UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA CADECOM - CENTRO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO ALESSANDRA GOMES ARAGÃO GOVERNO ELETRÔNICO: AVALIAÇÃO DOS SÍTIOS GOVERNAMENTAIS DAS SECRETARIAS DE ESTADO DE RORAIMA Boa Vista, RR 2016 ALESSANDRA GOMES ARAGÃO GOVERNO ELETRÔNICO: AVALIAÇÃO DOS SÍTIOS GOVERNAMENTAIS DAS SECRETARIAS DE ESTADO DE RORAIMA Monografia apresentada como pré-requisito para conclusão do Curso de Administração da Universidade Federal de Roraima. Orientador: Eduardo Codevilla Soares Boa Vista, RR 2016 Dados Internacionais de Catalogação na publicação (CIP) Biblioteca Central da Universidade Federal de Roraima A659g Aragão, Alessandra Gomes. Governo eletrônico: avaliação dos sítios governamentais das secretarias de estado de Roraima / Alessandra Gomes Aragão. – Boa Vista, 2016. 53 f. : il. Orientador: Prof. Msc. Eduardo Codevilla Soares. Monografia (graduação) – Universidade Federal de Roraima, curso de Administração. 1 – Administração Pública. 2 – Tecnologia da Informação. 3 – E-Gov. 4 – Roraima. I – Título. II – Soares, Eduardo Codevilla (orientador). CDU – 658:65.012.4 ALESSANDRA GOMES ARAGÃO GOVERNO ELETRÔNICO: AVALIAÇÃO DOS SÍTIOS GOVERNAMENTAIS DAS SECRETARIAS DE ESTADO DE RORAIMA Monografia apresentada como pré-requisito para conclusão do Curso de Administração da Universidade Federal de Roraima. Defendida em _____/_____/___ e avaliada pela seguinte banca examinadora: ______________________________________________ Prof. Msc. Eduardo Codevilla Soares Orientador / Curso de Administração – UFRR ______________________________________________ Prof. Dr. Gelso Pedrosi Filho Curso de Secretariado Executivo – UFRR ______________________________________________ Prof. Dr. Victor Hugo Lima Alves Curso de Secretariado Executivo - UFRR À minha família, Rozinha e Álvaro Aragão (pais), Andréia e Adriana Aragão (irmãs) e João Panero (esposo), pelo amor, apoio, dedicação e companheirismo. AGRADECIMENTOS À Deus, por todas as bênçãos recebidas. À minha família, Rozinha, Álvaro, João, Andreia e Adriana, por todo o apoio e dedicação durante meu desenvolvimento e minha vida acadêmica. Ao meu orientador, Eduardo Codevilla Soares, pelas horas de dedicação e pelos importantes conhecimentos repassados para o desenvolvimento deste trabalho. Aos amigos pelo apoio e companheirismo. RESUMO A Tecnologia da Informação e da Comunicação - TIC tem sido inserida cada vez mais na vida das pessoas e nas organizações, tornando-se uma importante ferramenta para o trabalho cotidiano, tendo em vista a sua capacidade de tornar os processos mais ágeis e práticos, entre outras características. A TIC vem sendo muito utilizada pelas organizações públicas que buscam a melhoria na prestação de seus serviços tornando-os mais céleres, transparentes e menos burocráticos, garantindo dessa forma a satisfação dos usuários. Nesse contexto, surge o Governo Eletrônico ( e-Gov), que consiste na prestação do serviço público através de sítios governamentais, ampliando a interação entre governo e cidadão. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo analisar o estágio de evolução dos sítios governamentais das Secretarias de Estado de Roraima, utilizando uma Estrutura de Análise, proposta por este trabalho, para Avaliação do e-Gov das Secretarias de Estado, elaborada com base em modelos de estágios de e-Gov de outros autores. A coleta dos dados ocorreu por meio de visitas nos sítios eletrônicos das cinco principais Secretarias de Estado de Roraima, utilizando um formulário para avaliação dos mesmos, elaborado com base nos modelos de estágios dos autores estudados, bem como na Estrutura de Análise acima mencionada.Verificou-se que das cinco Secretarias selecionadas, quatro possuíam endereço eletrônico, sendo que duas delas apresentaram graus diferentes de maturidade de e-gov, enquanto as outras duas apresentaram sítios indisponíveis no período da coleta de dados, o que impossibilitou a verificação de seus níveis de e-Gov. Pode-se concluir que apesar de todas as Secretarias analisadas pertencerem ao Governo do Estado de Roraima, há diferença nos níveis de maturidade de seus sítios eletrônicos, sendo que a maioria demonstrou não estar explorando ao máximo o potencial da comunicação da internet para a prestação do serviço público, não possibilitando, dessa forma, uma ampla interação entre governo e cidadãos por meio do e-Gov. Palavras-chave: Administração Pública. Tecnologia da Informação. E-Gov ABSTRACT Information and Communications Technology (ICT) has increasingly been inserted into the lives of people and organizations, making it an important tool for daily work, with a view to their ability to make more agile and practical processes, among other features. ICT has been widely used by public organizations that seek to improve the provision of services making them faster, more transparent and less bureaucratic, thus ensuring user satisfaction. Then, in this context, appears the Electronic Government (e-Gov) that is the provision of public services through government sites, expanding the interaction between government and citizen. In this sense, the present study aimed to analyze the stage of evolution of government sites of the Secretariats of State of Roraima, using a Analysis Framework proposed by this work, evaluation of e-Gov of the Secretariats of State, drawn up on the basis of models of e-Gov stages of other authors. Data collection occurred through visits in electronic sites of the top five Secretariats of State of Roraima, using a form for evaluation them, prepared on the basis of models of stages of the study authors, as well as analysis of structure above. It was found that four out of the five Secretariats selected had e-mail address, and two of them showed different degrees of e-Gov maturity, while the other two showed unavailable sites in the period of data collection, which made it impossible to check their levels e-Gov. It can be concluded that despite all the secretariats analyzed belong to the State of Roraima, there are differences in their levels of maturity of their electronic sites, most of which proved don’t exploiting the full potential of the Internet communication for the provision the public service, not allowing, thus, a large interaction between government and citizens through the eGov. Keywords: Public Administration. Information Technology. E-Gov LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Tipos de e-Gov. ..................................................................................................... 17 Quadro 2 - Tipos de estágios conforme modelo de Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO, 2010)..................................................................................................................... 19 Quadro 3 - Tipos de estágios conforme modelo de Bélanger e Hiller (2006 apud ROVER E GALINDO, 2010)..................................................................................................................... 19 Quadro 4 - Modelo de análise de medição da maturidade da web de Menezes (2006) .......... 20 Quadro 5 - Fases do processo de maturidade do e-Gov conforme modelo de Modelo TecGov (TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008) ................................................................................ 22 Quadro 6- Níveis de virtualização de webstites conforme modelo de Klering e Schröeder (2008) ....................................................................................................................................... 24 Quadro 7 - Comparativo de Modelos de Estágios .................................................................. 27 Quadro 8 – Proposta de Estrutura de Análise para Avaliação do e-Gov das Secretarias de Estado ....................................................................................................................................... 32 Quadro 9 - Formulário para avaliação dos Sítios governamentais das Secretarias de Estado de Roraima .................................................................................................................................... 34 Quadro 10 - Síntese das análises realizadas nos sítios da SESAU e SEFAZ ......................... 36 LISTA DE SIGLAS E-GOV Governo Eletrônico IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística SEED Secretaria de Educação e Desportos SEFAZ Secretaria de Estado da Fazenda SESAU Secretaria de Estado da Saúde SESP Secretaria de Estado de Segurança Pública SETRABES Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social TIC Tecnologia da Informação e Comunicação SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 10 1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA E QUESTÃO DE PESQUISA ............................................ 11 1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 12 1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................... 12 1.2.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 12 1.3 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 12 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................................ 13 2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 15 2.1 E-GOV ................................................................................................................................ 15 2.2 TIPOS DE E-GOV .............................................................................................................. 16 2.3 MODELOS DE ESTÁGIOS DE EVOLUÇÃO DOS E-GOV ............................................ 17 2.3.1 Modelo de Baum e Di Maio .......................................................................................... 17 2.3.2 Modelo de Bélanger e Hiller (2006) ............................................................................. 19 2.3.3 Modelo de Menezes (2006) ............................................................................................ 19 2.3.4 Modelo TecGov (TORRES, 2006) ................................................................................ 20 2.3.5 Modelo de Klering e Schröeder (2008) ........................................................................ 22 2.3.6 Outros Modelos .............................................................................................................. 24 2.4 SOBREPOSIÇÃO, LACUNAS E RELAÇÕES ENTRE OS MODELOS ......................... 25 2.5 PROPOSTA DE UMA ESTRUTURA DE ANÁLISE PARA AVALIAÇÃO DO E-GOV DAS SECRETARIAS DE ESTADO ........................................................................................ 31 3 METODOLOGIA................................................................................................................ 33 3.1 IDENTIFICAÇÃO DOS SÍTIOS GOVERNAMENTAIS DAS SECRETARIAS DE ESTADO DE RORAIMA......................................................................................................... 33 3.2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO ............................................................................ 33 3.3 COLETA E ANÁLISE DE DADOS ................................................................................... 34 3.3.1 Instrumento de Coleta de Dados .................................................................................. 34 4 ANÁLISE DE RESULTADOS ........................................................................................... 36 4.1 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE RORAIMA – SESAU ............................... 37 4.2 SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DE RORAIMA – SEFAZ ......................... 39 4.3 ANÁLISE TRANSVERSAL DAS SECRETARIAS DE ESTADO DE RORAIMA ABORDADAS ......................................................................................................................... 41 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 42 5.1 SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS ................................................................. 43 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 44 APÊNDICE A – COMPOSIÇÃO DO FORMULÁRIO PARA AVALIAÇÃO DOS SÍTIOS DAS SECRETARIAS DO GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA .............. 47 APÊNDICE B - RESULTADOS DA ANÁLISE EMPREENDIDA E DA ESTRUTURA EMPREGADA. ....................................................................................................................... 53 10 1 INTRODUÇÃO Diante do avanço tecnológico e das mudanças ocasionadas pela globalização, a Tecnologia de Informação e Comunicação – TIC vem ampliando sua participação na sociedade como forma de atender e facilitar o trabalho das pessoas. Conforme Moreira e Maia (2013), esse tipo de tecnologia se torna cada vez mais presente e com acesso incrivelmente mais facilitado. Silva (2013) corrobora essa visão afirmando que a rápida evolução da tecnologia faz com que a maioria das pessoas, em algum momento, entre em contato com a tecnologia da informação e que para grande parte das profissões ela é imprescindível e está tornando-se uma ferramenta de trabalho cotidiana. A TIC vem sendo muito utilizada também pelas organizações privadas e públicas que buscam melhorias em seus processos internos, bem como melhor interação com toda a sociedade, considerando o seu potencial de alcance de grande massa. Para Albertin e Albertin (2008), as organizações brasileiras fazem uso ampla e intensamente desta tecnologia tanto em nível estratégico como operacional. Silva (2005 apud VIEIRA, 2009) ressalta a existência de alguns elementos indispensáveis, que norteiam o uso da tecnologia da informação, tanto na organização pública como privada, dentre eles: o uso de tecnologia para melhorar os serviços aos clientes/cidadãos e para melhorar as eficiências internas e o uso da Internet para fornecer serviços e informação. Para as organizações privadas a TIC é uma importante ferramenta para a competitividade. De acordo com Furtado e Jacinto (2010), a mesma se torna intrínseca aos processos das organizações, fazendo com que os Sistemas de Informação ocupem lugar de destaque, sendo um importante diferencial competitivo ao proporcionar diminuição de custos na fase da produção, ao possibilitar a fabricação de produtos de forma mais eficiente, otimizando rotinas, além do fornecimento de dados relevantes para a tomada de decisão. No tocante às organizações públicas, que segundo Corrêa (1993 apud ASSIS, 2009), tem o papel de prestar serviços com qualidade, responsabilidade pelo atendimento ao público e a economia de seus recursos, sem esquecer seus princípios fundamentais como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, a TIC também se tornou uma aliada, diante da necessidade e do cenário atual em que está inserida. Nesta linha de pensamento, Furtado e Jacinto (2010) informam que a Administração Pública também teve que se renovar para atender às exigências naturais de uma nova era, na qual a correta manipulação das informações tornou-se fator fundamental ao sucesso, inclusive, para os órgãos públicos. 11 Nesse contexto insere-se o e-Gov, definido por Santos (2002), como o uso da tecnologia da informação e da comunicação para promover maior eficiência e maior efetividade governamental, facilitando o acesso aos serviços públicos e permitindo ao grande público o acesso à informação. Dessa forma, o e-Gov busca otimizar os serviços públicos e eliminar a burocratização, facilitando o cumprimento de seu papel perante a sociedade e a legislação, aproximando o governo dos cidadãos, empresas e outros poderes da administração. O e-Gov pode ser implantado em todos os poderes da Administração Pública: Executivo, Judiciário e Legislativo, e, além disso, ainda de acordo com Furtado e Jacinto (2010) atinge todas as esferas da Administração Pública, estendendo-se aos três poderes, além da administração direta e indireta, no que tange ao uso dos recursos de tecnologia da informação e comunicação para oferecer melhores serviços à população, otimizando seus processos internos e externos através de mecanismos eficientes, transparentes e seguros. 1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA E QUESTÃO DE PESQUISA O Estado de Roraima, localizado no extremo norte do Brasil, possui de acordo com dados do IBGE (2015), uma população estimada em 2015 de 505.665 habitantes. O Governo do Estado de Roraima é composto por 13 Secretarias de Estado, localizadas em diferentes áreas da capital de Boa Vista, e a cada ano possuem uma maior demanda de serviços devido ao crescimento da população do Estado. No caso das Secretarias de Estado de Roraima, as solicitações de serviços ou informações geralmente ocorrem nos prédios onde se localizam as respectivas Secretarias ou através de seus sítios na internet, nos quais são disponibilizadas informações, serviços, dados relativos a transparências, entre outros. Diante do aumento da quantidade de pessoas que necessitam dos serviços prestados pelas Secretarias de Estado do Governo de Roraima e considerando os avanços tecnológicos e a expansão do e-Gov por todo o Brasil, faz-se necessária a análise dos sítios das Secretarias de Estado de Roraima visando avaliar os estágios de maturidade em que se encontram. Assim sendo, o presente estudo visa responder a seguinte questão: qual o estágio de evolução dos sítios governamentais das Secretarias de Estado de Roraima? 12 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral Analisar o estágio de evolução dos sítios governamentais disponibilizados pelas Secretarias de Estado de Roraima. 1.2.2 Objetivos Específicos - Analisar os requisitos de avaliação de estágio de evolução dos sítios governamentais; - Propor uma Estrutura de Análise para Avaliação do e-Gov das Secretarias de Estado; - Identificar os sítios governamentais utilizados pelas Secretarias de Estado de Roraima; - Avaliar o estágio de evolução dos sítios governamentais utilizados pelas Secretarias de Estado de Roraima. 1.3 JUSTIFICATIVA As organizações públicas brasileiras normalmente são alvos de críticas dos usuários que se encontram insatisfeitos, principalmente, com a morosidade da prestação dos serviços públicos. Conforme afirmam Carrijo e Alvarenga (2015), no Brasil a insatisfação da coletividade é cada vez mais evidente, com isso, melhorar o desempenho da Gestão Pública, visando oferecer serviços com maior qualidade e agilidade, torna-se necessário para reverter esse quadro de insatisfação e descontentamento dos usuários em relação ao atendimento no serviço público. Além disso, demonstra também, a oportunidade para a realização deste estudo, as crescentes e notórias taxas de crescimento populacional no Estado de Roraima que, conforme dados do IBGE (2015), em 2010 contabilizava 450.479 habitantes e em 2015 já possuía uma população estimada de 505.665 habitantes. Nesse contexto, considerando a relevância do e-Gov como uma importante ferramenta para melhorar e agilizar a prestação dos serviços pelas organizações públicas, evitando a burocratização e a insatisfação dos usuários deste serviço, entende-se que o estudo em tela possui relevância similar, dado a busca por compreender o estágio de maturação dos sítios governamentais das Secretarias de Estado de Roraima. 13 Destaca-se também, a relevância da pesquisa, devido à existência de poucos trabalhos sobre o Governo do Estado de Roraima, tendo como foco o tema Governo Eletrônico. Além disso, levando em conta as afirmações de Damian (2012) sobre o e-Gov representar uma oportunidade de inovar e modernizar a prestação de serviços públicos, além de oferecer uma série de outros benefícios como agilidade, redução de custos e de filas, aumento da satisfação e da interação com o cidadão, tem-se de similar relevância e oportunidade, a necessidade de se verificar como tais considerações refletem-se no contexto local de um estado ao extremo norte brasileiro. Diante da implantação e da expansão do e-Gov por todo o Brasil, tem-se a necessidade da análise da atual situação em que se encontram os sítios governamentais das Secretarias de Estado de Roraima. Neste contexto, a presente pesquisa torna-se viável tendo em vista que as Secretarias de Estado de Roraima possuem integração com sistemas web, em que são disponibilizadas informações sobre a sua estrutura e serviços oferecidos, propiciando e facilitando o acesso e a análise dos dados mediante a utilização de recursos de fácil acesso e que atendem os requisitos de análise proposto por este estudo. 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO O presente estudo está estruturado em cinco capítulos. No primeiro capítulo é apresentada a introdução, a delimitação do tema e questão da pesquisa, o objetivo geral e os específicos, a justificativa da escolha do trabalho, bem como a estrutura geral do mesmo. O segundo capítulo discorre sobre os conceitos necessários para o desenvolvimento do trabalho, no qual são abordados os conceitos, tipos e modelos de estágios de Governo Eletrônico (e-Gov), elaborados por diversos autores, bem como é apresentado uma proposta de uma Estrutura de Análise para Avaliação do e-Gov das Secretarias de Estado, com base nos modelos estudados. O terceiro capítulo trata sobre a metodologia da pesquisa, no qual ocorre a identificação dos sítios governamentais das Secretarias de Estado de Roraima analisados, o tipo de pesquisa adotada e informações quanto à coleta e à análise dos dados. O quarto capítulo consiste na análise de resultados das visitas realizadas nos sítios governamentais das Secretarias de Estado de Roraima. 14 No último capítulo apresentam-se as considerações finais sobre o trabalho, bem como sugestões para pesquisas futuras. 15 2 REFERENCIAL TEÓRICO Este capítulo tem por objetivo demonstrar os conceitos necessários para o desenvolvimento deste trabalho, bem como uma breve apresentação sobre o desenvolvimento do e-Gov no serviço público. 2.1 E-GOV O avanço da Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC no âmbito das organizações públicas possibilitou o surgimento do Governo Eletrônico (e-Gov). Conforme Sanchez (2003), a partir de 1995, a rápida evolução tecnológica associada à internet se expandia cada vez mais dentro das organizações e muitos autores começaram a desenvolver trabalhos nas áreas de Economia, Administração Pública e Ciência Política tentando entender esse fenômeno e passaram então a usar a expressão “Governo Eletrônico” para nomear o conjunto de atividades que as organizações realizavam utilizando a TIC. Garcia et al. (2014) define Governo Eletrônico como a gestão do poder público dinamizada pela inserção da tecnologia da informação em seu meio, visando ampliar o espectro da cidadania, em função da possibilidade de agilização e transparência na gestão interna, e ainda, a oportunizar melhoria na integração com a população e o mercado. De acordo com o Portal do Governo Eletrônico Brasileiro, o e-Gov tem como princípio a utilização das TICs para democratizar o acesso à informação, ampliar discussões e dinamizar a prestação de serviços públicos, focando na eficiência e efetividade das funções governamentais. Além disso, pretende transformar as relações do Governo com os cidadãos, empresas e também entre os órgãos do próprio governo, buscando aprimorar a qualidade dos serviços prestados; promover a interação com empresas e indústrias; e fortalecer a participação do cidadão por meio do acesso à informação e a uma Administração mais eficiente. Destaca que o e-Gov se estende aos diferentes entes administrativos: União, Estados, Distrito Federal e Município. Para Rezende e Castor (2006 apud FUNAI E REZENDE, 2011) o governo eletrônico (e-Gov) pode ser entendido como a aplicação da tecnologia da informação e comunicação (TIC) na gestão pública e política das organizações federais, estaduais e municipais, envolvendo as atividades de governo para governo ou, principalmente, de governo para com os cidadãos, ao utilizarem os meios eletrônicos, seja disponibilizando 16 informações ou oferecendo serviços públicos. Dessa forma, as organizações públicas, geralmente alvos de críticas dos usuários que se encontram insatisfeitos com a qualidade dos serviços públicos ofertados, tem a possibilidade de através do e-Gov, oferecerem serviços públicos de qualidade tanto para os cidadãos como para outras organizações, sejam elas públicas ou privadas. Para Sanchez (2003), de um modo geral, a obrigação de um bom atendimento ao público é raramente cumprida pelas organizações públicas, com pouquíssimas exceções, e destaca ainda que o eGov permite a melhoria desses serviços, além de criar a possibilidade de o setor público oferecer, num futuro próximo, outros serviços ainda não contemplados pelas políticas públicas, implicando em um maior respeito aos cidadãos e o alcance de uma democracia plena. 2.2 TIPOS DE E-GOV Os tipos de serviços de e-Gov se evidenciam pelos diferentes níveis de relacionamentos do governo com outros autores envolvidos, sendo estes o próprio governo, as empresas e o cidadão. Segundo Furtado e Jacinto (2010), esses tipos de serviços são: a) Governo para o Cidadão (Government to Citizen) – G2C: refere-se à oferta de serviços oferecidos pela Administração aos cidadãos, utilizando principalmente a internet, facilitando o acesso à informação e serviços do governo a qualquer momento pela sociedade; b) Governo para Empresas (Government to Business) – G2B: caracteriza-se por proporcionar uma melhoria do relacionamento e transações realizadas entre o governo e as empresas, sejam elas fornecedoras de bens ou serviços para os órgãos públicos, ou na relação de suas obrigações legais junto ao Governo, otimizando a relação de ambos os lados; c) Governo (Government to Government) – G2G: tem como foco norteador proporcionar uma perfeita e eficiente integração e realização de transações entre os governos, seja federal, estadual ou municipal, entre os poderes legislativo, executivo e judiciário, além da administração indireta, como forma de aprimorar as transações, diminuindo a burocracia, os custos e o tempo de tramitação dos processos, facilitando a comunicação entre gestões separadas por quilômetros de distância. O quadro 1 demonstra a síntese dos tipos de e-Gov segundo Furtado e Jacinto (2010): 17 Quadro 1 - Tipos de e-Gov. Sigla Tipo G2C Governo para o Cidadão (Government to Citizen) G2B Governo para Empresas (Government to Business) G2G Governo (Government to Government) Fonte: A autora (2016) com base em Furtado e Jacinto (2010) Enfoque Relação entre governo e cidadãos. Relação entre governo e empresas. Relação entre governos. 2.3 MODELOS DE ESTÁGIOS DE EVOLUÇÃO DOS E-GOV Conforme Koh, Ryan e Prybutok (2005 apud ROVER E GALINDO, 2010) para se transformarem em uma ferramenta mais amadurecida e consolidada, de forma totalmente funcional, os programas de e-Gov passam por estágios de implantação. Corroborando esta visão, Lechakoski e Tsunoda (2015) informam que existem diversos modelos de maturidade para governo eletrônico, sendo que cada um deles avalia critérios específicos para o contexto de determinada localidade ou realidade, apresentando diferentes níveis de maturidade e distintas especificações dentro de cada nível. Apresenta-se, sequencialmente, alguns modelos de análise de estágios de evolução de e-Gov, os quais são amplamente empregados para o fim proposto. 2.3.1 Modelo de Baum e Di Maio Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO, 2010) apresentam um modelo de maturidade de e-Gov que possui quatro fases (estágios), sendo elas: a) Fase 1- Informação: significa a presença na internet, provendo serviços para o público externo com relevante informação. Os formatos dos primeiros sítios internet são similares aos formulários. O valor para o público está na informação acessível, na descrição dos processos e na transparência, que aumenta a democracia e a visibilidade do serviço prestado. Esta fase trata sobre informação e o sítio deve conter tudo que for relevante do governo para o cidadão com o objetivo de aumentar a transparência e a democracia; b) Fase 2 - Interação: nessa fase, a interação entre o governo e o cidadão/empresa é estimulada com várias aplicações. Pessoas podem fazer questionamentos via e-mail, usar ferramentas para pesquisa de informações e estarem habilitadas a fazer downloads de todo o tipo de formulários e documentos. Estas funcionalidades permitem ganho de tempo para o público interessado e de fato produzem serviços 18 simples e aplicações que podem ser processadas 24 horas por dia, 7 dias por semana. Dessa forma, estes serviços estão disponíveis não somente no horário de expediente ao público, como também nas horas mais convenientes ao público interessado. Esta fase permite maior eficiência e efetividade por integrar uma grande parte de processos internos que passam a ser feitos on-line. Entretanto, o cidadão ainda tem que ir a repartição pública para finalizar a transação, para pagar uma multa ou taxa, levar uma evidência ou assinar documentos. O uso de ferramentas de comunicação eletrônica acelera os processos internos do governo; c) Fase 3 - Transação: a complexidade do uso das tecnologias é incrementada, mas os clientes (cidadãos e empresas) passam a ser mais valorizados. Transações completas podem ser efetuadas sem que o cidadão precise ir à repartição pública. Pode-se citar como exemplos de serviços eletrônicos, o pagamento de impostos sobre veículos e propriedade, renovação de licenças, emissão de passaportes, votações e plebiscitos online. A fase três é principalmente complexa por necessitar resolver questões de segurança e personalização, incluindo a necessidade de assinatura digital e aspectos legais relacionados com a execução dos serviços. O governo precisa criar novas legislações e leis que possam adequar a eliminação de papéis com as respectivas certificações legais. De maneira geral, os processos passam a ser executados completamente on-line, incluindo pagamentos e assinatura digital, economizando tempo, papel e dinheiro; d) Fase 4 - Transformação: todos os sistemas de informação estão integrados e o público interessado pode obter os serviços prestados pelo governo de forma virtual, tendo um único ponto de contato (one stop shop) baseado em internet e disponível por diferentes canais (quiosque, call center, balcão, celular, TV digital,etc.). O aspecto complexo está na adequação do lado dos serviços internos do governo, onde ocorre a necessidade de uma drástica mudança de cultura, processos e responsabilidades dos servidores nas instituições governamentais. Servidores públicos em diferentes departamentos têm que trabalhar juntos e de forma integrada e colaborativa. Nesta fase, os custos são reduzidos e há um aumento nos quesitos de eficiência e satisfação dos cidadãos nos seus diversos níveis. O quadro 2 demonstra a síntese dos tipos de estágios segundo o modelo de Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO, 2010): 19 Quadro 2 - Tipos de estágios conforme modelo de Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO, 2010) Fase (estágio) Enfoque Fase 1- Informação Presença de um sítio com informações sobre a organização Fase 2 - Interação O sítio permite interação entre governo e cidadão. Não permite transações. Fase 3 - Transação Permite transações completas entre governo e cidadão Fase 4 - Transformação Prestação de serviços virtuais disponíveis por diferentes canais Fonte: A autora (2016), com base em Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO, 2010). 2.3.2 Modelo de Bélanger e Hiller (2006) Conforme o modelo de Bélanger e Hiller (2006 apud ROVER E GALINDO, 2010) o e-Gov possui cinco estágios de maturidade: a) Informação: disseminação da informação do governo para os seus cidadãos; b) Comunicação de duas vias: permite que os cidadãos se comuniquem com o governo e façam solicitações simples; c) Transação: governos possuem ambientes on-line disponíveis para transações reais com os seus cidadãos; d) Integração: todos os serviços de governo estão integrados. Os cidadãos acessam um portal único que exige conexão plena e acesso por diversos canais; e) Participação política: relacionada aos portais que possibilitam votações on-line e participação com encaminhamentos de comentários dos cidadãos acerca do processo, de forma completamente on-line. O quadro 3 demonstra a síntese dos tipos de estágios proposto por Bélanger e Hiller (2006 apud ROVER E GALINDO, 2010): Quadro 3 - Tipos de estágios conforme modelo de Bélanger e Hiller (2006 apud ROVER E GALINDO, 2010) Estágio Enfoque I - Informação Disseminação da informação do governo para os seus cidadãos. II - Comunicação de duas Permite comunicação do cidadão com governo e solicitações simples. vias III - Transação Disponibilidade de transações entre governo e cidadão. IV - Integração Serviços integrados e acesso a um portal único por diversos canais. V - Participação política Possibilita votações on-line e comentários dos cidadãos Fonte: A autora (2016), com base em Bélanger e Hiller (2006 apud ROVER E GALINDO, 2010). 2.3.3 Modelo de Menezes (2006) 20 Menezes (2006) em seu trabalho que visava analisar o estágio de maturidade de sites da Secretaria da Bahia a partir de um modelo de análise de portais apresentado por Pinho, Iglesias e Souza (2005) e do modelo de medição de presença na web das Nações Unidas (2003), elaborou o modelo de análise de medição da maturidade da web, apresentado no quadro 4. Quadro 4 - Modelo de análise de medição da maturidade da web de Menezes (2006) Estágio I Presença Emergente Estágio II Presença Aprimorada Estágio III Presença Interativa Estágio IV Presença Transacional Estágio V Presença em Rede Modelo de análise de Medição da maturidade na web -Presença na web por meio de uma homepage oficial; -Links para outras secretarias e órgãos e para o portal do Estado; - Informação limitada, básica e estática. -Serviços aprimorados para incluir bases de dados e informações atuais e arquivadas, como políticas, leis e regulação, relatórios, informativos e bases de dados para serem baixadas pela internet; -Há função de busca de documentos; -Há ajuda para navegação pelo sítio; -Existência do mapa do sítio. -Provisão de serviços on-line no modo interativo; -Facilidades de download on-line; -Link seguro: facilidade de assinatura eletrônica; -Os servidores públicos podem ser contatados via e-mail, fax, correio ou telefone; -O sítio é atualizado com regularidade inferior a 30 dias. -Usuários têm condição de conduzir transações on-line, como pagar multas, impostos e taxas; -Há algumas facilidades para licitar on-line em contratações via links seguros. -Uma estrutura de G2C baseada em uma rede integrada de agências públicas para a provisão de informação, conhecimento e serviços; - Há ênfase no feedback para o governo -É disponibilizado um formulário de comentários para a web; -Um calendário de eventos do governo é disponibilizado como um convite do governo a participação; - Governo solicita feedback por meio de mecanismos de pesquisa de opinião on-line. Fóruns de discussão, e facilidades de consulta on-line. Fonte: Menezes (2006) 2.3.4 Modelo TecGov (TORRES, 2006) O Centro de Estudos em Tecnologia de Informação para Governo da Fundação Getúlio Vargas (TecGov), desenvolveu o “Modelo Evolutivo de Governo Eletrônico”, concebido a partir de modelos tradicionais, como os do Gartner Group, Banco Mundial e Nações Unidas, identificando cinco fases do processo de maturidade de e-Gov (TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008): 21 a) Presença inicial: este estágio corresponde às ações iniciais de presença na web, e tem o objetivo de simplesmente estar presente em um espaço da Internet, apresentando informações sobre o governo, órgão ou instituição: endereços, horários de funcionamento, documentos de interesse e relevância para o público. Os conteúdos são geralmente estáticos e colocados no sítio sem levar em conta as expectativas dos usuários b) Presença intensiva e interação: aqui duas ações importantes são realizadas: a consolidação da presença na web, que é enriquecida com conteúdo de interesse da comunidade, e a inclusão de recursos para interação com o agente de governo, tais como contatos por e-mail, download de documentos e formulários, consulta à legislação e regulamentos, entre tantos outros serviços mais simples. Neste nível, a interação com o governo possibilita que cidadãos e firmas se envolvam no processo de governança e definição de políticas públicas. c) Transações financeiras e serviços: neste estágio, já é possível realizar transações “on-line” entre governo e cidadãos (G2C), governo e empresas (G2B) e entre agentes de governo (G2G), tais como pagamento de tributos, taxas e multas, compra de produtos e serviços pelo governo (por exemplo, os leilões eletrônicos), renovação de licenças, entre outros. Para isto, há necessidade de se desenvolver aplicações interagências que possibilitem transações completas que envolvam mais de um agente de governo. Assim, os serviços estariam disponíveis em qualquer hora e dia, por meio de aplicações de autosserviço, gerando grandes economias de custos operacionais do governo e de deslocamento dos cidadãos, bem como a possibilidade de maior transparência nos processos e transações do governo. d) Integração vertical e horizontal: os serviços se tornam mais sofisticados e completos, pois são adotados sistemas de informações altamente integrados, cobrindo os processos como um todo. Ou seja, por meio de tecnologias orientadas a processos, tudo o que for relevante a um processo passa a ser tratado de forma integrada (ocorrências, históricos, documentos associados, decisões tomadas, projetos gerados, pendências registradas), além de viabilizar a cobrança automática de ações a responsáveis pelas mesmas. Isto se torna possível porque ocorre o início da desfronteirização por meio de transformações relacionadas à integração vertical e horizontal de processos no governo. É, também, neste estágio, que existem as maiores possibilidades de uso do governo eletrônico no combate à corrupção, o que torna o governo muito mais transparente. 22 e) Integração sem fronteiras: neste estágio a questão fundamental é a desfronteirização: desaparecimento das fronteiras entre agentes de governo e entre estes e a comunidade, com processos altamente integrados e eliminando as interfaces existentes entre organismos públicos e privados. Seria possível, por exemplo, taxar diretamente as operações empresariais por meio de processos integrados das empresas e do governo, e imediatamente o governo ter os correspondentes depósitos O quadro 5 demonstra as fases do processo de maturidade do e-Gov conforme modelo de modelo TecGov (TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008) Quadro 5 - Fases do processo de maturidade do e-Gov conforme modelo de Modelo TecGov (TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008) Fases de Maturidade Fase I - Presença inicial Fase I - Presença intensiva e interação Fase III - Transações financeiras e serviços Fase IV - Integração vertical e horizontal Enfoque Presença na web e disponibilização de informações estáticas. Interação entre cidadão e governo e possibilidade de download e consultas. Possibilidade de transações on-line (pagamento, formulário e etc.) Presença de um Sistemas de informações integrados. Desfronteirização: desaparecimento das fronteiras organismos públicos e privados. Fonte: A autora (2016), com base em Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008). Fase V - Integração sem fronteiras 2.3.5 Modelo de Klering e Schröeder (2008) Klering e Schröeder (2008), a partir de outros trabalhos, propôs um modelo que classifica os websites de prefeitura em seis níveis de virtualização: a) Primeiro nível de virtualização: os sites encontram- se limitados a apresentar dados institucionais e de governo básicos, fazendo um marketing bastante singelo de aspectos valorizados nos municípios, e valendo-se de uma comunicação apenas “de mão única”, ou seja, apenas de recepção por parte do usuário (ou cidadão). Estes sites podem ser, então, classificados como institucionais estáticos. b) Segundo nível de virtualização: figuram os sites preocupados em fornecer alguns serviços on-line aos usuários, como, por exemplo, dados gerais de um município em foco, opções e facilidades de investimentos, eventos em andamento ou programados, acessos, cronogramas e horários de funcionamento de serviços públicos, licitações em andamento, links para outros sites úteis, informações sobre o orçamento, licitações, concursos públicos e legislação e outros dados; a comunicação já é mais completa, 23 mas ainda permanece unidirecional. Estes sites podem ser assim classificados como institucionais dinâmicos. c) Terceiro nível de virtualização: Num terceiro nível, estão sites que apresentam informações sobre atos em andamento; informam leis aprovadas, prestam contas de atos e julgamentos feitos, apresentam as conexões ou links da rede de seções do site ou sites do município, permitem receber críticas, sugestões e apreciações, dando retorno (informando resultados) de enquetes realizadas e de encaminhamentos feitos. Nesse nível, a comunicação do gestor com os usuários (cidadãos) já é feita “em mão-dupla”, ou seja, na forma de “ida e volta”, havendo um retorno, ou feedback. Estes sites podem ser classificados, efetivamente, como interativos ou consultivos. d) Quarto nível de virtualização: estão sites que utilizam tecnologias que requerem maiores capacidades técnicas para realizarem de forma mais completa e autômata (programada) a interação com os usuários, enfrentando assim alguns riscos decorrentes da automação de processos; que permitem, por exemplo, a obtenção de comprovantes eletrônicos de quitação de débitos; pagamentos on-line, que possibilitem que o usuário participe de votação sobre assunto de interesse comum, sem precisar estar presente fisicamente; que oferecem serviços de estatísticas (sobretudo na forma de mapas); e que tentam simplificar e orientar a procura de informações, via recursos inteligentes de navegação, indo além do que oferecem usualmente os sites do terceiro nível, interativos. Estes sites são considerados como transacionais. e) Quinto nível de virtualização: estão os sites que utilizam tecnologias para intensificar a interação com os usuários no que concerne à participação ativa dos mesmos na vida da cidade, tornando-os assim cidadãos mais ativos; para tanto, utilizam o recurso de vídeos produzidos e de imagens de webcams para exibir e promover discussões acerca de realizações da Prefeitura; disponibilizam serviços virtuais de auto-atendimento; dão “voz ativa”, bem como poder de voto a cidadãos, em decisões importantes sobre a cidade; prestam serviços de orientação aos cidadãos, na forma de “monitoria ativa”; oferecem recursos de decisões-navegações interativas (na forma de um autômato, com quase nível de inteligência artificial); promovem teleconferências, e reuniões on-line, chats, videochats e outras formas de interação envolvendo mídias. Assim, estes sites, efetivamente, podem ser considerados como sendo participativos. f) Sexto nível de virtualização: Num sexto nível, estão sites que valorizam a identidade (ou personalidade) específica de cada cidadão; atribuem-lhe capacidade 24 ativa de relacionamentos; de busca de informações numa rede de bancos de dados interligados; que informam ao mesmo a ocorrência de eventos, como de multas, vencimento de carteiras, da agenda de compromissos; permitem conversar on-line segundo diferentes formações de turmas (ou grupos, ou comunidades), monitorar acontecimentos por diferentes planos ou arquiteturas de navegação (ou sistema com diferentes níveis de abordagem), obter estatísticas, realizar filtros, atribuir e customizar diferentes papéis e comportamentos, agir como ator ou agente em comunidades de convivência. Enfim, constituem ambientes de navegação excelente, madura e sistêmica, em que predomina a capacidade de agência, identificação e realização de cidadãos. Sites com tais qualidades são denominados personalizados. O quadro 6 demonstra a síntese dos níveis de virtualização de webstites conforme modelo de Klering e Schröeder (2008): Quadro 6- Níveis de virtualização de webstites conforme modelo de Klering e Schröeder (2008) Níveis de Virtualização Primeiro Nível – Sites institucionais estáticos Segundo Nível – Sites institucionais dinâmicos Terceiro Nível – Sites interativos ou consultivos Quarto Nível – Sites transacionais Quinto Nível – Sites Participativos Enfoque Disponibiliza apenas informações. Oferece serviços on-line. Ocorre feedback na comunicação entre gestor e usuário. Permite maiores transações e interações Sites com tecnologia mais avançada que permite a participação e comunicação dos cidadãos. Sexto – Sites Personalizados Valoriza as necessidades individuais. Fonte: A autora (2016), com base no modelo de Klering e Schröeder (2008). 2.3.6 Outros Modelos Lechakoski & Tsunoda (2015), elenca outros modelos de maturidade para governo eletrônico: Alhomod e Shafi (2012): modelo de maturidade de quatro estágios de e-Gov ("presença na internet", "interação entre o cidadão e o governo", "transação completa através da internet" e "integração de serviços"). Organização das Nações Unidas (ONU) (United Nations, 2012): modelo de maturidade de cinco estágios de e-Gov (“informações emergentes", "serviços de informação melhorados", “interação”, "serviços transacionais" interligados"), usado para classificar os países membros da ONU. e "serviços 25 Kim e Grant (2010): modelo de maturidade de cinco estágios de e-Gov ("presença na internet", "interação","transação", "integração" e "melhoria contínua"). Shahkooh, Saghafi e Abdollahi (2008): modelo de maturidade de cinco estágios de e-Gov ("presença on-line", "interação", "operação", "governo eletrônico totalmente integrado e transformado" e "democracia digital"). Andersen e Henriksen (2002): modelo de maturidade de quatro estágios de e-Gov ("cultura", "extensão", "maturidade" e "revolução"), utilizado na Dinamarca em uma avaliação de 110 agências do país. Moon (2002): modelo de maturidade de cinco estágios de e-Gov ("simples divulgação de informações", "comunicação bidirecional", "serviços e transações financeiras", "integração" e "participação política") com base no estado atual das iniciativas municipais de e-Gov nos Estados Unidos a partir de dados de 2000 pesquisas de e-Gov em municípios. Conforme Bennis e Nanus (2003 apud ROVER E GALINDO, 2010), o desenvolvimento de projetos de e-Gov pode ter uma estratégia complexa que envolva a mudança de crenças, atitudes, valores e estruturas dos governos para que eles possam se adaptar a tecnologia da informação, aos mercados e aos desafios apresentados. Nem sempre os modelos de e-Gov aplicáveis aos países desenvolvidos podem ser adequados aos países em desenvolvimento, em vista das diferentes motivações e infraestruturas apresentadas, incluindo as necessidades tecnológicas, sociais, políticas, culturais e econômicas, que nestes países dependem de diferentes graus de customização. 2.4 SOBREPOSIÇÃO, LACUNAS E RELAÇÕES ENTRE OS MODELOS Em análise aos modelos apresentados, verifica-se que o estágio I de todos os modelos, embora possuam nomenclaturas diferentes (informação, presença emergente, presença inicial e sites institucionais estáticos), se caracterizam pela prestação de informações básicas nos sítios das Secretarias. Menezes (2006) e Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008) classificam ainda essas informações como estáticas. Para Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO, 2010), Menezes (2006) e Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008), esse estágio também se caracteriza pelo fato da Secretaria possuir presença na internet através de seus sítios eletrônicos. 26 No estágio II, os modelos de Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO, 2010), Bélanger e Hiller (2006 apud ROVER E GALINDO, 2010) e Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008), possuem em comum a interação entre governo e cidadão, possibilitando solicitações simples, consulta à legislação, download de formulários e documentos, e a possibilidade de comunicação com a Organização via e-mail. Para Menezes (2006), nesse estágio ocorre um aprimoramento dos serviços do site para inclusão de bases de dados e informações atuais e arquivadas que podem ser baixadas pela internet, e assim como Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO, 2010), menciona a existência de ferramentas de pesquisa que ajudam a navegação pelo site. No tocante ao estágio III, Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO, 2010), Bélanger e Hiller (2006 apud ROVER E GALINDO, 2010) e Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008), destacam a disponibilidade de transações on-line entre governo e cidadão (pagamentos de taxas, renovação de licenças, leilões eletrônicos e outros), devendo ser observada a necessidade de máxima segurança, incluindo links seguros e assinaturas digitais. Para Menezes (2006), esse estágio caracteriza-se como interativo devido à provisão de serviços on-line no modo interativo, destacando a facilidade de download e atualização dos sites com regularidade inferior a 30 dias. Já para e Klering e Schröeder(2008), esse estágio qualifica-se como interativo ou consultivo, por permitir uma interação entre governo e cidadão e possibilidades de consultas, tais como: informações sobre atos em andamentos, leis aprovadas, prestação de contas de atos e julgamentos feitos, bem como, permitem receber críticas, sugestões e apreciações, dando retorno (informando resultados) de enquetes realizadas e de encaminhamentos feitos. O estágio IV é caracterizado por Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO, 2010), Bélanger e Hiller (2006 apud ROVER E GALINDO, 2010) e Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008) por possuir uma integração de todos os sistemas que podem ser acessados a partir de um portal único, baseado em internet e disponíveis em diferentes canais. Conforme Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008), essa integração permite que um processo contenha tudo que for relevante (histórico, ocorrências, documentos associados, decisões tomadas, projetos gerados e pendências registradas). Já para Menezes (2006) e Klering e Schröeder (2008) esse estágio caracteriza-se pela ocorrência de transações entre cidadão e governo. O estágio V, para Bélanger e Hiller (2006 apud ROVER E GALINDO, 2010) e Klering e Schröeder (2008), caracteriza-se por possibilitar a participação ativa dos cidadãos em assuntos relacionados à sua cidade, como: votações on-line, comentários acerca de 27 processos, utilização de recurso de vídeos produzidos e de imagens de webcam para exibir e promover discussões, reuniões on-line, chats, videochats e outras formas de interação envolvendo mídias. Já para Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008), nesse estágio ocorre a desfronteirização, que é o desaparecimento das fronteiras entre agentes de governo e destes com a comunidade, com processos altamente integrados, eliminando as interfaces existentes entre organismos públicos e privados. Para Menezes (2006), esse estágio consiste numa estrutura de G2C baseada em uma rede integrada de agências públicas para a provisão de informação, conhecimento e serviços. O Governo solicita feedback por meio de mecanismos de pesquisa de opinião on-line. O modelo de Klering e Schröeder (2008) possui ainda o estágio VI que se caracteriza por valorizar a identidade (ou personalidade) específica de cada cidadão. Atribuem-lhe capacidade ativa de relacionamentos; de busca de informações numa rede de bancos de dados interligados que informam ao mesmo tempo a ocorrência de eventos, como multas, vencimento de carteiras e agenda de compromissos; permitem conversar on-line segundo diferentes formações de turmas (ou grupos, ou comunidades), monitorar acontecimentos por diferentes planos ou arquiteturas de navegação (ou sistema com diferentes níveis de abordagem), obter estatísticas, realizar filtros e outros. As principais características dos modelos acima citados estão resumidas conforme quadro 7 que estabelece uma comparação entre os modelos de estágios estudados. Quadro 7 - Comparativo de Modelos de Estágios Baum e Di Maio (2000) Informação - Presença na internet. -Informações relevantes do governo para ESTÁGIO o cidadão. I Autores Bélanger e Hiller (2006) Informação Disseminação da informação do governo para os seus cidadãos Menezes (2006) Presença Emergente -Presença na web por meio de uma homepage oficial; -Links para outras secretarias e órgãos e para o portal do Estado; Informação limitada, básica e estática. Torres (2006) Klering e Schröeder (2008) Sites institucionais estáticos - limitados a apresentar dados institucionais e de governo básicos. Comunicação apenas “de mão única” (apenas de recepção por parte do usuário). Presença inicial - Presença na web Disponibiliza informações sobre o governo, órgão ou instituição (endereço, horários de funcionamento, documentos de interesse e relevância para o público) - Conteúdos estáticos, colocados no sítio sem levar em conta as expectativas dos usuários. Fonte: A autora (2016), baseado nos modelos de Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO 2010); Bélanger e Hiller (2006 apud ROVER E GALINDO 2010); Klering e Schröeder (2008); Menezes (2006) ; e Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008). 28 Autores Baum e Di Maio (2000) Interação - Permite interação entre o governo e o cidadão (questionamentos via e-mail, ferramentas para pesquisa de informações, downloads de formulários e documentos) ESTÁGIO II - Serviços e aplicações que podem ser processadas 24h a qualquer dia - Necessidade de o cidadão ir à repartição publica para finalizar a transação (ex: pagamento de taxa, assinatura de documentos). Transação - Permite transações completas sem necessidade de ir à repartição (ex: pagamento de impostos sobre veículo, renovação de licenças e etc.) - Necessidade de máxima ESTÁGIO segurança pois os processos são III executados completamente de forma on-line, incluindo pagamentos e assinaturas digitais). Bélanger e Hiller (2006) Comunicação de duas vias -Permite a comunicação do cidadão com o governo - possibilidade de solicitações simples. Transação - Ambiente on-line disponível para transações entre governo e cidadão. Menezes (2006) Torres (2006) Klering e Schröeder (2008) Presença Aprimorada -Serviços aprimorados para incluir bases de dados e informações atuais e arquivadas, como políticas, leis e regulação, relatórios, informativos e bases de dados para serem baixadas pela internet; -Há função de busca de documentos; -Há ajuda para navegação pelo sítio; -Existência do mapa do sítio. Presença intensiva e interação - consolidação da presença da web com conteúdos de interesse da comunidade - inclusão de recursos para interação com o governo. - Permite contato por e-mail, download de documentos e formulários, consulta à legislação e regulamentos e outros serviços mais simples. Sites institucionais dinâmicos - Oferecimento de serviços on-line aos usuários (links para outros sites úteis, informações sobre o orçamento, licitações, concursos públicos e legislação, eventos em andamento ou programados, acessos, cronogramas e horários de funcionamento de serviços públicos, licitações em andamento, e outros dados) - comunicações mais completa, mas ainda permanece unidirecional. Presença Interativa -Provisão de serviços on-line no modo interativo; -Facilidades de download online; -Link seguro: facilidade de assinatura eletrônica; -Os servidores públicos podem ser contatados via email, fax, correio ou telefone; -O sítio é atualizado com regularidade inferior a 30 dias. Transações financeiras e serviços -Possibilidade de transações on line, como (pagamento de tributos, taxas, multas, compras de produtos e serviços (leilões eletrônicos), renovação de licenças e outros. - Possibilidade de transações completas que envolvam mais de um agente de governo (inter-agências). Sites interativos ou consultivos - Comunicação do gestor com os usuários (cidadãos) é feita “em mão-dupla”, havendo um retorno, ou feedback - Apresenta informações sobre atos em andamentos, leis aprovadas, prestam contas de atos e julgamentos feitos, apresentam as conexões ou links da rede de seções do site, permitem receber críticas, sugestões e apreciações, dando retorno (informando resultados) de enquetes realizadas e de encaminhamentos feitos. Fonte: A autora (2016), baseado nos modelos de Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO 2010); Bélanger e Hiller (2006 apud ROVER E GALINDO 2010); Klering e Schröeder (2008); Menezes (2006) ; e Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008). 29 Autores Baum e Di Maio (2000) Transformação - Integração de todos os sistemas de informações. Os serviços são prestados pelo Governo de forma virtual, tendo um único ponto de acesso (one stop shop) baseado em intenet e disponível em diferentes canais (quiosques, call center, balcão, celular, TV digital e etc.) Bélanger e Hiller (2006) Integração -Todos os serviços são integrados e acessados a partir de um portal único que exige conexão plena e acesso por diversos canais. Menezes (2006) Torres (2006) Presença Transacional -Usuários têm condição de conduzir transações on-line, como pagar multas, impostos e taxas; -Há algumas facilidades para licitar de forma online em contratações via links seguros. Integração vertical e horizontal - Os serviços são mais sofisticados e completos devido a presença de um Sistemas de informações altamente integrados, possibilitando que em um processo contenha tudo que for relevante (histórico, ocorrências, documentos associados, decisões tomadas, projetos gerados e pendências registradas). Klering e Schröeder (2008) Sites transacionais - utilizam tecnologias que requerem maiores capacidades técnicas para realizar de forma mais completa e autômata (programada) a interação com os usuário. ESTÁGIO Permitem a obtenção de comprovantes IV eletrônicos de quitação de débitos; pagamentos on-line; possibilidade de o usuário participar de votação sobre assunto de interesse comum; oferecem serviços de estatísticas e outros Participação Política Presença em Rede Integração sem fronteiras Sites Participativos - Possibilidade de -Uma estrutura de G2C Desfronteirização: - Sites que utilizam tecnologias para votações on-line e baseada em uma rede desaparecimento das fronteiras intensificar a interação com os participação com integrada de agências entre agentes de governo e entre usuários no que concerne à encaminhamento de públicas para a provisão de estes e a comunidade, com participação ativa dos mesmos na vida comentários dos informação, conhecimento processos altamente integrados e da cidade, tornando-os assim cidadãos cidadãos acerca do e serviços; eliminando as interfaces mais ativos ( utilizam recurso de processo de forma - Há ênfase no feedback existentes entre organismos vídeos produzidos e de imagens de completamente on- para o governo. públicos e privados. webcams para exibir e promover ESTÁGIO line. -É disponibilizado um discussões acerca de realizações da V formulário de comentários Prefeitura; disponibilizam serviços para a web; virtuais de autoatendimento; dão “voz - Governo solicita feedback ativa”, bem como poder de voto a por meio de mecanismos de cidadãos, em decisões importantes pesquisa de opinião online. sobre a cidade; Promovem Fóruns de discussão, e teleconferências, e reuniões on-line, facilidades de consulta onchats, videochats e outras formas de line. interação envolvendo mídias. ) Fonte: A autora (2016), baseado nos modelos de Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO 2010); Bélanger e Hiller (2006 apud ROVER E GALINDO 2010); Klering e Schröeder (2008); Menezes (2006) ; e Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008). 30 Autores ESTÁGIO VI Baum e Di Maio (2000) - Bélanger e Hiller (2006) - Menezes (2006) - Torres (2006) - Klering e Schröeder (2008) Sites Personalizados Estão sites que valorizam a identidade (ou personalidade) específica de cada cidadão; atribuem-lhe capacidade ativa de relacionamentos; de busca de informações numa rede de bancos de dados interligados que informam ao mesmo a ocorrência de eventos, como de multas, vencimento de carteiras, e agenda de compromissos; permitem conversar on-line segundo diferentes formações de turmas (ou grupos, ou comunidades), monitorar acontecimentos por diferentes planos ou arquiteturas de navegação (ou sistema com diferentes níveis de abordagem), obter estatísticas, realizar filtros e outros. Fonte: A autora (2016), baseado nos modelos de Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO 2010); Bélanger e Hiller (2006 apud ROVER E GALINDO 2010); Klering e Schröeder (2008); Menezes (2006) ; e Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008). 31 2.5 PROPOSTA DE UMA ESTRUTURA DE ANÁLISE PARA AVALIAÇÃO DO E-GOV DAS SECRETARIAS DE ESTADO Com base nos modelos estudados, é possível reunir elementos em uma estrutura composta de cinco estágios que visa caracterizar o grau de maturidade dos Governos Eletrônico das Secretarias de Estado. Estágio 1 – Informação: caracteriza-se pela presença de um sítio na internet que disponibiliza informações sobre a organização (endereço, telefones, estrutura organizacional, horário de funcionamento, entre outros), bem como os serviços prestados pela mesma, permitindo ao cidadão apenas a consulta, sem possibilidade de qualquer manifestação, ou seja, a comunicação ocorre apenas da organização para o cidadão (BAUM E DI MAIO, 2000 apud ROVER E GALINDO, 2010; BÉLANGER E HILLER, 2006 apud ROVER E GALINDO, 2010; KLERING E SCHRÖEDER, 2008; MENEZES, 2006; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008). Estágio 2 – Interação: Esse segundo estágio possibilita uma interação entre o usuário e a organização. Porém, há a necessidade de o cidadão se dirigir até a Secretaria para o término da transação (entrega de formulários preenchidos e assinados, entrega de documentos necessários, comprovante de pagamento de taxas e outros). Nesse estágio são disponibilizados documentos para consultas e download, como legislação, regulamentos e formulários, informações sobre transparência, bem como links para outros sites e há a possibilidade de envio de e-mail para o órgão. Além disso, possui ferramentas que facilitam a navegação, como busca de documentos e informações mais acessadas em destaques na página principal. Os serviços e aplicações podem ser processados 24h a qualquer dia (BAUM E DI MAIO, 2000 apud ROVER E GALINDO, 2010; BÉLANGER E HILLER, 2006 apud ROVER E GALINDO, 2010; KLERING E SCHRÖEDER, 2008; MENEZES, 2006; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008). Estágio 3 – Transação - Caracteriza-se por permitir uma transação personalizada, individual e completa entre governo e cidadão de forma on-line , pautada no uso de ferramentas com máxima segurança. Não há necessidade de o cidadão ir até a Secretaria para concluir a transação, pois a prestação dos serviços já está sendo realizada em ambiente online, substituindo, portanto, as instalações físicas da instituição (BAUM E DI MAIO, 2000 apud ROVER E GALINDO, 2010; BÉLANGER E HILLER, 2006 apud ROVER E GALINDO, 2010; KLERING E SCHRÖEDER, 2008; MENEZES, 2006; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008). 32 Estágio 4 – Integração Nesse estágio os Sistemas de Informações são todos integrados, contendo todas as informações que são relevantes para um processo (histórico, ocorrências, documentos associados, decisões tomadas, projetos gerados, pendências registradas, entre outras) (BAUM E DI MAIO, 2000 apud ROVER E GALINDO, 2010; BÉLANGER E HILLER, 2006 apud ROVER E GALINDO, 2010; KLERING E SCHRÖEDER, 2008; MENEZES, 2006; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008). Estágio 5 – Participação Ativa: nesse estágio, o Governo possibilita a participação do cidadão em assuntos relacionados ao seu Estado, concedendo ao cidadão uma participação ativa através de votações on-line em decisões importantes para o Estado, comentários sobre andamento de processos, provimento de teleconferências, reuniões on-line, chats, videochats e outras formas de interação envolvendo mídias (BÉLANGER E HILLER, 2006 apud ROVER E GALINDO, 2010; KLERING E SCHRÖEDER, 2008; MENEZES, 2006; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008). O quadro 8 demonstra uma síntese da Estrutura de Análise para Avaliação do e-Gov das Secretarias de Estado, acima mencionada. Quadro 8 – Proposta de Estrutura de Análise para Avaliação do e-Gov das Secretarias de Estado Estágio Enfoque I - Informação Presença na internet de informações sobre a Secretaria e serviços. II - Interação Possibilidade de interação entre o cidadão e a Secretaria III - Transação Transações on-line entre cidadão e a Secretaria IV - Integração Possui Sistemas de Informações integrados V - Participação ativa Participação dos Cidadãos em assuntos relacionados ao Estado. Fonte: A autora (2016) Autores (BAUM E DI MAIO, 2000 apud ROVER E GALINDO, 2010; BÉLANGER E HILLER, 2006 apud ROVER E GALINDO, 2010; KLERING E SCHRÖEDER, 2008; MENEZES, 2006; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008). (BAUM E DI MAIO, 2000 apud ROVER E GALINDO, 2010; BÉLANGER E HILLER, 2006 apud ROVER E GALINDO, 2010; KLERING E SCHRÖEDER, 2008; MENEZES, 2006; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008). (BAUM E DI MAIO, 2000 apud ROVER E GALINDO, 2010; BÉLANGER E HILLER, 2006 apud ROVER E GALINDO, 2010; KLERING E SCHRÖEDER, 2008; MENEZES, 2006; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008). (BAUM E DI MAIO, 2000 apud ROVER E GALINDO, 2010; BÉLANGER E HILLER, 2006 apud ROVER E GALINDO, 2010; KLERING E SCHRÖEDER, 2008; MENEZES, 2006; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008). (BÉLANGER E HILLER, 2006 apud ROVER E GALINDO, 2010; KLERING E SCHRÖEDER, 2008; MENEZES, 2006; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008). 33 3 METODOLOGIA Para atender ao objetivo proposto, foram realizadas pesquisas nos sítios eletrônicos governamentais de algumas Secretarias de Estado de Roraima, com base na Estrutura de Análise para Avaliação do e-Gov das Secretarias de Estado, proposta por este trabalho. 3.1 IDENTIFICAÇÃO DOS SÍTIOS GOVERNAMENTAIS DAS SECRETARIAS DE ESTADO DE RORAIMA Para realização deste estudo foram escolhidos os sítios das seguintes Secretarias de Roraima: Secretaria de Estado da Saúde – SESAU, Secretaria de Estado da Educação e Desportos – SEED, Secretaria de Estado de Segurança Pública – SESP, Secretaria de Estado da Fazenda – SEFAZ e Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social – SETRABES. A escolha decorre da consideração de que as Secretarias são as que ofertam o maior número de serviços a população, nas quais podem ser implantados e utilizados de forma mais intensa os procedimentos do e-Gov. 3.2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO Sob o ponto de vista da abordagem do problema, este estudo caracteriza-se como qualitativo, tendo em vista que conforme Marconi e Lakatos (2004) o estudo qualitativo é aquele que tem como premissa, analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano e ainda fornecendo análises mais detalhadas sobre as investigações, atitudes e tendências de comportamento. Quanto aos objetivos, trata-se de uma pesquisa exploratória, que segundo Prodanov e Freitas (2013) caracteriza-se como sendo uma pesquisa que se encontra na fase preliminar, tendo como finalidade proporcionar maiores informações sobre o assunto que será investigado, possibilitando sua definição e seu delineamento. Quanto ao desenvolvimento no tempo, caracteriza-se como de corte transversal, pois segundo Fontelles et al (2009), é realizada em um curto período de tempo, em um determinado momento, ou seja, em um ponto no tempo, tal como agora, hoje. 34 3.3 COLETA E ANÁLISE DE DADOS A coleta dos dados ocorreu no período no período de 27 a 30 de janeiro de 2016, por meio da consulta na internet dos sítios das Secretarias e a análise dos dados foi realizada com base na Estrutura de Análise para Avaliação do e-Gov das Secretarias de Estado, proposta por este trabalho e mencionada no quadro 8, página 32. 3.3.1 Instrumento de Coleta de Dados Visando o levantamento das informações, foi elaborado um Formulário para Avaliação dos Sítios governamentais das Secretarias de Estado de Roraima, conforme quadro 9, que possibilitou a coleta das informações de maneira objetiva e clara. Quadro 9 - Formulário para avaliação dos Sítios governamentais das Secretarias de Estado de Roraima SECRETARIA: SITE DA SECRETARIA: DATA DE ACESSO: 1 - INFORMAÇÃO SIM NÃO SIM NÃO 1.1 O sítio possui informações sobre a sede da Secretaria (endereço, telefone e e-mail).? 1.2 A Secretaria disponibiliza informações sobre sua missão, concepção e objetivos dentro do Governo do Estado? 1.3 O sítio disponibiliza a Agenda do Secretário? 1.4 A Estrutura organizacional da Secretaria (setores vinculados, endereço, e-mail e telefone) é disponibilizada? 1.5 Possui informação sobre as principais autoridades que compõem a Secretaria (nome e cargo)? 1.6 Existem orientações para os serviços prestados pela Secretaria (documentos necessários e outras informações)? 1.7 Existe um campo de perguntas frequentes e respostas sobre a Secretaria? 1.8 Existem notícias institucionais gerais da Secretaria (ações, programas, projetos, informações de utilidade publica, avisos)? 1.9 O site possui um arquivo de notícias? 2 - INTERAÇÃO 2.1 Existe a possibilidade de download de formulários diversos para entrega posterior? 2.2 O sítio permite a consulta de débitos, tributos, taxas, multas? (aplicado a algumas Secretarias) 2.3 O sítio permite a emissão de guias e carnês para pagamento de tributos, taxas, multas, 2as. vias de guia de recolhimento e tributos? (aplicado à algumas Secretarias) 2.4 Permite a consulta e download de legislação que diz respeito às atividades da Secretaria ( leis, decretos, políticas, programas ou ainda outros documentos oficiais)? 2.5 Permite a consulta on-line do andamento (movimentações) de processos e solicitações? 35 2.6 Permite consultas relacionadas à Transparência? 2.7 O sítio possui ferramentas de ajuda de pesquisa (mapa do sítio e mecanismo de busca dentro do site) ? 2.8 Disponibiliza links de interesse (sítios de outras secretarias/órgãos, Portal Oficial do Governo do Estado, Diário oficial do Estado)? 2.9 Possui serviços e utilidades para portadores de necessidades especiais? 2.10 Possui um campo “fale conosco” (por e-mail, telefones para contatos)? 2.11 O sítio é atualizado com regularidade - atualizações inferiores a 30 dias (notícias atualizadas e informações de ultima atualização)? 3 - TRANSAÇÃO 3.1 Possibilidade de Inscrição em programas, eventos culturais, esportivos, sociais e outros? SIM NÃO SIM NÃO 5 - PARTICIPAÇÃO ATIVA SIM 5.1 Possui espaço para avaliação dos serviços públicos prestados pela Secretaria por parte do cidadão? NÃO 3.2 Possibilidade de preenchimento e envio de formulário on-line? 3.3 Permite consulta on-line do teor de processos e solicitações (processos digitais)? 3.4 Permite serviços on-line completo (desde a solicitação à entrega)? 3.5 Possibilita a emissão de certidões e declarações? 3.6 Possui Chat on-line e outras facilidades de comunicações on-line disponíveis? 3.7 Possibilidade de pagamentos on-line ou outros meios de pagamentos (aplicado a algumas Secretarias)? 3.8 Possibilita o parcelamento/renegociação de dívidas junto à Secretaria? (aplicado a algumas Secretarias)? 3.9 O sítio apresenta facilidades de segurança, tais como acesso criptografado, assinatura segura, ou requer autenticação e identificação do cidadão? 4 - INTEGRAÇÃO 4.1 Permite o acompanhamento de processos judiciais? 4.2 Permite a restituição de valores pela internet? 4.3 Possui Central eletrônica de compras / pregões? 4.5 Possui Leilões eletrônicos? 4.6 Permite o Processamento de licitações pela internet? 5.2 Existem convites para participação de eventos futuros relacionados à secretaria/órgão? 5.3 Existe algum tipo de solicitação aos cidadãos no sítio, de sugestões relativas a gestão de recursos ou projetos da Secretaria/órgão? 5.4 Possibilidade de envio de sugestões/críticas para secretaria/órgão via e-mail ou formulário? 5.5 Possibilidade de contato com a autoridade máxima da Secretária através do sítio? Fonte: elaborado pela autora (2016) A composição do referido Formulário, constante no APÊNDICE A, ocorreu com base nos modelos de estágios citados neste trabalho e em seus respectivos formulários, bem como na Estrutura de Análise para Avaliação do e-Gov das Secretarias de Estado, proposta por este trabalho. As questões que compõem os formulários foram agrupadas conforme o tipo de estágio a que estão relacionadas. 36 4 ANÁLISE DE RESULTADOS Apresenta-se neste capítulo a análise dos resultados das visitas realizadas nos sítios da SESAU (www.saude.rr.gov.br) e SEFAZ (www.sefaz.rr.gov.br), com base no formulário criado e na Estrutura de Análise para Avaliação do e-Gov das Secretarias de Estado. Considerando que no período da (www.educacao.rr.gov.br), apresentava-se em coleta dos dados o sítio da SEED manutenção; que o sítio da SESP (http://www.sesp.rr.gov.br), encontrava-se indisponível; e que a SETRABES não possuía um sítio na internet, não foi possível realizar a análise do e-Gov das mencionadas Secretarias. Consta no quadro 10 a síntese das análises realizadas nos sítios da SESAU e SEFAZ. Quadro 10 - Síntese das análises realizadas nos sítios da SESAU e SEFAZ QUESTÕES 1 – INFORMAÇÃO 1.1 O sítio possui informações sobre a sede da Secretaria (endereço, telefone e e-mail).? 1.2 A Secretaria disponibiliza informações sobre sua missão, concepção e objetivos dentro do Governo do Estado? 1.3 O sítio disponibiliza a Agenda do Secretário? 1.4 A Estrutura organizacional da Secretaria (setores vinculados, endereço, e-mail e telefone) é disponibilizada? 1.5 Possui informação sobre as principais autoridades que compõem a Secretaria (nome e cargo)? 1.6 Existem orientações para os serviços prestados pela Secretaria (documentos necessários e outras informações)? 1.7 Existe um campo de perguntas frequentes e respostas sobre a Secretaria? 1.8 Existem notícias institucionais gerais da Secretaria (ações, programas, projetos, informações de utilidade publica, avisos)? 1.9 O site possui um arquivo de notícias? 2 – INTERAÇÃO 2.1 Existe a possibilidade de download de formulários diversos para entrega posterior? 2.2 O sítio permite a consulta de débitos, tributos, taxas, multas? (aplicado a algumas Secretarias) 2.3 O sítio permite a emissão de guias e carnês para pagamento de tributos, taxas, multas, 2as. vias de guia de recolhimento e tributos? (aplicado à algumas Secretarias) 2.4 Permite a consulta e download de legislação que diz respeito às atividades da Secretaria ( leis, decretos, políticas, programas ou ainda outros documentos oficiais)? 2.5 Permite a consulta on-line do andamento (movimentações) de processos e solicitações? 2.6 Permite consultas relacionadas à Transparência? 2.7 O sítio possui ferramentas de ajuda de pesquisa (mapa do sítio e mecanismo de busca dentro do site) ? 2.8 Disponibiliza links de interesse (sítios de outras secretarias/órgãos, Portal Oficial do Governo do Estado, Diário oficial do Estado)? 2.9 Possui serviços e utilidades para portadores de necessidades especiais? 2.10 Possui um campo “fale conosco” (por e-mail, telefones para contatos)? 2.11 O sítio é atualizado com regularidade - atualizações inferiores a 30 dias (notícias atualizadas, informações de ultima atualização)? SECRETARIA SESAU SEFAZ SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO SE APLICA NÃO SE APLICA SIM SIM SIM NÃO SIM NÃO SIM SIM NÃO SIM SIM NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM SIM SECRETARIA 37 SESAU SEFAZ QUESTÕES 3 – TRANSAÇÃO 3.1 Possibilidade de Inscrição em programas, eventos culturais, esportivos, sociais e outros? NÃO SIM 3.2 Possibilidade de preenchimento e envio de formulário on-line? NÃO SIM 3.3 Permite consulta on-line do teor de processos e solicitações (processos digitais)? NÃO NÃO 3.4 Permite serviços on-line completo (desde a solicitação à entrega)? 3.5 Possibilita a emissão de certidões e declarações? NÃO NÃO SIM SIM 3.6 Possui Chat on-line e outras facilidades de comunicações on-line disponíveis? NÃO NÃO 3.7 Possibilidade de pagamentos on-line ou outros meios de pagamentos (aplicado a algumas Secretarias)? NÃO SE APLICA NÃO 3.8 Possibilita o parcelamento/renegociação de dívidas junto à Secretaria? (aplicado a algumas Secretarias)? NÃO SE APLICA NÃO 3.9 O sítio apresenta facilidades de segurança, tais como acesso criptografado, assinatura segura, ou requer autenticação e identificação do cidadão? NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO NÃO 4 – INTEGRAÇÃO 4.1 Permite o acompanhamento de processos judiciais? 4.2 Permite a restituição de valores pela internet? 4.3 Possui Central eletrônica de compras / pregões? 4.5 Possui Leilões eletrônicos? 4.6 Permite o Processamento de licitações pela internet? 5 - PARTICIPAÇÃO ATIVA 5.1 Possui espaço para avaliação dos serviços públicos prestados pela Secretaria por parte do cidadão? 5.2 Existem convites para secretaria/órgão? participação de eventos futuros relacionados à 5.3 Existe algum tipo de solicitação aos cidadãos, no sítio, de sugestões relativas a gestão de recursos ou projetos da Secretaria/órgão? 5.4 Possibilidade de envio de sugestões/críticas para secretaria/órgão via e-mail ou formulário? 5.5 Possibilidade de contato com a autoridade máxima da Secretária através do sítio? Fonte: elaborado pela autora (2016) 4.1 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE RORAIMA – SESAU O sítio da SESAU possui a maioria dos quesitos do Estágio I, caracterizado pela presença da informação, pois disponibiliza informações sobre a sede da Secretaria: endereço, telefone e e-mail (item 1.1), a sua estrutura organizacional: setores, titulares, telefones, endereços e e-mail (item 1.4), a sua missão, visão e valores (item 1.2), bem como notícias relacionadas à Secretaria (item 1.8), o que demonstra que as informações básicas estão sendo disponibilizadas aos cidadãos (BAUM E DI MAIO, 2000 apud ROVER E GALINDO, 2010; BÉLANGER E HILLER, 2006 apud ROVER E GALINDO, 2010; KLERING E SCHRÖEDER, 2008; MENEZES, 2006; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008). Porém, 38 não disponibiliza um campo com Perguntas frequentes e respostas sobre a Secretaria (item 1.7) nem disponibiliza agenda do Secretário (item 1.3), que são informações úteis para o cidadão. (BAUM E DI MAIO, 2000 apud ROVER E GALINDO, 2010; KLERING E SCHRÖEDER, 2008; MENEZES, 2006). Quanto ao estágio II, caracterizado pela possibilidade de interação, o sítio da SESAU já possui algumas características importantes como a possibilidade de consultas e download de Legislação (item 2.4), ferramentas de pesquisa no sítio (item 2.7), link de endereços úteis: Portal do Governo do Estado, órgão federias relacionados à saúde e Diário Oficial do Estado (item 2.8) e notícias atualizadas regularmente (item 2.11), o que demonstra que o site já possibilita uma boa interação entre cidadão e Secretaria (BAUM E DI MAIO, 2000 apud ROVER E GALINDO, 2010; BÉLANGER E HILLER, 2006 apud ROVER E GALINDO, 2010; KLERING E SCHRÖEDER, 2008; MENEZES, 2006; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008). No quesito transparência (item 2.6), o sítio possui apenas informações sobre licitações (avisos, editais, resultados, cotações e atas de registros de preços), no entanto, as outras informações podem ser obtidas através de um link, disponibilizado no sítio, que direciona o usuário ao sítio eletrônico da transparência do Governo do Estado de Roraima. Por outro lado, alguns quesitos não são disponibilizados como download de formulários (item 2.1), consulta on-line de solicitações (item 2.5), serviços e utilidades para portadores de necessidades especiais (item 2.9), e o campo “fale conosco” (item 2.10) que apesar de existir no site não se encontra ativo quando se clica no mesmo, o que pode demonstrar uma contrariedade aos autores (BAUM E DI MAIO, 2000 apud ROVER E GALINDO, 2010; BÉLANGER E HILLER, 2006 apud ROVER E GALINDO, 2010; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008) quando caracterizam o estágio de interação como a inclusão de recursos que permite a interação do o cidadão com o governo e a obtenção de serviços simples que podem ser processados por 24 horas a qualquer dia. O sítio não possibilita transações entre governo e cidadão (item 3), a integração de sistemas (item 4) e nem a possibilidade de participação ativa do cidadão (item 5) em assuntos relacionados à Secretaria, ou seja, o sítio não apresenta os quesitos que caracterizam os estágios III, IV e V, proposto por este trabalho. Dessa forma, com base nas características apresentadas, o site da SESAU classifica-se no estágio II, pois além de possuir a maioria dos quesitos do estágio I, demonstrando, portanto, que já oferece aos cidadãos informações necessárias e úteis sobre a Secretaria, o 39 mesmo já possui mais da metade dos quesitos do estágio II, o que demonstra um avanço do sítio que já possibilita uma interação entre Secretaria e Cidadão. 4.2 SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DE RORAIMA – SEFAZ Quanto ao Estágio I, caracterizado pela presença da informação, o sítio da SEFAZ possui a maioria dos requisitos presentes no formulário, pois dispõe de informações sobre a sede da Secretaria: endereço, e-mail e telefone (item 1.1), sua visão de negócio (item 1.2), sua estrutura organizacional: setores, vínculos, endereço, e-mail e telefone (item 1.4), informações sobre as principais autoridades que a compõem (item 1.5), notícias sobre a Secretaria (item 1.8) e um campo de dúvidas frequentes (item 1.7) (BAUM E DI MAIO, 2000 apud ROVER E GALINDO, 2010; BÉLANGER E HILLER, 2006 apud ROVER E GALINDO; KLERING E SCHRÖEDER, 2008; MENEZES, 2006; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008). Não se observou, no entanto, um campo com orientações sobre os serviços prestados pela Secretaria (item 1.6), como por exemplo, documentos necessários para solicitações e nem informações sobre a agenda do Secretário (item 1.3). Quanto ao estágio II, a SEFAZ também possui a maioria dos requisitos, o que demonstra uma boa interação entre cidadão e a Secretaria. Em seu sítio é disponibilizado o download de formulários para posterior entrega (item 2.1), consulta e emissão de débitos para pagamento de tributos, como o Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais – DARE (itens 2.2 e 2.3), consulta e download de legislação específica (item 2.4) e consultas relacionadas à transparência (item 2.6), pois embora as informações não estejam presentes no site da própria SEFAZ, a mesma disponibiliza um link que direciona o visitante ate o Portal de Transparência do Governo do Estado de Roraima, onde podem ser obtidas as informações. Além disso, disponibiliza link de outros órgão e secretarias estaduais e federais (item 2.8); possui um campo de contato “fale conosco” que consiste em um formulário que pode ser preenchido e enviado de forma on-line (item 2.10), e possui informações atualizadas (item 2.11), como a de repasses municipais datados de 19.01.2016 (BAUM E DI MAIO, 2000 apud ROVER E GALINDO, 2010; BÉLANGER E HILLER, 2006 apud ROVER E GALINDO, 2010; KLERING E SCHRÖEDER, 2008; MENEZES, 2006; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008). Poucos requisitos deste estágio não foram encontrados no sítio, como a possibilidade de consulta on-line de andamento de solicitações (item 2.5), pois apesar de possuir o link 40 "acompanha protocolo", ao clicar no mesmo, consta a informação de que está em manutenção e pede para se dirigir às agências da SEFAZ. Também não consta no sítio ferramentas de ajuda de busca no site (item 2.7), nem serviços e utilidades voltadas para portadores de necessidades especiais (item 2.9) (BAUM E DI MAIO, 2000 apud ROVER E GALINDO, 2010; KLERING E SCHRÖEDER, 2008; MENEZES, 2006; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008). Quanto ao estágio III, caracterizado pela possibilidade de transação, o sítio da SEFAZ possui também a maioria dos requisitos deste estágio, o que demonstra que a transação online é umas das facilidades que a Secretaria vem implantando e que está em avanço. O sítio possibilita a inscrição on-line em programa (item 3.1) como o “Nota Fiscal Roraimense” que visa incentivar os cidadãos a solicitar a inclusão do CPF na emissão do documento fiscal no ato de suas compras, bem como conscientizá-los sobre a importância social do tributo e através do Programa os cidadãos concorrem a prêmios em dinheiro. O sítio possibilita também o preenchimento e envio de formulários de solicitações online (item 3.2), como ocorre, por exemplo, para emissão de certidão negativa de débitos e da DARE, que são fornecidas de forma on-line, permitindo, portanto a realização de transações completas. Além disso, a certidão negativa de débito é gerada com um código de autenticação que permite sua validação no próprio site, o qual possui segurança (item 3.9), uma vez que o acesso ao mesmo é criptografado. Verificou-se, no entanto, que o site não possibilita a consulta do teor de processos e solicitações (processos digitais) (item 3.3), nem disponibiliza chat on-line e outras facilidades de comunicação on-line (item 3.6), bem como não permite pagamentos on-line (item 3.7) e não possui opção de parcelamento/renegociação de dívidas de cidadãos junto à Secretaria (item 3.8) (KLERING E SCHRÖEDER, 2008; MENEZES, 2006; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008). O sítio também não possui integração de sistemas (item 4) já que não apresenta os quesitos presentes no Estágio IV. Quanto ao estágio V, caracterizado pela possibilidade de participação ativa do cidadão em assuntos relacionados à Secretaria (item 5), verificou-se que a SEFAZ possibilita o envio de sugestões/críticas por meio de um formulário on-line (item 5.4), porém não possui nenhuma outra característica do mencionado estágio. (MENEZES, 2006; TORRES, 2006 apud ARAKAKI, 2008). Dessa forma, pode-se classificar o sítio da SEFAZ no estágio III, pois já possui um grande avanço em relação aos serviços prestados de forma on-line. A mesma possui a maioria 41 dos quesitos presentes nos estágios I, II e III, disponibilizando informações importantes aos cidadãos e a possibilidade de interação e transação entre a Secretaria e o cidadão. 4.3 ANÁLISE TRANSVERSAL DAS SECRETARIAS DE ESTADO DE RORAIMA ABORDADAS Observou-se que embora as duas Secretarias analisadas pertençam ao Governo do Estado de Roraima, há diferença nos níveis de maturidades de seus sítios eletrônicos, sendo que a SEFAZ já possui um avanço em termos de e-gov comparada a SESAU. Quanto aos estágios IV e V da Estrutura de Análise para Avaliação do e-Gov das Secretarias de Estado, proposta por este trabalho, que se referem respectivamente a integração de sistemas e participação ativa de cidadãos em assuntos relacionados às Secretarias, observa-se que nenhum dos sítios analisados se enquadra nesses estágios, mostrando dessa forma, que há ainda necessidade de aprimoramento e emprego de esforços, por parte da Secretaria, para sua implementação. Em geral, com exceção da SEFAZ que já possui um avanço em termos de e-gov, percebe-se que os demais sítios não estão explorando ao máximo o potencial de comunicação da internet para prestar serviços de forma on-line, permitindo transações que facilitem a vida do cidadão e que diminuam a burocracia do serviço público, tornando-os mais ágeis. 42 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A Secretaria de Estado de Segurança Pública – SESP e a Secretaria de Estado da Educação e Desportos – SEED, apesar de possuírem um endereço na internet, não puderam ter seus sítios classificados em nenhum dos estágios constantes na Estrutura de Análise para Avaliação do e-Gov das Secretarias de Estado, tendo em vista que no período de coleta dos dados os sítios se encontravam em manutenção e indisponível, respectivamente. A Situação da Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social – SETRABES, em termos de e-Gov é ainda mais crítica, tendo em vista que não possui sequer um sítio na internet. Considerando que a internet está cada vez mais presente na sociedade que busca praticidade, facilidades e economia de tempo, observa-se que a SETRABES talvez não esteja empreendendo esforços para que se efetive a implantação de seus serviços de formas on-line, para que as informações aos cidadãos cheguem de forma facilitada e mais rápida. Conforme Pinho (2008), em uma sociedade que cada vez mais utiliza recursos digitais, a criação de facilidades de acesso e de busca de informação torna-se uma questão fundamental. No tocante ao objetivo geral desta pesquisa, o mesmo foi alcançado pois embora tenha ocorrido a análise dos sítios de somente de duas Secretarias (SESAU e SEFAZ), foi possível analisar o estágio de evolução em que os mesmos se encontravam. Quanto aos objetivos específicos faz-se as seguintes considerações: A análise dos requisitos de avaliação do estágio de evolução dos sítios governamentais foi realizada com base nos modelos de outros autores que abordaram o tema governo eletrônico. Com base nos modelos analisados, foi criada uma proposta de uma Estrutura de Análise para Avaliação do e-Gov de Secretarias de Estado, que foi utilizada na análise das Secretarias de Estado de Roraima. Os sítios governamentais utilizados pelas Secretarias do Governo do Estado de Roraima foram identificados e foi realizada a avaliação do estágio de evolução dos sítios que se encontravam disponíveis, permitindo identificar e classificar em que estágio os mesmos se encontravam. Por fim, demonstra-se que a estrutura proposta para avaliar os sítios das Secretarias do Governo do Estado de Roraima apresentou-se adequada para os fins elaborados no presente estudo, de acordo com a avaliação empreendida, conforme se verifica no APÊNDICE B, o qual demonstra os resultados da análise empreendida e da estrutura empregada. 43 5.1 SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS Sugere-se a realização de forma quantitativa do estudo abordado por este trabalho, visando verificar se a proposta de Estrutura de Análise para Avaliação do e-Gov das Secretarias de Estado pode ser aplicada aos sítios governamentais. Sugere-se ainda, a aplicação de uma pesquisa qualitativa em sítios de outros Estados para verificar a existência de diferença entre resultados de contextos diferentes. 44 REFERÊNCIAS ALBERTIN, A. L.; ALBERTIN, R. M. Benefícios do uso de tecnologia de informação para o desempenho empresarial. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, n. 42, p. 275302, mar./abr. 2008. 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Questão obtida do formulário de Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008), que visa avaliar a presença de informações básicas da Secretaria na web. 1.2 A Secretaria disponibiliza informações sobre sua missão, concepção e objetivos dentro do Governo do Estado? Questão obtida do formulário de Menezes (2006), que conforme o mesmo visa verificar se as metas e objetivos da secretaria estão claros para o público, para que se possa analisar se as políticas e programas que a secretaria vem empreendendo estão de acordo com seu papel dentro do Estado. 1.3 O sítio disponibiliza a Agenda do Secretário? 1.4 A Estrutura organizacional da Secretaria (setores vinculados, endereço, e-mail e telefone) é disponibilizada? 1.5 Possui informação sobre as principais autoridades que compõem a Secretaria (nome e cargo)? 1.6 Existem orientações para os serviços prestados pela Secretaria (documentos necessários e outras informações)? Questões obtidas do formulário de Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008), que visam avaliar a presença na web de informações básicas como composição, estrutura e serviços da Secretaria. 1.7 Existe um campo de perguntas freqüentes e respostas sobre a Secretaria? Elaborado pela a autora com base nas definições do estágio informação dada por Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO, 2010) no qual afirma que as informações nesta fase são relevantes; por Klering e Schröeder (2008) que informa que nessa fase a comunicação ocorre apenas “de mão única”; e por Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008), que classifica em seu formulário, como fase da informação, as orientações constantes no site sobre 48 os serviços prestados pela Secretaria. Logo, ao disponibilizar um campo de perguntas frequentes e respostas sobre a Secretaria, o cidadão já consegue obter informações úteis e relevantes de forma rápida, sem a necessidade de se dirigir à Secretaria para a busca de informações. 1.8 Existem notícias institucionais gerais da Secretaria (ações, programas, projetos, informações de utilidade publica, avisos)? 1.9 O site possui um arquivo de notícias? Questões obtidas do formulário de Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008), que visam avaliar a presença de informações básicas e de notícias nos sítios das Secretarias. 2. ESTÁGIO II – INTERAÇÃO 2.1 Existe a possibilidade de download de formulários diversos para entrega posterior? Questão obtida do formulário de Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008), que busca avaliar a interação entre o órgão público e o cidadão. Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO, 2010), ao definir o estágio interação, também menciona que nesse estágio o site habilita os cidadãos a fazerem downloads de todo o tipo de formulários e documentos, entretanto, o cidadão ainda tem que ir a repartição pública para finalizar a transação. 2.2 O sítio permite a consulta de débitos, tributos, taxas, multas? (aplicado a algumas Secretarias) 2.3 O sítio permite a emissão de guias e carnês para pagamento de tributos, taxas, multas, 2as. vias de guia de recolhimento e tributos? (aplicado à algumas Secretarias) Presentes no formulário de Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008) que visam avaliar a interação entre o órgão público e o cidadão. 2.4 Permite a consulta e download de legislação que diz respeito às atividades da Secretaria ( leis, decretos, políticas, programas ou ainda outros documentos oficiais)? Elaborada pela autora com base nos formulários de Menezes (2006) e Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008), bem como no modelo de estágios de Klering e Schröeder (2008), que mencionam as informações sobre leis aprovadas como característica do estágio de interação entre cidadão e governo. 49 2.5 Permite a consulta on-line do andamento (movimentações) de processos e solicitações? Elaborada pela autora com base modelo de Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO, 2010), no qual menciona que na fase de interação há possibilidade do uso de ferramentas para pesquisa de informações, que permitem ganho de tempo para o público interessado e podem ser processadas 24 horas por dia, 7 dias por semana. Desta forma, não há necessidade de o cidadão se dirigir à Secretaria para saber o andamento de sua solicitação, pois essa informação pode ser obtida no sítio da Secretaria. 2.6 Permite consultas relacionadas à Transparência? Elaborada pela a autora com base na questão presente no formulário de Menezes (2006), sobre a possibilidade de acesso a relatórios, cronogramas ou outros demonstrativos das atividades/programas ou políticas da Secretaria. Conforme Menezes (2006) essa questão visa avaliar o grau de transparência e a preocupação do gestor em oferecer informações oficiais e de relevância sobre as ações empreendidas pelo órgão. 2.7 O sítio possui ferramentas de ajuda de pesquisa (mapa do sítio e mecanismo de busca dentro do site) ? Elaborada pela autora com base no formulário de Menezes (2006), no qual menciona que as ferramentas de procura, ajuda e mapa do sítio refletem o grau de preocupação com a navegabilidade do sítio, ou seja, a facilidade de obtenção/acesso às informações disponibilizadas no sítio para a sociedade. 2.8 Disponibiliza links de interesse (sítios de outras secretarias/órgãos, Portal Oficial do Governo do Estado, Diário oficial do Estado)? Elabora pela autora com base no formulário de Menezes (2006) que atribui a presença de link de interesse ao estágio de informação, bem como, com base no modelo de Klering e Schröeder (2008), que atribui a esse estágio a resença de links para outros sites úteis. 2.9 Possui serviços e utilidades para portadores de necessidades especiais? 50 Questão obtida do formulário de Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008) que visa avaliar a interação entre o órgão público e o cidadão. 2.10 Possui um campo “fale conosco” (por e-mail, telefones para contatos)? Elaborada pela autora com base no modelo de Bélanger e Hiller (2006, apud ROVER E GALINDO, 2010), no qual menciona que no estágio de interação o sítio permite que os cidadãos se comuniquem com o governo; bem como, com base no modelo de Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008) que informa que nessa fase há a possibilidade de comunicação por e-mail. 2.11 O sítio é atualizado com regularidade - atualizações inferiores a 30 dias (notícias atualizadas, informações de ultima atualização)? Questão obtida do formulário de Menezes (2006), pois, conforme o mesmo, esta questões visa verificar se existe divulgação das informações veiculadas na mídia sobre a secretaria e se existe preocupação na atualização das informações disponíveis no sítio pois isto demonstra o grau de preocupação dos gestores com a qualidade das informações veiculadas no sítio. 3. ESTÁGIO III – TRANSAÇÃO 3.1 Possibilidade de Inscrição em programas, eventos culturais, esportivos, sociais e outros? Obtida do formulário de Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008) que avalia a existência de transações entre o órgão público e o cidadão. 3.2 Possibilidade de preenchimento e envio de formulário on-line? 3.3 Permite consulta on-line do teor de processos e solicitações (processos digitais)? 3.4 Permite serviços on-line completo (desde a solicitação à entrega)? 3.5 Possibilita a emissão de certidões e declarações? Questões elaboradas pela a autora com base nos modelos de Bélanger e Hiller (2006, apud ROVER E GALINDO, 2010), no qual informa que nesse estágio o governo possui ambientes on-line disponíveis para transações reais com os seus cidadãos, bem como o modelo de Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO, 2010), que menciona que 51 nesse estágio transações completas podem ser efetuadas sem que o cidadão precise ir à repartição pública. 3.6 Possui Chat on-line e outras facilidades de comunicações on-line disponíveis? Elaborada pela autora com base na questão que trata sobre a possibilidade de interação on-line entre cidadão e governo, presente no formulário de Menezes (2006), que conforme a mencionada autora, a questão tenta identificar o grau de disponibilidade do governo em interagir com o cidadão e de forma semelhante, através dessa questão verifica-se a disponibilidade da secretaria em atender os cidadãos de forma on-line. 3.7 Possibilidade de pagamentos on-line ou outros meios de pagamentos (aplicado a algumas Secretarias)? Elaborada pela autora com base no formulário de Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008) que inclui a possibilidade de pagamento on-line no estágio de transação entre cidadão e governo; bem como no modelo de Klering e Schröeder (2008) que atribui também ao estágio de transação a possibilidade de pagamentos on-line. 3.8 Possibilita o parcelamento/renegociação de dívidas junto à Secretaria? (aplicado a algumas Secretarias)? Questão obtida do formulário de Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008) que inclui a possibilidade de parcelamento/renegociação de dívidas ao estágio de transação. 3.9 O sítio apresenta facilidades de segurança, tais como acesso criptografado, assinatura segura, ou requer autenticação e identificação do cidadão? Questão obtida do formulário de Menezes (2006), que de acordo com o mesmo, visa identificar o grau de inovação do sítio. De acordo com Baum e Di Maio (2000 apud ROVER E GALINDO, 2010), o estágio transação, é mais complexo por necessitar resolver questões de segurança e personalização, incluindo a necessidade de assinatura digital e aspectos legais relacionados com a execução dos serviços. 4. ESTÁGIO IV – INTEGRAÇÃO 4.1 Permite o acompanhamento de processos judiciais? 4.2 Permite a restituição de valores pela internet? 52 4.3 Possui Central eletrônica de compras / pregões? 4.5 Possui Leilões eletrônicos? 4.6 Permite o Processamento de licitações pela internet? Questões obtidas do formulário de Torres (2006 apud ARAKAKI, 2008), que visam avaliar o estágio de integração da Secretaria. 5. ESTÁGIO V – PARTICIPAÇÃO ATIVA 5.1 Possui espaço para avaliação dos serviços públicos prestados pela Secretaria por parte do cidadão? 5.2 Existem convites para participação de eventos futuros relacionados à secretaria/órgão? 5.3 Existe algum tipo de solicitação aos cidadãos, no sítio, de sugestões relativas a gestão de recursos ou projetos da Secretaria/órgão? 5.4 Possibilidade de envio de sugestões/críticas para secretaria/órgão via e-mail ou formulário? 5.5 Possibilidade de contato com a autoridade máxima da Secretária através do sítio? Questões obtidas do formulário de Menezes (2006), que visam avaliar a possibilidade de participação do cidadão na gestão do serviço público. 53 APÊNDICE B - Resultados da análise empreendida e da estrutura empregada. SECRETARIA ESTÁGIO SESAU SEFAZ SESP I - INFORMAÇÃO - - - SEED SETRABES - - II - INTERAÇÃO X - - - - III - TRANSAÇÃO - X - - - IV - INTEGRAÇÃO - - - - - V - PARTICIPAÇÃO ATIVA Fonte: elaborado pela autora (2016) - - - - -