Desempenho da Economia Brasileira

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Desempenho da Economia Brasileira
Desempenho da Economia Brasileira
Em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a preços de mercado, foi de R$ 4,4 trilhões.
Em 2011 o PIB havia atingido 4,14 trilhões. Isso significa que de um exercício para o outro, em
termos reais, o PIB cresceu 0,9%, nada obstante a LDO 2012 houvesse previsto crescimento
de 5% para o período. O PIB per capita registrou o valor de R$ 22.402,00, mantendo-se
praticamente estável, com evolução de 0,1% em relação a 2011.
Gráfico 1. Taxas de crescimento do PIB – 2002 a 2012 (em R$ Trilhões)
Embora a LDO 2012
tenha previsto uma
elevação de 5%
para o PIB, houve
crescimento de
apenas 0,9%.
O Brasil obteve o
menor desempenho
do PIB em relação
aos países do grupo
BRICS (0,9%). China
obteve o maior, com
7,8% de crescimento,
seguida por Índia
(5%), Rússia (3,4%) e
África do Sul (2,5%).
Fonte: IBGE – Contas Trimestrais – valores constantes de 2011
O Brasil obteve o menor desempenho do PIB em relação aos países do grupo BRICS (0,9%).
China obteve o maior, com 7,8% de crescimento, seguida por Índia (5%), Rússia (3,4%) e
África do Sul (2,5%). Fora do grupo, o México apresentou variação do PIB de 3,9%, o Japão
de 1,9%, e os Estados Unidos e a Coreia do Sul de 2,2%.
Em 2012, a taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi
de 5,84% a.a., inferior ao exercício de 2011, que atingiu exatamente o limite da meta (6,50%
a.a.). Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), apresentou variação de 6,20% em
2012, superior aos 6,08% de 2011. Por sua vez, o Índice Geral de Preços (IGP-DI) teve variação
em 2012 de 8,10%, superior à 2011, que foi de 5,00%.
Entre os países da
América Latina,
o Brasil obteve
o segundo pior
desempenho, à
frente apenas
do Paraguai,
cuja economia
encolheu 1,2%.
Gráfico 2. Variação da Inflação (%) - IPCA x INPC x IGP-DI - 2012
Fonte: Banco Central do Brasil (BC).
A taxa de poupança nacional bruta (em relação ao PIB) foi de 14,7% em 2012, contra 17,2%
no ano anterior. Já a taxa de investimento registrada em 2012 foi de 18,1% do PIB, inferior
à verificada em 2011, igual a 19,3%. A formação bruta de capital fixo (FBCF), por seu turno,
registrou decréscimo de 4,0%.
Exercício de
2012
Gráfico 3. Taxa de Poupança Nacional Bruta e de Investimento (% do PIB)
20,00
19,00
18,00
17,00
16,00
15,00
14,00
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Taxa de investimento (% PIB)
2008
2009
2010
2011
2012
Taxa de poupança (% PIB)
Fonte: IBGE
Outras variáveis macroeconômicas
Consumo
das famílias
O consumo das famílias em 2012 cresceu 3,1%, em função de dois fatores:
crescimento em termos reais do salário dos trabalhadores em 6,7% e variação
positiva do saldo das operações de crédito com recursos livres às famílias.
Taxa de
desocupação
As taxas de desemprego mensal ao longo de 2012, de acordo com a Pesquisa
Mensal de Emprego (PME), elaborada pelo IBGE, foram inferiores às do exercício
anterior. Ao final de 2012, a proporção de desocupados entre os economicamente
ativos foi de 4,6%, inferior aos 4,7% registrados no encerramento de 2011.
Operações
de crédito
Os empréstimos às pessoas físicas e jurídicas alcançaram R$ 2,36 trilhões,
correspondente a 53,5% do PIB. Em comparação a dezembro de 2011, ao
longo de 2012, houve um aumento de 16,2% no total dessas operações.
Destaque o aumento de 37,6% dos empréstimos no setor de habitação. Do
total das operações, 37% foram contratadas com recursos direcionados, e
63% com recursos livres. O setor privado absorveu 95% do total das operações
de crédito, em 2012, com R$ 2,24 trilhões. Do total de R$ 118,8 bilhões do
setor público, o governo federal utilizou R$ 63,3 bilhões, com evolução de
52,9%. Os governos estaduais e municipais apresentaram crescimento de
37,9%, atingindo R$ 55,6 bilhões.
Balanço de
pagamentos
Em 2012 ingressaram US$ 72,8 bilhões no País, correspondentes ao saldo
da Conta Capital e Financeira do Balanço de Pagamentos. Porém, a conta
Transações Correntes teve déficit de US$ 54,2 bilhões. Levando-se em conta o
valor que ingressou e o saldo negativo das Transações Correntes, o resultado
do Balanço de Pagamentos foi de US$ 18,9 bilhões.
Comércio exterior
As exportações brasileiras caíram 5,3% em relação à 2011. As exportações
para a China representaram 17% do total, com vendas de US$ 41,2 bilhões.
As vendas de produtos para os EUA, incluindo Porto Rico, aumentaram de
10,1% em 2011 para 11,1% em 2012. Considerando-se a média diária, as
vendas tanto de produtos básicos (-7,4%) quanto de industrializados (-3,6%)
foram inferiores às de 2011; porém, as vendas dos produtos manufaturados
sofreram perdas menores que as dos básicos, devido à agregação de valor
aos produtos manufaturados e à manutenção dos mercados compradores.
Dívida do
setor público
A dívida externa líquida do governo federal e do Banco Central, que desde
2006 se tornou um crédito, atingiu em 2012 o valor de R$ 666,6 bilhões,
correspondente a 15,1% do PIB. A dívida externa dos estados aumentou,
apenas em 2012, 52,4%, passando de R$ 23,72 para R$ 36,15 bilhões.
Taxa risco-país
A taxa de risco-país do Brasil, representado pelo indicador EMBI+, iniciou
2012 pouco acima de 200 pontos. Em junho atingiu 246 e no encerramento
do ano o indicador situou-se em 138 pontos.
Acesse a íntegra do Relatório em www.tcu.gov.br/contasdogoverno
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