faço pelo poder do Nome do meu Pai, falam a favor de mim, porém vocês não fazem parte do meu povo; eles ouvem a minha voz e acreditam e me seguem. Eu lhes dou a Vida Eterna, e por isso eles nunca morrerão. O poder que o Pai me deu é maior do que tudo. Eu e o Pai somos um. Os judeus pegaram em pedras para mata-lo. O que está escrito na vossa lei? O que está escrito não pode ser anulado! Àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus? Procuravam, pois prendê-lo outra vez, mas Ele escapou de suas mãos. E muitos iam ter com Ele, e diziam: na verdade João não fez sinal algum, mas tudo quanto João disse Deste era verdade. Mateus 26.55: Será que Eu sou algum assaltante perigoso, para que vocês tivessem que se armar de espadas e cacetes antes de poder prender-Me? Eu estava com vocês, ensinando no Templo, e vocês não Me prenderam nessa ocasião. 2 Tessalonicenses 2.1-17: Não se deixem enganar, não obstante o que você ouvir. Porque aquele dia não chegará – a segunda vinda de Cristo – enquanto não acontecer duas realidades: primeiramente, haverá uma grande rebelião do povo de Deus contra o Senhor Jesus Cristo (apostasia), e aparecerá o anticristo, o homem da rebelião - o filho do Diabo. Ele se oporá a todos os deuses que houver, destruindo objetos de culto e adoração. Ele irá e se assentará como deus no templo de Deus, alegando que é o próprio Deus, fazendo os milagres e sinais de Deus. AQUELES TEMPOS FUTUROS SÃO OS NOSSOS DIAS: CRISTÃOS POR ONDE VOCÊS TÊM ANDADO? O QUE ESTÃO ACEITANDO? Mas o que temos de considerar em nossa caminhada espiritual! Apostasia Quer dizer afastamento. O abandono deliberado da crença na fé cristã, por alguém que dizia (ou se diz) seguir essa fé. Então, está a indicar pessoas que não têm compromisso com a Palavra de Deus. Romanos 8.9: Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, (da sua própria natureza humana) mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo. Está a indicar indivíduos sem compromissos, para o descuido e o abandono no tocante à sua fé, embora possam estar acreditando em algumas de suas doutrinas cristã, mas de maneira superficial. A apostasia primitiva está revelada por Deus João19.15: “Fora com Ele!” gritaram “Fora com ele – crucifique Jesus gritava o povo, os sacerdotes e os religiosos do 114 Semeando a Palavra de Deus sinédrio!” “Quê? Crucificar o rei de vocês?” perguntou Pilatos. “Nós não temos nenhum outro rei, além de César”, gritaram os sacerdotes principais. Foi terrível a escolha! A Vinda de Cristo será precedida de manifestações do anticristo. 2 Tessalonicenses 2.3: Não se deixe enganar, apesar do que você escutar de diferente. Aquele dia (Segunda Vinda de Cristo) não chegará enquanto não acontecerem duas realidades manifestas por Deus: primeiro haverá uma época de grande rebelião contra Deus, e aparecerá o homem da rebelião, o filho do inferno, o filho do Diabo, o anticristo. Uma revolta com o abandono dos princípios básicos do cristianismo: o que já assistimos em todos os lugares desse mundo caótico, perverso e desumano, já predizendo a sua presença no mundo, desagregando qualquer vínculo sério com Deus e com Cristo Jesus, numa rebeldia e hostilidade proposital contra Deus. Mateus 24.15: Cristo faz advertências a respeito dessa potestade maligna, que através dos tempos, ocuparia a mente de cristãos e das demais pessoas do mundo, como de fato já temos visto; muitas igrejas cristãs Daniel 11.31: aceitando a abominação desoladora, o anticristo o grande terror, inspirando os falsos pastores a pregar o que for conveniente aos seus desígnios malignos. Compreenda isto Mano: Dentro do ponto de vista cristão, a apostasia, a rebelião contra o Senhor Deus, envolve mais do que a mudança de ideias sobre doutrinas reveladas por Deus; é a entrega da própria “alma cristã”, à vontade das orientações malignas, e não o simples abandono daquilo que antes era seguido, a Verdade de Deus em Cristo Jesus. Os nossos tempos, dentro da apostasia atual, está havendo um afastamento radical de muitos, que abandonam a fé cristã. Esta rebelião está sendo dirigida pelo anticristo, pois, ele faz parte da trindade maligna, a Satanás, o anticristo e o falso profeta, e assim por meio dele será adorado o pai dele, o Diabo. É digna de entendimento esta afirmação: “Não se deixe Enganar” deve-se compreender: feito de propósito contra pessoas, ou, ainda, aqueles que enganam podem ser primeiramente auto enganados, não estando conscientes, inclinados a iludir a outros, ainda que assim o façam, não impedindo a sua realização. E não há o que se falar, por não estar manifesto, no arrebatamento dos remidos, nos tempos da apostasia. Em certo sentido, também se pode aceitar a ideia de substituição, pois a lealdade do povo cristão, que deveriam prestar a Cristo, será recebida temporariamente pelo anticristo. A respeito do anticristo e de sua apostasia ao que você deve estar atento. 2 Pedro 2.1: Mas no passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também haverá entre vocês falsos pastores e mestres. Eles sutilmente introduzirão heresias destrutivas, até mesmo negando o Senhor que os comprou, trazendo sobre si mesmos uma repentina destruição. Onde acontecerá? 1 João 2.18-26: Nas próprias igrejas “ditas cristãs” muitos dos “crentes” deixarão de prestar lealdade ao Senhorio de Cristo, e não mais haverão de considerá-lo único. Nossos tempos, igrejas e denominações inteiras têm sido chamadas apóstatas, devido ao liberalismo teológico, abertura e tolerância a vários Semeando a Palavra de Deus 115 preceitos pagãos; presença de atividades políticas e outras incompatíveis com os ideais cristãos. 1 João 2.22: Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho. Ao negarem a Cristo Jesus, os anticristos 1 João 2.18: negam que Deus é Pai, Não negam a Deus como Ser supremo, mas negam-no como Pai dos remidos. Tentando, assim, introduzir uma doutrina maligna, negando as realidades de Cristo com os seus remidos como está manifesto em 1 João 3.2: É necessário os versículos serem consultados para melhor entendimento espiritual. Uma das principais característicos dele será a capacidade de seduzir, de convencer, de persuadir com astúcia, exercendo influência irresistível sobre as pessoas; de enganar 2 João 7: então Os capítulos décimo primeiro a décimo terceiro do Apocalipse mostram-nos que isso implicará em maravilhas e milagres mentirosos feitos pelo anticristo, sob permissão de Deus, 2 Tessalonicenses 2.9-11: Este homem do pecado, o anticristo, virá como instrumento de Satanás, cheio de poder satânico, e iludirá todo o mundo com espetáculos fora do comum e fingirá que faz grandes milagres, com todo o poder e sinais de prodígio e mentira. E devemos assim, entender o porquê que o Senhor Jesus manifestou-se a respeito Mateus 7.21-24: Nem todos os que falam como gentes religiosas são realmente assim. Tais pessoas podem referir-se a Mim como 'Senhor', porém apesar disso não entrarão no céu. “Porque a questão decisiva é se elas obedecem ao meu Pai do céu ou não”. Então: Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci apartaivos de mim, vós que praticais a iniquidade. Cristãos por onde vocês têm andado? O que estão aceitando? Repetindo: 2 Tessalonicenses 2.9: Este homem do pecado, anticristo, virá como instrumento de Satanás, cheio de poder satânico, e iludirá todo o mundo com espetáculos fora do comum e fingirá que faz grandes milagres, com todo o poder e sinais de prodígio e mentira. Onde estão acontecendo estas realidades? Dentro das igrejas, nos púlpitos, Segundo o Dicionário Michaelis, púlpito significa "Tribuna, na igreja, da qual o sacerdote ou o pastor prega aos fiéis". Peço aos cristãos, aos remidos, observarem o que está revelado por Deus, Nosso Senhor, em 2 Timóteo 2-1-26: leia e considere na tua existência. 1 João 4.1: Então, cristão cuidado com os falsos pastores, faça-se pastor de você mesmo, procure ser um cristão remido, cuidanto de ti mesmo com zelo e sinceridade e Atos 17.11: fazendo da Palavra de Deus as respostas das tuas perguntas. Você tem Jesus Cristo. Apocalipse 19.13: E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. 116 Semeando a Palavra de Deus Gênesis 6.5-12: O Senhor observa que a perversidade do homem tem aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu espírito é sempre e somente para a maldade. A violência domina a terra. Aos olhos de Deus, o mundo está completamente corrompido. Vê o Senhor a maldade satânica dos homens: tudo quanto eles fazem é pura maldade; seus pensamentos pecaminosos, tudo quanto planejam elemento mais importante é corrupção. A rebeldia tornou-se medida, confundindo com liberdade, não percebendo que esse tipo de liberdade é uma forma de escravidão, e por fim, o homem perdeu o poder de fazer o bem, ao qual ele vem se degradando cada vez mais. Todas as pessoas se colocam à disposição do Diab0, o maligno. A violência tornou-se um fator especial da corrupção geral; crimes hediondos estão sendo cometidos, e a idolatria está substituindo a adoração a Deus, o Criador. A justiça está sendo distorcida até pelos governos ditos democráticos, ou não seriam tiranos (?) já que governam injusta e cruelmente, na base da mentira; espalhando toda forma de imoralidade, os homens não cumprem a palavra dada, tornando-se arrogantes e hostis, fazendo ouvidos surdos aos clamores dos necessitados. Romanos 3.9-20: Tal como as Escrituras afirmam: "Ninguém é bom - ninguém no mundo inteiro é inocente”; ninguém jamais seguiu realmente os caminhos de Deus, nem mesmo desejou fazê-lo. Todos se desviaram; todos caíram no erro. Ninguém, em parte alguma, fez só o que é direito durante toda a sua vida nem uma só pessoa. O que falam é abominável e tão sujo quanto o mau cheiro de uma sepultura aberta. Suas línguas estão cheias de mentiras. Tudo o que dizem tem o ferrão e o veneno de serpentes mortíferas. Suas bocas estão cheias de maldição e de amargura. Estão prontos para matar, odiando qualquer um que não concorde com eles; os seus pés são ligeiros para derramar sangue; por onde quer que andem eles deixam a miséria e o transtorno atrás de si. Nunca chegaram, a saber, o que é sentir-se seguro e desfrutar as bênçãos de Deus. Não se importam com Deus, nem tampouco com o que Ele pensa deles. 2 Tessalonicenses 2.1-17: Pois o poder secreto da iniquidade já está agindo (o anticristo). Porém, aquele que o está detendo (o Espírito Santo) continuará até que seja afastado; e com todo tipo de maldade para enganar aqueles que estão indo para a destruição, porque se recusaram a amar a verdade que os poderia salvar; portanto, Deus permitirá que eles, os afastados, creiam de todo o coração nessas mentiras. Mas nós devemos sempre dar graças a Deus por vocês, irmãos, amados do Senhor, porque desde o princípio Deus os escolheu para serem salvos mediante a obra santificadora do Espírito e a fé na verdade. Irmãos o espírito da apostasia já está no mundo, a manifestação do anticristo está em todos os setores da sociedade, inclusive nas igrejas cristãs. Ninguém vos engane! 1 João 4.6: Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos. Permita-se a Deus! REVISTA REVISTA REVISTA Semeando REVISTA Semeando Semeando aSemeando Palavra de Deus aa Palavra Palavra de de Deus Deus a Palavra de Deus Edição – Supervisão Publicação – Distribuição Edição Supervisão Edição ––Supervisão Edição – Supervisão Alcibíades Carvalho R. Silva Publicação––Distribuição Distribuição Publicação Publicação – Distribuição AlcibíadesCarvalho CarvalhoR.R.Silva Silva Alcibíades Tiragem desta revista: Alcibíades Carvalho R. Silva 6.000 desta Exemplares. Tiragem desta revista: Tiragem revista: Tiragem desta revista: A suaExemplares. distribuição é gratuita. 6.000 Exemplares. 6.000 10.000 Exemplares. sua distribuição AAsua distribuição éégratuita. A sua distribuição égratuita. gratuita. Correspondência: Caixa Postal 30003 Correspondência: Correspondência: Correspondência: Cep 21350-970 Caixa Postal 30003 Caixa Postal 30003 Caixa Postal 30003 Cascadura – Rj. Cep 21350-970 CepCep 21350-970 21350-970- Cascadura Rj. Cascadura ––Rj. Cascadura – RJ. 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Salmos 119.105: Salmos 119.105: Salmos 119.105: ASalmos Tua Palavra é lâmpada para 119.105: A Tua Palavra é lâmpada para guiar os meus passos A Tua Palavra é lâmpada para A Tua Palavra é lâmpada para guiar os meus passos éguiar Luz ilumina guiar osque meus passos os meus passos que ilumina oLuz caminho ééLuz que ilumina émeu Luz que ilumina o meu caminho o meu caminho o meu caminho PARA USO DOS CORREIOS PARA USODOS DOSCORREIOS CORREIOS MUDOU-SE PARA USO MUDOU-SE ENDEREÇO INSUFICIENTE MUDOU-SE ENDEREÇO INSUFICIENTE NÃO EXISTE O Nº. INDICADO ENDEREÇO INSUFICIENTE NÃO EXISTE O Nº. INDICADO FALECIDO NÃO EXISTE O Nº. 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SOLICITE UMA BIBLÍA SIMPLES PARA BIBLÍA SIMPLES SOLICITE UMAESCREVENDO ESCREVENDO PARA [email protected] Caixa Postal 30003 CEP 21350-970 Cascadura – RJ [email protected] [email protected] Caixa Postal 30003 CEP 21350-970 Cascadura – RJ Caixa RJ 1 PEDRO 4.11: Use a Revista como Manual PEDRO 4.11:de como Manual 11 ou PEDRO 4.11: Use a Revista Roteiro Ensino da Palavra de Deus. ou Roteiro Roteiro de Ensino da Palavra de Deus. ou SOLICITE REVISTAS SOLICITE REVISTAS [email protected] Caixa Postal 30003 CEP 21350-970 Cascadura – RJ [email protected] [email protected] Caixa Postal Postal 30003 30003 CEP CEP 21350-970 21350-970 Cascadura Caixa Cascadura –– RJ RJ O Caminho para a vida eterna Como se tornar um OOcristão Caminhobem-sucedido para aa vida Caminho para vida eterna eterna Gordon Lindsay Gordon Gordon Lindsay Lindsay Gordon Lindsay RECEBA GRÁTIS ESTE LIVRO INFORMANDO O NOME E O ENDEREÇO COMPLETO DE UMA PESSOA CRISTÃ QUE NÃO ESTEJA EM NOSSO RECEBA GRÁTIS ESTE LIVRO INFORMANDO NOME ENDEREÇO RECEBA GRÁTIS ESTE LIVRO INFORMANDO OONOME E RECEBA GRÁTIS ESTE LIVRO INFORMANDO O NOME EEO OOENDEREÇO ENDEREÇO CADASTRO. COMPLETO DE UMA PESSOA CRISTÃ QUE NÃO ESTEJA EM COMPLETO DE UMACRISTÃ PESSOA CRISTÃ QUE NÃO EM NOSSO NOSSO COMPLETO DE UMA PESSOA QUE NÃO ESTEJA EM ESTEJA NOSSO CADASTRO. CADASTRO. [email protected] CADASTRO. [email protected] [email protected] Caixa Postal 30003 CEP 21350-970 Cascadura – RJ [email protected] Caixa Postal 30003CEP CEP21350-970 21350-970Cascadura Cascadura – RJ Caixa Postal 30003 Caixa Postal 30003 CEP 21350-970 Cascadura –– RJ RJ Para Você que anuncia que ensina a Palavra de Deus Para Você Você que que anuncia anuncia que que ensina ensina a a Palavra Palavra de de Deus Deus Para Para Você que anuncia que ensina a Palavra de Deus 1 Pedro 4.11: Você que é chamado para anunciar a Palavra de Deus, ensinando 1 Pedro 4.11: Você que é chamado para anunciar a Palavra de Deus, ensinando como se oVocê Jesus Cristo estivesse falando Você. Pedro 4.11: que ééSenhor chamado para anunciar a Palavra Palavra de Deus,de ensinando como seVocê opróprio próprio Senhor Jesus Cristo estivesse falandoatravés através de Você.Você Você 11Pedro 4.11: que chamado para anunciar a de Deus, ensinando que é chamado para ajudar espiritualmente outras pessoas, usando como se o próprio Senhor Jesus Cristo estivesse falando através de Você. Você que é chamado para ajudar espiritualmente outras pessoas, usando detodos todos como se o próprio Senhor Jesus Cristo estivesse falando através de Você.de Você os recursos disponíveis que Deuslhe lhe concede; fazendo para em tudo que chamado para ajudar ajudar espiritualmente outras pessoas, usando de todos oséérecursos disponíveis que Deus concede; fazendo para que que em Deus que chamado para espiritualmente outras pessoas, usando detudo todos Deus seja louvado por meio de Cristo, a quem pertence a glória e o poder os recursos disponíveis que Deus lhe concede; fazendo para que em tudo seja louvado por meio de Cristo, a quem pertence a glória e o poder para os recursos disponíveis que Deus lhe concede; fazendo para que em tudotodo para todo o sempre. em prática que Deus estabelece, para dizermos Deus seja louvado porPondo meio de deo Cristo, Cristo, a oquem quem pertence a dizermos glória e poder o sempre. Pondo em prática que Deus estabelece, para pessoas, Deus seja louvado por meio a pertence a glória eo oàs poder às que Jesus Cristo em onós, através do Seu Espírito Santo.Que Joãoo para todo sempre. Pondo emestá prática odo que Deus estabelece, para dizermos quepessoas, Jesus Cristo está em nós, através Seu Espírito Santo. João 14.17-18: para todo oo sempre. Pondo em prática que Deus estabelece, para dizermos às pessoas, que Jesus Cristo está em nós, através do Seu Espírito Santo. João 14.17-18: Que o mundo não pode receber, porque não o Vê, não o conhece, não mundo não pode receber, porque não o Vê, não o conhece, não o procura, às pessoas, que Jesus Cristo está em nós, através do Seu Espírito Santo. Joãomas 14.17-18: Que oomas mundo não pode receber, porque não o Vê, Vê, não o conhece, não onós procura, nós porque o conhecemos, porque Ele habita conosco. o Que conhecemos, Elereceber, habita conosco. Está no Cristão. Ele,noo Cristão. Espírito, 14.17-18: mundo não pode porque não o não o Está conhece, não procura, mas nós nós conhecemos, porque Ele habita conosco. Está no Ele, o Espírito, éa Revelação das Verdades de Cristo e de sua é a Revelação das Verdades de Cristo eEle dehabita sua manifestação, hoje, entre nós, ooprocura, mas oo conhecemos, porque conosco. Estámanifestação, no Cristão. Cristão. Ele, o Espírito, é a as Revelação das Verdades de Cristo e de sua hoje, entre nós, Trazer as pessoas para terem o entendimento daDeus Pahomens. Trazer pessoas para terem o de entendimento da manifestação, Palavra de Ele, o Espírito, é ahomens. Revelação das Verdades Cristo e de sua manifestação, hoje, entre nós, homens. Trazer as pessoas para terem o entendimento da Pa- de lavra de nós, Deus João 16.12-13: é trazer o Espírito nossa Palavra Joãoentre 16.12-13: é homens. trazer o Trazer Espírito nossa presença. A Palavra de A Deus serve hoje, asàpessoas para àterem opresença. entendimento da Pa- aos lavra de Deus Joãoseus 16.12-13: éa trazer o Espírito à nossa presença. A Palavra de Deus serve fins a que destina e oCristo Espírito de Cristo seusde propósitos, aos propósitos, fins que aos se destina oseEspírito de quem define lavra Deusaos João 16.12-13: é trazer o Espírito àe nossa presença. A Palavra de Deus serve aosnossos seus propósitos, aosvos finsguiará a que se destina e Verdade. o em Espírito de Cristo quem define objetivos espirituais: Ele vos guiará toda a Verdade. nossos objetivos espirituais: Ele em toda a Ao guiarmos Deus serve aos seus propósitos, aos fins a que se destina e o Espírito de Cristo quem define nossos objetivos espirituais: EleEspírito, vos guiará em toda a Verdade. Ao guiarmos outras pessoas 2 Pedro 1.21: donós Espírito, para nós outras pessoas 2 Pedro 1.21: dependemos do para mesmos e para as quem define nossos objetivos espirituais: Eledependemos vos guiará em toda a Verdade. Ao guiarmos outras pessoas 2 Pedro 1.21: dependemos do Espírito, para nós mesmos e para as demais pessoas. Aprendemos o que ensinamos. Assim, faça demais pessoas. Aprendemos o que ensinamos. Assim, faça uso desta revista Ao guiarmos outras pessoas 2 Pedro 1.21: dependemos do Espírito, para nós mesmos e para as demais pessoas. Aprendemos o que ensinamos. Assim, uso desta revista comopessoas. manual ouda roteiro de ensino dacomo Palavra defaça Deus, como manual roteiro de ensino Palavra de ensinamos. Deus, recomendação mesmos e para asou demais Aprendemos o que Assim, faça uso desta revista como manual ou roteiro de ensino da Palavra de Deus, como recomendação de estudos para uma ou grupo de pessoas, nos hospitais, estudos paracomo uma manual ou grupo pessoas, nos hospitais, prisões, usodedesta revista oude roteiro de ensino da Palavra de presídios, Deus, como recomendação de estudos para uma ou grupo de pessoas, hospitais, prisões, presídios, asilos,uma abrigos... Utilize-a comonos um meio de eninternatos, asilos, internatos, abrigos... Utilize-a como meio ensinar o Evangelho de como recomendação de estudos para ou um grupo dede pessoas, nos hospitais, prisões, presídios, internatos, asilos, abrigos... Utilize-a como um meio de ensinar o Evangelho de Cristo. Procure Você mesmo autenticar: reconhecendo Cristo.presídios, Procure internatos, Você mesmoasilos, autenticar: reconhecendo como domeio Espírito Santo prisões, abrigos... Utilize-a como um de ensinar o do Evangelho de Cristo. Procure Você mesmo autenticar: reconhecendo como Espírito Santo tudo quantoVocê nelamesmo está escrito. tudo nelade está escrito. sinar o quanto Evangelho Cristo. Procure autenticar: reconhecendo como do Espírito Santo tudo quanto nela está escrito. como Espírito Santo tudo quanto nela está escrito. A do Paz de Cristo. APaz Pazde deCristo. Cristo. A A Paz de Cristo. Remetente: Remetente: Remetente: Remetente: SEMEANDO A PALAVRA DE DEUS SEMEANDO A PALAVRA DE DEUS SEMEANDO A PALAVRA DE DEUS SEMEANDO A30003 PALAVRA DE DEUS CAIXA POSTAL - CEP 21350-970 – CASCADURA CAIXA POSTAL 30003 - CEP 21350-970 – CASCADURA –– RJ. RJ. CAIXA POSTAL 30003 - CEP 21350-970 – CASCADURA – RJ. CAIXA POSTAL 30003 - CEP 21350-970 – CASCADURA – RJ. [email protected] [email protected] [email protected] [email protected]