ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO CAPÍTULO 3 FICHAS DE PRODUTO E SEGURANÇA VACINAS NÃO INCLUÍDAS NO PNV PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO FICHAS DE PRODUTO E SEGURANÇA o ACWY Vax® o Dukoral® o Havrix® o JE Vax® o Pneumo 23® o Prevenar® o Rabipur® o Stamaril® o Twinrix® o Typhim Vi® o Varilrix® o Varivax® PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO HAVRIX (720 Júnior e 1440 Unidades ELISA) ® - Vacinas combinadas, inactivadas de hepatite A (sigla VAHA) • Havrix (720 Júnior e 1440 Unidades ELISA), vacinas contra a hepatite A, são suspensões estéreis contendo o vírus da hepatite A inactivado em formaldeído adsorvido em hidróxido de alumínio; • Havrix está indicado na imunização activa contra a infecção pelo vírus da hepatite A (VHA) de indivíduos em risco de exposição a este vírus; • Havrix 720 Júnior destina-se a crianças e adolescentes a partir de 1 ano até aos 18 anos de idade, inclusive, enquanto que Havrix 1440 Unidades ELISA se 1 destina a indivíduos adultos a partir dos 19 anos de idade, inclusive . • Imunização primária Tipo de vacina Indicações terapêuticas Posologia Crianças e adolescentes a partir de 1 ano até aos 18 anos, inclusive - Dose única de Havrix 720 Júnior (0,5 ml de suspensão) Adultos a partir dos 19 anos, inclusive - Dose única de Havrix 1440 Unidades ELISA (1,0 ml de suspensão) Contra-indicações Precauções Interacções medicamentosas e outras • Dose de reforço Administrada entre os 6 e os 12 meses após a dose única de Havrix 720 Júnior ou Havrix 1440 Unidades ELISA, ou após imunização primária com outra vacina contra a hepatite A. • Havrix nunca deverá ser administrada por via intravenosa; • Não deve ser administrada a indivíduos com hipersensibilidade conhecida a qualquer dos componentes da vacina, ou a quem tenha tido manifestações de hipersensibilidade após administração desta vacina. • Havrix pode ser administrada em indivíduos infectados com o vírus da Imunodeficiência humana adquirida; • Nos doentes em hemodiálise e em indivíduos imunodeprimidos, pode não se obter títulos anti-VHA adequados depois da administração de uma dose de Havrix. Nestes doentes, pode ser necessário administrar doses adicionais de vacina; • Não se sabe se a administração de Havrix previne o aparecimento da doença em indivíduos que estejam no período de incubação da infecção pelo vírus da hepatite A; • A seropositividade prévia contra a hepatite A não constitui uma contra-indicação para a utilização de Havrix; • Não existem dados disponíveis sobre o uso de Havrix durante a gravidez. Tal como acontece com todas as vacinas de vírus inactivados, os riscos para o feto são considerados mínimos. Apesar disso Havrix só deve ser usada em grávidas quando absolutamente necessário; • Não existem dados disponíveis sobre a segurança da vacina durante a amamentação. Embora o risco possa ser considerado mínimo Havrix só deve ser usada durante o período do aleitamento quando absolutamente necessário; • Deve haver cuidado especial na utilização de Havrix nos indivíduos com trombocitopenia ou outro problema da coagulação do sangue (nestes casos deve fazer-se pressão sem friccionar no local da injecção, pelo menos durante 2 minutos). • É improvável que a sua administração concomitante com outras vacinas inactivadas cause interferência nas respostas imunológicas, pelo facto de ser vacina de vírus inactivados; • A administração simultânea de vacinas contra a febre tifóide, febre amarela, cólera (injectável) ou tétano não interfere com a resposta imunológica de Havrix; • A administração concomitante de imunoglobulinas não tem impacto no efeito protector da vacina; Havrix …1/2 PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO • Efeitos indesejáveis Geralmente bem tolerado. Propriedades farmacodinâmicas Dose e via de administração Local da injecção Conservação 2 É referido que alguns autores recomendam um intervalo de, pelo menos, 1 mês, entre a administração da vacina contra a hepatite A (inactivada) e a administração da vacina contra a rubéola e da vacina contra o sarampo (CN 8/DT de 22/12/2005 – PNV 2006 – Orientações técnicas). • Reacções locais: Dor no local da injecção, que desaparece espontaneamente (mais frequente sendo reportado como grave em 0,5%). Outras reacções locais: tumefacção e rubor ligeiros; • Reacções sistémicas: Essencialmente ligeiras, a maioria com uma duração inferior a 24 horas, e incluem cefaleias, mal-estar, vómitos, febre, náuseas e anorexia (manifestações que surgiram com uma frequência entre 0,8% e 12,8% de todas as vacinações, tendo os efeitos desaparecido espontaneamente). • Havrix confere protecção contra a hepatite A, induzindo a protecção de anticorpos específicos contra o VHA; • Em estudos clínicos em adultos (18-50 anos de idade) foram detectados anticorpos humorais específicos contra o VHA em mais de 88% e em 99% dos vacinados, em determinações efectuadas ao 15.º dia e mês depois da administração de 1 dose única de Havrix (1440 U ELISA): • Dados disponíveis após 5 anos demonstram persistência de anticorpos em mais de 99% dos indivíduos. • 1,0 ml - a dose de Havrix 1440 Unidades ELISA é padronizada, de modo a assegurar um conteúdo em antigénio viral não inferior a 1440 Unidades ELISA de antigénios virais; • 0,5 ml - a dose de Havrix 720 Júnior é padronizada, de modo a assegurar um conteúdo em antigénio viral não inferior a 720 Unidades ELISA de antigénios virais; • Injectáveis por via Intramuscular • crianças pequenas: músculo vasto externo, na face externa da região anterolateral da coxa • • outras idades: músculo deltóide, na face externa da região antero-lateral do terço superior do braço Conservar a + 5º C ± 3 º C (no frigorífico); • Não congelar – inutilizar em caso de congelação; • O conteúdo após armazenagem pode apresentar um fino depósito branco com um sobrenadante cristalino; • Informação adicional sobre estabilidade: Havrix foi mantida a + 37º C durante 3 semanas sem perda significativa de potência. 1 Em áreas de baixa ou média prevalência de hepatite A, a imunização com Havrix está particularmente recomendada em indivíduos expostos ou em vias de exposição a um risco acrescido de infecção, nomeadamente: viajantes (para áreas de elevada prevalência de hepatite A, incluindo África, Ásia, Bacia do mediterrâneo, Médio Oriente, América Central e América do Sul); forças armadas (colocados em áreas de elevada endemicidade ou em áreas com condições higiénicas deficientes); indivíduos para quem a hepatite A constitua um risco profissional ou para os quais haja um risco acrescido de transmissão (profissionais de saúde, em especial aqueles que trabalham em unidades de Gastroenterologia e Pediatria; pessoal que trabalhe na recolha e processamento de lixos; manipuladores de alimentos;…);indivíduos com risco acrescido devido às suas práticas sexuais (homossexuais; indivíduos com múltiplos parceiros sexuais); hemofílicos; toxicodependentes; indivíduos em contacto com pessoas infectadas; indivíduos que precisem de protecção no contexto do controlo de um surto de hepatite A ou devido a uma elevada morbilidade regional; grupos específicos de população conhecidos por uma incidência elevada de hepatite A (Índios americanos; Esquimós;…); indivíduos com doença hepática crónica ou que estejam em risco de a desenvolver; em áreas de média a elevada prevalência de hepatite A (África; Ásia; bacia do Mediterrâneo;…). 2 Picazo JJ. Guia Prática de Vacunaciones. Madrid: Centro de Estudios Ciencias de la Salud; 2002 (www.vacunas.net) Havrix …2/2 PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO PNEUMO 23 ® - Vacina anti - pneumocócica polissacárida polivalente (23 serotipos) • Pneumo 23 é uma vacina preparada a partir de antigénios pneumocócicos capsulares purificados, derivados dos 23 serotipos que correspondem a aproximadamente 90% das doenças pneumocócicas de tipo invasivo - 1, 2, 3, 4, 5, 6B, 7F, 8, 9N, 9V, 10A, 11A, 12F, 14, 15B, 17F, 18C, 19A, 19F, 20, 22F, 23F e 33F. • Pneumo 23 está recomendada na prevenção de pneumonias e infecções pneumocócicas sistémicas provocadas pelos serotipos incluídos na vacina, em indivíduos de alto risco a partir dos 2 anos de idade. • Grupos de risco elevado: -Pessoas com idade ≥ 65 anos, -Doentes imunocompetentes com doenças crónicas (ex: doençascardiovasculares, pulmonares, diabetes mellitus, alcoolismo, cirrose), -Doentes imunocomprometidos: asplenia anatómica ou disfunção esplénica, anemia de células falciformes, linfoma Hodgkin, linfoma não Hodgkin, mieloma múltiplo, insuficiência renal crónica, sindroma nefrótico e doentes submetidos a transplantes. -Doentes infectados com o VIH, sintomáticos ou assintomáticos, -Doentes com perdas de líquido cerebroespinal, -Grupos especiais: pessoas que residam ou trabalhem em locais com um risco aumentado de infecções pneumocócicas ou das suas complicações (ex: pessoas idosas hospitalizadas ou em instituições de cuidados de saúde, ...). • Deve referir-se que as infecções recorrentes do tracto respiratório superior, particularmente a otite média e a sinusite, não são indicações para a vacina antipneumocócica. • Imunização primária: Injecção de dose única de 0,5 ml. • Reimunização: Injecção de dose única de 0,5 ml. De acordo com os conhecimentos actuais, não é recomendada a reimunização sistemática de todos os indivíduos previamente vacinados com a vacina anti-pneumocócica. Contudo, este reforço é recomendado em indivíduos de alto risco de infecção pneumocócica (ex: pessoas com asplenia), que tenham recebido a vacina anti-pneumocócica há mais de 5 anos, ou cujo título de anticorpos tenha diminuído significativamente (ex: sindroma nefrótico, insuficiência renal ou doentes transplantados). Recomenda-se, ainda, a reimunização aos 3 ou aos 5 anos, em crianças com idade inferior a 10 anos com sindroma nefrótico, asplenia ou anemia de células falciformes. • Hipersensibilidade a algum componente da vacina. • Tal como para qualquer outra vacina, a vacinação deve ser adiada em caso de doença febril significativa, outra infecção activa ou recidiva de doença crónica, excepto quando este atraso possa determinar um risco ainda mais elevado. • Pneumo 23 não é geralmente recomendada em indivíduos que tenham sido vacinados com uma vacina anti-pneumocócica, nos 3 anos anteriores, excepto nos casos em que exista uma razão específica para considerar a reimunização. • Uma infecção pneumocócica suspeita ou confirmada não é contra-indicação à vacinação, devendo esta ser considerada. • Pneumo 23 não deve ser administrada, em caso algum, por via intravascular, devendo ser tomadas as devidas precauções, para que a agulha não penetre num vaso sanguíneo. • Recomenda-se que a vacina anti-pneumocócica seja administrada, pelo menos, 2 semanas antes de uma esplenectomia ou do início de um tratamento imunossupressor (quimioterapia ou outro). • Não foram efectuados estudos animais de reprodução com Pneumo 23. Não foram registados efeitos teratogénicos durante o seu uso clínico em humanos. Esta vacina não é recomendada durante o primeiro trimestre de gravidez. Foi efectuado um ensaio clínico com Pneumo 23 em mulheres, durante o terceiro trimestre da gravidez. Não foram registados efeitos adversos significativos. • O aleitamento não é uma contra-indicação à vacina anti-pneumocócica. PNEUMO 23 pode ser administrada em mulheres durante o período de aleitamento. Tipo de vacina Indicações terapêuticas Posologia Contra-indicações Precauções Pneumo 23…1/2 PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO Pneumo 23 pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas (particularmente, a vacina anti-gripal), desde que se utilizem diferentes locais de injecção. • O fabricante da vacina Pneumo 23 (polissacarídica, contra 23 serotipos de S. pneumoniae) não refere incompatibilidades desta vacina com as vacinas do 1 PNV . • Dados dos ensaios clínicos Vários ensaios (do relatório do perito clínico), incluíram mais de 5000 indíviduos, com idades que variavam entre os 2 e os 65 anos, ou idade superior, os quais receberam a vacina Pneumo 23, isolada, ou em associação com a vacina da gripe: Perturbações gerais e alterações no local de administração Reacções muito frequentes (>10%): Reacções locais tais como dor, eritema, induração e edema. Reacções frequentes (1% a 10%): Pirexia ≥ 38º C (os episódios febris ocorrem, geralmente, pouco depois da vacinação, sendo reversíveis em 24 horas). Reacções pouco frequentes (0,1% a 1%): Pirexia ≥ 39,5º C; Doenças do sistema imunitário Pouco frequentes (0,1% a 1%): Foram reportadas reacções de Tipo III, mediadas por imunocomplexos, tais como reacções de tipo Arthus, no local de administração. Estas reacções são reversíveis, sem sequelas, e ocorrem essencialmente em pessoas com níveis iniciais, de anticorpos pneumocócicos, elevados. • Dados da experiência pós-comercialização Estes eventos adversos adicionais estão descritos na Vigilância pós-comercialização. As frequências apresentadas são baseadas em taxas de relatos espontâneos e foram calculadas utilizando o número de relatórios e o número estimado de doentes. Independentemente do evento adverso reportado durante a experiência póscomercialização, a sua frequência foi muito rara (<0,01%). Os eventos adversos mais frequentemente reportados são reacções locais e pirexia. Doenças do sangue e do sistema linfático Muito raras (<0,01%): Linfadenopatia, associada frequentemente a reacções locais. Perturbações gerais e alterações no local de administração Muito raras (<0,01%): Astenia/fadiga; Mal-estar Doenças do sistema imunitário Muito raras (<0,01%): Reacções anafilactóides Afeccções músculo-esqueléticas e dos tecidos conjuntivos Muito raras (<0,01%): Mialgia; Artralgia Doenças do sistema nervoso Muito raras (<0,01%): Cefaleia Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas Muito raras (<0,01%): Sintomas do tipo alergia, tais como vários tipos de exantema, eritema e urticária. • Interacções medicamentosas e outras Efeitos indesejáveis Propriedades farmacodinâmicas • A imunidade conferida pela Pneumo 23 surge 2 a 3 semanas após a imunização. Dose e via de administração • 0,5 ml (cada dose contém 25 µg para cada serotipo) • Injectável por via Intramuscular ou subcutânea (alternativa) Local da injecção • No músculo deltóide, na face externa da região antero-lateral do terço superior do braço direito. • • Outras localizações se administração subcutânea. Conservar a + 5º C ± 3 º C (no frigorífico); • Não deve ser congelada. Conservação 1 D.G.S. - Circular Normativa n.º 8/DT de 21.12.2005 PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 Pneumo 23…2/2 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO PREVENAR ® - Vacina pneumocócica sacárida conjugada adsorvida - 7 serotipos (sigla VPc7)• As substâncias activas da Prevenar são constituídas pelos polissacáridos dos serotipos 4, 6B, 9V, 14, 18C, 19F e 23F e oligossacárido do serotipo 18C do pneumococo, conjugado com a proteína transportadora CRM197 e adsorvido em fosfato de alumínio. • Prevenar é uma vacina utilizada para proteger as crianças desde os 2 meses até aos 2 anos de idade contra a doença invasiva (incluindo meningite, bacteriémia, septicémia e pneumonia bacteriémica) causada pelos serotipos 4, 6B, 9V, 14, 18C, 19F e 23F do Streptococcus pneumoniae em: Tipo de vacina Indicações terapêuticas Posologia o Lactentes e crianças entre os 2 meses e os 2 anos de idade; o Crianças entre os 2 e 5 anos de idade não vacinadas previamente. • Lactentes com 2 - 6 meses de idade: três doses de 0,5 ml, com início normalmente aos 2 meses de idade, com um intervalo de pelo menos 1 mês entre cada dose. Recomenda-se uma quarta dose no segundo ano de vida. • Lactentes mais velhos e crianças não vacinados previamente: o Lactentes com 7 - 11 meses de idade: duas doses de 0,5 ml, com um intervalo de pelo menos 1 mês entre cada dose. Recomenda-se uma terceira dose no segundo ano de vida. o Crianças com 12 - 23 meses de idade: duas doses de 0,5 ml, com um intervalo de pelo menos 2 meses entre cada dose. o Crianças com 24 meses – 5 anos de idade: uma dose única. • Dose de reforço A necessidade de uma dose de reforço após estes esquemas de vacinação ainda não foi estabelecida. Contra-indicações • Hipersensibilidade às substâncias activas, a qualquer dos excipientes ou ao toxóide diftérico. Precauções • Esta vacina não deve ser administrada a lactentes ou crianças com trombocitopenia ou qualquer alteração da coagulação susceptível de contraindicar a injecção intramuscular, a menos que os potenciais benefícios superem claramente os riscos da administração; • Embora possa ocorrer alguma resposta imunitária à toxina diftérica, a imunização com esta vacina não substitui a imunização de rotina contra a difteria; • Crianças com alteração da resposta imunitária, quer devida à utilização de terapêutica imunosupressora, deficiência genética, infecção por HIV ou outras causas, podem apresentar uma resposta imunológica diminuída à imunização activa; • O uso da vacina pneumocócica conjugada não substitui o uso de vacinas pneumocócicas polissacáridas com 23 serotipos em crianças com 24 meses de idade ou mais e com condições (tais como drepanocitose, asplenia, infecção por HIV, doença crónica ou imunocomprometidos) que as predispõem a um risco elevado de doença invasiva devida ao Streptococcus pneumoniae; • Crianças de alto risco com 24 meses de idade ou mais previamente imunizadas com Prevenar devem ser vacinadas com uma vacina pneumocócica polissacárida com 23 serotipos, sempre que for recomendado; • Com base em dados limitados, o intervalo entre a vacina pneumocócica conjugada (Prevenar) e a vacina pneumocócica polissacárida com 23 serotipos não deve ser inferior a 8 semanas.; • Recomenda-se medicação antipirética profiláctica: o a todas as crianças que sejam vacinadas com Prevenar e simultaneamente com vacinas celulares contra a tosse convulsa, devido ao aumento de reacções febris; o a crianças com doenças convulsivas ou com antecedentes de convulsões febris. PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 Prevenar…1/3 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO • Interacções medicamentosas e outras • • • • Efeitos indesejáveis Propriedades farmacodinâmicas • Prevenar pode ser administrado em simultâneo com outras vacinas pediátricas, de acordo com esquemas de imunização recomendados. Não existem dados relativos à administração concomitante do Prevenar com vacinas meningocócicas conjugadas do grupo C, no entanto, dados relativos a uma vacina combinada em investigação contendo os mesmos antigénios de 7 serotipos conjugados de pneumococos do Prevenar e o antigénio do serotipo C conjugado de meningococos da vacina Meningitec demostraram não haver interferência clinicamente relevante na produção de anticorpos para cada um dos antigénios, sugerindo que a administração concomitante de Prevenar com vacinas meningocócicas C conjugadas com CRM não deverá ter qualquer interferência na resposta imunológica quando administrada como uma série primária de 3 doses no primeiro ano de vida; Não existem dados publicados sobre o efeito da administração simultânea da 1 MenC e da vacina pneumocócica conjugada (contra 7 serotipos de Streptococcus pneumoniae) na produção de anticorpos ou na protecção contra as doenças meningocócica C e pneumocócica. No entanto, a sua administração simultânea tem ocorrido frequentemente, sem haver registo de aumento de reacções adversas ou diminuição da eficácia de qualquer das vacinas; O fabricante da vacina Prevenar (conjugada) refere que se observou uma diminuição inconstante na resposta à vacina VIP e aos antigénios de pertussis (Pa), após administração simultânea, desconhecendo-se o significado clínico 1 destas observações . Efeitos indesejáveis notificados nos ensaios clínicos ou da experiência póscomercialização (frequência dos efeitos definida em: muito frequentes: ≥ 10%, frequentes: ≥ 1% e < 10%, pouco frequentes: ≥ 0,1% e < 1%, raras: ≥ 0,01 % e < 0,1%, muito raras: < 0,01%): Perturbações do sangue e sistema linfático: Muito raras: Linfadenopatia localizada na região do local de injecção; Perturbações do sistema nervoso: Raras: Convulsões, incluindo convulsões febris; Perturbações gastrointestinais: Muito frequentes: Diminuição do apetite, vómitos, diarreia; Perturbações da pele e tecido subcutâneo: Pouco frequentes: Erupção cutânea/urticária; Muito raras: Eritema multiforme; Perturbações gerais e no local de administração: Muito frequentes: Reacções no local de injecção (p.e. eritema, endurecimento/tumefacção, dor/sensibilidade aumentada); febre ≥ 38 ºC, irritabilidade, sonolência, sono agitado; Frequentes: Tumefacção/endurecimento no local de injecção e eritema > 2,4 cm, sensibilidade aumentada que interfere com os movimentos, febre > 39 ºC; Raras: Episódio hipotónico hiporreactivo, reacções de hipersensibilidade no local de injecção (p.e. dermatite, prurido, urticária); Perturbações no sistema imunitário: Raras: Reacção de hipersensibilidade incluindo edema da face, edema angioneurótico, dispneia, broncoespasmos, reacção anafiláctica/anafilactóide incluindo choque. Num estudo realizado nos EUA para avaliar a eficácia contra a doença invasiva (DIP) os serotipos incluídos na vacina contribuíam 89% para a DIP. Num período de seguimento em ocultação prolongado até 20 de Abril de 1999, o total acumulado de casos de doença invasiva causada por serotipos contidos na vacina era de 52. A eficácia específica para os serotipos da vacina foi estimada em 94% (81, 99 - 95% IC) na população da intenção de tratar e 97% (85, 100 95% IC) na população por protocolo (imunização completa) (40 casos). As estimativas correspondentes relativamente aos serogrupos da vacina são 92% (79, 98 - 95% IC) na população da intenção de tratar e 97% (85, 100 - 95% IC) na população com imunização completa. Na Europa a efectividade estimada varia entre 65% e 79%, considerando a cobertura de serogrupos causadores de doença invasiva da vacina. Dose e via de administração • 0,5 ml • Injectável por via Intramuscular Prevenar…2/3 PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO Local da injecção Conservação • crianças < 12 meses de idade - no músculo vasto externo, na face externa da região antero-lateral da coxa direita; • com ≥ 12 meses de idade - , no músculo deltóide, na face externa da região antero-lateral do terço superior do braço direito. • Conservar a + 5º C ± 3 º C (no frigorífico); • Não deve ser congelada; • A vacina deve ser bem agitada para obter uma suspensão homogénea branca e deve ser inspeccionada visualmente quanto à presença de partículas e/ou alteração do aspecto físico antes da administração. Em qualquer destes casos a vacina deve ser rejeitada. 1 D.G.S. - Circular Informativa n.º 5/DT de 08.02.2006 - A vacina Prevenar® é administrada exclusivamente por prescrição médica, sendo o médico prescritor responsável pela indicação, quer do número de doses, quer do calendário de administração, ficando uma cópia desta prescrição arquivada no serviço. Nas Orientações Técnicas do Programa Nacional de Vacinação (PNV) em vigor (Circular Normativa N.º 8/DT, da Direcção-Geral da Saúde, de 21 de Dezembro de 2005) é apresentada a informação disponível relativamente à compatibilidade da vacina Prevenar® com as vacinas DTPa, VIP e MenC. Não obstante as dúvidas ou a ausência de estudos concretos quanto à compatibilidade da vacina Prevenar® com as vacinas DTPa, VIP ou MenC quando, administradas em simultâneo, esta prática ocorre em vários países em que a Prevenar® é recomendada no âmbito dos respectivos Programas de Vacinação, sem que esteja descrito um aumento das reacções adversas ou diminuição da efectividade de qualquer das vacinas. Assim, excepcionalmente, quando na prescrição médica de Prevenar® for omisso o calendário de administração das doses e considerando a maior incidência de doença invasiva pneumocócica nos primeiros meses de vida, bem como a possibilidade da vacina conferir protecção precoce, poderão ser adoptados os seguintes esquemas,em administração simultânea com as vacinas do PNV: - 2, 4, 6 e 18 meses de idade, ou - 3, 5, 7 e 18 meses de idade. Quando coincidirem duas injecções no mesmo membro, estas devem ser distanciadas de 2,5 a 5 cm, como referido nas Orientações Técnicas. Prevenar…3/3 PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO RABIPUR ® - Vacina inactivada contra a raiva para uso humano preparada em culturas celulares Tipo de vacina Indicações terapêuticas Posologia Vacina contendo: • Vírus da raiva* (inactivado, estirpe Flury * produzida em células embrionárias purificadas de pinto LEP) - ≥ 2,5 UI • Profilaxia pré-exposição (antes do eventual risco de exposição ao agente da raiva) • Tratamento pós-exposição (após conhecida ou possível exposição ao agente da 1 raiva) • Sempre que possível, recomenda-se que seja utilizada uma vacina do mesmo tipo de cultura celular ao longo do curso da imunização pré ou pós-exposição. • Profilaxia pré-exposição Imunização primária – três doses administradas nos dias 0, 7 e 21 ou 28 Doses de reforço - a necessidade de testes serológicos intermitentes para detectar a presença de anticorpos ≥ 0,5 UI/ml (avaliada pelo teste de inibição fluorescente de foco rápido) e a administração de doses de reforço devem ser 2 avaliadas de acordo com as recomendações oficiais (orientação geral ); Rabipur pode ser utilizada para vacinação de reforço após imunização prévia com vacina de células diplóides humanas contra a raiva • Tratamento pós-exposição A imunização pós-exposição deve começar logo que possível após a exposição e deve ser acompanhada por medidas locais no local da inoculação de modo a reduzir o risco de infecção. Devem ser seguidas as recomendações oficiais em relação às medidas concomitantes apropriadas que devem ser tomadas para prevenir o aparecimento de infecção Indivíduos totalmente imunizados previamente – para as categorias de exposição II e III da OMS, e em casos de categoria I em que existe incerteza em relação à classificação correcta da exposição (ver tabela 1 abaixo), devem ser administradas 2 doses, cada uma nos dias 0 e 3. Caso a caso, pode ser aplicado o calendário A (ver tabela 2 abaixo) se a última dose da vacina tiver sido dada 3 mais de 2 anos antes Indivíduos não imunizados ou com estado imunitário não determinado – dependendo da categoria da OMS na tabela 1, pode ser necessário tratamento de acordo com os calendários A ou B (ver tabela 2 baixo) para indivíduos não imunizados previamente e para aqueles que receberam menos de 3 doses de 4 vacina ou que tenham recebido uma vacina de potência duvidosa Doentes imunocomprometidos e doentes com um risco particularmente elevado de contrair raiva - Para doentes imunocomprometidos, aqueles com múltiplas feridas e/ou feridas na cabeça ou outras áreas altamente inervadas, e aqueles para os quais existe um atraso antes do início do tratamento, é recomendado que deva ser utilizado o regime de imunização nos dias 0,3, 7, 14 e 28. Duas doses de vacina devem ser administradas no dia 0. Isto é, uma dose única de 1 ml de vacina deve ser injectada no deltóide direito e outra dose única no músculo deltóide esquerdo. Em crianças pequenas, deve ser dada uma dose na região anterolateral de cada coxa. Doentes gravemente imunosuprímidos podem não desenvolver uma resposta imunológica após a vacinação contra a raiva. Como tal, o tratamento rápido e apropriado das feridas após uma exposição é um passo essencial na prevenção da morte. Em adição, deve ser administrada a imunoglobulina para a raiva a todos os doentes imunosuprimidos que apresentem feridas da Categoria II e Categoria III. Em doentes imunocomprometidos, o título em anticorpos neutralizantes deve ser medido 14 dias após a primeira injecção. Os doentes com um título inferior a 0,5 UI/ml devem receber mais duas doses de vacina simultaneamente e logo que possível. Devem ser feitas verificações adicionais do título em anticorpos e devem ser administradas doses adicionais de vacina conforme necessário. Rabipur…1/5 PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO Contra-indicações Precauções • Tratamento pós-exposição – Não existem contra-indicações para a vacinação quando está indicado o tratamento pós-exposição. No entanto, os indivíduos considerados em risco de uma reacção de hipersensibilidade grave devem receber uma vacina alternativa contra a raiva se estiver disponível um produto adequado. • Profilaxia pré-exposição - Hipersensibilidade grave a qualquer dos componentes da vacina. A vacina deve ser atrasada em indivíduos que sofram de doença febril aguda. • Uma história de alergia a ovos ou um teste cutâneo positivo à ovalbumina não indica necessariamente que um indivíduo irá ser alérgico a Rabipur. No entanto, os indivíduos que tenham antecedentes de uma reacção de hipersensibilidade grave a ovos ou a produtos derivados do ovo não devem receber a vacina para profilaxia pré-exposição. Estes indivíduos não devem receber a vacina para tratamento pós-exposição a não ser que não esteja disponível uma vacina alternativa adequada, em cujo caso todas as injecções devem ser administradas sob monitorização rigorosa e com condições para fazer um tratamento de emergência. • Os indivíduos com história de uma reacção de hipersensibilidade grave a qualquer dos outros componentes de Rabipur tais como a poligelina (estabilizante), ou à anfotericina B, clortetraciclina ou neomicina (que podem estar presentes como vestigios de resíduos) não devem receber a vacina para profilaxia pré-exposição. A vacina não deve ser dada a estes indivíduos para tratamento pós-exposição a não ser que não esteja disponível uma vacina alternativa adequada, em cujo caso devem ser tomadas as precauções mencionadas anteriormente. • Após contacto com animais que se suspeitem serem portadores do vírus da raiva, é essencial que se observem os seguintes procedimentos (de acordo com a OMS 1997): Tratamento imediato das feridas De modo a remover o vírus da raiva, limpar a ferida imediatamente com sabão e lavar abundantemente com água. Depois tratar com álcool (70%) ou solução de iodo. Quando possível, as lesões por mordeduras não devem ser fechadas com uma sutura, ou devem apenas ser suturadas para assegurar a justaposição. Vacina contra o tétano e administração de imunoglobulina para a raiva Interacções medicamentosas e outras • • • A profilaxia contra o tétano deve ser implementada quando necessário. Nos casos em que é indicada a imunização passiva, deve ser administrada tanto da dose recomendada de imunoglobulina humana para a raiva (HRlG) quanto o anatomicamente possível e tão profundamente quanto possível na ferida e à volta da mesma. Qualquer HRIG remanescente deve ser injectada intramuscularmente numa área distante do local da vacinação, preferencialmente intragluteamente. Doentes imunocomprometidos, incluindo aqueles que estão a receber terapêutica imunossupressora, podem não alcançar uma resposta adequada à vacina contra a raiva (recomendado que as respostas serológicas sejam monitorizadas nestes doentes e que sejam dadas doses adicionais se necessário); A administração de imunoglobulina para a raiva pode ser necessária para o controlo mas esta pode atenuar os efeitos da vacina para a raiva administrada concomitantemente. Como tal, é importante que a imunoglobulina para a raiva seja administrada uma vez apenas para tratar cada exposição a risco e com adesão à dose recomendada; O fabricante da vacina Rabipur (inactivada) não refere incompatibilidades desta vacina com as vacinas do PNV 2006; • • Não foram observados casos de danos atribuíveis à utilização de Rabipur durante a gravidez. Embora não se saiba se Rabipur passa para o leite materno, não foi identificado qualquer risco para o lactente. Rabipur pode ser administrada a mulheres grávidas e a amamentar quando é necessário um tratamento pós-exposição; A vacina também pode ser usada para a profilaxia pré-exposição durante a gravidez e nas mulheres a amamentar se for considerado que o beneficio potencial ultrapassa qualquer possível risco para o feto/bebé. Rabipur…2/5 PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO • Efeitos indesejáveis • Propriedades farmacodinâmicas • As reacções adversas notificadas mais frequentemente são: dor no local da injecção (30-85%, principalmente dor devida à injecção) ou endurecimento do local da injecção (15-35%) – estas reacções não foram graves e desapareceram em 24 a 48 horas após a injecção; Outros efeitos indesejáveis notificados nos ensaios clínicos ou da experiência pós-comercialização (frequência dos efeitos definida em: muito frequentes: > 10%, frequentes: > 1% e < 10%, raras: > 0,01 % e < 0,1%, muito raras: < 0,01%): Alterações do sangue e sistema linfático: Frequentes: Linfadenopatia; Alterações cardíacas: Raras: Reacções circulatórias (palpitações e afrontamentos); Alterações do ouvido e labirinto: Muito raras: Vertigens; Alterações oculares: Raras: Alterações visuais; 5 Alterações do sistema nervoso : Frequentes: Cefaleias; Raras: Parestesias; Muito raras: Paralisia ou Síndrome de Guillain-Barré; Alterações gastrointestinais: Frequentes: Náuseas, dor abdominal; Alterações cutâneas: Frequentes: Rash; Alterações musculoesqueléticas e do tecido conjuntivo: Frequentes: Mialgia, artalgia; Alterações no estado geral: Frequentes: Astenia, mal estar, febre, fadiga, doença do tipo gripal, eritema no local da injecção Alterações no sistema imunitário: Raras: Reacções alérgicas incluindo anafilaxia, broncospasmo, edema, urticária ou prurido. Profilaxia pré-exposição Em ensaios clínicos com indivíduos não imunizados previamente, quase todos os indivíduos atingiram um título de anticorpos protector (≥ 0,5 UI/ml) no dia 28 de uma série primária de 3 injecções de Rabipur (conforme calendário recomendado). Apesar de serem necessárias doses de reforço para manter os níveis de anticorpos protectores acima de 0,5 UI/ml, à medida que os títulos em anticorpos descem lentamente, verificou-se a persistência de títulos em anticorpos protectores durante 2 anos após a imunização com Rabipur sem um reforço adicional. A persistência de títulos em anticorpos foi demonstrada durante 14 anos (n.º limitado de indivíduos testados) – necessidade e tempo para reforço devem sert avaliadas caso a caso. • Tratamento pós-exposição Em estudos clínicos, Rabipur originou anticorpos neutralizantes (≥ 0,5 UI/ml) em 98% dos doentes em 14 dias e em 99-100% dos doentes ao dia 28 – 38, quando administrada de acordo com o calendário recomendado pela OMS de 5 injecções im de 1 ml, cada nos dias 0, 3, 7, 14 e 28. A administração concomitante de Imunoglobulina Humana para a Raiva (HRIG) ou Imunoglobulina Equina para a Raiva (ERIG) com a 1.ª dose da vacina contra a raiva causou uma ligeira diminuição nas GMTs. No entanto, tal não foi considerado clinicamente relevante. Dose e via de administração • 1,0 ml (em todos os grupos etários) • Injectável por via Intramuscular Local da injecção • crianças < 12 meses de idade - no músculo vasto externo, na face externa da região antero-lateral da coxa direita; • com ≥ 12 meses de idade - , no músculo deltóide, na face externa da região antero-lateral do terço superior do braço direito. Rabipur…3/5 PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 ARS CENTRO Conservação 1 CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO • Conservar a + 5º C ± 3 º C (no frigorífico); • A vacina deve ser cuidadosamente agitada para obter uma solução límpida incolor e deve ser inspeccionada visualmente quanto à presença de partículas e/ou alteração do aspecto físico antes da administração. Em qualquer destes casos a vacina deve ser rejeitada. Devem ser tidas em consideração as normas orientadoras nacionais e/ou da OMS relativas à prevenção da raiva. 2 Testes para anticorpos neutralizantes a intervalos de 6 meses são geralmente recomendados se o risco de exposição é elevado (ex. funcionários de laboratório que trabalham com o vírus da raiva). Em indivíduos que se considere estar em risco continuado de exposição ao agente da raiva (ex. veterinários e seus assistentes, trabalhadores em ambiente de vida selvagem, caçadores), deve ser realizado um teste serológico pelo menos a cada 2 anos, com intervalos mais curtos, se apropriado, ao grau de risco previsto. Nos casos mencionados anteriormente, deve ser dada uma dose de reforço se o título de anticorpos descer abaixo de 0,5 UI/ml. Alternativamente, podem ser administradas doses de reforço nos intervalos recomendados oficialmente sem testes serológicos prévios, de acordo com o risco previsto. A experiência mostra que as doses de reforço são geralmente necessárias a cada 2 - 5 anos. 3 Tabela 1 – Calendários de imunização apropriados aos diferentes tipos de exposição Categoria da exposição I II Tipo de contacto com animal doméstico ou selvagem com suspeita ou confirmação de raiva, a) ou animal não disponível para observação Tocar ou alimentar animais Lamber a pele intacta Tocar em isco Inoculado com pele intacta Mordedura de pele descoberta Arranhões ou erosões menores sem hemorragia Lambidela na zona ferida Tocar em isco inoculado com pele lesada Tratamento recomendado Nenhum, se estiver disponível um registo fiável do caso. Em caso de registo não fiável do caso, tratar de acordo com calendário A (ver Tabela 2). Administrar a vacina imediatamente como no calendário A (ver Tabela 2). b) Em caso de incerteza e/ou exposição numa área de alto risco, administrar tratamento activo e passivo como no calendário B (ver Tabela 2). c) III a) Mordeduras ou arranhões transdérmicos únicos ou múltiplos Contaminação da membrana mucosa com saliva (i.e. lambidelas) Contacto do inoculado com a membrana mucosa ou com uma ferida recente da pele (Ver também nota de rodapé ) Administrar imunoglobulina e vacina contra b) a raiva imediatamente corno no calendário B (ver Tabela 2). c) (Ver também nota de rodapé ) Exposição rara, se alguma, a roedores, coelhos e lebres requer um tratamento específico anti-raiva. Se um cão ou um gato aparentemente saudável numa ou de uma área de baixo risco for colocado sob observação, pode ser justificado atrasar-se um tratamento específico. c) Interromper o tratamento se o animal for um gato ou um cão e permanecer saudável ao longo de um período de observação de 10 dias ou se for aplicada eutanásia ao animal e se obtiver um resultado negativo para a raiva utilizando técnicas laboratoriais apropriadas. Excepto no caso de espécies ameaçadas ou em perigo deve ser aplicada eutanásia, a outros animais domésticos e selvagens com suspeita de raiva e os seus tecidos devem ser examinados usando técnicas laboratoriais apropriadas. b) Rabipur…4/5 PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 ARS CENTRO 4 CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO Tabela 2 – Tratamento pós-exposição de indivíduos sem imunidade ou com estado imunitário não determinado Calendário A Calendário B É necessária imunização activa após exposição São necessárias exposição Uma injecção Rabipur i.m. nos dias: 0, 3, 7, 14, 28 (esquema de 5 doses) Ou Uma dose de Rabipur é administrada no músculo deltóide direito e uma dose no músculo deltóide esquerdo no dia 0, e uma dose é aplicada no músculo deltóide nos dias 7 e 21 (regime 2-1-1). Em crianças pequenas, a vacina deve ser dada na região anterolateral da coxa. imunização activa e passiva após Dar Rabipur como no calendário A + 1 x 20 UI/kg de peso corporal de imunoglobulina humana para rajva* concomitantemente com a primeIra dose de Rabipur. Se a HRlG não estiver disponível na altura da primeira vacinação, ela deve ser administrada não mais de 7 dias após a primeIra vacInação. * Observar as instruções do fabricante em relação à administração 5 Não pode ser absolutamente excluído que uma vacinação pode despoletar um episódio em doentes com predisposição genética correspondente. Rabipur…5/5 PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO TWINRIX (Pediátrico e Adulto) ® - Vacinas combinadas, inactivadas de hepatite A e hepatite B (sigla VAHAB) • Twinrix Pediátrica e Adulto) são vacinas combinadas, cujas fórmulas consistem na associação de preparações bulk do vírus purificado da hepatite A (HÁ) e do antigénio de superfície do vírus purificado da hepatite B (AgHbs) adsorvidos separadamente em hidróxido de alumínio e fosfato de alumínio; • Twinrix pediátrico está indicado na imunização activa de crianças e adolescentes (a partir de 1 ano até aos 15 anos de idade, inclusive), contra as infecções causadas pelos vírus da hepatite A e hepatite B; • Twinrix adulto está indicado na imunização activa de adultos e adolescentes de risco a partir dos 16 anos de idade contra as infecções causadas pelos vírus da hepatite A e hepatite B. • Imunização primária Tipo de vacina Indicações terapêuticas Posologia Crianças e adolescentes a partir de 1 ano até aos 15 anos, inclusive – Três doses de Twinrix pediátrico (0,5 ml de suspensão): 1.ª dose na data seleccionada; 2.ª dose 1 mês depois da 1.ª; 3.ª dose 6 meses após a 1.ª dose. Adultos e adolescentes a partir dos 16 anos - Três doses de Twinrix adulto (1,0 ml de suspensão) : 1.ª dose na data seleccionada; 2.ª dose 1 mês depois da 1.ª; 3.ª dose 6 meses após a 1.ª dose. Contra-indicações Precauções • Dose de reforço Não se sabe exactamente quando é que os indivíduos imunocompetentes, que responderam às vacinas contra a hepatite A e/ou hepatite B, vão necessitar de doses de reforço, uma vez que a ausência de anticorpos detectáveis pode ser assegurada por memória imunológica; As recomendações gerais para uma vacinação de reforço podem ser delineadas a partir da experiência com as vacinas monovalentes. • Twinrix nunca deverá ser administrada por via intravenosa; • Não deve ser administrada a indivíduos com hipersensibilidade conhecida a qualquer dos componentes da vacina, ou a quem tenha tido manifestações de hipersensibilidade após administração desta vacina. • • Não administrar Twinrix no caso de síndrome febril grave; Não se sabe se Twinrix previne o aparecimento de doença em indivíduos que estejam no período de incubação da infecção pelos vírus da hepatite A e B; Não se recomenda o uso de Twinrix na profilaxia pós-exposição (ex. picada de agulha acidental); A vacina não foi testada em doentes com compromisso da função imunológica; Nos doentes em hemodiálise e em indivíduos imunodeprimidos, pode não se obter títulos anti-VHA e anti-VHB adequados, após o curso de imunização primária; Twinrix pode ser administrada excepcionalmente por via subcutânea a indivíduos com trombocitopénia ou outras alterações da coagulação, uma vez que a administração intramuscular pode causar hemorragia nesses indivíduos; Não existem dados disponíveis sobre o uso de Twinrix durante a gravidez. Tal como acontece com todas as vacinas de vírus inactivados, os riscos para o feto são considerados mínimos. Só usar quando absolutamente necessário; Não existem dados disponíveis sobre a segurança da vacina durante a amamentação. Embora o risco possa ser considerado mínimo Twinrix só deve ser usada durante o período do aleitamento quando absolutamente necessário; • • • • • • • Interacções medicamentosas e outras • • É improvável que a vacina produza qualquer efeito na capacidade de condução de veículos ou uso de máquinas. Não existem dados sobre a administração concomitante de Twinrix com imunoglobulina específica da hepatite A ou imunoglobulina específica da hepatite B; No entanto quando as vacinas monovalentes contra a hepatite A e hepatite B foram administradas concomitantemente com imunoglobulinas específicas, não se observou qualquer influência na seroconversão, embora possa resultar numa descida dos títulos de anticorpos; É improvável que a administração concomitante de Twinrix com outras vacinas cause interferência nas respostas imunológicas, desde que administradas com seringas diferentes e injectadas em locais diferentes; PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 Twinrix…1/2 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO Efeitos indesejáveis Propriedades farmacodinâmicas Dose e via de administração Local da injecção Conservação • Em doentes imunocomprometidos ou a fazerem terapêutica imunossupressora pode não se obter uma resposta adequada. • Reacções locais: dor transitória, eritema e edema; • Reacções sistémicas: cefaleias, mal-estar, vómitos, febre, náuseas e fadiga (efeitos transitórios, que surgiram raramente e considerados como ligeiros); • Num estudo comparativo verificou-se que a frequência dos efeitos adversos solicitados após a administração de Twinrix adulto não é diferente da frequência de efeitos adversos solicitados após a administração de vacinas monovalentes; • Efeitos referidos com vacinas monovalentes: 1) Febre, arrepios, cefaleias, mialgia, artralgia, fadiga, tonturas; 2) raramente referidos: parestesias, náuseas, vómitos, falta de apetite, diarreia, dor abdominal, alterações da função hepática, erupção cutânea, prurido, urticária; 3) Muito raramente referidos: reacções alérgicas, vasculite, síncope, hipotensão, linfoadenopatia, efeitos adversos neurológicos periféricos e/ou centrais, tais como esclerose múltipla, nevrite óptica, mielite, paralisia de Bell, polinevrite, meningite, encefalite, encefalopatia, púrpura trombocitopénica, eritema exsudativo multiforme. • Twinrix confere imunidade contra a infecção pelos vírus da hepatite A e B, induzindo a produção de anticorpos específicos contra o VHA e VHB; • A protecção contra a hepatite A e hepatite B obtém-se num período de 2 a 4 semanas; • Em estudos clínicos observaram-se anticorpos humorais específicos contra a hepatite A em aproximadamente 89% dos indivíduos, um mês após a 1.ª dose e, em 100%, um mês após a 3.ª dose. Os anticorpos humorais específicos contra a hepatite B foram observados em 67% e 70% dos indivíduos após a 1.ª dose e, em 99% e 100%, após a 3.ª dose; • Dados disponíveis após 4 - 5 anos – demonstraram a persistência de anticorpos. • 1,0 ml - a dose de Twinrix Adulto contém não menos que 720 Unidades ELISA do vírus da hepatite A inactivado e 20 µg de AgHbs recombinante; • 0,5 ml – a dose de Twinrix Pediátrico contém não menos que 360 Unidades ELISA do vírus da hepatite A inactivado e 10 µg de AgHbs recombinante; • Injectáveis por via Intramuscular • crianças pequenas: músculo vasto externo, na face externa da região anterolateral da coxa • • outras idades: músculo deltóide, na face externa da região antero-lateral do terço superior do braço Conservar a + 5º C ± 3 º C (no frigorífico); • Não congelar – inutilizar em caso de congelação; • O conteúdo após armazenagem pode apresentar um fino depósito branco com um sobrenadante cristalino. Twinrix…2/2 PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO VARILRIX ® - Vacina do vírus da varicela vivo, atenuado - estirpe Oka Merck (sigla VAV)• Tipo de vacina • • Indicações terapêuticas • • • VARILRIX é uma preparação liofilizada do vírus da varicela – zoster da estirpe Oka viva e atenuado. Propagado em células diplóides humanas MRC5; 33 Cada dose de vacina reconstituída contém pelo menos 10 UFC (unidades formadoras de colónias). Imunização activa para a prevenção primária da varicela em indivíduos saudáveis (a partir dos 12 meses); Recomenda-se a vacinação de indivíduos saudáveis em contacto directo com doentes de alto risco, com o fim de reduzir o risco de transmissão do vírus a estes doentes. Assim deve considerar-se a imunização de pais e irmãos de doentes de alto risco, pessoal médico e paramédico; Doentes de alto risco de varicela grave – Doentes com leucemia, doentes sob tratamento imunosupressor (incluindo corticoterapia) para tratamento de tumores sólidos malignos, para doenças crónicas graves (I.Renal Crónica, doenças autoimunes, doenças do colagéneo, asma brônquica grave) ou após transplante - a vacinação com as estirpes Oka demonstrou reduzir as complicações da varicela nestes doentes. Os dados de ensaios clínicos disponíveis para VARILRIX em doentes com alto risco de varicela grave são limitados; a vacinação deve ser considerada, advertindo-se no entanto que: o A quimioterapia deve ser interrompida uma semana antes e uma semana depois da imunização em doentes na fase aguda da leucemia. Os doentes a fazer radioterapia não devem ser vacinados durante o tratamento. Geralmente os doentes são imunizados quando estão em completa remissão hematológica da doença; 3 o A contagem de linfócitos totais deve ser pelo menos 1200 por mm ou não existir nenhuma outra prova de ausência de competência imunológica celular; o A vacinação deve decorrer algumas semanas antes da administração do tratamento imunossupressor em doentes sujeitos a transplantes planeados (ex: transplante de rim). Posologia Contra-indicações • Dos 12 meses aos 12 anos – dose única de 0,5 ml. • A partir dos 13 anos - duas doses administradas com um intervalo de 6 a 10 semanas. • Doentes de risco – podem necessitar doses adicionais de vacina. • Antecedentes de hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes; 3 Indivíduos com contagem de linfócitos inferior a 1200 por mm ou qualquer outra evidência de ausência de competência imunológica celular; Indivíduos com hipersensibilidade conhecida à neomicina (no entanto antecedentes de dermatite de contacto à neomicina não constituem contraindicação); Na gravidez (recomenda-se um período de 3 meses entre a administração da vacina e uma gravidez); A administração de VARILRIX deve ser protelada nos indivíduos com síndrome febril grave. Como qualquer outra injecção de produtos biológicos, deve dispor-se de tratamento médico apropriado para uso imediato nos raros casos de ocorrer uma reacção anafilática (indivíduos vacinados deverão permanecer em observação nos 30 minutos subsequentes); Tal como com outras vacinas contra a varicela, ocorreram casos de doença (varicela) em indivíduos vacinados com VARILRIX. Estes casos de perda imunológica (doença) são geralmente moderados, com um pequeno número de lesões e menos febre e tosse em comparação com indivíduos não vacinados; A natureza moderada das erupções cutâneas em indivíduos saudáveis demonstra que o vírus permanece atenuado depois da passagem por hospedeiros humanos; Foi demonstrado que a transmissão do vírus da estirpe OKA ocorre numa menor taxa em contacto de indivíduos não imunizados com vacinados; Não existem quaisquer dados sobre a utilização de VARILRIX em mulheres durante o período de aleitamento; • • • • Precauções • • • • • Varilrix…1/3 PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO • • Interacções medicamentosas e outras • • • • • • • • • Efeitos indesejáveis A administração de VARILRIX a mulheres grávidas está contra-indicada. Além disso, a gravidez deve ser evitada nos 3 meses seguintes à imunização; Não deve ser administrada por via intradérmica nem intravenosa. Em doentes que fizeram imunoglobulinas ou transfusão sanguínea, a imunização deve ser protelada, no mínimo, por um período de três meses, devido à probabilidade de imunogenicidade da vacina ser influenciada pela presença de anticorpos contra a varicela adquiridos passivamente; Os indivíduos vacinados devem evitar a utilização de salicilatos durante 6 semanas após a vacinação, dado que têm sido referidos casos de Síndroma de Reye com o uso de salicilatos durante a infecção natural de varicela; Não é necessário respeitar qualquer relação temporal entre a administração de vacinas inactivadas e a administração de VARILRIX; Indivíduos saudáveis VARILRIX pode ser administrada concomitantemente com outras vacinas mas em locais de injecção diferentes; A vacina do sarampo não deve ser administrada na mesma altura que VARILRIX – recomenda-se que haja pelo menos, um mês de intervalo, dado ser do conhecimento geral que a vacina contra o sarampo pode contribuir para uma supressão de curta duração da resposta imune mediada por células; Após a administração concomitante de VARILRIX e de vacinas mais reactogénicas, deverá esperar-se que a reactogenicidade seja determinada pelas reacções das vacinas mencionadas em segundo lugar. Doentes de alto risco VARILRIX não deve ser administrada concomitantemente com outras vacinas vivas atenuadas. As vacinas inactivadas podem ser administradas simultaneamente com VARILRIX ou em qualquer altura, após a sua administração, dado que não se estabeleceu qualquer contra-indicação específica. Indivíduos saudáveis. • • • • VARILRIX é uma vacina cuja reactogenicidade global é muito baixa. As reacções ao VARILRIX no local da injecção, normalmente vermelhidão, inchaço e dor são geralmente moderadas e transitórias; Em ensaios clínicos envolvendo mais de 2000 indivíduos, foram em 5% dos vacinados referidas erupções papulo-vesiculares e febre (temperatura > 37.ºC axilar / 38.ºC rectal); A reactogenicidade depois da 2.ª dose em adolescentes e adultos não foi maior que depois da 1.ª dose. Doentes de alto risco Existem dados limitados de ensaios clínicos em doentes de alto risco de varicela grave. Contudo, reacções associadas à vacina (principalmente erupções papulovesiculares e febre) são normalmente moderadas; • Vermelhidão, inchaço e dor no local da injecção, são geralmente moderadas e transitórias. • Em indivíduos susceptíveis VARILRIX produz uma infecção atenuada, pelo vírus da varicela; • Por um período de tempo até 72 horas a exposição ao vírus da varicela pode obter-se alguma protecção através da imunização. Indivíduos saudáveis • Em crianças entre os 12 meses e os 12 anos, a taxa global de imunização foi > 98% quando medida 6 semanas depois da vacinação. Em crianças vacinadas entre os 12 e os 15 meses, os anticorpos permaneceram pelo menos 7 anos após a vacinação; • Em indivíduos com 13 ou mais anos, a taxa de imunização foi de 100% quando medida 6 semanas depois da 2.ª dose. Um ano após a vacinação, todos os indivíduos testados continuavam imunes; • Os dados disponíveis são insuficientes para definir uma taxa de protecção contra complicações da varicela, tais como encefalite, hepatite ou pneumonia. Doentes de alto risco • Existem poucos dados disponíveis. A taxa de imunização global nestes doentes foi ≥ 80%; • Em doentes de alto risco, a medição periódica da varicela após imunização pode ser utilizada como indicador para verificar se necessitam ou não de nova imunização. • Propriedades farmacodinâmicas PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 Varilrix…2/3 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO Dose e via de administração • 0,5 ml de vacina reconstituída contém uma dose imunizante; • Injectável por via subcutânea. Local da injecção • Face externa da região antero-lateral do terço superior do braço (melhor local de injecção). Conservação • • • • Conservar a + 5º C ± 3 º C (no frigorífico); Proteger da luz. Não conservar o solvente acima de 25.ºC; A vacina liofilizada, não é afectada pela congelação; Quando reconstituída, a cor da vacina pode variar entre rosa e vermelho. Varilrix…3/3 PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO VARIVAX ® - Vacina do vírus da varicela vivo, atenuado - estirpe Oka Merck (sigla VAV)Tipo de vacina • VARIVAX é uma preparação liofilizada do vírus da varicela vivo, atenuado da estirpe Oka / Merck. Indicações terapêuticas • Imunização activa para a prevenção primária da varicela em indivíduos de idade igual ou superior a 12 meses; VARIVAX pode também ser administrada a indivíduos susceptíveis, que tenham sido expostos à varicela. A vacinação efectuada no espaço de 3 dias após exposição pode prevenir uma infecção clinicamente aparente ou modificar o curso da infecção (dados limitados indicam que a vacinação até 5 dias após exposição pode modificar o curso da infecção). Posologia • • • • Contra-indicações • Pessoas com idade ≥ a 65 anos – não existem dados sobre a eficácia protectora ou resposta imunitária à VARIVAX. • Antecedentes de hipersensibilidade a qualquer vacina contra a varicela, a qualquer dos excipientes ou à gelatina ou neomicina (utilizada no fabrico e eventualmente presente em vestígios); Alterações imunitárias, problemas da coagulação ou doença neoplásica maligna; Indivíduos em tratamento com imunossupressores (incluindo doses elevadas de corticosteróides); Qualquer afecção febril > 38,5.ºC; Gravidez; Tuberculose activa não tratada. Como qualquer outra injecção de produtos biológicos, deve dispor-se dos métodos normais para a terapêutica de choque incluindo uma injecção de adrenalina, para uso imediato no caso de ocorrer uma reacção anafilática ou outra reacção alérgica (indivíduos vacinados deverão permanecer em observação nos 30 minutos subsequentes); Antes da vacinação deve-se excluir a existência de uma gravidez e durante 3 meses após a vacinação devem ser tomadas medidas efectivas de contracepção; VARIVAX não é geralmente recomendada para mães a amamentar (risco teórico de transmissão da estirpe viral da vacina da mãe para o filho); A transmissão do vírus da vacina pode ocorrer raramente, entre vacinados que tenham desenvolvido exantema tipo varicela e contactos susceptíveis saudáveis, grávidas e imunossuprimidos. Por este motivo, os receptores de vacina devem tentar evitar, sempre que possível, o convívio estreito com indivíduos susceptíveis, de alto risco, durante um período de 6 semanas após a vacinação, Em circunstâncias nas quais o contacto com indivíduos de alto risco é inevitável, antes da vacinação, o potencial risco de transmissão do vírus da vacina deve ser avaliado em relação ao risco de adquirir, e transmitir, o vírus da varicela natural. • • • • • • Precauções • • • • • Interacções medicamentosas e outras Dos 12 meses aos 12 anos – dose única de 0,5 ml. Em crianças com infecção assintomática pelo VIH e com uma taxa de linfócitos T CD4+ específicos da idade ≥ a 25%, deve administrar-se 2 doses com um intervalo de 12 semanas. A partir dos 13 anos - duas doses administradas com um intervalo de 4 – 8 semanas. Alguns indivíduos podem não estar protegidos até ser administrada a segunda dose. Existem dados disponíveis sobre a eficácia protectora durante um período até 9 anos após a vacinação. Contudo ainda não foi estabelecida a necessidade de doses de reforço. Indivíduos susceptíveis de alto risco incluem: Imunocomprometidos; mulheres grávidas sem antecedentes positivos de varicela, documentada, ou sem evidência laboratorial de infecção prévia; crianças recémnascidas de mães sem antecedentes positivos de varicela, documentada, ou sem evidência laboratorial de infecção prévia. • Não deve ser administrada por via intravascular. • VARIVAX pode ser teoricamente injectada ao mesmo tempo que outras vacinas (VASPR, vacina antihaemophilus influenzae tipo b, VHB, DTPw e VAP) mas em locais de injecção diferentes; A administração concomitante da VARIVAX e vacinas tetravalentes, pentavalentes e hexavalentes (difteria, tétano e tosse convulsa acelular[DtaP] não foi avaliada; • PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006 Varivax…1/2 ARS CENTRO CENTRO REGIONAL SAÚDE PÚBLICA CENTRO • • • • • Efeitos indesejáveis O fabricante da vacina VARIVAX refere que não existem dados que comprovem a sua compatibilidade com vacinas tetravalentes e pentavalentes, contendo DTPa, se administradas simultaneamente (CN 8/DT de 22/12/2005 – PNV 2006 – Orientações técnicas); Se a VARIVAX não for administrada simultaneamente com a VASPR, deverá ser respeitado um intervalo de 1 mês entre as duas injecções (precaução geral para a administração de 2 vacinas víricas vivas); A vacinação deve ser adiada, durante um mínimo de 5 meses, após transfusões de plasma ou sangue, ou administração de imunoglobulina normal humana ou imunoglobulina de varicela zoster IGVZ); A administração de produtos sanguíneos contendo anticorpos para o vírus varicela zoster, incluindo IGVZ ou outras preparações de imunoglobulinas deve ser evitada durante o mês seguinte à administração de uma dose de VARIVAX, excepto se for considerado essencial (pode reduzir a resposta imunológica à vacina, e, assim, reduzir a sua eficácia protectora); Os indivíduos vacinados devem evitar a utilização de salicilatos durante 6 semanas após a vacinação, dado que foi reportado síndroma de Reye, após a utilização de salicilatos durante a infecção com a varicela natural. • Num ensaio clínico controlado por placebo, em dupla ocultação, realizado com 956 indivíduos entre os 12 meses e os 14 anos, saudáveis, os únicos efeitos adversos que ocorreram numa taxa significativamente mais elevada, em receptores da vacina, do que em receptores do placebo, foram dor e rubor no local da injecção e exantema do tipo varicela, noutras zonas do corpo, excepto no local da injecção; • Nos ensaios clínicos de avaliação de causalidade (5129 crianças), foram relatados os seguintes efeitos adversos, em associação temporal com a vacinação (muito frequentes - ≥ 1/10; frequentes - ≥ 1/1000, < 1/10): Indivíduos saudáveis com idade compreendida entre os 12 meses e os 12 anos (1 dose): infecção do tracto respiratório superior; irritabilidade; exantema, exantema tipo rubéola/sarampo, exantema tipo varicela; febre; eritema no local da injecção; dor/sensibilidade/ulceração; tumefacção; Indivíduos saudáveis com idade igual ou superior a 13 anos (2 doses): exantema tipo varicela, generalizado; febre ≥ 37,7 .º; eritema no local da injecção; ferimento; tumefacção; exantema no local da injecção; prurido Propriedades farmacodinâmicas • • Nas crianças, a protecção é obtida 2 a 4 semanas após a vacinação. Não existem dados sobre a eficácia protectora ou resposta imunitária à VARIVAX em pessoas com idade ≥ a 65 anos. Dose e via de administração • 0,5 ml de vacina reconstituída contém uma dose imunizante; • Injectável por via subcutânea. Local da injecção • Face externa da região antero-lateral do terço superior do braço ou na região mais superior da face antero-lateral da coxa. Conservação • • • • • Conservar a + 5º C ± 3 º C (no frigorífico); Conservar o frasco para injectáveis dentro da embalagem, para proteger da luz; Não congelar; Quando reconstituída, VARIVAX é um líquido límpido, incolor e amarelo pálido; Após reconstituição, a vacina deve ser usada imediatamente. Contudo, foi demonstrada estabilidade pós-reconstituição, durante 30 minutos, a uma temperatura entre 20.ºC e 25.ºC. Varivax…2/2 PROGRAMA – VACINAÇÃO - Projecto “A excelência na vacinação” - 2006