Syzygium aromaticum L.

Propaganda
FITOTERAPIA
CRAVO - Syzygium aromaticum L. (Eugenia aromática L.) (Eugenia caryophylus Spreng)
Aspectos botânicos: Árvore perene, pertencente a família das Mirtáceas, com altura de até 15 metros, e com
ciclo vegetativo de até 100 anos. Folhas ovaladas, oblongas, lisas e brilhantes de 5 a 12 cm. Flores
avermelhadas, agrupadas no extremo das ramas.
Nativo do sudeste asiático, principalmente na Indonésia, sendo cultivado na Tanzânia, Madagascar, Sri
Lanka, Sumatra, etc. Posteriormente foi introduzido e adaptado nas Antilhas, Brasil, África tropical e China.
No Brasil, é cultivado atualmente apenas na região sul da Bahia, próximo ao litoral, em altitudes de
até 200 metros, encontrando aí as melhores condições de cultivo, como temperatura média ao redor de 25
graus Celsius, umidade relativa do ar não muito elevada, com índice pluviométrico acima de 1.500 mm bem
distribuídos, solos argilo-silicosos, profundos, de boa fertilidade, permeáveis e bem drenados;
Nomes comuns: Cravo, cravo de cheiro, cravo da Índia, árvore de cravo, craveiro, clavo de olor, girofle
(França), garofano (Itália), clove (Inglaterra);
Histórico: As primeiras citações sobre o cravo, surgiram em escritos chineses, durante a dinastia Han (266
a.C. a 220 d.C.), sobre o hábito de mastigar o cravo cada vez que uma pessoa fosse falar com o Imperador,
para melhorar seu hálito. Fazia também parte de fórmulas para o embalsamamento de cadáveres. No século
IV já era utilizado em toda a Europa. Por questões comerciais, nos séculos XVII e XVIII, houve lutas entre as
potências que transportavam as especiarias, o que fez com que a França iniciasse seu cultivo nas Ilhas
Maurício;
Usos terapêuticos: Anestésico local, analgésico, anti-séptico, antifúngico, parasiticida, antioxidante, inibidor
da agregação plaquetária, calmante leve, hipoglicemiante, contra gases e cólicas intestinais, discinesias
biliares, vômitos, condimento e conservante de alimentos.
Registrado em diversas farmacopéias, de todo o mundo, como um produto seguro para uso humano;
Princípios ativos: 15 a 20% de óleos essenciais {eugenol, eugenil-acetato, cavicol, 4-alil-fenol, ésteres,
sesquiterpenos (cariofileno, humuleno, etc)}, fitosteróis, ácidos orgânicos diversos, salicilato de metila,
flavonóides, carboidratos, vitaminas, taninos e outros;
Partes utilizadas: Botões florais ou gemas, sem abrir e secas. Em menor escala as folhas;
Formas de uso e dosagem: Uso interno: Infusão a 2%;
Cápsulas com 200 mg de pó de cravo 2X/dia;
Tintura (1:5): 0,5 a 2 g. 2 a 3X/dia;
Uso tópico: Óleo essencial diluído, aplicado com um algodão 3X/dia;
Aplicado diluído sobre a pele como repelente de insetos;
Tempo de uso: Atentar-se a coagulação sanguínea e a irritação local no uso prolongado;
Efeitos colaterais: Neurotóxico, irritação de pele e mucosas em pessoas sensíveis e em doses elevadas;
Contra-indicações: Pacientes em uso de anticoagulantes, portadores de úlceras gastrintestinais, gestantes e
lactantes.
Lembramos, que as informações aqui contidas, terão apenas finalidade informativa, não
devendo ser usadas para diagnosticar, tratar ou prevenir qualquer doença, e muito menos substituir os
cuidados médicos adequados.
Fontes principais de consulta:
“Tratado de fitomedicina – bases clínicas e farmacológicas” Dr. Jorge R. Alonso – editora Isis . 1998 –
Buenos Aires – Argentina.
Site: www.ceplac.gov.br/radar/cravo.htm
Imagens:
pt.wikipedia.org/wiki/Cravo-da-%C3%ADndia
www.ceplac.gov.br/radar/cravo.htm
Download