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Ano 6 • Número 9 / 2016 • acesse: www.semeandoapalavradedeus.com
Mateus 24.3-5:
Mateus
24.3-5:
SenhorMateus
que acontecimentos
24.3-5: marcarão
Senhor
tua acontecimentos
volta
e o fim domarcarão
mundo?
Senhoraque
que
acontecimentos
marcarão
aa tua
volta
e
o
fim
do
mundo?
Jesus
respondeu-lhes:
Cristãos
tua volta e o fim do mundo?
Jesus
respondeu-lhes:
Cristãos
devem
ter sempre cuidado
para
Jesus
respondeu-lhes:
Cristãos
devem
ter
sempre
cuidado
para
devemnão
ter serem
sempreiludidos
cuidadopelos
para
não
iludidos
falsos
pastores;
aindapelos
mais nesses
não serem
serem
iludidos
pelos
falsos
pastores;
ainda
mais
dias
próximos
do mais
meu nesses
retorno
falsos
pastores;
ainda
nesses
dias
próximos
pois,
muitos do
virão
emretorno
meu nome
dias
próximos
do meu
meu
retorno
pois,
muitos
nome
disfarçando-se
de em
meus
mensageiros,
pois,
muitos virão
virão
em meu
meu
nome
disfarçando-se
de
meus
mensageiros,
e possessos de demônios
enganarão,
disfarçando-se
meus mensageiros,
e possessos
demônios
enganarão,
fazendode
com
que muitos
crentes
e possessos
de
demônios
enganarão,
fazendopercam
com que
muitos
crentes
a sua
salvação.
fazendo com que
muitos
crentes
percam a sua salvação.
Mateus 7.15:
É um
Aviso
para todas as épocas.
percam
a sua
salvação.
Mateus 7.15: É um Aviso para todas as épocas.
Mateus 7.15: É um Aviso para todas as épocas.
JESUS CRISTO
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n0
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Vida, morte e ressurreição de
Efésios 6.12:
Não estamos lutando contra pessoas feitas de carne/sangue – o homem –
mas contra indivíduos sem corpo – os reis malignos do mundo
invisível – esses poderosos seres satânicos e grandes príncipes malignos
das trevas que governam este mundo; e contra um número tremendo de
espíritos malignos que vivem no mundo espiritual.
Estejamos firmes contra as ciladas do diabo.
Efésios 6.11: Tal como o poder é de Deus, assim também o é a armadura, as armas
de ataque e de defesa que o Senhor nos confere para o combate espiritual. Essa
armadura compõe-se da Verdade, de uma retidão de vida, do poder espiritual que
provém do Evangelho, da Fé, da operação íntima do Espírito Santo no homem
interior, que nos conduz na direção de nossa herança eterna na Palavra de Deus, em
sua mensagem remidora e fortalecedora em Cristo Jesus, com suas muitas provisões.
Um profundo Preparo Espiritual. Devemos entender, para que o combate seja
vitorioso, não acontecerá, se nos contentarmos com algo menor que isso. Há tantos
cristãos malsucedidos no mundo, ilustrando o fato de que não se fortalecem com
todas as provisões divinas que lhes são propiciadas, por motivo de preguiça, de
indiferença, ou por não reconhecerem a seriedade da batalha, e a força astuta do
inimigo, chamado Satanás. Estar firme contra as ciladas do Diabo quer dizer? Estar
vigilante contra todas as suas investidas, seus planos e esquemas que ele preparou
contra você, colocando demônios de plantão à espera do momento oportuno.
O império de Satanás é governado com uma norma fixa, e sua guerra é levada a
efeito com um sistema estratégico que procura tirar vantagens de cada oportunidade
de ataque a uma pessoa. As múltiplas combinações do erro, várias artes da sedução e
da tentação, as múltiplas formas de artifícios da injustiça para atrair alguém,
constituem as ciladas do Diabo. Tantos indivíduos espirituais de bom caráter, como
aqueles de péssima índole, habitam nos lugares celestiais, sem isso querer dizer que
habitam exatamente nos mesmos lugares ou campos celestiais, pois existem muitas
dessas dimensões, algumas ocupadas por pessoas de bom caráter, e outras ocupadas
por indivíduos malignos, embora todos eles pertençam à categoria espiritual. O
termo principado se refere a uma ordem superior, que possuem autoridade sobre
grandes regiões e sobre muitíssimos indivíduos humanos; ao passo que potestades se
refiram a governantes subordinados aos príncipes (principados). Há muitos poderes
espirituais de diferentes categorias e desiguais potências; alguns desses poderes são
malignos, fazendo guerra neste mundo contra o bem e a verdade; esses poderes são
os nossos adversários, porque têm fácil acesso até esta terra, motivo pelo qual são
chamados de “dominadores” deste mundo, 2 Coríntios 4.4: visto que seu poder se
estende ao universo, a esfera da existência humana; e isso serve para ilustrar a
seriedade da luta espiritual em que nos encontramos. Cristãos, mostrai-vos dignos de
vossa chamada, andai como filhos da Luz e possuireis o Reino Eterno, e digo: cada
indivíduo humano (nós da terra) levará consigo, para o próximo estágio da sua
existência, as consequências de sua passagem nesta terra. O Diabo trabalha para que
a pessoa vá para suas regiões celestiais. Resista Efésios 4.27: ao Diabo. – é uma
advertência para todas as pessoas – Pense. Mas, essa herança dependerá sempre da
escolha de cada um, não por causa de sua vontade individual, mas por causa da
Graça e da Vontade de Deus, que na pessoa está manifesta, conforme essa graça for
aceita ou rejeitada. Sim, vivemos num ambiente hostil, face nossa condição cristã, e
neste mundo, como está escrito em 1 Pedro 5.8: Deus aconselha a estarmos em
constante vigília, pois o Diabo, nosso adversário, anda ao derredor de nossas vidas,
procurando o momento adequado para nos atacar. Acredite nisto. Então. Trevas
significando pecado, depravação, aquelas atitudes que caracterizam os poderes
espirituais malignos e os seres humanos Lucas 11.24-26: por eles capturados. Sim, os
indivíduos malignos são, por si mesmos, trevas; e os homens que vivem no pecado,
habitam na atmosfera das trevas. 2 Coríntios 4.4: Este mundo, em seu estado
presente, se caracteriza por trevas, por se habitação Lucas 1.79: de homens não
remidos. O estado eterno dos indivíduos malignos também é chamado de trevas.
2 Coríntios 10.3-4:
É verdade que eu sou um ser humano comum e fraco, porém não emprego
planos e métodos humanos para ganhar minhas batalhas. Uso poderosas armas
de Deus - e não as que são feitas por homens - para derrubar as fortalezas
do diabo. Tiago 4.7: Estou sujeito a Deus e resistindo ao Diabo. Amém.
Semeando a Palavra de Deus
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Amós 3.7:
Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma,
sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.
Jeremias 7.25-26: Mas eles não me ouviram nem me deram atenção.
Antes, tornaram-se obstinados e foram piores do que os seus antepassados.
Isaías Capítulos 52.53.54.55:
Isaías 52.14.b: sua aparência estava tão desfigurada, que Ele se tornou irreconhecível
como homem; não parecia um ser humano; Quem deu crédito à nossa pregação? E a
quem se manifestou o braço do Senhor? Aos olhos de Deus Ele era um pequeno ramo,
brotando de uma raiz em terra seca. Mas para nós Ele não tinha beleza alguma; não
havia nada nEle para nos atrair ou para nos agradar. Nós O desprezamos e rejeitamos:
Ele era um Homem que conhecia, por experiência própria, a dor e o sofrimento.
Achamos que Ele não merecia nem ser olhado por nós; não demos a menor importância a
Ele. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou
sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Entretanto, Ele
colocou sobre Si mesmo as nossas dores, Ele mesmo carregou nossos sofrimentos. E nós
ficamos pensando que Ele estava sendo castigado por Deus por causa de seus próprios
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Semeando a Palavra de Deus
pecados! A verdade, porém, é esta: Ele foi ferido por causa de nossos pecados; seu corpo
foi maltratado por causa de nossas desobediências. Ele foi castigado para nós termos paz;
Ele foi chicoteado pisado humilhado, mas, por suas feridas nós fomos curados! Nós
andávamos perdidos e espalhados como ovelhas! Nós abandonamos os caminhos de Deus
e seguíamos os nossos próprios caminhos; apesar disso Deus jogou sobre Ele a culpa e os
pecados de cada um de nós. Ele foi maltratado e humilhado, mas não disse uma única
palavra! Foi levado para a morte como um cordeiro vai para o matadouro; como a
ovelha fica muda diante de quem corta a sua lã, Ele não disse nada aos seus juízes e
acusadores! Foi condenado num julgamento injusto e mentiroso; entre o seu povo ninguém
foi capaz de imaginar por que Ele foi morto - pelo castigo dos pecados deles; pela
transgressão do meu povo ele foi atingido. Morreu como um criminoso, mas foi enterrado
junto com os ricos; pois nunca cometeu injustiça ou falou mal de outra pessoa. Apesar
disso, o plano perfeito do Senhor Deus exigia sua morte e seu sofrimento. Mas depois de
dar a sua vida como oferta pelo pecado, Ele vai ressuscitar, vendo os muitos filhos que
ganhou através da fé, Ele cumprirá com sucesso a vontade do Senhor Deus. E, quando
Ele puder ver o resultado do seu terrível sofrimento, ficará muito satisfeito. Através de
tudo o que passou, o meu Servo, o Justo, fará muitas pessoas se tornarem justas diante
de Mim, porque Ele mesmo levará sobre Si os pecados delas. Por causa disso Eu darei
a Ele grandes honras e muito poder, porque Ele entregou sua vida a ponto de ir até à
morte. Foi considerado um pecador; contudo levou sobre Si os pecados de muita gente e
orou a Deus em favor dos pecadores e de seus transgressores. As montanhas podem
sumir, os morros podem desaparecer, mas nada pode separar você do meu amor eterno.
O trato de paz que Eu fiz em seu favor nunca terminará. Quem faz essas promessas é o
Senhor, que tem carinho especial por você, dizendo que minha aliança de paz contigo
nunca será quebrada. Com justiça serás estabelecido; estarás longe da opressão, porque já
não temerás; e também do terror, porque não chegará a ti. Inclinai os vossos ouvidos, e
vinde a mim ouvi, e a vossa alma viverá porque convosco farei um pacto perpétuo,
dando-vos as firmes beneficências prometidas a Davi. Busquem ao Senhor enquanto
podem achar. Peçam sua ajuda, enquanto Ele está perto. Que as pessoas perversas
mudem a sua maneira de viver; abandonem seus maus caminhos; devem deixar de lado
seus maus pensamentos. Todos devem se voltar para Deus, arrependidos! Assim, Deus
mostrará a sua grande misericórdia, o Senhor mostrará como é imenso o seu perdão.
Assim ocorre com a palavra que sai da minha boca: ela não voltará para mim
vazia, mas fará o que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei.
Então: Busquem ao Senhor enquanto podem achar. Peçam sua ajuda, enquanto Ele
está por perto. Hebreus 10.39: Que você, cristão, não seja igual àqueles que
recuam para perdição, mas que tem fé para conservar íntegra tua alma.
Semeando a Palavra de Deus
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João 19.15: “Fora com Ele!" gritaram "Fora com ele crucifique Jesus!" "Quê? Crucificar o rei de vocês?"
perguntou Pilatos. "Nós não temos nenhum outro rei, além de
César", gritaram os sacerdotes principais. (BVP)
2 Tess. 2.1-17: Os últimos dias de Jesus Cristo
como exemplo Bíblico da apostasia atual.
João 1.11.12: Veio para o que era seu, e os seus não o
receberam. Em sua própria terra entre seu próprio povo,
Ele não foi aceito. Mas, a todos os que o recebem, Ele dá o
direito de se tornarem filhos de Deus. Tudo o que nós
precisamos fazer é confiar Nele como Senhor.
Os Evangelhos Mateus, Marcos, Lucas, João.
Mateus 26.47-55: Enquanto Jesus ainda falava, chegou Judas, um dos doze, com ele
estava uma grande multidão armada de espadas e porretes, enviados pelos chefes dos
sacerdotes e líderes religiosos do povo. Então Jesus falou à multidão: "Será que Eu sou
algum assaltante perigoso, para que vocês venham armados de espadas e porretes para me
prender?” Eu estava com vocês, ensinando diariamente no Templo, e vocês não Me
prenderam nessa ocasião! Jesus pregava abertamente a mensagem do
arrependimento para a entrada em um Reino Espiritual; mas,
aquela multidão de pessoas tratava a Cristo como se Ele fosse
um bandido comum, um assaltante sem princípios.
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Semeando a Palavra de Deus
Marcos 14.53: Os que prenderam Jesus o levaram a Caifás, o sumo sacerdote, em cuja
casa se havia reunido os mestres da lei e os líderes religiosos. Mateus 26.59-68: Os
principais dos sacerdotes, o Supremo Tribunal judaico inteiro reunira-se e procuravam
testemunhas que mentissem a respeito de Jesus, a fim de formarem contra Ele um
processo que desse como resultado uma sentença de morte. Embora eles achassem muitos
que concordaram em serem testemunhas falsas, elas sempre se contradiziam umas às
outras. Deuteronômio 19.15: Finalmente acharam dois homens que declararam: Este
homem disse: 'Eu sou capaz de destruir o templo de Deus e reconstruir em três dias.
Então o sumo sacerdote levantou-se e disse a Jesus: Você não vai responder à acusação
que estes lhe fazem?”Mas Jesus permaneceu em silêncio. Então o sumo sacerdote disse:
“Eu te ordeno em nome do Deus vivo, fale para nós se você é o Cristo, o Filho de
Deus”. Jesus respondeu a ele: Foi você mesmo que disse isso. Mas eu falo a todos vocês:
Vocês verão o Filho do Homem sentado ao lado direito do Deus Todo-Poderoso e
vindo sobre as nuvens do céu. Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo:
Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a
sua blasfêmia. Qual é seu julgamento? Eles responderam: Ele merece a morte. Então
começaram a cuspir no rosto de Jesus, a dar socos e ainda outros davam tapas Nele,
dizendo: Profetiza-nos, Cristo, quem é o que te bateu? 1 João 4.3: E todo o espírito
que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do
anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo. Mateus 26.47:
Enquanto Ele ainda falava, chegou Judas, um dos Doze. Com ele estava uma grande
multidão armada de espadas e varas, enviada pelos chefes dos sacerdotes e líderes
Semeando a Palavra de Deus
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religiosos do povo. Mateus 4.24.25: A notícia dos seus milagres espalhou-se até além das
fronteiras da Galiléia, de tal modo que começou a vir gente para ser curada, mesmo de
regiões distantes, como a Síria; qualquer doença ou sofrimento que fosse; se estivessem
possessos de demônios, se fossem loucos ou paralíticos, Ele curava a todos. Multidões
enormes o seguiam aonde quer que Ele fosse, gente da Galiléia, das Dez Cidades, de
Jerusalém, de toda a Judéia, e até do outro lado do rio Jordão. As mesmas multidões
que o seguiram e foram testemunhas de seus milagres, agora incitados pelos
falsos mestres, pelos religiosos guiados por espíritos malignos, pelos falsos
pastores de plantão, pediam a morte de Cristo.
Mateus 27.3-4: Nisso, Judas,
o traidor, quando viu que Jesus tinha sido condenado à morte, com muito remorso pelo
que tinha feito, trouxe de volta o dinheiro aos sacerdotes principais e aos líderes religiosos
do povo. “Eu pequei, pois eu traí um homem inocente”. Eles responderam: “Que importa
isso a nós”. “A responsabilidade é sua". Satanás ao realizar seus objetivos por
intermédio de Judas o abandonou, e desaparecendo essa influência maligna
Judas teve sentimentos de misericórdia comuns à humanidade, “... que nos
importa...”. O que era importante para aqueles líderes religiosos era que conseguissem
assassinar com êxito a Jesus, e não que fosse feita a justiça. Observamos como o pecado
trabalha em segredo, obscurecendo em trevas o raciocínio das pessoas, de como a maldade
pode tornar-se mais grave; como um mal irreversível pode resultar desse processo com
suas consequencias terríveis. Lucas 23.1-25: E a multidão levou Jesus a Pilatos. E
começaram a acusá-lo, dizendo: Havemos achado este pervertendo a nossa nação,
proibindo dar o tributo a César, e dizendo que ele mesmo é Cristo, o rei. Assim,
acusando-o de sedição, perturbador da ordem pública, desordeiro, rebelde, e de outras
coisas, tentavam de todas as maneiras a enquadrar Jesus de fazer atividades políticas
contra Roma, para induzir a Pilatos dar a ordem de morte contra Jesus. Pilatos tinha
conhecimento de que as acusações eram falsas contra Jesus. Na realidade, o ódio das
autoridades religiosas e das multidões fora criado pelo fato de que Jesus não aceitou a
natureza política que queriam atribuir a Ele. Lucas 23.4: E disse Pilatos aos principais
dos sacerdotes, à multidão: Não acho culpa alguma neste homem. Aqui temos o protesto
de Pilatos, apresentando a inocência de Jesus, tentando mostrar que o verdadeiro poder
maldoso por detrás das acusações era proveniente das autoridades religiosas. Este
versículo serve para mostrar a grande insistência das autoridades religiosas, os quais não
queriam dar ouvidos à razão, nem aceitando parecer de Pilatos favor de Jesus;
evidenciando que essas autoridades religiosas tinham abrigado o maligno no espírito e
estavam sedentas de sangue. João 18.33: Então Pilatos entrou de volta no palácio e
ordenou que trouxessem Jesus: "Você é o Rei dos Judeus"? Perguntou. Jesus estava
diante de Pilatos, o qual já ouvira diversas acusações feitas contra Ele, algumas das
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Semeando a Palavra de Deus
quais eram de natureza política. Seria Jesus um ativista político, um radical, conforme
havia sido apresentado pelos seus acusadores? É como se Pilatos tivesse indagado de
Jesus: “O que tens tu a dizer sobre ti mesmo”? João 18.34: Respondeu Jesus: Dizes isso
de ti mesmo, ou foram outros que te disseram de mim? Jesus queria fazer distinção entre
o que era autêntico e o que não passava de acusações falsas dos líderes religiosos. Queria
que Pilatos soubesse, com base nessa pergunta, que não poderia confiar naqueles religiosos
ardilosos, falsos e sedentos de sangue, em qualquer coisa que eles lhe pudessem ou
quisessem dizer. Jesus sempre demonstrou um ativismo religioso a favor do Reino de
Deus, falando do arrependimento da necessária renovação espiritual, significando que
toda a atividade de Jesus n0 mundo visava derrubar o mal e a impiedade. Judas 1-25:
Homens negando a graça de Deus e o Senhor nosso Jesus Cristo. João 18.35: “E eu lá
sou judeu"? Disse Pilatos. O seu próprio povo, e os sacerdotes principais, trouxeram
você aqui. Por quê? O que fizestes? O que Pilatos está argumentando? “Tenho por
acaso, estado presente nas sinagogas ou no templo a escutar os mestres exporem sua
tola teologia”? “Pare com essa tolice e diz por que razão a tua própria gente te
entregou a mim”? “Por que eles te odeiam”? “Deve haver algum motivo, pois de
outro modo não estarias aqui agora”! Que fizeste afinal? João 18. 36: Respondeu
Jesus: O meu reino não é deste mundo se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os
meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus. O meu reino não é daqui.
Jesus não negou seu caráter real e que tinha um Reino que não era de origem terrena ou
de natureza política. A razão central pela qual Jesus perdeu popularidade sendo rejeitado
foi porque não veio para assuntos políticos, sua mensagem era por demais espiritual
retratando o Reino como a posse da vida eterna. O versículo aponta para a inocência de
Jesus, que não contava com soldados, que não tinha qualquer grupo armado, que não
fazia parte de qualquer movimento político.
Aqui este adendo para atender a uma influência do Espírito Santo.
Provérbios 14.12: Muitas pessoas são sinceras em sua fé - muitas sinceramente erradas acreditando em ensinamentos espirituais que nada mais são do que opiniões humanas, pela
maneira de pensar, de julgar o que foi manifesto por Deus. Aqui está a dificuldade, o
embaraço, deixando de ouvir João 16.13: o Espírito Santo para aceitar Colossenses 2.423: falsos pastores com palavras persuasivas, conseguindo convencer as pessoas, membros
de suas igrejas de concordarem com suas opiniões e decisões enganosas. Não deixem
ninguém os desqualificar: portanto, ninguém vos julgue pelo comer, pelo beber, pelos dias
de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, domingos ou de qualquer outro rudimento do
mundo. Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos preceitos do mundo, por que vos
carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques não
provem, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e
doutrinas dos homens. Há um grande perigo para o cristão que não sabe julgar por si
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mesmo, Atos 17.11: não sabendo formar seu próprio conceito a respeito de sua condição de
ser um ungido de Deus, um escolhido, habitação do Espírito Santo. Pense nisto: João
14.6: todas as igrejas são caminhos que levam as pessoas para um mesmo destino? Por
que tantas igrejas? Todos os caminhos levam as pessoas para a eternidade? Não siga a
multidão, só porque são muitos, pois foi a multidão que setenciou Jesus à morte. Não
permitam que outros lhes estraguem a fé e a alegria com suas filosofias, suas soluções
erradas e superficiais baseadas em idéias e pensamentos humanos, em lugar daquilo que
Cristo revela em sua Palavra. Hebreus 8.6-7: Mas Cristo, como ministro do céu, foi
recompensado com um trabalho muito mais importante do que os que servem sob as leis
antigas, pois o novo acordo que Ele nos oferece da parte de Deus contém promessas
muito mais importantes. O velho acordo não deu resultado nenhum. Se tivesse dado, não
teria havido nenhuma necessidade de outro para substituí-lo.
Hebreus 9.15: Cristo é
mediador duma Nova Aliança entre Deus e as pessoas, para que todos aqueles que são
chamados, possam receber a herança eterna que Deus prometeu.
João 18.37: Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu
dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de
dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
Jesus declarava a sua qualidade de rei, posto que de natureza espiritual. Dessa maneira
o Senhor Jesus fez boa confissão diante de Pilatos, de forma verdadeira e convicente.
Pilatos pouco interesse tinha por religiosos radicais, ele já tinha sua resposta, suas
convicções, mas precisava de evidências para libertar a Jesus. Todo aquele que é da
verdade ouve a minha Voz. João 18.38: "Que é a verdade?" Exclamou Pilatos.
Depois ele saiu outra vez onde o povo estava e disse: "Pelo meu exame, não há nada
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Semeando a Palavra de Deus
contra ele”. Não acho nele crime algum. “... Perguntou-lhe Pilatos: Que é a
Verdade?...”. Jesus não respondeu? O próprio Pilatos deu a resposta correta! "Não
acho Nele motivo algum de acusação”. Aqui está a Verdade!
Pilatos... “Quem aqui se importa com a verdade, oh Jesus”.
Pilatos poderia estar pensando: “Esse Reino de que fala Jesus, não interfere em nada
nos interesses romanos aqui em Jerusalém: que tenho eu a ver com províncias e reinos
que não podem pagar tributos, que não podem produzir qualquer exército contra nós”?
“Não passas de um fanático, e não representas qualquer ameaça política real”. Apesar de
suas contradições, estava convicto de sua inocência e proclamou essa opinião à multidão
que o esperava. Declarou que Jesus não era culpado de crime algum e, nada do que era
acusado tinha sentido. “... eu, não acho nele crime algum...”. É como se Pilatos houvesse
dito à multidão: “Quanto a vocês, tendes encontrado falta nele, injustamente, é por motivo
de ódio e preconceitos religiosos e por causa de sua inveja; mas, quanto a mim, não
encontro crime algum neste homem”. Lucas 23.13-16: Então Pilatos reuniu os sacerdotes
principais e 0s outros lideres dos judeus, juntamente com o povo anunciando sua sentença:
"Vocês me trouxeram este Homem acusando-o de provocar uma revolta contra o
governo”. ”Eu O interroguei e considero Jesus inocente”. Nem Herodes, pois ele o
mandou de volta para nós. Como pode ver, ele nada fez que mereça a morte. Castigá-loei, pois, e soltá-lo-ei. Pilatos interpretou o fato de Herodes ter soltado Jesus como num
parecer a Ele favorável, de inocência, e então, nesta oportunidade, declara-se justificado,
em suas primeiras impressões de que Jesus não era nada daquilo que declaravam acerca
Dele. Pilatos sugeriu uma punição menor, de conformidade com as “perturbações” que
Jesus teria provocado um castigo de açoites que, apesar de simples, foi cruel e injusto. A
declaração de Pilatos foi feita para os oficiais (religiosos) judeus que procuravam agitar o
povo, a fim de que a multidão exigisse a morte de Jesus. Com essa punição Pilatos
esperava aplacar a ira dos judeus, porquanto temia tomar uma posição aberta em favor da
Justiça. Mateus 27.15: Em toda a festa da Páscoa, Pilatos costumava soltar um dos
presos, a pedido do povo. Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém pela
páscoa. Quereis que vos solte o Rei dos Judeus? Na esperança de que aqueles líderes
eclesiásticos ainda tivessem algum vislumbre de misericórdia para com a pessoa de Jesus,
julgou que eles talvez quisessem revelar essa compaixão, permitindo que esse costume
beneficiasse a Jesus. Talvez (?). Pilatos agiu assim porque não sabia quão profundo era o
ódio das autoridades religiosas dos judeus contra Cristo; ainda, caiu no erro (?) de
chamar Jesus de Rei dos Judeus, pois isso enfureceu mais ainda a multidão. Nota: o
costume da anistia em tempos festivos é universal e acontece aos nossos dias. Mateus
27.16: Nesse tempo tinham um preso notório, chamado Barrabás. Marcos 15.7: E havia
um chamado Barrabás, que, preso com outros revolucionários, tinha num motim cometido
Semeando a Palavra de Deus
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uma morte. Assassino/revolucionário. É provável que fosse líder de alguma revolta
contra romanos, sendo culpado pelo próprio crime pelo qual os judeus tentavam livrar-se
de Jesus, acusando-o falsamente diante de Pilatos. João 18.40; Pelos acontecimentos os
principais sacerdotes persuadiram a multidão a pedir a soltura de Barrabás, pois se
misturavam com as multidões, orientando-as do que deveriam exigir. 1 João 4.1-6: Mas
aquele que não confessa a respeito de Jesus, não vem de Deus. Essa pessoa tem o
espírito do anticristo, sobre o qual vocês ouviram que está vindo ao mundo e, de fato, já
está aqui. Barrabás ou Cristo? Mateus 27.17: Pilatos perguntou à multidão que ali
se havia reunido: "Qual destes vocês querem que lhes solte: Barrabás ou Jesus”?
Barrabás representava revolução pela força pela violência. Jesus representava a
revolução espiritual, promovendo as realidades espirituais nas almas dos homens. A
multidão preferiu Barrabás. Em face da conduta violenta e irracional das autoridades
religiosas. Pilatos sabia que Jesus era inocente. Mateus 27.18: Pois sabia que por
inveja o haviam entregado. Esse foi um dos pretextos, mas as narrativas dos
evangelhos deixam claro que havia muitos outros motivos planejados. Pilatos teve
percepção suficiente para julgar a natureza humana. Notou que olhavam para Jesus com
ódio. Os líderes religiosos odiavam a Jesus porque Ele atraíra a atenção do povo sendo
aclamado pelas multidões; “esses religiosos” eram atores, iguais aos de hoje, que para
atrair “adeptos” fazem todo o tipo de propaganda legalista, e aqueles tais, e os atuais
religiosos fazem de tudo, quando a sua audiência lhes é tirada. Bem! Mateus 27.19:
Estando Pilatos sentado no tribunal, sua mulher lhe enviou esta mensagem: "Não se
envolva com este inocente, porque hoje, em sonho, sofri muito por causa dele". Mateus
fala de várias revelações dadas por meio de sonhos, verifique Mateus 1.20: 2.12: 2.13: 2.19:
Alguns acreditam que a ocorrência teve origem sobrenatural, um anjo, ou outra
personalidade celestial, tenha falado com ela, quando sonhava. Seja como for a mensagem
era autêntica. Ela sabia que Jesus era justo, sendo melhor para seu esposo não se
envolver em sua morte. Posteriormente, após haver sido deposto, Pilatos foi forçado a
cometer suicídio. Ora, não é impossível que se tivesse dado ouvidos à sua mulher, pudesse
ter escapado dessa morte trágica. Alguns atribuem esse sonho a Deus (Agostinho um
deles). Outros a Satanás (Inácio, Beda) afirmando que era um ardil para impedir a
morte expiatória de Cristo. É de se falar que foi uma mulher, e pagã, por sinal a única
pessoa a se apresentar em defesa de Jesus, naquelas horas cruciais, como está registrado
na Bíblia: em o único grito de protesto contra o que estava sendo feito a Jesus. É isso um
fato realmente notável. Mateus 27.20: Mas os chefes dos sacerdotes e os líderes
religiosos convenceram a multidão a que pedisse Barrabás e mandasse
executar Jesus. As autoridades religiosas temeram que a manobra de Pilatos desse
resultado. Talvez o povo escolhesse a Jesus, se pudesse ter tomado uma decisão
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Semeando a Palavra de Deus
independente. Os líderes religiosos fizeram discursos inflamados às multidões ali reunidas.
Naquele momento, e houve tantos outros que não deram certo, Jesus estava quase no
lugar onde essas autoridades desejavam, e não haveriam de permitir que ele escapasse
mediante qualquer defesa de Pilatos. Precisavam do apoio popular, a fim de que Pilatos
não resistisse às exigências deles. Repetiram as acusações mentirosas em palavras
maliciosas, convencendo o povo que Jesus era o verdadeiro inimigo. Nada poderia fazer
parar o avanço brutal da maldade naquele dia. Estavam sedentos de sangue. Ficaram
desapontados por causa das atitudes não políticas de Jesus; e agora, por ironia, à base de
uma falsa acusação de crime político, estavam prestes a assassiná-lo. E foi assim que a
turba preferiu um destruidor de vidas humanas ao Salvador dos homens. Mateus 27.21:
Então, quando o governador perguntou outra vez: "Qual destes dois eu devo
soltar para vocês?" a multidão respondeu gritando: "Barrabás!". A resposta dos
religiosos da multidão? Barrabás. Era uma multidão maleável e tremendamente
pervertida; há poucos dias haviam proclamado Jesus como Rei, enquanto as crianças
entoavam os seus louvores, a ponto das autoridades religiosas chegarem ao desespero, por
estar Jesus recebendo tão calorosa aprovação do povo em geral, reconhecendo-o como
um dom de Deus, mas agora preferiam assassiná-lo. A corrupção espiritual 1 João 4.1:
sempre atenderá a falsos líderes religiosos a serviço do Diabo, instigando, conduzindo
seus seguidores a fazerem escolhas erradas, pervertendo o Evangelho de Cristo. 2 Pedro
2.19: Prometendo-lhes liberdade, eles mesmos são escravos da corrupção, pois o homem é
escravo daquilo que o domina, de qualquer coisa que o controle. Mateus 27.22: Disselhes Pilatos: Que farei então de Jesus? Chamado Cristo? Disseram-lhe todos:
Seja crucificado. Em sentido real essa pergunta é a mais importante indagação que
alguém se pode fazer e, Filipense 2.10: num determinado momento todos terão de
enfrentá-lo! É a pergunta fundamental da existência humana. Alguns como aquela
multidão, desprezam-no, e não percebem a necessidade de trazê-lo à memória,
ocultando-o de suas almas, não compreendendo o quanto a Jesus é necessário para a
manutenção da sua existência eterna. As guerras são características das gerações que se
esquecem de Deus, preferindo seus Barrabás. O fato é que, hoje, em muitas das igrejas
espalhadas pelo mundo, com estímulo de seus líderes, 2 Tessalonicenses 2.3-4: viessem a
escolher novamente a Barrabás, e não a Jesus. “... Seja crucificado...”. Essas palavras
indicam o poder o ódio maligno norteando suas mentes: poderiam simplesmente ter
condenado Jesus no estilo judaico, apedrejamento, mas quiseram que a crueldade mais
extrema fosse aplicada a Jesus. Mateus 27.23: Pilatos, porém, disse: Pois que mal fez
ele? Mas eles clamavam ainda mais: Seja crucificado. Pilatos procurava conciliação, um
acordo, ao invés de ordenar que aquele homem inocente fosse liberto, assumindo ele
mesmo com a responsabilidade de seu ato, mas, pensava: não lhe parecia certo, em última
Semeando a Palavra de Deus
11
análise, que o bem estar de um único homem fosse considerado mais importante do que a
segurança da cidade inteira. Achava ser possível uma revolta, com a perda de muitas
vidas; melhor seria que se perdesse uma única vida, do que se criasse uma rebelião
popular. Em ação repetida a multidão gritava “Seja Crucificado”. Era como um
espetáculo de gladiadores, com todos os polegares voltados para baixo. Pilatos declarava
a inocência de Jesus, mostrava-se insistente; mas não tinha chance contra aquela massa
humana furiosa, desprezível, insensata, cruel e insensível. Mateus 27.24: Quando Pilatos
percebeu que não estava obtendo nenhum resultado, mas, ao contrário, estava se iniciando
um tumulto, mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão e disse: "Estou
inocente do sangue deste homem; a responsabilidade é de vocês". Lembrava-se do sonho de
sua esposa; fazendo a única coisa que podia, sob tais condições, e que lhe parecia isentá-lo
de culpa na crucificação que teria lugar. Pilatos adotou aqui um costume judaico, a fim
de que os judeus entendessem que ele não compartilhava daquele derramamento de sangue,
sobre o qual tanto insistiam, provavelmente esperando que com isso conseguisse dissuadílos de sua perversa ação. Pilatos lavou as mãos, mas não a alma, e ao entregar a Cristo,
a quem pronunciara inocente, condenou a si
mesmo. Mateus 27.25: Todo o povo
respondeu: "Que o sangue dele caia sobre
nós sobre nossos filhos!" É como se tivessem
dito: “Pilatos estás livre de culpa; a culpa
seja nossa – sofreremos as consequências”.
Mateus 27.26: Então Pilatos soltou-lhes
Barrabás. Depois mandou chicotear
Jesus, e o entregou aos soldados romanos
para que fosse crucificado. O açoite era
feito de uma tira de couro, na ponta da qual
havia um pedacinho de chumbo e, com
frequência esse espancamento reduzia o
corpo a uma massa de carne sangrenta.
Atente: naturalmente Barrabás estava
sendo libertado porque Cristo levou o
castigo que ele merecia, tornando-se um
símbolo de todos os pecadores que se
beneficiam com a morte de Cristo
e sua expiação.
Mateus 27.27: Mas primeiro eles levaram Jesus para o pátio do quartel e chamaram a
tropa toda. Os soldados reuniram-se como “platéia” para o açoite, que era o primeiro
passo para execução da sentença de morte por crucificação. Para os soldados isso era um
12
Semeando a Palavra de Deus
grande esporte; e, mostrariam o seu desprezo pelos judeus castigando horrivelmente um
dos membros de sua raça. Haviam sido contagiados pelo espírito odioso da multidão.
Lemos que essa punição por espancamento muitas vezes era tão severa que os prisioneiros
morriam no local, sem nunca chegarem à cruz, e pelos esforços de nossa imaginação
podemos avaliar os horrores que Jesus deve ter sofrido às mãos daqueles homens impios e
desvairados. Mateus 27.28: E, despindo-o, vestiram-lhe um manto escarlate. Colocaram
em Jesus como vestimenta real de zombaria, porque estavam prestes a saudá-lo como se
fora rei. Mateus 27.29: fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram em sua cabeça.
Puseram uma vara em sua mão direita e, ajoelhando-se diante dele, zombavam: "Salve,
rei dos judeus!". A coroa de espinhos o adorno real, o caniço o cetro real. Provavelmente
um bando de soldados se pôs em fila diante dele, cada qual participando por sua vez das
zombarias. Dificilmente poderiam perceber quem era Jesus, e como as suas ações
ficariam gravadas para o mundo inteiro tomar conhecimento, no maior de todos os
documentos o Novo Testamento. Mateus 27.30: E, cuspindo nele, tiraram-lhe a cana, e
davam-lhe com ela na cabeça. Aquele que homenageia a um rei poderá beijá-lo como
sinal de confiança, de saudação, conforme prática até hoje em alguns países. Porém ao
invés de ósculo, cuspiam em Jesus, o que sempre foi um sinal do mais total desrespeito e
desprezo. Batiam-lhe na cabeça, dessa maneira enterrando os espinhos pontiagudos no
crânio de Jesus: a zombaria transforma-se em maus tratos brutais. Mateus 27.31: E,
depois de o haverem escarnecido, tiraram-lhe a capa, vestiram-lhe as suas vestes e o
levaram para ser crucificado. Após, Jesus recebeu de volta suas vestes; tirara a capa, a
coroa de espinhos e caniço; os romanos não queriam que os judeus vissem outro judeu
zombado daquela maneira. Haviam praticado suas perversidades em segredo, removendo
as evidências de sua ação; mas, as provas de seus cruéis espancamentos, essas eles não
poderiam jamais remover. É provável que por causa desses cruéis açoites, dos violentos
espancamentos, que Jesus resistiu tão pouco tempo na cruz. Estava moído e dolorido.
Suas energias acabaram, e havia um coma moderado causado pela exaustão física e
mental que lhe invadia em todo o seu corpo. Isaías 53.7: Ele foi maltratado e humilhado,
mas não disse uma única palavra! Foi levado para a morte como um cordeiro vai para o
matadouro; como a ovelha fica muda diante de quem corta a sua lã, Ele não disse nada
aos seus juizes e acusadores! João 19.4: Mais uma vez, Pilatos saiu e disse aos judeus:
"Vejam, eu o estou trazendo de volta a vocês, para que saibam que não achei nele motivo
algum de acusação". O castigo de açoites terminara. Pilatos fazia mais uma tentativa de
salvar Jesus da crucificação. Ordenou que fosse trazido à frente, na esperança de que o
seu aspecto abatido, com a coroa de espinhos à cabeça, ensanguentado, provocasse
compaixão. Mas isso somente os levou ao desejo de cometer maiores atrocidades.
Somente o Evangelho de João faz registro dessas últimas tentativas de Pilatos para a
Semeando a Palavra de Deus
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soltura de Cristo, ao passo que os demais evangelhos passam a descrever a caminhada até
ao palco da crucificação; mas esses detalhes estão de acordo com seu autor, de registrar
mais completamente o julgamento de Jesus perante Pilatos. A conduta injusta e cruel de
Pilatos teve por objetivo satisfazer a multidão, mediante zombaria e degradação do
chamado Rei dos judeus; com esse propósito apresentava Jesus ao povo; as palavras de
Pilatos equivalem: “Veja o que fiz, simplesmente para agradar vocês, pois acredito em
sua inocência”. (Alford). João 19.5: Saiu Jesus, trazendo a coroa de espinhos e o manto
de púrpura. E disse-lhes Pilatos: Eis o homem! É como se tivesse dito “Contemplai este
homem, espancado e ensanguentado, que nem pode andar; vejam este espetáculo
deplorável, que um pouco de violência pode fazer a alguém orgulhosamente ser
considerado um rei”. É este que temeis, e sobre quem declarais ser capaz de derrubar
Cesar? Não creio nisso, e basta um olhar para ele, para haver certeza por parte de
vocês. Pilatos esperava que o povo ficasse satisfeito com o sofrimento por que Cristo
passara. Convém observar os registros de João 11.46-57: prestando atenção na profecia
de Caifás. “... Eis o Homem...”. Palavras essas que têm atravessado os séculos a fim de
afligir moralmente as almas dos homens diante dos sofrimentos de Cristo, exigindo a
atenção do mundo inteiro. Mas! Esse quadro de sofrimento não seria bastante para
aquela multidão? Ninguém, daquela multidão, deixara escapar um grito de misericórdia,
salvando Jesus da morte, conforme os religiosos exigiam? João 19.6: Vendo-o, pois, os
principais dos sacerdotes e os demais servos religiosos, clamaram, dizendo: Crucifica-o,
crucifica-o. Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós, e crucificai-o; porque eu nenhum crime
acho nele. Todas as tentativas, no sentido de obter a liberdade de Jesus haviam falhado,
porque ele subestimara o fanatismo e o ódio daquela gente. E o pior é que toda aquela
multidão percebia claramente que Pilatos, embora resistente, não lhes negaria finalmente
o desejo de que Jesus fosse executado, motivo também pelo qual se mostravam mais ainda
insistentes. Essa foi a terceira vez que Pilatos declarou a inocência de Jesus Cristo
(João 18.38: e João 19.4:) João 19.7: Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei, e
segundo essa lei ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus. Por essa altura do
julgamento, as autoridades religiosas dos judeus estavam certas de que conseguiriam levar
Jesus à morte; porém estavam extremamente frustadas ante a demora da decisão de
Pilatos, pois sem dúvida não esperavam da parte dele tanta oposição aos seus desejos.
Mas, em sua frustação, terminaram por declarar, aos berros, qual a verdadeira acusação
que lançavam contra Cristo, uma acusação espiritual de que era um blasfemo: essa era a
acusação feita por aqueles falsos religiosos, conforme podemos, meditando, observar a
falsidade deles contra o Reino de Deus Mateus 26.57-68: contra o Senhor, que deveria
ser deles! Mateus 26.64: “... vereis em breve o Filho do Homem assentado à direita de
Deus...” João 19.7: Então responderam: "Pelas nossas leis Jesus deve morrer, porque
se chamou a si mesmo de Filho de Deus". Mateus 26.60-61: Embora eles achassem
14
Semeando a Palavra de Deus
muitos que concordaram em serem testemunhas falsas, elas sempre se contradiziam umas
às outras. Finalmente acharam dois homens que declararam: Este homem disse: eu sou
capaz de destruir o templo de Deus e reconstruir em três dias. Através destes versículos,
obtemos a impressão de que os presentes, encorajados pela demora e pela dificuldade de
encontrar testemunhas, opinariam que Jesus deveria ser solto, por falta de provas. Duas
testemunhas eram necessárias, e teriam de concordar ente sí. Finalmente, porém
encontrou uma acusação, apoiada por duas testemunhas que pareciam promissoras. Jesus
fizera uma observação ameaçadora sobre a sua capacidade de destruir o templo. João
2.13-25: "Pois bem", respondeu Jesus, "este é o milagre que Eu farei para vocês:
Destruam este santuário, e em três dias Eu o levantarei!". Isso parecia mostrar que Ele
era homem violento, revolucionário, uma força destruidora, inimigo do povo. Não é
impossível que os primitivos cristãos tenham interpretado em termos literais essa profecia,
não dando uma interpretação em sentido espiritual do que disse Jesus, pois, dizia em
referência ao seu corpo, em face de sua morte e ressurreição. Significa que o Senhor
queria dizer que poderia destruir a adoração que se efetuava no templo, e que no espaço
de tres dias estabeleceria ali a adoração certa. Mas, sem importar se suas palavras tinham
sentido estrito à sua morte e subsequente ressurreição, o sumo sacerdote sabia que essas
acusações não convenceriam um procurador romano de que o réu deveria ser executado.
O silêncio de Jesus reforçava o ridículo das acusações. O sumo sacerdote ansiava por
ver-se finalmente livre de Jesus, o qual tão gravemente atacara as autoridades religiosas
conforme João 8.12-59 durante sua vida terrena. Mateus 26.63: Jesus, porém, guardava
silêncio. E insistindo o sumo sacerdote, Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és
o Cristo, Filho de Deus. “... eu te conjuro pelo Deus Vivo...”. Esta expressão significa
“Exijo que testifiques sob juramento”. O sumo sacerdote pôs Jesus sob a necessidade legal
de responder, posto que o Senhor fizera silêncio até aquele momento. É provável que os
rumores sobre a sua condição de ser o esperado Messias não tenha agradado (!) aos
religiosos. O sumo sacerdote, desgostoso ante as acusações inúteis que haviam sido
apresentadas pelas falsas testemunhas, resolveu fazer algo, pessoalmente, acerca do
julgamento. A verdadeira acusação atribuída de forma caluniosa contra Cristo - a de
blasfemar – por fazer-se o Messias e por reclamar para si mesmo natureza divina, fica
subentendida no termo Filho de Deus. Pelas leis judaicas isso era ilegal - fazer com que
um homem incriminasse a si mesmo - era intenção de Caifás, mas Jesus resolveu
responder. A acusação “expressava a verdade”, porquanto Jesus reivindicara isso sobre
sua pessoa, revelando sua condição de ser o Messias enviado por Deus. A acusação
oficial dai por diante, passou ser de blasfêmia, que conforme as leis judaicas, requeriam a
pena de morte. Naturalmente que somente as autoridades romanas tinham o direito de
executar quem quer que fosse, e essa acusação não teria validade alguma diante das
autoridades romanas. Portanto, em ato contínuo, Jesus foi identificado pelas autoridades
Semeando a Palavra de Deus
15
religiosas dos judeus, como um adversário político perigoso. Foi dito que Ele aconselhava
o povo a não pagar impostos, ou a não mostrar lealdade a Cesar, portanto, um
revolucionário perigoso. Então, passou a valer contra Jesus acusações políticas, pelas
quais Roma permitia a execução de qualquer indivíduo. Mateus 26.64: Jesus respondeu
a ele: "Foi você mesmo que disse isso. Mas eu falo a todos vocês: Vocês verão o Filho
do Homem sentado ao lado direito do Deus Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do
céu”. Assim Jesus também aproveitou a oportunidade para fazer um pronunciamento
sobre o fato de que tinha consciência de ser o Messias. O ministério inteiro de Jesus
tornara inevitável essa questão, não somente para o sumo sacerdote, mas para todo o povo
de Israel. Era uma questão que teria de ser levantada e respondida, e Jesus respondeu
públicamente. Porém a resposta de Jesus foi mais do que uma simples afirmação de seu
caráter messiânico. “... vereis o Filho do Homem...”. Jesus, pois afirmou que o próprio
Senhor Deus lhe confirmaria seu trabalho, pondo os seus inimigos debaixo de seus pés.
Assim sendo, Jesus falou de sua posição: assentar-se à mão direita do Deus Todo
Poderoso, sendo uma declaração realmente espantosa, ante a qual o próprio Caifás ficou
surpreendido, esperando de Jesus alguma afirmação inconveniente, a fim de que pudesse
condená-lo; certamente nunca esperava ouvir tal coisa, e certamente ficou perplexo ao
ouvir uma afirmação de tão exaltada natureza. Quem mais poderia ser esse “Filho do
Homem” senão o Senhor Jesus? Ainda, Ele trouxe para o centro dos debates a sua
“parousia” ou segunda vinda. Esse mesmo Jesus voltará, mas nessa segunda vez com
poder e grande glória. Este versículo revela o estado da exaltação de Cristo, sua posição
atual e sua posição futura, e de que maneira isso terá aplicação à humanidade inteira.
Jesus deixou claro que, embora naquele momento estivesse sendo julgado pelos homens,
diante de um juiz terreno e perverso, contudo, num dia voltaria como Juiz Universal de
todos. Daniel 7.13-14: Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas
nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dia, e o fizeram
chegar até ele. Ele recebeu autoridade, glória e o reino; todos os povos, nações e homens
de todas as línguas o adoraram. Seu domínio é um governo eterno que não acabará, e seu
reino jamais será destruído. Mateus 26.65-66: Então o supremo sacerdote rasgou suas
próprias vestes, gritando: "Blasfêmia! Que necessidade nós temos de outras testemunhas?
Todos ouviram o que Ele disse! Qual é a sentença de vocês?". E eles bradaram:
"Morte! - Morte!". “... rasgou as suas vestes...”. Era um ato que podia ser feito pelos
sumos sacerdotes, especialmente quando a blasfêmia fosse razão de tal atitude, ou quando
se tratasse de alguma outra elevada questão religiosa. Esse rasgar de roupas era um
costume oriental muito comum, com a finalidade de expressar angústia, ira ou alguma
forte emoção negativa. As roupas íntimas e túnica eram deixadas intactas. Podemos estar
certos de que Caifás (2 Reis 18.37) obedeceu literalmente a essa regra. Chamo sua
atenção de que ele estava apresentando um espetáculo, agindo como se estivesse num palco
16
Semeando a Palavra de Deus
de um teatro, demonstrando fortes emoções; e, nesse ponto de sua exibição rasgou as
roupas com toda a propriedade que lhe permitiam as regras e os costumes judaicos. Era
apropriado que um homem “santo” se sentisse ultrajado ante uma blasfêmia, e Caifás não
se mostraria negligente nessa questão contra Jesus. “ blasfêmia”. Indicando conversas
abusivas, usadas para mostrar tipos de palavras (ao falar) condenáveis contra homens
(Apoc.2.9:) contra Satanás (Judas 9) contra Deus (Marcos 2.7). Esse vocábulo também é
usado no tocante ao proferir palavras abusivas contra coisas que, segundo se sabe,
pertencem a Deus, tal como templo, a igreja etc. Algumas vezes significa difamação e
calúnia. Neste caso “blasfêmia” de Jesus certamente não consistia da reivindicação de ser
Ele o Messias, embora, como é evidente, sua ideia sobre o seu trabalho pudesse ter sido
considerado como uma blasfêmia; isto porque, sua reivindicação superior de ter uma
posição de autoridade juntamente com Deus Pai, e sua declaração de que no futuro
governaria, em resultado de sua segunda vinda, é que foram consideradas além do que,
qualquer homem não poderia fazer. João 19.7: Responderam-lhe os judeus: Nós temos
uma lei, e segundo esta lei ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus. A passagem
bíblica em que os judeus se alicerçavam para exigir a morte de Jesus, como blasfemo,
provavelmente é o trecho de Levítico 24.16: e os judeus eram sensíveis a essa questão. Os
judeus apresentaram essa última acusação de blasfêmia como um trunfo escondido, para
ser dito momento apropriado, porquanto vinham pressionando sobre acusação política, que
deve tê-lo impressionado. Contudo, os religiosos, confiavam que Pilatos sentiria a
obrigação de mostrar respeito para com a lei religiosa deles, ainda que, eles mesmos não
mais tivessem a autoridade para realizar e efetivar o que suas próprias leis religiosas
requeriam deles. A hostilidade dos inimigos de Jesus contra Ele, refletida nessa
acusação, vinha crescendo no ministério público de Cristo como já tivemos ocasião de
verificar em João 5.18: No entanto, muito havia a ser aprendido sobre a natureza de
Deus por intermédio de Cristo: como Ele mesmo participava da divindade e como leva
os homens a essa participação. (Ver 2 Pedro 1.4: Romanos 8.29: e Efésios 1.23:).
João 19.8: Ora, Pilatos, quando ouviu esta palavra, mais atemorizado ficou. Pilatos
ficou muito perturbado ante os resultados negativos de suas tentativas de conduzir ao seu
jeito o julgamento de Jesus. É evidente que esse conflito interior aumentou ainda mais,
agora que viera à luz a acusação de que Jesus procurava fazer-se divino, ou seja, igual
ao Deus Altíssimo, atitude essa que, de conformidade com as leis religiosas judaicas,
requeria a pena de morte para o réu. Com base nessa acusação, Pilatos pôde finalmente
reconhecer a profundidade do ódio que os judeus tinham contra Jesus. Os conflitos de sua
alma, no íntimo de Pilatos, chegavam neste ponto a um período crítico. Toda a petulância
o havia abandonado, e desejou conversar novamente com Jesus, em particular, a fim de
examinar essas coisas. Tudo quanto ele ouvira dizia respeito aos milagres realizados por
Jesus, o caráter misterioso de sua personalidade, de suas palavras de sua conduta, a
Semeando a Palavra de Deus
17
estranha mensagem que ele mesmo acabara de receber da parte de sua esposa, tudo foi
súbitamente explicado pela expressão “Filho de Deus”. Seria Ele homem extraordinário
verdadeiro ser divino que aparecera à face da terra? A verdade naturalmente se
apresentou à sua mente na forma pagã, em superstições de lendas mitológicas. João 19.9:
Por isso levou Jesus novamente para o palácio e perguntou: "De onde você é?" Mas
Jesus não deu nenhuma resposta. O Senhor Jesus estava exausto quase à beira da
morte, por causa dos rigores dos espancamentos físicos e por horas de provação, que
haviam começado na noite anterior e evidentemente pela narrativa avançou noite adentro.
Por causa de seu tremendo cansaço, devido à exaustão mental, o Senhor Jesus pensou
ser inútil continuar com Pilatos qualquer diálogo, porquanto já se fazia público, notório,
qual seria a decisão do governador romano. Pilatos já pusera em andamento o curso dos
acontecimentos, por sua negligência em seus deveres, por sua conduta indigna como juiz,
pois em nada se importara com o direito e a justiça, mas tão somente queria agradar
àqueles fanáticos religiosos, preservando seu próprio ofício pacificamente quanto possível,
pelo que também se tornara indigno de conversar com aquele que é a própria justiça
suprema. “... Donde és tu?...”. Pilatos só pensava agora em deuses, bem como nas
supostas visitas desses deuses a este mundo entre os homens, procurando averiguar se
porventura tal doutrina seria real! Queria que Jesus lhe dissesse claramente se seria
aguma figura celestial. Ele fez para si mesmo o Filho de Deus tornar-se igual aos
heróis pagãos - meio-deus meio-homem – e temeu a vingança do Deus Jeová dos
israelitas. Mas, sem importar, se Jesus era mago ou um herói, um anjo, segundo a
religião da terra, ou uma aparição divina, agora parecia a Pilatos muito provável que
havia algo de celestial na aparência daquele homem, que ele ordenara que fosse açoitado.
“Haveria uma vingança dos Céus pensava Pilatos”? João 19.10: Disse-lhe, Pilatos:
Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para
te soltar? Os temporários sentimentos de respeito e temor supersticioso cedem agora
lugar a uma pequena demonstração de ira autoritária, porquanto Jesus ofendera,
permanecendo calado ante a sua pergunta. A repentina passagem desse homem, do temor
para a alegria vã e orgulhosa, deve ser observada; há poucos instantes temia o poder
divino de Cristo, pois era possível que houvesse alguma divindade nele; aguma figura
celestial, mas agora ele se alegrava de sua autoridade ameaçando punir Jesus com a
morte. Ele fez para si mesmo o Filho de Deus tornar-se igual aos heróis pagãos meio-deus meio-homem – e temeu a vingança do Deus Jeová dos israelitas. Mas, sem
importar, se Jesus era mago ou um herói, um anjo, segundo a religião da terra, ou uma
aparição divina, agora parecia a Pilatos muito provável que havia algo de celestial na
aparência daquele homem, que ele ordenara que fosse açoitado. “Haveria uma vingança
dos Céus pensava Pilatos”? João 19.11: Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra
mim, se de cima não te fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem. “...
18
Semeando a Palavra de Deus
Autoridade...”. A ideia essencial dessa palavra é de um poder judiciário; o que Pilatos
poderia fazer oficialmente, por ser a mais elevada autoridade civil do governo romano.
“... por isso quem me entregou a ti, maior pecado tem...”. Como podemos interpretar? A
culpa de Pilatos não era tão grande como a dos adversários religiosos de Cristo, porque
apesar de ter sua responsabilidade no crime, não era tão responsável como Caifás, o
sinédrio, demais sacerdotes, bem como a população judaica, os quais haviam provocado
aquelas condições, pressionando Pilatos a fazer o que eles queriam. Pilatos abusara de
sua autoridade, que lhe fora outorgada da parte de Deus (Daniel 4.25-c:), porém, não
com a mesma gravidade e dimensão com que havia feito Caifás, o qual era o sumo
sacerdote de Deus, e que, aos olhos do Senhor, era mais diretamente responsável pelos
acontecimentos, como profundo conhecedor que deveria ter de todas as questões religiosas,
ao invés de prestar-se para servir ao Diabo como agente em favor do mal. Portanto, o
sumo sacerdote Caifás havia pervertido o seu trabalho espiritual muito mais que Pilatos
pervertera a sua autoridade humana. “... quem me entregou a ti, maior pecado tem...”.
Pilatos não era um executor irresponsável simplesmente, foi usado passivamente como
instrumento de terceiros - até de espíritos malignos - contudo, aqueles que o haviam feito
perverter a sua autoridade, para obtenção de suas malignas finalidades, conheciam
perfeitamente bem o que estavam fazendo, sabendo que Jesus era inocente das acusações
que lhe faziam, eram eles infinitamente piores do que Pilatos.
João 19.12: Pilatos procurou soltar Jesus, mas os líderes judeus gritaram: “Se você soltar
este homem, não é amigo de César. Quem se proclama rei é culpado de rebelião contra
Semeando a Palavra de Deus
19
César”. “... se soltas a este, não és amigo de Cesar...”. Todo governador e oficial, por todo
o império romano, temia essa acusação, sendo caçado por ela como por um pesadelo
terrível. Talvez Pilatos ordenasse a soltura de Jesus, ou talvez fizesse um gesto
qualquer, para dar entender que a reunião terminara e que todos deveriam retornar às
suas casas. Mas, foi nesse exato momento que as autoridades religiosas dos judeus fizeram
aquela declaração final, que nenhuma autoridade romana poderia ignorar. Havia em
Roma um imperador, que sem dúvida ouviria falar no caso, pois os próprios judeus
providenciariam isso; ouviria como Pilatos dera liberdade àquele revolucionário, ao
passo que as autoridades eclesiáticas dos judeus se tinham mostrado suficientemente alerta
para destacá-lo do meio da multidão, procurando esmagá-lo. Tornar-se-ia evidente que
Pilatos negligenciara em seu dever, servindo de ameaça indireta ao Governo Romano.
Nada mais precisava ser dito, o caso foi encerrado, posto que Pilatos não estivesse
disposto a arriscar sua carreira política, por amor à bondade, por amor a Jesus, sendo
mesmo muito difícil que o fizesse por causa dos próprios deuses. E, uma vítima da
injustiça era um preço pequeno a fim de que se conservasse a aparência de ordem em
Jerusalém. Foi um exemplo de refinada hipocrisia, da parte dos judeus, fingirem cuidar
dos interesses de César. João 19.13: Ouvindo, pois, Pilatos esse dito, levou Jesus para
fora, e assentou-se no tribunal, no lugar chamado Litóstrotos, e em hebraico Gabatá.
João 19.14: Ora, era a preparação da páscoa, e cerca da hora sexta. E disse aos judeus:
Eis o vosso rei. “... preparação...”. Alicerça-se na ideia de que os judeus eram proibidos
de realizar qualquer trabalho manual, tal como o preparo dos alimentos, no dia sétimo, ou
sábado. Por isso mesmo è que a sexta-feira era chamada de preparação, quando havia
trabalho duplo, para que nenhum trabalho manual se fizesse no próprio sábado. Marcos
15.42: Chegada a tarde, porquanto era o dia da preparação a véspera do sábado.
João 19.15: Mas eles gritaram: "Mata! Mata! Crucifica-o!" "Devo crucificar o rei de
vocês?", perguntou Pilatos. "Não temos rei, senão César", responderam os chefes dos
sacerdotes. Responderam “não temos rei senão a César”. Não houve qualquer
demonstração de compaixão, de justiça. E assim o Senhor Jesus foi vitimado pelo ódio,
pela violência, pela obstinação e pelas ambições políticas. Os judeus afirmaram não querer
outro rei senão César e, numa astúcia satânica rejeitaram seu próprio Messias e
confirmaram o domínio do imperador romano sobre eles. E assim têm sido forçados a
aceitar o domínio de muitos “césares” e outros dominadores desde então. Aqueles mais
altos representantes do governo teocrático de Israel, dessa maneira formal expressaram a
sua renúncia ao Messias, declarando lealdade a um poder temporal e pagão. A verdade, é
que os judeus haviam repudiado a sua própria esperança messiânica, quando não deu
acolhida a Jesus Cristo, tratando-o com desrespeito, não dando valor à sua missão.
Embora tivessem percebido Nele um poder extraordinário, tanto em suas ações como em
20
Semeando a Palavra de Deus
suas palavras, preferiram rejeitá-lo, João 8.48: procurando explicações alternativas para
seu poder, chegando mesmo a atribuí-lo, em determinadas ocasiões, ao chefe do reino das
trevas, o diabo. Pilatos disse-lhes que levassem Jesus e que o crucificassem; mas essas
são meras palavras mentirosas, porque os judeus não podiam fazer isso legalmente. Em
seguida os principais sacerdotes exigem de Pilatos que ordene o ato, como que dizendo:
Fora! Fora! Cumpre o teu dever! Faz o que é esperado de ti! E esse dever é dito
numa exclamação: “Crucifica-o”. A respeito dessa afirmação dos judeus “... não temos rei
senão a César...” observamos uma degradante confissão da parte daqueles infiéis
sacerdotes do povo sobre quem fora dito “... o Senhor Vosso Deus era o Vosso Rei...”.
(1 Samuel 12.12:). O Evangelho de João registra a rejeição final de Cristo, por parte dos
judeus, na forma em que essa rejeição parece uma precipitada renúncia de todas as suas
liberdades e esperanças. João 19.16: Então Pilatos entregou-lhes Jesus para ser
crucificado. Pilatos fizera o pronunciamento oficial sobre a suposta culpa de Jesus
Cristo, condenando-o à pena de morte por crucificação. A humanidade entrava em sua
hora mais negra. E ato contínuo entregou Cristo aos principais sacerdotes, para que fosse
executado. No entanto, os soldados romanos foram os verdadeiros guardiões de Jesus,
como também foram os indivíduos que o encravaram na cruz. Embora Pilatos tivesse
repelido participação ativa em tudo, era culpado, por haver permitido flagrante injustiça,
por motivo de seu fraco caráter, quando o senso mais fácil de justiça, lhe ditava que
libertasse a Jesus. João 19.17: Jesus, carregando sua cruz, saiu para o lugar chamado
Caveira, em hebraico se chama Gólgota.
Um impressionante Milagre.
Mary Stewart estava morrendo por causa de um grande tumor maligno. Já havia
sofrido imensamente e orara a Deus por muitas vezes, rogando a sua cura, porquanto
somente uma intervenção divina poderia salvá-la; mas suas orações pareciam em nada
ajudá-la. Então, uma noite, num período de sono agitado, subitamente ela percebeu que
estava no meio de uma multidão cheia de ódio, violenta, irada e, para seu espanto, ante os
seus olhos apareceu o cortejo aqui descrito. Jesus se aproximava, cansado, sangrando,
carregando a cruz. Quando Ele chegou defronte da Sra. Stewart, de repente cedeu ante
o peso da cruz e caiu de joelhos. Tomada por avassaladora compaixão, a Sra. Stewart
clamou: “Oh, Jesus, deixe-me ajuda-lo”. Com isso ela despertou subitamente, respirando
forte, com a agonia da cena ainda bem viva em sua mente. E foi então que, no instante
seguinte tomou consciência de que o horrível tumor maligno que a maltratava havia
desaparecido totalmente, sem deixar vestígios, sem deixar um traço visível sequer. O
poder de Jesus, que desconhece qualquer barreira de tempo e de espaço, havia chegado
até ela também. (Da obra de Mei Ling, The Fourth Dimension). Salmos 30.2-3:
Senhor, meu Deus, fiz insistentes pedidos a Ti e Tu me devolveste a saúde. Senhor
fizeste subir a minha alma da sepultura; conservaste-me a vida para que não descesse ao
abismo. Êxodo 15.26: Eu Sou o Senhor que cura vocês.
Semeando a Palavra de Deus
21
Mateus 10.38: e quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de
mim. Isaías 53.4-5: e 1 Pedro 2.24: Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas
enfermidades, as nossas dores levou sobre si; nós o reputávamos por aflito, ferido de
Deus, oprimido. Mas Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por
causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz paz estava sobre Ele; pelas suas
pisaduras fomos sarados. Levando Ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o
madeiro, para que, mortos para os pecados, viveremos pela justiça; e pelas suas feridas
fomos sarados. Mateus 27.32: Ao saírem, encontraram um homem cireneu, chamado
Simão, a quem obrigaram a levar a cruz de Jesus. Lemos que muitos sofriam durante
longos períodos de tempo, por muitos dias na cruz, antes de serem livrados da tortura,
pela morte. Jesus estava muito enfraquecido por causa dos sofrimentos já passados, pela
falta de dormir, pelos julgamentos, espancamentos, que foi incapaz de carregar a cruz.
Foi necessária a ajuda de um homem de Cirene, do norte da Africa, cujo nome era
Simão. De maneira alguma, o cirineu, poderia saber o que estava prestes a fazer,
quando subiu à festa religiosa. Nenhum soldado romano se rebaixaria a carregar a cruz
dum condenado. Simão era um expectador; e subitamente foi obrigado a carregar a cruz.
O cortejo incluia Jesus, outros dois prisioneiros, um centurião, soldados e a multidão ao
redor. Marcos 15.21: E constrangeram certo Simão, cireneu, pai de Alexandre e de
Rufo, que por ali passava vindo do campo, a que levasse a cruz. Simão foi obrigado a
fazer parte do grupo. Jesus não dormira na noite anterior, e durante meses vinha
antecipando àquelas horas horríveis, através do seu espírito profético.
22
Semeando a Palavra de Deus
As controvérsias e debates haviam lhe sugado energias mentais e físicas. O Getsêmani o
enfraquecera; o espancamento poderia tê-lo morto, conforme acontecia com muitos
condenados. Fisicamente exausto, Jesus cedeu ante o peso da cruz. Simão foi forçado a
carregá-la. De acordo com o costume da época, o prisioneiro era obrigado a carregar a
sua própria cruz, e a passagem de João 19.17: assevera que o cortejo começou com Jesus
carregando a sua própria cruz. Nos livros apócrifos diz-no que Ele tropeçou e caiu
debaixo do peso, mas os evangelhos não registram esse detalhe. Lucas 23.27: Seguia-o
grande multidão de povo e de mulheres, as quais o pranteavam e lamentavam.
Numerosa multidão seguia o cortejo até a crucificação, movida por mera curiosidade;
porém entre a turba, havia certo número de mulheres vindo de todo o Israel, devastadas
em face dos acontecimentos que resultavam das tendências cruéis, desumanas e violentas
dos homens, que chocavam as suas características femininas. Assim, portanto Lucas nos
fornece esse incidente que revela a compaixão humana, o que contribuiu em algo para
suavizar o senso de desolação da última caminhada de Jesus. Esse sentimento piedoso foi
por Ele repreendido por uma gentil reprimenda, porquanto não é a compaixão que Ele
requer de nossa parte. O que Jesus queria é que aquela gente reconhecesse a condenação
que pairava sobre eles; naquele momento deixava escapar uma profecia sobre destruição a
que estamos sujeitos. Por esse motivo, e na verdade, a Via Dolorosa não foi apenas a
jornada dolorosa de Cristo à cena do Calvário, mas também a própria peregrinação do
Semeando a Palavra de Deus
23
homem aqui na terra; é-nos ensinado, qual seja a sua vida e seu destino. É necessário que
cada pessoa aprenda que enorme vazio é produzido pela violência, pelo ódio e pelo
pecado, isso em todos os tempos vividos pela humanidade. Cada qual terá de andar por
esse caminho difícil e umedecido de lágrimas. E quando cada um de nós puder perceber o
lado pior da alma, talvez procure voltar os seus próprios olhos para bondade de Deus.
Lucas 23.28: Jesus, porém, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém
não chorem por mim chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos.
Trata-se duma declaração profética a respeito da destruição de Jesrusalém; a destruição
foi tão horrorosa que a maternidade, naqueles dias, tornou-se uma verdadeira maldição,
e não uma benção como usualmente é considerada. As mães foram forçadas a ver os seus
filhinhos inocentes serem assassinados, ou mortos por debilidade extrema provocada por
falta de alimentação, Acrescente-se a isso o fato de que a mãe com seus filhos foram
impedidos de fugir da cidade. Muito nos impressiona a memória do fato de que muitos dos
que lamentaram a Jesus, quando de sua crucificação, chegaram a viver o bastante para
perecer no massacre que veio sobre Jerusalém. Não chorassem por Jesus, e, sim pela
miséria que o homem atrai contra si mesmo. Chorassem pelas ações de homens ímpios e
desvairados; chorassem por causa da crueldade e da violência humanas; chorem pelo
próprio homem, que só tão lentamente aprende as suas lições. Em tais períodos de
sofrimento, o maior prazer da maternidade, que são os filhos, se modifica em miséria.
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Semeando a Palavra de Deus
Sempre será verdade que, em tempos de guerra, quando exércitos estrangeiros dominam
seus inimigos, as mulheres as crianças inocentes são as que mais padecem. Portanto, não
chorem por mim chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos. Lucas 23.29: Porque
dias hão de vir em que se dirá: Bem-aventuradas as estéreis – que não são
capazes de gerar filhos, e os ventres que não geraram, e peitos que não
amamentaram! (a crueldade humana estará presente em todos os tempos).
Mateus 27.34: os soldados ofereceram a Jesus vinho misturado com um tipo de anestésico
chamado de fel, para ele não sentir dor, mas quando ele provou, ele se recusou a beber. O
trecho de Marcos 15.23: diz mirra ao invés de fel. E deram-lhe a beber vinho com mirra,
mas ele não o tomou. A mirra dava ao vinho azedo um melhor sabor, e, tal como o fel,
produzia um efeito narcótico: Jesus provou e se recusou a beber. Lemos na história que
esse tipo de bebida era usado para diminuir os sofrimentos dos soldados feridos. Salmos
69.21: Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre. João
19.1’7-18: E, levando Ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, que
em hebraico se chama Gólgota, Onde o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada
lado, e Jesus no meio. João 19.19: E Pilatos escreveu também um título, e o colocou
sobre a cruz e nele estava escrito: Jesus Nazareno, Rei dos Judeus. Roma jamais teria
crucificado um homem sob acusação de blasfêmia religiosa contra o judaísmo; essa
acusação, apesar de ser a principal atribuída pelos membros da assembléia dos religiosos,
não foi a culpa oficial contra Cristo; Jesus morreu como adversário político do estado
romano, embora nem Herodes e Pilatos acreditassem na validade dessa versão. A
verdade é que o Senhor Jesus foi sacrificado por causa do ódio popular, a fim de
conservar a tranquilidade da nação de Israel. Todos os quatros evangelhos dão uma
versão ligeiramente diferente uma da outra a respeito da placa: Mateus 27.37: diz “Este é
Jesus, o Rei dos Judeus”. Marcos 15.26: “O Rei dos Judeus”. Lucas 23.38: “Este é o
Rei dos Judeus”. E João 19.19: “Jesus Nazareno Rei dos Judeus”. A questão
divergente não se reveste de grande importância, porquantos todos os títulos, apesar de
serem diferentes, dizem virtualmente a mesma coisa. O título dava a conhecer o crime de
traição feito por Jesus, e como que dizia: “Isto é o que os romanos farão com qualquer
“Rei dos Judeus” que procure opor-se a César”. A crucificação conduziu a realeza
universal do Senhor Jesus, porquanto sua exaltação ao trono celestial ter-lhe-ia sido
impossível se Ele não houvesse se submetido à cruz, cumprindo assim a vontade divina de
redimir a humanidade. Mas agora, Cristo atrai para si os seus súditos, por meio da cruz,
bem como através de sua ressurreição gloriosa e de sua majestosa glorificação, nos lugares
celestiais. João 19.20: Muitos dos judeus, pois, leram este título porque o lugar onde
Jesus foi crucificado era próximo da cidade e estava escrito em hebraico, latim e grego.
Então, um título trilingue seria bastante natural em Jerusalém, porque o latim era o
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25
idioma oficial da administração pública do governo romano; o hebraico, também era
natural, por ser o idioma dos judeus da Palestina; e por último, não era de estranhar o
grego, por ser nesse período histórico o idioma internacional do comércio e da cultura. O
título acusatório de Cristo veio a ser lido por muitos judeus, conforme este versículo
esclarece, porque o local da crucificação ficava próximo da cidade, em uma das vias
principais de comunicação, por onde o povo costumava passar para entrar na cidade. É
fora de dúvida que, por curiosodade, muitas pessoas saíam para ver o espetáculo da
crucificação. E então, ao lerem o título que chamava Jesus de “Rei dos Judeus” eram
lembrados do fato de que tinham rejeitado o seu próprio Messias, dando preferência a
César como seu rei, e que, dessa maneira trágica, haviam jogado fora a sua secular
segurança messiânica, o motivo mesmo de sua religiosidade. Era costume crucificar os
malfeitores em lugares visíveis aos olhos de todos, como advertência para que ninguém
imitasse os seus crimes. Porém, o testemunho de Jesus aos olhos do mundo, crucificado
como foi onde muitos o podiam contemplar, foi o testemunho do Rei Universal, o
Remidor de toda a humanidade. João 19.21: Então os líderes dos sacerdotes disseram a
Pilatos: “Não escreva: ‘Rei dos Judeus’, mas escreva: ‘Este homem disse: Eu sou o Rei
dos Judeus’”. As autoridades religiosas dos judeus tinham feito oposição a Cristo em sua
vida terrena, a agora nem ao menos o deixavam em paz, já que se encontrava em agonia,
morrendo na cruz. Este versículo deixa-nos pressentir quão profundo e arraigado era o
ódio que tinham contra Cristo. Ainda que o título posto no alto da cruz fosse apenas uma
acusação, sem que Pilatos tivesse tido intenção alguma de zombar deles, por causa da
reivindicação de Jesus de ser Rei Espiritual de Israel, aqueles líderes religiosos se
ressentiam até mesmo disso, e sem dúvida estavam furiosos por causa da ideia de que “um
simples homem nazareno” era o Rei deles. As almas daqueles líderes religiosos estavam
chocadas pelas reivindicações de Cristo Jesus, e no subconsciente deles, vagamente
sentiam a veracidade das atitudes de Jesus. Portanto, suas naturezas pecaminosas e
pervertidas se rebelavam contra qualquer tipo de declaração pública desses privilégios,
ainda que tal declaração realmente fosse a acusação oficial que o condenara. Mas,
conforme pensavam aquelas autoridades eclesiásticas, segundo o título fora escrito,
validava as reivindicações de Jesus; e, era exatamente por isso que queriam alterá-lo, a
fim de remover qualquer ideia nesse sentido. Você, leitor, tenha atenção, pois certamente
está acompanhando a apostasia daquele povo, daqueles religiosos judeus, de Israel e, que é
em parte, do que hoje ainda vivem refletidas nos seus dias, por sua religiosidade ainda
atuante naquela nação. Ainda sobre o título acusatório, face ao descontentamento
daquelas autoridades religiosas observemos ainda: Ficaram imensamente ofendidos com o
título, em parte porque honrava a Jesus, qualificando-o de Rei dos Judeus; e em parte
porque impunha uma infâmia, ferindo a honra daques religiosos, por consequencia a nação
de Israel, a de haverem crucificado ao seu próprio Rei.
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Semeando a Palavra de Deus
João 19.22: Respondeu Pilatos: O que escrevi, escrevi. Pilatos respondeu assim,
indignado e insatisfeito com aqueles homens religiosos; ou porque não quiseram consentir
com a libertação de Jesus, que ele desejava ter feito, mas antes, pressionado a tal ponto
que foi forçado a ordenar a sua crucificação; ou, ainda, por causa do atrevimento deles,
querendo ordenar-lhe de que forma deveria ter escrito o título. Assim Pilatos resolveu
que o título permaneceria inalterado, conforme ele tinha escrito. Bem, acima de tudo,
devemos considerar a providência de Deus, porquanto temos percebido nos versículos
dezenove e vinte, o título, escrito em tres idiomas, expressando a realeza universal de
Cristo Jesus. O título de acusação era muito apropriado, dotado de profunda significação
espiritual, apesar das circunstâncias que cercaram o seu emprego original. O que escrevi
escrevi. E tal declaração seria dita ainda que, equivocadamente ou a propósito ele tivesse
oferecido alguma coisa de maneira diferente – estava feito e não poderia ser refeito.
Assim também, mediante a providência de Deus, usando a instrumentalidade dos homens,
fora proferida a declaração universal da realeza de Cristo Jesus, e nunca mais poderia
ser alterada. João 19.23: Tendo, pois, os soldados crucificado a Jesus, tomaram as suas
vestes, e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e também a túnica. A
túnica, porém, tecida toda de alto a baixo, não tinha costura. Os únicos bens terrenos,
deixados pelo Redentor, não caíram por herança a seu povo, mas, de conformidade com
as leis romanas, couberam aos executores da sentença de morte. João 19.24: Disseram,
pois: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será. Para que
se cumprisse a Escritura que diz: Repartiram entre si as minhas vestes, E sobre a minha
vestidura lançaram sortes; os soldados fizeram estas coisas. Salmos 22.18: Dividiram
minhas roupas entre si, lançando sortes pelas minhas vestes.
João 19.25-26: Estavam em pé, junto à cruz de Jesus, sua mãe, e a irmã de sua mãe, e
Maria, mulher de Clôpas, e Maria Madalena. Ora, Jesus, vendo ali sua mãe, e ao lado
dela o discípulo a quem ele amava, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Então, o
discípulo amado, cujo nome não está mencionado aqui, é o Apóstolo João (João 13.23;).
Conforme sempre foi característico no Senhor Jesus, até mesmo nos momentos de suas
mais duras provações, como neste caso, que experimentava dores atrozes, Ele assim
mesmo dedicou tempo a pensar em seus semelhantes, importando-se com o bem-estar
deles em tudo quanto lhe era possível. Portanto em sua morte, o Senhor fazia expiação
em favor dos pecados dos homens, tendo-lhes adquirido a redenção, ao preço de seu
sangue, permitindo que todos, indistintamente, possam ser elevados a Deus Pai,
cumprindo assim um elevadíssimo e nobre destino; mas, ao mesmo tempo, Cristo cuidou
daqueles que lhe eram tão caros, em termos de carne e sangue, e naquele momento cruel
teve um pensamento de ternura e solicitação por sua mãe. Tirado dos escritos de
Wordsworth. “Que Deus nos conceda que quando as trevas sobrevenham a nós, naquela
última de todas as cenas terrestres, quando o mais pobre dentre nós subir ao centro do
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27
palco pela última vez, que enfrentemos a morte com um pouco de amor ao próximo e de
consideração por nossos semelhantes, sem nos preocuparmos com nós mesmos, sem nos
precipitarmos a preparações de último minuto, mas antes, tranquilos e prontos para
esperar; e assim possamos suavizar a dor, sendo capazes de entrar anciosamente naquela
felicidade e interesse alheios até o fim, pensando e planejando por eles, seguindo o galante
exemplo deixado por Cristo, a fim de que para nós, igualmente, a morte não seja aquele
monstro esquálido, mas algo grande, corajoso e invejável”. Se foi durante as trevas
espessas do Calvário que rebrilhou a poderosa constelação pela qual a humanidade desde
então se vem orientando, então virtudes celestiais também floreiam naquelas tristes
colinas; fazendo parte real e essencial do caráter cristão. Jesus é o pioneiro no caminho
do desenvolvimento espiritual do homem, havendo mostrado aos outros quão grandes e
nobre coisa pode ser a vida humana. Cristo é pioneiro do caminho, mostrando aos homens,
por intermédio de sua obediência a Deus, qual o caminho que os homens devem seguir.
João 19.27: Então disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o
discípulo a recebeu em sua casa.
Mateus 27.38: Dois ladrões foram crucificados com ele, um à sua direita e outro à sua
esquerda. Isaías 53.12: Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá
Ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os
transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos infratores.
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Semeando a Palavra de Deus
Mateus 27.39: E os que passvam blasfemavam Dele, meneando as cabeças. No grego,
blasfêmia indica palavras ou conversas condenáveis, abusivas contra as pessoas, ofensivas.
Algumas vezes significa difamação/calúnia; é evidente que é isso que se trata neste
versículo. Eles caluniavam e abusavam do Senhor com suas palavras condenáveis. “...
meneando as cabeças...”. Era um gesto de zombaria. Salmos 22.7: Todos os que me vêem
zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça. Aqui a terceira zombaria contra
Jesus. O sumo sacerdote escarnecera de Cristo antes de haver sido condenado
formalmente. Os soldados tripudiaram Dele depois da condenação, levando o Senhor a
um lugar reservado, se divertindo com suas brincadeiras brutais e insensatas. Agora a
multidão se põe a zombar de Jesus, enquanto agonizava na cruz, mostrando ódio e
desprezo pelo Senhor. E isso era feito pelos que passavam, pois o local da cruz ficava
situado ao lado de uma estrada. A indiferença de bandos de homens ímpios é aqui
destacada em uma frase: “os que iam passando”. Os negócios os prazeres eram
importantes, mas com Deus não se importaram. Portanto, paravam por alguns instantes,
se divertindo à sua moda pervertida. É como se declarassem: outro tolo está sendo
crucificado e continuavam em seu caminho. A indagação apropriada que devemos fazer a
nós mesmos, quando soltamos uma língua sarcástica e um espírito amargo, é: Porque
odeio tanto a mim mesmo? Na vida daqueles religiosos e das demais pessoas do povo,
havia lugar para a indignação furiosa, para as zombarias desagradáveis. Entenda. Os
apuros sofridos por Jesus servem de tremenda revelação íntima dos desprezadores;
quantas discórdias e coisas malignas se agitavam naqueles falsos crentes, debaixo da luz.
Mateus 27.40: E dizendo: Tu, que destróis o templo, e em três dias o reedificas, te salva
a ti mesmo. Se és Filho de Deus, desce da cruz. “... Tu que destróis o santuário...”. Essa
foi uma das principais acusações contra Jesus. Circulavam rumores acerca de
determinadas palavras que Jesus pronunciara acerca de destruir o templo. Isso parecia
provar que Ele era homem violento, um revolucionário, uma força má e destruidora na
sociedade. É o que pensavam aqueles que esperavam o “seu” messias. João 1.11: Veio
para o seu próprio povo, àqueles que “pertenciam” a Deus - naquele momento os judeus,
a raça da qual Jesus nascera com seus privilégios religiosos. Jesus é cumprimento das
profecias do Velho Testamento, acerca do Messias, e sua missão visava primeiro às
pessoas perdidas da casa de Israel; veio em forma humana realizando milagres e
prodígios, ensinando uma doutrina espiritual, revestido de autoridade tal que os próprios
cléricos religiosos se admiravam; reconheceram que era divino, mas suas mentes estavam
embrutecidas e, por essa razão não o receberam, haviam perdido a sua percepção
espiritual, e por isso mesmo não o conheceu. Deus concede inteligência aos homens a fim
de que possam reconhecê-lo. Entretanto, a inteligência dos homens se desviou, e eles
ficaram escravizados ao que é meramente físico. Uma vez prisioneiros do mundo físico,
não têm mais meios e capacidade de sentir e tomar conhecimento do que é Espiritual.
Semeando a Palavra de Deus
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Por isso, hoje e naqueles tempos, os homens não reconhecem a Jesus Cristo como seu
libertador para um mundo diferente; os incrédulos ainda fazem zombarias a respeito,
havendo ainda “cristãos” céticos, colocando dúvidas no Evangelho de Cristo, tal como está
revelada apostasia daqueles tempos, quais estão se revelando aos nossos dias.
Romanos 8.1-39: “... Mas, a inclinação para a carne é a morte espiritual...”
Mateus 27.40: "É! Você pode destruir o templo e construí-lo outra vez em três dias, não
é? Ora, pois, desça da cruz e salve sua vida se é o Filho de Deus!". O fato era que o
Senhor Jesus se referia ao seu corpo. A interpretação correta: Cristo se referia à
religiosidade feita nos templos; que se lhe fosse dada oportunidade para tanto, Ele
destruiria a falsa adoração em pouco tempo e, restabeleceria o verdadeiro culto. Essas
reivindicações de Jesus, que seria juiz vindouro, quando sua segunda vinda, de que
exerceria grande autoridade, de que tinha exaltada posição à mão direita de Deus, tudo
isso fazia parte da compreenção popular sobre o que o Senhor Jesus queria dizer, quando
se chamava Filho de Deus; mas, entendiam que alguém tão importante assim não poderia
terminar cravado em uma cruz. Aqueles zombadores jamais poderiam pensar que Jesus
realmente possuia o poder que dizia ter, e, que no espaço de tres dias faria um milagre
extraordinário, maior do que aquele necessário para destruir e edificar um templo
material em tres dias. Jesus ressuscitou ao seu próprio corpo; e não somente lhe deu vida
nova, e, sim uma vida superior, mais elevada. Jesus espiritualizou o seu próprio corpo e
esse corpo tornou-se um santuário de Deus. 1 Coríntios 3.16: Não sabeis vós que sois o
templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em você? E assim apareceu uma nova
dimensão da existência humana. Tornou-se o primeiro homem imortal, passou a ser o
primeiro - primogênito - entre muitos irmãos. Mano, como gostaria que você entendesse
esse teu privilégio, de muitos, mas, é você agora que está com teus olhos atentos ao que o
Espírito de Deus lhe revela, não perca a tua oportunidade de realizar isto pra tua
existência, seja também um irmão de Cristo Jesus, eu lhe asseguro vai valer a pena, tendo
certeza que você dirá “valeu sim”. Cristo trouxe à luz uma grande verdade, uma grande
realidade: que o homem não está destinado à morte, mas antes, a ser transformado para
uma Nova Vida. Romanos 8.29: Desde o princípio de tudo Deus decidiu que aqueles
que fossem a Ele se tornassem semelhantes ao seu Filho, de tal modo que seu Filho fosse
o Primeiro, com muitos irmãos. 1 Timóteo 4.1: Não escute os falsos profetas deste mundo
terreno, possuídos por espíritos enganadores com suas doutrinas de demônios que falam de
morte em lugar duma existência eterna. Pense quando o Espírito Santo fala em 1 João
4.1: dos falsos pastores que trazem como doutrina o cavaleiro amarelo de Apocalipse 6.8:
O quarto cavaleiro como um símbolo de morte e devastação trazendo mais guerras e
fomes horríveis, assim como pestilências “o mosquito “aedes aegypti” e suas doenças. O
Lar Verdadeiro do irmão de Cristo são os lugares celestiais. É uma ilusão sem igual a de
homens que pensam saber tudo acerca dos Céus, colocando limites nas Verdades de
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Semeando a Palavra de Deus
Deus; vedando com dogmas, o que eles pensam é a verdade, e, pior, influenciando uma
multidão de pessoas a carregar um fardo que não lhes pertence. Enfim. Mas, de uma
coisa podemos estar certos: Cristo é o grande alvo duma pessoa, tanto da existência nesta
esfera terrena, como da vida nos Céus. É a isso que nos referimos quando falamos dos
muitos filhos de Deus conduzidos à glória. Mateus 27.41-43: E os sacerdotes principais
e os líderes religiosos dos judeus também zombaram dEle. “Ele salvou os outros”,
caçoavam, “mas não pode salvar-se a Si mesmo! Então é o rei de Israel, não é? Pois
desça da cruz e nós acreditaremos nisso! Ele confiou em Deus – Deus que mostre sua
aprovação a ele, livrando-O! Ele não disse: Eu sou o filho de Deus’? Realmente,
Jesus não poderia descer da cruz, pois em sua obediência à vontade de Deus Pai, teria
de cumprir o seu destino. Porém, o poder continuava presente - entenda-se como poder
a presença do Espírito Santo - porquanto assim realizou grande expiação em favor de
todos; e, além disso, em tão pouco tempo haveria de ressuscitar dos mortos. Ora, não
poderia haver ressurreição sem primeiro haver a cruz. Sua filiação não seria declarada
mediante o descer da cruz, o que Ele poderia ter feito facilmente. Mas, através duma
demonstração muito maior de poder foi a sua própia ressurreição dentre os mortos; e
nenhum outro sinal, além desse haveria de ser dado àquela geração ímpia e perversa. O
que é expiação? É a satisfação oferecida à justiça divina, por meio da morte de Cristo
pelos nossos pecados, em virtude do qual todos os que creem em Cristo são pessoalmente
reconciliados com Deus, livrados de toda a pena dos seus pecados e feitos merecedores da
vida eterna. O grande quadro da Vontade de Deus para com os homens, a evolução da
vida eterna à frente, a participação na própria Vida de Deus, abriu-se tudo diante do
entendimento de Jesus, e Ele nunca mais hesitou, e nem se deixou vencer pela indecisão,
e nem pela manifestação de um orgulho humano para mostrar àqueles religiosos do que
Ele era capaz: Não, muito pelo contrário, pagou a nossa penalidade. Obrigado Senhor
Jesus. Lucas 23.34.a: "Pai, perdoe esta gente", disse Jesus, "porque não sabem o que
estão fazendo". Jesus atribuiu a razão da ignorância aos motivos dos que o crucificavam,
o que, por si mesmo, dá-nos alguma esperança no tocante à humanidade, porque, se um
ato como aquele, cometido por motivo de ignorãncia pôde ser perdoado, então resta uma
grande esperança para todos os homens, bem como o perdão para todos os seus pecados. A
ignorância dos soldados foi derivada das circunstâncias daquele momento, porque foram
envolvidos em acontecimentos que não haviam provocado e que não podiam controlar. A
ignorância dos judeus, entretanto, foi de justiça, porque havia fechado os próprios olhos da
mente à realidade de Jesus, por meio de supostas exigências de sua própria lei, em face
das quais atribuiam sentido blasfemo às declarações de Jesus. Os judeus ignoravam o
caráter verdadeiro de seu próprio Messias, é por essa razão que julgaram que Jesus não
passava de um impostor, disfarçaram sua própria ignorância como se fora conhecimento
para dar causa àqueles acontecimentos com Cristo.
Semeando a Palavra de Deus
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Lucas 23.39-41: Então um dos malfeitores que estavam pendurados, blasfemava dele,
dizendo: Não é tu o Cristo? Te salva a ti mesmo e a nós. Lucas 23. O outro criminoso
protestou: Você não teme a Deus nem quando está morrendo? Nós merecemos morrer
pelos nossos crimes; este Homem não fez nenhuma coisa ruim. “... Nem ao menos teme a
Deus...”. A humilhante condenação à cruz, bem como o reconhecimento de culpa, se
misturando com a proximidade do julgamento levou aquele criminoso condenado a cessar
de seu menosprezo a Cristo, porque compreendeu que tinha pecados a pagar, e que, de
conformidade com a sua consciência mais simples de justiça, era-lhe forçoso arcar com a
pena. Assim sendo, temeu a Deus, e reconheceu que sofria com justiça, sobrando-lhe
suficiente senso moral para reconhecer que merecia o castigo que agora lhe acontecia. Em
comparação com Jesus, percebeu e compreendeu sua inocência, o que pressupõe que ele
tinha algum conhecimento prévio do caso de Jesus, sendo muito provável que a intenção
deste Evangelho de Lucas era de deixar a impressão de que o ladrão arrependido
reconhecera como verdade as reivindicações messiânicas feitas por Cristo Jesus. Ele
acreditava em Jesus em face do que ele dissera, não tendo dúvidas dessa realidade,
apesar da angústia de sua situação desfavorável. É estranho notar que, apesar de muitas
vozes se levantarem contra Jesus naquele momento, que os seus discípulos que poderiam
ter falado em seu favor, fugiram. Agora, na cruz, Ele estava recebendo um testemunho
favorável duma origem tão imprevisivel: um moribundo, um assassino que estava sofrendo
também as agonias da crucificação. A fé do ladrão arrependido foi notável, porque lhe
faltava todas as bases ordinárias que os homens requerem para que creiam. O próprio
Senhor naquele instante estava crucificado. É evidente que o ladrão penitente deve ter
acreditado na vitória de Jesus, até mesmo no estabelecimento do reino por Cristo
prometido. Pessoas no mundo não conseguem repelir sua alma maldosa! Lucas
23.42:Lucas E disse a Jesus: Senhor lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino.
“... Jesus lembra-te de mim...”. Ele não desejou a libertação da cruz, pelo contrário,
estava convencido de que deveria morrer, mas desejou única e exclusivamente, que o
Nosso Senhor, em sua graça, se lembrasse dele, recebendo-o em seu reino. Sem dúvida
não estava isento de esperanças messiânicas terrenas, e não estava pensando tanto no Céu
para onde iria Nosso Senhor; mas colocou-se pessoalmente no momento em que o
Messias viesse em sua glória real, a fim de estabelecer o seu reino sobre a face da terra,
desejando que, então, despertado de seu sepulcro, pudesse estar com Cristo na alegria de
seu Senhor. Cristo provou a nossa morte, o que mostra aos homens como eles devem
aceitar a morte física e, como devem eliminar o medo dessa própria morte, mostrando que
essa morte não extermina por completo uma pessoa; por isso podemos conservar a
confiança e a esperança. Ainda que somente disso tivesse consistido a oração do ladrão
32
Semeando a Palavra de Deus
arrependido, continuaria sendo uma das mais ousadas orações que já foram feitas: Sem
Fé é impossível agradar a Deus.
Por quê? Porque aquele homem assassino teve ousadia de ter a certeza da vitória final
de um Rei, a Cristo Jesus, que naquele momento não demonstrava outra coisa além de
seu poder de morrer. A única maneira de compreendermos tal declaração de fé é
mediante sua conversão operada através do Espírito Santo. João 16.8: O Espírito
Santo convence as pessoas do mundo de que elas têm uma ideia errada a respeito do
pecado, do que é direito e justo, e do julgamento de Deus. Lucas 23.43: Respondeu-lhe
Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.
Esta passagem esclarece verdades importantes, independente da polêmica que gira em
torno da pontuação correta deste versículo. Trago à memória, que a Bíblia se explica por
si mesma, devendo ser sua própria intérprete; um versículo explicará outro versículo.
Quando tivermos dificuldades de compreender um texto bíblico, temos que recorrer a outros,
que tratem do mesmo assunto (Isaías 28:9-10:). Estando o homem ciente de que: 2 Pedro
1.20-21: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Se esta regra
não for observada, haverá enganos sendo ditos como “verdades”.
Verdades bíblicas importantes nestas palavras reveladas.
O sono da alma, como doutrina é falsa, porque a alma é imortal, eterna, capaz de
expressar-se noutra dimensão da existência, a espiritual. Observemos 2 Coríntios 5.1-9:
2 Pedro 1.13-14: Filipenses 1.20-25: Lucas 16.19.31: A doutrina da justificação pela fé
fica demonstrada pelo criminoso: Fé e Arrependimento. Medite atento no texto de
Romanos 3.21-26: Fica demonstrada a existência de um verdadeiro estado espiritual,
Semeando a Palavra de Deus
33
para onde vão as almas dos remidos, aos Céus, naquelas regiões celestiais: Efésios 1.3: “...
com todas as bençãos espirituais...”. De tudo quanto somos e possuímos em Cristo, o que
nos torna cidadãos aptos para o mundo espiritual. O crente vai para aquelas regiões que
pertencem a Deus Pai e ao Senhor Jesus Cristo. O Senhor Jesus é o Salvador,
estando dotado de autoridade para pronunciar uma palavra que garante a salvação 2
Timóteo 1.8-10: eterna da alma do pcador arrependido; Fica demonstrado que as
ordenanças humanas, e até mesmo as ordenanças divinas, como a do batismo e Ceia do
Senhor, em casos especiais, como o desse criminoso, nos instantes finais de sua vida
terrena, e há muitos que se vão nessas e em outras condições, não são necessárias para
conduzir a alma do homem aos Céus. 1 Timóteo 2.5: “... Paraíso...”. Lugar de bem
aventurança de bençãos espirituais nos lugares celestiais. Então ao ladrão arrependido foi
prometido que, naquele mesmo dia, haveria de encontrar-se nos Céus, na companhia do
Senhor Jesus Onipresente. Assim, a promessa feita àquele homem, não haveria de ser
adiada até algum dia distante, a ressurreição, mas haveria de ter início ainda naquele dia.
Mateus 27.45: E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona.
Quando da crucificação de Jesus, a natureza mostrou seu desprazer com o que os
homens faziam. Assim sendo, vemos que o falecimento do Senhor Jesus foi acompanhado
por uma extraordinária ocorrência neste mundo terreno; era como se a natureza física
protestasse contra as intenções malígnas daqueles homens. Mateus 27.46: Cerca da hora
34
Semeando a Palavra de Deus
nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lama sabactani isto é, Deus meu,
Deus meu, por que me desamparaste? Salmos 22.1: Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido? Deus
não abandonou Jesus em todos os instantes que Ele esteve na cruz, pois naquele momento,
quando Cristo espressou seu grito de total desolação, Deus aceitou não somente a Ele,
mas também toda a humanidade em sua pessoa; pois, tão grande é o seu valor, como
homem representativo, que, mediante identificação com Ele, somos aceitos Nele. Digo,
portanto, que a pessoa de Cristo é tão grande que o abandono de sua pessoa por parte de
Deus Pai era simplesmente uma impossibilidade. Naquele momento, todavia, Deus
aceitou todos os homens em sua pessoa; e o valor de Cristo é tanto que isso se tornou
possível, e realmente se tornou uma realidade. Dessa forma, o valor de Jesus envolveu o
mundo inteiro. Agora, em Jesus Cristo, a raça humana inteira, é aceita, sob condição de
arrependimento e Fé. O que não devemos deixar de compreender nesta passagem, no
clamor de Jesus, é que fica comprovada sua verdadeira humanidade; era um homem
autêntico 1 Timóteo 2.4-6: participado plenamente de nossa natureza, experimentando
nossos sofrimentos humanos, Meditemos atentamente em Hebreus 5.7-9:
Filipenses 2. 5-11: Para que ao nome do Senhor Jesus Cristo se dobre todo o joelho dos
que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,
Mateus 27.47: Alguns que estavam por perto não entenderam o que Ele falou e disseram:
“Ele está chamando Elias”. Estudiosos opinam que as palavras de Jesus realmente não
foram mal compreendidas, mas tão somente pervertidas, para zombarem de Jesus, pois
nenhum judeu poderia confundir (e todos!) “Eli” com o nome de Elias: a zombaria,
propriamente registrada neste versículo, foi um jogo deliberado de palavras escreveu
Buttrick. Mateus 27.48-49: E logo correu um deles, tomou uma esponja, ensopou em
vinagre e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber; os outros, porém, disseram: Deixa,
vejamos se Elias vem salvá-lo. “... um deles correu a buscar uma esponja...”. As palavras
proferidas por Jesus na cruz “Tenho Sede” precederam de imediato essa cena,
provavelmente tendo provocado a ação em foco, o que, de acordo com o Evangelho de
João, foi feito por diversas pessoas e não apenas por uma (João 19.28-29:). Essa
declaração, feita na cruz, é considerada pelo autor do evangelho de João como
cumprimento de certa profecia referente ao Messias, certamente das exigências dos
Salmos 22.15: A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e
me puseste no pó da morte. Uma sede intensa era resultado natural da experiência da
crucificação quando os líquidos corporais se ressecavam em grande escala. Sem dúvida
alguma, esse vinagre foi oferecido a labios ressequidos e partidos. Tal vinagre, conforme é
esclarecido no vs.34, era o vinho azedo comum, que os soldados estavam acostumados a
tomar. A esponja foi afixada em um caniço, ou na ponta da lança de um soldado (ver
Semeando a Palavra de Deus
35
João 19.29:). A passagem de João 19.30: indica que Jesus não rejeitou a bebida desta vez.
Parece que enquanto um fazia isso, os outros o interromperam, desejando ver se algum
acontecimento prodigioso teria lugar, porquanto estavam acostumados com os poderes
estranhos de Jesus, e talvez tivessem realmente esperado que algo incomum tivesse lugar
na ocasião. Mas o que esperavam não ocorreu, embora tivesse acontecido o prodígio:
Josus morreu, e assim se consumou o maior crime da humanidade; mas, ao mesmo tempo,
fez-se a grande expiação, porque em Cristo, Deus aceita a todos nós. Todos os limites da
terra se lembrarão dele e se converterão ao Senhor, e diante dele adorarão todas as
famílias das nações. 2 Coríntios 5.19: Pois Deus estava em Cristo, recuperando o mundo
para Si, não levando mais em conta os pecados dos homens contra eles, e sim apagandoos. Esta é a mensagem maravilhosa que Ele nos deu para transmitir aos outros. João
19.28: Depois, sabendo Jesus que todas as coisas já estavam consumadas, para
que se cumprisse a Escritura, disse: Tenho sede. Salmos 69.20-21: Afrontas
quebrantaram-me o espírito, e estou debilitado. Esperei por alguém que tivesse
compaixão, mas não houve nenhum por consoladores, mas não os achei. Deram-me fel
por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre. Oferecemos uma lista de
declarações feitas na cruz, dadas na ordem em que foram proferidas, pelo menos da
melhor maneira que se pode determinar com base nas diversas narrativas bíblicas:
As Setes Declarações Feitas na Cruz:
A oração de Cristo para que os seus inimigos fossem perdoados, a qual foi proferida no
início da própria crucificação, Lucas 23.34: que diz: “Pai perdoa-lhes, porque não sabem
o que fazem”; A promessa feita ao ladrão penitente, Lucas 23.43: “Em verdade te digo
que hoje estarás comigo no paraíso”; A entrega mútua de Maria ao discípulo amado, e do
discípulo amado a Maria: “Mulher, eis aí o teu filho”... “Eis a tua Mãe”. (João 19.26,27:);
Essas tres declarações foram feitas antes de sobrevir o período de trevas, e cada uma
delas demonstra o cuidado do Senhor Jesus por outras pessoas, o que por si mesmo, é
extremamente instrutivo quanto à natureza e à personalidade de Cristo; Pouco antes de
sua morte, o Senhor Jesus deixou escapar o seu grito de desolação: “Deus meu, Deus
meu, porque me desamparaste?” Marcos 15.34: e Mateus 27.46: Todas as outras seis
declarações feitas na cruz foram quando as trevas ainda cobriam ainda a terra, ou então
pouco depois de haver passado esse período de escuridão. Houve também o grito de
angústia física “Tenho Sede” (João 19.28:); Também foi transmitido em voz alta o grito de
vitória, perto da morte, provavelmente em segundos antes de sua ocorrência: “Está
Consumado” (João 19.30); E finalmente, houve o grito de resignação e entrega: Pai nas
tuas mãos entrego o meu espírito Lucas 23.46: Essas últimas quatro declarações de Jesus
disseram respeito à sua própria pessoa, ao passo que as tres primeiras se referiam a
outras pessoas. “... Tenho Sede...”. Dentro da harmonia dos evangelhos colocamos a
36
Semeando a Palavra de Deus
presente declaração, feita na cruz, antes do aparecimento das trevas sobrenaturais que
cobriram a área inteira. A expressão “... Está Consumado...”. Sem dúvida alguma é
alusão a um dos temas principais deste quarto evangelho, o qual nos informa que Jesus
sempre teve um propósito, dentro do plano divino, em tudo quanto realizou ou disse, e que
nada sucedeu a Ele por mero acidente. Disso ainda concluímos que Jesus não foi uma
vítima das circunstâncias, nem foi capturado por homens ímpios e desvairados. Apesar de
ele ter padecido uma morte horrível, da qual os homens certamente são culpados e terão
de prestar contas, nada poderia atrapalhar o Plano que Deus Pai havia traçado para
Ele. “... Para se cumprir a Escritura...”. Entre os intérpretes tem-se debatido acerca
dessas palavras, indagando se as mesmas mencionam a anterior explicação feita sobre o
reconhecimento de Jesus de que tudo já se cumprira no tocante às exigências de sua
missão terrena, ou se essas palavras apontam para a simples declaração “Tenho sede”, que
seria o cumprimento mesmo das Escrituras. O mais provável, contudo, é que essa
menção das Escrituras vise destacar ambas as idéias. Jesus Cristo, em sua vida terrena,
até mesmo nos menores detalhes, cumpriu todas as profecias do Antigo Testamento.
Em consequência, a sua vida em geral foi um cumprimento da profecia bíblica; e, quanto
aos detalhes, como sua vontade de beber água, que acompanhou os seus sofrimentos físicos
na cruz, também cumpriu certa profecia de maneira bem definida Salmos 69.21.b: “e na
minha sede me deram a beber vinagre”. Os sofrimentos físicos que os condenados à cruz
padeciam, e nos quais a sede aparecia como martírio dos mais severos teve por finalidade
aperfeiçoar o Messias conformevemos em Hebreus 5.8: Embora sendo Filho, ele
aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu. E, por isso mesmo, esses sofrimentos
faziam parte integral dos momentos finais de sua missão terrena. Há por semelhante
modo, uma discussão que corre entre os intérpretes, que pergunta se Jesus proferiu essas
palavras com a consciência de que estava cumprindo profecias bíblicas, ou se isso faz parte
dos comentários do autor sagrado do evangelho de João. Essas questões, entretanto, não
podem ser esclarecidas com qualquer certeza definida. Cristo pode ter tido a consciência
de que cumpria a profecia bíblica no incidente de sua crucificação; mas também é possível
que os sofrimentos lhe tenham obscurecido de tal forma a sua mente que Ele nem tomou
conhecimento de que estava cumprindo profecias, apesar de que, na realidade, estava a
cumprir essas profeciais, incluindo o que diz respeito a detalhes de sua vida e de sua
morte. Considere isto: è, mais acertado, entretanto, dizer que Jesus cumpriu essas
profecias não de maneira mecânica, e, sim, conscientemente; e que para cumprir cada uma
das profeciais que predizia a respeito de seus sofrimentos Ele exclamou: “Tenho Sede”.
A verdade é que cristãos primitivos viam nos incidentes de sua vida e de sua morte,
muitos cumprimentos de declarações proféticas do A.T. e, isso com toda a razão. NB. É
até mesmo possível que algumas vezes e porventua até mesmo com frequência, Jesus sabia
Semeando a Palavra de Deus
37
que a sua vida cumpria profecias do A.T., apesar de que Ele não saia ao redor a fazer
ou dizer coisas para provocar tal cumprimento. Também é evidente que, estando na cruz
em sua agonia, não proferiu coisas simplesmente com a finalidade de fazer trechos
proféticos do A.T. terem aplicação à sua vida e às suas ações. A fadiga que o oprimia, a
tristeza que sentia o calor do dia e a perda de sangue foram causas naturais da sede que
sentia Jesus. “Tenho Sede”! Exclamara Cristo solicitando algum alívio para essa pesada
adição aos seus muitos e intoleráveis sofrimentos. Foi um comovente grito da parte
daquele que garante: João 6.35: “o que crê em mim jamais terá sede”. João 4.14: Essa
água Ele verdadeiramente nos concede. Todavia, para obtê-la para nós, Ele mesmo teve
de experimentar uma terra árida, exausta, sem água. Salmos 63.1: Ó Deus, tu és o meu
Deus, eu te busco intensamente; a minha alma tem sede de ti! Todo o meu ser anseia por
ti, numa terra seca, exausta e sem água. João 19.29: Estava ali um vaso cheio de
vinagre. Puseram, pois, numa cana de hissopo uma esponja ensopada de
vinagre, e lhe chegaram à boca. Neste caso, o “vinagre” é a “posca” romana, ou seja,
vinho comum azedo que os soldados do império usavam como bebida. Evidentemente o
trecho de Salmos 69.21: se refere a essa questão, tachando-a de um ato de zombaria, ao
dizer: “e na minha sede me deram a beber vinagre”. João 19.30: Então Jesus, depois
de ter tomado o vinagre, disse: Está Consumado. E, inclinando a cabeça,
entregou o seu espírito. Eis que morre o grande Redentor!
Transpassando-lhe, mãos, Pés e o lado. E resfolegando zombaria e
escárnio, Coroa-lhe a cabeça com espinhos. Eis que morre o grande
Redentor! Para satisfazer uma lei desobedecida; Morre como
sacrifício pelo pecado, para que vivam os homens e tenham glória. O
autor sagrado retorna ao seu tema que fala da orientação divina que guiava a vida
terrena de Jesus, porquanto nesta declaração feita na cruz, “Está Consumado”
encontramos o fato destacado de que o Messias havia aperfeiçoado sua missão messiânica,
é a parte mais importante da mesma, porque foi particularmente em sua morte expiatória
que Ele demonstrou sua total obediência à vontade de Deus Pai, sendo também essa sua
prova mais severa. Assim, por intermédio de sua missão terminada, e, particularmente,
através deste passo dessa árdua missão, Ele fez expiação pelo pecado dos homens. Tendo
executado os grandes propósitos do Todo Poderoso! Tendo satisfeito as exigências da
Justiça. Tendo cumprido tudo quanto foi escrito pelos profetas, e tendo sofrido a malícia
mais extrema dos seus adversários. E agora o caminho para o Santo dos Santos se
tornou manifesto por meio do seu sangue. Uma consumação tremenda, mas gloriosa. Por
intermédio dessa trágica morte Deus estava reconciliado com o homem, e o Reino dos
Céus ficava aberto para toda a alma confiante. Nessas duas palavras admiráveis os
cristãos encontram o alicerce de sua segurança e felicidade, através dos séculos eternos.
38
Semeando a Palavra de Deus
“... E inclinando a cabeça, entregou o espírito...”. Atenção! No entanto, a sua morte
também se reveste de significação espiritual, pois nela é que morremos para o mundo e
para os efeitos da condenação imposta ao pecado - meditemos em Romanos 6.1-23: com a
devida atenção. Assim, também é que em sua vida, a começar pela ressurreição, vivemos
em Cristo Jesus. Gálatas 2.20: Já estou crucificado com Cristo e vivo não mais eu, mas
Cristo vive em mim e a vida que agora vivo na carne a faço em fé no filho de Deus, o
qual me ama, e se entregou a si mesmo por mim. Lucas 23.46: Jesus, clamando com
grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso,
expirou. Declaração similar encontra-se nos Salmos 31.5: Vemos, portanto, que as
últimas palavras ditas por Jesus em seu corpo mortal, constituíram uma afirmação de fé,
tanto de confiança na certeza da misericórdia de Deus - porquanto é Deus quem
prepara um lugar para o espírito - como também de confiança na imortalidade da alma –
porque Jesus, sendo homem possuia uma alma humana imortal, e foi como homem que
Ele morreu e entregou essa alma a Deus, conforme é dever de todo homem assim fazer.
Nas poderosas mãos do Pai é que o Senhor Jesus entregou, qual depósto precioso, o seu
espírito que estava preparado para partir do corpo, com compostura e esperança. Lucas
23.46: Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.
E, havendo dito isso, expirou. O espírito do homem Jesus Cristo estava preparado para
partir do seu corpo terreno - assim como todos os espíritos dos cristãos - precedendo o
ladrão penitente e todos os seus remidos. Jesus lidera-nos no caminho, pelo que também,
todos quantos os seguem podem fazer a mesma entrega confiante. O homem Atos 7.59:
Estevão empregou palavras de natureza similar entregando o seu espírito diretamente a
Jesus, o que demonstra a fé da igreja primitiva. Aqui encontramos a entrega sem
qualquer obstáculo de uma incumbência plenamente cumprida. Algo, que começou no
passado foi levado até seu final termo, em triunfo. Não existem muitos que têm
consciência de qualquer tarefa terminada, quando a morte se aproxima deles. Espero que
o leitor cristão esteja entendendo essas realidades, trazendo-as para a sua própria
existência, pois diz respeito à sua sobrevivência eterna e espiritual. Pense! Não esqueça
que outro importante ponto deste versículo é a humanidade autêntica de Jesus, porquanto
foi na qualidade de homem mortal que Ele morreu. Assim sendo, foi um homem
verdadeiro, que sofreu dores desonra infâmia dos homems, tendo morrido a mesma morte
deles. As suas últimas palavras proferidas como homem mortal, afirmaram a
sua Fé na Imortalidade, e essa fé é a chave de toda a esperança humana.
“Pai nas tuas mãos entrego o meu espírito”. Mateus 27.50: Jesus com grande
voz entregou o espírito. O trecho João 19.30: expressa a mesma ideia, ao dizer: Está
consumado! E inclinando a cabeça, rendeu o espírito. Foi espantoso que Jesus tivesse
morrido em tão pouco tempo, conforme a passagem de Marcos 15.44: também nos mostra.
Semeando a Palavra de Deus
39
”Mas Pilatos admirou-se de que Ele já tivesse morrido”. É possível que os diversos
julgamentos e espancamentos a que Jesus foi submetido tivessem minado as suas energias,
e que ele tivesse ficado enfraquecido ao ponto de seu corpo não poder mais resistir longo
tempo aos rigores da cruz. Jesus foi crucificado às 09:00 horas da manhã e só conseguiu
sobreviver até às 15:00 Horas. Seis horas era período brevíssimo para os casos de
crucificação, porquanto alguns condenados resistiam durante vários dias. Como já foi
escrito, sua morte comprovou a sua humanidade e, jamais devemos nos esquecer disso,
porque é uma doutrina importante; Jesus se identificou totalmente conosco em nossa
natureza, tendo vivido um vida mortal, sujeito ás mesmas adversidades na carne,
morrendo como qualquer mortal morreria. A Sua morte tem significado expiritual, pois
nessa morte nós morremos para o mundo, bem como para
os efeitos da condenação imposta contra o pecado. Assim
também em sua vida, a partir de sua ressurreição,
vivemos em Cristo. Dessa maneira a identificação se
tornou completa, e agora convém que participemos de sua
vida total, através da transformação metafísica e moral de
nossos seres, seguindo o modelo de sua pessoa. Marcos
15.37: Mas Jesus, dando um grande brado expirou. A
agonia da morte foi a entrada do espírito de Cristo ao
Criador dos espíritos. E nas mãos do Pai o espírito de
Cristo estava seguro. O grito da morte foi o clamor da
vitória. De fato grande é a vitória quando o espírito
retorna aos mundos da luz, tanto mais em meia agonia. Mateus 27.51: E eis que o véu
do santuário se rasgou em dois, de alto a baixo; a terra tremeu as pedras
racharam-se. “... o véu do santuário se rasgou...”. Se confiarmos em Deus e
crermos em seu poder, porque haveríamos de duvidar de determinadas ocorrências
físicas, acontecidas quando da morte de Cristo? Ele era Filho de Deus em sentido todo
especial. A natureza protestou contra a iniquidade dos homens e esse protesto chegou até o
interior do próprio templo. O Véu do templo era extremamente expesso e resistente.
Tinha a largura de uma mão, tecido com setenta e duas dobras torcidas, cada dobra feita
com vinte e dois fios. Media cerca de dezoito metros de altura por nove metros de
largura. Seria necessária uma força poderosíssima para conseguir tal prodígio. O véu
dividia o Santo Lugar do Santo dos Santos, onde o sumo sacerdote entrava no dia da
expiação. A presença de Deus estava associada ao Santo dos Santos, e, assim sendo, em
tipo ou símbolo, o acesso maior a Deus, através de Cristo, posto à disposição de todos os
homens foi indicado. Hebreus 10.20: Este é o caminho novo, recém-aberto e vivificante
que Cristo nos franqueou ao rasgar a cortina - O seu corpo humano - para dar-nos
40
Semeando a Palavra de Deus
acesso
versículo usa o véu como símbolo do corpo de
acesso àà presença
presença santa
santa de
de Deus
Deus.. Este
Este versículo usa o véu como símbolo do corpo de
Jesus; e através desse corpo abatido o acesso está livre para todas as pessoas.
Jesus; e através desse corpo abatido o acesso está livre para todas as pessoas.
Os judeus confiavam na adoração que eles efetuavam no templo, como dotada de valor
Os judeus confiavam na adoração que eles efetuavam no templo, como dotada de valor
espiritual; apesar dos seus corações estarem totalmente destituídos de qualquer reverência
espiritual; apesar dos seus corações estarem totalmente destituídos de qualquer reverência
à fé em Deus. Portanto, viram que o véu se rasgara em dois, e, ante isso souberam que a
à fé em Deus. Portanto, viram que o véu se rasgara em dois, e, ante isso souberam que a
ira de Deus pairava sobre eles, e que seus dias estavam contados. Havia dois véus ou
ira de Deus pairava sobre eles, e que seus dias estavam contados. Havia dois véus ou
cortinas no templo: um entre o átrio exterior e o Santo Lugar; e o outro entre o Santo
cortinas no templo: um entre o átrio exterior e o Santo Lugar; e o outro entre o Santo
Lugar e o Santo dos Santos. “... tremeu a terra, fenderam-se as rochas...”. Os
Lugar e o Santo dos Santos. “... tremeu a terra, fenderam-se as rochas...”. Os
alicerces da Cidade Santa começaram a tremer e a abalar-se, em protesto contra o que
alicerces da Cidade Santa começaram a tremer e a abalar-se, em protesto contra o que
fora praticado. Os habitantes da cidade não haviam confiado em Deus e em seu Cristo; e
fora praticado. Os habitantes da cidade não haviam confiado em Deus e em seu Cristo; e
agora nem ao menos podiam confiar na terra, debaixo de seus pés. Ainda, os corações dos
agora nem ao menos podiam confiar na terra, debaixo de seus pés. Ainda, os corações dos
líderes religiosos dos judeus eram mais duros do que pedra, pois embora as rochas se
líderes religiosos dos judeus eram mais duros do que pedra, pois embora as rochas se
partissem, eles não quiseram chegar ao arrependimento. Marcos 15.38: Então o véu do
partissem, eles não quiseram chegar ao arrependimento. Marcos 15.38: Então o véu do
o véu rasgado sugere diversas lições
santuário se
se rasgou
rasgou em
em dois,
dois, de
de alto
alto aa baixo.
baixo. Então,
santuário
Então, o véu rasgado sugere diversas lições
para as pessoas, que redizemos para melhor apreciação. Uma das principais lições é que o
para as pessoas, que redizemos para melhor apreciação. Uma das principais lições é que o
caminho para a presença de Deus está agora aberto. Em Cristo Jesus há pleno acesso, o
caminho para a presença de Deus está agora aberto. Em Cristo Jesus há pleno acesso, o
que fora escondido no judaísmo. Hebreus 10.20: Pelo novo e vivo caminho que ele nos
que fora escondido no judaísmo. Hebreus 10.20: Pelo novo e vivo caminho que ele nos
consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne. O real acesso a Deus vem através da
consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne. O real acesso a Deus vem através da
comunicação da própria natureza do Filho de Deus nos demais filhos de Deus, pois
comunicação da própria natureza do Filho de Deus nos demais filhos de Deus, pois
assim são conduzidos à glória divina - Hebreus 2.10: - E era justo e conveniente que
assim são conduzidos à glória divina - Hebreus 2.10: - E era justo e conveniente que
Deus, que fez todas as coisas para a sua própria glória, permitisse que Jesus sofresse,
Deus, que fez todas as coisas para a sua própria glória, permitisse que Jesus sofresse,
porque ao fazê-lo Ele estava levando para o céu grandes multidões do povo de Deus;
porque ao fazê-lo Ele estava levando para o céu grandes multidões do povo de Deus;
Semeando a Palavra de Deus
41
porquanto esse sofrimento dele fez de Jesus um Líder perfeito, e capaz de conduzi-los
para a sua salvação. Isso significa ser elevado a uma posição de glória, muito acima da
dos anjos - Efésios 1.23: - Que é seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em
todos. Evolvendo participação da natureza humana na própria natureza divina. 2 Pedro
1.4: E por esse mesmo grandioso poder Ele nos concedeu todas as outras ricas e
maravilhosas bênçãos que nos prometera; por exemplo, a promessa de nos salvar da
imoralidade e da podridão que nos rodeiam, e de dar-nos da sua própria natureza.
Colosensses 2.10: portanto, quando vocês têm Cristo, têm tudo e vocês têm a plenitude de
Deus por meio da sua união com Cristo. Ele é o mais alto soberano, com autoridade
sobre qualquer outro poder. Efésios 3.18.19: e que possam ser capazes de sentir e
compreender, como devem todos os filhos de Deus, quão extenso, quão largo, quão
profundo e quão alto é, na realidade, o seu amor; e por si mesmos experimentar este
amor, embora seja ele tão grande que vocês nunca verão o seu fim, nem o poderão
conhecer ou compreender completamente; E desta maneira, finalmente, vocês ficarão
repletos do próprio Senhor Deus. João 5.25-26: indica como chegarmos a participar da
própria forma de vida de Deus mediante a Cristo. Temos um destino único, elevado, que
ultrapassa infinitamente ao simples perdão dos pecados e da mudança de endereço para os
Céus. Prov. 4.2: O meu ensino é bom e verdadeiro; não se desvie dele!
Mateus 27.54: Ora, o Centurião e os
que com ele guardavam Jesus, vendo
o terremoto e as coisas que
aconteciam, tiveram grande temor, e
disseram: Verdadeiramente este era
filho de Deus. O centurião
simplesmente ficou extremamente
comovido com o que viu, tendo
compreendido que algum
acontecimento prodigioso tivera lugar,
supondo que tivesse relação com o
reino dos deuses, ou do sobrenatural.
A narrativa de Lucas diz:
“Verdadeiramente este homem era
justo”. Essa é a interpretação de
Lucas sobre o que homem queria
dizer. Ele sabia que nenhum homem
injusto poderia ter causado tais
eventos, e que algo definidamente
incomum tivera lugar naquele local.
42
Semeando a Palavra de Deus
Marcos 15.39: Quando o oficial romano que estava ao lado da cruz e de Jesus, viu como
Ele entregou o espírito, exclamou: Verdadeiramente, este era o Filho de Deus!
O terremoto, as ressurreições as demais realidades espirituais, seja o que for, convenceu
o centurião que liderava grupo de soldados, diante da cruz, que algo imenso e importante
acabara de suceder. Viu algo mais do que humano no modo como Jesus morreu. O mais
provável é que sua declaração possa ser traduzida por: “em verdade este era filho de um
Deus”. E isso faria de Jesus, conforme a concepção pagã do centurião, uma espécie de
herói, conforme se via na antiga literatura grega. O uso que Marcos fez da declaração do
centurião, porém, visou a impressionar os leitores com o fato que até um pagão, na hora
da maior derrota aparente de Jesus, viu coisas extremamente incomuns na occorrência,
dispondo-se a ver Nele algo divino, ainda que segundo as suas concepções pagãs. Lucas
23.48: E todas as multidões que presenciaram este espetáculo, vendo o que havia
acontecido, voltaram batendo no peito. Lucas fornece-nos alguns pequenos pormenores
sobre as atitudes da multidão, não tendo sido fornecido pelos demais evangelistas. Foi um
espetáculo de perturbação para todos, acompanhado de trevas estranhas, do desprazer da
natureza, dos clamores de Jesus; e tudo isso exercia um estranho efeito sobre aquela
multidão que chegara ali por mera curiosidade, que se transformou em horror, quando
começaram a perceber algo do horrendo crime do qual haviam sido participantes. Seus
pensamentos, por alguns momentos, transcenderam sua sede de sangue, em suas mentes
passaram da zombaria para o horror; e eles começaram a bater em seus próprios peitos
assustados. Ouviam suas próprias consciências, que os acusavam de um crime sem
paralelo na história humana. Lucas 23.49: Entretanto, todos os conhecidos de Jesus, e as
mulheres que o haviam seguido desde a Galiléia, estavam de longe vendo estas coisas.
Elas tinham subido a Jerusalém juntamente com a caravana, para a festa da páscoa.
Eram discípulas de Jesus, e algumas delas haviam ajudado a Cristo com suas economias,
quando do Ministério Dele na Galiléia; ao seguirem a Jesus até a cruz, foi um misto de
gratidão, coragem e amor. A gratidão se devia às bençãos que Ele lhes proporcionara. A
coragem ficou demonstrada no fato de que elas seguiram onde os discípulos fugiram;
seguiam de longe por causa da brutalidade dos soldados romanos, mas seguiam. O amor
era a origem dessa coragem; a intuição delas, acerca de Jesus, era mais certa do que
qualquer raciocínio humano, e elas lhe tinham uma devoção pura. Será que Ele podia
vê-las à distância enquanto morria? Nesse caso elas suavizaram suas dores e iluminaram
as suas trevas. Pouco mais podiam fazer do que contemplar, mas a aparente incapacidade
delas mostrou que era o poder que tinham naquele momento. Talvez elas nos tenham
fornecido a história da crucificação. Muitos comentaristas têm observado o fato de que a
narrativa do Calvário foi escrita com austeridade, como se o drama estivesse sendo visto
de alguma distância. Talvez essas mulheres é que tivessem garantido a transmissão das
notáveis narrativas do evangelho. Isso é o que fica claramente implicado na narrativa de
Semeando a Palavra de Deus
43
Mateus. Maria, mãe de Jesus, estava perto da cruz, como também o Apóstolo João; e
pelo menos em certo momento, outras das mulheres também se chegaram, isto é Maria,
irmã de Maria, mãe de Jesus, e esposa de Cléopas, e tia de Jesus, e, Maria Madalena.
Marcos 15.40-41: E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as
quais também Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé;
Que caso estranho na hora da crise quem ficou com Jesus? Algumas mulheres e somente
o Apóstolo João entre os homens, o que é mencionado no quarto evangelho, João 19.26:
E onde estavam os demais homens? A maioria deles se escondeu, por temerem perder a
vida. Pensemos na vergonha daquela situação! Mas assim sucede até hoje! As mulheres,
essencialmente, com seus filhos, é que mostram maior interesse pela igreja. Há evidências
de que as mulheres tendem por ser mais puras de alma e mais sujeitas aos impulsos
espirituais do que os homens. Os discípulos homens voltaram e foram restaurados, para
nunca mais hesitarem. Deus é Deus da segunda oportunidade. Sem isso onde estaríamos
hoje? Aquelas mulheres estavam diante da cruz, contemplando o sepultamento; viram o
túmulo vazio (Marcos 16.1-6:). Sem dúvidas foram elas algumas das testemunhas oculares
que preservaram para nós a história daqueles eventos momentosos. Realmente estavam
impotentes, em face das brutais circunstâncias, mas fizeram o que puderam. Emprestaram
a Jesus sua simpatia e jamais perderão sua recompensa por isso. A caravana vinda da
Galiléia para Jerusalém, trazendo muitos discípulos peregrinos à festa, incluiu grande
número dos discípulos de Jesus, entre os quais muitas mulheres. Acompanharam Jesus
até o fim, e tornaram-se fontes de informações sobre a história cristã. Elas o tinham
servido na Galiléia, durante todo o seu ministério. O trecho de Lucas 8.1-3: indica que
44
Semeando a Palavra de Deus
certas mulheres tinham sido fonte de sustento de Jesus e seus discípulos. Eram firmes em
seu propósito de servir; fizeram o que puderam acompanhando Jesus até o fim, e
tornaram-se fontes de informações sobre a história cristã. Elas o tinham servido na
Galiléia, durante todo o seu ministério. Mateus 27.55-56: Muitas mulheres estavam ali,
observando de longe. Elas haviam seguido Jesus desde a Galiléia, para servi-lo, entre as
quais se achavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos
de Zebedeu. João 19.31: Os líderes judaicos não queriam as vítimas penduradas ali no dia
seguinte, que era sábado (e aquele era um sábado muito especial, porque era a Páscoa);
por isso pediram a Pilatos que mandassem quebrar as pernas dos homens, a fim de
apressar a morte; assim seus corpos poderiam ser tirados das cruzes. Rogaram a Pilatos.
Encontramos aqui o antigo costume romano do “crurifragium”, isto é, o ato em que se
partiam as pernas das vítimas da crucificação, mediante uma pesada barra de ferro ou um
cacete de madeira de qualquer feitio. Isso fazia parte dos castigos que acompanhavam a
crucificação, embora, como é óbvio, tivesse o propósito de apressar a morte dos
condenados, pois essa violência os debilitava bastante a ponto de não resistirem muito mais
tempo a padecer no madeiro. Então os soldados vieram e quebraram as pernas dos dois
homens crucificados com Jesus. É evidente que os dois malfeitores crucificados
juntamente com Jesus, não tendo sido tão selvagemente espancados como foi o Senhor
Jesus, continuaram vivos após o falecimento de Cristo, pelo que também tiveram de
sofrer o castigo do crurifragium. João 19.33: Mas vendo a Jesus, e vendo que já estava
morto, não lhe quebraram as pernas. O fato de que os ossos de Jesus não foram
quebrados foi o cumprimento da profecia messiânica que lemos em Salmos 34.20: O
Senhor cuida do bem-estar físico do justo; não permite que um único osso seja quebrado.
João 19.34: contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e
água. “Saiu sangue e água”. Que o fluxo de sangue e água foi um acontecimento natural,
e não miraculoso. Alguns estudiosos têm defendido a tese de que a causa física da morte
de Jesus foi ruptura de seu coração, que teria provocado o agudo grito final do Senhor
Jesus, que no evangelho de Marcos 15.37: aparece como “um grande brado”, e assinalou o
momento do falecimento de Cristo, porquanto a dor por Ele sentida teria sido
particularmente intensa. João 19.35: E é quem viu isso que dá testemunho, e seu
testemunho é verdadeiro e sabe que diz a verdade, para que também vós creiais. Eu vi
tudo isto com os meus próprios olhos e fiz uma narração fiel, para que vocês também
possam crer. O autor sagrado põe ênfase na veracidade desse testemunho sobre o lado de
Jesus que foi transpassado pela lança, provavelmente porque era reputado um
acontecimento invulgar e extraordinário, no qual muitos diziam não poder crer; mas
também pode ser que tivesse alguma significação simbólica ou espiritual. Acima de tudo,
porque comprovava a realidade da morte de Jesus, uma ocorrência necessária, como
anúncio de sua ressurreição. 1 João 5.6: Este é aquele que veio por água e sangue, isto é,
Semeando a Palavra de Deus
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Jesus Cristo não só pela água, mas pela água e pelo sangue. E o Espírito é o que dá
testemunho, porque o Espírito é a verdade. O autor sagrado estava confirmando a
verdadeira natureza humana de Jesus, bem como o fato de sua morte, como expiação em
favor de todos os homens, expiação essa simbolizada pelo sangue e água que fluiu do seu
lado. João 19.36: Porque isto aconteceu para que se cumprisse a escritura: Nenhum dos
seus ossos será quebrado. A vida do Senhor se caracterizou pelo perfeito cumprimento de
todas as profeciais messiânicas; e por ocasião de sua morte não ocorreu outra coisa,
porquanto, quando vieram os soldados a quebrar as suas pernas, descobriram que Ele já
estava morto. Esse cumprimento se torna tanto mais notável quando nos lembramos de
que fora predito que Ele escaparia ao “crurifragium”, ao passo que o golpe transpassador
de lança fora predito. E assim sucedeu quando Ele já rendera o espírito, servindo de
prova inconteste ao fato de que havia realmente morrido, e, por consequência, de prova
sem dúvidas de sua ressurreição. João 19.37: Também há outra escritura que diz:
Olharão para aquele que transpassaram. Esta segunda profecia é extraída do trecho de
Zacarias 12.10: Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém,
derramarei o espírito de graça e de súplicas e olharão para aquele a quem transpassaram,
e o prantearão como quem pranteia por seu filho único e chorarão amargamente por ele,
como se chora pelo primogênito. Essa profecia foi cumprida na cruz, e de seu lado ferido
saiu sangue e água, quadro simbólico da redenção dos homens, da purificação dos pecados,
do lançamento do alicerce da transformação dos remidos segundo a imagem de Cristo.
Lucas 23.52: Então um homem chamado José, natural de Arimatéia, cidade dos judeus,
membro do sinédrio, homem bom e justo; que não tinha consentido no conselho e nos atos
dos outros judeus, e que também esperava o reino de Deus; dirigindo-se a Pilatos, pediu
o corpo de Jesus. Aqui destacamos informações adicionais sobre José de Arimatéia.
Mateus também faz alusão a esse ministério de Jesus afirmando que José de Arimatéia
era discípulo de Jesus. Marcos fala-nos de sua coragem, ao solicitar de Pilatos o corpo
de Jesus, além de revelar que ele era um dos conselheiros honrosos do sinédrio. Lucas
ensina-nos que José não concordou com os demais membros do sinèdrio, no parecer
contrário a Jesus, acrescentando palavras de recomendação acerca do seu caráter.
Marcos 15.44: Admirou-se Pilatos de que já tivesse morrido e chamando o centurião,
perguntou-lhe se, de fato, havia morrido. Algumas vítimas aguentavam o sofrimento por
dias, já que nenhum órgão vital era afetado. Portanto, não admira que Pilatos, que já
vira muitas mortes por crucificação tenha ficado surpreendido ante a morte de Jesus em
seis horas ou menos. Pilatos tinha de certificar-se de que Jesus realmente morrera. Não
seria impossível remover um corpo vivo da cruz e trazê-lo de volta à saúde. Pilatos ficou
satisfeito ao receber a certeza de que Jesus realmente morrera. Isso é importante no
quadro da doutrina da ressurreição. Mateus 27.57: Ao cair da tarde, veio um homem
rico de Arimatéia, chamado José, que também era discípulo de Jesus.
46
Semeando a Palavra de Deus
Marcos 15.45-47: Depois que o soube do centurião, cedeu o cadáver a José de
Arimatéia que comprou um lençol de linho, baixou o corpo da cruz, envolveu-o no lençol
e o colocou num sepulcro cavado na rocha. Depois, fez rolar uma pedra sobre a entrada
do sepulcro. E Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde fora posto.
Não se sabe muito acerca de José de Arimatéia, além do fato de que era rico, que era
discípulo secreto de Jesus, por temor aos judeus (João 19.38:) e que não concordara com a
sentença de morte imposta a Jesus. Mateus 27.58: Esse foi a Pilatos e pediu o corpo de
Jesus. Então Pilatos mandou que lhe fosse entregue. Sepultar os mortos era considerado
um ato de piedade, o que se poderia esperar de um homem como José de Arimatéia. Era
comum sepultar os mortos no mesmo dia seu falecimento, e sabemos que o corpo de um
homem executado não tinha permissão de ficar pendurado na cruz pela noite inteira
Deuteronômios 21.23: Mateus 27.59: E José pegou o corpo, o enrolou num lençol limpo
de linho fino. Provavelmente era uma única peça de tecido, no princípio, e que foi
dividida em tiras menores, com o propórito de envolver o corpo de Jesus. As tiras de
linho tinham de ser enroladas de tal modo a envolver também as especiarias, que haviam
sido postas sobre o corpo de Jesus em forma de pó, a fim de servirem como agentes
embalsamadores. A primeira unção, temporária, e a intenção da segunda unção, que era
Semeando a Palavra de Deus
47
mais completa, passam ambas sem qualquer menção por
parte de Mateus. A segunda unção foi o propósito da
visita das mulheres, na manhã bem cedo de domingo. A
segunda unção cumpriria as exigências cerimoniais da
lei, o que era muito importante para os judeus devotos.
Mirra e aloés eram empregados nesse processo, e as
mulheres teriam dificuldades em encontrar esses
materiais para comprá-los em dia de sábado. Contudo,
devem tê-los obtidos, de tal maneira que no primeiro dia
da semana, bem cedo, já estavam preparadas para fazer
o que era necessário. O pano de linho puro concorda
com os costumes rabínicos. José de Arimatéia sem
dúvida preservara o túmulo para ele mesmo e para sua
família.
Certamente
foi-lhe
impossível
usá-lo
posteriormente, porque era proibido a alguém usar um
túmulo onde jazera um homem condenado, e ele não teria
mesmo feito por respeito a Jesus. João 19.38-41: José de
Arimatéia, que era discípulo de Jesus, embora oculto por
medo dos judeus, rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o
corpo de Jesus e Pilatos lho permitiu. Então foi e tirou.
Nicodemos, aquele que anteriormente viera ter com Jesus
de noite, foi também, levando cerca de cem libras duma
mistura de mirra e aloés. Tomaram, pois, o corpo de Jesus, o envolveram em panos de
linho com especiarias, como os judeus costumavam fazer na preparação para sepultura.
No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim e um sepulcro novo, em que
ninguém ainda havia sido posto. Para José Arimatéia e Nicodemus, essa prodigiosa
quantidade de mirra e aloés representou um gasto apreciável, o que certamente serve de
medida de afeição que nutriam pelo Senhor, quando todos seus seguidores o haviam
abandonado. 2 Crônicas16.14: E o sepultaram no sepulcro que tinha cavado para si na
cidade de Davi, havendo-o deitado na cama, que se enchera de perfumes e de diversas
especiarias preparadas segundo a arte dos perfumistas e dessas coisas fizeram-lhe uma
grande queima. João 19.42: Pois, por ser véspera do sábado dos judeus, por estar perto
aquele sepulcro, puseram Jesus nele. E foi assim que o Senhor Jesus repousou no
sepulcro, terminado o grande teste, já vitorioso, porquanto confiou em Deus Pai até o
fim, entregando-lhe o seu espírito imortal, absolutamente certo da vida eterna, vivente em
seu próprio corpo, ainda que em forma transformada. Dessa maneira é que o temor da
morte desapareceu, extinguiu-se; e a sua vitória Ele agora transmite a todos remidos.
2 Cor. 5.8: Temos confiança, ao deixar este corpo, habitaremos com o Senhor nos céus.
48
Semeando a Palavra de Deus
Lucas 23.55-56: As mulheres que haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia seguiram
José, e viram o sepulcro, e como o corpo de Jesus fora colocado nele. Dali elas foram
para casa e prepararam perfumes para embalsamar o corpo. Mas na hora em que
terminaram já era sábado, portanto descansaram todo aquele dia, conforme o mandamento
da lei dos judeus. Tres Dias. A preparação, ou seja, a sexta feira, o sábado, e o primeiro
dia da semana que é o Domingo. Portanto a crucificação teve lugar numa sexta-feira,
conforme a igreja cristã sempre asseverou. Eles prepararam suas especiarias;
descansaram no sábado; e então voltaram para ungir o corpo de Jesus no primeiro dia da
semana, isto é, o nosso domingo. Mateus 27.61: Mas achavam-se ali Maria Madalena e
a outra Maria, sentadas defronte do sepulcro. Não era incomum que os amigos ou
parentes de um falecido vigiássem à entrada do túmulo, para o caso em que uma pessoa
aparentemente morta desse sinal de vida. O corpo sem vida de Jesus não foi deixado só,
embora José de Arimatéia se tivesse afastado. A narrativa faz crer que ficaram vigiando
cuidadosamente, enquanto o corpo foi baixado ao sepulcro; em seguida chegou José de
Arimatéia ao local, que era bem próximo, e observou o sepultamento. Assim sendo, as
mulheres sabiam para onde deveriam retornar, na manhã de domingo, bem cedo, a fim de
completarem o ritual do embalsamento. Estavam anciosas por realizar esse serviço,
conforme se observa pelo fato de que elas se levantaram quando o sol ainda nem surgira
no horizonte, e chegaram ao túmulo ainda de madrugada. Diz Adam Clarke: “Aquelas
santas mulheres, impulsionadas por um amor ao seu Senhor que a morte não foi capaz de
destruir, apegaram-se a Ele em vida, e quando de sua morte não se separaram uma da
outra”. Vieram ao sepulcro ver o fim, dominadas de tristeza e angústia, e se assentaram
para lamentá-lo. Mateus 27.62: E no dia seguinte, que é o dia depois da Preparação,
reuniram-se os príncipes dos sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos, Está
claramente em foco o dia de sábado. Alguns afirmam que a visita dos sacerdotes e fariseus
a Pilatos tenha ocorrido após as 18:00hs. Já no sábado, porquanto não é provável que
aqueles homens se tivessem aventurado a sair, para qualquer finalidade, em um dia santo.
Junto com muitos em Israel, aqueles homens tinham ouvido rumores de que Jesus
asseverava que ressucitaria ao terceiro dia. É certo que as autoridades religiosas
tivessem levado essa declaração mais a sério do que os próprios discípulos de Jesus. Pelo
menos queriam impedir o furto de seu corpo, para impedir que os discípulos em seguida
declarassem que Jesus ressuscitara. Talvez se tenha sabido dessa reunião através dos
sacerdotes convertidos Atos 6.7: Mateus 27.63: Dizendo: Senhor, lembramo-nos de que
aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias ressuscitarei. Subitamente
lhes surgiu o pensamento; e tiveram de tomar providências imediatas para guardar o
sepulcro. Sabiam que Jesus fizera prodígios, estando vivo; e suspeitavam que a morte
realmente não fosse capaz de fazê-lo parar. E o temor de que o corpo de Jesus fosse
furtado pelos discípulos também era bem real. “... aquele enganador...”. Aquele embusteiro.
Semeando a Palavra de Deus
49
No grego, o termo assim traduzido significa “vagabundo” ou também pode ter o sentido de
“fraudulento”. Vemos essa acusação, repetida na literatura judaica posterior. Chmaram
Jesus de impostor, de mágico que aprendera suas artes no Egito, de vagabundo que por
toda a parte enganava o povo. Mateus 27.64: Portanto, pedimos que o Senhor mande
fechar o túmulo até o terceiro dia, para que os discípulos dEle não venham roubar o seu
corpo, e depois digam a todo o mundo que Ele ressuscitou! “Se isto acontecer, nós
estaremos em pior situação do que antes". As autoridades religiosas continuavam
preocupadas com a influência de Jesus entre o povo, influência essa que, durante certo
período, parecia ameaçar que todo Israel o seguiria. Isso tinha assustado as autoridades
religiosas, não desejando que houvesse outra ameaça contra sua autoridade. Jesus
deixara as autoridades religiosas em pânico. Agora queriam que os tres dias se passassem
sem problemas e que o povo se esquecesse de até mesmo do fato de que Ele existira.
Mateus 27.65: Disse-lhes Pilatos: Tendes uma guarda ide, tornai-o seguro, como
entendeis. “... aí tendes a escolta...”. Por detrás dessa ação, vemos não somente a agitação
e a perturbação que Jesus causara durante sua vida terrena, mas também quão grande fé
pudera criar. Provavelmente Pilatos não tinha interesse algum pela questão; da mesma
forma que antes, dispôs-se a permitir que as autoridades religiosas dos judeus fizessem o
que bem entendessem, para impedir qualquer conflito com elas. O sinédrio tinha guardas à
sua disposição, e é possível que alguns deles tivessem sido enviados também. Pilatos deulhes a permissão, segundo solicitavam, pois queriam impedir o furto do corpo de Jesus.
Certamente as autoridades superiores romanas não teriam aprovado o fato de ser
destacada uma escolta de soldados romanos por motivos religiosos; porém, Pilatos,
mostrou-se realista até o fim, e cuidou para que nenhuma dificuldade fosse criada pelas
autoridades religiosas; porque sabia que, se recusasse a atendê-los, certamente teria de
enfrentar conflitos com eles. Mateus 27.66: Assim eles lacraram a pedra e puseram
guardas para proteger o túmulo contra qualquer pessoa que aparecesse lá. O selo, como é
provável, consistia de uma corda esticada diante da pedra, selada em cada ponta, como se
vê em Daniel 6.17: A presença da escolta romana, e as precauções tomadas, atestam
claramente a veracidade das narrativas dos evangelhos, de que a história do furto do
corpo de Jesus, por parte de seus discípulos, foi apenas mais uma fraude eclesiástica dos
judeus. Para esconder a Verdade. Este é o comentário final deste evangelista sobre a
vida terrena de Jesus, porque no próximo capítulo ele entra diratamente no irromper do
dia da ressurreição. Os inimigos de Jesus – aqueles sacerdotes religiosos e fariseus
guiados – possessos - de espíritos de demônios – fizeram tudo quanto estava ao seu
alcance para destruir a Jesus e todas as suas obras. Sua última tentativa consistiu em
fazer com que seu túmulo se tornasse sua prisão eterna. A falsa esperança deles serve de
símbolo da insensatez militar dos homens. Mateus 28.1: No fim do sábado, quando já
despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o
50
Semeando a Palavra de Deus
sepulcro. A ressurreição de Jesus Cristo é o grande alicerçe histórico da igreja cristã,
sendo o elemento do qual se origina uma das principais diferenças da doutrina cristã,
quando comparadas com outras religiões. “... Maria Madalena e a outra Maria...”. As
mesmas duas mulheres que observaram os movimentos de José de Arimatéia, são aquelas
que agora retornam alta madrugada com a finalidade expressa de embalsamar o corpo de
Jesus. Marcos 16.1: Ora, passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e
Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. Essas mulheres, que figuram com tanto
destaque nas narrativas da ressurreição, ratratam poderosamente o amor, que não
termina com a morte. Elas amaram a Jesus para além do fim, procurando fazer-lhe a
última reverência possível. Porém em sua triste jornada de fidelidade, tiveram uma
surpresa. A fidelidade tem sua maneira de topar com surpresas. Quando alguém
prossegue fielmente com seus deveres, fazendo tudo que for necessário, mesmo em meio às
trevas, desapontamentos ou derrotas, aquilo que com frequência é apenas um pouco de
devoção a Cristo, transforma-se no inesperado, acontecendo aquilo que está acima do
poder e da capacidade do indivíduo. Novas forças, o conforto de espíritos fortalecidos; a
nova consciência da presença do Carregador de Fardos, que segue conosco; o caminho
aberto em meio a obstáculos aparentemente insuperáveis; todas essas surpresas divinas têm
sido encontradas ao longo da estrada da fidelidade. Marcos 16.2: E, no primeiro dia da
semana, foram ao sepulcro muito cedo, ao levantar do sol. Lucas diz de madrugada,
falando da hora em que as mulheres foram ao sepulcro. João diz “quando ainda era
escuro”. Marcos diz “ao despontar do sol”. E assim, ao contemplarem a cena, contavam
com luz suficiente para não se equivocarem. Todos os relatos indicam que a viagem até ao
túmulo foi feita cedo pela manhã. Provavelmente partiram ainda quando escuro; mas, a
caminho, o sol que despontava lançou seus primeiros raios dourados, prometendo a aurora
de um novo dia e de uma era espiritual interminável. Marcos 16.3: E diziam umas às
outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro? Era um obstáculo que
desejavam fervorosamente que fosse removido. Mas, apesar de ser terreno, era algo que
não podiam remover, pois uma pedra imensa como aquela não heveria de ceder aos
esforços de umas poucas mulheres. Quem as ajadaria? Essa foi a pergunta delas!
Quando temos uma missão a realizar, Deus sempre nos envia um “ajudador” ou
mensageiro para nos auxiliar. Atente. Ele emprega instrumentos humanos para realizar
em nós os seus propósitos divinos. Algumas vezes, porém nossas vitórias ocorrem quando
ajudamos outros a nos ajudarem, ou então, quando ajudamos a outros. Que privilégio é
fazer parte do plano divino, removendo obstáculos das vidas alheias, quando elas mesmas
não têm o poder de fazê-lo por si mesmas. Aqueles que se demoram sobre os obstáculos,
logo descobrem que eles são por demais volumosos para serem removidos. O homem
espiritual, porém, descobre um meio de atravessar ou rodear os obstáculos. O próprio
túmulo aparentemente tão sem esperanças, não era um beco sem saída, mas uma avenida,
Semeando a Palavra de Deus
51
que levou a novos e admiráveis horizontes para toda a humanidade. As mulheres
disseram: “a pedra é grande demais”. Era grande para elas; mas, para outro, não era
desafio apreciável. Outras missões se entremeiam e justapõem, e quando realizamos
aquilo que nos é determinado, geralmente ajudamos a outros de modo vital. Mateus 28.2:
E eis que houvera um grande terremoto, pois um anjo do Senhor descera do céu e,
chegando-se, removera a pedra e estava sentado sobre ela. ”... um anjo do Senhor...”. O
anjo se assenta na pedra que bloqueara a entrada do sepulcro. O sepulcro foi simplesmente
encontrado vazio. Marcos 16.4: Mas quando elas chegaram e olharam, viram que a
pedra, que era muito grande, já tinha sido rolada para fora da entrada do túmulo. Essa
foi a primeira vitória na caminhada da fidelidade; elas tinham iniciado a jornada com um
espírito angustiado, afligido, sabendo que tinham de enfrentar um obstáculo - remover a
pedra do túmulo – foram em frente, fazendo tudo quanto podiam, sem darem-se conta
estavam envolvidas no mais sagrado drama de toda a história humana. Onde a fidelidade
às levou! Fidelidade? Característica do que é fiel, do que demonstra zelo, respeito por
alguém ou algo assumido; lealdade: Apocalipse 2.10.c: constância nos compromissos
assumidos com outrem. Perceba que elas exerceram essa fidelidade apesar da trizteza, da
derrota da agonia. É mano temos que aprender! Por quê? É nessa altura que a maioria
dos homens desistem, se desviam. Eu pergunto a você: Marcos 11.23: qual vida, à sua
maneira, pode ser a história das grandes pedras, das montanhas da oposição que foram
removidas? Se atenha ao espiritual irmão. A circunstância espiritual bem sucedida exige
que entremos na vereda da renúncia, por amor a Cristo. Aquelas mulheres tiveram
vitória imediata sobre a pedra; e, na vida, humana, é normal não seguir essa norma.
Atente. É preciso luta, pois através do sofrimento aprendemos muito mais do que através
do sucesso fácil. Quem removeu a pedra? O evangelho de Marcos não nos diz. Mateus
28.2: diz que foi um anjo do Senhor vindo dos Céus. Ele rolou a pedra e se assentou sobre
ela, qual símbolo de sua completa vitória sobre o obstáculo. Sim algumas vezes obtemos
uma ajuda divina vinda diretamente dos céus. Observe. Temos dado pouca importância
aos Anjos e a seu ministèrio entre nós humanos! Hebreus 1.14: Salmos 34.7: O
Anjo do Senhor cerca com sua proteção e livra quem ama a
Deus. É oportuno falar: todas as pessoas, que mostram qualquer intenção séria de
tornarem-se bem-sucedidas na sua busca espiritual, contam com a ajuda dos anjos de
Deus, embora, poucas delas não observarem essas realidades, de andarem segundo a sua
maneira humana, examinando com pouca atenção essas realidades espirituais. Elas
poderiam ter feito uma declaração humana, dizendo “que sorte a pedra rolou”. Mateus
28.3: O seu aspecto era como um relâmpago, e as suas vestes brancas como a neve. Os
mensageiros da ressurreição foram ministros dotados de grande poder. Deus tocara nas
vidas humanas através de Cristo Marcos 1.15: então, por qual motivo não empregaria
52
Semeando a Palavra de Deus
outras entidades espirituais? A mão de um anjo facilmente fez deslizar uma pedra
maciça. Era um anjo de pureza, porquanto as suas vestes brilhavam como a Luz.
Era um anjo de luz reveladora, porquanto trazia extraordinária mensagem de vitória
sobre a morte. Era um ser sobrenatural Apocalipse 10.1: e tal como o próprio Senhor
Jesus, quando de sua transfiguração. O anjo veio de um ambiente celestial, e a sua glória
brilhou ao redor, e os homens foram transpassados de terror. Por breves momentos ele
entrou nesta terra tenebrosa; mas a mensagem que ele trouxe continua iluminando as
almas e espíritos humanos. A morte não é mais permanente, nem mesmo com relação ao
corpo, quanto menos no que diz respeito à alma. Morte? Para o cristão não há morte!
Jesus ressuscitou e atravessou a matéria física, e o anjo simplesmente rolou a pedra, para
que todos vissem que Ele saíra. Através desse segundo nascimento, todos os homens
podem participar de sua imortalidade, de sua imagem perfeita, da sua essência 2 Pedro
1.4: divina. O destino duma pessoa, após sua vida terrena, na carne, está aqui
demonstrado, explicado; a sua existência pode tornar-se imortal e com tão poucas
atitudes! Basta fazer acontecer. O ato da ressurreição de Jesus declarou-o filho de
Deus Romanos 1.4: e nós, os crentes, participamos dessa filiação Romanos 8.29: no
sentido mais genuíno e completo. É interessante que a declaração da Filiação Divina de
Cristo foi com poder. Trata-se do poder da ressurreição, pelo qual a morte foi derrotada
e passou a ser o atual Poder da Vida Cristã, o que, por si mesmo, é um agente de
transformação, e que será exercido ainda com maior intensidade quando de nossa própria
ressurreição, bem como quando na imortalidade perfeita que nos espera, na qualidade de
participantes da Vida mesma de Deus, daquela mesma vida da qual Cristo participa, na
Semeando a Palavra de Deus
53
qualidade de primeiro homem imortal, como primogênito entre muitos irmãos. Essa é a
mensagem de Efésios 1.19-23; uma mensagem que ultrapassa em muito a simples ideia do
perdão dos pecados, por mais grandiosa que já seja essa mensagem. Tiago 1.22: Esta
mensagem é para obedecer, e não apenas para ouvir. Portanto, não se enganem. Aliás
este é um momento, de você cristão, refletir João 12.48: nas palavras de Cristo Jesus;
Medite em Gálatas 2.16: "entretanto nós, cristãos, sabemos muito bem que não
podemos tornar-nos justos diante de Deus pela obediência às leis judaicas, mas
somente pela fé em Jesus Cristo, para que Ele tire os nossos pecados. E assim nós
também já confiamos em Jesus Cristo, crendo que podíamos ser aceitos por Deus
devido à fé - e não porque tivéssemos obedecido às leis judaicas. Porque ninguém
jamais será salvo pela obediência a elas". Romanos 6.14: Nunca mais o pecado
precisa voltar a ser-lhes senhor, pois agora vocês não estão mais amarrados à lei
com que o pecado os escraviza, mas livres sob a compaixão e misericórdia de Deus.
Romanos 7.4-6: Vocês tinham um senhor, que era a lei judaica; mas, por assim
dizer, vocês "morreram" com Cristo na cruz; e, visto que estão "mortos", não estão
mais "casados com a lei", e esta não tem mais domínio sobre vocês. Mas, quando
Cristo voltou à vida, vocês voltaram também e são como novas pessoas. E agora,
por assim dizer, vocês estão "casados" com Aquele que se levantou dentre os mortos,
para que possam produzir bom fruto, isto é, boas obras para Deus. Pois enquanto
vivíamos de acordo com nossa velha natureza, nossas paixões pecaminosas,
despertadas pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.
Nós fomos libertos da lei, morrendo para aquilo que antes nos prendia, para que
sirvamos, não debaixo do velho código escrito, mas na nova vida do Espírito.
“Por que vocês estão procurando entre os mortos àquele que vive?
Lucas 24.2-6: E encontraram a pedra que fechava a entrada do túmulo
rolada para um lado. Entrando, porém, não acharam o corpo do Senhor
Jesus. Ficaram ali assustadas, procurando imaginar o que poderia haver acontecido
com o corpo. De repente apareceram dois homens diante delas, vestidos de mantos tão
brilhantes que os olhos delas ficaram ofuscados. E ficando elas atemorizadas e abaixando
o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais entre os mortos aquele que vive?
Ele não está aqui, mas ressurgiu. Lembrai-vos de como vos falou, estando ainda na
Galiléia. Mateus 28.4: Quando viram o anjo, os guardas tremeram de medo,
desmaiaram e ficaram como mortos. Então: “...os guardas tremeram
espavoridos...”. Não esperavam ver uma das visões de todos os séculos. Não posso
afirmar, com certeza, mas parece que a ressurreição aconteceu mais ou menos quando do
aparecimento dos anjos e do terremoto. Parece ser intenção do autor (Mateus) ensinar
que o terremoto anunciou a ressurreição de Cristo, tal como o outro terremoto anunciara
a sua morte. A narrativa subtende que as duas Marias viram os soldados acovardados de
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Semeando a Palavra de Deus
medo; estavam atordoados; realmente nada haviam esperado de extraordinário naquela
noite tranquila; pensavam que passar a noite no local era algo ridículo. Vigiando um
cadáver! Repentinamente, entretanto, o ar tornou-se mais leve; uma grande luz brilhou
ao redor, com a intensidade de um raio; seres celestiais apareceram diante deles; o chão
elevou-se e tremeu: ficaram tão aterrorizados que não podiam mover um músculo. Essas
descrições bíblicas têm todos os sinais de autenticidade, incorporando nelas o que se sabe
ser verdade nas experiências espirituais. Aqueles soldados tiveram imenso privilégio,
embora sem dúvida não pudessem apreciar a magnitude do que acontecia. No interior do
túmulo ocorria outra situação, jamais sonhada pelo homem. O corpo estava sepultado,
morto. O espírito de Cristo estivera em missão por outras regiões, a saber, no próprio
hades - 1 Pedro 3.18-19: e 1 Pedro 4.6: Agora retornara ao sepulcro. O espírito de
Jesus exerceu seu grande poder, o mesmo poder que exercera durante o seu ministério
terreno. Nada podia resistir a esse poder. Subitamente o corpo se sentou, e então se pôs
de pé. Estava transformado. Agora Jesus era homem imortal. Nova vida transbordava
de cada célula. Cada célula estava espiritualizada. A vida celestial permeava todo aquele
corpo. Era a Vida Eterna, que não está sujeito à dissolução. O tempo e o espaço não
eram mais barreiras. Jesus saiu; as rochas não o impediram disso, porquanto Ele agora
pertencia a uma nova dimensão da existência. Passou através das rochas. Jesus havia
espiritualizado seu corpo, totalmente trasnformado. Esse é também o nosso destino, e
haverenos de participar plenamente dele, porquanto Jesus é o primeiro entre muitos
irmãos, e nada pode impedir o seu poder, através do Espírito Santo em realizar as
mesmas realidades nos cristãoes. O drama do túmulo é o drama sagrado da alma humana.
Morte? Amigos, a morte não mata. Espero encontrar mjuitos de vocês do outro lado
dessa vida e te cumprimentar: Parabéns Vencedores. Aqueles soldados eram homens
calejados, porém, jaziam por terra como mortos; não estavam espiritualmente preparados
para resistir a isso. Estavam paralisados! A propósito: Tiago 1.7: Não pense o homem
receber a imortalidade e a eternidade ao colocar suas dúvidas a respeito. Marcos
16.5-6: Estava sentado à direita um moço vestido de branco. Então elas entraram no
túmulo - e ali estava sentado à direita um moço vestido de branco. As mulheres ficaram
assustadas. Mas o anjo disse: Não se assustem vocês estão procurando Jesus, o
Nazareno, que foi crucificado. Ele já foi ressuscitado! Ele não está aqui. Olhem, aqui é
o lugar onde o colocaram. Mateus 28.5: Então o anjo falou às mulheres: Não tenham
medo! disse ele. Eu sei que vocês procuram Jesus, que foi crucificado. “... Anjo...
Dirigindo-se às mulheres, Não temais...”. O que serviu de grande pavor para uns,
foi mensagem de notável esperança e poder para outros. Os detalhes não se revestem de
grande importância. Houve um anjo, ou dois ou mais? Estavam sentados do lado de fora,
sobre a pedra, ou estavam no interior do sepulcro? As mulheres os viram, e ouviram
Semeando a Palavra de Deus
55
palavras de consolo. Parece que Maria Madalena saiu apressada para contar a Pedro e
a João o suposto furto do corpo de Jesus; então retornou; mas, nesse intervalo de tempo,
houve esta visão por parte das outras mulheres. Que importa os detalhes! O fato é que os
mensageiros celestiais estavam presentes. A vida se manifestou em novidade; o negro véu
do desespero subitamente foi retirado, e uma luz intensa brilhou ao redor. A morte fora
derrotada. Essas condições, por si mesmas, provavelmente foram as que causaram os
diversos elementos aparentemente contraditórios em várias narrativas. Ninguém se
assentou a fim de explicar os pequenos detalhes! Os grandes fatos foram suficientes, e isso
é mais do que a mente humana poderia compreender.
Vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado. Ele já foi ressuscitado!
Mateus 28.6: Ele não está aqui, pois já foi ressuscitado, assim como
ele tinha dito. Venham ver o lugar onde ele estava deitado. “... Ele não
está aqui: ressuscitou...”. E nas asas da imaginação, dessas palavras, voa a maior de todas
as mensagens já proferidas por quaisquer lábios. 2 Timóteo 1.10: E agora Ele tornou isso
bem claro para nós, mediante a vinda do nosso Salvador Jesus Cristo, que quebrou o
poder da morte e nos mostrou o caminho da vida eterna por meio da confiança Nele. E
“... como havia dito...”. Mateus 16.21: Essas palavras foram lembradas, cheias de
significado, mas, haviam sido mal entendidas. A narrativa de Lucas contém uma gentil
repreensão contra essa incredulidade: “Por que buscais entre os mortos ao que vive”?
Agora a incredulidade foi iluminada. As demais narrativas evangélicas incluem a menção
aos panos de linho que tinham envolvido o corpo de Jesus, e que foram deixados no
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Semeando a Palavra de Deus
sepulcro; agora, Jesus não precisa mais deles. É possível que uma das poucas relíquias
autênticas da Vida de Jesus tenha sido preservada na chamada “mortalha de Turim”,
que pode ter sido o pano que lhe envolvia o corpo. A respeito da Mortalha de
Cristo. Mortalha de Turim! Ha evidências científicas de que esse pano de certa feita
envolvera o corpo de um homem crucificado; e muitos a têm aceito como a mortalha
autêntica de Cristo, embora nenhum grupo eclesiástico lhe tenha dado sanção oficial.
Atualmente se encontra encerrada em um cofre-forte, por detrás do altar da catedral
de São João Batista, em Turim, na Itália. Tem estado ali por mais de duzentos e
cinquenta anos. Tem 4,20 m de comprimento e 0,90 cm de largura, feito de linho,
onde se reproduz os contornos frontal e dorsal de um homem crucificado. São Nino,
do século IV D.C. diz-no que Pedro guardara a mortalha de Cristo; mas em seus
próprios dias, não sabia se esta havia sido descoberta ou não. A tradição –
comunicação oral de fatos – revela que trezentos anos mais tarde, apareceu em
Jerusalém, onde foi vista pelo bispo Arculfus. Ficou ali guardada por quatrocentos
anos. No fim do século XI encontrava-se em Constantinopla; e após o saque da
cidade pelos cruzados, desapareceu para reaparecer na França. A partir desse ponto
há uma histório razoavelmente feita em detalhes e historicamente digna de confiança
a respeito dessa mortalha. Era propriedade dos duques de Savóia, ancestrais do rei
Vitor Emanuel, da Itália. No século XIV houve a primeira controvérsia eclesiástica
sobre a mortalha. Em 1898, o cavalheiro Pia um rico fotógrafo amador, recebeu
autorização para fotografá-la, e, para seu espanto, quando a imagem estampada na
mortalha ficou revertida na chapa negativa, apareceu o retrato de um homem
crucificado. A mortalha se transformara em uma chapa fotográfica negativa, através
dos elementos químicos pelo corpo que antes envolvera. Subsequentemente se
Semeando a Palavra de Deus
57
comprovou, mediante testes feitos em panos de linho, que essa imagem negativa
poderia ser produzida usando-se os elementos químicos emitidos por uma pessoa em
grande padecimento. Os ferimentos nas mãos (realmente nos pulsos), as marcas dos
espinhos, os ferimentos nos pés, a ferida no lado, tudo é claramente visível. As
reações químicas gravadas no pano de linho indicam que a pessoa ali contida estava
realmente morta, mas que pouco depois a pessoa deve ter deixado os panos, pois do
contrário o processo fotográfico negativo teria sido borrado pela continuação das
reações químicas. O corpo que ali esteve contido tinha aproximadamente 1,73 m de
altura. Jamais poderemos saber se essa mortalha foi aquela em que o corpo do
Senhor Jesus foi enrolado; mas é possível que se trate de uma das poucas relíquias
que possuimos da Vida de Cristo. Esse comentário foi extraído de Between Two
Worlds, de Nandor Fodor, págs.265/268. João 20. 1: “... Maria Madalena
viu que a pedra fora removida...” No primeiro dia da semana Maria
Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a
pedra fora removida do sepulcro. “... No primeiro dia da semana...”. A
passagem de Mateus 28.1: diz que isso ocorreu “ao findar do sábado”; conforme o trecho
pode ser ainda melhor traduzido “depois do sábado”. O evangelho de Marcos 16.1: diz
“passado o sábado”. O Evangelho de Lucas 24.1: estabelece: “primeiro dia da semana”.
Evangelhos sinópticos: é um termo que designa os Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas
por conterem uma grande quantidade de histórias em comum, na mesma sequência, e
algumas vezes, utilizando exatamente a mesma estrutura de palavras. Então os três
evangelhos sinópticos, ajuntam frases adicionais, a saber: – “alta madrugada” em Lucas –
“muito cedo” em Marcos – e, “ao entrar o primeiro dia da semana” em Mateus. Tudo isso
mostra-nos que quando chegou o raiar do dia primeiro dia da semana, ou domingo, o
Senhor Jesus já havia ressuscitado dentre os mortos. Provavelmente após algum tempo,
nas horas ainda sombrias da madrugada, Jesus saiu do sepulcro, levantado por um poder
desconhecido para os homens, apesar de estar disponível para os crentes, por intermédio
de Cristo Jesus. Este quarto evangelho revela que ainda era escuro quando Maria
Madalena se dirigiu ao sepulcro. Há algo admiravelmente belo no fato de que o raiar da
esperança descera sobre a sua alma, esperança essa que se estendeu a todos os homens, ao
mesmo tempo em que os raios de sol começavam a aparecer sobre a terra, do oriente,
anunciando o raiar de um novo dia para toda a humanidade. Maria Madalena saiu de
casa para ir ao túmulo, impulsionada pelo seu amor profundo ao Senhor, ainda era noite,
e sua alma ainda se debatia nas trevas; mas não demorou em que a escuridão fosse
espantada pelo sol que surgia no horizonte; e as trevas e as sombras que lhe ofuscavam o
espírito tenham fugido perante o Filho de Deus ressurreto. Porém, Madalena, em tudo
isso, fez tão somente o papel da primeira representante de toda a humanidade, e aquilo
que ela experimentou, fez em lugar de todos nós. O fato de que Maria Madalena foi
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Semeando a Palavra de Deus
escolhida para ser a primeira pessoa a contemplar o Senhor Jesus após a sua
ressurreição, mostra-nos que ela lhe tinha extraordinário amor e grande devoção, e quão
completamente transformada deve ter sido a sua vida pelo poder da graça divina, pois de
outra maneira, ela jamais poderia ter ocupado esse lugar na história sagrada.
Conceituando “devoção”: apego sincero e fervoroso a Deus ou aos santos, sob a forma
litúrgica ou práticas regulares privadas; orações; sentimento religioso, piedade. Então,
isso é tando mais notável quando nos lembrarmos do fato de que ela fora pessoa
inteiramente controlada pelo reino das trevas: Lucas 8.2: bem como algumas mulheres
que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada
Madalena, da qual tinham saído sete demônios. Deus pode fazer qualquer coisa em
favor de qualquer pessoa, contanto que se disponha a entregar-lhe a vida. Atos 9.1-18:
“Quem és Senhor”? Eu Sou a Jesus, a Quem tu persegues. João 20. 2: Então ela
correu para onde estava Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e
disse a eles: “Tiraram o corpo do Senhor do túmulo, e não sabemos onde o
colocaram!” O trecho de João 21.24: vincula definidamente esse discípulo amado, cuj0
nome não é referido, com0 o autor tradicional deste quarto evangelho, isto é, o apóstolo
João, apesar do fato de que, até mesmo nesse caso, o seu nome não é citado. Foi para
Pedro e João, pois, que Maria Madalena correu desesperada, levando-lhes a notícia
chocante: o túmulo estava vazio! Maria Madalena interpretou isso incorretamente como
uma violação ao sepulcro de Jesus. Foi um julgamento prévio, ditado pelo temor, em um
amor que ainda não estava aperfeiçoado, mas, começou a desaparecer no caminho para a
Verdade. Mateus 28.7: Então o anjo falou. Agora, vão depressa e digam aos
discípulos Dele que Ele já foi ressuscitado dos mortos e vai à frente de vocês para a
Galileia. Lá vocês o verão. Vejam que eu tenho dito isso a vocês. “... Diga aos
discípulos...”. Indicava a grande maioria dos crentes, os quais residiam na Galiléia.
Apesar de haver certo número de revelações do Senhor ressurreto, na área de
Jerusalém, ás mulheres, a Pedro e aos discípulos de Emaús, bem como aos onze
discípulos, na Judéia, contudo, sua grande manifestação se deu na Galiléia, conforme se
observa nos versículos de Mateus 28.16-20: Lucas 24.7-8: Dizendo: Importa que o
Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao
terceiro dia ressurja. Lembraram-se, então, das suas palavras. Jesus previu e aceitou os
seus próprios sofrimentos, e também sabia que haveria de ressurgir de entre os mortos.
Apesar, esse tema deva ter-se repetido por muitas vezes, durante os meses finais de sua
vida terrena, em conversa com seus discípulos, e ainda que tivesse provocado sentimentos
de profunda melancolia nos corações deles, não há qualquer indicação de que eles
realmente tenham compreendido o que Ele lhes dizia. Pelo contrário, continuavam
apegados à esperança, até os momentos finais, que o reino seria estabelecido, e que seriam
glorificados com Jesus, em seu reino. Essa espécie de mentalidade levou-os a ficarem
Semeando a Palavra de Deus
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despreparados para os horrores da cruz, e qualquer explicação ou mesmo previsão sobre
ressurreição de Jesus dentre os mortos, passava inteiramente despercebidos por eles.
Entretanto, analisando todos esses acontecimentos; ao Senhor Ressurreto; ao túmulo
vazio; todas as conversas que tinham tido com Jesus voltaram-lhes à memória, e assim
puderam entender a sua profunda significação. Lucas registra essas ocorrências, em seu
evangelho, a fim de permitir-nos saber como os discípulos tiveram o seu entendimento
imediatamente esclarecido; e por detrás desse fato, devem ter sentido uma alegria
extrema, porque agora, aquelas grandiosas palavras haviam sido expressamente
cumpridas neles. Os discípulos devem ter reconhecido, uma vez mais, a grandeza da
personalidade de Jesus. Lucas 24.9-11: E, voltando do sepulcro, anunciaram todas estas
coisas aos onze e a todos os demais. E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de
Tiago também as outras que estavam com elas relataram estas coisas aos apóstolos. E
pareceram-lhes como um delírio as palavras das mulheres e não lhes deram crédito. Os
discípulos ainda sofriam no íntimo com as memórias dos horrores da cruz, e não somente
não encontravam sentido para a notícia das mulheres, como também temiam ouvir tais
histórias, estando abatidos pelos acontecimentos tão recentes, e crer novamente, somente
para serem desapontados outra vez, ultrapassava a sua capacidade de tolerância. Temiam
tanto a morte como a vida, e suas necessidades e desejos haviam sido reduzidos a um
mínimo, a saber, a simples sobrevivência física. A ressurreição de Cristo torna o nosso
mundo pequeno e sem nenhuma importância. Nossos desejos, esperança e propósitos,
nossos bens materiais tão destituídos de importância perecem, quando nos lembramos da
Vida Eterna. Jesus voltou da dimensão onde realizava as verdadeiras realidades, e
voltou como homem imortal. Cristo acrescentou uma imensa grandeza à vida, sobre a qual
até hoje os homens não desistiram de pensar: uma prova de imortalidade, uma promessa
de que todos os cristãos haverão de participar dessa vida vastíssima, divina. Então, digo
que a ressurreição é um espetáculo que deixa o nosso mundo por demais pequeno. E
pensar que tantas pessoas, por falta de Marcos 11.22: acreditar em Deus, preferem
escutar 1 Timóteo 4.1: as palavras dos falsos espíritos, falando através da boca dos falsos
pastores, dos falsos profetas espalhados em igrejas ditas evangélicas, cultuando o ministério
da morte Hebreus 2.14: fazendo as pessoas escravas do Diabo e seus demônios – não se
dando conta essas pessoas duma Nova Aliança Hebreus Capítulo 8, firmado em
promessas de Vida. Escape da morte! O que é a Bíblia pra Vocês? Mas, digo a todos
partidários do morreu acabou, o quanto vocês temem abandonar um mundo que encolheu
para um “eu” que fica atônito ante o seu gigantismo: sim, é algo que exige Fé! E, assim é
que os discípulos e outros hoje, não dão crédito ao relato da história da ressurreição,
preferindo qualificar como delírio as palavras das mulheres e não lhes deram crédito.
João
60
20.2-4: Maria Madalena correu, pois, e foi ter com Simão Pedro, e o outro
Semeando a Palavra de Deus
discípulo, a quem Jesus
amava, dizendo: tiraram do
sepulcro o Senhor, e não
sabemos onde o puseram.
Saíram então Pedro e o
outro discípulo e foram ao
sepulcro. Corriam os dois
juntos, mas o outro discípulo
correu mais ligeiro do que
Pedro, e chegou primeiro .
Os dois apóstolos correndo
por atalhos, escolhendo rota
mais curta possível, no
máxim0 de resistência, por
caminhos que tanto lhes
eram familiares; e assim
cruzaram o portão da
cidade, chegando a observar
o calvário. Fizeram a volta
em torno da colina e
chegaram ao jardim, o qual,
atravessando-o na subida
de um dos seus lados, os conduziu ao sepulcro. Muitos profetas e santos gostariam de terse envolvido na corrida; porquanto a história não sabe calcular a importância daquele
túmulo vazio, e os homens vivem à luz da esperança de sua mensagem até ao dia de hoje.
A princípio os dois apóstolos corriam juntos, andar naquele momento, seria sacrilégio.
Não se esqueça de que Pedro e João tiveram a coragem necessária para se aproximar
da cena do julgamento de Jesus, João 18.15: mas, somente João, em companhia de
algumas mulheres é que teve a ousadia de ficar ao pé da cruz, João 19.26: talvez, por essa
razão, é que lhes tenha sido dado o privilégio de, antes de qualquer outro, chegarem ao
túmulo vazio. João 20.5-7: João se abaixou para olhar lá dentro e viu os lençóis de
linho usados para enrolar Jesus, mas ele não entrou. Chegou, pois, Simão Pedro, que o
seguia, e entrou no sepulcro e viu os panos de linho ali deixados, e o lenço que tinha
enrolado em volta da cabeça de Jesus estava dobrado e colocado em outro canto,
separado dos outros lençóis. A caminho do túmulo, os passos de João eram mais ligeiros
que os de Pedro; chegando ao sepulcro, entretanto, parece ter sido oprimido a princípio
pelo temor de uma triste descoberta; em seguida pela admiração e espanto ante o fato de
Semeando a Palavra de Deus
61
que os panos de linho estavam dobrados em ordem, que era um indício de que sucedera
algo bem diferente daquilo que fora afirmado por Maria.
“o inferno e o túmulo juntaram forças”
“para reter o Senhor, mas em vão”
“De repente levanta-se o vitorioso”
“E rebenta aquelas débeis cadeias”
(Hino de Isaac Watts, “Blest Morning” estrofes 2 e 3).
O discípulo de natureza contemplativa ficou ali de pé, voltado para os próprios
pensamentos, meditando acerca daqueles novos sinais. Foi naquele instante que Pedro
chegou e entrou, como alguém dotado de uma decisão mais prática, e passou a frente de
João, ao interior do túmulo. Sem pressa Jesus se livrou dos panos agora inúteis, dobrou
o lenço que lhe envolvera a cabeça e deixou tudo em ordem. Há alguma coisa que nos
arrebata os pensamentos aqui na simplicidade ordeira em que tudo foi feito. Cristo
morrera para um mundo de homens pecaminosos. Havia enfrentado e vencido os poderes
do inferno, que não puderam contê-lo. No entanto, aquela foi a primeira ação de nosso
Senhor ressurreto! Que Ele nos ajude a pormos a nossa religiosidade em contato com os
pequenos “nada” de que se compõe a nossa vida, a fim de aprendermos cumprir com
alguma coisa de sua tranquilidade, ordem e finalidade, consagrando-nos igualmente a
esses pormenores, não menos do que aos grandes sacrifícios que nos são solicitados. O
crente deve mostrar-se amigo com todos os seus dias, com os menores detalhes, com a sua
atmosfera caseira. É certo que a narrativa inteira pressupõe que por detrás delas houve
uma testemunha ocular, porque somente dessa maneira poderíamos saber desses detalhes
com tantas minúcias. Essa testemunha ocular, que recontou a história, só pode ter sido ou
Pedro ou João. O provável é o apóstolo João, posto que este evangelho esteja escrito
com sua autoridade. João 20.8-10: Então entrou também o outro discípulo, que chegara
primeiro ao sepulcro, e viu e acreditou. Porque ainda não entendiam a escritura, que era
necessário que ele ressurgisse dentre os mortos. (Eles ainda não haviam compreendido
que, conforme a Escritura, necessário que Jesus ressuscitasse dos mortos.) Os discípulos
voltaram para casa. Temos aqui uma bela história de fé, porque certamente este versículo
não pretende ensinar que esse outro discípulo (João) havia acreditado na explicação de
Maria Madalena, de que o corpo de Jesus fora furtado; pelo contrário, vendo quão em
ordem haviam sido deixadas as mortalhas, percebendo no mesmo instante que aquilo não
fora obra de roubadores de cadáveres, mas, antes creu que o Senhor Jesus havia
realmente ressuscitado dentre os mortos. Alguns estudiosos têm suposto, com base neste
texto e no versículo 26 deste mesmo capítulo, que João observara como as mortalhas
haviam permanecido intocadas, quando saiu do corpo do Senhor Jesus, tudo dando a
entender que o Senhor passara pelo pano para fora, sem nele tocar. O que houve foi uma
62
Semeando a Palavra de Deus
transformação no tipo de energia que constituíra o corpo mortal de Jesus. O Senhor
havia espiritualizado o seu próprio corpo. Pelas descobertas científicas, sabemos que a
afirmação do versículo não é impossivel de suceder, porque a maior parte daquilo que
consideramos como matéria é constituída de espaço, sendo possível que muitas formas de
energia ocupem o mesmo espaço sem interferirem umas com as outras. Um exemplo fora
deste contexto está escrito em 1 Pedro 5.8: que diz: Sejam cuidadosos, estejam
vigilantes contra os ataques de Satanás, o grande inimigo de vocês, ele ronda em
volta, como um leão faminto, que ruge à procura de alguma vitima para estraçalhar.
Você não o vê! Mas, ele anda ao redor das pessoas procurando oportunidades. Então,
cientificamente falando, é até mesmo possível que diversos universos ocupem o mesmo
espaço ao mesmo tempo, contanto que os tipos de energia que os compõem sejam de ordem
diferente. Neste caso exemplo, Mateus 12.43-45: “... e quando o espírito expulso do
homem...”. “... Então vai, levando consigo outros sete espíritos piores do que ele, e,
entrando naquele homem, habitam ali: e são os últimos atos desse homem...”. Esses
universos seriam intangíveis, ou seja, não se pode tocar: invisíveis uns para os outros.
Ainda 1 Coríntios 3.16: Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de
Deus habita em vós? Essas realidades espirituais existem, apesar de muitas pessoas não
darem a devida atenção. Assim, o Senhor Jesus, ao sair do túmulo, pertencia já a um
mundo diferente e superior, portando poderes além dos aqui citados. É possível que
quando o Senhor subiu aos céus, a fim de retornar a Deus Pai, como o primeiro homem
ressurreto, tenha experimentado outras fases de transformação e espirituzalização. Não
devemos esquecer que nós, os crentes, e convido você a ser um de nós, seguindo os passos
de Jesus, experimentaremos essa mesma forma de transformação e glorificação, porque o
alvo mesmo da redenção (salvação) é a participação na natureza divina tal como o Senhor
Jesus, dela participa, tendo chegado a esse ponto por intermédio de sua morte, de sua
ressurreição e de sua glorificação. Faz mesmo parte da vontade de Deus Pai que Cristo
2 Pedro 1-4: seja duplicado em todos os remidos pelo seu sangue. Apocalipse 3.20:
Entenda: você ainda nessa sua vida terrena, na carne, tem condições de ser um crente,
qual o impedimento? Tua indiferença! Será legal você deixar de aproveitar uma nova
vida, a Vida Eterna? Pense, que ainda há tempo para os “vivos”. Continuando. Por
esses motivos, é que João, vendo os panos que tinham envolvido o corpo de Jesus, postos
todos em ordem, reconheceu no mesmo instante que ninguém procurara invadir o sepulcro
para furtar o corpo do Senhor; ou, pelo menos, reconheceu que alguém havia dobrado
cuidadosamente as mortalhas, crendo que o próprio Senhor Jesus fizera isso, uma vez
que voltou à vida. E foi assim que, repentinamente, raiou-lhe no espírito a verdade, e ele
acreditou na realidade da ressurreição de Cristo. Sua natureza contemplativa pôs-se a
meditar nessas realidades; ao passo que Simaõ Pedro, apesar de todo o seu espírito
prático, ainda não pensara nisso. O apóstolo Pedro viu mais coisas, quando entrou no
Semeando a Palavra de Deus
63
sepulcro, do que João percebera à primeira vista; mas, João entendeu melhor o
significado daquele acontecimento do que Pedro. Pedro teve mais visão, João teve mais
discernimento. João foi o primeiro a dar crédito ao fato de que Jesus havia ressuscitado
dentre os mortos, antes mesmo de contemplar a cena. João 20.9: Porque ainda não
entendiam a escritura, que era necessário que Ele ressurgisse dentre os mortos.
Temos aqui uma referência a trechos bíblicos do A.T. que fazem referência à
ressurreição do crucificado Messias; porque os discípulos não tinham compreendido as
palavras esclarecedoras do Senhor Jesus a respeito de sua morte e ressurreição, e nem
havia ainda se desenvolvido em suficiente conhecimento espiritual, para entenderem toda a
importância das diversas passagens bíblicas do Velho Testamento que se referem à pessoa
de Cristo. Por essa razão é que João acreditou; por causa desse sinal do sepulcro vazio e
das mortalhas, sem o corpo de Jesus. Ele não precisou sair dali e discutir sobre a questão
e nem lhe foi necessário olhar outros túmulos vazios. Súbita confiança envolveu-lhe a
alma e espírito, quando observava as condições ordeiras em que ficara o sepulcro vazio.
O próprio Senhor Jesus ensinara que haveria de ressurgir, e não é preciso imaginar que
as suas declarações não fossem tão claras como os evangelhos apresentam – Marcos 8.31:
Mateus 26.54: Lucas 9.22: João 3.14: pelo contrário, é mais lógico supormos que aqueles
discípulos, homens simples, apanhados no turbilhão dos acontecimentos por demais
maravilhosos e inexplicáveis para eles, segundo todos os padrões humanos, não puderam
observar quaisquer referências a Jesus Cristo, nas páginas do Antigo Testamento no que
dizia respeito à sua morte e ressurreição. Assim, apesar de Jesus ter avisado aos seus
discípulos que morreria às mãos dos homens, mas ressuscitaria dentre os mortos, eles
jamais pensaram que o Senhor estivesse falando sobre alguma ressurreição literal do seu
corpo. A respeito disso, bastou uma pequena mais sólida evidência, como o sepulcro vazio
e as mortalhas sem o corpo do Mestre, para que a mente e o espírito de João fossem
reanimados, raiando-lhe repentinamente a verdade daquilo que o Senhor Jesus dissera
aos seus seguidores. Para os outros discípulos, entretanto, como no caso de Pedro, foram
necessárias demonstrações mais longas e mais inegáveis, para que pudesse chegar ao
mesmo ponto aonde o apóstolo João captou com tanta facilidade. João 20.10: Tornaram,
pois, os discípulos para casa. Assim, foram eles, exclusivas testemunhas daqueles
extraordinários fatos profetizados desde tempos tão remotos, os quais faziam parte
integrante dos planos divinos, que profetas e santos de Deus haviam desejado por
contemplar e participar. Agora essas privilegiadas testemunhas retornavam para suas
casas. Dois simples pescadores haviam sido escolhidos pelo Senhor para que fossem
participantes oculares desses prodígios, para que pudessem conhecer pessoalmente ao
Messias de Deus, para que depositassem Nele sua confiança. No entanto, está reservado
para nós quase idêntico privilégio. Apesar de não termos podido ver ao Senhor Jesus
com os nossos próprios olhos, cremos Nele, participamos daquela mesma Fé que tiveram
64
Semeando a Palavra de Deus
os primitivos discípulos e somos herdeiros da mesma glória celestial oferecida a Pedro, a
os primitivos discípulos e somos herdeiros da mesma glória celestial oferecida a Pedro, a
João e aos demais apóstolos de Cristo. João levara para a sua própria casa a mâe de
João e aos demais apóstolos de Cristo. João levara para a sua própria casa a mâe de
Jesus, João 19.27: pelo que agora apressado para contar-lhe as gloriosas notícias, Pedro
Jesus, João 19.27: pelo que agora apressado para contar-lhe as gloriosas notícias, Pedro
ainda ignorava a realidade gloriosa da ressurreição; mas, João se conservava em atitude
ainda ignorava a realidade gloriosa da ressurreição; mas, João se conservava em atitude
confiante. Naquele mesmo dia o Senhor Jesus apareceu a Lucas 24.34: pessoalmente
confiante. Naquele mesmo dia o Senhor Jesus apareceu a Lucas 24.34: pessoalmente
para Pedro, e isso sem dúvida lhe confirmou e fortaleceu a sua fé. Não devemos perder
para Pedro, e isso sem dúvida lhe confirmou e fortaleceu a sua fé. Não devemos perder
de vista a graça do Senhor Jesus, o qual, para dois homens fracos e inclinados ao desvio,
de vista a graça do Senhor Jesus, o qual, para dois homens fracos e inclinados ao desvio,
concedeu as mais amplas provas de sua ressurreição e senhorio, tendo-os acolhido
concedeu as mais amplas provas de sua ressurreição e senhorio, tendo-os acolhido
novamente como seus discípulos, apesar de terem-no abandonado na hora crítica de seu
novamente como seus discípulos, apesar de terem-no abandonado na hora crítica de seu
teste mais severo, deixando-o sozinho. Isso é uma lição que o mundo inteiro precisa
teste mais severo, deixando-o sozinho. Isso é uma lição que o mundo inteiro precisa
aprender, porque ninguém pode vangloriar-se de possuir um caráter que não tenha
aprender, porque ninguém pode vangloriar-se de possuir um caráter que não tenha
tendência para tais desvios. Todos (cristãos) temos tendências para desviar-nos de Cristo,
tendência para tais desvios. Todos (cristãos) temos tendências para desviar-nos de Cristo,
convém uma leitura detalhada de cada palavra em Romanos Capítulo sete.
convém uma leitura detalhada de cada palavra em Romanos Capítulo sete.
Mas, Graças a Deus, Cristo é o Salvador de todos quantos põem Nele sua confiança.
Mas, Graças a Deus, Cristo é o Salvador de todos quantos põem Nele sua confiança.
Atos 8.26.a: E um anjo do Senhor me falou, dizendo: “vamos acrescentar o seguinte”:
Atos 8.26.a: E um anjo do Senhor me falou, dizendo: “vamos acrescentar o seguinte”:
uma breve influência, inspiração do Amado Senhor Espírito Santo me veio à mente
uma breve influência, inspiração do Amado Senhor Espírito Santo me veio à mente
para que chegasse às minhas mãos o que foi postado pelo Diácono Milton Restivo, quinta-feira, 3
para que chegasse às minhas mãos o que foi postado pelo Diácono Milton Restivo, quinta-feira, 3
de julho de 2014: Tomé o Apóstolo “Ver para Crer”.
de julho de 2014: Tomé o Apóstolo “Ver para Crer”.
João 20.24-25: Tomé, chamado Dídimo, um dos Doze, não estava com os discípulos
João 20.24-25: Tomé, chamado Dídimo, um dos Doze, não estava com os discípulos
quando Jesus apareceu. Diziam-lhe, pois, os discípulos: Vimos o Senhor. Ele, porém,
quando Jesus apareceu. Diziam-lhe, pois, os discípulos: Vimos o Senhor. Ele, porém,
lhes respondeu: Se eu não vir o sinal dos cravos nas mãos, e não meter a mão no seu lado,
lhes respondeu: Se eu não vir o sinal dos cravos nas mãos, e não meter a mão no seu lado,
de maneira nenhuma acreditarei. Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, que quer
de maneira nenhuma acreditarei. Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, que quer
dizer “Gêmeo” quando da manifestação de Jesus para os apóstolos, não estava com
dizer “Gêmeo” quando da manifestação de Jesus para os apóstolos, não estava com
eles. Disseram-lhe os outros discípulos: “Vimos o Senhor”. Tomé, que aceitara a
eles. Disseram-lhe os outros discípulos: “Vimos o Senhor”. Tomé, que aceitara a
Jesus, havia vivido tantos contratempos e acontecimentos que não entendera, já não
Jesus, havia vivido tantos contratempos e acontecimentos que não entendera, já não
era o mesmo Tomé crente, mas um Tomé receoso cuidadoso atento a todos os
era o mesmo Tomé crente, mas um Tomé receoso cuidadoso atento a todos os
pormenores com sua crítica exigente, que tinha direito a resposta razoavel para todas
pormenores com sua crítica exigente, que tinha direito a resposta razoavel para todas
as afirmativas que colocassem em dúvida a sua credibilidade. Deixara de ser um
as afirmativas que colocassem em dúvida a sua credibilidade. Deixara de ser um
Semeando a Palavra de Deus
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homem pronto a crer e aceitar, e passou a se preocupar em não ser vítima da sua
própria ilusão; mas aquele que, agora, se recusava a crer até no que via. Tomé
aceitara o convite de Jesus para seguí-lo, e tinha se proposto até ir com ele para
Betânia e, se fosse necessário, morrer com Jesus. Tomé queria saber para onde Jesus
dizia que iria para que ele pudesse ir junto, não importando para onde fosse. Mas
tudo havia se tornado uma ilusão: o Mestre havia morrido, o sonho acabara. E agora
vêm os discípulos e lhe dizem: “Vimos o Senhor” exatamente no dia e hora em que
Tomé estava ausente. Estariam os discípulos de Jesus querendo brincar com coisa tão
importante e séria, dizia ele? Tomé já havia acreditado demais, não queria sofrer
nova desilusão. Como pode ser interpretada esta sua atitude? Indiferença?
Descrença? Honestamente, qual teria sido tua atitude nessa situação? Você
acreditaria prontamente no que diziam, ou deixaria transparecer a sua dúvida, a sua
incredulidade, a sua indiferença, a sua descrença? Indiferença não. Talvez, o medo
de se encontrar com Jesus depois de tudo que se passara. Tomé, que havia se
declarado pronto a morrer pelo Mestre, que havia encorajado os outros apóstolos a
seguí-lo, afinal, também, como os demais, havia fugido na hora do perigo em que o
Mestre fora preso, julgado, condenado e crucificado. Talvez o medo de sofrer uma
nova desilusão. A convivência com Jesus havia levado Tomé a um mundo que não
era o seu, e nesse momento, afastado do seu Mestre, voltara à sua antiga natureza
materialista. Assaltado pela tristeza, pela dúvida e pela desilusão, recusava-se a
crer mesmo naquilo que visse, até que pudesse agarrar com as suas mãos e fazer
como os cegos que por vezes se enganam menos que os que têm visão. E aconteceu,
encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa e Tomé estava com eles.
Estando as portas fechadas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz
esteja com vocês”. (João 20.26:). E acontece que Tomé estava presente. A voz calma
de Jesus soa no ambiente com toda a nitidez: “A paz esteja com vocês”. Era a
mesma voz que Tomé tão bem conhecia e que durante três anos lhe falara da
ressurreição que ele, agora, colocava obstáculo e se recusava em aceitar. O Mestre
voltara com a sua saudação tão conhecida. “A paz esteja com vocês”. Era o mesmo
Mestre; era o Mestre mesmo... Era a mesma saudação de paz que Jesus dirigia nesse
momento àqueles que dias antes o haviam abandonado e fugido, que haviam
quebrado as suas promessas de morrer pela fé, que haviam voltado para os seus
afazeres, os seus lares. O Mestre não dirige a Tomé uma única palavra de censura,
como também não faria a cada um de nós. Em vez disso, o Mestre voltara com a sua
calma costumeira e serenidade para lhes dar a sua paz. Essa paz que excede todo o
nosso entendimento. O Mestre está mais pronto a conceder o seu perdão do que nós
a recebê-lo. Jesus aproxima-se, olha para cada um dos apóstolos e fixa o seu olhar
em Tomé. Desta vez Jesus viera propositadamente para Tomé. Era o Bom Pastor
que vinha buscar a ovelha perdida, o Mestre que vinha em auxílio do seu discípulo
querido. Jesus dirige-se para Tomé e coloca-se na sua frente, e lhe diz: Põe o teu
dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não
66
Semeando a Palavra de Deus
seja incrédulo, mas, fiel. (João 20.27:). Numa crise de fé, Tomé tem que decidir e
agir. Ele sente uma nova, verdadeira e poderosa fé nascer no seu espírito. Aquele
Mestre que ele tanto amara aquele por quem estivera pronto a dar a sua vida,
aquele em quem crera como homem, como Mestre, como amigo estava na sua frente.
Cristo voltara do além-túmulo para lhe dizer que era mais do que um Mestre, mais
do que um amigo, mais do que um profeta. Cristo voltara para lhe lembrar as suas
palavras: “Não fique perturbado o espírito de vocês; acreditem em Deus, acreditem
também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu
teria dito a vocês; vou prepara lugar para vocês. E, se eu for e preparar lugar para
vocês, virei outra vez, e tomarei vocês para mim mesmo, para que onde eu estiver
estejam vocês também. E para onde eu vou vocês conhecem o caminho.” (João 14.131:). Tomé, movido pela poderosa fé que sentia no seu espírito, disse o que até ainda
não tinha descoberto: “Meu Senhor e Meu Deus”. (João 20.28:). Tomé tornou-se o
primeiro dos apóstolos a se dirigir a Jesus nestes termos, chamando-o de “Meu
Deus”. Ninguém até aquele momento, nem mesmo Pedro, nem João, haviam
pronunciado a palavra “Deus” dirigindo-se a Jesus. Sem dúvida essa é a condição da
maioria dos indivíduos que absorvidos pelos negócios terrenos, não percebem qualquer
evidência da existência e da influência de Deus entre homens. Porque está escrito. Lucas
4.10: Aos seus anjos ordenará a teu respeito, que te guardem! É bem provável que o
sucesso espiritual de alguns crentes, tenha sido realmente esse motivo: aprenderam a ceder
e a escutar de seus guias angelicais Hebreus 1.14: que lhes foram dados por Deus com o
propósito de ajuda-los a cumprirem suas respectivas missões. Mas, digo quantos cristãos
não se deram conta de que Gênesis 18.1-22: anjos estavam presentes em certas ocasiões,
nessa vida deles na carne, para ajudá-los a cumprir ordens de Deus! Quando você lê a
palavra "anjo" na Bíblia, seu sentido original é "mensageiro" "enviado", e não a anjos de
asas que vemos nos filmes e nos livros, pois só assim são (iconografia) retratados: nem
todos os mensageiros de Deus, até os seus anjos enviados a este mundo, necessariamente
possuem asas presas nas suas costas. Os Querubins e Serafins é que são descritos terem
asas. João 20.13: Mulher, por que choras? Respondeu-lhes: Porque tiraram o meu
Senhor, e não sei onde o puseram. Porque tiraram o meu Senhor, e não sei onde
puseram! Maria Madalena estava tão extasiada em sua tristeza e em sua paixão que não
ficou sobressaltada nem mesmo por aquela manifestação sobrenatural, a qual, em
circunstâncias normais, ficaria espantada; antes entrou na conversa com os anjos, como se
estivesse falando com seres humanos. Temos aqui uma clara lição: alguém pode receber a
visita de seres celestiais e ser um objeto especial de alguma revelação de Deus; porém se
sua mente e seu espírito não estiverem preparados para que se mostrem receptivos a tais
manifestações, elas podem passar inteiramente sem proveito. Igualmente, a mensagem que
os anjos tinham para anunciar a Maria Madalena, conforme já haviam anunciado aos
Semeando a Palavra de Deus
67
outros: Ele ressuscitou, nem ao menos tiveram oportunidade de falar. Ela tinha todos os
seus pensamentos concentrados em seu Senhor Jesus, e somente desejava cuidar de seu
corpo para que não sofresse quaisquer abusos da parte de seus adversários, concentrando
todos os seus esforços na execução do mesmo. A missão que ela se propusera a si mesma
era nobre; mas, não se mostrou acolhedora para a mensagem que lhe fora dada dos céus,
foi-se embora sem haver compreendido a preciosa informação. Outra lição que podemos
tirar deste versículo, além da ideia da ardente devoção de Maria Madalena ao Senhor
Jesus e de sua insensibilidade para com a visão angelical, por causa de sua profunda
tristeza, é que, naquele exato instante, as lágrimas que ele derramava não tinham razão de
ser, porque a crise e o horror que a faziam chorar, já haviam terminado. A vitória já
havia sido conquistada, sobre o sepulcro, sobre o pecado, a redenção a justificação já
haviam sido postas à disposição de todos os pecadores. Leia com atenção. Além disso, o
Senhor Jesus estava vivo novamente para garantir essas realidades. No entanto Maria
ainda chorava, como que por uma causa perdida, ignorando totalmente o que sucedera de
maravilhoso há tão pouco tempo atrás. Sem dúvida isso serve de lição para todos. Para
Deus tudo é possível, e a solução para os nossos mais graves problemas e necessidades já
se encontra com Ele; e tudo quanto nos falta é uma espécie de revelação, que nos faça
saber que já somos vitoriosos na Pessoa de Cristo Jesus. Porém, com tanta frequência, a
exemplo de Maria, continuamos a chorar, lamentar, duma crise espiritual para outra.
Mas isso só acontece em razão de
nossa ignorância espiritual, acerca
das provisões já existentes, que
asseguram a concretização das
promessas do Senhor. Falta de
Fé e Visão Espiritual. João
20.14: Nisso ela se voltou e viu
Jesus em pé, mas não o
reconheceu. Na presença dela
estava a resposta e a libertação de
todos os problemas e crises.
Todavia, a tristeza obscurecia lhe
completamente a visão, razão pela qual ela não pôde reconhecer nem a visitação angelical
e nem o próprio Senhor Jesus. Fora de qualquer dúvida que, em seu corpo ressurreto a
aparência física de Jesus era diferente do que fora antes de sua morte. Isso é confirmado
pela experiência que foi dado aos dois discípulos, no caminho de Emaús, os quais também
não puderam reconhecer de imediato ao Senhor Jesus Cristo (Lucas 24.13.35). João
20.15: Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, julgando
68
Semeando a Palavra de Deus
que fosse o jardineiro, respondeu-lhe: Senhor, se tu o levaste, onde o puseste, e eu o
levarei. O jardim onde se desenrolara essas cenas pertencia a José Arimatéia; e ele
sendo homem de posses, sem dúvida empregava um jardineiro para cuidar do mesmo, ver
Mateus 27.57-60: Maria talvez até se tenha sentido mais aliviada, ante o fato de que
alguma pessoa não dada a violências, como o jardineiro, fora quem retirara do sepulcro o
corpo morto do Senhor Jesus, sem dúvidas tendo agido sob as instruções do proprietário
José de Arimatéia. Isso significava que o túmulo não fora invadido por nenhum inimigo
de Jesus malicioso e mau. Se assim tivesse acontecido, então a recuperação do corpo de
Jesus seria fácil, ou, pelo menos, ela poderia estar certa de que José de Arimatéia
tomara outras providências compatíveis com um sepultamento digno do corpo do Senhor
Jesus. Atenção. E nisso tudo há igualmente lição para nós todos, pois, a exemplo de
Maria, com frequência nos conformamos com muito menos do que aquilo que Deus quer
dar-nos, preferindo nós, talvez outro caminho mais fácil do que aquele que Ele escolheu e
determinou para nós, por estarmos insensíveis a tudo quanto Ele deseja fazer por nós e
em nós. A escolha de um destino inferior àquele que nos está marcado pela vontade de
nosso Pai Celeste, seria uma tragédia para a experiência de um cristão; mas, infelismente
há fortes indícios de que essa escolha inferior, ao invés de ser a excessão, é fator
dominante na vida de muitos crentes, que aceitam sujestões do maligno para suas vidas –
doenças mortes miséria. Em sua missão, Maria só tinha por intuíto ungir o corpo de
Jesus, por tratar-se de uma missão nobre, segundo o seu ponto de vista. Entretanto,
devemos observar neste ponto que não era essa a missão que Deus determinou para ela;
de fato essa missão era impossível de ser realizada, porque o Senhor nem ao menos se
econtrava morto. E novamente uma lição nos é conferida nesse ponto – com frequência
nos deixamos absorver pelas missões, deveres e trabalhos que imaginamos que Deus tenha
para nós. Acreditamos possuir forças suficientes para realizarmos a contento do Senhor
nessas tarefas, tal como Maria pensava que, de alguma maneira, seria capaz de carregar
sozinha o corpo de Jesus, uma vez que o mesmo lhe fosse entregue pelo jardineiro.
Porém, tão enganada estava ela naquilo que pensava que deveria fazer a favor de Jesus,
e quão enganados também podemos nós estar. O que planejamos fazer talvez seja muito
nobre, a exemplo de Maria, mas pode ser inteiramente diferente daquilo que o Senhor
Deus determinou pra nós. “...E eu o levarei...”. Este versículo dá destaque à profunda
devoção de Maria ao Senhor Jesus, devoção essa que deve ser imitada por nós, que não
mediu dificuldades. Um lugar seguro para guardar o corpo sagrado de Jesus era o
grande objetivo da vontade dela, esse propósito sem medo dos perigos, cega para uma
tarefa que lhe teria sido fisicamente impossível, pelo contrário na confiança de suas
próprias forças “e eu o levarei”. Também posso acrecentar que apesar dela não ter
realizado a tarefa na direção da qual era impulsionada pela sua devoção, porque isso lhe
Semeando a Palavra de Deus
69
era impossível, contudo, essa devoção foi amplamente recompensada, pois chegou a ver o
seu Senhor Vivo, tendo sido o primeiro ser humano a contemplar o Cristo Ressurreto.
Isso não foi uma distinção pequena, mas antes, foi um privilégio extraordinário.
João 20.16: Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, virando-se, disse-lhe em hebraico: Raboni!que quer dizer, Mestre. A narrativa assume um impacto ainda mais significativo e
emocional quando nos lembramos de que Maria Madalena foi a primeira pessoa para
quem o Senhor Jesus mostrou-se ressuscitado. Que lugar especial devia ter ela ocupado
nos pensamentos do Senhor. Porquanto apesar de ser uma mulher, simples por ser tal,
dentro da sociedade judaica teria sido considerada uma pessoa de pouco valor. No
entanto, não tinha o Senhor Jesus esses tolos preconceitos. Ele conversara com a mulher
samaritana à beira do poço sem qualquer vergonha, e dedicou tempo a cuidar de sua alma
eterna. Os evangelhos e demais livros do Novo Testamento nada mais nos adiantam
sobre Madalena senão o que é dito até este ponto. Porém, tão extraordinário foi o seu
privilégio e benção: a primeira pessoa a ver o Senhor Jesus Cristo vencedor da morte,
vivo para todo o sempre. Por intermédio dela o Senhor Jesus elevou as mulheres à
posição que lhes cabe por direito, Gálatas 3.28: porquanto em Cristo não há homem nem
mulher. Ela ouvira o seu próprio nome naquela voz bem conhecida: A Voz de Deus é
70
Semeando a Palavra de Deus
sempre mais rapidamente ouvida pelas almas daqueles que o amam; a presença de Deus
nunca é tão desejada quando estamos no total desamparo da desgraça humana.
João 20.17: Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, ainda não subi para meu Pai, mas vai a
meus irmãos, diga-lhes que eu subo para meu Pai vosso Pai, nosso Deus.
Evidentemente Madalena fez menção de que ia tocar no Senhor Jesus, ao soltar a
exclamação Raboni! Ação essa que consistia em cair-lhe aos pés e abraçar-se a eles,
conforme era costumeiro nas demonstrações de grande afeto ou respeito. A tradução
RSV diz “Do not hold me” – Não me agarres – muito provavelmente, talvez, Madalena
atirou-se aos pés do Senhor Jesus, e se agarrava a eles. “...Não me detenhas...”. O
Senhor Jesus não queria ser detido, porque havia ainda uma missão a ser realizada;
além disso, Ele não queria que Maria Madalena pensasse que a sua presença diante dela
pudesse ser comparada com as situações anteriores; assim sendo ela não deveria apegarse a Ele da mesma maneira que até então vinha fazendo. Pelo contrário, necessário
buscar uma nova espécie de relacionamento, agora espiritual, que seria inaugurada
quando de sua ascensão, por meio da presença do Espírito Santo que seria o seu “Alter
Ego” que quer dizer “O outro Eu”. O alter ego é a outra personalidade de uma mesma
pessoa, podendo ser um amigo ou alguém próximo em que se deposita total confiança. No
caso o amado Espírito Santo. João 14.16-18: João 14.26: João 16.13: “...Vai ter com
os meus irmãos...”. Essas palavras são extremamente significativas para todos os
cristãos. Quem seriam esses irmãos senão justamente aqueles que tão recentemente
haviam abandonado ao Senhor? Somente Pedro e João tinham mostrado a disposição
para se fazerem presentes às cenas dos julgamentos de Jesus; e dentre todos os seus
discípulos, apenas João ficara ao seu lado até ao fim, ao pé da cruz, em companhia de
algumas mulheres santas. Além disso, coube a nada menos que dois membros do sinédrio –
Nicodemos e José de Arimatéia – providenciarem o sepultamento do corpo de Jesus.
Foi às mulheres que coube a honra de desejarem vir completar a unção de seu corpo.
Nenhum dos apóstolos se aproximou do sepulcro até que as mulheres vieram noticiar-lhes
que haviam encontrado o túmulo vazio. No entanto, nesse recado de Jesus a seus
discípulos, por meio de Maria Madalena, não transparece qualquer palavra de
condenação ou de queixa; e isso é de grande tranquilidade para nós, porque serve de
misericórdia e demonstração da profunda graça de Deus. Devemos notar aqui que o
Senhor Jesus ainda se aprofunda mais na expressão das relações existentes entre Ele e
seus seguidores, de amigos João 15.15: Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe
o que faz o seu senhor, mas chamo amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a
conhecer. Sim, agora os seguidores de Jesus não eram mais simplesmente amigos, mas
irmãos de Cristo; assim, dessa maneira foram reconhecidos como parte integrante da
família divina. A ideia inteira da transformação dos remidos segundo a imagem de Cristo,
Semeando a Palavra de Deus
71
de tal modo que venham eles (nós cristãos) a participarmos da natureza divina 2 Pedro
1.4: se alicerça na ideia da filiação mútua ao Pai, porquanto todos os remidos são filhos
do mesmo Pai Celestial. João 20.18: Maria Madalena foi e disse aos discípulos:
“Eu vi o Senhor!” Então contou que Ele tinha falado essas coisas para ela.
Dois dos seguidores de Jesus, por essa altura dos acontecimentos, já estavam convictos
da realidade da ressurreição de Cristo, a saber, o Apóstolo João e Maria Madalena.
Mas o trecho de Lucas 24.11: registra a total incredulidade da maioria de seus discípulos.
Diz essa passagem “Tais palavras lhes pareciam como um delírio, e não acreditaram
nelas”. Talvez balancemos as cabeças em desaprovação, ante a leitura dessas palavras,
pois lendo a comovente narrativa do aparecimento do Senhor Jesus a Madalena, não se
pode entender qualquer motivo para a incredulidade. Na verdade, porém a ressurreição
de Jesus Cristo foi um acontecimento tão extraordinário que ultrapassou tudo quanto
aquela gente considerava natural; e nem mesmo pessoas dotadas de religiosidade podem
extrair de sua mente o que é natural e material, pela sua sonolência espiritual. Pois,
aquilo que é uma grande realidade, percebida claramente por algumas pessoas, pode ser
completamente ignorada por outras, ou mesmo totalmente rejeitadas, como se fora algo
impossível. Enfim. Maria chegou com grande alegria, com seu inesperado anúncio,
certamente uma das notícias que já foi concedida a uma criatura humana para que fosse
divulgada. O trecho de Mateus 28.10: diz-no que diversas outras mulheres também foram
encarregadas de anunciar aos irmãos de Jesus que Ele se encontraria com eles na
Galiléia. A comissão recebida por Maria Madalena, de anunciar o grande fato da
ressurreição de Cristo ao círculo apostólico, se expandiu nas pessoas deles, que por sua
vez, foram comissionados (anunciar a ressurreição de Cristo) a levar essa mesma
mensagem ao mundo inteiro, comissão essa que foi entregue, finalmente à igreja cristã
inteira, posto termos sido feitos embaixadores em Nome de Cristo conforme 2 Coríntios
5.20: Maria, por alguns momentos pelo menos, ao conversar com o imortal Senhor Jesus,
entrou na própria eternidade. Por meio desse encontro todos sabemos agora da existência
de um mundo eterno, que a teoria materialista é inadequada para explicar os fenômenos
experimentados pelos homens. Sabemos que em nosso íntimo brilha a fagulha da
eternidade, porquanto cada criatura humana possui uma alma imortal, e que o destino dos
remidos, é um destino altamente exaltado. Então: Mano tem pensado no teu futuro, no teu
destino? Mateus 28.5-8: O anjo falou às mulheres: "Não tenham medo!" disse ele. "Eu
sei que vocês procuram Jesus, que foi crucificado”. Ele não está aqui, pois já foi
ressuscitado, assim como ele tinha dito. Venham ver o lugar onde ele estava deitado.
Agora, vão depressa e contem aos seus discípulos que Ele ressuscitou, e que vai para a
Galiléia, a fim de encontrar todos lá. Este é o recado para eles. E, partindo elas do
sepulcro, com temor e grande alegria, correram a anunciá-lo aos discípulos. O fato de
72
Semeando a Palavra de Deus
que
que Jesus
Jesus apareceu
apareceu primeiramente
primeiramente às
às mulheres,
mulheres, ee não
não aos
aos discípulos,
discípulos, éé um
um registro
registro de
de
profunda
significação,
porque
elas
haviam
sido
testemunhas
de
sua
crucificação.
Não
profunda significação, porque elas haviam sido testemunhas de sua crucificação. Não
temais!
temais! O
O que
que serviu
serviu de
de grande
grande pavor
pavor para
para uns,
uns, foi
foi mensagem
mensagem de
de notável
notável esperança
esperança ee
poder
poder para
para outros.
outros. A
A Vida
Vida se
se manifestou
manifestou em
em novidade,
novidade, oo negríssimo
negríssimo véu
véu do
do desespero
desespero
subitamente
foi
retirado,
e
uma
luz
intensa
brilhou
ao
redor.
A
morte
fora
derrotada.
subitamente foi retirado, e uma luz intensa brilhou ao redor. A morte fora derrotada.
Mateus
Mateus 28.9-10:
28.9-10: E
E de
de repente,
repente, Jesus
Jesus se
se encontrou
encontrou com
com elas
elas ee disse:
disse: “Que
“Que aa
Paz esteja
esteja com
com vocês!”
vocês!” E
E elas
elas se
se aproximaram
aproximaram dele,
dele, abraçaram
abraçaram seus
seus pés
pés ee oo
Paz
adoraram.
adoraram. Então
Então Jesus
Jesus disse-lhes:
disse-lhes: Não
Não tenham
tenham medo!
medo! Vão
Vão dizer
dizer aos
aos meus
meus
irmãos
irmãos que
que partam
partam imediatamente
imediatamente para
para aa Galiléia,
Galiléia, para
para se
se encontrarem
encontrarem
comigo
comigo lá".
lá". “...
“... Eis
Eis que
que Jesus
Jesus veio
veio ao
ao encontro
encontro delas...
delas... “Salve...”.
“Salve...”. Quão
Quão natural
natural
foi
entanto, que
que
foi para
para Jesus
Jesus vir
vir ao
ao encontro
encontro delas,
delas, como
como se
se nada
nada houvesse
houvesse acontecido;
acontecido; e,
e, no
no entanto,
fato
fato extraordinário
extraordinário tivera
tivera lugar.
lugar. ...
... eis
eis que
que Jesus
Jesus veio
veio ao
ao encontro
encontro delas...”.
delas...”. “Salve”
“Salve”..
Saudação grega
grega comum
comum equivalente
equivalente ao
ao nosso
nosso bom
bom dia,
dia, ou
ou outra
outra similar.
similar. Tudo
Tudo parecia
parecia
Saudação
muito familiar,
familiar, porque
porque era
era aa saudação
saudação comum
comum entre
entre amigos.
amigos. “Oh
“Oh alegria”.
alegria”. Ele
Ele
muito
ressuscitou. A
A morte
morte não
não pôde
pôde detê-lo.
detê-lo. Aquele
Aquele que
que tão
tão recentemente
recentemente esteve
esteve morto,
morto, agora
agora
ressuscitou.
está vivo
vivo para
para sempre.
sempre. “Oh
“Oh alegria”!
alegria”! Esta
Esta éé aa promessa
promessa que
que Ele
Ele nos
nos fez,
fez, porque
porque todos
todos
está
quantos morrerem,
morrerem, haverão
haverão de
de ressuscitar.
ressuscitar. Não
Não existe
existe mais
mais morte!
morte! João
João 20.19:
20.19: “Paz
“Paz seja
seja
quantos
convosco”. Quão
Quão simples
simples ee natural
natural parecia
parecia tudo
tudo e,
e, no
no entanto,
entanto, quanta
quanta alegria
alegria tomou
tomou conta
conta
convosco”.
daquelas mulheres.
mulheres. Antes
Antes de
de sua
sua ressurreição,
ressurreição, Jesus
Jesus era
era oo Messias;
Messias; e,
e, após,
após, todos
todos os
os
daquelas
títulos são
são por
por demais
demais de
de pequenas
pequenas proporções
proporções para
para descrevê-lo:
descrevê-lo: chamamos
chamamos de
de Senhor,
Senhor,
títulos
Salvador, Rei,
Rei, Mestre,
Mestre, Alfa
Alfa ee Ômega.
Ômega. E
E foi
foi em
em todos
todos esses
esses sentidos
sentidos que
que as
as mulheres,
mulheres, ee
Salvador,
os discípulos
discípulos (nós,
(nós, inclusive)
inclusive) oo adoramos.
adoramos. Não
Não esqueça
esqueça que
que aa ressurreição
ressurreição de
de Cristo
Cristo éé oo
os
grande divisor
divisor da
da história
história humana.
humana. “...
grande
“... abraçaram-lhe
abraçaram-lhe os
os pés...”.
pés...”.
Semeando a Palavra de Deus
73
Não para ver se Ele era um fantasma, pois o mais certo é que tal possibilidade jamais
entrou na mente delas. Em grande alegria, de satisfação, tremendo de emoção, tomadas
de gratidão, inundadas de imensa e santa felicidade, não havia outras coisas que pudessem
fazer. Nenhum mortal jamais adorou com maior liberdade. “... não temais, ide avisar a
meus irmãos...”. Isso dá um toque de ternura à narrativa, pois é a primeira vez que o
termo é usado neste evangelho, nessa relação (irmãos). Na mente de Jesus há perdão; eles
o haviam abandonado, mas são irmãos. Eram amigos, mas agora eram muito mais íntimos
d’Ele do que antes. Jesus conhecia seus pensamentos, e era por motivo da fraquesa
humana que o haviam desertado, e, não por causa de malícia, de maldade. Em um novo
sentido, Jesus era agora irmão deles (de nós cristãos) porque agora é um homem imortal,
o modelo para toda a humanidade. Jesus nos oferece o mesmo destino, através da
transformação (Romanos 8.29:) em sua própria imagem metafísica. Mateus 28.11:
Enquanto as mulheres iam para a cidade, alguns dos policiais do templo que
estavam guardando o túmulo foram aos sacerdotes principais e contaram o que
tinha acontecido. Observemos que os soldados da guarda dirigiram-se aos membos do
sinédrio para contar o que acontecera. Tinham receio de primeiro irem a Pilatos, não
porque pudessem ter impedido o que ocorrera, mas porque poderiam ser acusados de
terem dormido ou de outra maneira negligenciado em seus deveres.
74
Semeando a Palavra de Deus
Mas é provável que a história tenha chegado ao conhecimento de Pilatos, de qualquer
maneira; ou talvez os próprios soldados lhe tenham revelado a verdade; pois o mais certo
é que ele não tomou qualquer providência a respeito, posto que o sinédrio não poderia
causar-lhe dificuldades com isso, porque eles mesmos queriam suprimir a verdade do que
ocorrera (a ressurreição de Cristo) e, por isso mesmo queriam que os soldados, que eram
os únicos que conheciam a verdade dos fatos fossem deixados em paz. Mateus 28.12-13:
Convocou-se uma reunião de todos os líderes religiosos dos judeus, e decidiu-se pagar os
guardas para dizerem que, enquanto todos eles estavam dormindo, os discípulos de Jesus
vieram durante a noite e roubaram o corpo dEle. E congregados eles com os anciãos e
tendo consultado entre si, deram muito dinheiro aos soldados, “... Reunindo-se eles em
conselho...” Estavam novamente em dificuldades, por causa de Jesus (!) e foi uma reunião
formal do sinédrio. Apelaram novamente para seu costumeiro expediente de falsidade e
suborno, conforme haviam feito antes com Judas Iscariotes. Lembro a vocês que os
controladores do sinédrio, naquele tempo, eram os ricos e socialmente poderosos saduceus.
Estes controlavam o templo, a adoração ali efetuada, o seu comércio, e também o governo
geral de Israel. Não criam em espíritos e nem em ressurreição e, a qualquer tipo de
espiritualidade. Preocupavam-se muito em impedir qualquer coisa que ameaçasse essas
suas crenças, como também não queriam que alguém (?) soubesse que Jesus renascera.
Essa reunião do sinédrio fornece uma contínua descrição do caráter da religião
organizada da época. Apesar de todas as provas da grande atuação de Deus entre eles,
os espíritos (Romanos 8.9:) daqueles religiosos permaneciam endurecidos e incrédulos.
Tinham um conjunto de regras ou leis, mais ou menos sistematizadas, mediante as quais
continuavam duvidando do Poder de Jesus, de seu retorno à vida e da aprovação divina
a Jesus! Certamente que sim, pois do contrário a iniquidade e dureza deles era de tal
natureza maligna que já estava fora do alcance da mensagem de Deus. “... grande soma
de dinheiro...”. Literalmente é dinheiro suficiente para garantir que os soldados se
conservassem calados; esse suborno era resultado de alguma decisão anterior, feita pelos
controladores do sinédrio. Aquelas autoridades religiosas reconheciam o poder do
suborno, e, em suas práticas políticas, aplicando esses princípios em seus negócios com
bastante frequência. Haviam corrompido a Judas Iscariotes com essa prática e tinham
poucas dúvidas de que aqueles soldados pagãos, por causa de sua natureza corrupta, não
haveriam de declarar a verdade, mas antes, haveriam de cooperar com eles. “... vieram...
os discípulos... e o roubaram...”. Aqueles soldados, além de se terem sujeitado ao
julgamento da incapacidade, do embaraço e da negligência nos deveres, agora se
sujeitavam a uma história estúpida; e teriam de contar essa comédia, se quisessem ficar
com o dinheiro do suborno. Teriam de dizer que estavam dormindo; isso não é de todo
impossível, posto que talvez tenham participado de muitas festas e de vinho, altas horas da
noite; contudo dormir no posto do dever poderia atrair contra eles a sentença de morte, e
Semeando a Palavra de Deus
75
por isso mesmo era algo altamente improvável. Apesar de, somente através de tal
circunstância é que alguns poucos pescadores, certamente desarmados, poderiam ter
furtado um cadáver guardado por soldados profissionais armados. Estavam dormindo!
E, no entanto puderam afirmar que viram homens roubarem o cadáver. Como poderiam
ter sabido disso, se estavam dormindo? Porém, essa era a melhor história que poderia ser
contada sob aquelas circunstâncias. Diversos comentaristas bíblicos mencionam o fato de
que as mentiras de Satanás sempre trazem em si a sua própria refutação, ou seja, uma
série de argumentos que destrói o que foi alegado. Todavia, todas essas desosnestidades de
forma alguma servem de argumentos contra a veracidade da narrativa, porquanto quando
os homens se recusam obstinadamente - teimosos, inflexíveis, que não cedem persistentes,
constantes – a crer na Verdade é que: 2 Tessalonicenses 2.11: Por essa razão Deus os
envia um forte engano, para que eles creiam naquilo que é falso. (Deus lhes envia um
poder sedutor, a fim de que creiam na mentira). A mentira era algo corrente entre os
judeus; podendo ser observado hoje, em muitos setores da humanidade, de um modo
promíscuo. Isso demonstra, se é que não prova outra coisa, que sentiam a necessidade de
explicar o túmulo vazio; e que essa própria necessidade de explicação comprova a
ressurreição de Jesus. João 8.44: A mentira é um espírito que trabalha entre os homens.
Provérbios 12.19: A mentira tem vida curta, a Verdade vive para sempre.
Mateus 28.14: "Se o governador ouvir a respeito" prometeu o Conselho, "nós
defenderemos vocês e tudo ficará bem". Serve de homenagem aos membros da igreja
cristã primitiva, que se originou do poder do Senhor ressurreto, a sua fiel devoção a
Cristo; no que a comunidade religiosa judaica viu ser necessário escarnecer, zombar, de
chmar Jesus de impostor, vendo-se obrigada a fabricar tão ridícula e impossível história
como essa. A sinagoga percebeu ser imprescindível perseguir a nova fé, por causa de sua
vitalidade, que ameaçava os antigos e seculares padrões religiosos. É possível que o temor
das providências de Pilatos, por parte das autoridades religiosas dos judeus, fala de algum
julgamento formal que os soldados teriam de enfrentar, cujo resultado, não fosse a
intervenção do sinédrio, certamente seria a pena de morte. Não se sabe o que aconteceu;
mas, se Pilatos realmente causou dificuldades, aqueles homens conseguiram sobreviver,
porque a fraude persiste entre os judeus até aos nossos próprios dias. Isso lhes tem servido
de desculpas para não crerem na missão messiânica de Jesus, e nem em sua ressurreição.
Mateus 28.15: Assim os guardas aceitaram o dinheiro e falaram o que lhes foi
mandado que falassem. A história deles espalhou-se entre os judeus, e ainda é
repetida assim, até os dias de hoje. É possível que as pessoas mais conscientes do
sinédrio não tivessem participado desses conchavos. Certamente Nicodemus e José de
Arimatéia não participaram, e talvez também Gamaliel. No entanto, a história da
crucificação é prova do que as autoridades do sinédrio eram capazes de fazer, e o fato de
76
Semeando a Palavra de Deus
que essa história se generalizou, sendo ainda conhecida nos tempos de Justino Mártir,
tanto quanto na comunidade onde vivia Tertuliano, mostrando que efetivamente essa
história foi criada e propagada. Mateus 28.16: E, partiram os discípulos para a
Galileia, para o monte que Jesus lhes designara. O que há de mais notável nesses
versículos é aquilo que se tornou conhecido por Grande Comissão, o que é, realmente, a
universalização da Mensagem Cristã. Jesus operou muitos milagres; de fato, mais do que
aqueles que ficaram registradas, e estas são provas de seu ofício messiânico, mas também
de que Ele é Filho de Deus, e que, através da Fé Nele, participamos da Vida Eterna.
Essa é a intenção da Grande Comissão, a propagação da Mensagem da Vida. Assim,
podemos concluir que a igreja derivou o seu impulso missionário dos aparecimentos do
Cristo ressurreto. João 20.19: Ao cair da tarde daquele primeiro dia da semana,
estando os discípulos reunidos a portas trancadas, por medo dos judeus, Jesus
entrou, pôs-se no meio deles e disse: "Paz seja com vocês!". Houve diversas
manifestações do Senhor Jesus, e essas aparições não eram meras visões, porque Cristo
possuia alguma forma de corpo sólido, apesar de diferente do corpo dos homens mortais,
porquanto uma vez ressuscitad0 Ele tornou-se um ser imortal, o primeiro homem imortal
de Deus, uma nova ordem da existência. Não se há de duvidar que por ocasião da
ascensão e gloria de Cristo, essa modificação no seu corpo assumiu proporções ainda
maiores, já que o Senhor passou por diversas fases de transformações ao tornar-se o
Senhor eterno de todos; e haverá de experimentar uma maior glorificação em sua igreja,
em eras vindouras. “... ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana...”.
Semeando a Palavra de Deus
77
O Senhor Jesus já havia aparecido a Maria Madalena e a outras mulheres, bem como
aos dois discípulos no caminho de Emaús. “... Trancadas as portas...”. Precisamos
considerar, neste ponto, a natureza do corpo ressurreto do Senhor Jesus. Por duas
vezes, neste mesmo vigésimo capítulo do quarto evangelho, é enfatizado o fato de que as
portas estavam trancadas quando o Senhor apareceu aos seus discípulos. Sim, os
discípulos fecharam as portas por temerem aos judeus; e por judeus está em foco o
sinédrio, o mais elevado tribunal civil e religioso da nação de Israel. Os discípulos tinham
visto o que a raiva e a malícia sem freios e desvairada dessas autoridades podia fazer.
Ora, se Jesus, o Senhor, havia caído vítima dessa perseguição, porque haveriam eles de
pensar que estariam imunes a tais ataques? O próprio Senhor Jesus os havia advertidos
sobre a sua morte, e lhes dissera que futuramente seriam perseguidos. Mas essa
circunstância das portas fechadas, que tinha por intuito servir de proteção contra um
bando de homens furiosos, na realidade se tornou outra prova da verdadeira ressurreição
de Jesus; pois é certo que o autor sagrado tem a intenção que conhecemos o fato de que
Jesus entrou na sala apesar das portas trancadas. Isso significa que o seu corpo
ressurreto, embora sólido ao toque, era composto de energia diferente, transformada, que
podia atravessar portas e paredes, que podia penetrar em nossa matéria sólida sem
problemas. Lucas 24.36-38: Enquanto ainda falavam nisso, o próprio Jesus se apresentou
no meio deles, e disse-lhes: Paz seja
convosco. Mas eles, espantados e
atemorizados, pensavam que viam algum
espírito. “Por que estão com medo?"
perguntou Ele. Por que duvidam que seja
Eu mesmo? Lucas 24.39: Olhai as minhas
mãos e os meus pés, que sou eu mesmo
apalpai-me e vede porque um espírito não
tem carne nem ossos, como percebeis que
eu tenho. “... espantados e atemorizados...”.
Falar sobre a volta de Jesus era uma
coisa; mas vê-lo surgir repentinamente, de
forma misteriosa, foi demais para que seus
nervos já abalados pudessem resistir. À
base da narrativa do evangelho de João
parece que a alegria dos discípulos só se
firmou quando examinaram com tato o
corpo de Jesus, vendo-o por si mesmos e
verificando, além de qualquer dúvida, que
se tratava realmente Dele, que estava
78
Semeando a Palavra de Deus
efetivamente vivo, quando então, pelo menos para eles, foram destruídos todos os
argumentos em contrário. Ora, todo esse terror é perfeitamente humano, e, devemos
lembrar de que jamais haviam passado qualquer experiência dessa natureza antes daquela
ocasião. Nunca tinham visto a ressurreição dos mortos, e não se prepararm para aquele
acontecimento. “... Por que perturbados?...”. Jesus, sempre se mostrou incapaz de
entender as dúvidas e os temores dos homens quando se alicerçavam em conhecimento
limitado ou na falta de experiência relativa às realidades sobrenaturais ou a Deus. Os
homens se mostram tão vagarosos em crer, mas tão prontos a duvidar! Lentos em aceitar
as provas das Realidades Espirituais, mas tão prontos em aceitar as supostas provas
apresentadas pela ciência humana; (1 Timóteo 4.8: NTLH) indecisos em reconhecer sua
alma seu espírito Lucas 1.46-47: mas, tão prontos em reconhecer e em serem absorvidos
pelo que é terreno. Sim, os homens mostram-se sábios para com outros homens, mas
insensatos diante de Deus. O homem habita na esfera terrestre, e por isso supõe que se
trata da única esfera de existência. João 3.12: Mas, se outra vida, de outra esfera, vier a
tocar na sua, ele se mostra aterrorizado, pois a sua sabedoria não tem meios de entender o
que está além da capacidade de percepção de seus sentidos espirituais. O homem reduz a
vida e o conhecimento ao alcance de seus sentidos, e por isso mesmo, para todos os efeitos
práticos, não conta com meios de reconhecer a verdadeira existência. Colossenses 3.1-3:
A humanidade, ao observar as sombras e os formatos exteriores da vida, pensa que isso é
tudo que existe, porquanto é só o que chega aos seus sentidos, Mas, existe realmente o
mundo Celeste. Efésios 1.3: E Deus existe. João 4.24: E o espírito e alma existem no
homem. Hebreus 4.12: E o Senhor Jesus veio a fim de dar provas a tudo isso. Em Lucas
17.20-21: está escrito: pois o Reino de Deus está dentro de vocês. Lucas 24.40: E,
Semeando a Palavra de Deus
79
dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e os pés. “... E por que surgem dúvidas?...”. Aqui,
dúvidas indicam mentes sem firmeza, embora não sejam pervertidas, no sentido em que a
palavra incredulidade geralmente é compreendida. Os discípulos estavam perplexos; os
seus pensamentos mostraram-se complexos e perturbados; queriam crer, mas os seus
pensamentos não podiam ser dominados ou controlados. É como se o Senhor Jesus
houvesse dito: “Porque raciocinais sobre uma questão que vosso conhecimento espiritual
deveria compreender de imediato”? “... Vede as minhas mãos e os meus pés...”. Jesus
oferece provas visíveis e deixou-se perceber pelo tato, de sua ressurreição, e que agora,
pertencia a uma nova espécie de realidade corpórea, embora não façamos qualquer ideia
realmente significativa sobre a natureza exata de seu corpo ressuscitado. Muito
provavelmente os discípulos imaginaram que se tratava apenas da alma de nosso bendito
Senhor que estavam olhando; mas atos contínuos ficaram convencidos da identidade de
sua pessoa e da realidade de sua ressurreição, pois: Viram o seu corpo; ouviram-no
falar; tocaram Nele; Viram-no comer um pouco de peixe e um favo de mel que lhe
tinham dado. Atenção. Neste versículo, devemos tamém observar a afirmação de Jesus
em favor da existência dos espíritos. O texto pressupõe a crença na realidade da
imortalidade da alma 2 Coríntios 5.1-9: bem como na realidade do corpo que era mortal,
ressuscitar em imortal conforme é o tema deste versículo. Jesus declarou definidamente
certa verdade sobre a natureza dos espíritos, a saber, que os espíritos não têm corpos de
carne e ossos, como veículos. Lucas 24.41-43: Não acreditando eles ainda por causa da
alegria, e estando admirados, perguntou-lhes Jesus: Tendes aqui alguma coisa que
comer? Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel; o qual
ele tomou e comeu diante deles. O ato de comer os peixes e o favo de mel é apresentado
como a demonstração conclusiva, dada por Cristo, como prova, de que tinha corpo
corpóreo, assim eles entenderam com mais facilidade. O teste de ingestão de alimentos foi
crucial, porque todos haveriam de compreender que um espírito não tem necessidade de
alimentos. Esse ato de Jesus comer levanta novamente a dificílima questão da natureza
do corpo ressurreto de Jesus Cristo, e quanto a isso não temos como responder
corretamente. A nós é impossível afirmar se Jesus, em seu estado glorificado, conforme
Ele se encontra agora, lhe é possível comer; sendo impossível negar tal possibilidade, pois
nos falta conhecimento sobre esse particular. O que é certo é que as dúvidas que ainda
restavam na mente dos discípulos, embora tais dúvidas fossem causadas pela profunda
alegria e pela resistência psicológica de aceitar a vitória, “após tão grande derrota”, por
temor que essa vitória não passasse de uma ilusão, foram inteiramente removidas por essa
demonstração feita por Jesus. João 20.20: Paz seja convosco; mostrando a eles suas
mãos e o seu lado. Que alegrias maravilhosas sentiram quando viram o seu Senhor! A
entrada súbita e misteriosa de Jesus, para o meio dos discípulos, quando as portas
estavam trancadas, provou o fato de que seu corpo não continuava do mesmo modo
80
Semeando a Palavra de Deus
limitado com que fora posto no sepulcro, porquanto fora radicalmente transformado. O
Senhor Jesus fez questão de que isso fosse comprovado pelos discípulos e os efeitos desse
exame foram convincentes para todos eles. E assim, ao invés de profunda tristeza, houve
transbordante alegria para os discípulos. A alegria deles nasceu por terem recebido a
prova da identidade corpórea que Jesus lhes oferecera, com as suas cicatrizes. A
primeira impressão deles é que viam um espírito, e temeram; porém, a convicção de que
se tratava realmente do Senhor, encheu-os de alegria. Naturalmente, o corpo de Jesus
estava parcialmente glorificado, pois de outro modo, não teria sido capaz de entrar na sala
estando as portas trancadas; no entanto, ainda não estava totalmente glorificado, sendo
provável que, ao passar por mais uma fase de sua glorificação, tenham desaparecido os
sinais dos cravos de suas mãos e de seus pés, como também a cicatriz deixada pela lança
do soldado romano. É muito difícil imaginarmos a aparência do Cristo glorificado, o Rei
dos reis, como se Ele ainda tivesse os sinais de sua humilhação terrena. Atente. A
glorificação deve ter feito desaparecer essas cicatrizes, como também, no caso de todos os
crentes, todos os sinais de vergonha e imperfeição serão removidos porventura existentes.
John Gill escreveu: Isso mostra que a visão espiritual de Cristo é sempre motivo de
prazer para qualquer discípulo seu; em outras palavras, aquele que aprendeu de Cristo,
confiou Nele, foi capacitado a renunciar ao “eu” pecaminoso, justo aos seus próprios olhos,
servil, mundano e natural, por causa de Cristo foi inclinado a tomar a sua própria cruz,
carregando-a e seguindo a visão de Cristo como Deus e homem, contemplando as belezas
e excelências pessoais do Senhor, sua plenitude e sua razoabilidade, como Salvador e
Redentor, a ponto de ter comunhão sensível com Ele, tendo em tudo isso um prazer
insuperável; especialmente quando se acha sob o julgamento do pecado, quando é acusado
ou tentado por Satanás, ou quando Cristo parece ausente desde há muito, ou quando
sofre alguma aflição, ou está em seu leito de morte; porque Cristo é tudo para o crente;
Ele ocupa todas as relações possíveis; e tal alma jamais poderá contemplar corretamente a
Cristo sem que receba Dele alguma benção. Mateus 28.17: Quando o viram, o
adoraram, mas alguns duvidaram. Os discípulos sabiam que o seu Mestre, a quem o povo
considerava apenas como um profeta, na realidade era o Senhor que Reina. “... mas,
alguns duvidaram...”. É bem provável que certamente a palavra “duvidar” foi usada para
indicar seguidores de Cristo e não os apóstolos. Alguma dúvida era quase inevitável.
Todos pecaram, e o pecado obscurece a fé. Talvez só lentamente os discípulos se tenham
convencido do fato de que Jesus vivia após a morte. Talvez alguns o tivessem visto, mas
julgavam que as boas novas eram boas demais para serem verdadeiras. E talvez outros
tivessem visto a Jesus, mas logo em seguida não pudessem crer que o tinham contemplado.
Nossa vida, de fé e duvida vacilante, é vista aqui em duas palavras: adoraram...
duvidaram. Talvez, neste caso, a dúvida não seja o contrário da fé; mas tão somente o
engano da fé. Não precisamos temer a dúvida senão quando esta se originar do pecado.
Semeando a Palavra de Deus
81
Existe fé até mesmo na dúvida honesta. Quem nunca duvidou nem chegou a crer pela
metade? Onde está a dúvida, aí está a verdade que é a sua sombra. O oposto da fé não é
a dúvida, mas o cinismo, porque a verdade não descansa no pobre raciocínio da mente.
No evangelho de João podemos observar como Tomé apresentou João 20.24-28: a sua
dúvida, a sua incredulidade diretamente a Cristo. Marcos 16.14: Então, apareceu aos
onze, estando eles reclinados à mesa, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza
de coração, por não haverem dado crédito aos que o tinham visto já ressurgido. A
verdadeira descrença, incredulidade, dúvida é as trevas da alma, e não apenas uma
atitude mental que requer provas de conhecimento de atividades práticas, em experiências
e observações. Agostinho disse: “Creio para que possa entender”. Mediante essas palavras
ele indica que a compreensão é dada à pessoa cuja mente habita na esfera da Fé. O
homem que vive na incredulidade, com a sua maneira de pensar, tem as trevas como
habitação de sua alma. Aqueles que podem contemplar a “aura” humana, o campo de luz
que circunda todas as coisas vivas, dizem-nos que os céticos têm manchas negras em sua
aura, que é um sinal de degeneração espiritual. Essa é uma consideração séria, uma das
razões para alguém fugir da prisão que representa a mente cética. Jesus criticou com
razão aos seus discípulos, devido ao ceticismo deles, mesmo de relatos de testemunhas
oculares fidedignas, indo contrário ao que para eles, teria sido uma crença natural, já que
desde há muito tempo o judaísmo ensinava a realidade da ressurreição. Mateus 28-18:
Então, Jesus aproximou-se deles e disse: Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na
terra. A Grande Comissão, assim chamada com toda a razão, porque se aplica a todos os
cristãos, ainda que dada inicialmente aos discípulos daqueles tempos, para divulgarem o
trabalho e a mensagem que seria as boas novas de tudo quanto Jesus é e fez por nós,
agora e para todo o sempre. Esse programa inclui fazer discípulos ou aprendizes,
incluindo o ministério de ensino, que visa desenvolver esses novos discípulos. Mateus 28-
19: Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em Nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo. “... Ide, portanto, fazei discípulos...”. O fazer discípulos
envolve, em primeiro lugar, a necessidade do evangelismo ou da pregação do Evangelho;
mas também subentende um exercício de treinamento e orientação, de forma que esses
discípulos sejam melhores instruídos na plenitude da mensagem das Escrituras. Se
tragédias acontecerem, se mártires surgirem, se um tratamento vergonhoso for dado aos
pregadores, se desumanidades forem cometidas contra os discípulos, devemos saber que
tudo será por causa de Jesus, e que a vitória e o sucesso final estão plenamente
assegurados. Se males forem cometidos contra os discípulos de Cristo, e isso será
inevitável, todavia, Deus restabelecerá a verdade, porque em Cristo está toda a
autoridade, não somente neste mundo, mas também no Céu.
82
Semeando a Palavra de Deus
Anunciando
Anunciando aa Cristo
Cristo
Atos 6.8-15:
6.8-15: 7.51-60:
7.51-60:
Atos
Hebreus
Hebreus 11.37:
11.37: “Foram
“Foram apedrejados,
apedrejados, serrados,
serrados, mortos
mortos ao
ao fio
fio da
da espada”.
espada”.
Hebreus 11.33: “Pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas”.
Hebreus 11.33: “Pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas”.
Da mesma maneira como a horrenda crucificação de Jesus foi prontamente sarada, final
Da mesma maneira como a horrenda crucificação de Jesus foi prontamente sarada, final
e completamente pela ressurreição, assim também todos os recuos e derrotas dos
e completamente pela ressurreição, assim também todos os recuos e derrotas dos
verdadeiros discípulos serão sarados, porque a autoridade de Cristo garante isso. “...
verdadeiros discípulos serão sarados, porque a autoridade de Cristo garante isso. “...
batizando-os em...”. Aqui temos significação profunda, porque declara admiravelmente
batizando-os em...”. Aqui temos significação profunda, porque declara admiravelmente
bem o sentido do batismo, que é a identificação espiritual com Cristo, em sua morte.
bem o sentido do batismo, que é a identificação espiritual com Cristo, em sua morte.
Participamos dessa morte e de todas as suas implicações. Estamos mortos para o pecado,
Participamos dessa morte e de todas as suas implicações. Estamos mortos para o pecado,
e fomos libertos do castigo imposto contra o pecado “a morte espiritual”. Apocalipse 2.11.b:
e fomos libertos do castigo imposto contra o pecado “a morte espiritual”. Apocalipse 2.11.b:
“o vencedor não participará da segunda morte”. Também participamos da vida ressurreta
“o vencedor não participará da segunda morte”. Também participamos da vida ressurreta
de Cristo, que é o outro notável símbolo do batismo. Compartilhamos da vida eterna que
de Cristo, que é o outro notável símbolo do batismo. Compartilhamos da vida eterna que
Jesus trouxe do túmulo. E digo de uma Vida Eterna cujo conceito é não ter fim.
Jesus trouxe do túmulo. E digo de uma Vida Eterna cujo conceito é não ter fim.
Entenda. É como se o sepulcro fosse o âmago, o interior da própria vida; Jesus saiu dali
Entenda. É como se o sepulcro fosse o âmago, o interior da própria vida; Jesus saiu dali
uma nova criatura, o primeiro homem imortal, e nós seguimos suas pisadas, o seu
uma nova criatura, o primeiro homem imortal, e nós seguimos suas pisadas, o seu
caminhar e, somos participantes de sua imagem moral e de uma nova natureza, agora
caminhar e, somos participantes de sua imagem moral e de uma nova natureza, agora
espiritual, aptos para vivermos naquelas regiões celestiais, onde Cristo está, e lá
espiritual, aptos para vivermos naquelas regiões celestiais, onde Cristo está, e lá
estaremos com Ele, disso tenho certeza absoluta, porque será logo após esta minha (nossa)
estaremos com Ele, disso tenho certeza absoluta, porque será logo após esta minha (nossa)
vida terrena, estabelecido por Deus, nosso Pai em 2 Coríntios 5.1-9: ainda, para nosso
vida terrena, estabelecido por Deus, nosso Pai em 2 Coríntios 5.1-9: ainda, para nosso
Semeando a Palavra de Deus
83
conhecimento em 2 Pedro 1.14: ou como declara o Apóstolo Paulo, como exemplo nosso
em Filipenses 1.23-26: Portanto leitor, esteja você, você e a Palavra de Deus, não se
afaste Dele, ciente de uma vida num corpo espirital após sua vida na carne, pois bem
sabes o que está revelado em 1 Pedro 2.11: estamos de passagem neste mundo terreno,
portanto acredite no Bendito Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo e, assim 2
Coríntios 5.5-6: retenhas em tua existência a presença viva do Senhor Espírito Santo,
não só para esta vida que Deus lhes fala, mas daquela outra vida no corpo físico
transformado. Ressurreição significa ação de ressurgir; vida nova; renovação; surgir
novamente; voltar à vida; tornar a manifestar-se; viver de novo. Ora, só o corpo físico
morre então somente ele pode de novo surgir, pois era o veículo apropriado para o nosso
espírito/alma aqui na terra. Então compreendeu tua natureza humana e espiritual? I
Timóteo 4:7-8: Gaste tempo e energia para manter-se espiritualmente em forma. O
exercício fisíco tem valor limitado, mas o exercício espiritual tem valor ilimitado, pois tem
a promessa da vida presente e da vida que virá. E quando Cristo retornar 1
Tessalonicenses 4.15-16: nosso corpo original será levantado do túmulo e transformado;
nossa forma humana será mantida e também glorificada, e, agora, na mesma condição de
Cristo Jesus estaremos, quando Ele ressuscitou, mantendo a sua natureza integral, corpo
espírito alma, como somos hoje, seremos, como Ele, transformados. Amém. Continuando.
Essa é a grande mensagem do Evangelho, que ultrapassa em muito a simples questão da
mudança de endereço para o Céu. O Céu é essencialmente o que tiver de acontecer
conosco, em termos de sermos transformados em criaturas vastamente superiores, e não
apenas o prazer de uma bem-aventurança eterna, em um lindo lugar. O batismo em
Cristo não tem a intenção de servir de simples fórmula para o rito batismal, pelo
contrário, revela aquela relação espiritual com Jesus, aquele participar espiritual de toda
a Sua Vida e Ser, no sentido mais literal possível, de tal maneira que a própria essência
de nosso ser, de nossa natureza seja transformada até tornar-se idêntica a essa natureza
de Cristo. Somos batizados em Cristo, no Pai e no Espírito Santo. Dessa forma é
assegurada a participação na vida celestial, na vida eterna. Trata-se de nossa
identificação com o Cristo e, temos aqui uma linguagem espiritual, que não é fácil de ser
entendida. Seremos elevados a uma posição que muito raramente é indicada na pregação
comum da igreja. Precisamos erguer os nossos olhos, acima das doutrinas básicas do
perdão dos pecados e da mudança de endereço para o céu, como já foi dito. O evangelho
consite de muito mais do que está simbolizado pelo rito do batismo em água. Atos 17.11:
Mano examine a tua vida nas Escrituras. Mateus 28-20: Ensinando-os a observar
todas as coisas que eu vos tenho mandado e eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos. “... ensinando a guardar todas as coisas...”. Se quisermos saber
no que Jesus acreditava e o que ensinou, teremos de examinar os evangelhos; sem dúvida,
importante sabermos que Ele ensina e no que acredita; ao crente é obrigatório participar
84
Semeando a Palavra de Deus
de seus pontos de vista sobre a implicação desses ensinos. Jesus ordenou que ensinássemos
a outros aquilo que Ele nos ensinou. Ensinar é um termo que reflete o traço ético sutil
deste evangelho. A vida no reino não consiste de um simples emocional, mas compreensão
e justiça. “ensinando” é um processo contínuo, e não ato feito como preparação para
batismo, e, sim, numa apresentação organizada da verdade, conforme temos recebido de
Cristo. Ensinando! Não existe evangelismo que não possa e não deva ser seguido pela
instrução. Ensinar faz parte, e parte importante do trabalho entregue aos crentes.
“eis que estou convosco”: O compromisso é que Jesus está conosco como amigo e
Salvador. Cristo está vivo e está entre nós. João 17.20-21: assim a promessa de sua
presença permanente diz respeito a todos quantos ministram o evangelho, e a todos os
crentes. “... até a consumação do século...”. Está em foco à época atual, e sua consumação
coincide com a segunda vinda de Cristo, depois que o evangelho tiver sido anunciado por
toda a terra. E foi assim que Jesus nos deu a esperança da Vida Eterna, que para
sempre consiste de uma participação de sua presença. A vida duma pessoa consiste de
imortalidade e, todo o trabalho é eternamente significativo. João 20.21: Disse-lhes, então,
Jesus segunda vez: Paz seja convosco assim como o Pai me enviou, também eu vos envio
a vós. Então, A Grande Comissão. O fato mais significativo desta passagem é que a
mesma comissão que Deus Pai entregara a Deus Filho, é agora transmitida pelo
Senhor Jesus aos filhos de Deus, Romanos 8.14-17: discípulos de Cristo. Consulte sua
Semeando a Palavra de Deus
85
Bíblia! Isso nos permite entender que a missão de Cristo seria dali por diante levada ao
mundo por intermédio dos crentes, mediante o poder do Espírito Santo neles atuante,
participante ativo na vida do cristão. Também se aprende, que assim como o Filho de
Deus e nós cristãos, demais filhos de Deus participamos da mesma missão, do mesmo
destino e da glória, sendo todos membros da mesma família celestial Efésios 1.3: herdeiros
da mesma herança celeste. Realmente, essa é a própria significação da existência humana,
porque o homem foi criado a fim de ser transformado segundo a imagem do Filho de
Deus, para que dessa maneira, viesse a participar da natureza divina, conforme Cristo
dela participa, incluindo a posição e os tesouros celestes que isso envolve e subentende.
2 Pedro 1.4: pelas quais ele nos tem dado as suas preciosas e grandíssimas
promessas, para que por elas vos torneis participantes da natureza divina,
havendo escapado da corrupção, que pelo forte desejo há no mundo. C, G
Spurgeon ensina. Temos a natureza de Deus, e isso nos torna participante de todos os
seus atributos. Evidentemente, ser um participante da natureza divina não significa
tornar-se Deus. Isto é impossível. A criatura não pode ser participante da essência da
Divindade. No que diz respeito à essência, tem de haver um abismo entre a criatura e a
Divindade. O primeiro homem, Adão, foi criado à imagem de Deus; assim também nós,
por intermédio da regeneração do Espírito Santo, somos criados, em um sentido divino, à
imagem do Altíssimo, tornando-nos participantes da natureza divina. Somos, pela graça,
feitos como Deus. "Deus é amor"; "e todo aquele que ama é nascido de Deus" (1 João
4.16-17). E foi assim que o Senhor Jesus ensinou para seus primeiros seguidores e para
todos nós, que os erros e pecados do passado não precisam destruir-nos o presente e o
futuro. Arthur John Gossip diz o seguinte: E quero que saibais que sem importar o que
tendes feito e o que tendes sido, continuo (diz Cristo) a confiar em vós; e quero que
compreendas que o amor de Deus é suficientemente vasto para encobrir o vosso caso, a
vossa necessidade e o vosso pecado; e o poder de Deus é suficientemente forte para
elevar-vos acima de todos esses fracassos; e quero (diz Jesus) que aceiteis a graça
perdoadora de Deus e andeis sob o meu Manto de Luz. Assim sendo, a Grande
Comissão é a Magna Carta do programa missionário da igreja. Esse programa inclui a
feitura de novos discípulos, mas também inclui a necessidade de instruí-los a observar
todas as coisas que o Senhor Jesus ensinou, conforme as suas palavras finais: “...
ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado...”. (Mateus 28.20:).
Devemos observar que a Grande Comissão não consiste em um simples evangelismo, mas
também na necessidade (reforço este escrito) de instruir os convertidos no caminho da
obediência integral à Palavra de Deus, para que andem no caminho de Cristo sem se
desviarem e sem omitirem coisa alguma que faz parte do pacto eterno firmado conosco,
com base no sangue de Jesus, nosso Senhor. Devemos ter um pouco mais de paciência e
nos dedicarmos para o Ministério do Ensino. João 20.22: E, havendo dito isto assoprou
86
Semeando a Palavra de Deus
sobre eles e disse-lhes: Recebeis o Espírito Santo. A promessa da doação do Espírito
Santo,eles
o “alter
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Jesus Cristo,
que o Santo.
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como companhia
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e disse-lhes:
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dando-lhes
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de que haviam
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ego”necessário
de Jesus para
Cristo,
que o substituíria
como companhia
dos discípulos,
esse que na realidade,
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de que
Cristo.
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dando-lhes
o poder necessário
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haviam
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evangelizar,
mas igualmente
para
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que na realidade,
da missão
de Cristo. O
Espírito
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de Cristo.
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só para
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era a promessa
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seria
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a imagem
de Cristo.
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da narrativa
uma doação preliminar do Espírito Santo, que era a promessa e a garantia de que seria
concretizada aquela doação mais completa, quando o Senhor Jesus fosse glorificado.
Essa doaçãoaquela
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anteceder
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mais completa,
o Senhor
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glorificado.
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plena medida.
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fonte original
Mateus
28.19-20:
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que é reservada
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céus.
Vocês
falar
respeito
esperança que é reservada para vocês nos céus. Vocês ouviram falar a respeito
Semeando a Palavra de Deus
87
dessa esperança por meio da Mensagem da Verdade, as Boas Notícias. Estas
mesmas Boas Notícias que chegaram a vocês estão sendo espalhadas pelo mundo
inteiro e estão mudando vidas e dando frutos em todos os lugares, exatamente como
tem acontecido entre vocês desde o dia em que ouviram e entenderam a graça de
Deus em toda a sua Verdade. Esse Ministério só poder ser realizado mediante o
envolvimento com Espírito Santo, que nos capacita, dando orientações a nós, mensageiros
da Palavra; porque a vinda do Espírito Santo na vida dum crente será o equivalente a
Cristo conosco e em nós, tendo vindo a fim de cumprir o ministério iniciado pelo Senhor
Jesus durante a sua missão terrena. O objetivo dessa vinda será o de habilitar os crentes
a levarem a mensagem de Cristo até aos confins da terra, cobrindo o mundo com o
anúncio de sua morte vitoriosa e de sua ressurreição triunfante, a fim de que a plena
salvação de Deus possa ser levada à humanidade. É certo que tal obra jamais poderá ser
realizada a menos que o Senhor Espírito Santo se faça presente a fim de dirigir a
atuação da igreja, capacitando os crentes com o seu poder. João 20.23: Àqueles a quem
perdoardes os pecados, são-lhes perdoados e àqueles a quem os retiverdes, são-lhes
retidos. Autoridade para perdoar ou reter pecados? Não se esqueça de levar em conta 1
Timóteo 2.5: Ok! Então: O que devemos levar em consideração? Digo: Que a Fé
numa determinada pessoa (pastor) ou numa determinada “denominação” na posição de seus
líderes, não pode ultrapassar qualquer revelação contida nas Escrituras. Qualquer
ministro do evangelho, ao pregar aos homens, provoca as circunstâncias que levam
pecados desses homens a serem perdoados ou retidos: o ofício apostólico é que dá origem a
essa condição numa pessoa. Foi através dos apóstolos originais de Cristo que os homens
vieram a defrontar-se com a Mensagem de Jesus, de sua ressurreição e de suas
exigências impostas aos homens das novas definições cristãs e de suas consequências. 1
João 2.1: MEUS FILHINHOS, estou lhes dizendo isto a fim de que vocês fiquem
longe do pecado. Mas se vocês pecarem existe alguém para rogar por vocês diante
do Pai. O nome Dele é Jesus Cristo, Aquele que é tudo quanto é bom e que agrada
completamente a Deus. Assim sendo, portanto, outros crentes (hoje), após os apóstolos,
tornaram-se instrumentos de Cristo. Através dessa inspiração podemos ser homens
(servos mensageiros) melhores para nossos semelhantes; e, mediante a pregação do
Evangelho, podemos conduzir outros homens aos pés de Cristo. 2 Coríntios 2.14-17: Mas,
damos graças a Deus! Porque Cristo, por meio daquilo que fez, triunfou sobre nós, de
modo que agora, aonde quer que andemos, Ele nos utiliza para falarmos aos outros a
respeito do Senhor, e para espalharmos o Evangelho como um perfume suave. Para com
Deus, há um cheiro refrescante e saudável em nossas vidas. É o perfume de Cristo
dentro de nós, um aroma tanto para os salvos como para os nãos salvos ao nosso redor.
Para estes, que estão se perdendo, somos cheiro de morte que leva à morte; mas, para
aqueles que estão sendo salvos, a fragrância de vida que leva à vida. E quem afinal é
88
Semeando a Palavra de Deus
capaz de realizar uma tarefa como essa? Pois nós não somos como muitos outros que
estão tentando vender uma versão corrompida da palavra de Deus visando R$, ao
contrário, em Cristo, anunciamos sua mensagem com sinceridade, como homens enviados
por Deus, sabendo que Ele está nos observando. João 20.30: Jesus realizou
na presença dos seus discípulos muitos outros sinais milagrosos, que não estão
registrados neste livro. Assim, nesta passagem, o autor sagrado imita o uso
costumeiro do Senhor e assegura-nos, com toda a honestidade, que aquilo que ele escreve
em seu evangelho, a respeito de Jesus, é absolutamente verdadeiro, podendo os seus
leitores confiar em tudo quanto lessem ali. O maior sinal realizado pelo Senhor Jesus
diante dos seus discípulos foi o da sua própria ressurreição; dentre todos, esse foi o sinal
dos sinais, e o autor dedica tempo e esforços para demonstrar a autenticidade desse
prodígio. A verdade é que o próprio Evangelho de João é uma prolongada demonstração
aos discípulos de Jesus que são chamados para crer sem terem visto qualquer dos milagres
do Senhor Jesus pessoalmente, sendo considerados bem-aventurados por esse motivo.
João 20.31: estes, porém, estão escritos para que acreditem que Jesus é o Cristo, o Filho
de Deus, que crendo, tenhais vida em seu nome. “Crendo, tenhais Vida em seu Nome”.
Que tipo de Vida? Eterna. João 3.15: para que todo aquele que nele crê
tenha a vida eterna. Fazemos um breve comentário a respeito. Definindo de
maneira simples Vida Eterna! Nós cristãos temos um começo, mas não temos fim.
Difícil acreditar? 2 Coríntios 2.15-16: Porque para Deus somos um aroma de Cristo,
nos que se salvam e nos que se perdem. Para uns, na verdade, cheiro de morte para
morte, mas para outros cheiros de vida para vida. E para estas coisas quem é idôneo?
Idôneo? Aquele que demonstra aptidão e capacidade para ocupar uma das situações:
Morrer ou Viver? Mas Viver é mais interessante, você não acha? Para que todo
aquele que nele crê tenha a vida eterna. Vida Eterna. A nossa grande
esperança, vivendo ainda na carne, nesta vida terrena 1 Pedro 4.2: é aquele Reino
Celeste, onde somente os nascidos de novo são capazes de entrar: escrito João 3.3-8:
Qual o significado da missão de Cristo no mundo? Salvação Eterna da Humanidade.
Este versículo indica que a oferta da Vida Eterna aos homens está firmada sob a
reconciliação (expiação) na cruz, ou seja, no sentido que essa cruz tem para a
humanidade. NB: Embora a expressão Vida Eterna com frequência se revista de certa
significação temporal, isto é, indicando a vida sem fim duma pessoa, eterna, entretanto, o
mais provável nesta passagem, como usualmente sucede neste evangelho, o sentido da
expressão é antes determinada pela qualidade dessa vida eterna, destacando o seu aspecto
qualitativo. Existe um Reino Celestial habitado por pessoas transformadas que com
muita propriedade são chamadas de filhos de Deus; homens regenerados - nascimento
espiritual - que receberam o revestimento da natureza de Cristo Jesus – consulte 2
Coríntios 5.1-2: ARC – Participaremos da Vida de Deus, e esse tipo de vida é muito
Semeando a Palavra de Deus
89
mais do que uma vida sem fim, pelo contrário é uma forma nova de se viver. Na
realidade, é a Vida de Deus, em contraste com o tipo de vida com o qual estamos
acostumados neste mundo. Oportuno falar 1 Tessalonicenses 5.23: que o homem é um
espírito possuindo alma habitando num corpo adaptado para essa sua vida terrena, e na
morte do corpo físico, a pessoa espiritual passa para aquela dimensão espiritual, seu
espírito sua alma, que são eternos, continua existindo para seu destino que ele desenhou.
Continuemos observando de acordo com a Palavra de Deus, O Que é Vida Eterna.
Leia com atenção os versículos apontados permitindo que o Espírito Santo
participe de seu estudo e leitura, Ele lhe instruirá João 14.26: a respeito.
Romanos 6.1-23: Incluindo todas as condições e os efeitos da conversão, da
santificação e das operações do Espírito Santo sobre vossa alma/espírito (homem
interior) começando a participar da vida de Cristo ainda estando aprisionado ao
corpo físico (terreno). “O dom gratuito de Deus é a Vida Eterna, por Cristo Jesus”.
2 Pedro 1.1-21: João 5.24-29: Em seu aspecto celestial, a vida eterna inclui a
glorificação da alma, importando, como está revelado, participarmos da vida
necessária e independente do Próprio Senhor Deus e Pai. “Você tem o direito de
participar do Reino Eterno”. Pense. 1 Timóteo 4.1: Não se permita ao engano.
Efésios 3.14-21: É a participação duma pessoa na plenitude de Deus, isto é, na
natureza e nos seus atributos divinos. “3.16;” Para que, segundo as riquezas de sua
glória, sejais fortalecidos com Poder pelo seu Espírito Santo no homem interior.
Efésios 1.1-23: É a participação duma pessoa na plenitude de Cristo Jesus. E por
causa daquilo que Cristo fez, você também, que aceita a Boa Nova sobre a maneira
90
Semeando a Palavra de Deus
de ser salvo confiando em Cristo, fostes marcado pelo Espírito Santo como
pertencente a Jesus; o qual há muito tempo havia sido prometido a todos cristãos.
2 Coríntios 3.18: Os eleitos participam de modo limitado da forma de vida divina, ao
passo que o Filho, Jesus, goza de uma participação infinita. Porém, a eternidade toda
terá o propósito de ir fortalecendo essa participação. Assim os eleitos irão de um
estágio de glória a outro, não tendo fim ou limite. “na mesma imagem pelo Espírito”.
2 Timóteo 4.8: A qualidade dessa vida é simbolizada pelas coroas – pela capacidade
espiritual de cada pessoa. “a qual o Senhor, o Justo Juiz, nos dará naquele dia”.
Efésios 1.10: A Vida Eterna capacitará os eleitos a realizarem obras poderosas e
elevadas, com o intuito de ajudar a criar a unidade de todas as coisas em torno de
Cristo; para que Cristo Efésios 1.3-23: seja tudo em todos. Medite nestas palavras.
Então: muitas outras realidades, nos céus, haveremos de possuir, portanto, não será
simples vida sem fim, uma simples imortalidade, e sim um tipo de vida, a vida mais
elevada que existe; de uma vida na qual a imagem de Deus é duplicada no homem,
segundo o padrão do Filho mais velho. A Vida Eterna implica em lindas moradias
nas esferas celestiais, porém consiste, sobretudo do que acontece à própria pessoa, e
não do que ela virá a possuir. Quando da ressurreição de Cristo, esse tipo de vida
surgiu no corpo físico Dele e o espiritualizou; quando de sua ascensão, Jesus foi
ainda mais profundamente aperfeiçoado e glorificado, como o primeiro homemdivino-imortal. Foi-nos prometida a mais completa participação nesse aspecto da
vida eterna, que evidentemente nos é apresentada, a fim de nos mostrar a importância
desse assunto, do fato de que a personalidade humana, em sua total identidade –
aquilo que a pessoa é e que continua sendo após esta vida, nada muda no homem; o
que ele representa pra si e para os outros em nada mudou – na Palavra temos um
exemplo claro em Lucas 16.19-31: que Deus nos revela para não ficarmos
confundidos, ou seja: assumirmos uma coisa por outra. A propósito Mateus 7.2123: O que você tem feito nesta tua existência terrena para receber a tua imortalidade
e a tua Vida Eterna? Você deve ter o entendimento de que só você pode conseguir
tua salvação! A simples leitura a simples prática de frequentar uma igreja não são
condições para a tua Liberdade Espiritual. Você ainda
está na dimensão terrena para Isaías 55.6: uma correta
conversão; medite nos versículos Provérbios Cap. 4.
Não deixe esta oportunidade passar. Aceite. Vida
Eterna. Essa vida eterna “é minha vida”, porque a nós
foi prometida a continuação da identidade pessoal, e
não alguma coisa sem valor naqueles céus. Nossa vida
está em Cristo, porque é Nele que encontramos o
padrão da eternidade conforme está manifesto nas
pessoas remidas; e é exatamente por essa razão que
Jesus assumiu a nossa natureza humana, sofreu os rigores da nossa existência em um
corpo mortal, morreu a morte dum mortal, foi ressuscitado e glorificado, conduzindo
Semeando a Palavra de Deus
91
o homem pelo caminho, até que juntamente com Ele haveremos de participar de tudo
aquilo de que Ele participa. Não se esqueças: João 14.6: Jesus disse: “Eu sou o
Caminho, A Verdade e a Vida”. Ninguém pode chegar até o Pai, a não ser por mim.
É por esse motivo que Deus criou o homem, e é nessa direção que a criação trabalha.
Vida Eterna é sinônimo no Evangelho de João, Reino de Deus, que é agora encarada
como habitação dos regenerados, nos lugares celestiais; sendo uma forma de vida,
não visando simplesmente a sua duração eterna. É a transformação segundo a
imagem e o modelo de Cristo, em que os crentes participarão da natureza divina e de
sua vida, do modo como Cristo compartilha. É importante ainda redizer, que os
homens, em Cristo, agora são imortais, possuem almas imortais, e podem vir a
conhecer a Cristo, por intermédio de quem flui a Vida Eterna. João 21.1: Depois disto
manifestou-se Jesus outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades e manifestou-se
deste modo. As palavras “depois disto...”. indica que o autor queria que reconhecêssemos
outras aparições do Senhor depois de sua ressurreição, além daquelas que ele mesmo
havia descrito, fora da área de Jerusalém; desta vez a manifestação ocorreu na Galiléia,
a exemplo das narrativas dos evangelhos sinópticos. Evangelhos Sinópticos? Wikipédia.
Evangelhos Sinópticos (português europeu) ou Evangelhos Sinóticos (português brasileiro) é um
termo que designa os Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas por conterem uma
grande quantidade de histórias em comum, na mesma sequência, e algumas vezes,
utilizando exatamente as mesmas estruturas de palavras. Já o Evangelho de João
descreve um Jesus como um Messias com um carácter divino, que traz a redenção
absoluta ao mundo. O Evangelho de João sugere que ele tinha conhecimento dos
Evangelhos Sinópticos, e que nos tais já existia informação suficiente sobre a vida de
Jesus como homem, se incumbindo João de mostrar em seu Evangelho, os atributos
de Jesus como Deus. Continuando. João 21.2: Estava ali um grupo nosso -
Simão Pedro, Tomé o "Gêmeo", Natanael de Caná da Galiléia, meu irmão
Tiago e eu, além de outros dois discípulos. Três dos discípulos presentes são
referidos pelos seus nomes, e sabemos que os filhos de Zebedeus eram Tiago e João
(Mateus 4.21:), embora não sejam aludidos por seus nomes pessoais em qualquer lugar
deste quarto evangelho, que por si mesmo é uma curiosidade. Assim, com base neste texto,
parece que todos os setes discípulos eram pescadores de profissão, talvez incluindo até
mesmo Tomé, o que jamais saberíamos de outra maneira. Assim enquanto esperavam pelo
Senhor, para que voltasse e lhes desse outras instruções sobre o que deveriam fazer
temporáriamente retornaram ao seu negócio de pesca. Essa aparicão do Senhor Jesus,
foi para sete de seus apóstolos. Judas Iscariotes estava morto, tendo perdido o seu direito
à alegria da ressurreição, após ter cometido seu inominável ato de traição. Se Judas
soubesse que chegaria dia de tão grande prazer e triunfo, teria feito o que fez? Não,
jamais. Porém, agiu de maneira prática, usual, e não se deixou orientar espiritualmente.
92
Semeando a Palavra de Deus
Em outras palavras, ele agiu conforme com o que pensou ser vantajoso para o momento,
procurando os seus próprios interesses, sem nada importar-se com o que o futuro poderia
trazer-lhe; a sua traição ocorrera há apenas dez dias, quando dessa manifestação do
Senhor Jesus. O caráter fútil de seu agir ficara demonstrada ante todos. Certamente há
uma profunda lição nesse fato. As nossas ações devem ser baseadas nas condições
espirituais, sem importar a suposta vantagem momentânea de qualquer situação material.
Pense a respeito. Quantos de nós igualmente perdemos as bençãos mais preciosas, dos
nossos interesses em Cristo, mediante ações precipitadas e mal orientadas? João 21.3:
Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe: nós também
vamos contigo. Saíram e entraram no barco e naquela noite nada apanharam.
Os discípulos retornaram à sua ocupação de pesca, seu meio de vida, durante o tempo
que o Senhor os instruira a permanecer na Galiléia, entre a festa da Páscoa e a festa de
Pentecoste. Essa foi a primeira proposta entre os discípulos, de que se ocupassem em tal
profissão. Uma lição pra todos os crentes. No conceito deles, aquela era uma ação sábia,
porque o não fazer nada é uma condição precária. Quando a tristeza nos sobrevém, é
muito melhor não ficarmos assentados, “curtindo” a solidão, tristes e desolados, mas antes,
nos atirarmos ao nosso trabalho diário. Aproveito para dizer aos presidiários, cumprindo
condenação nas prisões, crentes, 1 Coríntios 15.33-34: que aproveitem o seu tempo
disponível e estudando, dedicando-se a ler com toda sinceridade todo material cristão que
lhes cheguem às mãos, repetidas vezes sim, para entendimento espiritual, obtendo aptidão
para avaliar questões espirituais; julgando, opinando, compreendendo, ou seja, estar ou
ficar incluído em sua natureza espiritual. Pense. Não se há de duvidar que a atividade
dos negócios tenha seus perigos. E isso porque, na agitação, no ruído e na grande pressa e
ardor na execução de um serviço, o indivíduo pode perder contato com Deus; contudo, o
ócio é muito mais perigoso. Preste atenção! Enquanto um homem está ocupado em um
trabalho decente, sua alma como regra geral, se acha em relativa segurança. Ok! É
quando o homem fica ocioso, sem saber como gastar seu tempo, demorando-se nas
esquinas das ruas com seus pensamentos, que ele assim se convida à tentação. E ela
realmente vem. Provérbios 4.23: Assim, tenha cuidado com o que você pensa,
pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos. Verdades que se aproveitam.
Um sapateiro, um ferreiro, um agricultor, um cristão ou qualquer que seja a sua
ocupação, é alguém que tem trabalho para fazer, ocupando-se em sua arte e ofício; no
entanto, todos os homens são cristãos e sacerdotes consagrados. Uma doméstica pobre
poderia exclamar: Faço as refeições, arrumo as camas e tiro a poeira da casa. Quem me
ordenou isso? Meu patrão e minha patroa assim me ordenaram. E quem lhes deu o
direito de me darem tais ordens? Deus é quem lhes deu esse direito. Efésios 6.5: Assim,
Semeando a Palavra de Deus
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É verdade que estou servindo tanto a Deus do céu como aos meus patrões. Quão feliz me
sinto agora! É como se eu estivesse no céu a fazer o meu trabalho para Deus. Todo
trabalho autêntico é sagrado; em todo o ofício há a presença de Deus. Acredite. Carlyle
ensina: O suor da testa; e acima de tudo o suor do cérebro, o suor do espírito, até àquela
agonia do suor de sangue, que todos os homens têm considerado divino! Ó, irmão, se isso
não é adoração, então eu digo mais amor na adoração, porque o trabalho é a mais nobre
coisa que já se descobriu sob o firmamento de Deus. João 21.3: “... naquela noite nada
apanharam...”. A lição é óbvia. Trabalho imenso, de uma noite inteira, foi gasto por eles
na tarefa. O resultado foi nulo. O Cristo ressurrecto estava distante, pelo que o trabalho
deles não tinha o favor da vida. NB. O Cristo ressurrecto era capaz de controlar os
movimentos dos peixes, sabendo onde estavam, para que pudessem ser apanhados. Assim
se dá com o controle de nossa vida, se lhe dermos permissão Apocalipse 3.20: para que
Ele faça parte de nossas situações diárias e, entenda, não existe o que possa chamar de
secular, quando Cristo opera através de um homem. Então? Precisamos aprender a
lançar nossas redes (atitudes) sob a sua direção, então o trabalho feito não será realizado
em vão. Temos a necessidade de comunhão com Cristo, como condição de sucesso.
Filipenses 4.8-9: Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o
que é honesto, tudo o que é justo tudo o que é puro, tudo o que é amável,
tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor,
nisso pensai. Coloquem em prática o que vocês aprendem e recebrão de
mim, as coisas que ouviram e me viram fazendo, e a paz de Deus será com
vocês. João 21.4: Mas ao romper da manhã, Jesus se apresentou na praia,
todavia os discípulos não sabiam que era ele. Os discípulos não reconheceram ao
Senhor, pelas seguintes razões prováveis; * Porque ainda não era dia claro, pois a
madrugada ainda vinha raiando. * Por causa da neblina do começo do dia, sendo ainda
cedo, pela manhã. * Por causa da distância entre o barco e a beira da praia, onde Jesus
se encontrava. * Porque não lhes foi permitido, naquele momento, reconhecerem-no. *
Ou talvez porque, conforme temos observado nas outras aparições de Jesus, após a sua
ressurreição, reconhecer ao Senhor Jesus requeria determinada preparação mental e
espiritual, enquanto que as mentes daqueles discípulos estavam voltadas para os negócios
daquele momento, a atividade de tentar apanhar peixes. O Senhor Jesus era
reconhecido, após a sua ressurreição, não simplesmente por motivo de sua aparência
física, pois é certo que ao ser transformado, passou a pertencer a uma nova ordem de ser,
apresentava-se em determinada condição, o primeiro homem divino imortal, e temos de
levar em consideração o fato de que essa transformação, a essa altura, era apenas parcial,
porque o término de sua transformação aguardava a sua ascensão e entrada nos lugares
celestiais. No entanto, Jesus podia ser fácilmente reconhecido por um espírito preparado
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Semeando a Palavra de Deus
para fazê-lo, e, por mais estranho que pareça, a mesma condição se aplica nos casos em
que temos de reconhecer um espírito, em uma visão mística, através de nossa percepção
espiritual. Há um reconhecimento natural da identidade de um espírito, inteiramente
separado da semelhança física do indivíduo, quando ainda estava na carne. Isso, apesar
de ser verdade também que, em espírito, a pessoa retém traços marcantes de sua
aparência geral, Lucas 16. 22-24: quando ela ocupava seu corpo. Atente. Uma lição.
Reconhecer a Cristo nesta vida, sua presença, a sua realidade, depende da preparação
espiritual do homem interior. 2 Coríntios 4.16: fala do Homem interior e exterior. Por
essa razão é que algumas pessoas podem perceber a Cristo trabalhando em suas vidas, ao
passo que outras, de mentes voltadas para interesses terrenos, nada percebem de sua graça
e pensam que tudos lhes acontece por sorte acidente e não por força divina. 1 Pedro 3.4:
Em vez disso, vocês devem se preocupar com a beleza que vem do seu interior, a
beleza de um espírito manso e tranquilo, pois esta beleza nunca se perde e é muito
preciosa aos olhos de Deus. João 21.5: Disse-lhes Jesus: filhos não têm nada
que se possa comer? Responderam-lhe: Não. Rapazes não têm nada de comer?
Nesta passagem é usada a palavra
que signifca “crianças”, que está
no grau diminutivo, no grego
“paidia”, sendo essa a única vez
em que o Senhor usou para
referir-se aos seus discípulos.
Tratava-se de uso informal,
coloquial, mais ou menos como
diríamos hoje em dia “rapazes”. O
Senhor utilizava dum simples
termo como aquele que havia
entre pessoas da mesma profissão.
Assim foi que o Senhor Jesus da
beira da praia perguntou como
outros pescadores fariam, “Ei
rapazes apanharam peixe”? É
possível que os discípulos
pensassem assim, que Jesus não
passava de um estranho que pela manhã quisesse comprar peixes para quebrar seu jejum.
João 21.6: Disse-lhes Ele: Lançai a rede à direita do barco, e achareis.
Lançaram-na, pois, e já não a podiam puxar por causa da grande quantidade
de peixes. O verdadeiro sentido da ocorrência é que provavelmente Jesus exerceu suas
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faculdades de conhecimento especial; e então sabendo que havia grande número de peixes
em determinado local, instruiu seus discípulos para que lançassem as redes naquela
direção. Lição. No que diz à grande quantidade dos peixes apanhados nesta ocasião é
oportuno o que cita Adam Clarke “essa grande pesca tinha por intuito servir de
exemplo do número imenso de almas que se converteriam a Deus por meio deles, de
conformidade com a promessa feita por Cristo em Mateus 4.19: Vinde após mim, e
eu vos farei pescadores de homens”. João 21.7: O discípulo que Jesus amava disse “É
o Senhor!” Quando Simão Pedro ouviu que era Jesus cristo, ele vestiu sua roupa, pois
a havia tirado para trabalhar, pulou no mar e foi nadando na direção da praia.
O apóstolo João jamais é mencionado pelo nome, neste quarto evangelho, como também
nunca é dado o nome de seu irmão, Tiago. No entanto, João é referido indiretamente,
por diversas vezes, na forma “o outro discípulo” ou “o discípulo que Jesus amava”. A
passagem de João 21.24: vincula definidamente esse discípulo, cujo nome nunca é dado, ao
autor tradicional do quarto evangelho, a saber, o apóstolo João, embora nem mesmo nessa
última passagem seja feita a mensão de seu nome. O discípulo “... a quem Jesus
amava...” foi o primeiro, entre os discípulos que pescavam, a reconhecer ao Senhor;
porém foi Pedro quem entrou imediatamente em ação. Tudo isso está de acordo com o
que se sabe de suas respectivas personalidades. Encontramos o mesmo tema no trecho de
João 20.8: (onde se lê a descrição da corrida de Pedro e João até o sepulcro). Nessa
oportunidade anterior, tendo visto as mortalhas em ordem, e que o corpo de Jesus não
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estava presente, João reconheceu imediatamente que Cristo havia realmente ressuscitado
dentre os mortos, pois compreendeu que aquilo que acabara de ver não era trabalho de
assaltantes de sepulcros, conforme Maria Madalena tinha falado. João era o discípulo de
natureza contemplativa, o mais sensível para as impressões de cunho espiritual. Já o
apóstolo Pedro era o homem de ação entre os discípulos; e naquele caso, tendo chegado à
entrada do sepulcro, não hesitou em instante sequer em entrar. Assim também, no caso
agora em foco, João foi o primeiro a reconhecer ao Senhor Jesus, o que, segundo tive
ocasião de destacar nos comentários relativos ao quarto versículo deste capítulo, requeria
muito mais do que o reconhecimento da aparência física, mas exigia preparação mental
para que houvesse reconhecimento espiritual. Pedro, pois, sendo homem de ação, sempre
impetuoso, fervoroso de espírito e em tudo quanto fazia; imediatamente procurou
aproximar-se de Jesus, não tendo paciência ao menos de esperar que os outros discípulos
aproximassem o barco da praia. Pelo contrário, apanhando a sua veste exterior, que ele
despira para pescar melhor, atirou-se na água. Não se há de duvidar que tudo isso
demonstrou algo da intensidade de seu afeto pelo Senhor Jesus, porquanto não são muitas
as pessoas que tomam tal atitude por causa de outra. Cada discípulo achava-se mais
adiantado que o outro; João com o alcance imediato do amor, quando reconheceu ao
Senhor com olhos de águia; e Pedro com sua decisão impulsiva de agir. O fato que
Pedro estava “... despido...”, conforme dizem esta e outras traduções, não significa que
não trazia sobre o corpo qualquer roupa, e, sim que tirara a capa externa, a qual, no caso
de pescadores consistia em uma espécie de casacão de linho ou túnica sem mangas, que se
estendia até aos joelhos, usado por cima das vestes internas. Antes de saltar na água
Pedro apanhou esta peça de seu vestuário e mergulhou. João 21.8: Os outros
discípulos vieram no barco puxando a rede cheia de peixe, pois eles não
estavam muito longe da praia, mais ou menos uns noventa metros. Os demais
discípulos não exibiram tanto entusiasmo de espírito como Pedro, mas preferiram seguir o
lado prático para se aproximarem de Cristo, ficaram no barco que trouxeram à beira da
praia à força de remos, fazendo esforços necessários para que fosse preservado o trabalho
que acabara de ser realizado. João 21.9: Ora, ao saltarem em terra, viram ali
brasas, e um peixe posto em cima delas, e pão. Não existem meios para
averiguarmos exatamente o que o autor sagrado projeta para que compreendessemos
sobre o desjejum assim preparado. A frase em poucas palavras parece indicar que o
desjejum já estava preparado ao chegarem os discípulos à presença do Senhor, e que não
fora usado qualquer dos peixes que os discípulos tinham acabado de apanhar. O mais
certo, entretanto, é que se o modo de preparo para o desjejum tivesse parecido algo
importante para o autor sagrado, que ele teria tido o cuidado de fornecer-nos
informações claras sobre a questão. Porém, há um sentido simbólico que sem dúvida está
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aqui subentendido, de conformidade com a mensagem do sexto versículo deste evangelho.
O Senhor preparou um quebra-jejum a fim de satisfazer às necessidades físicas de seus
seguidores; e a sua própria pessoa é quem nos satisfaz a alma, e isso resulta na vida
eterna. João 21.10: Jesus disse a eles: “Tragam alguns dos peixes que vocês
acabaram de pescar”. E qual a lição? Se Jesus realizara um milagre, providenciando
um desjejum para seus seguidores, por qual razão não preparou o suficiente para todos?
Jesus assim fez para mostrar-nos que as provisões físicas isto é, para as necessidades
corporais e aquelas relativas ao ministério espiritual, não podem depender exclusivamente
Dele, pois, nós, discípulos, fomos chamados para darmos nossa contribuição mediante
meios perfeitamente naturais, ou seja, mediante nosso próprio trabalho ministerial e
mediante nossa fidelidade. Cada discípulo de Cristo há que contribuir com seu trabalho
para a obra de Deus. John Gossip ensina. Parece-nos que o Senhor Jesus preparou a
refeição para eles, com as suas próprias mãos, sabendo que estariam com frios e molhados,
exaustos e desapontados; no entanto permitiu-lhes fazerem a sua própria contribuição,
ambas as atitudes muito características das ações de Cristo. Benguel observa. Mediante o
dom do Senhor é que os discípulos havia pescado; e, no entanto, mui cortesmente Cristo
diz que eles tinham pescado. Naturalmente em sentido bem real, eles apanharam os peixes.
Esse era o trabalho deles, a contribuição deles. João 21.11: Pedro subiu e puxou a rede
para terra, com cento e cinqüenta e três peixes e, sendo tantos, não se rompeu a rede.
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Pedro, o homem de ação, lançou-se a obedecer à ordem do Senhor Jesus, para que
trouxesse alguns peixes para que aumentasse a refeição matinal. Assim descarregou o
barco de sua extraordinária pesca e passou a contar o número dos peixes. João 21.12:
Disse-lhes Jesus: Vinde, comei, nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem
és tu? Sabendo que era o Senhor. “... Vinde, comei...”. Mateus 4.4: Assim como lhes
preparara refeição material lhes preparara refeição espiritual, dando-lhes provisão
espiritual para o ministério deles, através de sua morte expiatória, de sua ressurreição
transmissora de vida, de sua ascensão e de sua glorificação. Em Cristo é que se encontra
o alvo de toda a existência humana, o sustento eterno, tais como o pão e os peixes eram
apropriados para a nutrição do corpo. João 21.13: Então Jesus veio, pegou o pão e
deu a eles. E fez a mesma coisa com os peixes. Este quarto evangelho não nos diz que
Jesus também comeu, embora seja possível que o autor pense que compreenderemos isso
com base na narração, pois certamente é natural pensarmos que todos os presentes à cena
participaram da refeição que Jesus lhes preparara. Entretanto, o evangelho de Lucas
revela específicamente que Jesus também comeu ao dizer: “Então lhe apresentaram um
pedaço de peixe assado e um favo de mel; e Ele comeu na presença deles” (Lucas
24.42-43). Esses tipos de detalhes nos são fornecidos pelos diversos evangelistas para
assegurar-nos que eles viram não alguma presença fantasmagórica, mas antes, que
estavam diante de uma forma corporal, que era sólida ao tato e que podia comer alimentos
comuns; tratando-se de uma forma humana, ou seja, em estado físico sob o qual se
apresenta um corpo humano, porém, imortal, transformado, exaltado, posto que real e
substancial sem dúvida. João 21.14: Foi esta a terceira vez que Jesus se manifestou
aos seus discípulos, depois de ter ressurgido dentre os mortos. Então, o que podemos
tirar de lição? * Cristo é quem supre todas as nossas necessidades espirituais. * Da
parte de Cristo e em Cristo o homem recebe o seu destino e sua perfeição. * O ministério
espiritual dos crentes não pode depender exclusivamente de Deus, mas também requer a
contribuição do nosso trabalho, dos nossos esforços. * Na narrativa da pesca fica clara
nossa missão apostólica, cuja finalidade era de trazer aos pés de Cristo muitos homens de
todas as tribos, de todas as nações e línguas. * Fica entendido uma verdade que sem a
presença de Cristo no meu trabalho espiritual, isto é, escrevendo com as mãos Dele a
revista, não pode haver sucesso espiritual; certo que, com a sua presença o êxito fica
garantido, tal como no caso da pesca narrada neste capítulo. Cristo Jesus ensinou a este
seu seguidor que confiasse Nele para Filipenses 4.19: o suprimento de todas as minhas
necessidades. João 21.15: Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro:
Simão Pedro: Simão, filho de João, ama-me mais do que estes? Respondeu-lhe: Sim,
Senhor tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeirinhos. Na
realidade, o sentido certo é: “Amas-me mesmo mais do que estes outros discípulos me
amam?”. Qual o sentido da pergunta de Cristo! Nisto encontramos respostas em face das
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reivindicações de Pedro, solicitando de Cristo o que está manifesto por ele em João
13.37: e em Mateus 26.33: Cabe atenção à restauração de Simão Pedro ao apostolado,
reintegrando-o e confirmando sua autoridade na igreja cristã – pois Pedro tinha negado
a Cristo – justificando assim sua liderança. Mas, isso não importava autoridade superior
aos demais apóstolos, coforme a igreja católica romana erroneamente atribui à sua
posição, numa tentativa de defender a legalidade do papado; e revelado está em 1 Timóteo
2.5: nossa condição maior de sermos cristãos. “... Ele lhe disse: apascenta os meus
cordeirinhos...”. Pedr0 negara ao Senhor Jesus por três vezes; e por consequência, este
capítulo contém três afirmações de amor ao Senhor, e três comissões subsequentes a essas
afirmações, que a Pedro foram concedidas por Cristo, mostrando que o Senhor não
apenas perdoara a esse apóstolo, como também restaurara seu ministério apostólico no seu
ofício essencialmnete pastoral. O termo apascentar destaca o ministério de ensino
incluindo o ministério pastoral em sua inteireza, trata-se do cuidado que o pastor deve ter
pelas ovelhas, o que Pedro bem assimilou conforme revelado em 1 Pedro 5.2: Sê um
pastor para os mais débeis do rebanho, alimenta os fracos. Aquele que ama a Ceisto deve
assemelhar-se a Ele, como um bom pastor, que dá a sua vida pelas ovelhas que pertencem
a Cristo. Pedro que fora perdoado, que fora sustentado para que não viesse a cair, que
fora restaurado após a sua queda, sendo para outros o que Cristo fora para ele. João
21.16: Jesus perguntou a ele uma segunda vez: “Simão, filho de João, você me
ama?” “Sim, Senhor”, disse Pedro, “você sabe que eu te amo.” “Então cuide das
minhas ovelhas”. A significação dessa repetição é que as tres negações de Pedro,
quando do julgamento de Jesus, são aqui revertidas, porque Pedro negara ao Senhor por
três vezes, ele fora enfático ao falar – afirmara – e, agora em termos igualmente enfáticos,
afirmando, aceitava ao Senhor como o supremo Pastor, recebendo ofício de subpastor, a
fim de que pudesse exercer a obra de Cristo em sua igreja, em seu Nome e através do seu
Santo Espírito. Dessa forma é completa a restauração de Pedro, como também o fato
de que ele exercia a autoridade apostólica na igreja cristã, por ordem do próprio Senhor
Jesus. Em ambos os casos, nos versículos 15/16 e mais enfáticamente no décimo sétimo
versículo (17) a única afirmação de Pedro é o seu apelo ao pleno e perfeito conhecimento
de Jesus, quanto à qualidade de seu amor pelo Senhor. Pedro aparece aqui, mas
submisso; não fazendo nenhuma ostentosa reivindicação, nem asseverando qualquer coisa
que o pusesse sob uma luz mais favorável do que os outros discípulos; no entanto, em seu
espírito, estava plenamente confiante de sua afeição pelo Senhor Jesus, afirmando isso
somente apelando para o próprio Cristo, para que Ele mesmo fizesse julgamento.
Também nós temos fracassado, falhado e abandonado a Cristo com frequência. E em
nosso caso, tal como sucedeu a Pedro, Ele aceita o nosso apelo. No caso de Pedro (e a
todos seus seguidores) Cristo manifesta uma maravilhosa promessa: que embora ele
houvesse tristemente caído, contudo mostrar-se-ia fiel até a morte. Em Apocalipse 2.10:
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Semeando a Palavra de Deus
na qualidade de cristãos, temos a mesma promessa. E assim, ficando o passado
inteiramente apagado, podia Pedro prosseguir confiante e esperançosamente, com tanta
intensidade como ele sempre se mostrara capaz, desde que, pela primeira vez, Cristo lhe
disse: Segue-me! “... pastoreia as minhas ovelhas...”. Não apenas alimentar, mas também
cuidar, guiar, governar, defender e o que mais necessário for: com o que parece dar a
entender que não é suficiente simplesmente oferecer o pão da vida (Palavra) ao povo de
Deus, mas também ser necessário ter cuidado para que as ovelhas sejam apropriadamente
reunidas, guiadas. João 21.17: Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de João, amame? Entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira vez: Amas-me? E
respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas tu sabes que te amo. Disse-lhe
Jesus: Apascenta as minhas ovelhas. Então, esta terceira pergunta e esta terceira
comissão foram adicionadas porque Pedro havia negado ao Senhor por três vezes, e sua
terceira afirmativa de que amava a Jesus compensou e justificaram perfeitamente as suas
três dolorosas negações feitas perante o mundo espiritual. A cada declaração de afeto, o
Senhor Jesus entregou a Pedro uma comissão, todas elas com o intuito de expressar algo
do ofício apostólico-pastoral que lhe foi entregue. Cada um desses três versículos (15,16 e
17) apresenta a afirmativa de Simão Pedro como simples forma de declarar que o
próprio Senhor Jesus sabia perfeitamente bem qual a intensidade de seu amor por Ele, e
Pedro não procurou fazer qualquer outro tipo de defesa ou reivindicação. A declaração
é ainda mais definida e enfática, havendo também a adição das palavras: “tu sabes todas as
coisas”. Ora, se isso era assim, então não seria difícil para Jesus na qualidade de Cristo
ressurreto, ser capaz de fazer uma justa avaliação do amor de Pedro por Ele. “... Pedro
entristeceu-se...”. A trisreza se abateu sobre o espírito de Simão porque ele pensou que
Jesus se recusava a reconhecer a sinceridade de sua afeição, a qual ele, sem dúvida,
sentia profundamente. Algumas pessoas defendem o ponto de vista de que Jesus conduziu
Pedro por todo esse processo de indagação a fim de enfatizar a seriedade da questão da
devoção a Cristo e ao seu serviço, tal como fora questão seríssima ter Pedro negado ao
seu Senhor por três vezes seguidas. Não foi senão nessa terceira vez que Pedro pôde
compreender o objetivo dessa sucessão de perguntas feitas por Cristo, porque havia na sua
mente quantidade de memórias temerosas, conservando e lembrando-se de estados de
consciência passadas, quando negara por três vezes que não conhecia ao Senhor Jesus, de
tal maneira que sentiu essa dor até à própria alma. Porém, uma vez que o processo
terminou, o doloroso diálogo teve uma conclusão feliz. Jesus lhe disse: Apascenta minhas
ovelhas. Nisso podemos reconhecer novamente, que a qualificação suprema dos
subpastores é o amor ao Senhor Jesus e aos irmãos na fé, porquanto o serviço pastoral
não pode ser levado a efeito com êxito de qualquer outra maneira. João 21.18: Em
verdade, em verdade te digo que, quando era mais moço, te cingias a ti mesmo, e
andavas por onde querias, mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te
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cingirá, e te levará para onde tu não queres. A solene e dupla expressão hebraica,
traduzida ao pé da letra para o idioma grego: amém, amém, é aqui representada por “em
verdade, em verdade”. Tal expressãso cujo sentido original seria “assim seja, assim seja”,
introduz esta predição (profecia), ou seja, Cristo afirmava o que iria acontecer no futuro
sobre o destino da vida terrena de Pedro. Esse termo de origem hebraica se deriva de
uma raiz que expressa as idéias de “certo”, “fiel” ou “verdadeiro”. Usado nas orações
como palavra final de aclamação de devoção. Salmos 41.13: Bendito seja o Senhor
Deus de Israel de eternidade a eternidade. Amém e amém. Romanos 11.36: Porque
Dele, e por Ele, e para Ele, são todas as coisas glória, pois, a Ele eternamente.
Amém. Como palavra inicial de uma sentença, o seu significado quer dizer “verrissime”
“certissime”, ou seja, “verdadeiramente”, em Verdade. Mateus 27.54.b: O centurião
exclamou. “Verdadeiramente este era filho de Deus”. Seu propósito, seu uso é o de
salientar, enfatizando uma certeza, uma verdade uma autoridade da declaração que vem
logo a seguir. E assim, o Senhor Jesus afirmou o que aconteceria a Pedro no futuro,
afirmando à sua melancólica predição sobre o martírio do apóstolo Pedro. Está evidente
que o Senhor utilizou-se de uma expressão proverbial que fala como a juventude está
geralmente associada à força fisica e à liberdade, ao passo que a idade avançada está
vinculada à debilidade física e perda da liberdade. Porém, nos lábios do Senhor Jesus,
esse provérbio deixava subentendido implicações mais sérias que o simples desgaste
natural das forças físicas. No texto, a expressão aqui traduzida por “... estenderás as tuas
mãos...” parece servir de simbolismo da crucificação, porque então as mãos se estendem.
O apóstolo Pedro crucificado.
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Semeando a Palavra de Deus
Ora a tradição eclesiástica afirma que essa foi a morte que Pedro experimentou, tendo
sido crucificado de cabeça para baixo, porquanto não se sentia digno de morrer como seu
Senhor fora executado. Pedro, pois, haveria de sentir a desgraça e o horror provocado
por homens violentos e cruéis, tal como o Senhor mesmo sentira. Naturamente isso lhe
sucederia contra a sua vontade; no entanto, fazia parte de seu destino pessoal. Embora
isso significasse uma maldade de proporções gigantescas, por parte daqueles que o
condenaram à cruz, era o que lhe convinha experimentar, a fim de que se tornasse mais
semelhante ao seu Senhor, comprovando assim, acima de qualquer sombra de dúvida, a
sua suprema devoção a Cristo, mostrando, desse modo que, mais dos que todos os outros
discípulos, ele amava a Cristo. O escritor Dods ensina: “Fora com um toque de
compaixão que Jesus vira o impulsivo e voluntarioso Pedro tirar sua capa externa e
mergulhar nas águas do mar”. “Isso lhe sugeria as severas provações mediante as quais o
seu amor teria de ser testado, e o que isso lhe traria”. É bem possível que, no trecho de
João 13.36: haja algum indício desse mesmo tipo de morte por martírio:
Perguntou-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? Respondeu Jesus:
para onde vou não me podes seguir agora; mais tarde, porém me seguirás. Em
sentido físico essa profecia se cumpriu! Pois apesar de que Simão Pedro também
haveria de seguir ao Senhor até aos lugares celestiais, para aquele lugar que está sendo
preparado para todos os verdadeiros crentes, que são participantes da herança gloriosa de
Cristo, contudo, antes disso, Pedro haveria de seguir a Cristo pela jornada temível do
martírio. Martírio: morte aplicada a alguém em consequência de sua adesão a uma
causa, a uma fé religiosa, especiamente à fé cristã. Adam Clarke diz: “Quando Pedro
foi cingido, agrilhoado e levado para onde não queria ir, não é que ele não estivesse
disposto a morrer por Cristo, porém, era um homem como nós, não amava a morte”.
“Todavia, amou menos à sua própria vida do que a Deus”. João 21.19: Ora, isto
Ele disse, significando com que morte havia Pedro de glorificar a Deus.
E, havendo dito isto, ordenou-lhe: Segue-me. Está revelado, que Jesus,
mediante essa profecia, não disse a Pedro que ele viveria até tornar-se homem idoso,
fisicamente débil, devido à grande idade, conforme o provérbio usado pelo Senhor parecia
indicar, e, sim que o destino que estava em sua mente divina era a morte por martírio, no
caso de Pedro. Eusébio, em História Eclesiástica (1.2, cap.25), diz-nos que Pedro viveu
até à idade avançada, cumprindo um longo e útil ministério, assim obedecendo à triplice
comissão que recebera da parte do Senhor Jesus. Não mais hesitava ou se inclinava para
o desvio, mas transformou-se numa coluna firme da igreja cristã; zeloso e sempre tomado
de entusiasmo, por causa do amor que voluntariamente oferecia ao seu Senhor e Mestre.
Pedro morreu durante o reinado de Nero, sendo crucificado em Roma, cerca de
quarenta anos depois que Jesus fizera aquela predição sobre a sua maneira de morrer.
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1 Pedro 4.16: Mas não é vergonha nenhuma sofrer e morrer por ser
1 Pedro 4.16: Mas não é vergonha nenhuma sofrer e morrer por ser
cristão. Dêem graças a Deus pelo privilégio de estarem na família de
cristão. Dêem graças a Deus pelo privilégio de estarem na família de
Cristo e serem chamados pelo seu nome maravilhoso!
Cristo e serem chamados pelo seu nome maravilhoso!
A morte dos mártires glorifica ao Senhor pelos seguintes motivos:
A morte dos mártires glorifica ao Senhor pelos seguintes motivos:
1- Tudo quanto um homem pode dar realmente é sua vida; nada mais possui para
1- Tudo quanto um homem pode dar realmente é sua vida; nada mais possui para
oferecer; se um crente oferece tudo a Deus, isso redunda em glória para Deus, por
oferecer; se um crente oferece tudo a Deus, isso redunda em glória para Deus, por
haver feito um nobre serviço. É o caso da cena terrível acima que cristãos não
haver feito um nobre serviço. É o caso da cena terrível acima que cristãos não
negaram a Cristo. 2- O martírio também redunda em glória para Deus porque assim o
negaram a Cristo. 2- O martírio também redunda em glória para Deus porque assim o
crente está cumprindo o seu destino especial, apesar de difícil, tal como o Senhor
crente está cumprindo o seu destino especial, apesar de difícil, tal como o Senhor
bebeu do cálice amargo. Ora, para tanto, é necessário que o crente tenha profunda
bebeu do cálice amargo. Ora, para tanto, é necessário que o crente tenha profunda
devoção a Cristo. Isso significa glória para Deus, pois aquele que ama ao Filho,
devoção a Cristo. Isso significa glória para Deus, pois aquele que ama ao Filho,
também ama ao Pai. 3- Por semelhante modo, o martírio (vide significado acima) do
também ama ao Pai. 3- Por semelhante modo, o martírio (vide significado acima) do
crente é glória para Deus porque, através desse sacrifício, outros seres humanos são
crente é glória para Deus porque, através desse sacrifício, outros seres humanos são
estimulados a reconhecer a necessidade de dedicarem suas vidas a Deus; e assim
estimulados a reconhecer a necessidade de dedicarem suas vidas a Deus; e assim
esses outros podem ser mártires vivos. 4- Finalmente, o martírio do crente redunda
esses outros podem ser mártires vivos. 4- Finalmente, o martírio do crente redunda
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Semeando a Palavra de Deus
em glória para Deus porque, em sua morte, mostra o seu verdadeiro padrão de
valores. Antes de tudo, ama suficientemente ao Senhor para dar-lhe tudo, a sua
própria vida; e, em seguida, mostra assim que nenhum padrão humano é reputado de
valor real, porquanto o que há de mais precioso, para qualquer pessoa à face da terra,
é a sua própria Vida Posterior à morte física, sua existência imortal. É como está
escrito em Marcos 8.35-36: Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á,
mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará.
Pois o que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder sua própria alma?
“... Segue-me...”. Trata-se sim de uma declaração bem geral, que tinha por intuito
encorajar tanto a Pedro como a todos os cristãos, para que seguissem ao Senhor. Podese asseverar com toda a verdade que a totalidade da vida cristã e do destino que convém
ao homem é dita nessas admiráveis palavras: Segue-me. O Deus eterno veio a este
mundo, encarnando-se em Jesus - fazer-se carne, fazer-se homem, tornar-se humano –
tendo vivido como simples homem entre os homens, a fim de conduzir os homens à sua
glória, transformando-os 2 Pedro 1.4: segundo o modelo de sua pessoa. João 21.20-21:
E Pedro, virando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, o
mesmo que na ceia se recostara sobre o peito de Jesus e perguntara: Senhor, quem é
o que te trai? Ora, vendo Pedro a este, perguntou a Jesus: Senhor, e deste que será?
O Senhor Jesus acabara de falar uma profecia acerca do destino futuro de Pedro; tal
fato levou Simão a indagar sobre o destino de João. Devo salientar que Pedro havia
entendido a profecia feita pelo Senhor Jesus a seu respeito, tendo entendido que Jesus
falava sobre a sua vida e o seu ministério futuro, porquanto agora Pedro indagava sobre
a vida e o discipulado futuro de João. João 21.22: Respondeu-lhe Jesus: Se eu quiser
que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? Segue-me tu. Então, estudiosos
têm considerado esta declaração de Jesus difícil e obscura; portanto, não me atrevo de
falar a respeito ainda neste mundo, vivendo na carne; naquelas regiões celestiais
poderemos consultar e tirar nossas dúvidas com o próprio Senhor Jesus Cristo. É o que
farei. João 21.23: Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não
havia de morrer. Jesus, porém, não disse que não morreria, mas: se eu quiser que ele
fique até que eu venha, que tens tu com isso? De certo o leitor tem conhecimento de que o
discípulo a que se refere Pedro é a João, quem escreveu este quarto evangelho. Não há
como se comentar este versículo. Mas, há uma Lição para todos os cristãos. De toda essa
situação, aparece outra questão muito importante. Pedro foi ensinado, a não se mostrar
curioso sobre o destino de outras pessoas, ocupando-se com pedidos obscuros, mas antes, a
cuidar de seu próprio destino, seguir a Jesus, dessa maneira cuidanto de seus próprios
afazeres e das atividades do seu próprio ministério. Com base nessas instruções ficamos
sabendo que a vida espiritual não deve ser gasta em palavras vazias, em especulações
sobre questões difíceis, apesar de que isso possa fazer parte de qualquer expressão
Semeando a Palavra de Deus
105
intelectual de muias pessoas, mas antes, deve ser empregada no cumprimento prático de
nosso próprio destino e serviço espiritual. Isso não significa, entretanto, que os homens
devam ser tão práticos em sua conduta de vida espiritual. É certo, que não devemos
ignorar as questões da verdade, as quais podem continuar obscuras para a maioria dos
homens. Parte integrante do desenvolvimento espiritual do crente é exatamente a
investigação da verdade, o crescimento no conhecimento de Deus e do seu Cristo. Pois a
vida espiritual não deve ocupar-se simplesmente com questões difíceis e especialmente
obscuras, quando existem tantas tarefas esperando realização. João 21.24: Este é o
discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu e sabemos que o seu
testemunho é verdadeiro. Aquele outro discípulo. Discípulo a quem Jesus amava. O
apóstolo João. João 21.25: E ainda muitas outras coisas há que Jesus fez as quais, se
fossem escritas uma por uma, creio que nem ainda no mundo inteiro caberiam os
livros que se escrevessem. Nenhum livro poderia jamais registrar e nem existem
palavras capazes de narrar, o que foi essa vida, ou aquilo que Jesus realizou. Os
discípulos viram, creram e escreveram essas coisas para que também possamos confiar, e
para que, confiando, tenhamos vida em seu Nome. É bom estarmos aqui? E qual servo,
inclinado, respeitosamente e amorosamente sobre o texto sagrado, não se tem achado na
presença mesma do Verbo que se fez carne, não tem contemplado a glória do unigênito do
Pai, cheio de graça e verdade, não tem sentido sobre si a Sua Mão calorosa e terna, e
não tem ouvido aquela voz a segredar-lhe, conforme por tantas vezes ele disse aos antigos
discípulos: “Não Temas”. Pois bem caro leitor, permaneça Nele e permita que as suas
palavras, conforme estão aqui registradas, permaneçam em Você. Por conseguinte, a
mensagem deste quarto evangelho de João foi dada a fim de conceder Vida aos homens,
isto é, a Vida Eterna, para que pudéssemos conhecer a Deus, e ao seu Filho, Jesus
Cristo. Lucas 24.44-46: Depois lhe disse: São estas as palavras que vos falei,
estando ainda convosco, que importava que se cumprisse tudo o que de mim estava
escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o
entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e
assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os
mortos, Em defesa da Fé Cristã, Cristo afirma que os seus discípulos haveriam de
serem os portadores dessa mensagem, e que disso resultaria uma nova religião revelada a
qual seria uma fé universal, que se propagaria a todas as nações. Tudo isso é apresentado
como parte integral da mensagem citada no V.T. embora não tivesse sido entendida como
tal, pelos judeus. Apesar dessa ignorância, entretanto, a grande verdade é que a fé cristã e
sua aplicação universal não foram pensamentos posteriores ou derivados da parte de
Deus, mas antes, no plano de Deus, no Messias, conforme corretamente aplicada, essa
verdade seria realizada, porque as próprias profecias do V.T. já haviam previsto todas
essa realidades. Então não queira o leitor procurar informes cronológicos, no tocante aos
106
Semeando a Palavra de Deus
acontecimentos finais. É o livro de Atos que nos fornece essa ordem, e ali aprendemos que
quarenta dias se passaram entre a ressurreição e ascenção de Cristo, e que o Senhor
apareceu aos discípulos por várias vezes, tendo-lhes dado instruções. Após esses quarenta
dias Ele foi elevado ao céu; e então, mais dez dias, no dia de Pentecoste (do vocábulo
grego que significa cinquenta), o Senhor Espírito Santo foi enviado para dar aos
discípulos de todos os tempos o poder de espalharem a Nova Fé.
Messias: Redentor prometido por Deus para redimir os homens e a sociedade,
estabelecendo uma nova ordem social de paz, de justiça e de liberdade.
Pentecoste: Uma celebração cristã que comemora a descida do Espírito Santo.
Lucas 24.47-49: E que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão
dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém. Vocês são testemunhas
destas coisas. E agora Eu enviarei sobre vocês o Espírito Santo, tal como meu Pai
prometeu. Não comecem ainda a falar aos outros - fiquem aqui na cidade até que o
Espírito Santo venha e encha vocês de poder do céu. A qualidade especial que um
mensageiro cristão necessita para alcançar sucesso na pregação das boas-novas, contidas
na Nova Aliança, em um mundo completamente hostil, é Poder; nós mesmos jamais
poderíamos convencer quem quer que fosse. Os homens haveriam de negar de imediato a
ressurreição, sem nem ao menos admitirem falarem a respeito, encontrariam alguma
explicação lógica ou natural para o fenômeno. A renovação moral e espiritual, não pode
ocorrer mediante um simples convencimento intelectual. O Espírito Santo – Deus entre
os homens – precisa estar presente, se qualquer resultado real tiver de ocorrer. As
palavras do evangelho são tão-somente veículos que esclarecem a operação do Espírito
Santo, e aqui se caracteriza pela palavra poder. João 16.7-8: então, a presença viva do
Espírito de Deus traz este poder e sua influência renovadora entre os homens. Tal como
uma veste cobre o corpo inteiro se tornando importante no homem, podendo ser vista por
todos; assim também o Espírito Santo haverá de envolver aos mensageiros, procedendo
deles e convencendo aos incrédulos sobre a veracidade da mensagem cristã, levando os
homens à conversão e transformando-os à imagem de Cristo, o que é a mensagem central
do Evangelho do Senhor. Marcos 16.15-16: E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e
pregue o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem
não crer será condenado. Atos 2.38: Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e
cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos
pecados e recebereis o dom do Espírito Santo. Batismo espiritual é exercido pelo
Espírito Santo, na conversão e na regeneração, ao passo que o sinal – a prova que
uma pessoa dá ao mundo exterior – às demais pessoas, como uma ação visível de seu
interior, é o batismo em água. CONVERSÃO? Atos 26.18: para lhes abrir os olhos a fim
de que se convertam das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus, para que recebam
remissão de pecados e herança entre aqueles que são santificados pela fé em Cristo Jesus.
Atos 3.19: Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos
Semeando a Palavra de Deus
107
pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor,
REGENERAÇÃO? Restabelecimento do que estava destruído. Efésios 2.1: No passado
vocês estavam espiritualmente mortos em suas ofensas e pecados. A humanidade está
morta em seus delitos e pecados. Colossenses 2.13-14: E quando vocês estavam
espiritualmente mortos em seus pecados e sujeitos à sua natureza pecaminosa, Deus lhes
deu vida os vivificou) juntamente com Cristo, perdoando todos os seus pecados. e riscando
o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário,
removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz. Tito 3.5-7: Ele nos salvou, não por
causa das coisas justas que tínhamos feito, mas por causa da sua própria misericórdia, nos
lavando dos nossos pecados, fazendo com que nascêssemos de novo, e nos dando uma nova
vida por meio do Espírito Santo. Que Ele derramou sobre nós com maravilhosa
abundância - e tudo por causa daquilo que Jesus Cristo nosso Salvador fez, a fim de que
Ele nos pudesse declarar justos aos olhos de Deus - tudo por causa da sua grande
bondade; e agora podemos participar da riqueza da vida eterna que ele nos dá, e estamos
ansiosamente aguardando recebê-la. ARREPENDIMENTO: Atos 17.30: Mas Deus,
não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todo
lugar se arrependam. Uma Exigência Espiritual. É a principal exigência para que haja
perdão de pecados. Repetindo. O arrependimento tem início na conversão, que é o
primeiro passo da regeneração. A conversão não é a regeneração, mas antes, faz parte
dela, sendo início do novo nascimento. Sem conversão não há regeneração, embora a
conversão não encerre a totalidade da regeneração; é o começo, o momento em que o
pecador abandona o pecado e o seu antigo “eu”, a sua rebeldia contra Deus. A conversão,
além disso, é um ato produzido pela influência do Espírito Santo, que não poderá
acontecer sem esse Poder presente, embora existam agitações emocionais que provocam
transformações por pouco tempo, que podem imitar a conversão. A verdadeira conversão
é uma transformação interna, da alma, do espírito humano, e esse é exatamente o
primeiro passo da regeneração. A regeneração completa consiste na total transformação
da pessoa, segundo a imagem de Cristo, de tal modo que alguém chega a nascer no Reino
de Deus, ou seja, nos lugares celestiais, aquele mundo lá de cima, o outro mundo, que
também é chamado de Céu. O indivíduo totalmente regenerado é uma nova criação, de
natureza moral e metafísica semelhante à de Cristo; e isso só pode ser concretizado nos
lugares celestiais, em seu grau mais elevado, que inclui a glorificação, apesar de que é na
esfera terrena que tem começo a conversão e a santificação.
Do Que Consiste o Arrependimento?
É um ato divino que transforma o homem, mas que depende de sua reação positiva, uma
vez inspirado pela Fé. Hebreus 11.1: Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se
esperam, e a prova das coisas que não se veem. O espírito humano reconhece essa
verdade por percepção (ou intuição) e, o reconhecimento dessa verdade recebe o nome de
108
Semeando a Palavra de Deus
fé. Quando uma pessoa se entrega às realidades espirituais, particularmente a Cristo, que
é a grande concretização da verdade, então está exercendo fé. Mas esse exercício se
alicerça sobre o conhecimento e sobre a apreciação do espírito quanto à importância
dessas realidades. A fé consiste em prestarmos lealdade ao mundo eterno, que o homem
passa a viver segundo a eternidade. Dom Espiritual. 1Coríntios 12.9-11: E a outro
pelo Espírito Santo a Fé – Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas,
repartindo particularmente a cada um como quer. Efésios 6.16: Em cada batalha
vocês precisarão da Fé como escudo, para deter as flechas ardentes disparadas por
Satanás contra vocês. Precisamos mostrar, por nossas ações, em nossas vidas diárias,
que cremos que temos Fé, e que sabemos que se usarmos a fé que possuímos mais fé nos
será concedida. Quando a fé nos habita no íntimo (no espírito humano) temos verdadeira
liberdade e a certeza de que não temos outro senhor além de Jesus, o Cristo, e que somos
protegidos pelo braço forte do Pai. A fé é a promessa enviada com antecedência para
mostrar que tudo quanto pedirmos, teremos. Então, a fé é um atributo do espírito do
homem, não sendo algo que possa ser aprendido pela experiência física. João 4.24: Deus é
espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.
Então, tenha este entendimento. O espírito do homem é a união entre Deus, as coisas
espirituais e a consciência humana. Hebreus 4.12: “a Palavra de Deus penetra até o
ponto de dividir alma e espírito”. O espírito do homem conhece a realidade de Deus e
das coisas espirituais, bem como seu próprio destino. O espírito sabe, portanto, crê. A fé,
pois é um atributo do espírito. O problema consiste em como permitir que o espírito
Romanos 12.2: entre em comunicação com a mente (alma) consciente. É neste momento
que o homem bloqueia o conhecimento natural e intuitivo de seu ser interior
(alma/espírito), impedindo esse conhecimento com pensamentos e ações carnais, dando
destaque ao que é físico e negligenciando as realidades do seu espírito. O homem perdeu o
conhecimento de como entrar em contato com sua própria porção superior – seu ser
espiritual – alma e espírito, ao ponto de que muitos “cristãos” negarem a existência dessa
porção superior, dizendo que a alma não existe, e, que na morte física, acabou o homem,
morre tudo dele, só vindo a aparecer, quando da ressurreição, no segundo advento de
Cristo. Romanos 3.21-22: Agora, porém, Deus nos mostrou um caminho diferente
para o céu - não o fato de sermos "bonzinhos" e procurarmos guardar suas leis, mas
um novo caminho (ainda que não seja tão novo assim realmente - pois as Escrituras
falaram dele há muito tempo). Agora Deus diz que nos aceitará e nos absolverá - Ele
nos declarará "sem culpa" - se nós confiarmos em Jesus Cristo para Ele tirar os
nossos pecados. E todos nós podemos ser salvos deste mesmo modo, vindo a Cristo,
não importa o que somos ou o que temos sido. Atos 11.18.b: “para todos Deus
tem dado arrependimento que leva a vida eterna!”. Marcos 16.17: E estes sinais
acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios,
falarão novas línguas.
Semeando a Palavra de Deus
109
”... Sinais...”. Esses dons mostram que Deus está
conosco, contanto que sejam devidamente buscados e
usados, da maneira correta, adequada, justa, de
conformidade com o Evangelho de Cristo nessas
questões. “... expelirão demônios...”. Certamente, os
nossos dias são propícios quanto à possessão demoníaca.
Mateus 12.43-45: Qualquer ministro de Cristo pode expelir demônios, pelo menos na
maioria dos casos. Algumas vezes, surgem espíritos difíceis e teimosos, e é preciso a
atuação de alguém especialmente santificado e dotado para tanto. Marcos 16.18:
pegarão em serpentes e se beberem alguma coisa mortífera, não
lhes fará dano algum e porão as mãos sobre os enfermos, e estes
serão curados. Deus pode proteger, quando surge a necessidade. Entenda que
não há aqui licença para qualquer tipo de fanatismo. Paulo foi mordido pela
serpente, mas não sentiu nenhum efeito adverso, conforme escrito em Atos 28.3:
Nenhum cristão pode por à sua prova, a respeito. Seria contrário à razão, alguém,
somente para provar sua condição espiritual tentasse esse ou outros feitos narrados
na Bíblia; mas, quando são necessários ocorrem, não por simples prática e para
exibições carnais de uma suposta elevada espiritualidade.
“... se impuserem as
mãos...”. Tiago 5.14: Alguém está doente? Deve mandar chamar os anciãos da
igreja, e estes devem orar sobre ele e derramar um pouco de azeite em cima
dele, invocando o Senhor para que o cure. O texto está falando de doentes no
corpo físico; não aqueles que sofrem de distúrbios emocionais, psicológicos, embora
esses distúrbios sejam enfermidades. Não fala de enfermidades espirituais.
Entretanto, leve em consideração que curas tal como no passado existiam,
acontecendo em nossos dias. Convicção a respeito (fé) das pessoas envolvidas é a
condição. A imposição de mãos se aplica aos enfermos, sendo medida eficaz nas
curas, e em se orando para tal fim, será uma força criadora, que pode alterar as
condições físicas, pois nos vincula ao poder de Deus.
1 Timóteo 4.14: Não negligencie o dom que você tem, o qual foi lhe dado e
confirmado por palavras proféticas do Senhor Jesus Cristo. “E porão mãos
sobre os enfermos”. Enfermidades espirituais. Recomendo aos cristãos 1 Coríntios
3.1: que não descuidem-se de seus deveres cristãos, como a leitura das Escrituras, a
pregação e o ensino, porque todos os dons espirituais dados pelo Espírito Santo meditar 1 Coríntios 12.1-11: - nos são conferidos para que possamos realizar os
deveres próprios de nossa missão. Invista-se de suas missões espirituais, isso é um
começo, e não um fim em si mesmo (achar que já conseguiu tudo!), portanto, você, um
cristão tem o dever de um intenso ministério, que lhe outorgado pelo Espírito de
Deus. Lucas 24.50-51: Tendo-os levado até as proximidades de Betânia, Jesus
110
Semeando a Palavra de Deus
ergueu as mãos e os abençoou. Então começou a elevar-Se nos ares, e entrou no
céu. Atos 1.9: E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma
nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. A ascensão de Cristo aos lugares
celestiais foi o sinal de aprovação aos seus trabalhos à face da terra; sendo o símbolo
e a confirmação da aprovação de Deus Pai à sua missão terrena. Comprovou que
Ele era o Messias há longo tempo esperado, pois nenhum outro indivíduo poderia ter
sido tomado para os céus como Ele o foi. Também inaugurou o seu ofício como
mediador, abrindo caminho para a descida e o ministério do Espírito Santo, enviado
para dar continuidade à sua obra de redimir a humanidade, do homem conquistar sua
liberdade, salvação espiritual. João 16. 7-15: Mas na verdade é melhor para vocês
que Eu vá; se Eu não for o Consolador não virá. Se Eu for, Ele virá, mandarei o
Espírito Santo a vocês. Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da
justiça de Deus, e do livramento da condenação. Do pecado, porque não creem em
mim; da justiça, porque vou para meu Pai. Há livramento da condenação porque o
príncipe deste mundo já foi julgado. Há realidades que Eu ainda quero dizer, mas,
vocês não podem entender. Quando vier o Espírito da Verdade, Ele vos guiará em
toda a Verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido,
anunciando o que há de vir, Ele falará a vocês a respeito do futuro, trazendo glória
a mim, pois Ele anunciará a vocês tudo o que Eu receber do Pai. Por isso eu disse
que o Espírito receberá do que é meu e o tornará conhecido a todos os cristãos.
Semeando a Palavra de Deus
111
Nuvem Espiritual.
Não acredito estar em vista aqui uma nuvem literal de vapor de água. Daniel 7.13: Eu
estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o
filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até Ele. Os discípulos
contemplavam a Sua ascensão, tal como alguns deles, dias antes, haviam sido testemunhas
de sua transfiguração e de sua glorificação. Lucas 9.32: Pedro e os outros estavam muito
sonolentos e adormeceram. Mas acordaram e viram Jesus cercado de brilho e glória, e
dois homens com Ele. E assim, dias mais tarde, o Espírito Santo desceu dobre eles de
maneira toda especial. Lucas 24.52: Eles O adoraram, e voltaram para Jerusalém,
cheios de grande alegria; E permaneciam constantemente no templo, louvando a Deus.
Os discípulos estavam maravilhados de intensa alegria; e esta alegria se tornou a marca
de vitória, tal como sucede até hoje. Marcos 16.19: Ora, o Senhor, depois de lhes ter
falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. Jesus Cristo agora é o
Senhor. Romanos 1.4: Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de
santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor, Romanos 10.9:
Pois, se você contar aos outros com seus próprios lábios que Jesus Cristo é o seu
Senhor, crendo do fundo do coração (símbolo do espirito humano) que Deus O levantou
dentre os mortos, serás salvo. Efésios 1.10: De tornar a congregar em Cristo todas as
coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que
estão na terra. Filipenses 2.9-11: Contudo, foi por causa disso que Deus O elevou até às
alturas do céu e Lhe deu um Nome que está acima de qualquer outro nome; para que ao
nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, na terra, e debaixo da terra;
e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus, o Pai. Ele é
o Senhor, primeiramente na igreja, e através disso, Deus mostrará de modo exato como
112
Semeando a Palavra de Deus
Ele será o Senhor sobre todos. Mateus 1.21: ela dará à luz um filho, a quem chamarás
Jesus porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados. Na qualidade de membro da
Trindade Divina, Jesus sempre foi o Senhor. Na forma de homem identificou-se com a
humanidade, como padrão a ser duplicado (no sentido de que todo o homem deva ser sua
cópia); e, através de sua plena vitória moral e sobre a morte, tornou-se o Senhor. Isso,
pois, acontece mediante o sucesso de sua missão messiânica; portanto, na qualidade de
homem, é que Ele faz subir aos céus outros homens a Si mesmo, e essas pessoas receberão
de sua plenitude, de sua expressão, nos mundos eternos, trazendo a benção de Cristo para
todos, tal como aqui e agora a igreja traz as benções de Cristo ao mundo. Esse “subir aos
céus”, significa que virão a participar da natureza moral e metafísica de Cristo – Efésios
3.19: - E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais
cheios de toda a plenitude de Deus. É assim que os remidos haverão de participar da
natureza de Deus 2 Pedro 1.4: Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas
promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado
da corrupção, que pela maldade há no mundo. Este é o grande objetivo do Evangelho, o
que excede em muito ao comum “perdão” dos pecados, e à futura mudança de endereço
para os céus. Colossenses 3.1: ponham agora os seus olhos nos Céus. Atos 1.10-11:
Enquanto estavam forçando a vista para olhar novamente o céu, de repente dois homens
vestidos de branco apareceram ali entre eles; que lhes disseram: "Galileus, por que vocês
estão olhando para o céu? Esse mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado aos céus,
voltará da mesma forma como o viram subir". Não pode haver sombra de dúvida de que
esses dois varões em vestes brancas eram anjos. Anjos Lucas 22.43: assistiram o
nascimento de Jesus. Então um anjo do céu apareceu: confortando e fortalecendo-o.
Marcos 16.20: E os discípulos foram a toda parte pregando, e o Senhor estava com eles e
confirmava o que eles diziam por meio dos milagres que seguiam suas mensagens. Então
Colossenses 1.6: A mesma Boa Nova que chegou até vocês está saindo pelo mundo todo, e
transformando vidas em toda parte, tal como mudou a de vocês, naquele primeiro dia
mesmo, quando vocês a ouviram e compreenderam a grande bondade de Deus para com
os pecadores. “... cooperando com eles o Senhor...”. Em outras palavras, através do seu
Espírito Santo, Jesus trabalha com os crentes João 14.15-16: Se vocês Me amam,
obedeçam-Me; e Eu pedirei ao Pai e Ele dará a vocês outro Consolador, que nunca
deixará vocês. Nesta tua Vida terrena e, após nos céus, quando da perda do corpo físico.
Amós 3.7: Por acaso, o Senhor Deus faz alguma realidade espiritual acontecer, sem
revelar aos seus servos, seus desígnios? Então é certo dizer! O que está escrito nas
Escrituras, revelou-se no passado, está acontecendo no presente, e, será manifesto no
futuro. Deuteronômio 29.29: O Senhor nosso Deus tem segredos que não conta a
ninguém, mas estas palavras reveladas são para serem conhecidas e obedecidas por nós e
por nossos filhos para sempre. Porque tu és povo santo Deuteronômio 7.6: Senhor teu
Semeando a Palavra de Deus
113
Deus te escolheu, a fim de lhe seres o seu próprio povo, acima de todos os povos que há
sobre a terra. Entretanto: João 1.11: Jesus veio ao seu próprio povo, e os seus não o
receberam. João 10.22-42: Está escrito o povo rejeitava a Jesus Cristo. Então aqueles
lhe perguntaram: Jesus é ou não o Messias? O povo esperava um Messias diferente! Na
realidade o que o povo precisa é de Fé e não de mais provas. Até quando terás a nossa
alma suspensa? Se tu és o Cristo, diga abertamente! Respondeu-lhes Jesus: Eu já disse,
mas vocês não acreditam; as obras que eu faço pelo poder do Nome do meu Pai, falam a
favor de mim, porém vocês não fazem parte do meu povo; eles ouvem a minha voz e
acreditam e me seguem. Eu lhes dou a Vida Eterna, e por isso eles nunca morrerão. O
poder que o Pai me deu é maior do que tudo. Eu e o Pai somos um. Os judeus pegaram
em pedras para mata-lo. O que está escrito na vossa lei? O que está escrito não pode ser
anulado! Àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: blasfemas,
porque disse: Sou Filho de Deus? Procuravam, pois prendê-lo outra vez, mas Ele
escapou de suas mãos. E muitos iam ter com Ele, e diziam: na verdade João não fez
sinal algum, mas tudo quanto João disse Deste era verdade. Mateus 26.55: Será que
Eu sou algum assaltante perigoso, para que vocês tivessem que se armar de espadas e
cacetes antes de poder prender-Me? Eu estava com vocês, ensinando no Templo, e
vocês não Me prenderam nessa ocasião. 2 Tessalonicenses 2.1-17: Não se deixem
enganar, não obstante o que você ouvir. Porque aquele dia não chegará – a segunda vinda
de Cristo – enquanto não acontecer duas realidades: primeiramente, haverá uma grande
rebelião do povo de Deus contra o Senhor Jesus Cristo (apostasia), e aparecerá o
anticristo, o homem da rebelião - o filho do Diabo. Ele se oporá a todos os deuses que
houver, destruindo objetos de culto e adoração. Ele irá e se assentará como deus no
templo de Deus, alegando que é o próprio Deus, fazendo os milagres e sinais de Deus.
AQUELES TEMPOS FUTUROS SÃO OS NOSSOS DIAS: CRISTÃOS
POR ONDE VOCÊS TÊM ANDADO? O QUE ESTÃO ACEITANDO?
Mas o que temos de considerar em nossa caminhada espiritual!
Apostasia
Quer dizer afastamento. O abandono deliberado da crença na fé cristã, por alguém que
dizia (ou se diz) seguir essa fé. Então, está a indicar pessoas que não têm compromisso
com a Palavra de Deus. Romanos 8.9: Entretanto, vocês não estão sob o domínio da
carne, (da sua própria natureza humana) mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus
habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo. Está
a indicar indivíduos sem compromissos, para o descuido e o abandono no tocante à sua fé,
embora possam estar acreditando em algumas de suas doutrinas cristã, mas de maneira
superficial. A apostasia primitiva está revelada por Deus João19.15: “Fora com Ele!”
gritaram “Fora com ele – crucifique Jesus gritava o povo, os sacerdotes e os religiosos do
114
Semeando a Palavra de Deus
sinédrio!” “Quê? Crucificar o rei de vocês?” perguntou Pilatos. “Nós não temos nenhum
outro rei, além de César”, gritaram os sacerdotes principais. Foi terrível a escolha!
A Vinda de Cristo será precedida de manifestações do
anticristo.
2 Tessalonicenses 2.3: Não se deixe enganar, apesar do que você escutar de diferente.
Aquele dia (Segunda Vinda de Cristo) não chegará enquanto não acontecerem duas
realidades manifestas por Deus: primeiro haverá uma época de grande rebelião contra
Deus, e aparecerá o homem da rebelião, o filho do inferno, o filho do Diabo, o anticristo.
Uma revolta com o abandono dos princípios básicos do cristianismo: o que já assistimos em
todos os lugares desse mundo caótico, perverso e desumano, já predizendo a sua presença
no mundo, desagregando qualquer vínculo sério com Deus e com Cristo Jesus, numa
rebeldia e hostilidade proposital contra Deus. Mateus 24.15: Cristo faz advertências a
respeito dessa potestade maligna, que através dos tempos, ocuparia a mente de cristãos e
das demais pessoas do mundo, como de fato já temos visto; muitas igrejas cristãs Daniel
11.31: aceitando a abominação desoladora, o anticristo o grande terror, inspirando os falsos
pastores a pregar o que for conveniente aos seus desígnios malignos. Compreenda isto
Mano: Dentro do ponto de vista cristão, a apostasia, a rebelião contra o Senhor Deus,
envolve mais do que a mudança de ideias sobre doutrinas reveladas por Deus; é a entrega
da própria “alma cristã”, à vontade das orientações malignas, e não o simples abandono
daquilo que antes era seguido, a Verdade de Deus em Cristo Jesus. Os nossos tempos,
dentro da apostasia atual, está havendo um afastamento radical de muitos, que abandonam
a fé cristã. Esta rebelião está sendo dirigida pelo anticristo, pois, ele faz parte da trindade
maligna, a Satanás, o anticristo e o falso profeta, e assim por meio dele será adorado o
pai dele, o Diabo. É digna de entendimento esta afirmação: “Não se deixe Enganar”
deve-se compreender: feito de propósito contra pessoas, ou, ainda, aqueles que enganam
podem ser primeiramente auto enganados, não estando conscientes, inclinados a iludir a
outros, ainda que assim o façam, não impedindo a sua realização. E não há o que se falar,
por não estar manifesto, no arrebatamento dos remidos, nos tempos da apostasia. Em
certo sentido, também se pode aceitar a ideia de substituição, pois a lealdade do povo
cristão, que deveriam prestar a Cristo, será recebida temporariamente pelo anticristo.
A respeito do anticristo e de sua apostasia ao que você deve estar atento.
2 Pedro 2.1: Mas no passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também
haverá entre vocês falsos pastores e mestres. Eles sutilmente introduzirão heresias
destrutivas, até mesmo negando o Senhor que os comprou, trazendo sobre si mesmos uma
repentina destruição. Onde acontecerá? 1 João 2.18-26: Nas próprias igrejas “ditas
cristãs” muitos dos “crentes” deixarão de prestar lealdade ao Senhorio de Cristo, e não
mais haverão de considerá-lo único. Nossos tempos, igrejas e denominações inteiras têm
sido chamadas apóstatas, devido ao liberalismo teológico, abertura e tolerância a vários
Semeando a Palavra de Deus
115
preceitos pagãos; presença de atividades políticas e outras incompatíveis com os ideais
cristãos. 1 João 2.22: Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o
Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho. Ao negarem a Cristo
Jesus, os anticristos 1 João 2.18: negam que Deus é Pai, Não negam a Deus como Ser
supremo, mas negam-no como Pai dos remidos. Tentando, assim, introduzir uma
doutrina maligna, negando as realidades de Cristo com os seus remidos como está
manifesto em 1 João 3.2: É necessário os versículos serem consultados para melhor
entendimento espiritual. Uma das principais característicos dele será a capacidade de
seduzir, de convencer, de persuadir com astúcia, exercendo influência irresistível sobre as
pessoas; de enganar 2 João 7: então Os capítulos décimo primeiro a décimo terceiro do
Apocalipse mostram-nos que isso implicará em maravilhas e milagres mentirosos feitos
pelo anticristo, sob permissão de Deus, 2 Tessalonicenses 2.9-11: Este homem do
pecado, o anticristo, virá como instrumento de Satanás, cheio de poder satânico, e iludirá
todo o mundo com espetáculos fora do comum e fingirá que faz grandes milagres, com todo
o poder e sinais de prodígio e mentira. E devemos assim, entender o porquê que o Senhor
Jesus manifestou-se a respeito Mateus 7.21-24: Nem todos os que falam como gentes
religiosas são realmente assim. Tais pessoas podem referir-se a Mim como 'Senhor',
porém apesar disso não entrarão no céu. “Porque a questão decisiva é se elas obedecem
ao meu Pai do céu ou não”. Então: Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não
profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome
não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci apartaivos de mim, vós que praticais a iniquidade. Cristãos por onde vocês têm
andado? O que estão aceitando? Repetindo: 2 Tessalonicenses 2.9: Este
homem do pecado, anticristo, virá como instrumento de Satanás, cheio de poder satânico,
e iludirá todo o mundo com espetáculos fora do comum e fingirá que faz grandes milagres,
com todo o poder e sinais de prodígio e mentira. Onde estão acontecendo estas
realidades? Dentro das igrejas, nos púlpitos, Segundo o Dicionário Michaelis, púlpito
significa "Tribuna, na igreja, da qual o sacerdote ou o pastor prega aos fiéis". Peço aos
cristãos, aos remidos, observarem o que está revelado por Deus, Nosso Senhor, em 2
Timóteo 2-1-26: leia e considere na tua existência. 1 João 4.1: Então, cristão cuidado
com os falsos pastores, faça-se pastor de você mesmo, procure ser um cristão remido,
cuidanto de ti mesmo com zelo e sinceridade e Atos 17.11: fazendo da Palavra de Deus as
respostas das tuas perguntas. Você tem Jesus Cristo. Apocalipse 19.13: E estava vestido
de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus.
116
Semeando a Palavra de Deus
Gênesis 6.5-12: O Senhor observa que a perversidade do homem tem
aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu
espírito é sempre e somente para a maldade. A violência domina a
terra. Aos olhos de Deus, o mundo está completamente corrompido.
Vê o Senhor a maldade satânica dos homens: tudo quanto
eles fazem é pura maldade; seus pensamentos pecaminosos,
tudo quanto planejam elemento mais importante é corrupção.
A rebeldia tornou-se medida, confundindo com liberdade,
não percebendo que esse tipo de liberdade é uma forma de
escravidão, e por fim, o homem perdeu o poder de fazer o
bem, ao qual ele vem se degradando cada vez mais. Todas as
pessoas se colocam à disposição do Diab0, o maligno. A
violência tornou-se um fator especial da corrupção geral; crimes hediondos estão sendo
cometidos, e a idolatria está substituindo a adoração a Deus, o Criador. A justiça está
sendo distorcida até pelos governos ditos democráticos, ou não seriam tiranos (?) já que
governam injusta e cruelmente, na base da mentira; espalhando toda forma de imoralidade,
os homens não cumprem a palavra dada, tornando-se arrogantes e hostis, fazendo ouvidos
surdos aos clamores dos necessitados. Romanos 3.9-20: Tal como as Escrituras
afirmam: "Ninguém é bom - ninguém no mundo inteiro é inocente”; ninguém jamais seguiu
realmente os caminhos de Deus, nem mesmo desejou fazê-lo. Todos se desviaram; todos
caíram no erro. Ninguém, em parte alguma, fez só o que é direito durante toda a sua vida
nem uma só pessoa. O que falam é abominável e tão sujo quanto o mau cheiro de uma
sepultura aberta. Suas línguas estão cheias de mentiras. Tudo o que dizem tem o ferrão e
o veneno de serpentes mortíferas. Suas bocas estão cheias de maldição e de amargura.
Estão prontos para matar, odiando qualquer um que não concorde com eles; os seus pés
são ligeiros para derramar sangue; por onde quer que andem eles deixam a miséria e o
transtorno atrás de si. Nunca chegaram, a saber, o que é sentir-se seguro e desfrutar as
bênçãos de Deus. Não se importam com Deus, nem tampouco com o que Ele pensa deles.
2 Tessalonicenses 2.1-17: Pois o poder secreto da iniquidade já está agindo (o anticristo).
Porém, aquele que o está detendo (o Espírito Santo) continuará até que seja afastado; e
com todo tipo de maldade para enganar aqueles que estão indo para a destruição, porque
se recusaram a amar a verdade que os poderia salvar; portanto, Deus permitirá que eles,
os afastados, creiam de todo o coração nessas mentiras. Mas nós devemos sempre dar
graças a Deus por vocês, irmãos, amados do Senhor, porque desde o princípio Deus os
escolheu para serem salvos mediante a obra santificadora do Espírito e a fé na verdade.
Irmãos o espírito da apostasia já está no mundo, a manifestação do anticristo está em
todos os setores da sociedade, inclusive nas igrejas cristãs. Ninguém vos engane! 1 João
4.6: Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos. Permita-se a Deus!
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Para Você que anuncia que ensina a Palavra de Deus
Para Você
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1 Pedro 4.11: Você que é chamado para anunciar a Palavra de Deus, ensinando
1 Pedro 4.11: Você que é chamado para anunciar a Palavra de Deus, ensinando
como
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Cristo
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como se o próprio Senhor Jesus Cristo estivesse falando através de Você.de
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prática
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que
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14.17-18:
Que
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mundo
não
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receber,
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o
Vê,
não
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conhece,
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mundo
não
pode
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porque
não
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Vê,
não
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procura,
às pessoas, que Jesus Cristo está em nós, através do Seu Espírito Santo. Joãomas
14.17-18:
Que oomas
mundo
não
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porque
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Vê,
não o
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nós porque
o
conhecemos,
porque
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conosco.
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conhecemos,
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conosco.
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no
Cristão.
Ele,noo Cristão.
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14.17-18:
mundo
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porque
não
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não
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não
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conhecemos,
porque
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conosco.
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Ele,
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Revelação
das
Verdades
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é a Revelação
das
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Cristo
eEle
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sua
manifestação,
hoje,
entre nós,
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porque
conosco.
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o Espírito,
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nós,
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pessoas
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da manifestação,
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o Espírito,
é ahomens.
Revelação
das
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e de
sua
manifestação,
hoje,
entre
nós,
homens.
Trazer
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para terem
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de nós,
Deus
João 16.12-13:
é trazer
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nossa
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16.12-13:
é homens.
trazer
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Espírito
nossa
presença.
A Palavra
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Deus
serve
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para àterem
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entendimento
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Pa- aos
lavra
de
Deus Joãoseus
16.12-13:
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trazer
o Espírito
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presença.
A Palavra
de
Deus
serve
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Espírito
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propósitos,
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de
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lavra
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João 16.12-13:
é trazer
o Espírito
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presença.
A Palavra
de
Deus
serve
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seus
propósitos,
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Cristo
quem
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espirituais:
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toda
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Deus serve aos seus propósitos, aos fins a que se destina e o Espírito de Cristo
quem
define
nossos
objetivos
espirituais:
EleEspírito,
vos guiará
em
toda
a Verdade.
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pessoas
2 Pedro 1.21:
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Espírito,
para
nós
outras
pessoas
2 Pedro
1.21:
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mesmos
e para
as
quem
define
nossos
objetivos
espirituais:
Eledependemos
vos guiará
em
toda
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Ao
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outras
pessoas
2 Pedro
1.21:
dependemos
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Espírito,
para
nós
mesmos
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para
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pessoas.
Aprendemos
o
que
ensinamos.
Assim,
faça
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pessoas.
Aprendemos
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que
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Assim,
faça
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desta
revista
Ao guiarmos outras pessoas 2 Pedro 1.21: dependemos do Espírito, para nós
mesmos
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as demais
pessoas.
Aprendemos
o que
ensinamos.
Assim,
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revista
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manual
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roteiro
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Deus,
como
manual
roteiro
de ensino
Palavra
de ensinamos.
Deus,
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Assim,
faça
uso
desta
revista
como
manual
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roteiro
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ensino
da
Palavra
de
Deus,
como
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ou grupo
pessoas,
nos hospitais,
prisões,
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revista
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roteiro
de ensino
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Deus,
como
recomendação
de estudos
para
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de pessoas,
hospitais,
prisões,
presídios,
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Utilize-a
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Utilize-a
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de
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recomendação
de estudos
para
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presídios,
internatos,
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de
Cristo.
Procure
Você
mesmo
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Cristo.presídios,
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autenticar:
reconhecendo
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de
Cristo.
Procure
Você
mesmo
autenticar: reconhecendo
como
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quantoVocê
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está escrito.
tudo
nelade
está
escrito.
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o quanto
Evangelho
Cristo.
Procure
autenticar: reconhecendo
como do Espírito Santo tudo quanto nela está escrito.
como
Espírito
Santo tudo quanto nela está escrito.
A do
Paz
de Cristo.
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Pazde
deCristo.
Cristo.
A
A
Paz de
Cristo.
Remetente:
Remetente:
Remetente:
Remetente:
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