Suboficiais dos Estados Unidos treinam forças - Dialogo

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Suboficiais dos Estados Unidos treinam forças de segurança
panamenhas para atendimento médico
A Equipe de Campo de Assistência Técnica do Exército dos Estados Unidos no Panamá treina as forças
combinadas de segurança do Panamá.
Clifford Kyle Jones/NCO Journal
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29 novembro 2016
CAPACITAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO
Membros das forças de segurança do Panamá levam rapidamente um companheiro ferido para uma zona segura,
para que receba o tratamento médico adequado, durante o treinamento médico no Panamá. (Foto: Clifford Kyle
Jones/ NCO Journal)
“Fogo! Fogo! Fogo!”, grita o Primeiro Sargento Russell Planer no megafone, e equipes de quatro pessoas
das forças de segurança panamenhas correm com suas macas para localizar o companheiro “ferido”.
As equipes estão participando de um exercício que é parte de um treinamento médico que o Sgt Planer
realiza para melhorar os tempos de resposta dos agentes e robustecê-los para trocas de tiro com
traficantes de narcóticos.
O país não tem exército, mas as forças combinadas de segurança do Ministério de Segurança Pública do
Panamá, que protegem a nação da atividade ilegal nas suas fronteiras, portos e no famoso canal, podem
encarar conflitos armados com os membros de cartel que são reminescentes de uma zona de guerra. Uma
das missões da Equipe de Campo de Assistência Técnica (TAFT, por sua sigla em inglês) do Exército dos
Estados Unidos no Panamá é ajudar a protegê-los.
“Eles entram em ação quando há um ferido e têm de removê-lo da zona de enfrentamento e levá-lo para
um local semi seguro”, disse o Sgt Planer, descrevendo o exercício no campo de treinamento na Cidade do
Panamá, no Panamá.
“Depois, eles têm de realizar uma avaliação muito rápida do paciente. Se houver hemorragia grave, eles
fazem o torniquete naquela extremidade e controlam essa hemorragia. Depois eles fazem uma avaliação
geral rápida do ferido para garantir que não existe qualquer outro problema. Nesse momento, eles estão
preparados para colocá-lo na maca e removê-lo da zona de combate”, acrescentou o Sgt Planer.
Eles carregam o paciente por quase um quilômetro para um local mais seguro e depois iniciam o cuidado
tático de campo. Eles verificam os sistemas dos principais órgãos e examinam olhos, ouvidos, nariz e boca.
Eles realizam testes no sistema motor e pulso do paciente. Eles inspecionam fraturas no corpo ou qualquer
tipo de ferimento, inclusive na coluna vertebral e nas costas.
“Eles tratam o paciente no caminho e reavaliam regularmente para garantir que os tratamentos estão
funcionando”, disse o Sgt Planer. Depois de determinar as estatísticas de sinais vitais e mecanismo do
ferimento, a equipe pode avaliar a hemorragia e os médicos saberão se devem administrar medicação e
em que quantidade.
As equipes consistem em agentes que fazem os papéis de médico, assistente médico, segurança e
carregador de maca. Um quinto membro faz o papel de paciente. O Sgt Planer realiza o exercício várias
vezes para que cada oficial tenha a chance de passar por todos os papéis. Cada um deve aplicar
torniquetes, remover pacientes, controlar a equipe e administrar medicação intravenosa.
O sangue corre por alguns dos braços dos pacientes enquanto o Sgt Planer e um assistente, que foi
escolhido das forças de segurança panamenhas para ajudar após uma versão anterior do curso, vão de
equipe em equipe e avaliam o desempenho dos médicos.
“A aplicação intravenosa na realidade é [ensinada] mais tarde [no curso], mas estamos fazendo essa
aplicação agora pelo nível de estresse e pela prática, porque eles têm que administrar uma intravenosa
para terminar o curso”, declarou o Sgt Planer.
A atividade final requer que os médicos concluam o tratamento em 25 minutos.
“Eu os forço para que, no cenário real, gastem menos de três minutos”, disse o Sgt Planer. “Eles têm o
máximo de seis minutos, mas lembre-se, são 25 minutos em total, então se eles usarem seis minutos lá,
eles só têm 19 minutos para os tratamentos completos, ou seja, colocar as talas, tratar as feridas,
intubação e assim por diante.”
“Essa [atividade] tem importância porque lhes dá a experiência de uma pequena parte do que eles vão ter
que fazer ao finalizar a atividade completa”, continuou o Sgt Planer. “Essa é na verdade só a primeira
parte”.
Yadiza Pérez, a agente que ajuda a ensinar o curso, é uma das alunas do Sgt Planer das turmas
anteriores. “Ela era uma das alunas de destaque, por assim dizer”, declarou o Sgt Planer. “Ela era muito
boa, muito motivada. Ela estava sempre ajudando seus companheiros, seus parceiros”.
Usar os alunos de destaque para ajudar com os cursos posteriores está na estratégia geral da TAFT para
desenvolver uma estratégia de treinar o treinador, ao ajudar as nações parceiras. Isso permite que o Sgt
Planer aumente a capacidade de estudantes do curso, disse ele.
Membros de uma equipe das forças de segurança panamenhas tiram sangue de um “ferido” durante um treinamento
médico. (Foto: Clifford Kyle Jones/ NCO Journal)
As TAFTs são enviadas pela Organização de Gestão de Treinamento e Assistência de Segurança do
Exército dos Estados Unidos (USASATMO, por sua sigla em inglês), uma organização subordinada ao
Comando de Assistência em Segurança do Exército dos Estados Unidos. Atualmente, a USASATMO tem 38
TAFTs e 43 equipes em mais de 20 países em todo o mundo.
O Sgt Planer teve um papel essencial no desenvolvimento do programa de instrução (POI, por sua sigla em
inglês) para o curso médico, disse o Major Bernard Gardner, que lidera a TAFT no Panamá.
“Há bastante confiança envolvida”, disse o Maj Gardner. “Os suboficiais devem executar muito trabalho de
comunicação para garantir que estamos alcançando a capacidade adequada necessária para os
panamenhos. Depois disso, eles identificam essa capacidade e desenvolvem os POIs”.
Todos os suboficiais da TAFT devem falar espanhol fluentemente e também têm que saber escrever bem o
espanhol. O Sgt Planer desenvolveu a versão escrita do POI em inglês e espanhol, além de ensinar
conceitos e termos médicos complexos em espanhol.
“Outra coisa que as pessoas ignoram são as habilidades de comunicação escrita que eles põem em jogo”,
disse o Maj Gardner. “Para cada atividade que realizamos aqui, temos uma correspondência por escrito;
basicamente é o equivalente aos memorandos do Exército”.
Existe uma correspondência oficial que é enviada ao Ministério da Defesa durante todo esse treinamento,
para responder às suas necessidades e garantir que todos tenham visibilidade e que esse treinamento
cumpra o seu propósito e faça com que eles alcancem a capacidade que eles requerem”.
“Houve duas semanas inteiras onde ele (o Sgt Planer) ficou trabalhando somente para desenvolver o POI
em detalhes profundos, para que esse expressasse o propósito correto”, disse o Maj Gardner.
Como qualquer membro das forças de segurança do Panamá sabe, a intenção do Sgt Planer é a de manter
todos seguros durante o combate.
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