Analise_Transacional

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A Análise Transacional surge com Eric Berne que a utilizou como um
método novo e segundo ele, efetivo de Terapia Grupal. Toma a psicanálise
como marco comparativo de referência e pode ser definida como “método
racional para analisar e compreender a conduta humana”.
Eric Berne desenvolve um esquema chamado de tripartido da
personalidade. Segundo ele todos os indivíduos são compostos de três partes
diferentes: PAI, ADULTO e CRIANÇA, o que denominou de ESTADOS DO EU.
Estas três partes apresentam ligação direta com os componentes da
personalidade que o individuo ira apresentar, como por exemplo, modos de
agir, pensar e sentir. Conforme Berne apenas uma delas funciona de cada vez
na conduta observável do indivíduo, ou seja, utilizamos alternadamente nossos
estados do eu, conforme a solicitação das circunstancias.
ESTADOS DO EU:
PAI → Inclui qualquer familiar ou pessoa que tenha tido influencia
sobre nós durante a infância. Suas funções são educar, proteger, alimentar,
dirigir e controlar, ensinar a viver em sociedade.
ADULTO → Funcionamos com esta parte quando raciocinamos frente
a um problema, quando analisamos o que se ganha e o que se perde ao
enfrentar qualquer situação de modo racional. Suas funções são estudar,
trabalhar e ganhar dinheiro.
CRIANÇA → Representa nossa parte infantil, ou melhor, o emocional,
a diversão, o prazer, o amor, a alegria, o riso, o pranto e tudo o que se refere
ao corpo.
Eric Berne desenvolve o conceito chamado ARGUMENTO (SCRIPT),
que segundo ele é o plano de vida inconsciente que cada um de nós leva
dentro de sua criança íntima; se forma geralmente antes dos cinco anos. São
dois os tipos de argumentos. Eles podem ser: construtivos (de ganhadores), ou
destrutivos (de perdedores). Um destes dois fica gravado e dirige toda a vida
do indivíduo, ao menos que seja descoberto a tempo e modificado.
Berne teoriza também a posição existencial, que para ele significa o
modo como as pessoas se sentem e sentem os demais. Esta posição
existencial se estabelece na infância e é representada pelas expressões OK e
não-OK.
Outro conceito de Eric Berne é o das carícias; que são estímulos
intencionais e com carga afetiva, dirigidos de um indivíduo a outro, com
possibilidade de resposta. São classificados em: positivos, falsos positivos e
negativos. Conforme Berne, ao longo da vida, buscamos o tipo de carícia com
a qual nos acostumamos na infância; estas podem ser positivas ou negativas.
As técnicas de tratamento utilizadas que seguem como base o método,
de Eric Berne, são:
Análise Estrutural → Separação dos estados do eu; ativação e
fortalecimento do adulto. Enquadre: na maioria das vezes individual.
Análise das Transações → Análise das relações entre o tripartido: PAI–
ADULTO – CRIANÇA do paciente com o PAI- ADULTO - CRIANÇA de outras
pessoas. Enquadre: grupal.
Análise dos Jogos → Diagnóstico dos jogos do paciente. Enquadre:
grupal.
Análise do Argumento → Aplicação de perguntas correspondentes e
relação com a biografia pessoal e familiar, elaboração de um novo plano de
vida com o adulto. Enquadre: na maioria das vezes individual.
A Análise Transacional costuma ser combinada com as seguintes
técnicas: Psicanálise, Psicodrama, Terapia Comportamental e Terapia
Gestaltista.
A crítica da Analise Transacional quanto ao método psicanalítico é que
esta técnica é insuficiente para dar conta de questões como custo e urgência
na área de saúde mental. A Análise Transacional reconhece e se insere
conservadoramente na estrutura econômica, política e ideológica da sociedade
capitalista, segue em suas próprias transações o modelo por ela proposto:
maximização dos ganhos e minimização das perdas. A cura e a alta dos
pacientes é definida pelo próprio objetivo que o paciente deseja alcançar, ou
seja, uma auto-regulação por parte do paciente. O grupo não é definido como
unidade específica de estudo e prática e sim propõe um seguimento entre
Terapia Individual e Grupal.
O grupo terapêutico é o lugar destinado aos jogos e às transações.
Porém os critérios de cura, saúde, relação coordenador-grupo permanecem
unicamente pensáveis dentro de um marco no qual o individual e o social estão
numa relação de enfrentamento e separação. Pelo que se depreende da
entrevista, de acordo com o corpo nocional da Analise Transicional, a demanda
da saúde mental é concebida como problema de aprendizagem originário do
meio familiar. No que se refere aos problemas de aprendizagem considerados
mais graves, como a esquizofrenia, a solução proposta é a recriação de
pacientes, num meio familiar de estrutura saudável.
A inserção atual dos transacionalistas no mercado se faz quase que
unicamente em nível de atendimento privado. A dificuldade de penetrar nas
instituições públicas é vista como devida quer pequenos recursos da
previdência social, quer ao suposto caráter revolucionário da prática. A busca
pela formação em A.T. aparece como ligada ao tipo de personalidade do
terapeuta em contraposição à formação psicanalítica.
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Ana Paula Baranuik
Fernanda Chaves Veiga
Julia Barboza Camillo
Sarah Brenda Tramujas
Sibelle H. Do Amaral Polak
Talita Borges Nasarez
A Análise Transacional
Seminário apresentado à disciplina de
Dinâmicas de Grupo do Curso de Psicologia
do Centro de Ciências Biológicas e de
Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná,
como requisito parcial à obtenção do título
de Bacharel em Psicologia.
Professora: Dra. Maria Sara de Lima Dias
CURITIBA
2010
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