Microsoft PowerPoint - Patog\352nese das doen\347as

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Biologia de Microrganismos - 2º Semestre
de 2012
25/04/2016
Universidade Federal de Juiz de Fora
Departamento de Parasitologia, Microbiologia e
Imunologia
Patogênese das doenças
bacterianas e relação
bactéria-hospedeiro
Vânia Lúcia da Silva
Qual a importância de se conhecer a patogênese das
doenças bacterianas?
Morbidade
Mortalidade
Econômico
Bactérias
Doenças
Patogênese
Qual a importância de se conhecer a patogênese das
doenças bacterianas?
Morbidade
Mortalidade
Econômico
Bactérias
Doenças
Controle
- Curso da infecção
- Disseminação
transmissão
- Diagnóstico
- Tratamento
(drogas)
Patogênese
Prof. Cláudio
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Biologia de Microrganismos - 2º Semestre
de 2012
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Elementos envolvidos no processo saúde-doença
Ambiente
Agente etiológico
DOENÇA
Hospedeiro
SAÚDE
Diversidade e ubiquidade bacteriana
Conjunto de nichos
ambientais que fornece:
Nutrientes
Umidade
Calor
Exposição X Colonização X Doença
Morte
Doença - alteração do estado normal do organismo
Infecção ou colonização - presença e multiplicação de
uma bactéria em um hospedeiro, sem sinais e sintomas
perceptíveis
Exposição
Prof. Cláudio
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Biologia de Microrganismos - 2º Semestre
de 2012
25/04/2016
Um microrganismo é um patógeno
se for capaz de causar doença
Patogenicidade – propriedade de um microrganismo
provocar alterações fisiológicas no hospedeiro, ou seja,
capacidade de produzir doença.
Virulência – Grau de patogenicidade, determinada pelos
fatores de virulência expressos pelas células.
O resultado da relação bactéria-hospedeiro depende da:
Patogenicidade do
microrganismo
Resistência do
hospedeiro
X
Fatores de virulência
Mecanismo de defesa
Microbiota residente
• Microrganismos encontrados com regularidade
determinada área, quase sempre em altos números
• Não produzem doença em condições normais;
• Diversificada habilidade metabólica
em
Funções
• Barreira contra instalação
patogênicos
de microrganismos
• Produção de substâncias utilizáveis pelo hospedeiro
• Degradação de substâncias tóxicas
• Modulação do sistema imunológico
Prof. Cláudio
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Biologia de Microrganismos - 2º Semestre
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Caráter anfibiôntico
Microrganismos podem se comportar como
patógenos oportunistas, em situações de
desequilíbrio ou ao serem introduzidos em sítios
não específicos.
Ex: E. coli no intestino: inofensivo
E. coli no trato urinário: colonização - infecção
urinária (doença)
Microbiota transitória
• Microrganismos não patogênicos ou potencialmente
patogênicos
• Passam “temporariamente” pelo hospedeiro
Alguns microrganismos transitórios têm pouca importância,
desde que a microbiota residente esteja em equilíbrio:
=> Havendo alteração nesse equilíbrio, os
microrganismos transitórios podem proliferar-se e
causar doença
Mecanismos bacterianos de patogenicidade
Rotas de
transmissão
Portas de
entrada
Aderência
Invasão
Dano
Doença
Portas de
saída
Colonização
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Portas de entrada
o Membranas
mucosas
(Trato respiratório,
gastrintestinal,
geniturinário,
conjuntiva)
o Pele
o Via parenteral
Portas de entrada
Trato respiratório
Inaladas para dentro da cavidade nasal ou boca
– gotículas de umidade ou partículas de pó
Bactéria
Streptococcus pneumoniae
Doença
Pneumonia pneumocócica
Mycobacterium tuberculosis
Tuberculose
Bordetella pertusis
Coqueluche
Portas de entrada
Trato gastrintestinal
Alimentos e água
Bactéria
Shigella spp
Doença
Shigelose
Salmonella enterica
Salmonelose
Salmonella typhi
Febre tifoide
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Portas de entrada
Trato geniturinário
Porta de entrada de patógenos sexualmente transmitidos
Membranas mucosas íntegras ou presença de cortes
Bactéria
Neisseria gonorrhoeae
Treponema pallidum
Chlamydia trachomatis
Doença
Gonorréia
Sífilis
Uretrite
Portas de entrada
Pele ou via parenteral
Pele íntegra – impenetrável para maioria das bactérias
Cortes, ferimentos, injeções - favorecem a entrada
Bactéria
Clostridium tetani
Doença
Tétano
Rickettsia rickettsii
Febre maculosa
Clostridium perfringens
Gangrena gasosa
Porta de entrada preferencial
Pré-requisito para serem capazes de causar doença
Salmonella typhi – sinais e sintomas quando ingeridas (via
preferencial); se em contato com a pele – sem colonização.
Streptoccocus pneumoniae – se inalados (via preferencial) podem
causar pneumonia; se ingeridos – sem colonização.
Alguns podem iniciar doença a partir de mais de uma porta de
entrada. Ex: Bacillus anthracis
Prof. Cláudio
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Fatores de virulência
Estruturas, produtos ou estratégias que contribuem para o
aumento da capacidade da bactéria de causar doença
Aderência
Geralmente
é
específica,
dependente
reconhecimento bactéria-hospedeiro
do
• Adesinas - localizadas em estruturas de superfície da
célula e interagem com receptores das células do
hospedeiro.
Aderência
Cápsula
Fímbrias
Pilus
Prof. Cláudio
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Aderência
Biofilmes –
Comunidades estruturadas de
células microbianas envolvidas
por exopolissacarídeos e
aderidas a superfícies
Biofilme – placa dental
Aderência
E. coli entero-hemorrágica
O157:H7
aderida
às
microvilosidades intestinais
E. coli aderida nas
células
da
bexiga
humana
Como os patógenos bacterianos ultrapassam as defesas do
hospedeiro
• Fatores
anti-fagocitose
–
bloqueiam
a
fagocitose.
Cápsula, componentes da
parede celular (proteína M,
proteína OPA)
Prof. Cláudio
N. gonorrhoeae - substância
previne a fusão do lisossomo
com as vesículas fagocíticas –
permite a sobrevivência
dentro dos fagócitos
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Escape das defesas do hospedeiro
Enzimas
• Coagulase – coagula o fibrinogênio no sangue, forma coágulo
– protege a bactéria da fagocitose e a isola de outras defesas
do hospedeiro.
Staphylococcus aureus
Escape das defesas do hospedeiro
• Colagenase – hidrólise do colágeno que forma os tecidos
conectivos de músculos e outros tecidos e orgãos. Células do
hospedeiro fracamente aderidas - disseminação da bactéria.
Streptococcus spp
Clostridium perfringens
Escape das defesas do hospedeiro
Variação antigênica – alguns patógenos alteram seus
antígenos de superfície.
Neisseria gonorrhoeae – cópias do
gene que codifica proteina Opa –
células que apresentam diferentes
antigenos
Prof. Cláudio
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Biologia de Microrganismos - 2º Semestre
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Como os patógenos bacterianos causam danos às
células hospedeiras: invasão e inflamação
Dano direto – a própria aderência e invasão da bactéria–
danos e lise das células hospedeiro.
Ex: Shigella, E. coli, Salmonella e N. gonorrhoeae
Utilização de nutrientes do
hospedeiro – removem ferro das
proteínas
hospedeiro.
transportadoras
do
Sideróforo – enterobactina
Salmonella spp e E.coli
Como os patógenos bacterianos causam danos às
células hospedeiras: produção de enzimas e toxinas
Exotoxina – produzidas e liberadas no meio
• Citotoxina
• Neurotoxina
• Enterotoxina
Endotoxina – lipídeo A do LPS
Citotoxina – destrói célula hospedeira
Toxina de estafilococos – formam poros – liberação do conteúdo
celular e influxo de compostos extracelulares – lise celular
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Neurotoxina – Clostridium botulinum
Toxina botulínica – age nas junções neuromusculares e impede a
transmissão de impulsos para músculo (não se contrai)
Neurotoxina – C. tetani
Toxina tetânica – liga-se às células nervosas – contração muscular
incontrolável
-Produzida por Clostridium tetani
-Atinge o SNC e se liga às células nervosas que
controlam a contração de músculos esqueléticos
-A contração muscular se torna incontrolável,
produzindo os sintomas convulsivos.
Enterotoxina – Vibrio cholerae
Aumento da secreção de líquidos e eletrólitos pelas células
intestinais – diarreia intensa
Prof. Cláudio
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Enterotoxina – Vibrio cholerae
transmissão
Diarreia
intensa
Vibrio cholerae
Endotoxinas
Parte da porção externa da parede celular das bactérias Gramnegativas.
Bactérias gram negativas mortas liberam endotoxina – induz
efeitos como febre, inflamação, diarreia, choque e
coagulação do sangue
Endotoxinas e a resposta pirogênica
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Exotoxinas e endotoxinas
Propriedade
Fonte bacteriana
Relação com a bactéria
Propriedade química
Efeito no organismo
Indução de febre
Exotoxina
Principalmente
Gram positiva
Produto metábolico
Endotoxina
Gram negativa
Presente LPS
Proteína
Lipídeo
Específica para
Geral –produzem
estrutura ou função
mesmo efeito
Não
Sim
Portas de saída
• Secreções, excreções ou tecidos que
descamam
• Geralmente é a mesma da porta de
entrada
• Trato respiratório, gastrintestinal,
geniturinário e pele
• Várias portas de saída – podem
disseminar
entre
hospedeiros
susceptíveis
Rotas de
transmissão
Portas de
entrada
Portas de
saída
Fatores relacionados ao hospedeiro
Fatores de risco do hospedeiro
• Idade
- Crianças: mais susceptíveis às infecções (intestinais e
respiratórias)
- Idosos: mais susceptíveis às infecções respiratórias.
• Estresse e dieta
- Fontes de estresse fisiológico (fadiga, dieta pobre,
desidratação, mudanças climáticas bruscas) – aumentam a
incidência e gravidade das doenças infecciosas.
• Hospedeiro comprometido
- Um ou mais mecanismos de defesa estão inativados –maior
vulnerabilidade
Prof. Cláudio
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Barreiras físicas e químicas do hospedeiro
Fatores relacionados ao hospedeiro
Fatores de proteção do hospedeiro
• Respostas imunes inatas
Proporcionam respostas locais rápidas ao desafio de uma bactéria
Sistema complemento, neutrófilos, macrófagos e células natural killer
• Respostas imunes adaptativas
Identificam, atacam e eliminam as bactérias de forma específica
Anticorpos e células T
Macrófago fagocitando
bactérias
Antígeno - anticorpo
Interações bactéria-hospedeiro
“O jogo da patogênese”
Prof. Cláudio
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Quais são cartas das bactérias? “As cartas de virulência”
Cada fator de virulência é considerado uma carta que pode
contribuir para a patogenicidade bacteriana
(Microbe, 2006)
“As cartas de virulência”
Conjunto de diferentes cartas e trocas de cartas
Quais são as cartas do hospedeiro? “As cartas de defesa”
As cartas do hospedeiro: barreiras químicas e físicas, resposta imune inata,
resposta imune adaptativa, imunização, tratamento, diagnóstico, prevenção
pele
pH
ácido
macrófago
anticorpo
antimicrobiano
diagnóstico
neutrófilos
campanhas
de
vacinação
Prof. Cláudio
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25/04/2016
O resultado do jogo da patogênese
- Quais as cartas cada jogador possui
- Como as cartas são usadas
Prof. Cláudio
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