2013 o n 5 Suplemento especial RESUMOS DA XI JORNADA PAULISTA DE PLANTAS MEDICINAIS Universidade Bandeirante Anhanguera Programa de Pós-graduação em Farmácia 2 RPIF 2013 Suplemento especial XI JORNADA PAULISTA DE PLANTAS MEDICINAIS 1O Congresso Paulista de Fitoterapia Editorial A Universidade Bandeirante Anhanguera – UNIBAN, em parceria com a Associação Paulista de Fitoterapia – APFIT, promove a 11ª Jornada Paulista de Plantas Medicinais e o 1º Congresso Paulista de Fitoterapia, que ocorre de 6 a 9 de Novembro de 2013 na cidade de São Paulo, na Unidade Maria Cândida. O tema geral do evento é “A relação universidade-empresa e a geração de medicamentos fitoterápicos no Brasil”, com apresentação de palestras, mesas-redondas, cursos diversos e exposição de pôsteres. A escolha do tema busca, novamente, reforçar que, apesar de termos uma abundante biodiversidade e um quadro de pesquisadores e instituições experimentes e capacitadas, nossa produtividade em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos é mínima, incompatível com a necessidade do país. Em valores, o mercado brasileiro 2013 está dimensionado na faixa de R$ 1,4 bilhão, o que representa cerca de 3% do mercado fitoterápico mundial; em termos de produtos fitoterápicos desenvolvidos com espécies nativas, o faturamento atinge apenas cerca de R$ 35 milhões, representando 2,5% do faturamento brasileiro, que já é baixo. Tal situação precisa ser avaliada, criticada profundamente e desse processo podem surgir propostas e interações diversas capazes de ampliar o universo de produtos fitoterápicos desenvolvidos no país. Os resumos publicados nesta edição correspondem a 80 trabalhos apresentados na forma de pôster, nas seguintes áreas do conhecimento: Botânica, Agronomia, Etno (botânica e farmacologia), Tecnologia, Controle de Qualidade, Farmacologia, Toxicologia, Clínica, Microbiologia, Políticas públicas e outros temas relacionados. Agradecemos aos participantes, palestrantes, debatedores e patrocinadores a presença na Jornada, esperando que se constitua num momento oportuno ao debate, à ampliação do conhecimento e, assim, contribua à consolidação da fitoterapia no contexto científico, terapêutico e industrial brasileiro. Luis Carlos Marques (Presidente APFIT) Maria Cristina Marcucci Ribeiro (Presidente da Comissão Organizadora) Universidade Bandeirante Anhanguera Endereço para correspondência Mestrado Profissional em Farmácia Universidade Bandeirante Anhanguera – Unidade Maria Cândida R. Maria Cândida, 1813 - CEP 02071-013 – São Paulo - SP Brasil Tel: +55 11 2967 9147/9137 E-mail: [email protected] 3 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais Índice de Títulos 01.01 ESTUDO MORFOANATÔMICO DAS FOLHAS DE Cybistax antisyphilitica (Bignoniaceae) Pereira PM1, Fiuza TS1, Ferreira HD2, Paula JR1, Tresvenzol LMF1 1 UFG - Faculdade de Farmácia, 2UFG - ICB 01.02 ESTUDO MORFOANATÔMICO DAS FOLHAS DA Jacaranda brasiliana (Lam.) Pers. Pereira PM1, Fiuza TS1, Ferreira HD2, Paula JR1, Tresvenzol LMF1 1 UFG - Faculdade de Farmácia, 2UFG - ICB 01.03 MORFOANATOMIA DE Muehlenbeckia sagittifolia (Ortega) Meisn. (Polygonaceae) Erbano M1, Perico CP2, Bohn A2, Santos EP2 1 Universidade Federal do Paraná - Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, 2 Universidade Federal do Paraná - Departamento de Botânica 01.04 VARIABIDADE GENÉTICA DE Salvia lachnostachys Benth. (Lamiaceae). Erbano M1, Schühli GS2, Santos EP1 1 Universidade Federal do Paraná - Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, 2 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Florestas 01.05 CARACTERIZAÇÃO AGRONÔMICA DE PLANTAS MEDICINAIS DO HORTO DA EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL Ilkiu-Borges F1, Rodrigues ST1, Lameira OA2, Moreira JK, Mendes MJA 1 Embrapa Amazônia Oriental - Laboratório de Botânica, 2Embrapa Amazônia Oriental Laboratório de Biotecnologia 01.06 AVALIAÇÃO FARMACOGNÓSTICA DA DROGA VEGETAL CIPÓ-PRATA Scheffler AV1, Munhoz FA1, Santos MC1, Marques LC1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Mestrado Profissional em Farmácia. 01.07 ESCLARECIMENTO DA IDENTIDADE BOTÂNICA DA DROGA VEGETAL JOÃO-DA-COSTA (CAULES DE Diclidanthera laurifolia Mart.) Vendramini JRHEA1, Villagra BLP, Marques LC1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Mestrado Profissional em Farmácia. 01.08 ANTIPARASITIC ACTIVITY OF COUMARIN COMPOUNDS Oyafuso LT1, Barbosa SCA1, Pereira RMS1, Santos MRM1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Programa de Biotecnologia e Inovação em Saúde 4 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 01.09 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DO JAMBU Spilanthes oleracea L. Wadt NSY1, Balbino DM1, Souza MS1, Almeida ITM1, Silva TH1, Gavinho D1, Okamoto MKH1, Bach EE1 1 Universidade Nove de Julho (UNINOVE) 01.10 ESTUDO MORFOANATÔMICO DE Passiflora setacea DC Almeida AR1, Kato ETM1, Bacchi EM1 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo - Farmacognosia 02.01 CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE CAPÍTULOS FLORAIS DE Calendula officinalis L. INOCULADAS COM FUNGOS MICORRÍZICOS E ADUBADAS COM FÓSFORO Heitor LC1, Lima TC1, Freitas MSM1, Prins CL1, Daflon DSG1, Carvalho AJC1, Martins MA2 1 Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - LFIT, 2Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - LSOL 02.02 AVALIAÇÃO “IN VITRO” DO POTENCIAL DA TINTURA DE AÇOITA-CAVALO (Luehea divaricata Mart.), NOVALGINA (Achillea millefolium), GERVÃO (Stachytarphetta spp), AMORA-PRETA (Morus nigra L.), CAVALINHA (Equisetum giganteum L.), GRAVIOLA (Annona muricata), GUACO (Mikania glomerata), JAMBOLÃO (Syzygium cumini L.), JURUBEBA (Solanum paniculatum), SABUGUEIRO (Sambucus australis) E GENGIBRE (Zingiber officinale) NO CONTROLE DO CRESCIMENTO MICELIAL DE Monilinia fructicola Oliveira JSF1, Bittencourt ALA1, Martins DP1, Yamamoto SM1, Camilo SB1 1 Faculdade Integral Cantareira 02.03 AVALIAÇÃO “IN VITRO” DA TINTURA DE JAMBOLÃO (S. cumini L.); BÁLSAMO (M. toluifera); AÇOITA-CAVALO (L. divaricata Mart.); COPAÍBA (C. langsdorffii); NOVALGINA (A. millefolium); GERVÃO (Stachytarphetta. spp); AMORA-PRETA (M. nigra L.); CAVALINHA (E. giganteum L.) E GUACO (M. glomerata) NA INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO DE Colletotrichum spp Martins DP1, Bittencourt ALA1, Yamamoto SM1, Oliveira JSF1, Camilo SB1 1 Faculdade Integral Cantareira 02.04 AVALIAÇÃO DAS TINTURAS DE AÇOITA CAVALO (L. divaricata MART.), ALFACE (L. sativa), CONFREI (S. officinate L.), COPAÍBA (C. langsdorffii), FRUTA-DO-LOBO (S. grandiflorum), JURUBEBA (S. paniculatum), GENGIBRE (Z. officinale), GRAVIOLA (A. muricata L.), GUACO (M. glomerata Spreng.), JAMBOLÃO (S. cumini l.), MANGABA (H. speciosa), SUCUPIRA (D. purpurea) “in vitro” NA INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO MICELIAL DO Fusarium oxysporum. Bittencourt ALA1, Yamamoto SM, Martins DP, Oliveira JSF, Camilo SB 1 Faculdade Integral Cantareira, São Paulo, SP, Brasil 5 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 02.05 PURIFICAÇÃO PARCIAL DO EXTRATO DE MANJERICÃO E IDENTIFICAÇÃO DA FRAÇÃO INDUTORA DE RESISTÊNCIA NA INTERAÇÃO CEVADA-FUNGO. Sorato N1, Melo JR1, Franklin VA1, Bach EE1 1 UNINOVE – Saúde 02.06 USO DO EXTRATO DE MANJERICÃO, DE LOCAIS DIFERENTES, COMO INDUTOR DE RESISTÊNCIA EM PLANTAS DE CEVADA (EMBRAPA 195) CONTRA Bipolaris sorokiniana. Sorato N1, Almeida DA1, Santos LC1, Wadt NSY1, Bach EE1 1 UNINOVE – Saúde 03.01 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ESTROGÊNICA OU ANTI ESTROGÊNICA DE FITOCOMPLEXOS DE Physalis angulata e Dioscorea alata EM RATAS PRÉ PÚBERES E PÚBERES Rodrigues GMC1, Contini SHT1, Gelfuso EA1, Moreira LGQ1, França SC1, Del Bianco-Borges B2 1 UNAERP, Ribeirão Preto - Biotecnologia, 2USP 03.02 EVALUATION OF Solidago chilensis DC EXTRACT (BRAZILIAN ARNICA) IN THE MECHANISMS OF WOUND HEALING Gastaldo B1, Hatanaka E2, Bortolon JR2, Mutata G2, Bacchi EM1 1 FCF/USP - Farmácia, 2Universidade Cruzeiro do Sul – ICAFE 03.03 LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS PARA O TRATAMENTO DE FERIDAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE. Lins Neto JR, Silva DIS1, Souza CCS1, Albuquerque JFC1, Sena KXFR 1 Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Antibióticos 03.04 DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE Spirulina platensis Souza CCS1, Santos MA1, Albuquerque JFC1, Catanho MTJA2 1 Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Antibióticos, 2Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Fisiologia e Farmacologia 04.01 PADRONIZAÇÃO DO EXTRATO DE Achyrocline alata POR PLANEJAMENTO FATORIAL Demarque DP1, Carollo CA1, Boaretto AG1, Fernandes-Fitts SM2 1 Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Laboratório de Farmacognosia, 2Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Laboratório de Microbiologia 04.02 CARACTERIZAÇÃO DO EXTRATO SECO COMERCIAL DE Uncaria tomentosa VISANDO A OBTENÇÃO DE CO-PROCESSADOS CONTENDO EXTRATO E POLÍMERO HIDROFILICO POR SPRAY-DRIER Braga AC1, Peregrino C2, Mourão S1, Dos Santos P1 1 UFF - Faculdade de Farmácia, 2UFF – LURA 6 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 04.03 PRODUÇÃO DE INOVAÇÃO FARMACÊUTICA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA (MESTRADO PROFISSIONAL) DA UNIVERSIDADE BANDEIRANTE ANHANGUERA – UNIBAN Paulino N1, Suárez JAQ1, Valduga CJ1, Pereira RM1, Ribeiro MCM1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Mestrado Profissional em Farmácia. 04.04 APRESENTAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO IRRIGATÓRIA PARA BIOPULPECTOMIAS CONTENDO EXTRATO TIPIFICADO DE PRÓPOLIS DE Baccharis dracunculifolia - PROPY® C Paulino N1, Paulino AS2 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Mestrado Profissional em Farmácia, 2 MEDLEX Gestão de Informações & Cursos Ltda - Desenvolvimento & Inovação em Produtos, Florianópolis, SC 04.05 COMPARAÇÃO DO CONTEÚDO DE COMPOSTOS FENÓLICOS E DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO CHÁ PRETO (Camellia sinensis) EM SACHÊ E BEBIDA PRONTA. Noriega P1, Barbosa MC2, Fiorderize C2, Leal JO2, Medeiros DS2, Mizutani NL2, Cocato ML2 1 Nanofitotec - CIETEC-IPEN/USP, 2Universidade Anhembi Morumbi – Farmácia 05.01 Physalis angulata L. - EFEITOS DO CONDICIONAMENTO OSMÓTICO E ESTRESSES ABIÓTICOS NOS TEORES DE SECO-ESTERÓIDES Soares M1, Souza MO2, Souza CLM2, Ribeiro IM1, Rodrigues CP1, Mazzei JL1, Pelacani CR2, Tomassini TCB1 1 FIOCRUZ / Farmanguinhos - Laboratório de Química de Produtos Naturais - PN2, 2UEFS Departamento de Ciências Biológicas 05.02 Capsicum frutescens (PIMENTA MALAGUETA) Silva AGF1, Marcucci MC1, Alpiovezza AR1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN. 05.03 PARÂMETROS FISICO-QUÍMICOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE CHOCOLATES Silva AGF1, Marcucci MC1, Alpiovezza AR1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN. 05.04 ESTABILIDADE DE CREME COMPOSTO POR EXTRATOS AQUOSOS DE PLANTAS. Soares VCG1,2, Marques SA1,2, Moura C1 1 UNIP - ICS, 2UNIANCHIETA – FARMÁCIA 7 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 05.05 AVALIAÇÃO DO LÍQUIDO EXTRATOR PARA EXTRAÇÃO DE BUTANOLÍDEOS DE Piper malacophyllum POR CLAE. Dos Santos MC1, Silva EK1, Zermiani T1, Costa MC1, Bittencourt CMS1, Malheiros A1, Machado MS1 1 Univali, Curso de Farmácia, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, SC, Brasil. 05.06 CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DOS ÁCIDOS MIRSINÓICOS A E B ISOLADOS DE Rapanea ferruginea. Zermiani T1, Silva RML1, Malheiros A1, Bresolin TMB1 1 Universidade do Vale do Itajaí - Programa de Mestrado em Ciências Farmacêuticas 05.07 CARACTERIZAÇÃO FARMACOGNÓSTICA DA DROGA VEGETAL JOÃO-DA-COSTA (CAULES DE Diclidanthera laurifolia Mart.) Vendramini JRHEA1, Villagra BLP2, Munhoz FA1, Marcucci MC1, Marques LC1 1Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN. 06.01 EFEITO CITOTÓXICO DE EXTRATO ETANÓLICO DE FOLHAS DE Citrullus lanatus (THUNB.) (Cucurbitaceae) PARA LEUCEMIA PRO-MIELOCÍTICA Siqueira SL1, Militão CGM1, Albuquerque JFC1 1 UFPE - Departamento de Antibióticos 06.02 CITOTOXICIDADE DE EXTRATO ETANÓLICO DE FOLHAS DE Cucurbita pepo L. (Cucurbitaceae) PARA CARCINOMA DE LARINGE Siqueira SL1, Militão GCG1, Albuquerque JFC1 1 UFPE - Departamento de Antibióticos 06.03 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE Vernonia condensata Borges AS1, Queiroz GL1, Gonçalvez RCR1, Kitagawa RR1 1 UFES - Departamento de Ciências Farmacêuticas 06.04 TERAPIA FITOTERÁPICA COMO ADJUVANTE NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER Pereira da Silva ME1, Santos GAA2, Janz FL1, Pardi PC1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, 2Senac - Curso de Farmácia 06.05 SCREENING FARMACOLÓGICO DA DROGA VEGETAL FLORES DE JASMIM Alpiovezza AR1, Pinto MS1, Gonçalves ID1, Marcucci MC1, Marques LC1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN. 8 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 06.06 EFEITOS DA 7-HIDROXICUMARINA NA POPULAÇÃO DE LINFÓCITOS T EM MODELO MURINO DE LISTERIOSE. Ferreira FG1, Aquino CB1, Cabral PF2, Silva MS3, Oliveira CO4, Araujo RSA5, Barbosa-Filho JM5, Queiroz MLS3 1 Unicamp / Puc Campinas - Hemocentro, 2Unica / Puc Campinas - Hemocentro, 3Unicamp Hemocentro, 4Unicamp - Farmacologia, 5UFBP - Farmacologia 06.07 EFEITOS DA 7-HIDROXICUMARINA NA POPULAÇÃO DE CÉLULAS NK E PRODUÇÃO DE IFNGAMMA EM CAMUNDONGOS INFECTADOS COM Listeria monocytogenes. Aquino CB1, Ferreira FG1, Silva MS2, Cabral PF1, Araujo RSA3, Barbosa-Filho JM3, Torello CO4, Queiroz MLS2 1 Unicamp / Puc Campinas - Hemocentro, 2Unicamp - Hemocentro, 3UFBP - Farmacologia, 4 Unicamp – Farmacologia 06.08 SCREENING FARMACOLÓGICO DA DROGA VEGETAL RIZOMAS DE ‘NÓ-DE-CACHORRO’ (Vernonia cognata Less. – Asteraceae) Pinto MS1, Alpiovezza AR1, Gonçalves ID1, Marcucci MC1, Marques LC1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN. 06.09 ATIVIDADES ANTIOXIDANTE E ANTITUMORAL DE Diclidanthera laurifolia Mart. Stoppa C1, Vendramini J1, Nunes C2, Ribeiro MCM1, Diniz S1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, 2FMUSP. 06.10 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIPROLIFERATINA IN VITRO DE AMOSTRAS DE Piper umbellatum L. DE DIFERENTES PROCEDÊNCIAS Iwamoto LH1, Andrade PH2, Ruiz ALTG3, Carvalho JE3, Foglio MA1, Rodrigues RAF1 1 UNICAMP/CPQBA - Departamento de Fitoquimica, 2PUC-CAMPINAS - Farmácia, 3 UNICAMP/CPQBA - Departamento de Farmacologia e Toxicologia 07.01 AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA ORAL DE Passiflora edulis Sims (Passifloraceae) EM CAMUNDONGOS Beraldo J1, Soares CHW2, Kato ETM3, Silva JLV1 1 Universidade Nove de Julho - Saúde, 2Universidade Nove de Julho - FarmáciaBioquímica/Saúde, 3Universidade de São Paulo - Faculdade de Ciências Farmacêuticas 07.02 AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA DO EXTRATO HIDROETANÓLICO DA MAMA CADELA (Brosimum gaudichaudii Trécul) EM CAMUNDONGOS. Okamoto MKH1, Rodrigues FNO1, Silva ALC1, Silva LM1, Wadt NSY1, Bach EE1 - 1Universidade Nove de Julho - Saúde 9 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 07.03 AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA DO HIDROLATO DE Melaleuca armillaris Sm. EM CAMUNDONGOS. Okamoto MKH1, Fernades VM1, Silva ALC1, Silva VTRW1, Wadt NSY1, Bach EE1 1 Universidade Nove de Julho - Saúde 07.04 ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA, APOPTÓTICA EM OSTEOCLASTOS E CITOTÓXICA DAS PLANTAS Mentha x villosa Huds e Chenopodium ambrosioides L. Juiz PJL1, Ávila Campos MJ2, Gambari R3, Piva R3, Penolazi L3, Silva F4, Lucchese AM5, Uetanabaro APT6 1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Centro de Ciências da Saúde, 2Universidade de São Paulo, 3Università Degli Studi di Ferrara - Departamento de Bioquímica e Biologia molecular, 4Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Centro de Ciências Agrárias, 5 Universidade Estadual de Feira de Santana - Departamento de Ciências Exatas, 6 Universidade Estadual de Santa Cruz - Departamento de Ciências Biológicas. 08.01 CITOLOGIA HORMONAL VAGINAL SOB USO DE ISOFLAVONAS DERIVADAS DO Glycine max (L.) Merr. Lima SMRR1, Reis BF2, Bernardo BFA1, Silva GMD1, Silva MAG3, Yamada SS1 - 1FCMSCSP Obstetricia E Ginecologia - DOGI, 2UNIVAS - Obstetrícia e Ginecologia - DOGI, 3FCMSCSP – Patologia 08.02 ESTUDO DA MICROBIOTA VAGINAL EM MULHERES APÓS A MENOPAUSA COM O USO DE ISOFLAVONAS VIA VAGINAL Andreotti JDB1, Lima SMRR1, Endo CM1, Scorzelli ACC1, Fortunato FG1, Watanabe DT1, Bernardo BFA1, Sasagawa SM1, Yamada SS1, Ueda SMY1 1 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. 08.03 MORFOMETRIA DO EPITÉLIO VAGINAL DE MULHERES APÓS A MENOPAUSA COM USO DE ISOFLAVONAS VIA VAGINAL Scorzelli ACC1, Lima SMRR1, Fortunato FG1, Watanabe DT1, Endo CM1, Andreotti JDB1, Bernardo BFA1, Silva MALG1. 1 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. 08.04 ESTUDO DOS EFEITOS DA Cimicifuga Racemosa NAS MULHERES APÓS A MENOPAUSA USUÁRIAS DE TAMOXIFENO OU INIBIDORES DE AROMATASE PARA O TRATAMENTO DE CÂNCER DE MAMA Hernandes LM1, Macruz CF2, Lima SMRR2, Martins MM2 1 FCMSCSP, 2FCMSCSP – DOGI 10 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 08.05 TRABALHO CLÍNICO DE ANÁLISE DE RESULTADOS USANDO PLANTAS MEDICINAIS EM CURATIVOS EXTERNOS NOS PACIENTES AMBULATORIAIS E/OU VISITAS DOMICILIARES Guagliardi TC, Petit Prieto AF1, Pereira MMC, Iabiku C, Pureza Neto OC, Bizerra CM, Barcaghi H, Alves dos Santos L, Torres CAS, Nascimento C, Breve M, Machado D. 1 PMSBC + PMD – Saúde. 08.06 USO DE INFUSÃO DE Bauhinia forficata NO TRATAMENTO DE FERIDA EM BOVINO Silva MDA1, Guterres KA1, Scherer B1, Acosta GS1, Martins CF2, Cleff MB2 1 Universidade Federal de Pelotas, 2Universidade Federal de Pelotas - Departamento de Clínicas Veterinárias. 08.07 ANÁLISE IN VITRO DO EXTRATO DE Campomanesia xanthocarpa NA ATIVAÇÃO CELULAR EM LINHAGENS MONOCÍTICAS THP-1 Cunha EBB1, Silva NF2, Viecili PRN3, Aita CAM2 1 Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Escola de Medicina - Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Escola de Medicina, 3 Universidade de Cruz Alta - Instituto de Cardiologia de Cruz Alta 09.01 ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE Coutarea hexandra (JACQ.) K. SCUM. FRENTE A Candida albicans. Plastino PJ1, Solidônio EG2, Sena KXFR1, Albuquerque JFC1 1 Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Antibióticos, 2Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Energia Nuclear 09.02 AVALIAÇÃO POR MICROSCOPIA ELETRÔNICA DO EXTRATO ETANÓLICO DE Punica granatum NA DIMINUIÇÃO DA REPLICAÇÃO DO BoHV-1 COLORADO EM ZIGOTOS MURINOS EXPERIMENTALMENTE INFECTADOS. Palazzi EG1,2,3, Felicio JD1, Pituco EM1, Stefano E1, Okuda LO1, Hansen D1, Nogueira AHC1, Fernandes MJB1, Simoni IC1, Gonçalves RF1, Lima MS1, Scrivanti JB4, Vicente EJ5 1 Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, São Paulo, SP, Brasil, 2Interunidades em Biotecnologia /ICB_USP. 3Doutorando, 4Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Laboratório de Controle Genético e Sanitário Animal. 5 Universidade de São Paulo - Departamento de Microbiologia. 09.03 ESTUDO IN VITRO DA ATIVIDADE ANTIVIRAL DE DUAS ESPÉCIES DE PLANTAS MELITÓFILAS CONTRA HERPESVÍRUS BOVINO E SUÍNO. Simoni IC1, Aguiar B2, Parreira MR2, Fernandes MJB2, Fávero OA3 1 Instituto Biológico - Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, São Paulo, SP, Brasil. 2Instituto Biológico. 3Universidade Presbiteriana Mackenzie. 11 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 09.04 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE FUNGICIDA DO ÓLEO VOLÁTIL DE Peperomia pellucida (L) Kunth. (Piperaceae) Sussa FV1, Felicio JD2, Gonçalez E2, Silva PSC1 1 Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN/CNEN/USP - CRPq - Centro do Reator de Pesquisa, 2Centro de Sanidade Animal do Instituto Biológico (IB) 09.05 DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL ANTIFÚNGICO DE Astronium urundeuva (Allemão) Engl. (Anacardiaceae) CONTRA Candida albicans RESISTENTE A DERIVADOS AZÓLICOS. Bonifácio BV1, Negri KMS1, Ramos MAS1, Silva PB1, Toledo LG2, Lucena VAA1, Wagner V3, Almeida MTG2, Bauab TM1 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara- UNESP/FCFAR - Departamento de Ciências Biológicas, 2Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP Departamento de Doenças Dermatológicas, Infecciosas e Parasitárias, 3Campus Experimental do Litoral Paulista – UNESP 09.06 AVALIAÇÃO DAS TINTURAS DE AÇOITA CAVALO (Luehea divaricata Mart.), ALFACE (Lactuca sativa), BÁLSAMO (Myroxylon peruiferum L. f.), COPAÍBA (Copaifera langsdorffii), FRUTA-DO-LOBO (Solanum grandiflorum), GERVÃO (Stachytarphetta spp.), GRAVIOLA (Annona muricata L.), GUACO (Mikania glomerata Spreng.), JAMBOLÃO (Syzygium cumini L.) E SABUGUEIRO (Sambucus nigra L.) “in vitro” NA INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO MICELIAL DE Sclerotinia sclerotiorum Yamamoto SM1, Bittencourt ALA1, Martins DP1, Oliveira JSF1, Camilo SB1 - 1Faculdade Integral Cantareira. 09.07 EXTRATO METANÓLICO DE ESCAPOS DE Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhland (Eriocaulaceae), UMA NOVA ABORDAGEM ANTIFÚNGICA CONTRA C. krusei e C.glabrata Ramos MAS1, Bonifácio BV1, Silva PB1, Toledo LG2, Negri KMS1, Lucena VAA1, Santos LC3, Almeida MTG2, Bauab TM1 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara- UNESP/FCFAR - Departamento de Ciências Biológicas, 2Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP Departamento de Doenças Dermatológicas, Infecciosas e Parasitárias, 3Instituto de Química de Araraquara - UNESP/IQ - Departamento de Química Orgânica 09.08 PERFIL ANTIFÚNGICO DO EXTRATO METANÓLICO DE ESCAPOS DE Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhland (Eriocaulaceae) CONTRA LEVEDURAS NÃO-albicans ISOLADAS DE TRATO GENITAL FEMININO. Bauab TM1, Bonifácio BV1, Silva PB1, Negri KMS1, Lucena VAA1, Toledo LG2, Almeida MTG2, Santos LC3, Ramos MAS1 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara- UNESP/FCFAR - Departamento de Ciências Biológicas, 2Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP Departamento de Doenças Dermatológicas, Infecciosas e Parasitárias, 3Instituto de Química de Araraquara - UNESP/IQ - Departamento de Química Orgânica 12 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 09.09 AVALIAÇÃO BIOLÓGICA DE DUAS FORMULAÇÕES A PARTIR DE PRODUTOS NATURAIS PARA USO COMO CONSERVANTES DE ALIMENTOS Fujisawa DIR1, Araujo FRC1, Mendes PB1, Mendonca S1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN. 09.10 ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE DROGAS VEGETAIS DA RELAÇÃO NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS DE INTERESSE PARA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO Silveira SAS1, Araujo FRC1, Barbosa AP1, Mendonca S1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN. 09.11 DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO ETANÓLICO DE Cucurbita pepo L. (CUCURBITACEAE) PARA GERMES GRAM-POSITIVOS E GRAM-NEGATIVOS Plastino PJ1, Sena KXFR1, Albuquerque JFC1 1 Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Antibióticos 09.12 ANÁLISE MICROBIANA DOS FRUTOS DE Morinda citrifolia Fernandes MAG1, Bucek EU1, Paula GS1, Vieira TR1, Velasco ND1, Abreu MTCL1 1 Uniube 09.13 ATIVIDADE DE EXTRATOS DE Pothomorphe umbellata FRENTE A Candida tropicalis Freitas JA1, Sorrechia R1, Rodrigues ER2, Pietro RC1 1 UNESP - Fac. de Ciências Farmacêuticas, 2UNIFEG - Centro Univ. Guaxupé 10.01 MATERIAL DE ORIENTAÇÃO DE PRODUTO FITOTERÁPICO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE E PACIENTES ATENDIDOS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Braz T1, Kato ETM1 1 Universidade de São Paulo - Departamento de Farmácia 11.01 AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO ALHO (Allium sativum L.) SOBRE O COLESTEROL PLASMÁTICO EM COELHOS COM HIPERCOLESTEROLEMIA INDUZIDA Alves MJQF1, Klassa B1, Groselli MM1, Tardivo ACB1 1 Instituto de Biociencias/UNESP – Fisiologia 11.02 EFEITOS DO MARACUJÁ (Passiflora edulis f. flavicarpa), IN NATURA, SOBRE O NÍVEL DE COLESTEROL PLASMÁTICO EM COELHOS COM HIPERCOLESTEROLEMIA EXPERIMENTAL. Alves MJQF1, Groselli MM1, Okawabata FS1, Damasceno BF1, Moraes MB1, Tardivo ACB1 1 Instituto de Biociencias/UNESP – Fisiologia 13 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 11.03 ATIVIDADE ANTIPROLIFERATIVA DE PLANTAS MEDICINAIS CULTIVADAS NO RECÔNCAVO BAIANO FRENTE AS LINHAGENS CELULARES K562, MCF-7 e MDA-231 Juiz PJL1, Gambari R2, Piva R2, Brognara E2, Silva F3, Alves RJC4, Lucchese AM5, Uetanabaro APT6 1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Centro de Ciências da Saúde, 2Università Degli Studi di Ferrara - Departamento de Bioquímica e Biologia molecular, 3Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Centro de Ciências Agrárias, 4Universidade Estadual de Feira de Santana - Departamento de Biologia, 5Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Ciências Exatas, 6Universidade Estadual de Santa Cruz - Departamento de Ciências Biológicas. 11.04 CURATIVO FITOTERÁPICO: UMA ALTERNATIVA TERAPÊUTICA EM UMA UNIDADE PILOTO DO MUNICÍPIO DE DIADEMA – RELATOS DE CASOS. Torres CAS1, Santos LA2, Prieto AFP3 1 Prefeitura de Diadema - saúde, 2Prefeitura Municipal de Diadema - Saúde, 3Prefeitura Municipal de São Bernardo e Diadema – Saúde 11.05 ESTUDO DO POTENCIAL ALELOPÁTICO DOS EXTRATOS DE Eugenia punicifolia SOBRE AS SEMENTES DE PEPINO (Cucumis sativus L.) Santos C1, Costa MF1, Kolb RM1 1 Unesp - Assis - Depto C. Biológicas 11.06 ANÁLISE QUALITATIVA DOS CONSTITUINTES VOLÁTEIS DOS FRUTOS DE Eugenia punicifolia Kunt DC Duó-Bartolomeu AC1, Fiori GML2, França SC1, Pereira AMS1, Taleb-Contini SH1 1 Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) - Unidade de Biotecnologia de Plantas Medicinais, 2 Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP). - Núcleo de Pesquisa em Produtos Naturais e Sintéticos (NPPNS) 11.07 ATIVIDADE INIBITÓRIA DE Ochroma pyramidale SOBRE HIALURONIDASE Ferreira JF1, Barros IMC1, Viana TL1, Fagg CW2, Magalhães PO1, Silveira D1, Simeoni LA1 1 Universidade de Brasília - Faculdade de Ciências da Saúde/Campus Universitário Darcy Ribeiro, 2Universidade de Brasília - Faculdade de Ceilândia/Campus UnB-Ceilândia 11.08 FICHA DE ANAMNESE NA PRÁTICA FITOTERÁPICA Mourão VB, Gaspi FOG1 1 Pós-graduação em Fitoterapia - Fundação Hermínio Ometto - FHO/UNIARARAS 14 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 11.09 ATIVIDADE VIRUCIDA DO EXTRATO ETANÓLICO DE Origanum vulgare FRENTE AO VÍRUS DA ARTERITE EQUINA Blank DE1, Correa RA1, Alves GA1, Freitag RA1, Hübner SO1, Cleff MB1,2 1 UFPel, 2UFPel – VETERINARIA 11.10 CITOTOXICIDADE DO ÓLEO ESSENCIAL E EXTRATOS DE Rosmarinus officinalis Blank DE1, Alves GA1, Correa RA1, Freitag RA1, Hübner SO1, Cleff MB1 1 Universidade Federal de Pelotas 11.11 RESGATE DO USO DE PLANTAS MEDICINAIS Silva MDA1, Giordani C1, Guterres KA1, Matos CB1, Lavadouro JHB1, Ratslaff K1, Albuquerque G1, Cleff MB2 1 Universidade Federal de Pelotas, 2Universidade Federal de Pelotas - Departamento de Clínicas Veterinárias 11.12 O USO DE PRODUTOS NATURAIS NA TÉCNICA DE COLORAÇÃO HISTOLÓGICA Bocuto C1, Iannicell J1, Santos GAA2, Pardi PC1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Laboratório de Patologia Experimental, 2 Senac 11.13 ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE EXTRATOS HIDROALCOÓLICOS DE CRAVO DA ÍNDIA Pereira RMS1, Teixeira A1, Costa SF1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN 15 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais Índice de Autores Abreu MTCL Acosta GS Aguiar B Aita CAM Albuquerque G Albuquerque JFC Almeida AR Almeida DA Almeida ITM Almeida MTG Alpiovezza AR Alves dos Santos L Alves GA Alves MJQF Alves RJC Andrade PH Andreotti JDB Aquino CB Araujo FRC Araujo RSA Ávila Campos MJ Bacchi EM Bach EE Balbino DM Barbosa AP Barbosa MC Barbosa SCA Barbosa-Filho JM Barcaghi H Barros IMC Bauab TM Beraldo J Bernardo BFA Bittencourt ALA Bittencourt CMS Bizerra CM Blank DE Boaretto AG Bocuto C Bohn A Bonifácio BV Borges AS Bortolon JR Braga AC Braz T 09.12 08.06 09.03 08.07 11.11 03.03, 03.04, 06.01, 06.02, 09.01, 09.11 01.10 02.06 01.09 09.05, 09.07, 09.08 05.02, 05.03, 06.05, 06.08 08.05 11.09, 11.10 11.01, 11.02 11.03 06.10 08.02, 08.03 06.06, 06.07 09.09, 09.10 06.06, 06.07 07.04 01.10, 03.02 01.09, 02.05, 02.06, 07.02, 07.03 01.09 09.10 04.05 01.08 06.06, 06.07 08.05 11.07 09.05, 09.07, 09.08 07.01 08.01, 08.02, 08.03 02.02, 02.03, 02.04, 09.06 05.05 08.05 11.09, 11.10 04.01 11.12 01.03 09.05, 09.07, 09.08 06.03 03.02 04.02 10.01 16 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais Bresolin TMB Breve M Brognara E Bucek EU Cabral PF Camilo SB Carollo CA Carvalho AJC Carvalho JE Catanho MTJA Cleff MB Cocato ML Contini SHT Correa RA Costa MC Costa MF Costa SF Cunha EBB Daflon DSG Damasceno BF Del Bianco-Borges B Demarque DP Diniz S Dos Santos MC Dos Santos P Duó-Bartolomeu AC Endo CM Erbano M Fagg CW Fávero OA Felicio JD Fernades VM Fernandes MAG Fernandes MJB Fernandes-Fitts SM Ferreira FG Ferreira HD Ferreira JF Fiorderize C Fiori GML Fiuza TS Foglio MA Fortunato FG França SC Franklin VA Freitag RA Freitas JA 05.06 08.05 11.03 09.12 06.06, 06.07 02.02, 02.03, 02.04, 09.06 04.01 02.01 06.10 03.04 08.06, 11.09, 11.10, 11.11 04.05 03.01 11.09, 11.10 05.05 11.05 11.13 08.07 02.01 11.02 03.01 04.01 06.09 05.05 04.02 11.06 08.02, 08.03 01.03, 01.04 11.07 09.03 09.02, 09.04 07.03 09.12 09.02, 09.03 04.01 06.06, 06.07 01.01, 01.02 11.07 04.05 11.06 01.01, 01.02 06.10 08.02, 08.03 03.01, 11.06 02.05 11.09, 11.10 09.13 17 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais Freitas MSM Fujisawa DIR Gambari R Gaspi FOG Gastaldo B Gavinho D Gelfuso EA Giordani C Gonçalez E Gonçalves ID Gonçalves RF Gonçalvez RCR Groselli MM Guagliardi TC Guterres KA Hansen D Hatanaka E Heitor LC Hernandes LM Hübner SO Iabiku C Iannicell J Ilkiu-Borges F Iwamoto LH Janz FL Juiz PJL Kato ETM Kitagawa RR Klassa B Kolb RM Lameira OA Lavadouro JHB Leal JO Lima MS Lima SMRR Lima TC Lins NetoJR Lucchese AM Lucena VAA Machado D Machado MS Macruz CF Magalhães PO Malheiros A Marcucci MC Marques LC Marques SA 02.01 09.09 07.04, 11.03 11.08 03.02 01.09 03.01 11.11 09.04 06.05, 06.08 09.02 06.03 11.01, 11.02 08.05 08.06, 11.11 09.02 03.02 02.01 08.04 11.09, 11.10 08.05 11.12 01.05 06.10 06.04 07.04, 11.03 01.10, 07.01, 10.01 06.03 11.01 11.05 01.05 11.11 04.05 09.02 08.01, 08.02, 08.03, 08.04 02.01 03.03 07.04, 11.03 09.05, 09.07, 09.08 08.05 05.05 08.04 11.07 05.05, 05.06 05.02, 05.03, 05.07, 06.05, 06.08 01.06, 01.07, 05.07, 06.05, 06.08 05.04 18 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais Martins CF Martins DP Martins MA Martins MM Matos CB Mazzei JL Medeiros DS Melo JR Mendes MJA Mendes PB Mendonca S Militão CGM Militão GCG Mizutani NL Moraes MB Moreira JK Moreira LGQ Moura C Mourão S Mourão VB Munhoz FA Mutata G Nascimento C Negri KMS Nogueira AHC Noriega P Nunes C Okamoto MKH Okawabata FS Okuda LO Oliveira CO Oliveira JSF Oyafuso LT Palazzi EG Pardi PC Parreira MR Paula GS Paula JR Paulino AS Paulino N Pelacani CR Penolazi L Peregrino C Pereira AMS Pereira da Silva ME Pereira MMC Pereira PM 08.06 02.02, 02.03, 02.04, 09.06 02.01 08.04 11.11 05.01 04.05 02.05 01.05 09.09 09.09, 09.10 06.01 06.02 04.05 11.02 01.05 03.01 05.04 04.02 11.08 01.06, 05.07 03.02 08.05 09.05, 09.07, 09.08 09.02 04.05 06.09 01.09, 07.02, 07.03 11.02 09.02 06.06 02.02, 02.03, 02.04, 09.06 01.08 09.02 06.04, 11.12 09.03 09.12 01.01, 01.02 04.04 04.03, 04.04 05.01 07.04 04.02 11.06 06.04 08.05 01.01, 01.02 19 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais Pereira RM Pereira RMS Perico CP Petit Prieto AF Pietro RC Pinto MS Pituco EM Piva R Plastino PJ Prieto AFP Prins CL Pureza Neto OC Queiroz GL Queiroz MLS Ramos MAS Ratslaff K Reis BF Ribeiro CM Ribeiro IM Ribeiro MCM Rodrigues CP Rodrigues ER Rodrigues FNO Rodrigues GMC Rodrigues RAF Rodrigues ST Ruiz ALTG Santos C Santos EP Santos GAA Santos LA Santos LC Santos MA Santos MC Santos MRM Sasagawa SM Scheffler AV Scherer B Schühli GS Scorzelli ACC Scrivanti JB Sena KXFR Silva AGF Silva ALC Silva DIS Silva EK Silva F 04.03 01.08, 11.13 01.03 08.05 09.13 06.05, 06.08 09.02 07.04, 11.03 09.01, 09.11 11.04 02.01 08.05 06.03 06.06, 06.07 09.05, 09.07, 09.08 11.11 08.01 06.09 05.01 04.03 05.01 09.13 07.02 03.01 06.10 01.05 06.10 11.05 01.03, 01.04 06.04, 11.12 11.04 02.06, 09.07, 09.08 03.04 01.06 01.08 08.02 01.06 08.06 01.04 08.02, 08.03 09.02 03.03, 09.01, 09.11 05.02, 05.03 07.02, 07.03 03.03 05.05 07.04, 11.03 20 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais Silva GMD Silva JLV Silva LM Silva MAG Silva MALG Silva MDA Silva MS Silva NF Silva PB Silva PSC Silva RML Silva TH Silva VTRW Silveira D Silveira SAS Simeoni LA Simoni IC Siqueira SL Soares CHW Soares M Soares VCG Solidônio EG Sorato N Sorrechia R Souza CCS Souza CLM Souza MO Souza MS Stefano E Stoppa C Suárez JAQ Sussa FV Taleb-Contini SH Tardivo ACB Teixeira A Toledo LG Tomassini TCB Torello CO Torres CAS Tresvenzol LMF Ueda SMY Uetanabaro APT Valduga CJ Velasco ND Vendramini J Vendramini JRHEA Viana TL 08.01 07.01 07.02 08.01 08.03 08.06, 11.11 06.06, 06.07 08.07 09.05, 09.07, 09.08 09.04 05.06 01.09 07.03 11.07 09.10 11.07 09.02, 09.03 06.01, 06.02 07.01 05.01 05.04 09.01 02.05, 02.06 09.13 03.03, 03.04 05.01 05.01 01.09 09.02 06.09 04.03 09.04 11.06 11.01, 11.02 11.13 09.05, 09.07, 09.08 05.01 06.07 08.05, 11.04 01.01, 01.02 08.02 07.04, 11.03 04.03 09.12 06.09 01.07, 05.07 11.07 21 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais Vicente EJ Viecili PRN Vieira TR Villagra BLP Wadt NSY Wagner V Watanabe DT Yamada SS Yamamoto SM Zermiani T 09.02 08.07 09.12 01.07, 05.07 01.09, 02.06, 07.02, 07.03 09.05 08.02, 08.03 08.01, 08.02 02.02, 02.03, 02.04, 09.06 05.05, 05.06 22 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais Índice Botânico Achillea millefolium Achyrocline alata Allium sativum Aloe vera Anacardium occidentale Annona muricata Arnica montana Astronium urundeuva Baccharis dracunculifolia Baccharis trimera Baccharis trinervis Baccharis uncinella Banisteriopsis argyrophylla Bauhinia forficata Beta corolliflora Bixa orellana Brosimum gaudichaudii Calendula officinalis Camellia sinensis Campomanesia xanthocarpa Capsicum frutescens Chenopodium ambrosioides Cimicifuga racemosa Citrullus lanatus Copaifera langsdorffii Cordia verbenacea Coutarea hexandra Cucumis sativus Cucurbita pepo Cybistax antisyphilitica Cymbopogon citratus Diclidanthera laurifolia Dioscorea alata Dioscorea bulbifera Dioscorea cayennnesis Dioscorea mexicana Dioscorea villosa Diplotropis purpurea Echites peltata Equisetum giganteum Eugenia punicifolia Foeniculum vulgare Gingko biloba Glycine max 02.02, 02.03 04.01 11.01 05.04 03.03, 09.10 02.02, 02.04, 09.06 03.02 09.05 04.04, 09.03 09.10 09.03 09.03 01.06 08.06 11.12 11.12 07.02 02.01 04.05 08.07 05.02 07.04, 11.03 08.04 06.01 02.03, 02.04, 09.06 09.10 09.01 11.05 06.02, 09.11 01.01 05.04 01.07, 05.07, 06.09 03.01 03.01 03.01 03.01 03.01 02.04 01.07, 05.07 02.02, 02.03 11.05, 11.06 05.04 06.04 08.01; 08.02; 08.03 23 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais Hancornia speciosa Heteropterys aphrodisiaca Jacaranda brasiliana Jasminum officinale Jasminum sambac Lactuca sativa Lippia alba Luehea divaricata Maytenus ilicifolia Melaleuca armillaris Melissa officinalis Mentha spicata Mentha x villosa Mikania glomerata Morinda citrifolia Morus nigra Muehlenbeckia sagittifolia Myroxylon peruiferum Myroxylon toluifera Ochroma pyramidale Ocimum americanum Ocimum basilicum Origanum vulgare Passiflora alata Passiflora edulis Passiflora edulis f. flavicarpa Passiflora setacea Passiflora sp Paullinia cupana Peperomia pellucida Phyllanthus sp Physalis angulata Piper malacophyllum Piper umbellatum Pithecellobium cochliocarpum Pothomorphe umbellata Punica granatum Rapanea ferruginea Rheum palmatum Rosmarinus officinalis Salvia lachnostachys Salvia officinalis Sambucus australis Sambucus nigra Schinus terebinthifolius Sideroxylon obtusifolium Solanum grandiflorum 02.04 06.08 01.02 06.05 06.05 02.04, 09.06 11.03 02.02, 02.03, 02.04, 09.06 09.10 07.03 06.04 05.04 07.04, 11.03 02.02, 02.03, 02.04, 05.04, 09.06, 10.01 09.12 02.02, 02.03 01.03 09.06 02.03 11.07 11.03 02.05; 02.06, 05.04, 11.03 11.09 01.10 01.10, 07.01 11.02 01.10 09.10 06.04 09.04 09.10 03.01, 05.01 05.05 06.10 03.03 09.13 09.02 05.06 11.12 05.04, 11.10 01.04 06.04 02.02 09.06 03.03 03.03 02.04, 09.06 24 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais Solanum paniculatum Solidago chilensis Spilanthes oleracea Spirulina platensis Stachytarphetta spp Symphytum officinate Syngonanthus nitens Syzygium aromaticum Syzygium cumini Uncaria tomentosa Vernonia cognata Vernonia condensata Vernonia sp Zingiber officinale 02.04, 02.04 03.02 01.09 03.04 02.02, 02.03, 09.06 02.04 09.07, 09.08 11.13 02.02, 02.03, 02.04, 09.06 04.02 06.08 06.03 09.10 02.02, 02.04 25 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais Resumos 01.01 ESTUDO MORFOANATÔMICO DAS FOLHAS DE Cybistax antisyphilitica (Bignoniaceae) Pereira PM1, Fiuza TS1, Ferreira HD2, Paula JR1, Tresvenzol LMF1 1 UFG - Faculdade de Farmácia, 2UFG - ICB Introdução: A Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart., popularmente conhecida como ipêverde, é encontrada em várias formações florestais, em especial no Cerrado. Essa planta é utilizada na medicina popular como depurativo do sangue, antidiurético, analgésico e antiinflamatório. Este trabalho teve como objetivo realizar o estudo morfoanatômico das folhas de C. antisyphilitica. Material e métodos: As folhas foram coletadas no município de Águas Lindas/GO, Brasil e uma exsicata depositada no Herbário da UFG sob o nº 45679. A caracterização macroscópica das folhas dessa espécie foi realizada à vista desarmada e o anatômico de acordo com as técnicas convencionais. Resultados e Discussão: As folhas são opostas cruzadas, compostas, palmadas, com cinco a sete folíolos lisos, elípticos, com margens inteiras, ápice agudo, base atenuada e nervuras peninérveas; o pecíolo é canaliculado e longo. A epiderme é unisseriada, hipoestomática, com estômatos anomocíticos; a cutícula é espessa e estriada com poucos tricomas glandulares, mais evidentes na face abaxial. O mesofilo é dorsiventral com parênquima paliçádico apresentando duas camadas de células e parênquima lacunoso com sete a oito camadas de células. Na nervura principal o sistema vascular é em forma de arco apresentando floema, seguido do câmbio vascular, xilema secundário e xilema primário; no parênquima medular evidenciou-se pontuações. No peciólulo a epiderme é recoberta por cutícula espessa em flanges, com alguns tricomas tectores e glandulares peltados na face adaxial e apenas glandulares na face abaxial. Cristais estão presentes nas células parenquimáticas próximas as calotas esclerenquimáticas. Conclusão: O presente estudo fornece dados que auxiliam na identificação botânica da C. antisyphilitica. 26 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 01.02 ESTUDO MORFOANATÔMICO DAS FOLHAS DA Jacaranda brasiliana (Lam.) Pers. Pereira PM1, Fiuza TS1, Ferreira HD2, Paula JR1, Tresvenzol LMF1 1 UFG - Faculdade de Farmácia, 2UFG - ICB Introdução: A Jacaranda brasiliana (Lam.) Pers. (Bignoniaceae) é uma espécie encontrada no Cerrado e utilizada popularmente para o tratamento de doenças dermatológicas. O presente trabalho teve como objetivo fazer o estudo morfoanatômico das folhas da J. brasiliana. Material e métodos: As folhas foram coletadas no município de Águas Lindas/GO, Brasil e a exsicata depositada no Herbário da UFG sob o nº 45680. A caracterização macroscópica das folhas dessa espécie foi realizada à vista desarmada. O estudo anatômico foi realizado de acordo com as técnicas convencionais. Resultados e discussão: As folhas são opostas cruzadas, recompostas, bipinadas, com dezessete pares de folíolos, que se subdividem em trinta e sete foliólulos. Os folíolos são opostos e paripenados, enquanto os foliólulos são opostos e imparipenados, oblongos, de ápice obtuso, margens lisas e nervura do tipo peninérvea. A epiderme é hipoestomática com estômatos anomocíticos, recoberta com cutícula espessa em flanges, seguida de hipoderme unisseriada. Tricomas tectores longos, pluricelulares, em grande quantidade, são observados em ambas as faces e tricomas glandulares peltados apenas na face abaxial. No peciólulo observa-se parênquima cortical contendo cristais próximos às calotas de células esclerenquimáticas. A raque principal apresenta o formato de quadrado irregular, enquanto a raque secundária é circular, ambas com duas longas projeções na face adaxial. Essas características diferenciam a J. brasiliana de outras espécies de Bignoniaceae. Conclusão: O presente estudo é importante para a identificação taxonômica dessa espécie de uso medicinal. 27 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 01.03 MORFOANATOMIA DE Muehlenbeckia sagittifolia (Ortega) Meisn. (Polygonaceae) Erbano M1, Perico CP2, Bohn A2, Santos EP2 1 Universidade Federal do Paraná - Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, 2 Universidade Federal do Paraná - Departamento de Botânica Muehlenbeckia sagittifolia (Ortega) Meisn. ocorre na América Austral e no Sul do Brasil. Possui propriedades medicinais, como antialérgico, anti-inflamatório, antidiabético, adstringente, diurético, depurativo sanguíneo. Este trabalho visa descrever a morfoanatomia desta espécie contribuindo para o seu controle de qualidade. Folhas adultas e caule foram fixados em formaldeído/ácido acético/etanol 1:1:18 (FAA), seccionados à mão livre, em micrótomo, corados, e submetidos a testes microquímicos. Descrição macroscópica. Trepadeira volúvel, ramificada. Caule estolonífero, sublenhoso, anguloso, articulado. Folhas simples, alternas, com ócrea, pecioladas; lâmina membranácea, glabra, lanceolada, base sagitada, ápice agudo, margem inteira. Inflorescências (racemo de cimeiras) axilares com 1– 2 racemos; 12–20 cimeiras alternadas com 1–3(5)-flores. Flor andrógina, monoclamídea, pedicelada; brácteas persistentes; tépalas verde-amareladas, persistentes; 8 estames, ovário súpero. Fruto aquênio, preto, trifacetado. Descrição microscópica. Caule cilíndrico anguloso, epiderme unisseriada, cutícula espessa, plissada, tricomas glandulares peltados, uma camada de endoderme. Periciclo com uma bainha esclerenquimática espessa, vários feixes vasculares colaterais, circulares, não contínuos, separados por raios parenquimáticos estreitos. Folha dorsiventral, anfiestomática, epiderme unisseriada, cutícula plissada, tricomas glandulares peltados nas duas faces, mais frequente na abaxial. Em vista frontal, células epidérmicas onduladas, estômatos anisocíticos e tetracíticos. Transversalmente, nervura central plano-convexa, dois feixes vasculares colaterais: um maior, central, outro menor, adaxial. Pecíolo com oito feixes vasculares: um maior, central, três medianos adaxiais, quatro menores (dois em cada lateral) abaxiais. Organização peciolar assemelha-se à nervura central foliar. Drusas de oxalato de cálcio ocorrem na folha e compostos fenólicos no caule e folha. Os caracteres morfoanatômicos descritos contribuem para identificar Muehlenbeckia sagittifolia, espécie com potencial farmacológico. 28 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 01.04 VARIABIDADE GENÉTICA DE Salvia lachnostachys Benth. (Lamiaceae). Erbano M1, Schühli GS2, Santos EP1 1 Universidade Federal do Paraná - Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, 2 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Florestas Salvia lachnostachys Benth., nativa no Paraná, contém terpenos indicando um potencial farmacológico como anti-inflamatório. Estudos populacionais desta espécie podem contribuir com dados para seu cultivo e conservação. Em avaliações de variabilidade genética a técnica de amplificação de regiões entre microssatélites (Inter Simple Sequence Repeat, ISSR) é bastante empregada. O objetivo deste trabalho foi analisar a diversidade genética inter e intrapopulacional da espécie com ISSR. Foram examinados 73 indivíduos de três populações (Curitiba, Palmeira e São Luiz do Purunã, Paraná, Brasil). A variabilidade molecular foi estudada com nove primers. Parâmetros para a avaliação da diversidade genética incluindo análises de grupamento (cluster), componentes principais (PCA), análise de variação molecular (AMOVA) e estrutura de populações foram utilizados. Foram amplificados 10-22 loci por primer, totalizando 155 bandas polimórficas (95,6%). O índice de Simpson de cada primer indicou uma média de 0,79 e os primers (AG)8YC e (AG)8A foram os mais polimórficos. O número de loci polimórficos entre populações foi de 97,48%. Os índices diversidade de Nei e Shannon foram 0,2509 e 0,3982 em média. Os indivíduos de Curitiba apresentaram maiores valores de variabilidade. Na AMOVA, a diferenciação genética interpopulacional foi 15% (Gst = 0,1678) e intrapopulacional foi 85% indicando uma variação genética majoritária intrapopulacional. Nas análises de grupamento e PCA, os resultados foram consistentes e as três populações aparecem como distintas. O estudo da estruturação populacional reforçou a distinção entre as populações amostradas. Estes valores podem orientar a caracterização de variedades ricas em terpenos e futuros resgates de germoplasma para cultivo e conservação. 29 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 01.05 CARACTERIZAÇÃO AGRONÔMICA DE PLANTAS MEDICINAIS DO HORTO DA EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL Ilkiu-Borges F1, Rodrigues ST1, Lameira OA2, Moreira JK, Mendes MJA 1 Embrapa Amazônia Oriental - Laboratório de Botânica, 2Embrapa Amazônia Oriental Laboratório de Biotecnologia Os estudos com plantas medicinais, sob o aspecto agronômico, são melhor avaliados quando realizados em Bancos de Germoplasma e Hortos, contribuindo para o entendimento do processo de domesticação e concepção do valor socioeconômico de um táxon, além de fornecer dados sobre manejo, identificação, descrição, diferenciação das espécies, e conservação da biodiversidade. Sendo assim, foi feita a caracterização agronômica das espécies existentes no Horto da Embrapa Amazônia Oriental, Belém, Pará. Foi feito um levantamento para quantificar as espécies existentes no horto e confirmada a identificação botânica por meio de coletas e comparações com amostras do Herbário IAN, do laboratório da Embrapa Amazônia Oriental. Com o auxílio de fichas de campo foram feitas as avaliações agronômicas, abordando os seguintes pontos: hábito, altura, tipo da folha, filotaxia, comprimento e largura das folhas e folíolos no caso de folhas compostas. Para essa avaliação foram utilizados fita métrica, régua e literatura especializada. Estão no horto 40 famílias, abrangendo 149 espécies. Foram contabilizadas cerca de 57 espécies em sombrite e 92 cultivadas a pleno sol. As plantas em sombrite apresentaram-se 42% herbáceas; 91% com folhas simples e 40% das folhas alternas; e a média de comprimento e largura das folhas foi de 3,5-6,3cm e 2,0-16,1cm, respectivamente. As plantas a pleno sol apresentaram 31% de hábito arbustivo, 79% de folhas simples, sendo 43% de folhas alternas. Sendo assim, esse levantamento vem contribuir para um melhor conhecimento das espécies avaliadas e sua conservação, bem como, para seu manejo pelas comunidades amazônicas. 30 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 01.06 AVALIAÇÃO FARMACOGNÓSTICA DA DROGA VEGETAL CIPÓ-PRATA Scheffler AV1, Munhoz FA1, Santos MC1, Marques LC1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Mestrado Profissional em Farmácia. Esta pesquisa faz parte de projeto maior destinado à avaliação farmacognóstica de espécies medicinais brasileiras, cujas drogas vegetais são amplamente comercializadas e não avaliadas em termos de controle de qualidade por absoluta falta de especificações farmacognósticas básicas. Escolheu-se, neste caso, as folhas popularmente denominadas como ‘cipó-prata’, espécie usada para problemas renais com propriedades diurética, antilitiásica e antiinflamatória, oriundas provavelmente de Banisteriopsis argyrophylla [A.Juss.] B. Gates, família Malpighiaceae. Para tanto, foram adquiridas amostras comerciais no bairro do Brás, em São Paulo e realizadas avaliações farmacobotânica, físico-química e fitoquímica preliminar conforme metodologia farmacopêica. As folhas são lanceoladas, apresentam-se com 3-5,5 cm de comprimento e 2-2,5 cm de largura, são inodoras e com leve sabor amargo-adstringente, face superior verde escura e a face inferior recoberta de grande quantidade de pelos tectores longos e retorcidos, que lhe imprimem a tonalidade prateada referida no nome popular; o ápice é agudo, base arredondada, margem revoluta e consistência papirácea. O teor de extrativos aquoso é de 4,26%±0,16 e foram positivos os testes para as classes fitoquímicas saponinas, flavonóides, antracênicos (teste direto) e taninos (provavelmente do subtipo condensado); o índice de espuma foi de 100 ml. A identificação botânico-sistemática está em andamento e deverá referir se, de fato, a droga vegetal comercializada e rotulada como B. argyrophylla é realmente essa espécie ou outra do mesmo gênero, confirmando novamente a necessidade de especificações farmacognósticas que permitam avaliação da qualidade dos materiais comerciais ofertados no Brasil. Apoio: Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN. 31 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 01.07 ESCLARECIMENTO DA IDENTIDADE BOTÂNICA DA DROGA VEGETAL JOÃO-DA-COSTA (CAULES DE Diclidanthera laurifolia Mart.) Vendramini JRHEA1, Villagra BLP, Marques LC1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Mestrado Profissional em Farmácia. O comércio de medicamentos “naturais” levou ao aumento de problemas com a qualidade, como a existência de drogas vegetais comercializadas apenas com nomes populares ou com citações científicas equivocadas. Nesta pesquisa, decidiu-se avaliar caules comercializados como ‘joão-da-costa’ e identificados como Echites peltata L. (Apocynaceae), cujas especificações técnicas inexistem. Realizou-se coleta na mata nativa do Instituto Botânico de São Paulo, avaliação do material por especialista e estudo farmacobotânico da droga vegetal. Confirmou-se serem caules oriundos de Diclidanthera laurifolia Mart. (Polygalaceae), popularmente chamada ‘jaboticaba-de-cipó’. Os caules não apresentam sabor marcante, exalam um leve aroma de madeira, mostram fino súber granuloso de coloração marrom-escuro com áreas de coloração bege ou cinza claro, com inúmeras fendas medianas dispostas principalmente no sentido longitudinal; região medular extensa, amarelada e com tecidos dispostos em camadas concêntricas, frouxas entre si. Na microscopia nota-se súber de 5-10 camadas de células alongadas, região parenquimática de 15-20 camadas de células levemente achatadas, células pétreas esparsas ou agrupadas podendo formar uma camada contínua de 3 a 5 camadas; segue-se pequena faixa de parênquima com cerca de 3-6 camadas de raras células pétreas e ainda cristais prismáticos. Presença de grãos de amidos isolados e arredondados em quantidade rara. Comparou-se com o material identificado com amostras comerciais encontrando-se total semelhança e confirmando ser a espécie Diclidanthera laurifolia a fonte botânica real das amostras de ‘joão-da-costa’. Destaca-se a necessidade de uma maior fiscalização sobre os importadores e distribuidores de drogas vegetais visando melhorar a identificação das drogas vegetais comercializadas no Brasil. Apoio: Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN. 32 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 01.08 ANTIPARASITIC ACTIVITY OF COUMARIN COMPOUNDS Oyafuso LT1, Barbosa SCA1, Pereira RMS1, Santos MRM1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Programa de Biotecnologia e Inovação em Saúde Introdution: Chagas disease, also called American trypanosomiasis, still has great public health importance in Brazil is considered one of the four major endemic diseases. Due to the high toxicity of the drug (benznidazole) and its low efficacy in chronic disease, currently there is exists great interest in research with the aim of finding new therapies for treatment. Considering the existing biodiversity in Brazilian fauna and flora and their potential as a source of bioactive molecules to be explored, our research group grounded in previous studies of the characteristics and activities of coumarin analyzed this molecule obtaining promising effects in the treatment of neglected diseases. Methods and Results: In experiments in vitro we used benznidazole, coumarin, nitrocoumarin; 3,4 hydroxynitrocoumarin and 3 carboxy-8-nitrocoumarin. The assessment of antiparasitic activity was conducted in VERO cells infected with Trypanosoma cruzi CL strain and after establishment of infection 106 cells were distributed in 24-well plates containing coverslips. The tests were performed in triplicates and the results were determined by counting total of infected and uninfected cells, and the number of intracellular amastigotes. The results obtained for the most effective concentrations of compounds and the percentage of infected cells in the same were: benznidazole 5 μg (7%), 10 μg coumarin (11,71%), nitrocoumarin 50 μg (9,66%), 3,4 hydroxy-nitrocoumarin 50 μg (7,74%) and 3carboxy-8-nitrocoumarin 20 μg (10%). Conclusions: We can conclude that coumarin and its derivatives have good antiparasitic activity in Chagas disease and they suggest that the continuity of work in vivo tests. Supported by: Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN. Keywords: NEW COMPOUNDS, ANTIPARASITIC, COUMARIN, CHAGAS DISEASE 33 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 01.09 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DO JAMBU Spilanthes oleracea L. Wadt NSY1, Balbino DM1, Souza MS1, Almeida ITM1, Silva TH1, Gavinho D1, Okamoto MKH1, Bach EE1 1 Universidade Nove de Julho (UNINOVE) Introdução: O Jambu (Spilanthes oleracea L.) é uma planta nativa da região norte do Brasil, mais especificamente na Amazônia, sendo amplamente cultivada na periferia e nos municípios próximos a Belém no estado do Pará; onde é utilizada como hortaliça condimentar, ou com finalidade terapêutica. É utilizado empiricamente no tratamento de diversas enfermidades, principalmente na região norte do Brasil, porém sua composição e propriedades terapêuticas não são muito estudadas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade anti-inflamatória do extrato hidroetanólico 70% do jambu. Métodos: O extrato foi feito por percolação fracionada utilizando etanol 70% como solvente, e o ensaio antiinflamatório foi realizado pela implantação de granulomas (“pellets” de algodão) em ratos Wistar. Os controle utilizados foram a água (controle positivo), etanol 70% (controle solvente) e dexametasona 0,2mg/kg (controle negativo), todos administrados por gavagem, na dose de 1mL/Kg/dia, assim como o extrato de jambu. Análise estatística foi realizada por ANOVA/Tukey. O ensaio foi realizado com a aprovação do comitê de ética em animais da UNINOVE. Resultados: O ensaio demonstrou que o extrato de jambu na dose de 1mL/Kg não apresentou atividade anti-inflamatória significativa quando administrado por via oral. Discussão e conclusão: Foi possível pelos dados obtidos observar uma tendência antiinflamatória, isto indica um potencial anti-inflamatório do extrato devendo ser estudado em outras doses e vias de administração. 34 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 01.10 ESTUDO MORFOANATÔMICO DE Passiflora setacea DC Almeida AR1, Kato ETM1, Bacchi EM1 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo - Farmacognosia Passiflora setacea DC uma espécie de maracujazeiro muito apreciada em doces e sorvetes é conhecida popularmente por maracujá-do-sono, maracujá-sururuca, maracujá de cascavel (Oliveira, 2005). Esta espécie é pouco estudada, com quase nenhuma informação sobre sua composição química, descrição morfoanatômica e efeitos medicinais, o que motivou este estudo. P. setacea é uma espécie de passiflora silvestre sendo, portanto mais resistente à morte precoce e a outras doenças causadas por patógenos do solo (Menezes,1994, Oliveira,1994, Meletti, 2001, Fisher, 2003). Os caracteres analisados no estudo da morfologia da droga vegetal, preparada com folhas e caules, foram: filotaxia, forma do limbo, nervação, indumento e pecíolo (tamanho x diâmetro). A terminologia empregada na descrição das formas foliares e padrões de venação seguiu a sugerida por Hickey (1973). A caracterização anatômica das folhas foi realizada em cortes preparados com a droga vegetal reidratada e/ou material conservado em etanol 70% (v/v) (Berlyn & Miksche, 1976). Os cortes transversais, os longitudinais radiais e os tangenciais das folhas e dos caules foram efetuados a mão livre, com o auxílio de lâmina de barbear. Os cortes das folhas foram efetuados no terço mediano inferior da lâmina foliar plenamente desenvolvida. Os cortes do pecíolo foram efetuados na porção proximal, mediana e distal à lâmina foliar. Foi feito o descritivo microscópico das folhas, pecíolos e caules de P. setacea. P. setacea possui fibras esclerenquimáticas e aglomerados de substâncias fenólicas o que permite a diferenciação desta espécie em relação às duas passifloras oficiais do Brasil inscritas na RENISUS: Passiflora edulis Sims. e Passiflora alata Curtis. 35 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 02.01 CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE CAPÍTULOS FLORAIS DE Calendula officinalis L. INOCULADAS COM FUNGOS MICORRÍZICOS E ADUBADAS COM FÓSFORO Heitor LC1, Lima TC1, Freitas MSM1, Prins CL1, Daflon DSG1, Carvalho AJC1, Martins MA2 1 Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - LFIT, 2Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - LSOL A calêndula (Calendula officinalis L.) é uma planta medicinal, herbácea anual que apresenta propriedades antimicrobiana, antiinflamatória, bactericida, antitumoral, diurético, analgésico, anti-séptica e cicatrizante de tecido cutâneo. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da inoculação de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) e doses de fósforo no crescimento e produção de capítulos florais em plantas de Calendula officinalis L. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com arranjo fatorial de 3 x 2, sendo três tratamentos microbiológicos: Glomus clarum, Gigaspora margarita e controle (sem fungo) e duas doses de fósforo 0 e 50 mg dm-3, com quatro repetições. A unidade experimental foi composta por dois vasos de plástico com capacidade para 6 dm 3 de solo cada, contendo duas plantas por vaso. As plantas foram produzidas a partir de sementes, em vasos de 6 dm-3, contendo como substrato uma mistura de solo e areia (1:1 v/v) esterilizada. Aos 85 dias após a semeadura as plantas foram coletadas e foram determinados, a altura, massa seca da parte aérea e radicular, número, diâmetro e massa seca de capítulos florais e a porcentagem de colonização micorrízica. Verificou-se que, nos tratamentos submetidos à inoculação com a espécie Gigaspora margarita ocorreu incrementos significativos no crescimento e produção de capítulos florais, em baixa disponibilidade de P no substrato, demonstrando a capacidade do inóculo micorrízico em potencializar o crescimento e a produção de flores em Calendula officinalis L. 36 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 02.02 AVALIAÇÃO “IN VITRO” DO POTENCIAL DA TINTURA DE AÇOITA-CAVALO (Luehea divaricata Mart.), NOVALGINA (Achillea millefolium), GERVÃO (Stachytarphetta spp), AMORA-PRETA (Morus nigra L.), CAVALINHA (Equisetum giganteum L.), GRAVIOLA (Annona muricata), GUACO (Mikania glomerata), JAMBOLÃO (Syzygium cumini L.), JURUBEBA (Solanum paniculatum), SABUGUEIRO (Sambucus australis) E GENGIBRE (Zingiber officinale) NO CONTROLE DO CRESCIMENTO MICELIAL DE Monilinia fructicola Oliveira JSF1, Bittencourt ALA1, Martins DP1, Yamamoto SM1, Camilo SB1 1 Faculdade Integral Cantareira Introdução: O uso de plantas medicinais no controle microbiano vem se tornando uma alternativa viável frente aos antimicrobianos usuais, sendo as tinturas de plantas, uma opção no controle fitossanitário devido suas propriedades fungicidas e bactericidas. Monilinia fructicola, causador da podridão parda, é o patógeno mais importante economicamente entre os causadores de doenças nas fruteiras de caroço. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o efeito dos extratos das espécies citadas sobre a inibição do crescimento micelial de M. fructicola. Material e métodos: Foram utilizadas 4 concentrações (5, 10, 20 e 50%) das tinturas e incorporados ao meio Ágar Dextrose Batata (BDA) fundente a 45° C. Para a testemunha foi utilizado apenas BDA. Após a solidificação do meio, discos de 7 mm de diâmetro de M. fructicola foram colocados no centro das placas de Petri e incubados em B.O.D. a 28° C, até que a testemunha atingisse a borda da placa de Petri. O bioensaio foi realizado em duplicata. O crescimento das colônias foram medidos diariamente em 2 sentidos perpendiculares com auxílio de um paquímetro digital tendo como referência o desenvolvimento da colônia na placa controle. Resultados e discussão: As tinturas de gervão, açoita-cavalo, cavalinha, jurubeba, gengibre, amora-preta, jambolão, sabugueiro, novalgina apresentaram inibição no crescimento micelial de M. fructicola em todas as concentrações, sendo os melhores resultados obtidos com concentrações acima de 20%. Conclusão: Portanto, as tinturas podem ser alternativas no controle da Monilinia fructicola, porém evidencia-se a necessidade de estudos “in vivo”. 37 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 02.03 AVALIAÇÃO “IN VITRO” DA TINTURA DE JAMBOLÃO (S. cumini L.); BÁLSAMO (M. toluifera); AÇOITA-CAVALO (L. divaricata Mart.); COPAÍBA (C. langsdorffii); NOVALGINA (A. millefolium); GERVÃO (Stachytarphetta. spp); AMORA-PRETA (M. nigra L.); CAVALINHA (E. giganteum L.) E GUACO (M. glomerata) NA INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO DE Colletotrichum spp Martins DP1, Bittencourt ALA1, Yamamoto SM1, Oliveira JSF1, Camilo SB1 1 Faculdade Integral Cantareira Introdução: O Colletotrichum spp. é patógeno responsável por perdas na produção de plantas como leguminosas, cereais, hortaliças e culturas perenes, incluindo diversas frutíferas e ataca principalmente as partes aéreas da planta (caule, ramo, folha, inflorescência, flor, fruto e semente). O uso de metabólicos secundários extraídos de plantas pode se tornar uma alternativa para controle desse fungo. O objetivo foi avaliar o efeito das tinturas de diversas espécies na inibição do crescimento de Colletotrichum spp. Material e Métodos: Foram utilizadas 4 concentrações (5, 10, 20 e 50%) de cada tintura e incorporados ao meio Ágar Dextrose Batata (BDA) fundente à 45° C. Para a testemunha foi utilizado apenas BDA. Discos de 7 mm foram obtidos de colônias de Colletotrichum spp. e transferidos para o centro das placas de Petri e incubadas a 28° C até que a colônia da testemunha atingisse a borda da placa de Petri. O diâmetro das colônias foi determinado diariamente nos dois sentidos perpendiculares com paquímetro digital, tendo como referência o desenvolvimento da colônia na placa testemunha. Resultados e Discussão: As tinturas de jambolão, gervão, bálsamo, açoita-cavalo, copaíba, amora-preta e cavalinha controlaram o crescimento do Colletotrichum spp. com melhores resultados na concentração de 50% com exceção à tintura guaco e novalgina que apresentaram bons resultados à partir da concentração de 20%. Conclusão: Todas as tinturas controlaram o crescimento do Colletotrichum spp. variando sua eficiência conforme a concentração da tintura. Evidencia-se a necessidade de estudos “in vivo”. 38 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 02.04 AVALIAÇÃO DAS TINTURAS DE AÇOITA CAVALO (L. divaricata MART.), ALFACE (L. sativa), CONFREI (S. officinate L.), COPAÍBA (C. langsdorffii), FRUTA-DO-LOBO (S. grandiflorum), JURUBEBA (S. paniculatum), GENGIBRE (Z. officinale), GRAVIOLA (A. muricata L.), GUACO (M. glomerata Spreng.), JAMBOLÃO (S. cumini l.), MANGABA (H. speciosa), SUCUPIRA (D. purpurea) “in vitro” NA INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO MICELIAL DO Fusarium oxysporum. Bittencourt ALA1, Yamamoto SM, Martins DP, Oliveira JSF, Camilo SB 1 Faculdade Integral Cantareira, São Paulo, SP, Brasil Introdução: As plantas medicinais são utilizadas pela medicina e suas propriedades são estudadas a fim de isolar as substâncias que lhes conferem propriedades medicinais e assim, produzir novos fármacos. O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diversas tinturas na inibição “in vitro” do crescimento micelial do Fusarium oxysporum Material e Métodos: Foram utilizados 4 concentrações (5; 10; 20 e 50%) de cada tintura e incorporadas ao meio de Agar Dextrose Batata (BDA) fundente à 45º C e vertidos em placas de Petri. Nas testemunhas foram utilizadas placas contendo apenas BDA. Após a solidificação do meio, discos de 7 mm de diâmetro do Fusarium oxysporum foram colocados no centro das placas de Petri e incubados em B.O.D. à 28° C, até que a testemunha atingisse a borda da placa de Petri. O bioensaio foi feito em duplicata. O IVCM das colônias foram medidos diariamente em 2 sentidos perpendiculares com auxílio de um paquímetro digital tendo como referência o desenvolvimento da colônia na placa controle. Resultados: As tinturas de alface, confrei, copaíba, gengibre, graviola, jurubeba e mangaba inibiram o crescimento de F. oxysporum em todas as concentrações, sucupira e guaco tiveram o melhor resultado a partir de 10%, açoita cavalo a partir de 20%, jambolão a partir de 30% e fruta do lobo a partir de 50%. A média das porcentagens de inibição de cada tintura foi de 87%. Conclusão: As tinturas inibiram o crescimento micelial do F. oxysporum, variando sua eficiência conforme a concentração da tintura. Evidenciam-se testes “in vivo”. 39 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 02.05 PURIFICAÇÃO PARCIAL DO EXTRATO DE MANJERICÃO E IDENTIFICAÇÃO DA FRAÇÃO INDUTORA DE RESISTÊNCIA NA INTERAÇÃO CEVADA-FUNGO. Sorato N1, Melo JR1, Franklin VA1, Bach EE1 1 UNINOVE – Saúde Ocimum basilicum L., denominado como “sweet basil” é cultivado no Brasil e comercializado como condimento podendo ser usado como medicinal, inseticida, fungicida e antimicrobiana. Resultados anteriores demonstraram que o extrato aquoso do manjericão possui ação como indutor de resistência em plantas de cevada (Embrapa 195) quando infectadas com o fungo (Bipolaris sorokiniana L.) causando mancha foliar. O objetivo do presente trabalho foi realizar purificação parcial do extrato de folhas de manjericão a fim de determinar a possível molécula com ação indutora. Para isto, foi realizada a extração de folhas de manjericão (origem Ibiúna) na concentração de 0,15g/mL de água, sendo triturada, filtrada em papel de filtro e filtro Millipore (0,45micras). O extrato foi avaliado em espectro de varredura, cromatografia de coluna de Sephadex G-50, sendo as frações analisadas em cromatografia de camada delgada (CCD) e teste biológico em folhas de cevada (Embrapa 195) com 10 dias após germinação. Resultados parciais indicaram que no espectro de varredura foram observados dois compostos com absorção máxima. Na cromatografia em gel foram separadas frações e, na CCD somente a fração 1 com MM 35.000 daltons não apresentou lesão na planta de cevada correspondendo ao padrão ácido ferúlico. Como conclusão, o composto ácido ferúlico é um dos componentes presente que atuou como indutor de resistência sendo importante na interação da cevada-fungo. Este é um dos motivos de acelerar o mecanismo de ácido salicílico na indução contribuindo assim no controle do meio ambiente e na saúde humana por ser um produto natural a ser aplicado no campo. 40 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 02.06 USO DO EXTRATO DE MANJERICÃO, DE LOCAIS DIFERENTES, COMO INDUTOR DE RESISTÊNCIA EM PLANTAS DE CEVADA (EMBRAPA 195) CONTRA Bipolaris sorokiniana. Sorato N1, Almeida DA1, Santos LC1, Wadt NSY1, Bach EE1 1 UNINOVE – Saúde Plantas de cevada infectada pelo fungo Bipolaris sorokiniana, causadora da mancha foliar, apresenta grandes perdas econômicas ao produtor. O controle da doença tem sido feito pelo uso de fungicidas causando problemas ao meio ambiente e saúde humana. O objetivo do presente trabalho foi verificar a ação do extrato hidroalcoólico MH, oriundo de Ocimum basilicum de diferentes locais, no controle da doença. Plantas de manjericão foram colhidas em Ibiúna e Valinhos sendo transportadas ao laboratório em geladeira de isopor e, trituradas na concentração de 0,15g folha/mL de água, filtrado e quantificada proteína. Plantas de cevada da variedade Embrapa 195, foram desenvolvidas em estufa e separadas para tratamentos como: a) controle (água); b) tratadas com extrato de MH de Ibiúna e após 24horas inoculada com fungo; c) idem ao grupo b com 48horas; d) idem ao grupo b com 72horas; e) tratadas com extrato MH de Valinhos e após 24horas inoculada com fungo; f) idem ao grupo e com 48horas; g) idem ao grupo e com 72horas; g) inoculadas com fungo. Grupos de plantas (b,c,d,e,f,g) após inoculação com o fungo, foram mantidas em câmara úmida e escuro por 24 horas sendo depois transferidas para estufa. Após 8 dias foi avaliada a proteção. Extratos foram utilizados na conc. de 0,20mg de proteína sendo o mesmo avaliado em meio de cultura sobre desenvolvimento do fungo. Resultados demonstraram que plantas de cevada tiveram proteção de 92 a 98% e, no meio de cultura o fungo não teve o desenvolvimento inibido. Por conclusão o extrato de MH apresentou o efeito como indutor de resistência. 41 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 03.01 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ESTROGÊNICA OU ANTI ESTROGÊNICA DE FITOCOMPLEXOS DE Physalis angulata e Dioscorea alata EM RATAS PRÉ PÚBERES E PÚBERES Rodrigues GMC1, Contini SHT1, Gelfuso EA1, Moreira LGQ1, França SC1, Del Bianco-Borges B2 1 UNAERP, Ribeirão Preto - Biotecnologia, 2USP Introdução: O climatério é um período cujas mudanças fisiológicas são percebidas por alterações no corpo e/ou no humor. Embora drogas sintéticas reduzam tais desconfortos os efeitos colaterais decorrentes do emprego destas justifica a busca por novos bioativos eficazes e seguros tendo como fonte sustentável plantas medicinais. Extratos hidroalcóolicos de Physalis angulata,e a infusão de Dioscorea spp (D. alata, D. mexicana, D. villosa, D. bulbifera, D. cayennnesis) são fontes de micromoléculas com potencial atividade estrogênica com muitos relatos de uso popular de seus fitocomplexos. A presente pesquisa tem como objetivo avaliar a atividade estrogênica e anti estrogênica de fitocomplexos de órgãos de P. angulata, (cultivos in vitro) e tubérculos de Dioscorea spp. Material e métodos: Ratas fêmeas (Wistar) em diferentes períodos do ciclo estral (pré púberes, púberes e adultas ovariectomizadas) são submetidas ao ensaio uterotrófico (após tratamento com soluções extrativas de P. angulata e Dioscorea spp) para verificar alterações morfofisiológicas possivelmente induzidas por estrógenos (análise do peso da hipófise, rins, adrenais, suprarrenais e fígado). Resultados e discussão: Nos resultados parciais observa-se que P. angulata e Dioscorea spp têm constituintes que aparentemente induziram modificações morfofisiológicas da hipófise, rins, adrenais, suprarrenais e fígado dos grupos tratados em comparação com controles. As alterações nestas estruturas podem ser desencadeadas pela ação de substâncias estrogênicas. Conclusão: Há indícios de que Physalis angulata e Dioscorea spp possuem micromoléculas capazes de induzirem alterações no que se concerne ao peso da hipófise, rins, adrenais, suprarrenais e fígado. Os estudos serão continuados com a realização de ensaios de histoquímica e imunoquímica e a interação com receptores de estrógeno. 42 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 03.02 EVALUATION OF Solidago chilensis DC EXTRACT (BRAZILIAN ARNICA) IN THE MECHANISMS OF WOUND HEALING Gastaldo B1, Hatanaka E2, Bortolon JR2, Mutata G2, Bacchi EM1 1 FCF/USP - Farmácia, 2Universidade Cruzeiro do Sul – ICAFE Extracts of Arnica Montana or Solidago chilensis possess a wide systematic scientific investigation. We have investigated the effect of S. chilensis in the mechanisms of wound healing considering the neutrophil migration’s during the inflammatory phase of this process. Inflammation is the initial phase of the healing process and essential to the tissue recovery progression. We have used na optical curve of rise and decline that can be reduced with use of antiinflammatory stimuli. A wound in the dorsal surface of rats was performed and a lyophilized hydroethanolic extract of S. chilensis (LHEE) 70% were topically administrated. On the 5th day it was evaluate a reduction (52%) of the wound área in comparison with control (sterile PBS). In air pouches experiments, neutrophil influx raised 18 times when capared to control group. LHEE also induced a significant increase in the release of IL-1, L-selectin, and IL-6. In contrast, LHEE strongly inhibited the migration of MLPstimulated neutrophils and the amount of cytokines IL-6, L-selectin, IL-1, TNF in the exudate. This effect indicate a modulation effect of neutrophil activation. It was noticed na increase of cytokines liberation in human culture corroborating the results obtained in animals. In the extract was found phenolic compounds such as quercetrin which posses antinflammatory activity, also terpenoids were present. Our results suggest that S. chilensis can regulate accumulation and depletion of neutrophils in the inflammatory foci and may modulate the inflammatory of wound healing. 43 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 03.03 LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS PARA O TRATAMENTO DE FERIDAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE. Lins Neto JR, Silva DIS1, Souza CCS1, Albuquerque JFC1, Sena KXFR 1 Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Antibióticos Introdução: O Brasil possui uma das maiores diversidades vegetal do mundo e inúmeras experiências vinculadas ao conhecimento popular das plantas medicinais. O uso de plantas com fins terapêuticos atravessou séculos como prática amplamente exercida, variando de acordo com as características sociais, culturais, econômicas, ambientais de cada região do globo. Métodos: Foi realizado um levantamento sobre o uso popular de plantas medicinais utilizadas para tratamento de feridas. Foram entrevistados 27 raizeiros que comercializam produtos naturais nos Mercados Públicos de Afogados, Areias, Boa viagem, Cavaleiro, Jaboatão Centro, Madalena e São José. Para coleta de dados foi feito aplicação de formulário padronizado. Resultados e Discussão: Os dados obtidos com as entrevistas junto aos raizeiros nos diferentes Mercados Públicos confirmam o uso popular de 20 plantas, salientando a parte utilizada e a forma de uso dos vegetais. A partir do material levantado merece destaque as seguintes plantas, aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi), babatenon [Pithecellobium cochliocarpum (Gomez) Macbr], caju-roxo (Anacardium occidentale L.) e quixaba [Sideroxylon obtusifolium (Roem. & Schult.) T.D. Penn., com percentuais relativos de citação 100% para aroeira e babatenon, 92.6% para caju roxo e 96.3% para quixaba. Outra planta de frequência relevante foi a babosa Aloe vera L. (63%). Outras plantas citadas, porém com menor frequência foram: Urtiga branca, romã, calêndula, confrei, angico, salvia, alfazema de caboclo, jatobá, jucá, pau d'arco, copaiba, bom-nome, cipo-paratudo, umburana-de-cheiro e junça. Conclusões: Aroeira, babatenon, caju roxo, quixaba e babosa são os vegetais mais indicados pelos raizeiros, comerciantes de produtos naturais da região metropolitana do Recife, para o tratamento de feridas. 44 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 03.04 DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE Spirulina platensis Souza CCS1, Santos MA1, Albuquerque JFC1, Catanho MTJA2 1 Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Antibióticos, 2Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Fisiologia e Farmacologia Introdução: A Spirulina platensis pertence à divisão Cyanophyta, conhecidas como algas azuis, cianofíceas ou cianobactérias. Foi introduzida na alimentação humana a mais de 1000 anos, pela civilização Asteca, no México, e por africanos na região do Lago Chad. Material e Método: O pó foi diluído em solução salina a 0,9% à 200mg/mL. A marcação de hemácias foi feita utilizando sangue heparinizado de rato adulto Wistar in vitro. As concentrações de spirulina (6.25, 12. 5, 25, 50 e 100%) foram incubadas em tubos de ensaio por 60 minutos na presença e ausência de SnCl2 na concentração 1,2 ug/mL. Após incubação foi adicionado 0,1 mL de Tc99m 3,7mBq, na forma de pertecnetato de sódio em todos os tubos, continuando a incubação por mais 10min. A seguir, as amostras foram precipitadas e centrifugadas sendo realizadas as contagens das célula e sobrenadante. Resultado e Discussão: Cada experimento foi realizado em triplicata e os resultados foram analisados pela média e desvio padrão. A capacidade de ligação do Tc-99m na presença das concentrações 6.25-50% da Spirulina demonstrou alteração, porém foi verificada uma diminuição no percentual de ligação em 15% na concentração de 100% (87,4±0,90), em relação ao percentual controle que foi de 95% (95,1±1,42). A inibição da ligação do Tc-99m com as hemácias foi provavelmente devido ao composto da espécie testada ter liberado espécies reativas de oxigênio com maior poder oxidante, mais facilmente reduzida que o íon TcO4-. Conclusão: O processo de ligação do Tc-99m com os elementos do sangue revelou potencial antioxidante do extrato testado. 45 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 04.01 PADRONIZAÇÃO DO EXTRATO DE Achyrocline alata POR PLANEJAMENTO FATORIAL Demarque DP1, Carollo CA1, Boaretto AG1, Fernandes-Fitts SM2 1 Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Laboratório de Farmacognosia, 2Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Laboratório de Microbiologia A espécie Achyrocline alata, conhecida popularmente como Jateí-ka-há, é utilizada como antiinflamatória, para infecções e como coadjuvante para o tratamento de afecções bucais. Dessa forma, utilizar o extrato em produtos odontológicos demanda estudos de padronização e avaliação in vitro com bactérias de interesse em odontologia. Os extratos foram obtidos em extrator acelerado por solvente. Foi primeira realizada uma extração com hexano e, com a mesma amostra, foi feita uma nova extração com etanol 70% (Fração Etanólica). A fração hexânica foi submetida à partição com Etanol 70%, obtendo-se 2 fases: Hexânica e etanólica. Os extratos foram submetidos à avaliação antimicrobiana com Streptococcus mutans, sendo a fase etanólica a mais ativa. Com base nisso, o experimento de planejamento fatorial foi realizado monitorando a obtenção dos compostos ativos presentes na fase etanólica. No planejamento fatorial foi realizado a análise de cinco fatores: Solvente de extração (Hexano/Acetona), temperatura (70 à 130ºC), Ciclos de extração (1 à 5), tempo (1 à 5min), etanol/água utilizado para fazer a partição (50-90%). Os parâmetros ideais para obtenção de um extrato com um máximo de compostos ativos por meio de extrator acelerado por solvente são 100% de hexano, 1 ciclo de extração, temperatura de 130 ºC e partição com etanol 90%. O tempo de extração não influencia significativamente o processo. Com a utilização do extrator e por meio de planejamento fatorial foi possível a obtenção de extratos e as condições ideais que os compostos de interesse estarão presentes no extrato com máximo rendimento e seletividade. 46 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 04.02 CARACTERIZAÇÃO DO EXTRATO SECO COMERCIAL DE Uncaria tomentosa VISANDO A OBTENÇÃO DE CO-PROCESSADOS CONTENDO EXTRATO E POLÍMERO HIDROFILICO POR SPRAY-DRIER Braga AC1, Peregrino C2, Mourão S1, Dos Santos P1 1 UFF - Faculdade de Farmácia, 2UFF – LURA Introdução: Os fitoterápicos têm assumido importância crescente na atenção primária à saúde, sendo que as formulações sólidas orais são as mais utilizadas Apesar de todas as vantagens, o desenvolvimento e a produção de comprimidos fitoterápicos a partir de extrato seco é um desafio complexo e extenso. As razões para isso podem estar relacionadas com as características tecnológicas dos extratos secos que geralmente são pós finos e higroscópicos, de fluxo pobre e baixa compressibilidade. Neste sentido é objetivo desse trabalho avaliar as características do extrato comercial da Uncaria tomentosa visando a obtenção de coprocessado por spray-drier. Material e métodos: Utilizou-se o extrato seco de Uncaria tomentosa Quimer Comercial Ltda – 001*025891/11. Foram realizados os ensaios de higroscopicidade, granulometria e fluxo. A higroscopicidade foi realizada pela análise da umidade e ganho de massa. A granulometria foi analisada por tamisação e o fluxo por meio do índice de compressibilidade. Resultados e discussão: No teste da higroscopicidade pôdese observar que com o passar dos dias houve um aumento de massa indo de 1,0017 g até 1,096 g. A umidade também aumentou, indo de 5,167% até 10,9%. Quanto ao teste de granulometria notou-se um aumento da porcentagem de retenção dos grânulos com o aumento do número do tamis até o de número 40 (31,00%), depois deste começou a diminuir a porcentagem de massa retida no tamis chegando até 4,57% no tamis de número 80. No teste de fluxo a partir do volume aparente (13,42 mL) e o volume compactado (10 mL), calculou-se a densidade aparente (0,37) e a densidade compactada (0,5). Com essas informações calculou-se o índice de carr, que foi de 26% o que indica um fluxo pobre em compressibilidade. Conclusão: Os resultados indicam que o extrato seco de Uncaria tomentosa é bastante higroscópico, pouco compressível e grande parte de seus grânulos encontram-se entre 0,30 e 0,42 mm. 47 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 04.03 PRODUÇÃO DE INOVAÇÃO FARMACÊUTICA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA (MESTRADO PROFISSIONAL) DA UNIVERSIDADE BANDEIRANTE ANHANGUERA – UNIBAN Paulino N1, Suárez JAQ1, Valduga CJ1, Pereira RM1, Ribeiro MCM1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Mestrado Profissional em Farmácia. Introdução: O Mestrado Profissional em Farmácia da Universidade Bandeirante Anahnguera (UNIBAN) foi formalmente instituído em 2007 e estruturado com duas áreas de concentração: identificação e validação química de insumos farmacêuticos e ensaios e avaliação biológica de insumos farmacêuticos. Conta atualmente com 10 docentes pesquisadores, todos doutores e com mais de 40 dissertações em áreas diversas. O caráter profissional do Mestrado permite que os profissionais desenvolvam projetos com inovação, patentes e mercado. Material e métodos: O trabalho apresenta o resultado das atividades de inovação farmacêutica realizadas pelo Mestrado Profissional em Farmácia da UNIBAN como exemplo das possibilidades de efetivação das relações universidade-empresa. Resultados: A pesquisa na instituição iniciou-se em 1997, antes da constituição do Mestrado, numa parceria institucional com o Ministério de Educação Superior de Cuba. Nesse período de 14 anos de atividades foram desenvolvidas pesquisas que levaram ao depósito de 16 pedidos de patente nas áreas de padronização de própolis, câncer, inflamação, leishmaniose, odontologia e microbiologia, dentre outras, dos quais 3 chegaram a PCT e 2 já foram emitida nos EUA, Japão e Europa. Foram, também, estabelecidas parcerias formais com o setor produtivo, constando até o momento convênios de pesquisa com: Natulab Laboratório Farmacêutico, Belfar Indústria Farmacêutica, Novo Mel Ind. e Com. Exterior Ltda. Conclusões: O processo de parceria universidade-empresa é raro e difícil O presente relato mostra que os cursos de pós-graduação de caráter profissional, que permitem maior flexibilidade e foco em projetos de mercado podem ser efetivos na consolidação do processo de parcerias com empresas e gerar resultados concretos em patentes e licenciamentos. 48 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 04.04 APRESENTAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO IRRIGATÓRIA PARA BIOPULPECTOMIAS CONTENDO EXTRATO TIPIFICADO DE PRÓPOLIS DE Baccharis dracunculifolia - PROPY® C Paulino N1, Paulino AS2 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Mestrado Profissional em Farmácia, 2 MEDLEX Gestão de Informações & Cursos Ltda - Desenvolvimento & Inovação em Produtos, Florianópolis, SC Introdução: A própolis de Bacharis dracunculifolia é uma resina natural produzida pelas abelhas, rica em compostos fenólicos derivados do ácido cinâmico, como o Artepillin C ®, com ação antioxidante, antimicrobiana, antiinflamatória, analgésica, antiedematogênica aos tecidos periodontais e hidratante das paredes dentinárias. Propy® C é uma solução irrigatória para biopulpectomias com atividade produzida com extrato tipificado de própolis de Baccharis dracunculifolia. Material e métodos: Foram utilizados uma solução de própolis de Baccharis dracunculifolia 0,25%, diluídos em uma solução excipiente contendo gluconato de clorexidine, fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, óleo de rícino hidrogenado etoxilado 40 OE e cloreto de sódio, em água q.s.p. A solução foi armazenada em embalagens padrão para uso odontológico e foi conservado em temperatura ambiente (15 – 30ºC), ao abrigo da luz. Resultados e discussão: A solução Propy® C apresentou propriedades irrigatórias para biopulpectomias com atividade antimicrobiana, antiinflamatória, analgésica, antiedematogênica aos tecidos periodontais, e hidratante das paredes dentinárias. Propy® C foi testada em modelo farmacológico, e demonstrou atividade antiinflamatória sugerindo seu uso como solução irrigatória em biopulpectomias para o controle da infecção e proliferação bacteriana no canal dentário, controle da dor induzida por fatores biológicos, químicos ou físico-químicos na polpa dentária, controle da resposta inflamatória na cavidade pulpar; controle da resposta edematogênica vascular no tecido periodontal, para manter hidratada as paredes dentinárias e facilitar a modelagem na cavidade pulpar. Conclusão: A própolis tipificada pode servir de modelo farmacotécnica para o desenvolvimento de formulações de uso odontológico ou para uso em mucosas na forma semi-sólida ou de solução. 49 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 04.05 COMPARAÇÃO DO CONTEÚDO DE COMPOSTOS FENÓLICOS E DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO CHÁ PRETO (Camellia sinensis) EM SACHÊ E BEBIDA PRONTA. Noriega P1, Barbosa MC2, Fiorderize C2, Leal JO2, Medeiros DS2, Mizutani NL2, Cocato ML2 1 Nanofitotec - CIETEC-IPEN/USP, 2Universidade Anhembi Morumbi – Farmácia Introdução: Atualmente o chá é a segunda bebida mais consumida no mundo. No Brasil o mercado desse tipo de produto está evoluindo no sentido de proporcionar novas alternativas, criar novos segmentos e proporcionar maior praticidade ao consumidor. As folhas de Camelia sinensis apresentam compostos fenólicos que possuem uma reconhecida ação antioxidante, útil no combate aos radicais livres presentes no organismo. Material e métodos: Foram analisados sachês (amostras A, B e C) e bebidas prontas (amostras X, Y e Z) de chá preto (Camellia sinensis) através da triagem fitoquímica (alcalóides, flavonóides e taninos), determinação de compostos fenólicos pelo método de folin-Ciocalteau e determinação da atividade antioxidante pelo método de DPPH. Resultados e discussão: Todas as amostras apresentaram alto teor de taninos e conteúdo negativo de flavonóides. Os resultados da concentração de compostos fenólicos foram: A: 25,75 mg/mL ± 0,58; B: 21,83 mg/mL ± 0,36; C: 31,49 mg/mL ± 2,74; X: 3,26 mg/mL ± 0,24; Y: 3,73 mg/mL ± 0,36 e Z: 13,81 mg/mL ± 0,66. A porcentagem de inibição de DPPH nas amostras foram: A: 85,32%; B: 88,27%; C: 85,15%; X: 82,64%; Y: 84,42%; Z: 87,27%. As amostras apresentaram concentrações de compostos fenólicos significativos além da presença de taninos e alta porcentagem de inibição de DPPH. Conclusão: Amostras de chá pronto para consumo apresentaram as menores concentrações de compostos fenólicos, no entanto, não houve diferença na atividade antioxidante entre todas as amostras. O consumo de chá poderia ter efeitos benéficos à saúde, independentemente da sua forma de comercialização. 50 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 05.01 Physalis angulata L. - EFEITOS DO CONDICIONAMENTO OSMÓTICO E ESTRESSES ABIÓTICOS NOS TEORES DE SECO-ESTERÓIDES Soares M1, Souza MO2, Souza CLM2, Ribeiro IM1, Rodrigues CP1, Mazzei JL1, Pelacani CR2, Tomassini TCB1 1 FIOCRUZ / Farmanguinhos - Laboratório de Química de Produtos Naturais - PN2, 2UEFS Departamento de Ciências Biológicas Em plantas, a fisiologia de estresse pode desempenhar papel importante na indução da produção de metabólitos secundários. Physalis angulata L. tem aplicação medicinal com atividades farmacológicas comprovadas na imunomodulação, em malária e leishmanioses, tendo sido encontradas associações às fisalinas B, D, F, G (seco-esteróides). Sementes não condicionadas e condicionadas (imersão em solução osmótica de polietilenoglicol 6000) geraram, após 45 dias, grupos de plantas que separados em três subgrupos foram irrigados durante 13 dias, em estufa agrícola, distintamente: com água, restrição hídrica de 50% e com solução 0,9% NaCl. Procedeu-se em cada subgrupo a secagem das folhas e caules por 8 dias à 40ºC, a seguir foram macerados (50 g de cada subgrupo) em 200 mL de etanol, sob agitação constante por três vezes, num total de 600 mL por subgrupo. Após filtração, os extratos tiveram seus volumes reduzidos até secura em evaporador rotatório. Amostras resuspensas em metanol (25 mg/mL) foram analisadas por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência em coluna Hibar LiChrospher 100 RP18 5 µm 250 x 4 mm, eluição gradiente a 1 mL/min e 30ºC, de acetonitrila e solução aquosa 0,05% de ácido trifluoroacético. Os secoesteróides foram identificados a 225 nm, estimados contra curva de calibração de fisalina D (10 - 1000 µg/mL) através de Detecção de Arranjo de Diodos. Os teores determinados para as quatro fisalinas, acima citadas, revelaram perfis bastante distintos entre as folhas e os caules, cujos valores oscilaram entre o dobro e a metade, respectivamente. 51 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 05.02 Capsicum frutescens (PIMENTA MALAGUETA) Silva AGF1, Marcucci MC1, Alpiovezza AR1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN. As pimentas picantes são as mais utilizadas pela indústria farmacêutica e também pela indústria de cosméticos. As propriedades medicinais cientificamente comprovadas são como auxiliares na digestão. A Capsicum frutescens L (pimenta malagueta) produz oleorresinas e de capsaicinóides (alcaloides). A ardência da pimenta é devido aos capsaicinóides. Estes são alcalóides e 90% são produzidos pelas células da placenta dos frutos (Ishikawa et al., 1998). A sensação de ardor é percebida imediatamente após a ingestão da pimenta e rapidamente dissipada. Já, a capsaicina e a di-idrocapsaicina causam maior irritação (Bosland, 1993). Na C. frutescens malagueta as flores se formam em número de uma a três por nó (ocasionalmente fasciculadas). Os frutos geralmente são vermelhos, cônicos, eretos, parede muito delgada, com polpa mole; as sementes são cor de palha e mais espessas no hilo (EMBRAPA, 2009). Sua ingestão aumenta a salivação e estimula a secreção gástrica e a motilidade gastrointestinal, dando uma sensação de bem estar. A capsaicina apresenta propriedades medicinais comprovadas, atua como cicatrizante, antioxidante, bactericida, auxilia na dissolução de coágulos sanguíneos, previne a arteriosclerose, controla o colesterol, evita hemorragias, aumenta o gasto calórico e influencia na liberação de endorfinas (Dutra et al., 2010). Estas propriedades da pimenta malagueta mostram o potencial deste produto natural como farmacêutico e cosmecêutico. Referências: (1) BOSLAND, P.W. Capsicum. Capsicum and Eggplant Newsletter, v.12, p.25-31, 1993; (2) DUTRA, F. L. A. et al., Rev.Bras.Tecnol.Agroind., 4, 243-251, 2010; (3) EMBRAPA HORTALIÇAS. <http://www.cnph.embrapa.br/capsicum /index.htm>. Acesso em: 12.07.2013; (4) ISHIKAWA K; et al., Capsicum and Eggplant Newsletter 17, 22-25, 1998. 52 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 05.03 PARÂMETROS FISICO-QUÍMICOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE CHOCOLATES Silva AGF1, Marcucci MC1, Alpiovezza AR1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN. O chocolate é uma dispersão sólida de cacau, partículas de açúcar, aditivos, manteiga de cacau, lecitina e aromatizantes (Ramli et al., 2001), originado da América do Sul. Tem várias aplicabilidades medicinais (Efraim et al., 2011). Possui na sua composição polifenóis e flavonóides (Pimentel, 2007). Experimental: chocolates - ao leite, chocolate meio amargo, chocolate 70% e branco. Extraiu-se com éter etílico em soxhlet, fenóis totais em 760nm, e teor de a teobromina e cafeína por HPLC (coluna C18, detector DAD, gradiente: água com 0,1% de ac. fórmico e metanol). A atividade antioxidante por DPPH, em 517nm. Resultados: % de gordura - ao leite 35,27; meio amargo 18,87; 70% cacau 35,73 e branco 35,73. Teor de fenóis (%) ao leite 0,770 ± 0,035; meio amargo 1,300 ± 0,150; 70% cacau 0,670 ± 0,005 e branco 0,362 ± 0,009. Os teores de teobromina e cafeína (%) por HPLC, foram: ao leite 0,140 e 0,002, meio amargo 0,690 e 0,034, 70% cacau 0,250 e 0,002. A dose que elimina 50% dos radicais livres (CE50 µg/mL) foi de: ao leite 58,30; meio amargo 57,24; 70% cacau 69,26 e branco 180,30. Os resultados obtidos mostram que os chocolates meio amargo e 70% de cacau apresentaram os melhores resultados de fenóis totais, teobromina e cafeína e atividade antioxidante, mostrando que estes produtos podem ser benéficos à saúde. RAMLI, N. et al., Malaysian J.Anal.Sci., 7, 377, 2001; EFRAIM, P. et al., Braz. J. Food Technol., 14, 181, 2011; EDUARDO, M.F., LANNES, S.C.S., Rev.Bras.Ciên.Farm., 40, 405, 2004. 53 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 05.04 ESTABILIDADE DE CREME COMPOSTO POR EXTRATOS AQUOSOS DE PLANTAS. Soares VCG1,2, Marques SA1,2, Moura C1 1 UNIP - ICS, 2UNIANCHIETA – FARMÁCIA Introdução: Cosméticos naturais são aqueles que apresentam apenas 5% de sua composicão em ativos inorgânicos, ou derivados de frações de petróleo. O maior desafio desses cosméticos é manter a estabilidade microbiológica e físico-química, sem adição dos conhecidos estabilizantes. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a estabilidade de formulação Lanette sem a presença de nipagin e nipazol, apenas com extratos aquosos de plantas cuja literatura relatam com potencial antimicrobiano. Material e métodos: A base de creme Lanette, 100g, foi acrescida de 20% (p/p) de extratos de hortelã (Mentha spicata), alecrim (Rosmarinus officinalis), guaco (Mikania glomerata), erva doce (Foeniculum vulgare), capim cidreira (Cymbopogon citratus), manjericão (Ocimum basilicum), babosa (Aloe vera), em partes iguais, dividida em três amostras de aproximadamente 30,5g cada. Uma das amostras foi utilizada como padrão para teste microbiológico. A análise de estabilidade foi realizada através da medida de pH das amostras, utilizando-se fita universal de pH (PAP INDIC 0-14 lote HC 820227), semanalmente durante o período de sete semanas. Para análise microbiológica realizada após pesagem de 1g de cada amostra, após alcalinização, e as mesmas foram diluídas em 10 ml de Tryptic soy broth (TSB), meio de transporte, e transferidas para placas de Petri. Os meios de cultura utilizados foram: Mueller Hinton ágar (MH), para bactérias, Escherichia coli e Staphylococcus aureus de cepas sensíveis e resitentes e Saboraud dextrose Agar (SA), para favorecer o crescimento de fungos, Candida albicans. A análise microbiológica foi realizada segundo o método de pour plate (Andreoli; Kaneko; Ohara, 2003). As placas prontas foram armazenadas em estufa a temperatura de 37ºC, por 7 dias para observação do crescimento de microrganismo. Os testes foram realizados em triplicatas e repetidos três vezes. O ensaio de estabilidade realizado após a centrifugação da amostra para demonstrar a não separação das fases e determinação de viscosidade por Brooksfield. Resultados e discussão: O teste de estabilidade do pH e esterilidade demonstrou que as amostras mantiveram-se dentro dos parâmetros permitidos. Na análise microbiológica houve ausência de crescimento de microrganismo em todas as placas de todas as amostras analisadas. O estudo comprovou que mesmo após período de estabilidade acelerada, a base cosmética acrescidas dos extratos consegue manter o pH, viscosidade e permanece isenta de contaminação microbiológica. Conclusão: A combinação de extratos pode ser utilizada em cosméticos naturais para manter a estabilidade microbiológica e físico-química de cremes, que posteriormente podem ser acrescidos de outros ativos. 54 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 05.05 AVALIAÇÃO DO LÍQUIDO EXTRATOR PARA EXTRAÇÃO DE BUTANOLÍDEOS DE Piper malacophyllum POR CLAE. Dos Santos MC1, Silva EK1, Zermiani T1, Costa MC1, Bittencourt CMS1, Malheiros A1, Machado MS1 1 Univali, Curso de Farmácia, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, SC, Brasil Introdução: O gênero Piper se destaca por seus grandes potenciais farmacológicos e microbiológicos, atribuídos a metabólitos secundários como chalconas, flavonóides e butenolídeos. A análise de fitoconstituintes por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) pode ser uma ferramenta utilizada para mensurar a quantidade compostos obtidos pelo processo de extração. O presente estudo teve por objetivo analisar por CLAE extratos das folhas de Piper malacophyllum obtidos em diferentes graus alcoólicos em relação à presença dos butenolídeos.Materiais e métodos: As folhas de P. malacophyllum coletadas no inverno foram maceradas em diferentes graus alcoólicos (70°GL, 90°GL e etanol anidro), mantidas sob agitação (220 rpm por 6 horas) e acondicionadas em frascos âmbar em geladeira à 5°C. Para análise utilizou-se um cromatógrafo líquido de alta eficiência Waters® com detector ultra violeta por arranjo de fotodiodos e coluna C18 (Phenomenex ®). Trabalhou-se em modo gradiente com metanol: acetonitrila: água acidificada (H3PO4 pH 3,57) na proporção inicial de 50:10:40, passando para 80:10:5 em 50 minutos com fluxo de 0,8 mL/min e voltando ao gradiente inicial após 10 minutos. Resultados e discussão: Através da analise comparativa com os padrões isolados da planta, verificou-se a presença dos isômeros 4,6-dimetóxi-5-Z-fenilbutenolideo e 4,6-dimetóxi-5-E-fenilbutenolideo em todos os extratos (análise em 310 nm), com diferenças em relação à intensidade dos sinais cromatográficos dos respectivos compostos. Conclusão: O melhor liquido extrator foi o etanol 90°GL por apresentar picos mais intensos e maiores áreas dos butenolídeos quando comparado aos demais líquidos extratores, revelando que o grau alcoólico do solvente extrator pode interferir na concentração dos fitoconstituintes. 55 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 05.06 CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DOS ÁCIDOS MIRSINÓICOS A E B ISOLADOS DE Rapanea ferruginea. Zermiani T1, Silva RML1, Malheiros A1, Bresolin TMB1 1 Universidade do Vale do Itajaí - Programa de Mestrado em Ciências Farmacêuticas Introdução: Os ácidos mirsinóicos A e B (AMA e AMB) isolados da espécie Rapanea ferruginea, apresentaram em estudos prévios atividade anticolinesterásica, antinociceptiva, anti-inflamatória e antimicrobiana. No presente trabalho foi realizada a caracterização química e físico-química dos compostos AMA e AMB. Materiais e métodos: Os compostos foram caracterizados por espectrometria de massas (EM), espectroscopia por infravermelho (IV), ultravioleta (UV), Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de 1H e 13C e avaliados quanto ao ponto de fusão empregando a técnica de calorimetria exploratória diferencial (DSC), Log P e pureza utilizando a cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Resultados e discussão: O AMA apresenta-se na forma de óleo e o AMB na forma de pó cristalino. Nos espectros de massas os sinais referentes aos íons moleculares apresentam-se em m/z 342 e em m/z 358 para o AMA e AMB, respectivamente. Os espectros no UV apresentaram absorções máximas em 205 e 258 nm para o AMA, e em 218 e 269 nm para o AMB. Os espectros de RMN e IV apresentaram perfil de acordo com as estruturas propostas e com a literatura. Nas análises por DSC a fusão do AMB ocorre a 123,6 ± 0,1°C, e o AMA não apresentou pico de fusão definido. O Log P foi 3,88 para o AMA e 3,66 para o AMB. O AMA apresentou uma pureza de 76,20% e o AMB 98,90%. Conclusão: O conhecimento das propriedades físico-químicas destes compostos irá contribuir para o desenvolvimento, controle de qualidade e padronização de novos fitofármacos direcionados ao tratamento de processos infecciosos e inflamatórios. 56 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 05.07 CARACTERIZAÇÃO FARMACOGNÓSTICA DA DROGA VEGETAL JOÃO-DA-COSTA (CAULES DE Diclidanthera laurifolia Mart.) Vendramini JRHEA1, Villagra BLP2, Munhoz FA1, Marcucci MC1, Marques LC1 1Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN. A procura por hábitos mais saudáveis nas últimas décadas tem levado as populações à busca de alimentos e medicamentos “naturais”, com aumento progressivo na produção e consumo de medicamentos fitoterápicos e produtos afins e surgimento de problemas de qualidade diversos, como os casos de comercialização de drogas sem especificações ou com ausência de conhecimento científico sobre suas qualidades químicas ou farmacológicas. Em pesquisa anterior descobriu-se que a droga vegetal ‘joão-da-costa’ comercializada como Echites peltata L. corresponde, de fato, aos caules de Diclidanthera laurifolia Mart., conhecida popularmente como jabuticabeira-de-cipó por possuir frutos ovais, pretos ou quase pretos, casca grossa e polpa extremamente doce. A falta de especificações farmacognósticas sobre essa droga vegetal e o caso de adulteração comercial estimulou a realização deste trabalho. Após coleta e identificação botânica, realizaram-se testes físico-químicos, fitoquímicos preliminares e doseamento de flavonóides totais por espectrofotometria (reação com cloreto de alumínio 5%) sobre amostras comerciais de acordo com metodologia farmacopeica ou usual em fitoquímica. Os resultados físico-químicos obtidos foram: umidade 11,36%±0,38; cinzas totais 3,11%±0,29; cinzas insolúveis em ácido 0,44%±0,27%. Em termos fitoquímicos preliminares foram encontrados como positivos os grupos de taninos, flavonóides e saponinas, e ausência de alcalóides, antracênicos e mucilagens. O doseamento espectrofotométrico de flavonóides totais expressos em quercetina foi realizado demonstrando a presença de 0,239±0,037 µg/mL ou 0,512±0,080% (m/m) nas amostras analisadas. Com os resultados obtidos é possível montar um conjunto de especificações de padrão de qualidade para esta droga vegetal, porém se fazem necessários estudos mais aprofundados no que diz respeito a segurança e eficácia desta planta. Apoio: Universidade Bandeirante Anhanguera – UNIBAN. 57 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 06.01 EFEITO CITOTÓXICO DE EXTRATO ETANÓLICO DE FOLHAS DE Citrullus lanatus (THUNB.) (Cucurbitaceae) PARA LEUCEMIA PRO-MIELOCÍTICA Siqueira SL1, Militão CGM1, Albuquerque JFC1 1 UFPE - Departamento de Antibióticos Introdução: A espécie Citrullus lanatus é reconhecida pelo fruto: a melancia. Essa cultura é amplamente cultivada e o seu fruto consumido pelo homem em todo o mundo devido às propriedades nutricionais da polpa como proteínas, vitaminas A, B1, B2, B3, C, sódio, potássio, fósforo, cálcio e ferro. Trata-se de uma planta originária da África, herbácea e com ciclo vegetativo anual. Este trabalho foi destinado a investigar o potencial de citotoxicidade das folhas da melancieira frente à linhagem de celular com leucemia pro-mielocítica. Material e Método: O material vegetal foi extraído em etanol a 70%. E a avaliação citotóxica foi realizada pelo método pelo método do MTT utilizado no programa de Screening (Skehan et al., 1990), baseado na colorimetria por meio da conversão do sal 3-(4,5-dimetil-2-tiazol)2,5-difenil-2-H-brometo de tetrazolium (MTT) em azul de formazan, a partir de enzimas mitocondriais presentes somente nas células metabolicamente ativas. As células com leucemia promielocítica foram plaqueadas na concentração de 1 x 105 células/mL e as substâncias previamente dissolvidas em DMSO foram diluídas em série no meio RPMI para obtenção das concentrações finais e adicionadas em placa de 96 poços (100μL/poço), incubadas por 72 horas em estufa a 5 % de CO2 a 37 °C. Foram adicionados 25 µL da solução de MTT (sal de tetrazolium), e as placas novamente foram incubadas por mais 3 horas. A absorbância foi lida após dissolução do precipitado com DMSO puro em espectrofotômetro de placa a 595 nm. Conclusão: Em 90 % dos casos específicos de leucemia promielocítica é causada pela translocação t (15;17) (q22;q21), resultado na fusão dos genes PML e RAR α, promovendo nos pacientes sintomas relacionados à anemia, trombocitopenia, organomegalia e distúrbios da coagulação (Sagrillo, M. R. et al., 2005). O resultado da avaliação citotóxica do extrato etanólico das folhas de C. lanatus foi considerado excelente com índice 99,27245%. 58 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 06.02 CITOTOXICIDADE DE EXTRATO ETANÓLICO DE FOLHAS DE Cucurbita pepo L. (Cucurbitaceae) PARA CARCINOMA DE LARINGE Siqueira SL1, Militão GCG1, Albuquerque JFC1 1 UFPE - Departamento de Antibióticos Introdução: A espécie Cucurbita pepo L. (Cucurbitaceae) é uma planta rasteira de folhas grandes e flores pequenas e amarelas. O fruto é conhecido popularmente no Nordeste brasileiro como Jerimum (ou abóbora), apresenta polpa de coloração laranja e sementes brancas. Por ser originária das Américas compôs a alimentação das civilizações Inca, Maia e Asteca. Além da palatabilidade, o fruto destaca-se pelas propriedades anti-helmíntica, antiinflamatória, antimicrobiana, vermífuga, antitérmica, entre outras. Material e Método: As folhas C. pepo L foram extraídas com etanol a 70%. E a avaliação citotóxica foi realizada pelo método pelo método do MTT utilizado no programa de Screening, baseado no padrão de colorimetria por meio da conversão do sal 3-(4,5-dimetil-2-tiazol)-2,5-difenil-2-H-brometo de tetrazolium (MTT) em azul de formazan, a partir de enzimas mitocondriais presentes somente nas células metabolicamente ativas. As células com carcinoma de laringe foram plaqueadas na concentração de 1 x 105 células/mL e as substâncias previamente dissolvidas em DMSO foram diluídas em série no meio RPMI para obtenção das concentrações finais e adicionadas em placa de 96 poços (100μL/poço), incubadas por 72 horas em estufa a 5 % de CO2 a 37 °C. Foram adicionados 25 µL da solução de MTT (sal de tetrazolium), e as placas novamente foram incubadas por mais 3 horas. A absorbância foi lida após dissolução do precipitado com DMSO puro em espectrofotômetro de placa a 595 nm. Conclusão: O extrato etanólico de folhas C. pepo L. apresentou índice excelente de 99,34332% com margem de erro de 0,6566811%. Esse resultado evidencia a capacidade desse extrato em impedir o desenvolvimento das células de carcinoma de laringe. 59 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 06.03 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE Vernonia condensata Borges AS1, Queiroz GL1, Gonçalvez RCR1, Kitagawa RR1 1 UFES - Departamento de Ciências Farmacêuticas Nos últimos anos, a atividade antioxidante gástrica de compostos vegetais tem atraído interesse, em virtude da forte evidência que o processo oxidativo esteja envolvido nos mecanismos de diversas patologias que acometem o estômago, incluindo a ulcerogênese. Neste sentido a espécie vegetal Vernonia condensata, popularmente denominada de boldo baiano e empregada na medicina tradicional na prevenção e tratamento de distúrbios gástricos, foi selecionada para avaliação do potencial antioxidante. A atividade antioxidante foi avaliada através do teste do ABTS•+ *ácido 2,2'-azino-bis(3-etilbenzotiazolina-6sulfônico)] e do DPPH (2,2 – difenil-1-picril-hidrazila) nos quais diferentes concentrações dos extratos etanólico e aquoso foram incubadas com os radicais. Trolox foi utilizado como padrão antioxidante em ambos os testes. Os resultados foram expressos em CE50, que é a concentração efetiva do antioxidante capaz de reduzir em 50% o radical. A CE 50 dos extratos aquoso e etanólico para o teste do DPPH foram respectivamente 48,03 ± 1,01 µg/mL e 56,19 ± 1,85 µg/mL, sendo que CE50 para o trolox foi de 5,03 ± 0,91 µg/mL. No teste do ABTS•+ a CE50 dos extratos aquoso e etanólico foram respectivamente 23,80 ± 2,63 µg/mL e 45,815 ± 6,78 µg/mL e para o Trolox < 3,125 µg/mL. Esses resultados demonstram potencial antioxidante significativo para espécie Vernonia condensata considerando que a avaliação foi feita com extratos brutos em comparação com padrão antioxidante. Dessa maneira, esse estudo, espera contribuir para o desenvolvimento de produtos naturais para uso medicinal que neutralizem os oxidantes biológicos e conseqüentemente seus efeitos nocivos. 60 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 06.04 TERAPIA FITOTERÁPICA COMO ADJUVANTE NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER Pereira da Silva ME1, Santos GAA2, Janz FL1, Pardi PC1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, 2Senac - Curso de Farmácia A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença degenerativa, que compromete principalmente a memória recente do indivíduo. Muitas correntes de tratamento indicam que a inibição da colinesterase é hoje a melhor forma terapêutica de fazer um refreamento da perda de cognição, sendo que a tacrina foi o primeiro anticolinesterásico liberado para tratamento da DA. Depois deste muitos outros inibidores foram sintetizados, como a rivastigmina, que também atua diminuindo a perda da cognição. O objetivo desta revisão de ensaios clínicos realizada no período de 2000 a 2013, busca identificar a ação clinica das seguintes plantas: Paullinia cupana Kunth, Gingko biloba, Melissa officinalis e Salvia officinalis como adjuvante do tratamento da DA. Após o levantamento sistemático dos ensaios observar-se que a Paullinia cupana apresentou 5 registros, principalmente indicados para a fadiga e a depressão do paciente mas sem interferir na cognição; já a Gingko biloba apresenta o maior numero de registros ligados a Doença de Alzheimer, 18 no total, mostrando eficácia quando associada a anticolinesterásicos como a tacrina, sendo que destes registros 9 estão ligadas ao extrato EGB761 apresentando um quadro bastante significativo nos escores neurológicos e cognitivos. A Salvia officinalis apresentou apenas um registro sem efetividade clinica na cognição e com ação mais calmante e por final a Melissa officinalis que apresentou 02 registros se mostrando eficaz na fase inicial e moderada da doença. Podemos concluir que existe a necessidade de estudos clínicos controlados com o uso da fitoterapia como adjuvante no tratamento da Doença de Alzheimer. 61 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 06.05 SCREENING FARMACOLÓGICO DA DROGA VEGETAL FLORES DE JASMIM Alpiovezza AR1, Pinto MS1, Gonçalves ID1, Marcucci MC1, Marques LC1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN As flores de jasmim, oriunda da China, são comercializadas no Brasil e consumidas como chá alimentício e medicinal, sem informações detalhadas a respeito. Para esta avaliação, preparou-se extrato hidroalcoólico a 20% (p/v) com etanol 50%, seguido da concentração e liofilização. Utilizou-se 35 camundongos suíços machos, jovens, aclimatados na Uniban, que receberam água (controle) ou o liofilizado por via oral (100 e 5000 mg/Kg) e via i.p. (1, 100, 500, 2000 mg/Kg), sendo observados até 14 dias depois (Carlini, EA. Rev. Bras. Biol. v.32, n.2, p.65-274, 1972). Não foi possível identificar o material pois as chaves exigem galhos inteiros, confirmando-se, por microscopia, não serem oriundas de Jasminum officinale ou J. sambac. Não foi verificada nenhuma alteração dos parâmetros especificados no protocolo (ataxia, ptose, salivação dentre outros). Destaca-se o grupo de cinco camundongos (dose de 2000 mg/kg i.p.) que apresentaram tremores em 5-10 minutos após a administração, com morte entre 15 minutos e 1 hora da administração. Estes animais foram necropsiados, não apresentando nenhum sinal de hemorragia ou outra indicação da causa mortis. Na observação até 14 dias não ocorreu mais nenhuma morte ou alteração digna de nota, estimando-se a DL50 para o extrato liofilizado como acima de 5g/kg (oral) e entre 0,5-2g/kg (i.p.). A evolução ponderal dos animais mostrou pesos equivalentes entre todos os grupos, com evolução normal no período. Conclui-se ser o extrato hidroalcoólico do jasmim não identificado, comercializado no Brasil, como de baixa toxicidade via oral e não indutor de comportamentos indicativos de efeitos farmacológicos agudos. Apoio: Universidade Bandeirante Anhanguera - UNIBAN 62 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 06.06 EFEITOS DA 7-HIDROXICUMARINA NA POPULAÇÃO DE LINFÓCITOS T EM MODELO MURINO DE LISTERIOSE. Ferreira FG1, Aquino CB1, Cabral PF2, Silva MS3, Oliveira CO4, Araujo RSA5, Barbosa-Filho JM5, Queiroz MLS3 1 Unicamp / Puc Campinas - Hemocentro, 2Unica / Puc Campinas - Hemocentro, 3Unicamp Hemocentro, 4Unicamp - Farmacologia, 5UFBP - Farmacologia A Umbeliferona ou 7-hidroxicumarina (7-HC) é um produto natural representante da família das cumarinas que apresenta uma gama de atividades farmacológicas, como ação antitumoral, anti-inflamatória e imunomoduladora. O modelo murino de listeriose recebeu enorme atenção ao longo dos anos como uma ferramenta de grande valia nos estudos envolvendo imunidade celular, pois proporciona um sistema altamente reprodutível para a avaliação da virulência da bactéria, permitindo o desenvolvimento de estratégias imunoterapêuticas nas imunopatias mediadas pela célula T, sem interferir com a resistência inata, prevenção e cura de doenças mediadas por estas mesmas células. Paralelamente, a literatura mostra que a produção da citocina anti-inflamatória interleucina-10 (IL-10) inibe a resposta imunológica celular, favorecendo a susceptibilidade do hospedeiro frente à infecção. Partindo do exposto avaliamos os efeitos de 7-HC na proliferação de linfócitos e produção de IL-10 no baço de camundongos infectados com Listeria monocytogenes (LM). Os animais receberam um tratamento prévio com 250mg/Kg de 7-HC durante 7 dias e, em seguida, foram infectados com uma dose subletal de LM (1x104bactérias/mL). Após 48 horas de infecção, o baço foi removido e as células esplênicas foram marcada com CFSE, para avaliar a proliferação celular, e mantidas em cultura na presença de concanavalina A por 48 horas. A dosagem de IL-10 foi realizada nos sobrenadantes das culturas pelo método de ELISA. Observamos que os animais tratados com 7-HC apresentaram um aumento significativo na proliferação de linfócitos (P<0.05 – ANOVA – Tukey) e uma redução (P<0.001 – ANOVA – Tukey) na produção de IL-10 que está aumentada nos animais infectados. 63 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 06.07 EFEITOS DA 7-HIDROXICUMARINA NA POPULAÇÃO DE CÉLULAS NK E PRODUÇÃO DE IFNGAMMA EM CAMUNDONGOS INFECTADOS COM Listeria monocytogenes. Aquino CB1, Ferreira FG1, Silva MS2, Cabral PF1, Araujo RSA3, Barbosa-Filho JM3, Torello CO4, Queiroz MLS2 1 Unicamp / Puc Campinas - Hemocentro, 2Unicamp - Hemocentro, 3UFBP - Farmacologia, 4 Unicamp – Farmacologia Umbeliferona ou 7-hidroxicumarina (7-HC) é um produto natural da família das cumarinas, que possui uma gama de atividades farmacológicas relevantes, com ênfase em sua propriedade imunomoduladora. Listeria monocytogenes (LM) é um bacilo Gram-positivo, facultativo intracelular que se replica principalmente no interior de macrófagos e desencadeia um aumento marcante na resposta imune inata que requer interações entre neutrófilos, macrófagos, células Natural Killer (NK), células T e citocinas, dentre as quais destaca-se o Interferon- γ (IFN-γ). Assim, nos propomos a estudar os efeitos da 7-HC sobre o número de células NK (CD3-CD22-CD49b++) e a produção de IFN-γ no baço de camundongos balb/C infectados com LM. A dose de 250mg/Kg de 7-HC foi administrada por 7 dias, previamente à infecção, com uma dose subletal de LM (1x10 4bactérias/mL). Após 48 horas da infecção, o baço foi removido e uma parte das células esplênicas foi marcada com os anticorpos: anti-CD3 (APC), anti-CD22 (PE) e anti-CD49b (FITC). A análise foi realizada no citometro FACSCalibur utilizando o software CellQuest (BD Bioscience). A outra parte das células foi mantida em cultura na presença de concanavalina A por 48 horas. A dosagem de IFN-γ foi realizada nos sobrenadantes das culturas pelo método de ELISA. Nossos resultados demonstraram um aumento significativo na produção de IFN-g (P<0,01 – ANOVA, Tukey) e na população de células NK (P<0,001 – ANOVA, Tukey) nos animais infectados e tratados com a 7-HC, quando comparado aos animais infectados não tratados. 64 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 06.08 SCREENING FARMACOLÓGICO DA DROGA VEGETAL RIZOMAS DE ‘NÓ-DE-CACHORRO’ (Vernonia cognata Less. – Asteraceae) Pinto MS1, Alpiovezza AR1, Gonçalves ID1, Marcucci MC1, Marques LC1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN A droga vegetal rizomas de Vernonia cognata Less. (Asteraceae) é amplamente comercializada no Brasil como um adulterante das raízes de Heteropterys aphrodisiaca O. Mach. (Malpighiaceae), sem estudos que a caracterizem farmacognosticamente. Para este experimento, após avaliação farmacobotânica e testes farmacognósticos e biológicos, preparou-se extrato hidroalcoólico a 20% (p/v) com etanol 50% (v/v), seguido de concentração e liofilização. Foram utilizados 35 camundongos suíços machos, jovens (2 meses), pesando entre 20-30 g, oriundos do biotério da Unicamp. Os animais foram aclimatados no LAFE Uniban, pesados e receberam água (controle) ou o liofilizado por via oral (100 e 5000 mg/Kg) e via i.p. (1, 100, 500, 2000 mg/Kg), sendo observados durante 4 horas e até 14 dias depois, utilizando-se como roteiro básico o protocolo estabelecido por Carlini (Rev. Bras. Biol. v.32, n.2, p.65-274, 1972). A identificação de exemplares floridos coletados na região oeste da cidade de São Paulo foi feita pelo especialista Dr. Benoit Loeuille (USP-SP). No screening, não foi verificada nenhuma alteração dos parâmetros especificados no protocolo (ataxia, ptose, salivação dentre outros), não ocorreu mortalidade em nenhum dos grupos e doses avaliados nem ocorreram diferenças significantes no peso dos animais (tempos 0, 7 e 14 dias) ou no peso dos órgãos. Conclui-se ser o extrato hidroalcoólico 50% dos rizomas de V. cognata como de baixa toxicidade, tanto via oral quanto i.p., e não indutor de comportamentos indicativos de efeitos farmacológicos agudos. Estimam-se as DL50 como superior a 2.000 mg/Kg (i.p.) e superior a 5.000 mg/Kg (oral). Apoio: Universidade Bandeirante Anhanguera - UNIBAN 65 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 06.09 ATIVIDADES ANTIOXIDANTE E ANTITUMORAL DE Diclidanthera laurifolia Mart. Stoppa C1, Vendramini J1, Nunes C2, Ribeiro MCM1, Diniz S1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, 2FMUSP. Introdução: Diclidanthera laurifolia é uma planta popularmente conhecida por “João-daCosta” ou “jaboticaba-de-cipó”, membro da família Polygalaceae, de uso terapêutico tradicional em condições ginecológicas, cujas atividades biológicas são pouco conhecidas ou evidenciadas. O objetivo do presente trabalho foi o de determinar a atividade antioxidante e antitumoral de um extrato hidroetanólico de amostras de caules da referida planta adquirida de fornecedor da cidade de São Paulo. Material e métodos: Foi obtido um extrato hidroetanólico (50:50) a 0,5% do qual foi feita a análise de atividade antioxidante pela cinética espectrofotométrica de descoloração do radical DPPH em 517nm. Para a realização do experimento de citotoxicidade as células da linhagem tumoral de melanoma murino “B16F10” foram cultivadas em placas de 96 poços com RPMI completo, composto por RPMI1640, enriquecido com glutamina 2 mM, tamponado com bicarbonato de sódio 24 mM, HEPES 20 mM, 10% de soro fetal bovino (SFB) e antibióticos (10000 U/mL de penicilina e 10000 mg/mL de estreptomicina) e Garamycin 30 mg/mL (Schering-Plough) na concentração de 1,0 x104/poço e tratadas com diversas concentrações do extrato hidroalcóolico de João da Costa (a partir da solução estoque de 10 mg/mL), ou com somente o veículo alcoólico a 50%, por 24 h. Os controles não foram tratados com o extrato. Após esse período, a proliferação foi avaliada pelo método do “MTT” (3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5diphenyltetrazolium bromide, Sigma-Aldrich), que utiliza tetrazolium bio-reduzido pelas células gerando um produto colorido chamado de formazona. Nos poços contendo as células tratadas ou não com o extrato, foram adicionados 50µL de solução de MTT (5mg/mL) e incubados por 4h. Após esse período, o sobrenadante foi retirado e as células foram lisadas com 200µL DMSO (dimetilsulfóxido, Aldrich). A absorbância foi medida a 540 nm em espectrofotômetro, e a medida da formazona formada correlaciona diretamente com o número de células viáveis na cultura. Resultados e discussão: A atividade antioxidante expressa em CE50 (dose que elimina 50% dos radicais livres) foi de 71,24 µg/mL. Com respeito à atividade antitumoral, o cálculo da medida de IC50, que é a concentração inibitória do composto onde é observada uma inibição de 50% da viabilidade celular comparada com 100% de viabilidade dos poços controle (sem o tratamento), ou seja, é a concentração do composto onde se tem um efeito tóxico para 50% das células adicionadas nos poços com o extrato etanólico a 0,5%. Os resultados demonstraram uma capacidade antitumoral do extrato hidroalcoólico de João da Costa com um valor de IC50 = 1421,68 µg/mL. Conclusão: Os resultados da atividade antioxidante sinalizam para as possíveis ações anti-inflamatória e cicatrizante da planta. O IC50 em células demonstra a capacidade antitumoral do extrato de João da Costa e aponta para uma utilização desta planta com estas atividades descritas. 66 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 06.10 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIPROLIFERATINA IN VITRO DE AMOSTRAS DE Piper umbellatum L. DE DIFERENTES PROCEDÊNCIAS Iwamoto LH1, Andrade PH2, Ruiz ALTG3, Carvalho JE3, Foglio MA1, Rodrigues RAF1 1 UNICAMP/CPQBA - Departamento de Fitoquimica, 2PUC-CAMPINAS - Farmácia, 3 UNICAMP/CPQBA - Departamento de Farmacologia e Toxicologia Piper umbellatum L. (Piperacea) conhecida como pariparoba, é usado pela medicina popular como antioxidante, anti-malárico e anti-inflamatório. A atividade antiproliferativa in vitro do extrato bruto diclorometano (EBD) foi avaliada com o objetivo de verificar diferentes procedências. Folhas de P. umbellatum foram coletadas no campo experimental do CPQBA/UNICAMP (exsicata 127123) Paulínia-SP, Ubatuba-SP (UBA) e Monte Sião-MG (MG) e extraídas frescas por maceração com diclorometano. Verificou-se a atividade antiproliferativa in vitro em um painel com 7 linhagens tumorais humanas por um período de exposição de 48h e avaliou-se pelo método da Sulforrodamina B. As amostras foram testadas nas concentrações de 0,25; 2,5, 25 e 250 µg/mL e a concentração necessária para inibição total de crescimento celular (TGI) foi calculada através do software ORIGIN 8.0. A média dos valores de TGI foram obtidas: 9,63; 14,0 e 52,5 µg/mL, respectivamente para as amostras CPQBA, UBA e MG. Além disso, o perfil cromatográfico por cromatografia gasosa com detector de massas (CG/EM) constatou diferenças entre as amostras estudadas. No extrato de MG que apresentou atividade inferior, foram identificados: nerolidol-2 (11,2min) com concentração 10 vezes maior do que as demais amostras e gama-amorfeno (10,5min) cerca de 3 vezes menor. O composto majoritário (4-nerolidicatecol -29,4min) não houve concordância com a biblioteca NIST. Contudo, através da relação m/z (314) e dados da literatura foi possível corroborar sua presença. Através dos valores de TGI obtidos pode-se concluir que a atividade antiproliferativa in vitro da amostra CPQBA foi mais promissora em relação às demais. 67 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 07.01 AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA ORAL DE Passiflora edulis Sims (Passifloraceae) EM CAMUNDONGOS Beraldo J1, Soares CHW2, Kato ETM3, Silva JLV1 1 Universidade Nove de Julho - Saúde, 2Universidade Nove de Julho - FarmáciaBioquímica/Saúde, 3Universidade de São Paulo - Faculdade de Ciências Farmacêuticas Introdução: Passiflora edulis (Passifloraceae) é conhecida como "maracujá-azedo", sendo usada na medicina popular como ansiolítico, sedativo, diurético. Decidiu-se avaliar a toxicidade aguda oral do extrato etanólico liofilizado obtido das folhas e caules de P. edulis (Pe-EtOH) em camundongos. Material e métodos: a metodologia foi desenvolvida segundo a Res. 90 (ANVISA, 2004) e aprovada pelo Comitê de Ética no Uso de Animal da UNINOVE (AN 0003/11). Camundongos machos Swiss (15–25g) foram divididos em 2 grupos (n=5): Pe-EtOH (2g/kg, v.o.) e veículo (1 mL/kg de água +TWEN-20 0.1%, v.o.). Os animais foram monitorados por 14 dias, em seguida foram eutanasiados em câmera de CO2, seguido de dissecação, retirada e pesagem de órgãos vitais (pulmões, coração, rins e fígado). A análise estatística foi verificada pelo ANOVA de uma via seguido do pós-teste de Dunnett ou teste “t” de Student (p<0,05). Resultados e Discussão: o Pe-EtOH (2g/kg, v.o.) induziu apenas 01 morte após 72hs. Os animais tratados (n=5) com o Pe-EtOH tiveram a locomoção reduzida (p<0,05) aos 30 e 60 min. depois do tratamento (espaços=5,2±1,4 e 11,8±7,3, respectivamente) quando comparados ao grupo controle (espaços=47,8±4,4 e 34,4±3,1, respectivamente) sendo revertido aos 90 min. Após a eutanásia, houve redução significativa no peso do coração e pulmões dos animais tratados (P=0,7±0,07 e 0,8±0,06 mg/g, n=4, respectivamente) quando comparados ao controle (P=0,9±0,09 e 1,9±0,08 mg/g, n=5, respectivamente). Conclusão: o extrato das folhas e caule de P. edulis na dose oral de 2g/kg não é potencialmente tóxico, apresentando efeito sedativo corroborando o seu uso popular. 68 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 07.02 AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA DO EXTRATO HIDROETANÓLICO DA MAMA CADELA (Brosimum gaudichaudii Trécul) EM CAMUNDONGOS. Okamoto MKH1, Rodrigues FNO1, Silva ALC1, Silva LM1, Wadt NSY1, Bach EE1 - 1Universidade Nove de Julho - Saúde Introdução: as plantas medicinais são utilizadas desde as antigas civilizações para tratamento, cura e prevenção de doenças. Na década de 90 a Organização Mundial de Saúde divulgou que 65-80% da população de países do terceiro mundo tinham as plantas medicinais como a única forma para os cuidados básicos de saúde (RAHMAN; SINGHAL, 2002). Dentre as plantas de interesse temos a Brosimum gaudichaudii Trécul, conhecida popularmente como mama cadela, pertencente à família Moraceae; é empregada na medicina popular no combate ao vitiligo. Objetivo: verificar a toxicidade aguda do extrato do caule da Brosimum gaudichaudii Trecul aplicada em camundongos. Materiais e métodos: em três grupos de camundongos Swiss adultos (fêmeas e machos) foram administrados por gavagem, água (controle negativo), extrato aquoso de Brosimum gaudichaudii Trécul, em doses estipuladas e álcool 70 %. Após 14 dias de observação, os animais foram sacrificados na câmara de gás carbônico; os órgãos retirados foram observados macroscopicamente. O método estatístico utilizado foi Tukey-ANOVA. Resultados e Discussão: foram observadas toxicidades nas fêmeas nos seguintes órgãos: rins, coração, baço e perda de massa corporal; nos machos apresentaram toxicidade nos rins, baço, pulmão, coração e perda de massa corporal. Conclusão: devido a sua toxicidade, o extrato hidroetanólico de Brosimum gaudichauadii Trécull (mama cadela) não deve ser utilizado via oral. 69 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 07.03 AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA DO HIDROLATO DE Melaleuca armillaris Sm. EM CAMUNDONGOS. Okamoto MKH1, Fernades VM1, Silva ALC1, Silva VTRW1, Wadt NSY1, Bach EE1 1 Universidade Nove de Julho - Saúde Introdução: o uso de plantas medicinais no mundo tem aumentado na última década, sendo fundamental conhecer sua eficácia e também sua segurança de uso. A planta Melaleuca armillaris, espécie da família Myrtaceae encontra-se distribuída em regiões tropicais e sub tropicais, vulgarmente conhecida como murta mel Pulseira, tem uma longa história de uso como anti-séptico tópico (Markan, 1999). É indicada para tratamento de lesões, queimaduras, picadas de insetos, gel para espinhas, dentifrícios, entre outros (Cox, et al 2010). Objetivo: verificar a toxicidade aguda do hidrolato de Melaleuca armillaris. Materiais e métodos: em três grupos de camundongos Swiss adultos (fêmeas e machos) foram administrados por gavagem, água (controle negativo), álcool 70% (controle positivo) e o hidrolato de Melaleuca armillaris, em doses estipuladas. Após 14 dias de observação, os animais foram sacrificados na câmara de gás carbônico; os órgãos retirados foram observados macroscopicamente. O método estatístico utilizado foi Tukey-ANOVA. Resultados e Discussão: não foram observadas toxicidades nas fêmeas nos seguintes órgãos: rins, pulmões e baço, porém o coração teve uma toxicidade pouco significativa em relação ao controle negativo, além do aumento de massa corporal não significativo. Nos machos nenhum órgão apresentou toxicidade ao administrar o hidrolato de Melaleuca armillaris. Conclusão: o consumo via oral do hidrolato de Melaleuca armillaris deve ser evitada por apresentar toxicidade no coração na dose estudada. 70 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 07.04 ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA, APOPTÓTICA EM OSTEOCLASTOS E CITOTÓXICA DAS PLANTAS Mentha x villosa Huds e Chenopodium ambrosioides L. Juiz PJL1, Ávila Campos MJ2, Gambari R3, Piva R3, Penolazi L3, Silva F4, Lucchese AM5, Uetanabaro APT6 1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Centro de Ciências da Saúde, 2Universidade de São Paulo, 3Università Degli Studi di Ferrara - Departamento de Bioquímica e Biologia molecular, 4Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Centro de Ciências Agrárias, 5 Universidade Estadual de Feira de Santana - Departamento de Ciências Exatas, 6 Universidade Estadual de Santa Cruz - Departamento de Ciências Biológicas. A utilização de espécies de plantas com finalidade terapêutica é hoje uma realidade mundial. O uso das espécies Mentha x villosa e Chenopodium ambrosioides, principalmente para doenças do trato digestório, na medicina popular é uma prática altamente difundida, a despeito dos efeitos adversos associados a esta prática. Outra atividade biológica destas plantas que poderia ser explorada seria no tratamento da doença periodontal, uma patologia de etiologia multifatorial, considerada um problema de saúde pública. Com o objetivo de estudar o potencial biotecnológico de óleos essenciais e extratos metanólicos de M. villosa e C. ambrosioides foram estudadas a atividade antimicrobiana e capacidade de indução de apoptose em osteoclastos. A atividade antimicrobiana frente aos microorganismos Aggregatibacter actinomycetemcomitans (ATCC 43717), Fusobacterium nucleatum (ATCC 25586), Porphyromonas gingivalis (ATCC 33277), Bacteroides fragilis (ATCC 25285) foi avaliada por meio da determinação da concentração inibitória mínima e concentração bactericida mínima. A avaliação da atividade apoptótica em osteoclastos do extrato metanólico de M. villosa (único composto considerado atóxico no ensaio do MTT) foi realizada pelo teste TUNEL e por imunocitoquímica para receptor Fas. Os resultados mostraram que as menores concentrações inibitórias, entre os periodontopatógenos foram registradas para a bactéria P. gingivalis e as maiores para A. actinomycetemcomitans. Os compostos testados não foram capazes de induzir apoptose em osteoclastos. As plantas estudadas mostraram atividade antimicrobiana, porém não exerceram atividade apoptótica em osteoclastos nas concentrações testadas. O uso popular difundido das plantas medicinais M. villosa e C. ambrosioides merece uma maior atenção, visto que este trabalho considerou estas plantas tóxicas. 71 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 08.01 CITOLOGIA HORMONAL VAGINAL SOB USO DE ISOFLAVONAS DERIVADAS DO Glycine max (L.) Merr. Lima SMRR1, Reis BF2, Bernardo BFA1, Silva GMD1, Silva MAG3, Yamada SS1 - 1FCMSCSP Obstetricia E Ginecologia - DOGI, 2UNIVAS - Obstetrícia e Ginecologia - DOGI, 3FCMSCSP – Patologia Objetivo: Avaliar a citologia hormonal vaginal sob a ação do gel de isoflavonas de soja (Glycine max [L.] Merr.) no tratamento da atrofia vaginal de mulheres após a menopausa. Método: Foram estudadas 36 mulheres após a menopausa com idade média de 58,5 + 3,8 anos, avaliando o efeito da terapia com gel vaginal de isoflavonas de soja a 4% por três meses consecutivos. A citologia hormonal vaginal foi avaliada através do Índice de Frost pela técnica de Papanicolaou. As pacientes foram alocadas em dois tempos: Tempo zero (T0): sem tratamento e Tempo um (T1) após três meses de tratamento. Resultados: As células basais apresentaram-se ao índice de Frost com 88,88 + 18,75 em T0 e 18,88 + 28,76 em T1 (p< 0,000). As células intermediárias em T0 foram 10,83 + 18,06 e em T1 de 53,88 + 25,61 (p< 0,001). As células superficiais em T0 foram 0,27 + 1,16 e em T1 28,27 + 27,3 (p< 0,16). Todas as mulheres aderiram ao tratamento com o gel de isoflavonas de soja e apresentaram melhora no índice de maturação vaginal após três meses nas células basais e intermediárias, e tendência de melhora nas células superficiais. Conclusão: O gel via vaginal de isoflavonas de soja promoveu a maturação das células vaginais, podendo assim, constituir uma terapia para mulheres após a menopausa com atrofia genital. 72 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 08.02 ESTUDO DA MICROBIOTA VAGINAL EM MULHERES APÓS A MENOPAUSA COM O USO DE ISOFLAVONAS VIA VAGINAL Andreotti JDB1, Lima SMRR1, Endo CM1, Scorzelli ACC1, Fortunato FG1, Watanabe DT1, Bernardo BFA1, Sasagawa SM1, Yamada SS1, Ueda SMY1 1 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Introdução: O uso de fitomedicamentos via vaginal aparenta ser eficiente no combate aos sintomas urogenitais da mulher após a menopausa. O efeito estrogênio simile desse tipo farmacológico, associado à via tópica de administração, sem interação sistêmica, poderá representar uma novidade terapêutica, principalmente, às mulheres cuja terapia hormonal é contra indicada. Objetivo: Estudo da microbiota vaginal em mulheres após a menopausa com o uso de isoflavona via vaginal. Metodologia: Ensaio clínico, duplo-cego, randomizado, placebo-controlado, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa n o119/11 e financiado pela FAPESP, envolvendo 56 mulheres após a menopausa, que assinaram Termo de Consentimento Livre Esclarecido. As mulheres foram triadas com critérios de exclusão e inclusão definidos e divididas em dois grupos de acordo com gel vaginal utilizado: Grupo I (n=29), uso de Glycine max (L.) Merr (isoflavonas - Hebron®) e Grupo II (n=27), uso de placebo. As mulheres responderam questionários de sintomas urogenitais antes do uso do gel (T0), após 30 dias do uso (T30) e após 90 dias do uso (T90) para correlação clínica. Microbiotas foram colhidas do fórnice vaginal posterior nos tempos T0, T30 e T90 e foram semeadas e incubadas em meios específicos, colônias bacterianas encontradas foram contabilizadas. Resultados e Discussão: Microrganismos mais prevalentes são Enterococcus sp, Staphylococcus coagulase negativo e Escherichia coli, houve variação na microbiota vaginal entre os grupos e ao longo dos tempos e melhora de sintomas urogenitais. Conclusão: Houve modificação da microbiota vaginal nos grupos estudados. Apoio: FAPESP 73 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 08.03 MORFOMETRIA DO EPITÉLIO VAGINAL DE MULHERES APÓS A MENOPAUSA COM USO DE ISOFLAVONAS VIA VAGINAL Scorzelli ACC1, Lima SMRR1, Fortunato FG1, Watanabe DT1, Endo CM1, Andreotti JDB1, Bernardo BFA1, Silva MALG1. 1 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Introdução: O maior achado após a menopausa é o hipoestrogenismo, levando à atrofia urogenital. O uso de fitoestrogênios via vaginal, como as isoflavonas derivadas do Glycine Max (L.) Merr, apresenta efeitos benéficos, ação local e pouca interação sistêmica. Material e Métodos: Ensaio clínico duplo-cego, placebo-controlado, randomizado realizado no Ambulatório de Fitoterapia no Climatério do Ambulatório de Especialidades “Dr. Geraldo Bourroul” da ISCMSP. Foram selecionadas 44 mulheres após a menopausa com queixa de secura vaginal e sintomas de atrofia urogenital. Usaram gel vaginal, por 90 dias, contendo: Grupo 1 (n=22)- Isoflavonas derivadas do Glycine Max (L.) Merr. (4%) Hebron®; Grupo 2 (n=22)- Placebo (sem princípio ativo). Foram colhidas biópsias vaginais em tempo inicial (T0) e após 90 dias (T90) e mediu-se a espessura do epitélio. A análise estatística foi feita por teste t-Student, sendo significante p<0,05. Resultados e Discussão: Comparando-se T0 dos dois grupos, não se encontrou diferença estatisticamente significante (p=0,83), mostrando que estes eram homogêneos. No Grupo Isoflavonas, comparando-se T0 com T90 há diferença significante (p=0,00001). No grupo placebo, ao compararem-se os diferentes tempos de estudo, observou-se que também houve diferença significante (p=0,0297). Ao final do estudo (T90), a diferença encontrada entre os dois grupos é significante (p=0,0167), demonstrando que o produto contendo princípio ativo apresentou maior ação no epitélio vaginal. Conclusão: Houve aumento significante na espessura do epitélio vaginal com uso gel vaginal de Isoflavonas. Constitui-se, assim, uma alternativa de tratamento para mulheres com atrofia urogenital que não podem ou não querem tratar-se com terapia hormonal convencional. Apoio: PIBIC 74 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 08.04 ESTUDO DOS EFEITOS DA Cimicifuga racemosa NAS MULHERES APÓS A MENOPAUSA USUÁRIAS DE TAMOXIFENO OU INIBIDORES DE AROMATASE PARA O TRATAMENTO DE CÂNCER DE MAMA Hernandes LM1, Macruz CF2, Lima SMRR2, Martins MM2 1 FCMSCSP, 2FCMSCSP – DOGI Introdução: Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. Tamoxifeno e os inibidores de aromatase estão disponíveis para prevenção e podem agravar sintomas do climatério. Naquelas com contra-indicação a terapia hormonal os fitomedicamentos podem ser indicados, com destaque para os derivados da C. racemosa. Casuística e Métodos: Grupo 1 (n=15): Tamoxifeno (20mg/dia) ou inibidores de aromatase (anastrozol: 1 mg/dia, ou exemestano 25 mg/dia) associado a C. racemosa (20 mg/ 12h/12h); grupo 2 (n=10): Tamoxifeno ou inibidores de aromatase. Índices avaliados (T0;T3 e T6 meses): Menopausal de Blatt e Kupperman, qualidade de vida (WHOQOL-BREF), e trofismo vaginal (índice de Meisels) . Resultados: A comparação do Índice de Kupperman nos diferentes tempos dentro de cada grupo mostrou diferenças significantes entre os tempos T0 e T6 do Grupo 1, indicando melhora das queixas de onda de calor. A análise das médias dos domínios do WHOQOL-BREF, não evidenciou diferenças significantes. Quanto à citologia vaginal, verificou-se que não houve diferença significante entre T0 e T6 no Grupo 1 e Grupo 2. Conclusões: houve melhora das ondas de calor; não houve melhora na qualidade de vida e na citologia vaginal. Projeto Aprovado pelo PIBIC-CNPq 75 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 08.05 TRABALHO CLÍNICO DE ANÁLISE DE RESULTADOS USANDO PLANTAS MEDICINAIS EM CURATIVOS EXTERNOS NOS PACIENTES AMBULATORIAIS E/OU VISITAS DOMICILIARES Guagliardi TC, Petit Prieto AF1, Pereira MMC, Iabiku C, Pureza Neto OC, Bizerra CM, Barcaghi H, Alves dos Santos L, Torres CAS, Nascimento C, Breve M, Machado D. 1 PMSBC + PMD – Saúde. Introdução: Sendo Profissionais de Saúde da Rede Pública tanto na PMSBC e na PMD nós deparamos diariamente com a necessidade de prevenir, aliviar e tentar resolver na medida do possível, em nossos pacientes nas Urgências dos nossos atendimentos ou naqueles encaminhados por outros setores ou serviços para inicio ou continuação do tratamento ambulatorial com potencial aparecimento de complicações estéticas, orgânicas e custos sociais e econômicos das lesões surgidas por queimaduras, abrasões, ulceras de pressão, ou diabetogênicas, arteriais, venosas, lacerações, amputações, ou deiscências agravadas ou não, ou delas derivadas Nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) a Equipe Multidisciplinar se defronta com pacientes de boa, baixa ou nenhuma renda o que é um problema para o tratamento de feridas pelos seus próprios recursos ou até mesmo quando tem recursos pelo tempo e pela dificuldade de outros lidarem tentando minimizar as complicações, por que os recursos dos Programas e Instituições não cobrem pela demanda inteira, o que estimulou o uso de produtos de baixo custo e fácil acesso, eficazes e que não introduzissem complicações, restrições, dificuldades semelhantes as já existentes. No Brasil nos deparamos com público de uma diversidade resolutiva das Instituições de Saúde que vão do mais precário ao mais sofisticado nível de primeiro mundo. Nem sempre depende dos recursos econômicos do Estado Federal, Estado Regional ou Municipal. Muitas vezes simples planejamento técnico local.Nosso objetivo foi observar a evolução das lesões classificadas nos diversos graus, usando óleo de girassol comercial, gel de babosa, calendula, confrei, mamão,abacate, ipê, barbatimão, hamamelis, óleo de copaíba, camomila, aveloz. Material e Métodos: Equipe Multidisciplinar das UBSs Alves Dias, Vila Marchi, Rudge Ramos da Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo - SP convidaram aleatoriamente pacientes eutróficos, com moradia identificada e com higiene adequada, todos eles moradores de São Bernardo do Campo realizarem curativos a base de Fitoterápicos, com o mesmo treinamento pelo Profissional Médico, grau de lesão diverso segundo os planos atingidos, com resultados dentro da expectativa. O mesmo aconteceu na UBS de Serraria de Diadema, outro Município onde a parte médica desenvolve suas atividades. A quase totalidade dos casos não usou antibioticoterapia durante tratamento das lesões com os fitoterápicos, salvo casos com indicação previa ou com complicações que assim o indicassem. Produtos de síntese, só analgésicos quando o paciente assim o solicitava e preferia aos fitoterápicos. Os curativos fitoterápicos foram aceitos previa consulta dos pacientes ou seu familiares responsáveis, nunca foram impostos como única conduta a ser realizada. Era proposto e a população escolhia.Quando era necessário os pacientes e seus familiares eram treinados para realizar seguindo a mesma técnica e metodológica nos finais de semana caso sua UBS se encontrava fechada nesses dias ou era muito distante da sua casa para aquela UBS local. Em geral se optava por curativo simples de manutenção evitando que eles manipulassem e interferissem no resultado e possíveis complicações. Resultados e Discussão: Os resultados foram satisfatórios sem nenhuma complicação, infecção secundária, com re-epitelização completa dentro do tempo esperado. O uso do óleo de girassol, gel da babosa, polpa do abacate, polpa do mamão papaya, casca e entrecasca do barbatimão, flor de calêndula, pomada e creme de hamamelis, creme do gel da babosa, chá de camomila, óleo de copaíba, creme de ipê, látex do aveloz, vem sendo utilizados pelo serviço, segundo sua precisa indicação, faz pouco mais de oito anos com ótimos resultados. Esta metodologia é eficaz, eficiente, segura e de reprodutibilidade factível, desde que exista um treinamento dos diversos componentes: paciente (familiares) –pessoal de Enfermagem –Médicos, e o necessário compromisso Institucional. 76 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 08.06 USO DE INFUSÃO DE Bauhinia forficata NO TRATAMENTO DE FERIDA EM BOVINO Silva MDA1, Guterres KA1, Scherer B1, Acosta GS1, Martins CF2, Cleff MB2 1 Universidade Federal de Pelotas, 2Universidade Federal de Pelotas - Departamento de Clínicas Veterinárias. Introdução: Das plantas utilizadas popularmente no Rio Grande do Sul, destaca-se a Bauhinia forficata (pata-de-vaca), sendo aplicada na forma de chás para tratamento de enfermidades, devido ação antimicrobiana e cicatrizante. Assim, objetivou-se avaliar estas ações através da infusão da planta, em um bovino com lesão, definindo-se ainda a sensibilidade dos isolados a antibióticos. Material e métodos: Coletaram-se folhas de B. forficata em Povo Novo - RS, sendo identificada botanicamente, seca e acondicionada. O bovino adquiriu a lesão enroscando-se em arame, o que resultou na amputação do digito lateral, evoluindo para um quadro de osteomielite, sendo realizados cultura e antibiograma do material da lesão. Utilizou-se infusão com 10 gramas da planta, realizando-se lavagem e debridação da lesão duas vezes ao dia, associada à pomada da planta para uso tópico. A evolução da cicatrização foi avaliada com medição do diâmetro da área de lesão e por fotos. Resultados e Discussão: Na cultura isolou-se Escherichia coli e Proteus mirabilis, resistentes a amoxilina + ac. clavulânico, cefalexina, sulfazotrim, gentamicina, oxacilina, enrofloxacina, penicilina e ceftiofur. Na macroscopia da ferida, observou-se uma rápida cicatrização, sendo a medição inicial de 14x17,5 cm e passando a 10x10cm após 14 dias de tratamento. Os resultados confirmaram o uso impírico para as espécies de Bauhinia, pois a medicina popular já havia citado esta atividade. Conclusão: Observou-se rápida cicatrização da lesão com a infusão e pomada de Bauhinia forticata, sendo promissor o uso em feridas cutâneas contaminadas por E. coli e P. mirabilis. 77 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 08.07 ANÁLISE IN VITRO DO EXTRATO DE Campomanesia xanthocarpa NA ATIVAÇÃO CELULAR EM LINHAGENS MONOCÍTICAS THP-1 Cunha EBB1, Silva NF2, Viecili PRN3, Aita CAM2 1 Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Escola de Medicina - Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Escola de Medicina, 3 Universidade de Cruz Alta - Instituto de Cardiologia de Cruz Alta Introdução: Aterosclerose é uma doença inflamatória crônica, ligada a monócitos e macrófagos que desempenham papel importante na formação das placas ateroscleróticas, sendo estimulados por citocinas inflamatórias e pelo aumento das moléculas de adesão celular, como a ICAM-1 (CD54). Monócitos migram para a íntima e se diferenciam em macrófagos, em um ambiente de stress oxidativo, sintetizam citocinas que perpetuam o processo inflamatório. Como um co-receptor o CD14 liga-se a partículas de LDL modificadas potencializando a secreção de citocinas. Esse endotélio danificado perde sua propriedade antiagregante plaquetária, anticoagulante e fibrinolítica, adquirindo atividade prócoagulante. Estudos recentes comprovaram que o extrato de Campomanesia xantocharpa (“Guavirova”) diminui o colesterol e o stress oxidativo do plasma de pacientes hipercolesterolêmicos. Esse projeto teve como objetivo avaliar se o extrato de folhas de guavirova é capaz de modular in vitro o estado de ativação de linhagens celulares THP-1 (monócitos humanos). Material e métodos: A viabilidade celular foi verificada pelo método MTT. A expressão dos receptores CD14 e CD54 foi realizada por citometria de fluxo. Resultados: A viabilidade celular não foi significativamente comprometida. A THP-1, na presença do extrato de guavirova reduziram a expressão do CD14, comparada ao controle (p=0,02771). Incubadas com extrato e interferon-gama, apresentaram uma redução da expressão de CD14 comparada com o grupo controle (p=0,04484). Não identificamos alteração significativa na expressão do CD54, na presença do extrato. Conclusão: O extrato de guavirova não modificou significativamente a viabilidade celular. Os monócitos humanos, na presença do extrato da guavirova, incubados ou não com interferon-gama, diminuíram a expressão do CD14. 78 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 09.01 ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE Coutarea hexandra (JACQ.) K. SCUM. FRENTE A Candida albicans. Plastino PJ1, Solidônio EG2, Sena KXFR1, Albuquerque JFC1 1 Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Antibióticos, 2Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Energia Nuclear Introdução: Coutarea hexandra Shum.(Rubiaceae) é uma planta nativa do Brasil, de partes úmidas da Amazônia e Mata Atlântica, ocorre em várzeas aluviais da floresta pluvial em várias regiões do país. Esta planta é conhecida em toda a região nordeste contra diversos males principalmente anti-inflamatórios e também no combate a dores. Em outros países é usada contra febre intermitente, malária, paludismo, feridas e inflamações. Método: A casca seca foi extraída com etanol, três vezes consecutivas e submetida aos testes de atividade antimicrobiana pelo método de difusão em disco de papel. Discos de 6 mm de diâmetros foram impregnados com 10 µL da solução do extrato de modo que cada disco ficou a concentração de 2.000 µg. Os discos foram colocados sobre a superfície do meio Sabouraud, semeados com os micro-organismos teste, suspensos previamente em soro fisiológico até turbidez de 0,5 da escala MacFarland. Como droga padrão foi utilizado cetoconazol. As placas foram incubadas a 35 °C, por 48 horas. A leitura foi realizada pela medição do diâmetro dos halos de inibição em torno dos discos. Resultado e discussão: Esta planta havia sido estudada anteriormente e apresentou baixa atividade contra micro-organismos Grampositivos, mas, quando foi recentemente testada contra diferentes cepas da levedura Candida albicans apresentou resultados positivos com halos de inibição que variaram de 15 a 18 mm. Isto mostra que poderá ser ainda testada contra outras espécies do gênero Candida podendo ser uma alternativa para a inibição deste micro-organismo. Conclusão: Coutarea hexandra mostrou atividade para todas as leveduras Candida albicans testadas. 79 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 09.02 AVALIAÇÃO POR MICROSCOPIA ELETRÔNICA DO EXTRATO ETANÓLICO DE Punica granatum NA DIMINUIÇÃO DA REPLICAÇÃO DO BoHV-1 COLORADO EM ZIGOTOS MURINOS EXPERIMENTALMENTE INFECTADOS. Palazzi EG1,2,3, Felicio JD1, Pituco EM1, Stefano E1, Okuda LO1, Hansen D1, Nogueira AHC1, Fernandes MJB1, Simoni IC1, Gonçalves RF1, Lima MS1, Scrivanti JB4, Vicente EJ5 1 Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, São Paulo, SP, Brasil, 2Interunidades em Biotecnologia /ICB_USP. 3Doutorando, 4Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Laboratório de Controle Genético e Sanitário Animal. 5 Universidade de São Paulo - Departamento de Microbiologia. A transmissão de doenças pelas biotecnologias da reprodução continua a ser uma preocupação justificável para os órgãos reguladores. Por isso, a busca de novos métodos de controle sanitário para embriões bovinos são de extrema importância.O objetivo do trabalho foi o de avaliar a ação do extrato etanólico (EE) de Punica granatum (PG) na diminuição da replicação viral do BoHV-1 embriões murinos (modelo para bovinos) infectados experimentalmente com o BoHV-1_Colorado (108 TCID50/mL) após 24h, in vitro, pela análise da taxa de clivagem, da titulação e das alterações morfológicas por microscopia eletrônica (ME). Os zigotos de camundongos fêmeas Swiss obtidos foram divididos em quatro grupos: 1) EE PG_Grupo controle exposto a 10µL de solução fisiológica estéril (G1PG, n= 456), 2) Grupo exposto a 10µL vírus (G2 PG, n= 321), 3) Grupo exposto a 10µL extrato (G3 PG, n= 318) e 4) Grupo exposto a 10µL extrato e a 10µL vírus (G4 PG, n= 427). Todos os grupos foram mantidos a 37,5ºC, durante 24h em meio TCM199 (100µL) em estufa a 5% de CO2 e 95% de umidade. Após 24h, avaliamos a morfologia dos zigotos em microscópio eletrônico, a taxa de clivagem e a multiplicação viral por titulação após 72h em co-cultura com células MDBK. Todos os grupos não apresentaram alterações morfológicas, segundo ME. As organelas, membranas plasmáticas e zonas pelúcidas mantiveram-se conservadas. As taxas de clivagem, nos respectivos grupos, foram: G1PG 76,31% (348/456), G2PG 36,44% (117/321), G3 2 PG 68,86% (219/318), G4PG 71,06% (226/318). Foi usado o teste c (α=0,05), com correção de Yates, para a taxa de clivagem e o teste-t (α=0,05) para a titulação. Os dados demonstram que só houve diferença significativa entre os grupos G1PG e G2PG (p<0,05) em relação à taxa de clivagem. Entre os grupos G2PG (título= 3,70x107 TCID50/mL) e G4PG (título 6,51x102 TCID50/mL), houve uma diferença significativa demonstrando diminuição da taxa viral (p<0,05) por EE de Punica granatum. Apesar do grupo G2PG não causar alterações morfológicas nestas amostras, segundo ME, foi possível verificar que o extrato de Punica granatum reduz a taxa viral significativamente e, por isso, pode ser um possível antiviral usado em centrais de FIV como um método eficiente de controle para TE. O presente trabalho foi realizado com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq Brasil. 80 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 09.03 ESTUDO IN VITRO DA ATIVIDADE ANTIVIRAL DE DUAS ESPÉCIES DE PLANTAS MELITÓFILAS CONTRA HERPESVÍRUS BOVINO E SUÍNO. Simoni IC1, Aguiar B2, Parreira MR2, Fernandes MJB2, Fávero OA3 1 Instituto Biológico - Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, São Paulo, SP, Brasil. 2Instituto Biológico. 3Universidade Presbiteriana Mackenzie. A própolis apesar de ser um material resinoso de origem animal, as abelhas a elaboram a partir de material vegetal. Dentre a grande flora encontrada em nosso país, as espécies dióicas de Baccharis, é uma importante fonte na produção de apiterápico. Duas espécies, Baccharis dracunculifolia e Baccharis uncinella, se destacam como plantas melitófilas que apresentam atividades antibacteriana e antinflamatória. Existem também relatos de extratos de Baccharis trinervis com atividade antiviral contra o HIV. Assim, é importante estudar as propriedades antivirais de Baccharis, na linhagem celular MDBK contra herpesvírus bovino e suíno. Para isto, foram utilizados 4 extratos brutos liofilizados a partir de partes aéreas secas de B. dracunculifolia e frescas de B. uncinella em solução hidroalcoólica a frio. A concentração máxima não tóxica (CMNT) dos extratos foi avaliada em células MDBK pela ausência alterações morfológicas detectáveis nas células. Os testes antivirais foram feitos com células previamente tratadas com os extratos, na CMNT, e posteriormente inoculadas com diluições logarítmicas dos vírus. O índice de inibição viral (IIV) foi calculado pela diferença entre o título viral do tratado e do controle e foi feita análise estatística pelo Teste de Tukey. Todos os extratos dos indivíduos masculinos e femininos das B. dracunculifolia e B. uncinella apresentaram atividade antiviral contra ambos os herpesvírus com CMNTs entre 62,5 a 250 mg/mL. O gênero Baccharis está entre as plantas medicinais mais comercializadas no Brasil que são empregadas no desenvolvimento de novos fármacos e também utilizadas na medicina popular para o controle ou tratamento de diversas doenças. 81 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 09.04 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE FUNGICIDA DO ÓLEO VOLÁTIL DE Peperomia pellucida (L) Kunth. (Piperaceae) Sussa FV1, Felicio JD2, Gonçalez E2, Silva PSC1 1 Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN/CNEN/USP - CRPq - Centro do Reator de Pesquisa, 2Centro de Sanidade Animal do Instituto Biológico (IB) Introdução: Peperomia pellucida (L.) Kunth (erva-de-jabuti) é tradicionalmente conhecida por suas propriedades medicinais tais como, analgésica, bactericida, fungicida, antiinflamatória, cicatrizante, entre outras. A atividade fungicida desta espécie é devida às substâncias bioativas presentes nos seus óleos voláteis, principalmente, dilapiol. Aspergillus flavus é um fungo filamentoso que pode produzir aflatoxinas B1 e B2 (AFB1 AFB2) e ácido ciclopiazônico (CPA). A co-produção destas micotoxinas pode resultar num efeito tóxico aditivo ou sinérgico sobre os consumidores. As aflatoxinas são consideradas cancerígenas; especialmente a aflatoxina B1. Os efeitos inibitórios dos óleos essenciais de plantas sobre o crescimento de A. flavus e produção de aflatoxina B1 têm sido descritos frequentemente na literatura. Objetivo: Avaliar a composição química e atividade fungicida do óleo volátil de Peperomia pellucida no crescimento de Aspergillus flavus. Materiais e Métodos: As amostras foram coletadas no jardim Botânico, RJ. O óleo essencial foi extraído das partes aéreas por hidrodestilação em aparelho de Clevenger e analisado por Cromatografia Gasosa acoplada a um Espectrômetro de Massas (GC/MS). O ensaio da atividade antifúngica foi realizado pelo método do Disco de Difusão. Resultados: Os principais componentes voláteis do óleo essencial de P. pellucida foram: Dilapiol (53,4 %), Germacreno B (20,9 %) e Óxido de cariofileno (10,8 %). Os compostos n-dodecano, n-tetradecano, n-Pentadecano, aromadendreno e espatulenol foram identificados pela primeira vez neste óleo. O crescimento do fungo foi inibido por todas as concentrações (2,5μL; 5,0 μL; 7,5 μL; 10,0 μL) do óleo volátil (p ≤ 0,05) entre 40-56%. Conclusão: O óleo volátil de P. pellucida pode ser considerado como um potencial composto antifúngico especialmente para a proteção contra aflatoxina. 82 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 09.05 DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL ANTIFÚNGICO DE Astronium urundeuva (Allemão) Engl. (Anacardiaceae) CONTRA Candida albicans RESISTENTE A DERIVADOS AZÓLICOS. Bonifácio BV1, Negri KMS1, Ramos MAS1, Silva PB1, Toledo LG2, Lucena VAA1, Wagner V3, Almeida MTG2, Bauab TM1 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara- UNESP/FCFAR - Departamento de Ciências Biológicas, 2Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP Departamento de Doenças Dermatológicas, Infecciosas e Parasitárias, 3Campus Experimental do Litoral Paulista – UNESP Entre as novas triagens terapêuticas frente às afecções fúngicas, destacam-se aquelas adquiridas por espécies do gênero Candida, que é uma das leveduras frequentemente envolvidas nas infecções micóticas capazes de causar dano ao organismo humano, como a candidíase vulvovaginal (CVV). Com o aumento do número de cepas multirresistentes aos antimicrobianos convencionais, cresce o interesse no potencial biológico apresentado pelas plantas medicinais. Astronium urundeuva (Allemão) Engl., popularmente conhecida como aroeira-preta ou aroeira-do-sertão, é um representante arbóreo da família Anacardiaceae amplamente utilizado na medicina tradicional brasileira para o tratamento de várias doenças, apresentando como principais constituintes fitoquímicos óleos essenciais e taninos hidrolisáveis e condensados. O objetivo deste estudo foi determinar o potencial antifúngico do extrato etanólico de folhas de A. urundeuva frente a Candida albicans, contra uma cepa padrão (ATCC 65428) e cinco cepas clínicas oriundas de trato vaginal com perfil resistente a derivados azólicos. Para a determinação do potencial antifúngico foi empregado a técnica de diluição em microplacas, onde extrato vegetal foi avaliado nas concentrações de 1000 ug/mL a 7,81ug/mL e como controle foi utilizado o fluconazol a 512 ug/mL e anfotericina B a 16 ug/mL. Após a incubação das microplacas a 37ºC/48 horas, foram realizadas leituras utilizando 20 uL de solução aquosa de 2% de cloreto de 2,3,5-trifeniltetrazólio (TTC). Os resultados obtidos em triplicata demonstraram concentrações inibitórias mínimas (CIM) que variaram de 62,5 ug/mL a 125 ug/mL entre as cepas estudadas. Os dados obtidos denotam a importância da busca de fontes alternativas de antimicrobianos oriundos de produtos vegetais, gerando assim, contribuições à expansão clínico-farmacológica na área medicamentosa, ampliando as possibilidades terapêuticas frente a candidíase vulvovaginal. 83 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 09.06 AVALIAÇÃO DAS TINTURAS DE AÇOITA CAVALO (Luehea divaricata Mart.), ALFACE (Lactuca sativa), BÁLSAMO (Myroxylon peruiferum L. f.), COPAÍBA (Copaifera langsdorffii), FRUTA-DO-LOBO (Solanum grandiflorum), GERVÃO (Stachytarphetta spp.), GRAVIOLA (Annona muricata L.), GUACO (Mikania glomerata Spreng.), JAMBOLÃO (Syzygium cumini L.) E SABUGUEIRO (Sambucus nigra L.) “in vitro” NA INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO MICELIAL DE Sclerotinia sclerotiorum Yamamoto SM1, Bittencourt ALA1, Martins DP1, Oliveira JSF1, Camilo SB1 - 1Faculdade Integral Cantareira. Introdução: Os compostos secundários presentes nas plantas vem representando uma forma de controle de doenças em plantas. S. sclerotiorum é um fungo que apresenta um controle difícil devido a formação escleródios que garantem sua sobrevivência mesmo em condições adversas. O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diversas tinturas na inibição “in vitro” do crescimento micelial de S. sclerotiorum. Material e Métodos: Foram utilizadas 4 concentrações 5;10;20 e 50% de cada tintura, incorporadas ao meio Ágar Dextrose Batata (BDA) fundente à 45° C e vertidos em placas de Petri.Para as testemunhas foram utilizados placas contendo apenas BDA. Após a solidificação do meio, discos de 7 mm de diâmetro de S. sclerotiorum foram colocados no centro das placas de Petri e incubados em B.O.D. a 28° C, até que a testemunha atingisse a borda da placa de Petri. O bioensaio foi realizado em duplicata.O crescimento das colônias foram medidos diariamente em 2 sentidos perpendiculares com auxílio de um paquímetro digital tendo como referência o desenvolvimento da colônia na placa controle. Resultados e Discussão: As tinturas de gervão, graviola e fruta-do-lobo, inibiram o crescimento de S. sclerotiorum em todas as concentrações, açoita cavalo, alface, copaiba, sabugueiro e guaco tiveram o melhor resultado a partir de 10%, balsamo a partir de 20% e jambolão a partir de 30%.A média das porcentagens de inibição de cada tintura foi de 83%. Conclusão: As tinturas inibiram o crescimento micelial de S. sclerotiorum, variando sua eficiência conforme a concentração da tintura. Evidencia-se a necessidade de testes “in vivo”. 84 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 09.07 EXTRATO METANÓLICO DE ESCAPOS DE Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhland (Eriocaulaceae), UMA NOVA ABORDAGEM ANTIFÚNGICA CONTRA C. krusei e C.glabrata Ramos MAS1, Bonifácio BV1, Silva PB1, Toledo LG2, Negri KMS1, Lucena VAA1, Santos LC3, Almeida MTG2, Bauab TM1 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara- UNESP/FCFAR - Departamento de Ciências Biológicas, 2Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP Departamento de Doenças Dermatológicas, Infecciosas e Parasitárias, 3Instituto de Química de Araraquara - UNESP/IQ - Departamento de Química Orgânica O uso indiscriminado de antimicrobianos utilizados no tratamento de infecções de cunho fúngico determina o surgimento de microrganismos resistentes ocasionando uma diminuição nas alternativas de drogas para o tratamento de suas manifestações. A descoberta de novas abordagens terapêuticas frente a espécies fúngicas com elevado perfil de resistência torna-se significante, frente a isso, o uso de plantas medicinais potencialmente ativas ganha destaque no arsenal medicamentoso. A espécie Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhland (Eriocaulaceae) vem apresentando notórios potenciais terapêuticos como atividade antibacteriana, antiulcerogênica e antifúngica. O objetivo deste trabalho foi determinar o potencial antifúngico do extrato metanólico de escapos de Syngonanthus nitens frente a cepas clínicas oriundas de trato vaginal, e padrão (ATCC) de C. krusei e C. glabrata. Foi utilizada a técnica de diluição em microplacas, onde extrato vegetal foi avaliado nas concentrações de 1000 ug/mL a 7,81ug/mL e como controle foi utilizado o fluconazol a 512 ug/mL e anfotericina B a 16 ug/mL. Após a incubação das microplacas a 37ºC durante 48 horas, foram realizadas leituras utilizando 20 uL de solução aquosa de 2% de cloreto de 2,3,5-trifeniltetrazólio (TTC). Os resultados obtidos em triplicata demonstraram significativa ação, com concentrações inibitórias mínimas (CIM) do extrato que variaram de 31,5 ug/mL a 125 ug/mL para as duas cepas. Esta investigação reporta-se como promissora, visto a necessidade de fontes alternativas que possuam propriedades terapêuticas contra fungos. 85 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 09.08 PERFIL ANTIFÚNGICO DO EXTRATO METANÓLICO DE ESCAPOS DE Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhland (Eriocaulaceae) CONTRA LEVEDURAS NÃO-albicans ISOLADAS DE TRATO GENITAL FEMININO. Bauab TM1, Bonifácio BV1, Silva PB1, Negri KMS1, Lucena VAA1, Toledo LG2, Almeida MTG2, Santos LC3, Ramos MAS1 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara- UNESP/FCFAR - Departamento de Ciências Biológicas, 2Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP Departamento de Doenças Dermatológicas, Infecciosas e Parasitárias, 3Instituto de Química de Araraquara - UNESP/IQ - Departamento de Química Orgânica A candidíase vulvovaginal (CVV) se caracteriza como sendo inflamação verdadeira de vulva e vagina, eventualmente ocasionada por fungos leveduriformes, que, em sua maioria, pertencem a espécia Candida albicans, no entanto, nos últimos anos verifica-se um aumento significativo do estabelecimento desta doença por outras espécie do gênero Candida, a exemplo encontra-se a Candida tropicalis e Candida parapsilosis. A busca por moléculas bioativas capazes de atuar positivamente contra micro-organismos, emerge o uso de plantas medicinais como promissor. Atualmente, a família Eriocaulaceae ganha destaque no ramo científico, apresentando propriedades importantes, como antifúngica, a exemplo, a espécie Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhland. Este estudo teve por objetivo avaliar o perfil antifúngico do extrato metanólico de escapos de S. nitens sobre cepas de C. tropicalis e C. parapsilosis padrão (ATCC) e clínicas isoladas de trato genital feminino. O estudo foi procedido empregando a técnica de diluição em microplacas, onde extrato vegetal foi avaliado nas concentrações de 1000 ug/mL a 7,81ug/mL, como controle foi utilizado o fluconazol a 512 ug/mL e anfotericina B a 16 ug/mL. Após a incubação das microplacas a 37ºC durante 48 horas, foram realizadas leituras utilizando 20 uL de solução aquosa de 2% de cloreto de 2,3,5-trifeniltetrazólio (TTC). Os resultados obtidos em triplicata demonstraram significativa ação, com concentrações inibitórias mínimas (CIM) que variaram de 250 ug/mL a 500 ug/mL. Estes dados são promissores, visto a necessidade da introdução de novos compostos bioativos no arsenal terapêutico para o tratamento da CVV ocasionada por estirpes diferentes daquelas eventualmente encontradas em trato genital feminino. 86 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 09.09 AVALIAÇÃO BIOLÓGICA DE DUAS FORMULAÇÕES A PARTIR DE PRODUTOS NATURAIS PARA USO COMO CONSERVANTES DE ALIMENTOS Fujisawa DIR1, Araujo FRC1, Mendes PB1, Mendonca S1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN. Introdução: Os conservantes alimentícios são usados principalmente para produzir alimentos mais seguros para os consumidores, impedindo a ação de agentes biológicos. Compostos como o sorbato de potássio (SP) e o propionato de cálcio (PC) são muito utilizados pela indústria de alimentos para aumentar o tempo de prateleira dos alimentos, principalmente produtos láteos e de panificação. A indústria tem recentemente buscado alternativas naturais para a substituição destes aditivos químicos, devido aos riscos associados ao consumo acentuado. O objetivo deste estudo foi comparar duas formulações a base de produtos naturais quanto ao tempo de preservação in vitro. Material e Métodos: Duas formulações de produtos naturais, NM1 e NM2, desenvolvidas pela Empresa Novo Mel Biotecnologia foram utilizadas em comparação com SP e PC em ensaio de preservação de contaminação por microrganismos, em temperaturas de 8oC e 30oC, em duas situações; contaminação voluntária e contaminação forçada. Os ensaios foram avaliados a cada 7 dias, até um período de 84 dias. Resultados e discussão: As formulações NM1 e NM2 apresentaram resultados de conservação dos meios de cultura utilizados por tempo superior aos controles químicos SP e PC, tendo uma atividade de preservação até 2 vezes maior, em ambas as temperaturas avaliadas. O tempo máximo de preservação foi encontrado a partir da concentração de 0,1% de cada formulação. Conclusão: Os produtos naturais formulados para serem utilizados como opção natural de custo baixo para conservantes de alimentos mostraram-se muito superiores aos aditivos químicos SP e PC. 87 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 09.10 ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE DROGAS VEGETAIS DA RELAÇÃO NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS DE INTERESSE PARA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO Silveira SAS1, Araujo FRC1, Barbosa AP1, Mendonca S1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN. Introdução: Com a implantação da Política Nacional de Plantas Medicinais e fitoterápicos pelo decreto n. 5813, de 22 de Junho de 2006 os fitoterápicos obtiveram importante destaque na saúde pública, podendo inclusive serem utilizados como auxiliares no tratamento de infecções microbianas. Nesse cenário, a proposta do trabalho é a avaliação da atividade antimicrobiana e da concentração bactericida mínima de extratos hidroetanólicos de 18 plantas que fazem parte da lista do RENISUS contra as bactérias de grande impacto para a saúde da população. Material e Métodos: As bactérias Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Enterococcus faecalis, Bacillus cereus, Escherichia coli e Salmonella enterica foram avaliadas quanto a atividade inibitória e bactericida frente a extratos hidroetanólicos obtidos de 18 plantas da lista do RENISUS, selecionadas pelo uso popular, regionalismo e tradição. Material e Métodos: Os extratos hidroetanólicos de 18 plantas da lista do RENISUS tiveram suas atividades antimicrobianas avaliadas pelos métodos de difusão em discos e microdiluição modificado, conforme metodologia NCCLS. Resultados e discussão: Dos extratos hidroetanólicos analisados, apresentaram maior atividade antimicrobiana contra microrganismos comumente encontrados em infecções da comunidade os obtidos das plantas Phyllanthus sp, Maytenus ilicifolia, Vernonia sp, Anacardium occidentale, Passiflora sp, Cordia verbenacea, Baccharis trimera. Staphylococcus aureus mostrou-se bastante susceptível a ação dos extratos testados, enquanto Salmonella enterica e Escherichia coli foram os microrganismos menos susceptíveis. Conclusão: As plantas medicinais da lista do RENISUS são uma excelente alternativa auxiliar no tratamento de infecções da comunidade. 88 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 09.11 DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO ETANÓLICO DE Cucurbita pepo L. (CUCURBITACEAE) PARA GERMES GRAM-POSITIVOS E GRAM-NEGATIVOS Plastino PJ1, Sena KXFR1, Albuquerque JFC1 1 Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Antibióticos Introdução: É uma planta rasteira possuindo folhas grandes e flores amarelas. O fruto é comestível e tem coloração variando do verde ao amarelo contendo diversas sementes de coloração branca. A abóbora é originária das Américas, fez parte da alimentação básica das civilizações Inca, Maia e Asteca. Apresenta propriedades farmacológicas como adstringente, laxante, diurética, e alcalinizante. É indicada na cura de diarréia e para diminuir a quantidade de gases intestinais, seu sumo é indicado para prisão de ventre. Embora a planta seja bastante consumida seus estudos concentram-se na polpa e sementes. Material e Método: O material foi extraído em etanol com 30% de água. A atividade antimicrobiana foi avaliada qualitativamente pelo método convencional de difusão em disco de papel. Discos de 6 mm de diâmetros foram impregnados com 10 µL/mL de soluções dos produtos à concentração de 30000 µg/mL. Foram testados sete micro-organismos de diferentes classes: Grampositivos Staphylococcus aureus, Micrococcus luteus, Bacillus subtilis, e Enterococcus faecalis; Gram-negativos Pseudomonas aeruginosa, Esherichia coli, e Serratia marcescens; Resultados e discussão: O extrato etanólico das folhas de abóbora apresentou resultados para os seguintes micro-organismos: Gram-positivo: Staphylococcus aureus (9 mm) e Enterococcus faecalis (10 mm). Gram-negativo: Pseudomonas aeruginosa, (11 mm), e Serratia marcescens (9 mm). Conclusão: O extrato hidroalcoólico das folhas de Cucurbita pepo L. testado, apresentou resultados inibitórios apenas para dois micro-organismos Grampositivos e dois Gram-negativos, estes resultados foram considerados baixos. O extrato foi totalmente inativo para alguns dos micro-organismos testados. Estes resultados não foram os esperados em relação àqueles encontrados no óleo das sementes. 89 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 09.12 ANÁLISE MICROBIANA DOS FRUTOS DE Morinda citrifolia Fernandes MAG1, Bucek EU1, Paula GS1, Vieira TR1, Velasco ND1, Abreu MTCL1 1 Uniube Introdução: Noni (Morinda citrifolia), planta medicinal, originária da Indonésia, fruto rico em antioxidantes, usado como: alimento; medicamento; prevenção e cura de doenças. Os estudos da carga microbiana são escassos. Objetivo: avaliar carga microbiana dos frutos verdes de noni. Material e métodos: realizou-se identificação botânica do vegetal em herbário; a coleta dos frutos maduros e verdes foi realizada em Araguari-MG; obtenção da droga vegetal a 40ºC e granulometria <2,00 e > 0,850 mm; nos frutos verde fresco, seco e droga vegetal foram realizadas a quantificação da carga microbiana (“pour-plate”) e bacterioscopia direta. Resultado: Os arbustos de 1,5 m de altura apresentam folhas abundantes (5-17 cm comprimento; 10-40 cm largura), flores aromáticas globosas, frutos verdes ovalados protuberantes irregulares, de estrutura firme (2- 6 cm altura). As Unidades Formadoras de Colônias por grama (UFC/g); é de: 6,15 x104 (frutos verdes frescos); 8,4 x104 (frutos verdes secos inteiros); 1,63 x104 (droga vegetal/fruto verde seco). Observou bacilos Gram positivos pela bacterioscopia direta. Conclusão: O aspecto morfológico externo do fruto é semelhante ao descrito na literatura. A carga microbiana da droga vegetal (pó) é baixa como esperado, pois é analisada a massa interna (não contaminada) e superfície externa (contaminada) enquanto que nos frutos inteiros é analisada somente a superfície externa. O estudo mostrou que a contaminação microbiana em todas as amostras, encontrase abaixo do limite máximo estipulado pela Organização Mundial de Saúde que é de 107 UFC/g. Palavras chaves: Noni, Droga vegetal, Fruto, UFC/g. 90 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 09.13 ATIVIDADE DE EXTRATOS DE Pothomorphe umbellata FRENTE A Candida tropicalis Freitas JA1, Sorrechia R1, Rodrigues ER2, Pietro RC1 1 UNESP - Fac. de Ciências Farmacêuticas, 2UNIFEG - Centro Univ. Guaxupé Pothomorphe umbellata (L.) Miq. planta da flora Brasileira, pertence ao grupo das esciófitas, conhecida pelo nome popular de caapeba, pariparoba, malvaísco, capeva, caapebaverdadeira. Apresenta como constiuintes constituintes o 4-nerolidilcatecol, esteróides, flavonódes e terpenos. Em seu óleo essencial estão presentes E cariofileno, E nerolidol, espatulenol, oxido de cariofileno, germacreno D, biciclogermacreno, elemol, β-pipeno. Candida tropicalis é uma causa freqüente de candidemia em hospitais, sendo considerada a segunda espécie em termos de virulência e importância clínica nos anos recentes. A infecção pode ocorrer em pacientes de todas as idades, mas acomete pacientes adultos e idosos com maior freqüência. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade de 2 frações (Hexano/Acetato) do extrato etanólico de P. umbellata frente a Candida tropicalis. Material e métodos: Partes aéreas de P. umbellata foram moídas e extraídas com etanol 70% e a seguir submetidas ao particionamento com hexano/acetato de etila 9:1 e 8:2 (H9:1 e H8:2, respectivamente). A determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi adaptada segundo metodologia CLSI, M27-A3 (2008) frente a Candida tropicalis (ATCC 750) utilizando microplacas de 96 poços. Resultados e discussão: As frações H9:1 e H8:2 de P. umbellata apresentaram atividade contra C. tropicalis com Concentração Inibitória Mínima (CIM) de 1250 ug/mL e 625 ug/mL, respectivamente. Conclusão: Estes resultados demonstram potencialidade da espécie como agente antifúngico e para tanto novos testes devem ser realizados, procurando determinar a substância ou grupo de substâncias relacionadas com a ação. Apoio: PADC/FCF 91 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 10.01 MATERIAL DE ORIENTAÇÃO DE PRODUTO FITOTERÁPICO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE E PACIENTES ATENDIDOS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Braz T1, Kato ETM1 1 Universidade de São Paulo - Departamento de Farmácia Introdução: A busca por plantas medicinais é crescente na sociedade brasileira, o que torna necessária a análise do uso racional de espécies utilizadas na terapêutica e a divulgação de informações, para profissionais de saúde e pacientes, das espécies disponíveis para uso no Sistema Único de Saúde (SUS). Material e Métodos: 1) identificou-se a principal categoria de doenças que acomete crianças tratadas neste serviço, a partir da base de dados DATASUS; 2) as espécies com indicações terapêuticas correlacionadas à categoria da doença identificada inicialmente foram selecionadas no Formulário Fitoterápico Nacional (FFN) da Famacopéia Brasileira; 3) selecionou-se a espécie que constasse na Relação Nacional de Medicamentos (RENAME) a qual é ofertada para pacientes atendidos no SUS; 4) realizou-se revisão na literatura científica desta espécie a fim de elaborar o material de orientação (MO) para profissionais de saúde e pacientes. Resultados e Discussão: Pela análise do DATASUS, as doenças respiratórias são as que acometem prioritariamente as crianças. O FFN apresentou 8 espécies com indicações direcionadas às doenças do aparelho respiratório, das quais a espécie Mikania glomerata Sprengel é contemplada na RENAME. A revisão bibliográfica da espécie apresentou dados de produção, eficácia e segurança, que subsidiaram a elaboração do material de orientação. Conclusão: O trabalho possibilitou a seleção de uma espécie vegetal de acordo com as características epidemiológicas identificadas no SUS, bem como o aprofundamento quanto à produção, eficácia e segurança da mesma. A elaboração do MO mostrou-se uma ferramenta viável e didática para a ampliação do uso racional de medicamentos de origem vegetal. 92 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 11.01 AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO ALHO (Allium sativum L.) SOBRE O COLESTEROL PLASMÁTICO EM COELHOS COM HIPERCOLESTEROLEMIA INDUZIDA Alves MJQF1, Klassa B1, Groselli MM1, Tardivo ACB1 1 Instituto de Biociencias/UNESP – Fisiologia A utilização de plantas no, tratamento de doenças ou como meio curativo é uma tradição popular e altamente difundida, e muitos trabalhos abordam as propriedades terapêuticas e farmacológicas do alho na redução das hiperlipidemias. O objetivo deste estudo foi investigar a influência do tratamento com extrato aquoso (E.A.) do alho (Allium sativum L.) sobre o colesterol plasmático, em coelhos com hipercolesterolemia experimental. Os animais foram divididos em G1 (grupo controle) e G2 (grupo tratado com alho). O experimento foi desenvolvido em três fases, na 1a fase os animais receberam dieta comercial de coelhos para avaliar o nível basal de colesterol nos animais; na 2a fase, todos os animais passaram a receber dieta suplementada com gema de ovo até o final do experimento, para desenvolver hipercolesterolemia, e na 3a os animais do grupo G2 receberam o tratamento com E.A. de alho. O colesterol na 1a fase foi de 39,94 ± 9,57 mg dL-1. Na 2a fase houve elevação significativa (p<0,05) no nível de colesterol plasmático nos dois grupos - acima de 100 mg dL-1. Com relação ao tratamento (3ª fase), o alho não promoveu redução no colesterol plasmático dos coelhos. Os resultados apresentados permitem concluir que o alho (Allium sativum), nas condições experimentais propostas, não foi eficaz em reduzir o colesterol total plasmático, em coelhos submetidos à hipercolesterolemia experimental, contrapondo os dados da literatura. 93 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 11.02 EFEITOS DO MARACUJÁ (Passiflora edulis f. flavicarpa), IN NATURA, SOBRE O NÍVEL DE COLESTEROL PLASMÁTICO EM COELHOS COM HIPERCOLESTEROLEMIA EXPERIMENTAL. Alves MJQF1, Groselli MM1, Okawabata FS1, Damasceno BF1, Moraes MB1, Tardivo ACB1 1 Instituto de Biociencias/UNESP – Fisiologia Várias pesquisas tem mostrado o potencial do maracujá (casca, fruto e semente) para fins terapêutico. As dislipidemias são alguns dos principais fatores de risco conhecidos e comprovados na causa da doença coronariana e acidente vascular cerebral. O objetivo foi deste trabalho foi investigar os possíveis efeitos da casca e da polpa com semente da espécie de Passiflora edulis f. flavicarpa, sobre o nível de colesterol, em coelhos com hipercolesterolemia induzida. Os animais foram colocados aleatoriamente em gaiolas metabólicas a fim de compor três grupos experimentais: G1(controle), G2 (tratado com a polpa/semente) e G3 (tratado com a casca do maracujá). O protocolo experimental era dividido em três fases: na 1a fase (32 dias), os coelhos recebiam ração normal, na 2ª fase (44 dias), foram alimentados com ração suplementada com gema de ovo (RS) e na 3ª fase (40 dias), os animais continuavam recebendo RS, nos animais de G1 só a RS e nos G2 e G3 os coelhos recebiam RS polpa e casca de maracujá, respectivamente. O nível de médio de colesterol normal (1ª Fase) foi de 41,46 mg/dL e após a suplementação (2ª fase), os coelhos do G1, G2 e G3 apresentaram aumento no nível de colesterol significativo (p<0,05) e 181,94%, 266,34% e de 270,68%, respectivamente. Após o tratamento com polpa e casca de maracujá (G2 e G3), os animais apresentaram redução significativa (p<0,05) no nível de colesterol (mais ou menos 50%). Os dados deste trabalho comprovam que o maracujá in natura apresentou redução significativa no nível de colesterol. 94 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 11.03 ATIVIDADE ANTIPROLIFERATIVA DE PLANTAS MEDICINAIS CULTIVADAS NO RECÔNCAVO BAIANO FRENTE AS LINHAGENS CELULARES K562, MCF-7 e MDA-231 Juiz PJL1, Gambari R2, Piva R2, Brognara E2, Silva F3, Alves RJC4, Lucchese AM5, Uetanabaro APT6 1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Centro de Ciências da Saúde, 2Università Degli Studi di Ferrara - Departamento de Bioquímica e Biologia molecular, 3Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Centro de Ciências Agrárias, 4Universidade Estadual de Feira de Santana - Departamento de Biologia, 5Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Ciências Exatas, 6Universidade Estadual de Santa Cruz - Departamento de Ciências Biológicas. Mais de 60% dos agentes anticâncer usados atualmente são derivados, direta ou indiretamente de produtos naturais. Este trabalho teve como objetivo estudar a atividade antitumoral de óleos essenciais, compostos presentes nos óleos essenciais (metil cinamato, citral, linalol, cariofileno, limoneno e carvona) e extratos metanólicos das plantas Ocimum americanum, Ocimum basilicum, Chenopodium ambrosioides, Mentha x villosa e Lippia alba sobre linhagens celulares MCF-7 e MDA-231 de câncer de mama e K562 de leucemia. As linhagens tumorais foram cultivadas na presença dos compostos para determinação da capacidade antiproliferativa. Os resultados mostraram que a atividade antiproliferativa dos óleos essenciais foi maior que a atividade mostrada pelos extratos metanólicos e na maioria dos casos menor que a apresentada pelos princípios ativos testados isoladamente, sendo a linhagem MDA-231 considerada a mais resistente, quando comparada a linhagem MCF-7 e K562. Todas as concentrações inibitórias registradas para os óleos essenciais foram consideradas tóxicas, entretanto os compostos majoritários presentes nos óleos essenciais, com exceção do cariofileno e metil cinamato, mostraram atividade antitumoral em concentrações atóxicas. O composto citral foi considerado mais ativo frente a linhagem K562 (IC50 8,61 ± 1,29 µg.mL-1) e MDA-231 (IC50 41,98 ± 7,45 µg.mL-1), já o composto linalol foi mais efetivo frente a linhagem MCF-7 (IC50 18,86 ± 1,32 µg.mL-1). Os compostos testados não foram capazes de induzir diferenciação eritróide em células K562, sendo os extratos metanólicos das plantas do gênero Ocimum aqueles que mostraram as melhores atividades antiproliferativas contra a linhagem K562. 95 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 11.04 CURATIVO FITOTERÁPICO: UMA ALTERNATIVA TERAPÊUTICA EM UMA UNIDADE PILOTO DO MUNICÍPIO DE DIADEMA – RELATOS DE CASOS. Torres CAS1, Santos LA2, Prieto AFP3 1 Prefeitura de Diadema - saúde, 2Prefeitura Municipal de Diadema - Saúde, 3Prefeitura Municipal de São Bernardo e Diadema – Saúde A reparação tecidual de um trauma ou doença constitui um mecanismo complexo, embora seja um processo sistêmico, às condições e locais favorecem um tratamento adequado que viabiliza o processo fisiológico da cicatrização. Neste sentido, surge a indispensabilidade de uma alternativa viável que favoreça o acesso e tratamento das lesões cutâneas que compromete a saúde do indivíduo, família e coletividade. Às terapias alternativas como a fitoterapia, visa uma possibilidade de cura com eficácia, toxicidade aceitável e baixo custo. Observou-se que as espécies naturais utilizadas neste estudo foram eficazmente favoráveis no processo de cicatrização de lesões, otimizando o tempo de reestruturação tecidual. Este estudo propõe uma possibilidade do uso desta terapêutica como mais uma alternativa de tratamento para estas afecções, podendo ser utilizado como projeto piloto em usuários da atenção básica de saúde. 96 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 11.05 ESTUDO DO POTENCIAL ALELOPÁTICO DOS EXTRATOS DE Eugenia punicifolia SOBRE AS SEMENTES DE PEPINO (Cucumis sativus L.) Santos C1, Costa MF1, Kolb RM1 1 Unesp - Assis - Depto C. Biológicas No gênero Eugenia (Myrtaceae) foram isolados flavonóides e taninos, reconhecidos compostos aleloquímicos. Neste trabalho são apresentados os resultados dos ensaios de alelopatia dos extratos hexânico (EHEP), acetato de metila, (EAEP), metanólico (EMEP) e hidroetanólico 70% (EHAEP) da E. punicifolia sobre a germinação das sementes e desenvolvimento das plântulas de pepino (comprimento da raiz principal, do hipocótilo e do número de raízes secundárias). Os extratos foram feitos a partir de 10g folhas secas /100mL solvente. Os ensaios foram feitos em placas de Petri, forradas com papel filtro, umedecidas com 10 mL de extrato, secas, reumedecidas com água destilada e adicionadas 25 sementes de pepino por placa. Os extratos foram preparados nas concentrações deuções de 100% (5 mg/mL) 75%, 50%, e 25% (controle: água destilada). O delineamento experimental foi casualizado (N=4). Para análise estatística foi utilizado Kruskal-wallis seguido do teste de Dunn (Bioestat 5.0). O perfil fitoquimico foi feito conforme Matos (1997). O perfil fitoquímico dos extratos indicou a presença de flavonoides, taninos e terpenos. Apenas o desenvolvimento das plantulas foi afetado significativamente pelos extratos; a germinação, não. EHEP a 50% estimulou a formação das raízes secundárias, mas a partir da de 75% o efeito foi inverso. O EAEP diminuiu todos parâmetros analisados a partir de 50%. EMEP além de inibir todos os parâmetros causou necrose nas raízes a partir de 100%. O EHAEP estimulou a formação de raízes secundárias em 25%, mas a partir de 75% houve a inibição das mesmas. Este extrato inibiu o crescimento da raiz principal a partir de 50% e inibiu o crescimento do hipocotilo a partir de 25%. Em suma, a atividade alelopática depende do extrato utilizado e da concentração testada, sendo que o efeito alelopático inibitório mais significativo foi observado o EMEP, o que foi atribuído uma fração mais rica em flavonoides. 97 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 11.06 ANÁLISE QUALITATIVA DOS CONSTITUINTES VOLÁTEIS DOS FRUTOS DE Eugenia punicifolia Kunt DC Duó-Bartolomeu AC1, Fiori GML2, França SC1, Pereira AMS1, Taleb-Contini SH1 1 Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) - Unidade de Biotecnologia de Plantas Medicinais, 2 Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP). - Núcleo de Pesquisa em Produtos Naturais e Sintéticos (NPPNS) Eugenia punicifolia Kunt (DC.), conhecida como pedra-ume-caá, pertence à família Myrtaceae, uma das mais importantes devido a sua ampla distribuição em todos os ecossistemas brasileiros. Esta espécie é popularmente indicada no tratamento de infecções e da diabetes. Atividades biológicas exibidas pelo óleo essencial de frutos de espécies desta família como acaricida, inseticida, antimicrobiana já foram comprovadas (Oliveira et al., 2005). Considerando o potencial farmacológico e ampla distribuição, o objetivo deste trabalho foi identificar os constituintes voláteis dos frutos de E. punicifolia extraídos por Micro Extração em Fase Sólida (MEFS) e analisados por Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas (CG-EM). Deste modo, 1g de frutos foram extraídos por MEFS utilizando fibra PMDS-DVB a 60ºC durante 30 minutos. A análise dos constituintes foi realizada por CG-EM (Varian 3900) nas seguintes condições cromatográficas: coluna capilar DB-5; temperatura do injetor e detector 240 e 230º C, respectivamente; fluxo de He: 1,0 mL/min; split: 1:20 e programação de temperatura: 60ºC – 240ºC, 3ºC/minuto. O detector de massas operou por impacto de elétrons a 70 eV. A identificação das substâncias foi efetuada através da comparação dos seus espectros de massas com o banco de dados do CG-EM (NIST 62 library) e índice de retenção de Kovats (ADAMS, 1995). A extração dos constituintes voláteis dos frutos de E. punicifolia utilizando MEFS\CG-EM, permitiu identificar os sesquiterpenos majoritários: Caryophyllene<(E)->, Humulene<α->, Muurolene, Biciclogermacrene, Cadinene, Germacrene B. Os resultados obtidos demonstram pela primeira vez a eficiência do emprego da MEFS para a extração dos constituintes voláteis dos frutos desta espécie. 98 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 11.07 ATIVIDADE INIBITÓRIA DE Ochroma pyramidale SOBRE HIALURONIDASE Ferreira JF1, Barros IMC1, Viana TL1, Fagg CW2, Magalhães PO1, Silveira D1, Simeoni LA1 1 Universidade de Brasília - Faculdade de Ciências da Saúde/Campus Universitário Darcy Ribeiro, 2Universidade de Brasília - Faculdade de Ceilândia/Campus UnB-Ceilândia A família Bombacaceae é composta por 28 gêneros. A madeira é utilizada na construção naval, porém existem poucos estudos da química e atividade biológica das espécies desse gênero. A enzima hialuronidase está envolvida em vários processos fisiológicos e patológicos e a descoberta de inibidores potentes e seletivos pode ser útil no desenvolvimento de medicamentos ou cosméticos. O presente trabalho visa avaliar o potencial inibitório de extratos de folhas de Ochroma pyramidale à enzima hialuronidase. Os extratos brutos foram obtidos por maceração em hexano seguido de etanol. A atividade de inibição da enzima hialuronidase foi verificada pelo método turbidimétrico. Os solventes utilizados para solubilizar os extratos foram avaliados nas mesmas condições das amostras. A análise dos extratos indicou que somente o etanólico apresentou atividade inibitória da hialuronidase maior que 50%, fornecendo IC50 = 81,54 µg/mL. Até onde vai nosso conhecimento, é a primeira vez que extratos de O. pyramidale são avaliados quanto à inibição dessa enzima e o resultado obtido mostra que essa espécie encontrada em todo o país pode ser útil no desenvolvimento de novos fármacos. 99 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 11.08 FICHA DE ANAMNESE NA PRÁTICA FITOTERÁPICA Mourão VB, Gaspi FOG1 1 Pós-graduação em Fitoterapia - Fundação Hermínio Ometto - FHO/UNIARARAS O uso de plantas medicinais data desde a antiguidade e, nas últimas décadas vem sendo observado um ressurgimento na sua utilização como fonte de recurso terapêutico eficaz (Di Stasi, 1996). Segundo a OMS aproximadamente 85% da população mundial utilizam plantas ou preparações destas (Brasil, 2006). E, em países em desenvolvimento elas constituem o principal recurso disponível para a prevenção, o tratamento e a cura de doenças (Bugno et al., 2005). A Fitoterapia, terapêutica que utiliza plantas em diferentes preparações farmacêuticas mas não suas substâncias ativas isoladas, possui raízes embasadas na consciência popular (Luz Netto JR., 1998) e tem por finalidade prevenir, atenuar ou curar um estado patológico (Vanaclocha & Folcará, 2003). Mas, atualmente essa ciência evoluiu e sofisticou-se. O conhecimento deixou de ser visto apenas como uma tradição simplesmente passada de gerações para gerações e se tornou uma ciência utilizada por culturas em todo o mundo (Tomazzoni, Negrelle, Centa, 2006). A anamnese (ana = trazer de volta e mnese = memória) é uma técnica realizada através da entrevista que busca relembrar todos os fatos que se relacionam com a doença e à pessoa doente (Paredes, 2008; Porto, 2001). O objetivo desse trabalho foi elaborar uma ficha de anamnese voltada para a Fitoterapia. Realizou-se uma revisão bibliográfica e, depois de todos os dados coletados foi montada apenas uma. Como resultado obteve-se uma ficha que proporcionou um atendimento específico e personalizado. Concluindo-se também que a mesma ainda contribuiu para a indicação de um tratamento com plantas com maior qualidade, eficiência e segurança. REFERÊNCIAS BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Departamento de Assistência Farmacêutica. Brasília, 2006. 60p. BUGNO, A. et al. Avaliação da contaminação microbiana em drogas vegetais. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 41, n.4, p.491-7, 2005. DI STASI, L.C. Plantas medicinais: arte e ciência - um guia de estudos multidisciplinar. São Paulo: Universidade Estadual Paulista, 1996. 230p. LUZ NETTO JR., N. Memento terapêutico fitoterápico do Hospital das Forças Armadas. Brasília: EGGCF, 1998. 15 p. PAREDES, I. Anamnese: Roteiro de estudo. 2008. 18p. Disponível em: Acessado em: 20 de ago. 2013. PORTO, N. Diagnóstico pneumológico. Diagnóstico e doença. In: SILVA, L.C.C. Condutas em pneumologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2001. p. 47-49. TOMAZZONI, M.I.; NEGRELLE, R.R.B.; CENTA, M.L. Fitoterapia popular: a busca instrumental enquanto prática terapêutica. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 15(1):115-21, 2006. VANACLOCHA, B.V.; FOLCARÁ, S.C. Fitoterapia: vademécum de prescripción. 4.ed. Barcelona: Masson, 2003. 1091p. 100 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 11.09 ATIVIDADE VIRUCIDA DO EXTRATO ETANÓLICO DE Origanum vulgare FRENTE AO VÍRUS DA ARTERITE EQUINA Blank DE1, Correa RA1, Alves GA1, Freitag RA1, Hübner SO1, Cleff MB1,2 1 UFPel, 2UFPel – VETERINARIA A arterite viral eqüina (EAV) é uma doença infecto-contagiosa, para o controle da enfermidade, não existe qualquer composto para arterivirus. Extratos de plantas, tem sido investigados com o interesse no potencial antiviral. O objetivo deste trabalho foi avaliar atividade antiviral do extrato etanólico de Origanum vulgare (EEO) frente ao EAV. Para obtenção dos extratos as folhas foram imersas em álcool etílico e submetidos ao rotaevaporador. Células RK13 foram tratadas em concentrações do extrato e analisadas a viabilidade celular. Verificou-se efeito de pré-tratamento das células com o EEO, teste após infecção celular e efeito virucida após incubação a 37 ºC, 20 °C e 4 °C por 1 hora do EAV ou da mistura EAV e EEO. A viabilidade das células RK13 foi detectada a partir de 12,5 µg/mL. No ensaio em que as células foram tratadas com o EEO antes da titulação do vírus, não foram detectadas alterações significativas nos títulos do EAV. Contudo, na atividade virucida foi capaz de demonstrar forte ação do EEO sobre o EAV, os títulos do EAV ficaram reduzidos de 106 para 104 quando incubados a 37 ºC e para 103 com a incubação a 20 ºC. Com o EAV a 4 ºC não resultou em diferença no título viral. É possível que ação virucida do extrato esteja relacionada a interação dos compostos químicos presentes com moléculas existentes no envelope viral, resultando no impedimento da penetração na célula. Conclui-se que o EEO é virucida e pode representar bom protótipo para o desenvolvimento de novo agente antiviral. 101 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 11.10 CITOTOXICIDADE DO ÓLEO ESSENCIAL E EXTRATOS DE Rosmarinus officinalis Blank DE1, Alves GA1, Correa RA1, Freitag RA1, Hübner SO1, Cleff MB1 1 Universidade Federal de Pelotas A determinação da citotoxicidade dos extratos obtidos de plantas medicinais é uma etapa essencial para que estes possam ser utilizados de forma segura. O presente estudo teve como objetivo determinar a toxicidade dos óleos essenciais, extrato aquoso e etanólico de Rosmarinus officinalis (alecrim). A citotoxicidade foi analisada em células Madin Darby bovine kidney (MDBK), Rabbit kidney (RK 13), Madin Darby canine kidney (MDCK) e Crandell feline kidney (CRFK), pelo método MTT. A concentração máxima não tóxica do óleo essencial de alecrim frente a células RK13, MDBK, MDCK e CRFK foi de 0,023µg/mL. Com relação aos extratos aquosos de alecrim, estes apresentaram concentração não tóxica de 50 µg/mL para as células MDBK, CRFK e MDCK. Já nas células RK 13 o extrato aquoso de alecrim foi de 12,5 µg/mL. Os extratos etanólico de alecrim, apresentaram concentração não tóxica de 3,125 µg/mL frente as células CRFK e RK 13, já nas células MDBK e MDCK foi de 6,25 µg/mL. As análises demonstraram que a citotoxicidade foi dependente do tipo de extrato, da linhagem celular, sendo os óleos essenciais mais tóxicos que os extratos aquosos e etanólicos. A citotoxicidade do extrato etanólico é maior quando comparada ao extrato aquoso, sendo que o extrato aquoso de alecrim foi o menos tóxico nas células testadas. 102 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 11.11 RESGATE DO USO DE PLANTAS MEDICINAIS Silva MDA1, Giordani C1, Guterres KA1, Matos CB1, Lavadouro JHB1, Ratslaff K1, Albuquerque G1, Cleff MB2 1 Universidade Federal de Pelotas, 2Universidade Federal de Pelotas - Departamento de Clínicas Veterinárias Introdução: São raras as pesquisas sobre o uso de plantas no tratamento de doenças em animais e sua inserção na cultura popular. Desta forma, este trabalho, apresenta uma pesquisa desenvolvida na Comunidade Ceval, Pelotas-RS, que teve como objetivo avaliar o conhecimento da população local sobre utilização de plantas no tratamento de doenças em animais, assim como identificar as plantas que são usadas com esta finalidade. Material e métodos: Os dados foram obtidos mediante preenchimento de formulário pelos moradores da comunidade durante os anos de 2011 e 2012. Nestes dois anos foram mencionadas pelo nome popular 75 plantas diferentes, sendo identificadas botanicamente após no herbário do Instituto de Biologia, UFPel. Resultados e Discussão: As plantas pertenciam às famílias Lauraceae, Malvaceae, Asteraceae, Brassicaceae, Liliaceae, Rosacea, Moraceae, Magnoliaceae, Anacardiaceae, Rutaceae, Crassulacea, Celastraceae, Equisetaceae, Alismataceae, Boraginaceae, Apiaceae, Chenopodiaceae, Loranthaceae, Polygonaceae, Aquifoliaceae, Myrtaceae, Phytolacaceae, Bignoniaceae, Passifloraceae, Piperaceae, Fabaceae, Melastomataceae, Plantaginaceae, Punicaceae, Euphorbiaceae, Cupressaceae e Verbenaceae. O levantamento demonstrou o uso rotineiro das plantas medicinais nesta comunidade, devido ao fácil acesso, baixo custo e eficácia na resolução das enfermidades, assim como revelou a importância do resgate do conhecimento popular, pois muitas pessoas desconheciam as indicações terapêuticas e as formas de utilização das espécies vegetais citadas e encontradas neste ambiente. Observou-se também que muitas plantas tóxicas são utilizadas como ornamentais representando risco à saúde. Conclusão: O resgate do conhecimento popular sobre plantas medicinais e tóxicas é de extrema importância, visto que estas representam auxílio no tratamento de enfermidades e algumas representam risco à saúde humana e animal. 103 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 11.12 O USO DE PRODUTOS NATURAIS NA TÉCNICA DE COLORAÇÃO HISTOLÓGICA Bocuto C1, Iannicell J1, Santos GAA2, Pardi PC1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Laboratório de Patologia Experimental, 2 Senac A maioria dos corantes usados em histologia comporta-se como ácidos ou bases e tendem a formar ligações salinas com radicais ionizáveis presentes nos tecidos. A coloração é realizada com a finalidade de obter contraste e evidenciar os vários componentes estruturais na secções de tecido ao nível do microscópio. Hoje em dia a maioria dos corantes usados é de origem sintética e o custo desses muito elevado. Por este motivo o uso de corantes naturais teria uma boa utilidade em laboratórios. Para este estudo foram preparados misturas a base de urucum (Bixa orellana), de ruibarbo (Rheum palmatum L) e da beterraba (Beta corolliflora), e testadas em vários protocolos experimentais, tendo como controle a técnica de rotina pela Hematoxilina e Eosina. Para os testes foram preparadas lâminas de fígado e rim, para comparação de identificação celular e coloração tecidual como um todo. Todos procedimentos utilizaram protocolos específicos tendo como base a metodologia de coloração pela Hematoxilina e Eosina, com alterações na técnica quanto a variável tempo e calor. Os resultados das associações de urucum-ruibarbo e beterrada-ruibarbo foram tecnicamente viáveis e atingiram os parâmetros para uma visualização segura das estruturas estudadas, Portanto, concluímos que o uso de produtos naturais em técnicas histológicas pode ser eficaz, mais seguro e com um custo muito reduzido em relação aos produtos sintéticos, conseguindo com isso substituí-los. 104 RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais 11.13 ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE EXTRATOS HIDROALCOÓLICOS DE CRAVO DA ÍNDIA Pereira RMS1, Teixeira A1, Costa SF1 1 Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN Introdução: O Cravo-da-índia (Syzygium aromaticum) é nativo da Indonésia. Sua flor seca é utilizada como especiaria desde a antiguidade, empregado na culinária e na fabricação de medicamentos. O seu óleo tem propriedades anticépticas, sendo bastante utilizado em odontologia. O conteúdo total de óleo em cravos chega a 15%, o qual é constituído por eugenol (70 a 80%), acetato de eugenol (15%) e beta-cariofileno (5 a 12%). Estudos revelam que o óleo essencial apresenta propriedade anti-oxidante. Material e Método: A flor de cravo foi adquirida comercialmente e moída até obter-se um material fino e homogêneo. O DPPH foi obtido na Sigma-Aldrich; os solventes utilizados foram todos grau PA. O extrato foi obtido pesando-se amostras com concentrações do cravo moído entre 2 a 20 µg/mL e deixados sob agitação constante (27 oC, 24h) em solução de ácido acético/etanol/água. No final do período, as soluções foram filtradas e armazenadas. A atividade antioxidante dos extratos foi avaliada utilizando-se uma solução de DPPH 5 mM. Resultados e Discussão: Na concentração mais baixa do extrato (2 µg/mL), a porcentagem de inibição do radical DPPH foi de 14%. Já na concentração de 20 µg/mL, concentração dez vezes maior, observou-se uma porcentagem de inibição do radical de 48%, quatro vezes maior. Os experimentos serão repetidos para avaliação estatística. Serão avaliadas concentrações mais elevadas de extrato e com tempo maior de extração, 48 e 72 horas para que possa ser determinada a concentração de 50% de inibição. Conclusão: Como esperado os extratos de cravo-da-índia apresentaram atividade antioxidante em concentrações da ordem de µg/mL já que apresentam propriedade antiinflamatória. Apoio: UNIBAN. 105