Questão 06 CURSO E COLÉGIO O canto triste dos conquistados: Os últimos dias de Tenochtitlán Nos caminhos jazem dardos quebrados; Os cabelos estão espalhados. Destelhadas estão as casas, Vermelhas estão as águas, os rios, como se alguém as tivesse tingido, Nos escudos esteve nosso resguardo, Mas os escudos não detêm a desolação... PINSKY, J. et al. História da América através de textos. São Paulo: contexto, 2007 (fragmento). O texto é um registro asteca, cujo sentido está relacionado ao(à) A) B) C) D) E) Tragédia causada pela destruição da cultura desse povo. Tentativa frustrada de resistência a um poder considerado superior. Extermínio das populações indígenas pelo Exército espanhol. Dissolução da memória sobre os feitos de seus antepassados. Profetização das consequências da colonização da América. Alternativa: B/C CURSO E COLÉGIO Questão problemática pois oferece mais de uma alternativa que pode ser considerada correta: O texto trabalha com a conquista e destruição da capital do Império Asteca pelas tropas espanholas comandadas por Hernán Cortez. A alternativa A poderia confundir os candidatos, porém, nem o texto traz a informação da destruição cultural, muito menos, o processo de colonização levou à extinção das culturas ameríndias. As duas alternativas possíveis são: B – Tentativa frustrada de resistência a um poder considerado superior. Essa alternativa pode ser assinalada, tendo em vista o final do texto: “Nos escudos esteve nosso resguardo/ Mas os escudos não detêm a desolação...” Ainda que possível, essa alternativa traz um problema ao mencionar que os astecas considerariam os europeus superiores – fato que não é explícito no texto. C - Extermínio das populações indígenas pelo Exército espanhol. Considerando o texto, a violência com que os espanhois destruiíram a capital asteca é bastante ressaltada. Embora tal destruição, em específico, não tenha significado o extermínio físico total dos indígenas, é comum a utilização do termo extermínio por professores de história e materiais didáticos do Ensino Médio, para caracterizar a situação política dos astecas após a destruição de sua capital.